trabalho pestalozzi

Upload: amanda-rosa

Post on 04-Mar-2016

32 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Este trabalho tem como objetivo analisar a importância da instituição e suasagregações à sociedade, além decompreender as relações entre a instituição e asociedade, analisando sua visão, serviço e utilização de métodos entre osprofissionais, identificando os prós e contras mediante a observação e opinião sobreo serviço prestado enquanto proposta de intervenção social.

TRANSCRIPT

  • FACULDADE DE AMERICANA - FAM

    CURSO DE PSICOLOGIA

    AMANDA ROSA SANTANA DA SILVA

    BRUNA DE SIQUEIRA

    GABRIELA LIMA PENARIOL

    GISELE FRANCHI BIRIBILI

    PATRCCIA WEISSINGER TORREZAN

    STHEFANI TUANI BOSCHIERO

    INSTITUIO ASSOCIAO PESTALOZZI DE SUMAR

    AMERICANA

    2015

  • FACULDADE DE AMERICANA - FAM

    CURSO DE PSICOLOGIA

    AMANDA ROSA SANTANA DA SILVA

    BRUNA DE SIQUEIRA

    GABRIELA LIMA PENARIOL

    GISELE FRANCHI BIRIBILI

    PATRCCIA WEISSINGER TORREZAN

    STHEFANI TUANI BOSCHIERO

    INSTITUIO ASSOCIAO PESTALOZZI DE SUMAR

    Projeto de pesquisa apresentado ao Curso

    de Psicologia, da Faculdade de Americana,

    como requisito para aprovao da disciplina

    Psicologia Social: Instituies e

    Comunidades, sob orientao do Prof.

    Wilson Aparecido Silva.

    AMERICANA

    2015

  • 3

    SUMRIO

    1. APRESENTAO ................................................................................................ 4

    2. INTRODUO ...................................................................................................... 5

    3. CONCEITO DE INSTITUIO ............................................................................. 6

    4. ASSOCIAO PESTALOZZI DE SUMAR ....................................................... 11

    5. SERVIOS PRESTADOS PELA ASSOCIAO PESTALOZZI ......................... 13

    5.1 AES DESENVOLVIDAS ......................................................................... 14

    5.2 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR E PROFISSIONAIS ..................................... 15

    5.3 OFICINAS PEDAGGICAS E OCUPACIONAIS DE CAPACITAO......... 16

    6. ANALISE DA INSTITUIO ............................................................................... 18

    7. CONSIDERAES FINAIS ................................................................................ 20

    8. REFERNCIA ..................................................................................................... 24

  • 4

    1. APRESENTAO

    Este trabalho tem como objetivo analisar a importncia da instituio e suas

    agregaes sociedade, alm decompreender as relaes entre a instituio e a

    sociedade, analisando sua viso, servio e utilizao de mtodos entre os

    profissionais, identificando os prs e contras mediante a observao e opinio sobre

    o servio prestado enquanto proposta de interveno social.

    Escolhemos a instituio Pestalozzi de Sumar como referncia para nosso

    trabalho, pois o grupo se identifica com o servio prestado pela instituio e pelo

    trabalho disponibilizado por eles, desta forma verificamos de perto se a demanda

    dos servios da associao realmente era realizada de acordo com a oferta

    inicialmente apresentada.

    O caminho escolhido para a elaborao deste trabalho foi de pesquisa

    descritiva, com anlise qualitativa, realizada na instituio Pestalozzi, situada no

    municpio de Sumar, na qual utilizamos de tcnica de entrevista, com perguntas

    abertas e fechadas, respondido pelos profissionais do local no dia da visitao e

    observao dos servios prestados para assim realizar uma anlise institucional.

  • 5

    2. INTRODUO

    Este trabalho consiste em analisar a instituio Pestalozzi com base no

    contedo estudado em sala de aula sobre instituies.

    Instituies so composies lgicas que possuem um conjunto de normas,

    leis princpios e pautas que prescrevem ou proscrevem comportamentos e valores. A

    Pestalozzi trata-se de uma instituio de educao, onde as leis, normas e pautas

    ditam como se deve socializar e integrar-se mesma com suas caractersticas

    (Baremblitt, 2002).

    Baremblitti (1996), afirma que a sociedade na qual vivemos no existe sem as

    instituies, isso considerado algo inevitvel independente do momento histrico

    atual. Toda e qualquer sociedade carrega com si quatro instituies: a linguagem,

    parentesco, religio/rituais e diviso de trabalho. Estejam juntas ou separadas

    sempre estaro presentes.

    Goffman traz o conceito de instituio total, mais conhecidos como hospitais,

    prises, asilos, manicmios e outros, onde seu principal objetivo isolar e privar os

    indivduos da sociedade, evitando problemas dentro da mesma. O autor divide

    essas instituies em cinco grupos, sendo eles: instituies que cuidam de

    indivduos incapazes e inofensivos; instituies que cuidam de indivduos

    considerados incapazes de cuidarem de si mesmo; instituies que protege a

    comunidade; instituies que tem por finalidade de realizar alguma tarefa de trabalho

    e por fim as instituies de refgio social. Algumas destas instituies parecem

    funcionar como depsitos. Mesmo que sejam conhecidas como instituies que

    possui planejamento, ao social e estrutura, muitas vezes apenas a imagem que

    a instituio passa e est longe de seu real objetivo e apresenta aes no muito

    eficientes (Goffman, 2003).

