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Planos de aula Trabalho infantil na Revolução Industrial Por: Gabriel Amato Bruno De Lima / 04 de Abril de 2019 Código: HIS8_03UND01 Habilidade(s): EF08HI03 Anos Finais - 8º Ano - O mundo contemporâneo: o Antigo Regime em crise Analisar os impactos da Revolução Industrial na produção e circulação de povos, produtos e culturas. Sobre o Plano Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola Professor: Gabriel Lima Mentor: Bianca Silva Especialista: Sherol dos Santos Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso Ano: 8º ano do Ensino Fundamental Unidade temática: O mundo contemporâneo : o Antigo Regime em crise. Objeto(s) de conhecimento: Revolução Industrial e seus impactos na produção e na circulação de povos, produtos e culturas. Habilidade(s) da BNCC: (EF08HI03) Analisar os impactos da Revolução Industrial na produção e na circulação de povos, produtos e culturas. Palavras-chave: História do trabalho ; trabalho infantil , Inglaterra, Revolução Industrial. Endereço da página: https://novaescola.org.br/plano-de-aula/5443/trabalho-infantil-na-revolucao-industrial Associação Nova Escola © - Todos os direitos reservados.

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Planos de aula

Trabalho infantil na Revolução Industrial

Por: Gabriel Amato Bruno De Lima / 04 de Abril de 2019

Código: HIS8_03UND01

Habilidade(s):

EF08HI03Anos Finais - 8º Ano - O mundo contemporâneo: o Antigo Regime em criseAnalisar os impactos da Revolução Industrial na produção e circulação de povos, produtos e culturas.

Sobre o Plano

Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola

Professor: Gabriel Lima

Mentor: Bianca Silva

Especialista: Sherol dos Santos

Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso

Ano: 8º ano do Ensino Fundamental

Unidade temática: O mundo contemporâneo : o Antigo Regime em crise.

Objeto(s) de conhecimento: Revolução Industrial e seus impactos na produção e na circulação de povos, produtos e culturas.

Habilidade(s) da BNCC: (EF08HI03) Analisar os impactos da Revolução Industrial na produção e na circulação de povos, produtos e culturas.

Palavras-chave: História do trabalho ; trabalho infantil , Inglaterra, Revolução Industrial.

Endereço da página:https://novaescola.org.br/plano-de-aula/5443/trabalho-infantil-na-revolucao-industrial

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Materiais complementares

DocumentoCartaz: Dia contra o trabalho infantilhttps://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/xXmtGm6ZFmggKgnckZxtmnrydRUShXR3gVmqZuwUCfbjTgkbKx4na4EscFh7/his8-03und01--cartaz-dia-contra-o-trabalho-infantil.pdf

DocumentoTrabalho infantil no Brasilhttps://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/ZuMdG9BRjVbzjmRccuQDymAeJ6zBqEErQFXZrFUzVGyqtYsdvtPgSTvHuQrS/his8-03und01--trabalho-infantil-no-brasil.pdf

DocumentoA vida e as aventuras de Michael Armstrong, o menino da fábricahttps://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/YmwkvVf2VbDkfqeWpN6EaFEXxAbGXngdFVHA32STw7r9KgCXACwjekWBFqhM/his8-03und01--a-vida-e-as-aventuras-de-michael-armstrong-o-menino-da-fabrica.pdf

DocumentoTrecho de A situação da classe trabalhadora na Inglaterra, por Friedrich Engels (1845)https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/xPWekv5eXtC9CmHuwqnHEA32UUZbqtsDu7tnNupQQqemPsYEFFcaPpFQVUeC/his8-03und01--trecho-de-a-situacao-da-classe-trabalhadora-na-inglaterra-por-friedrich-engels-1845.pdf

DocumentoTrecho de Oliver Twist, por Charles Dickenshttps://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/hX6An5w68qg6JMCMJmEux2rJ9sCyYzFbj7zG4V8sXQBdXaKhNS987j3m5JHx/his8-03und01--trecho-de-oliver-twist-por-charles-dickens.pdf