    Portanto, essas e outras contribuies dos mesmos e outros autores estaro

    presentes neste trabalho e sendo aplicadas na observao da instituio escolhida.

  • 6

    3. CONCEITO DE INSTITUIO

    Baremblitt (1996) comenta que as relaes humanas e sua sociedade

    contempornea acabaram se tornando complexas uma vez que sua produo de

    conhecimento est cada vez mais intensificada significativamente apresentando

    divises sociais. Estas divises sociais criaram os experts que so os personagens

    que possui o conhecimento geral, e com esta criao tambm trouxe a dependncia,

    onde h a necessidade de sempre possuir o vnculo com os experts considerados

    universais e responsveis pelo diagnostico e interveno dos problemas diversos,

    inclusive do social.

    O Movimento institucionalista apresenta esta necessidade e dependncia

    como algo forjado com o passar do tempo e histria, j a Politica Publica, apresenta

    a instituio como algo natural da sociedade, como se isso fizesse parte de um

    pressuposto de necessidade universal nas instituies sociais.

    O Movimento Institucionalista vem mostrar que os coletivos tm perdido,

    tm alienado o saber acerca de sua prpria vida, o saber acerca de suas

    reais necessidades, de seus desejos, de suas demandas, de suas

    limitaes e das causas que determinam estas necessidades e estas

    limitaes (BAREMBLITT: 1996)

    O Movimento institucionalista tem como principal objetivo analisar a demanda

    de um grupo, pois atravs desta anlise que eles apresentam as condies do

    grupo e suas reais necessidades, trabalhando assim o conceito de grupo instituinte,

    ou seja, grupo capaz de instituir novas prticas, modos de pensar e agir, ou seja,

    so processo e movimentos que modifica o social.

    Dentro do processo de movimento e rigidez presente nas instituies h o

    processo tambm est presente o institudo, que so os produtos resultantes da

    instituio, so os cdigos, as leia, pautas, so os processos que adquirem o carter

    de cristalizao, conservadorismo, podemos dizer que o institudo um efeito, um

    produto da instituio, que possui segue seus parmetros de convivncia e o

    instituinte o movimento da transformao.

    Para realizar chegar aos sus objetivos o movimento institucionalista utiliza dos

    processos de auto anlise e autogesto, que so avaliaes realizadas pelo prprio

    grupo para avaliar suas condies e buscar solues para seus problemas.

  • 7

    O Movimento Institucionalista tem como objetivo, exclusivamente, resgatar

    experincia autogestiva, ou seja, no impe regras ou diviso social, ele no busca

    definir hierarquias de poder, ele determina a questo do coletivo, ou seja, o todo

    deve deliberar sobre seus feitos, todos deve apresentar consenso a um projeto e

    ao, no que estes processos no apresentem dificuldades, pois possui muita

    resistncia no sistema social, mas ao mesmo tempo enfatiza a transformao.

    O Institucionalismo alguma coisa assim como o resultado do

    ensinamento destas iniciativas histricas sobre os prprios experts. (...)

    temos aprendido que isso existe e que poderamos colaborar para seu

    desenvolvimento a partir as experincias histricas que j existiram neste

    sentido e das que esto existindo e se desenvolvem perfeitamente ou

    dificilmente sem a nossa participao (BAREMBLITT: 1996)

    Vivemos em uma sociedade, que segundo o Institucionalismo, possui uma

    trama de instituies, no existe sociedade sem instituio, a sua presena

    inevitvel, toda sociedade independente do momento histrico atual, carrega com

    ela quatro instituies, sendo elas a linguagem, parentesco, religio/rituais e diviso

    de trabalho, estejam estas instituies juntas ou separadas na sociedade, elas

    sempre estaro presentes. (BAREMBLITT; 1996).

    Os exemplos analisados por Goffman so os hospitais e Prises, onde ele

    traz que sua principal caracterstica e objetivo isolar os internos do mundo social,

    evitando problemas que possam prejudicar sua "aprendizagem". Estas instituies

    podem ser divididas em cinco grupos, sendo estas, instituies que cuidam de

    pessoa incapazes e inofensivas, como os cegos, instituies que cuidam de pessoas

    consideradas incapazes de cuidar de si mesma, como os hospitais, instituies que

    protege a comunidade como as prises, instituies que realiza tarefa de trabalho,

    como quartis e o quinto e ltimo grupo destinado como refgio do social, como

    mosteiros, (GOFFMAN, 2003).

    Goffman (2003) conclui que estas instituies parecem funcionar como

    deposito, embora sejam conhecidas como organizaes que possui planejamento,

    ao social e estrutura, estas apenas uma iluso imposta, muitas vezes a

    realidade da instituio muito distante do seu objetivo oficial, apresentado aes

    menos eficientes.

  • 8

    Cada carreira moral, e, atrs desta, cada eu, se desenvolvem dentro dos

    limites de um sistema institucional (). Neste sentido o eu no uma

    propriedade da pessoa a que atribudo, mas reside no padro de controle

    social que exercido pela pessoa e por aqueles que a cercam. (Goffman,

    2003).

    Podemos definir instituio como uma composio logica, conjunto de leis,

    normas, princpios, so entidades abstratas que prescrevem e proscrevem

    comportamentos, valores, ideais, como por exemplo o casamento.

    Segundo Pereira (2007), as instituies so diferentes conforme cada

    infraestrutura e modelo de sociedade, so forma virtuais, imaginarias e simblicas

    de prticas sociais que impe limites e criam espaos para as relaes sociais.

    Michel Foucault no parte dos mesmos princpios, para ele as organizaes

    so a materializao das instituies, as aesque ocorrem nas organizaes

    apresentam um organizante, que busca a mudana permanente das aes

    organizacionais e o organizado que a estrutura, a solidificao da organizao,

    suas regras e leis burocrticas.

    importante saber que para que a vida social, que deve visar a maior

    felicidade, a maior realizao, a maior sade, a maior criatividade de todos

    os membros, essa vida s possvel quando ela regulada por instituies

    e organizaes, quando nessas relaes e a dialtica existem entre o

    instituinte e o institudo, entre o organizante e o organizado se mantem

    permanentemente permevel, fluidos, elsticos. (Baremblitt, 1996).

    Os estabelecimentos, so as estruturas fsicas que integram as organizaes,

    como as Escolas ONGs, UBS, Conventos, Quartis.

    Os equipamentos so tecnologias com o objetivo de facilitar a consecuo

    dos objetivos propostos pela instituio, podendo ter realidade material que se

    restringe a um estabelecimento ou o suplanta.

    Todo o aparato apresentado acima possui uma sustentao, a instituio, a

    organizao, o estabelecimento e o equipamento possui agentes e suas prticas,

    em outras palavras, trabalhadores que os mantm.

    Segundo Baremblitt (1996) estas descries no podem ser confundidas, pois

    atrs destas que existe a comunicao e relacionamento dos institucionalistas.

  • 9

    No ciclo usual de socializao de adultos, esperamos que a alienao e a

    mortificao sejam seguidas por um novo conjunto de crenas a respeito do

    mundo e uma nova maneira de conceber os eus(Goffman, 2003).

    Baremblitt (1996) afirma que a sociedade apresenta suas caractersticas

    polarizadas, em 3 utopias sociais so 3 formas de construes que visam satisfazer

    vontade coletiva, o aperfeioamento da vida social, a realizao de ideal social, mas que

    so desvirtuados.

    Ao realizar uma anlise institucional verificado em cada instituio,

    organizao, uma forma de ao para o instituinte e organizante alterar, intervir no

    geral, sendo assim inevitvel a indissociabilidade e a falta de articulao dos

    conceitos supracitados apresentando problemas sociais, estes dados so

    compreendidos como forma de atravessamento e transversalidade.

    Com o passar do tempo, apresentou-se o conceito de sociedade disciplinar.

    Pensando em instituio no sculo XXI, o impacto tecnolgico apresentou grande

    transformaes culturais e scio econmicas, principalmente se tratando em

    controle social, produo e consumo. As instituies totalitrias no desapareceram

    totalmente, para Goffman (1987) e Foucault (1999) elas permanecem com seu

    funcionamento clssico, sem muitas transformaes.

    Segundo Goffman (1987), as instituies totais, como Prises, escolas,

    internados, so residncias, trabalhos, que podem ser teraputicos ou educacionais,

    so ambientes fechados que se caracterizam pelo grande nmero de pessoas

    vivendo no mesmo local ao mesmo tempo, sempre identificando opressores e

    oprimidos. Goffman (1987), apresenta o poder como estratgia sempre presente em

    todos os lugares.

    Para Foucault (1999), os procedimentos disciplinares j existem a muito

    tempo, desde os tempos dos conventos, mas a partir do sc. XVII se tornou forma

    de dominao, tendo como objetivo o autodomnio.

    O momento histrico das disciplinas o momento em que nasce uma arte

    do corpo humano, que visa no unicamente o aumento de suas habilidades,

    nem tampouco aprofundar sua sujeio, mas a formao de uma relao

    que no mesmo mecanismo o torna tanto mais obediente quanto mais til,

    e inversamente. (Foucault, 1999).

  • 10

    Pensando em um mecanismo de poder, passaram a utilizar do corpo humano

    como anatomia poltica, corpo forte aumenta a aptido de dominao.

    Uma observao minuciosa do detalhe, e ao mesmo tempo um enfoque

    poltico dessas pequenas coisas, para controle e utilizao dos homens.

    Sobem atravs da era clssica, levando consigo todo um conjunto de

    tcnicas, todo um corpo de processos e de saber, de descries, de

    receitas e dados. E desses esmiuamentos, sem dvida, nasceu o homem

    do humanismo moderno. (Foucault, 1999).

    O conceito de atravessamento considera as diversas dimenses sociais

    voltadas para a reproduo da sociedade (institudo, organizado) e resistncia

    transformao pressuposta pela utopia social e seus princpios, que se

    interpenetram para fundar conceitos, procedimentos, valores.

    O conceito de transversalidade, ao contrrio, considera as diversas

    dimenses (instituintes, organizantes) que se manifestam na sociedade voltadas

    para a transformao social e ruptura com a dominao, explorao e mistificao.

    Apesar desta distino, no se pode pensar que esses conceitos

    caracterizam uma ou outra instituio, organizao ou equipamento, mas esto

    presentes em todas elas simultaneamente.

    As instituies so comandadas por grandes chefes, ao contrrio do

    movimento institucionalista, busca princpios de auto analise e autogesto, o que

    implica na opo poltica de escolha livre, mudanas radicais, pode-se dizer que

    seria o resgate do poder ao grupo, (PEREIRA, 2007).

    Para Pereira (2007), durante a histria do Brasil, estes ideais de instituio

    sempre estiveram presentes, mesmo entre momentos bons e ruins as instituies

    foram sempre capazes de emergir e ameaar a sociedade, gerando inovaes e

    acontecimentos de foras potenciais, tornando a palavra a condio essencial para

    realizao de novos processos de representaes.

  • 11

    4. ASSOCIAO PESTALOZZI DE SUMAR

    Tudo comeou com um movimento da comunidade sumareense, que reuniu-

    se com a finalidade de oferecer atendimento especializado a Pessoas com

    Deficincia Severa.

    Aos 24 de setembro de 1987, na sede provisria do Rotary Clube Sumar na

    Praa da Repblica n 198, reuniram-se a Casa da Amizade (formada pelas esposas

    dos Rotarianos) e membros da Sociedade, para realizar a fundao da

    ASSOCIAO PESTALOZZI DE SUMAR, a leitura e aprovao de seu 1

    Estatuto.

    Encontravam-se presentes os seguintes membros Fundadores: Ftima Ap.

    Blumer Borges, Terezinha Ongaro Monteiro de Barros, Neiva MenuzzoPazetti, Clia

    Natalina da Silva Carvalho, Sueli Campagnoli, Miriam Ceclia Lara Neto Paula,

    liaGigoMaiale, Elvira Basso Viel, Neiva Tardio, alm dos membros que compem a

    1 Diretoria. Realizou-se ento a Eleio e Posse do Conselho Diretor, Fiscal e

    Consultivo da Entidade.

    A partir de ento, a nova Diretoria iniciou os trabalhos de estruturao e

    organizao da documentao, local, Recursos Humanos e Financeiros,

    necessrios para dar o incio aos atendimentos efetivamente. Buscou-se conhecer

    outras entidades Pestalozzianas para o aprofundamento do trabalho dirio com as

    crianas. A documentao necessria para a legalizao da Entidade foi demorada,

    as exigncias so muitas e os certificados necessrios filantropia, s chegaram

    aps 1 (um) ano.

    Em 10 de agosto de 1988, iniciou-se o atendimento s Pessoas com

    Deficincia em uma casa alugada pela empresa Texcolor S/A, de 70m. Abriu-se

    ento as portas da Entidade R. Moacir de Matos n 27 - Jd. Alvorada, sob

    coordenao administrativa de Maria Estela ScroccaMenuzzo, para a organizao e

    triagem das crianas a serem atendidas na Entidade (que at este momento

    atenderia a 05 crianas).

    A busca pelos tratamentos oferecidos pela Entidade tornou-se cada vez mais

    crescente, com isso, aps 02 anos de atendimento, a Pestalozzi Sumar j contava

    com 30 crianas. A necessidade de um local maior tornou-se imediata e

    imprescindvel para dar continuidade filosofia e anseio da Diretoria.

    Com isso, a Entidade mudou-se para um novo endereo: R. Jos Mancini n

    64, no Centro, com uma rea de 130m. A busca pelos atendimentos intensificava-

  • 12

    se a cada dia. O reconhecimento da Entidade por sua caracterstica prpria e

    especfica de tratar a pessoa com Deficincia Severa foi o motivo de tamanha

    procura. J contando com 66 crianas em atendimento, mais uma vez houve a

    necessidade de mudana de local.

    As dificuldades para desempenhar o trabalho proposto de atendimento s

    pessoas com deficincia, cada vez mais excludas da sociedade, tornavam-se

    rduas. A empresa que mantinha o aluguel da sede da entidade fora vendida e a

    empresa que assumiu a direo no manteve o benefcio.

    Numa busca incansvel, a Pestalozzi Sumar procurou a sociedade atravs

    da imprensa escrita e falada, para pedir auxlio na construo do prdio, j que havia

    um terreno doado pela Municipalidade de Sumar. Surgiu da, o Capito do Corpo

    de Bombeiros de Piracicaba, o Sr. Carlos Eduardo Massarini, que residia em nossa

    cidade e se props a trabalhar com a Diretoria da Entidade para construir a atual

    sede em que nos encontramos.

    Inaugurada em 24 de setembro de 1996, a sede da entidade possui uma rea

    construda de 900m, em 3.114 m de terreno. A diretoria composta atualmente por

    20 membros da sociedade, que dedicam cada momento de suas vidas a manter o

    desejo que move seus coraes: o amor e a dedicao ao excludo, para traz-lo ao

    convvio social, com esperana e alegria.

    Por se tratar de um atendimento especfico e diferenciado, que a Associao

    Pestalozzi de Sumar presta com competncia, a busca pelo servio oferecido na

    entidade crescente a cada dia. Esta caracterstica se d pelo fato de seu

    acompanhamento e desenvolvimento ser constante e ilimitado. O trabalho

    realizado individualmente com cada paciente e de acordo com suas necessidades

    especficas. Cada caso apresenta um quadro prprio e totalmente diferenciado, por

    tal motivo, o nosso atendimento considerado como um dos mais complexos em

    termos ambulatoriais no Brasil.

    A Associao Pestalozzi de Sumar mantm atualmente o atendimento

    gratuito a 250 usurios, desde o seu nascimento a sem limite de idade, alm de

    assistir suas respectivas famlias. Crianas, jovens e adultos com deficincia visual,

    mental e fsica, com diversos graus de severidade. Uma histria de lutas e vitrias,

    com o principal objetivo de garantir o bem-estar e a incluso das pessoas com

    deficincia na sociedade para que estas possam exercer sua cidadania e levar suas

    vidas com muito mais dignidade.

  • 13

    5. SERVIOS PRESTADOS PELA ASSOCIAO PESTALOZZI

    A associao Pestalozzi de Sumar, Entidade Filantrpica para atendimento

    pessoa com deficincia (sendo a maioria com deficincia intelectual), tem como

    misso institucional a preparao e incluso no mercado de trabalho; Contribuir para

    a melhoria de vida da populao com deficincia, assegurando seu acesso

    projetos que propiciem o atendimento especializado em habilitao e reabilitao;

    Estimular a participao e a incluso da pessoa com deficincia na sociedade

    oportunizando o exerccio da cidadania; Desenvolver programas de apoio s

    famlias.

    A situao geogrfica da instituio boa, a entidade fica situada entre duas

    avenidas principais do bairro e a relao com a comunidade excelente, possui

    boas condies, e acessibilidade mediante as necessidades dos beneficirios. O

    horrio de funcionamento das 08:00 s 17:00 horas de segunda asexta-feira.A

    associao Pestalozzi de Sumar mantm atualmente o atendimento gratuito a 305

    beneficirios, desde o seu nascimento at seu envelhecimento, alm de acolher

    suas respectivas famlias. Sendo dois deles com ensino superior em logstica e RH.

    Alm da unidade de Sumar/SP existem mais 3 filiais no estado de So Paulo:

    Osasco/SP, Hortolndia/SP e Campinas/SP. A unidade de Sumar, possui 57

    funcionrios, e trabalham junto com outras instituies como: Ongs, Cras e

    psiquiatria.

    Por ser uma instituio filantrpica, sem fins lucrativos, desempenhando

    atividades paralelas ou em conjunto com a prefeitura, possui uma boa relao com

    outras instituies com os mesmos objetivos.

    As normas seguidas pela instituio o estatuto da entidade que rege as

    Ongs.

    A Pestalozzi recebe a seguinte ajuda: subveno da prefeitura municipal de

    Sumar, capitao de recursos das empresas da regio, festas e doaes.

    O mtodo de trabalho da instituio feito atravs de atendimento de

    procura espontnea, e encaminhados pela rede de educao, sade e assistncia.

    Seguindo as seguintes etapas: lista de espera e triagem, dependendo da

    quantidade de vagas existentes.

    Atendendo pessoas portadoras de deficincia fsica e/ou mental de leve a

    severa, a partir do nascimento, sem limite de idade em trs grandes reas: Sade,

    Educao e Assistncia Social.

  • 14

    Atualmente so desenvolvidos os seguintes projetos:

    Estimulao Essencial;

    Atendimento ambulatorial;

    Atendimento ao portador de autismo;

    Incluso e Integrao escolar;

    Comunicao suplementar e/ou alternativa;

    Oficina teraputica ocupacional;

    Oficina pedaggica ocupacional I e II;

    Preparao e Incluso no Mercado de trabalho.

    O projeto de preparao e incluso do Mercado de trabalho tem como

    objetivo a insero efetiva da pessoa com deficincias na sociedade por meio do

    trabalho, assegurando seus direitos e deveres sociais e criando condies para

    promover sua cidadania.

    Fazer com que a sociedade e empresas enxerguem as pessoas como um

    todo e no apenas como portadora de uma determinada limitao, sensibilizando

    atravs da apresentao de aspectos viveis incluso.

    5.1 AES DESENVOLVIDAS

    A. Educao profissional: Oferecendo vivencias em atividades prticas de

    trabalho que revelaro as potencialidades, aptides e interesses para o

    exerccio de uma atividade profissional, utilizando as seguintes aes:

    Direcionando e adequando os programas a serem desenvolvidos.

    Identificando as habilidades psicomotoras, comunicativas, de vida

    diria e conceituais.

    Visitando os diferentes segmentos de empresas e comrcio.

    B. Qualificao para o trabalho: Se constitui de programas desenvolvidos nas

    oficinas, oferecendo treinamento para identificar potenciais e habilidades de

    cada um, atravs de programas pedaggicos, segurana no trabalho,

    informtica e noes de relacionamento pessoal, tanto na instituio quanto

    nas empresas parceiras.

  • 15

    C. Setores envolvidos: Fonoaudiologia, Pedagogia, Terapia ocupacional, Artes

    plsticas, Educao Fsica, Psicologia, Fisioterapia, Condicionamento Fsico,

    Monitoria.

    5.2 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR E PROFISSIONAIS

    Servio social: desenvolve aes voltadas ao bem-estar, proteo e

    promoo da pessoa com deficincia e sua famlia na busca do bem comum,

    construo da identidade pessoal e convivncia social.

    Educao fsica: habilitar para a prtica de esportes, visando

    participao em torneios e competies. Estimular e respeitar as capacidades e

    habilidades motoras e fsicas, proporcionando qualidade de vida e condies

    adaptativas da participao das prticas esportivas.

    Terapia ocupacional: Ampliar sua capacidade de independncia nas

    atividades de vida diria e prtica, favorecendo o desempenho funcional do usurio

    por meio de dispositivos (adaptaes e rteses de membro superior), estimulando

    aspectos neuropsicomotores e realizando assessorias domiciliares e escolares.

    Fisioterapia: Enfatizar princpios teraputicos que promovam a melhora

    da fora muscular, amplitude do movimento, postura, equilbrio e coordenao com

    intuito de minimizar as dificuldades, potencializar as capacidades do indivduo e sua

    maior independncia.

    Psicologia: Contribuir para minimizao das angustias e sofrimentos

    vividos, elevar a autoestima e a confiana dessas pessoas, oferecendo

    acompanhamento e suporte necessrios durante o tratamento.

    Projetos:

    Estimulao sensorial, at os 4 anos de idade.

    Incluso: Psiclogo, fonoaudilogo, pedagogo, at os 14 anos de idade.

    Projeto em grupo: Psiclogo, fonoaudilogo, pedagogo e terapeuta

    ocupacional.

    Atendimento familiar: incluso, ambulatrio e estimulao.

    Trabalho em grupo: sexualidade, autoestima, questo corporal, espao,

    identidade.

    Perodo: 6 meses de interveno.

    Foco no autismo: (Projeto com 40 pacientes acolhidos).

  • 16

    Fonoaudiologia: trabalham aspectos de fala e linguagem, voz, audio

    e motricidade oral.

    Pedagogia: Inclui e integra a pessoa com deficincia ao ensino regular,

    dando suporte pedaggico para aprendizagem do contedo escolar.

    Obs.: Servio de ambulatrio, para casos mais graves.

    5.3 OFICINAS PEDAGGICAS E OCUPACIONAIS DE CAPACITAO

    Desenvolvendo potencialidades para insero social e a qualificao de

    pessoas nicas. As oficinas pedaggicas ocupacionais e a oficina do mercado de

    trabalho atendem 74 pacientes com necessidades especiais (de leve a moderada),

    divididos em grupos de 8 a 12 pessoas.

    por meio de novos convnios e parcerias que acolhem novos usurios,

    aumentando as oportunidades de atendimento e a durao do mesmo, podendo

    investir na compra de equipamentos e materiais que esto nos auxiliando no

    desenvolvimento de cada atividade.

    Artes Plsticas: tem como principal objetivo desenvolver a expresso

    livre, proporcionando s pessoas com deficincia o contato com a artes,

    aumentando assim sua sensibilidade, melhorando a coordenao motora, adquirindo

    o gosto pela arte e visando a produo do produto final.

    Educao fsica: busca reintegrar a pessoa com deficincia

    sociedade, estimulando e respeitando suas capacidades e habilidades motoras e

    fsicas para garantir melhor qualidade de vida, alm de proporcionar condies

    adaptativas para participao da prtica esportiva e competitiva.

    Pedagogia: as aulas utilizam diferentes linguagens: verbal, musical,

    matemtica, grfica, plstica e corporal como meio para produzir, expressar e

    comunicar as ideias e pensamentos dos atendidos. Tambm busca facilitar a

    incluso e adaptao do indivduo com necessidades especiais, posicionando-o de

    forma crtica, responsvel e construtiva no meio em que vive.

    Condicionamento fsico: Propiciar um bem-estar fsico e mental das

    pessoas com deficincia, desenvolvendo a flexibilidade, resistncia muscular e as

    capacidades corporais e cardiorrespiratrias.

    Fisioterapia: busca restabelecer a mxima atividade funcional possvel

    para estimular o paciente a ter prazer em se movimentar, ter percepo, ateno,

  • 17

    noo espacial, e entusiasmo para conseguir ritmo e velocidade do movimento. Com

    isso, o usurio passa a conhecer melhor o mundo e dele participar ativamente.

    Terapia ocupacional: visa orientar e possibilitar as pessoas com

    deficincia a identificar as potencialidades em seu desenvolvimento e avaliar as

    habilidades que possibilitem sua incluso ou recolocao no mercado de trabalho,

    bem como na sociedade. Isso contribui ainda para assegurar seus direitos sociais,

    alm de criar condies para promover sua autonomia, incluso social e participao

    efetiva na sociedade e direito cidadania.

    Preparao e incluso no mercado de trabalho: tem como objetivo

    identificar potencialidades e oferecer programas de educao profissional. A

    qualificao e insero no mercado de trabalho tambm so estimuladas por meio

    de visitas a diferentes empresas e comrcios, treinamentos e prestao de servios.

    Oficina de papel reciclado: criada para possibilitar pessoa com

    deficincia a sua relao com o mundo do trabalho, esta oficina busca facilitar a

    construo do seu projeto de vida do ponto de vista profissional, ao mesmo tempo

    em que exerce a experincia de cidadania e responsabilidade ambiental.

    Expresso corporal e vocal: Desenvolver a conscincia corporal e vocal

    atravs da msica e dana melhorando a qualidade de vida e contribuindo ainda

    para as relaes interpessoais, tanto na comunicao quanto no ambiente escolar e

    social.

    O projeto tambm proporciona pessoa com deficincia condies que a

    levem a uma atividade produtiva remunerada, assegurando o exerccio de seus

    direitos e deveres trabalhistas permitindo sua insero na sociedade.

    Trata-se de um programa que envolve essencialmente contatos de equipe da

    instituio com a empresa visando: Abertura de vagas, Assessoria tcnica e

    monitoramento dos includos, com o objetivo de garantir que a pessoa com

    deficincia obtenha e conserve o emprego.

    Os materiais feitos pelos usurios nas oficinas de produo so vendidos,

    estimulando assim a incluso no mercado de trabalho.

  • 18

    6. ANALISE DA INSTITUIO

    Pode-se analisar que a instituio Pestalozzi vem, desde sua fundao,

    sofrendo inmeras mudanas de equipamentos, prticas, regras pr-estabelecidas,

    processos, entre outras, para que os gestores pudessem formar uma equipe

    multidisciplinar cada dia mais responsvel e preparada para atender pessoas com

    deficincia, e com o aumento de atendimentos, houve a mudana arquitetnica, para

    trazer maior conforto e um ambiente mais amplo para suportar cada vez mais

    pessoas atendidas. A autogesto vem avaliando onde necessitam melhoras, e com

    isso tentam, na medida do possvel, realiz-las.

    Mesmo com inmeras mudanas, a infra-estrutura ainda uma grande

    problemtica para a instituio. De acordo com a Assistente Social que presta

    servios no local, a instituio necessita de ampliao, materiais e aparelhos novos

    e adaptados para as diversas deficincias que so abordadas no local.

    Outra problemtica o vnculo de parcerias e essa instituio como

    filantrpica, necessita da ajuda da prefeitura, o que tambm vem sendo um desafio,

    pois a mesma no disponibiliza a verba necessria para que a instituio realize

    seus trabalhos com eficincia. Com isso a instituio vem sobrevivendo de doaes,

    inclusive existem pessoas que fazem doaes bastante generosas, em especifico,

    uma senhora da cidade de Campinas realizou uma doao no valor de R$50.000,00

    (cinquenta mil reais) e com esse valor as salas da Pestalozzi foram ampliadas, mas

    ainda precisa da ampliao de outros setores. Atualmente as empresas que

    possuem parceria com a Pestalozzi so: Petrobras (o trmino do contrato ser em

    breve), Coverti, IC Transportes e Retimicron.

    Outro grande desafio que a instituio enfrenta o incentivo dos pais fora da

    Pestalozzi, pois a famlia no d continuidade aos trabalhos que eles realizam, e

    acabam, mesmo que indiretamente, auxiliando na regresso do caso das pessoas

    com deficincia que ali so atendidas. Existem mes que procuram atendimentos na

    instituio, que sofrem o estado de luto desde o nascimento das crianas, pelo

    motivo de terem nascido com alguma deficincia.

    Mesmo com inmeras mudanas j realizadas e ainda existir a necessidade

    de vrias mudanas e melhorias, a instituio tende a apresentar-se como uma bela

    entidade, mostrando somente os bons trabalhos que so realizados dia aps dia,

  • 19

    para que no se possa analisar o h de errado em seu funcionamento. H certa

    omisso de vrios aspectos ruins que a Pestalozzi enfrenta, por parte do

    organizado.

    Podemos perceber que houve um fcil contato com a instituio, em contra

    partida, houve uma grande relutncia em receber o grupo e apresentar a instituio,

    principalmente pelo fato de saber que ao adentrarmos no local, iramos no s

    conhecer a forma de trabalho e histria da instituio, mas tambm analisaramos

    outros aspectos para a contribuio da pesquisa, como aspectos formais e

    informais.

  • 20

    7. CONSIDERAES FINAIS

    Baseado em toda Baseado em toda explanao feita nesse trabalho junto

    com a anlise da demanda na Instituio Pestalozzi, conclui-se que assim como j

    esperado a associao mesmo com muitos problemas gerenciais e dificuldades

    gerais se mostra como uma tima instituio que no possui nenhum problema

    interno, mascarando uma realidade atual.

    Ao visitar a Associao observamos muitos problemas, como dificuldade

    financeira, dificuldade de vnculos e parcerias, mas o maior problema atual a

    infra-estrutura abalada e obras incompletas, que de certa forma atrapalha na

    realizao dos programas apresentados pela instituio.

    Por se tratar de uma ONG, a maioria dos colaboradores so estagirios

    voluntrios, sem nenhum tipo de remunerao, o que auxilia em partes a

    instituio a utilizar os ganhos em projetos e servios para a comunidade.

    A Associao Pestalozzi tem sido especialista da transformao , no

    apenas das transformaes sociais, mas tambm de suas prprias transformaes

    institucionais e de posies ocupadas na cena social brasileira. H quase

    dcadas, elas vem adaptando a sucessivas conjunturas poltico-sociais,

    aumentando em nmero e desenvolvendo a sua institucionalidade no processo de

    autonomizao, garantindo a instituio Pestalozzi, um trabalho diferencial, no s

    para as crianas e adolescentes, mas para a famlia, priorizando o bem estar, a

    incluso, a equiparao de oportunidades, a mtua interao entre as pessoas

    com e sem deficincia, dessa forma, devemos lutar a favor da incluso social,

    portanto, deve ser de responsabilidade de cada um e de todos coletivamente.

  • 21

    ANEXO I - ANLISE DAS INSTITUIES - FILME: AS INVASES

    BRBARAS

    As instituies so apresentadas no filme deixam certa descrena em relao

    s formas de organizao social. Existe, no decorrer do filme, uma serie de valores

    que so questionados, como a famlia, a amizade, a sexualidade, o movimento

    sindical, a religio, mfias, medicina, entre outras, e perante todo esse sistema o

    indivduo passa a ser irrelevante, tendo que voltar-se para si e fazer uma auto-

    reflexo de tudo que viveu, seus costumes e suas utopias.

    As instituies, que tem suas regras, valores, leis, so visivelmente

    influenciadas pelo capitalismo, onde quem tem o maior poder aquisitivo tem

    melhores condies de vida, um tratamento diferenciado e muitos sonhos

    comprados, como visto no filme, onde Sebastien, com seu dinheiro, compra todos os

    desejos e regalias que seu pai desejava.

    O filme retratado no Canad, apresenta uma realidade catica relacionada

    ao Sistema de Sade Pblica bem parecido com o atual brasileiro, onde so

    apresentados inmeros problemas com leitos, medicamentos, atendimentos, entre

    outros. Esse sistema tambm acaba por beneficiar aqueles com poder financeiro,

    pois facilitam inmeros processos para essas pessoas, abrindo mo de suas leis e

    valores, em troca de dinheiro.

    Outro vrus instalado no pas em que o filme apresentado a droga, que de

    certa forma usada com bastante frequncia at pelo prprio Rmy e por Nathalie.

    Outra problemtica envolvendo a droga que os agentes da polcia que devem

    interferir o trfico, acabam se envolvendo no mesmo, assim facilitando a venda e

    compra dessas drogas.

    A famlia uma instituio que aparece com inmeros problemas, sendo o

    primeiro a traio de Rmy, e outros, como a relao de Nathalie e sua me, que

    por conta de drogas e a vida sexual liberal acabam as distanciando; os filhos de

    Rmy no eram to prximos a ele no incio do filme, por conta da vida liberal que

    ele levava; a ex esposa de Rmy tambm tinha certos traumas por conta das

    traies. Tudo isso leva a instituio famlia ao declnio.

    Reduo de Danos, apresentada quando eles substituem a herona por

    metadona.

    A instituio escola, tambm presente no filme, quando Rmy professor,

    quando precisa abandonar a carreira por conta de sua doena.

  • 22

    A religio no valorizando seus bens sagrados, vendendo-os como objetos de

    decorao, perdendo assim valor religioso e obtendo valor capitalista.

    A eutansia, outra instituio instalada no filme, traz muito questionamento,

    pois hoje o governo e medicina que comanda esse tipo de procedimento, o que

    deveria partir de cada um, partindo do princpio que cada pessoa dona de seu

    corpo, tendo assim a liberdade de escolha quando quer ou no viver e como e

    quando deseja morrer. Uma pessoa muito doente fica no hospital consumindo

    medicamentos que poderiam ser usados para outros que esto necessitando, sendo

    que j no tem mais chance de viver.

    Por fim, analisamos que o capitalismo est presente na maior parte do filme,

    onde quase tudo foi conseguido com suborno, com pagamentos imprevistos por lei,

    onde Rmy teve um final mais confortvel e feliz, s no foi possvel comprar sua

    sade e sua vida.

  • 23

    ANEXO II TROCAR ESTA PAGINA PELA AUTORIZAO

  • 24

    8. REFERNCIA

    BAREMBLITT, G..Compndio de Anlise Institucional. Rio de Janeiro: 3a. ed.,

    Rosa dos Tempos, 1996.

    Foucault, M. Vigiar e punir: nascimento da priso. 21 ed. Petrpolis:

    Vozes. 1999.

    GOFFMAN, Erving. Manicmios, Prises e Conventos. Brasil, ed. Perspectivas

    S.A. 2003.

    PEREIRA, William Cesar Castilho. Movimento institucionalista: principais

    abordagens. In: Revista Estudos e Pesquisas em Psicologia. UERJ, RJ, Ano 7, n. 1,

    1 semestre, 2007. Disponvel em: www.revispsi.uerj.br/v7n1/artigos/pdf/v7n1a02.pdf

    Acessado em: 16/05/2015.

    ASSOCIAO PESTALOZZI (Sumar). A PESTALOZZI: Nossa histria. 2015.

    Disponvel em: . Acesso em: 15 maio

    2015.