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Slide 1 Sobre este plano

Este slide em específico não deve ser apresentadopara os alunos, ele apenas resume o conteúdo daaula para que você possa se planejar.Este plano está previsto para ser realizado em umaaula de 50 minutos. Serão abordados aspectos quefazem parte do trabalho com a habilidadeEF08HI03, de História, que consta na BNCC. Comoa habilidade deve ser desenvolvida ao longo detodo o ano, você observará que ela não serácontemplada em sua totalidade aqui e que aspropostas podem ter continuidade em aulassubsequentes.Materiais necessários:– Cópias impressas das imagens e textos ou datashow para projeção destas fontes.– Dicionários (caso disponíveis/necessários).– Folhas para elaboração do cartaz (A4 ou A3 oucartolina).– Lápis de cor, canetinha, cola, durex, revistas quepossam ser recortadas (ou impressão de imagenspara colagem).Material complementar :Cartaz do Dia contra o trabalho infantil (2010):https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/xXmtGm6ZFmggKgnckZxtmnrydRUShXR3gVmqZuwUCfbjTgkbKx4na4EscFh7/his8-03und01--cartaz-dia-contra-o-trabalho-infantil.pdfPrint da reportagem “No Brasil, o trabalho infantilatinge 2,7 milhões de crianças e adolescentes”(2017):https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/ZuMdG9BRjVbzjmRccuQDymAeJ6zBqEErQFXZrFUzVGyqtYsdvtPgSTvHuQrS/his8-03und01--trabalho-infantil-no-brasil.pdf“A vida e as aventuras de Michael Armstrong, omenino da fábrica” (1876):https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/YmwkvVf2VbDkfqeWpN6EaFEXxAbGXngdFVHA32STw7r9KgCXACwjekWBFqhM/his8-03und01--a-vida-e-as-aventuras-de-michael-armstrong-o-menino-da-fabrica.pdfTrecho de A situação da classe trabalhadora naInglaterra (1845), por Friedrich Engels:https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/xPWekv5eXtC9CmHuwqnHEA32UUZbqtsDu7tnNupQQqemPsYEFFcaPpFQVUeC/his8-03und01--trecho-de-a-situacao-da-classe-trabalhadora-na-inglaterra-por-friedrich-engels-1845.pdfTrecho de Oliver Twist (1837), por CharlesDickens:https://nova-escola-

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v=N9dB9BZWDBU>. Acesso em: 24 de jan. de 2019.Vídeo em inglês, mas é possível habilitar legendasem português no próprio YouTube.LOMBARDI, José Claudinei. Trabalho e educaçãoinfantil em Marx e Engels. Revista HISTEDBROnline, Campinas, n. 39, set. 2010, p. 136-152.Disponível em:<http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/39/art08_39.pdf>.Acesso em: 24 de jan. de 2019.

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Slide 2 Objetivo

Tempo sugerido: 2 minutos.Orientações: Apresente o objetivo aos alunos,escrevendo-o no quadro ou lendo-o para a turma.Se estiver fazendo uso de projetor, apresente esteslide e faça uma leitura coletiva. Lembre-se de nãoantecipar as reflexões da aula neste momento, poisa intenção é que os estudantes construam oraciocínio apenas com a sua mediação.

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Slide 3 Contexto

Tempo sugerido : 10 minutos.Orientações: Imprima e cole no quadro ou, casoesteja usando um data show, projete o cartaz dacampanha de combate ao trabalho infantil de 2010,disponível no link: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/xXmtGm6ZFmggKgnckZxtmnrydRUShXR3gVmqZuwUCfbjTgkbKx4na4EscFh7/his8-03und01--cartaz-dia-contra-o-trabalho-infantil.pdfInicialmente, peça a um dos estudantes que leia ocartaz identificando o tema da campanha e oselementos imagéticos da fonte (catavento,martelo, lápis). Depois, questione a turma:Por que ainda há trabalho infantil? Por que estetipo de prática é condenada? Qual a relação entretrabalho infantil (representado, no cartaz, pelomartelo) e a educação (representada pelo lápis)?Por que trabalho e educação são vistos comoopostos no cartaz? Por que algumas criançastrabalham em nosso tempo presente? (O objetivo,neste momento, é que os estudantes percebam queo trabalho infantil pode ser uma realidade distantepara algumas crianças, mas que ele ainda épresente por uma série de razões, seja pornecessidade econômica ou costumes culturaisarraigados, por exemplo.)Você pode, também, chamar a atenção para a datapresente no cartaz (12 de junho), instituída como oDia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil pelaLei nº 11.542/2007. A intenção é que os estudantesidentifiquem que, no presente, há uma associaçãoda infância como o tempo da educação escolar, nãocomo o período do trabalho, mas que, ainda assim,o trabalho infantil é uma realidade na vida demilhares de crianças. Para isso, pergunte:Por que uma campanha contra o trabalho infantil énecessária em nosso contexto? (O raciocínioesperado é que, se há necessidade de umacampanha contra esta prática, é porque ela aindaexiste.)Como adequar à sua realidade: É possível usar o“Mapa do trabalho infantil”, elaborado pela RedePeteca – Chega de trabalho em infantil com baseem dados estatísticos da Pesquisa Nacional porAmostra de Domicílios (PNAD) 2015 divulgadospelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE). Ele está disponível no link:https://www.chegadetrabalhoinfantil.org.br/mapa-do-trabalho-infantil/ Trata-se de um mapainterativo, em que é possível escolher um dos

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interativo, em que é possível escolher um dosestados brasileiros e acessar o perfil do trabalhoinfantil na região, com o número de ocupadosentre 5 e 17 anos e os setores da economia em queeste tipo de exploração foi identificado. Com umenfoque no estado ou região dos estudantes, estaestratégia pode aproximar a temática daexploração do trabalho infantil da realidadeimediata dos alunos.Para você saber mais :COSTA, Ângelo Fabiano Farias da. Uma infânciaroubada pelo trabalho. Correio Braziliense,12/8/2018. Disponível em:<http://blogs.correiobraziliense.com.br/servidor/uma-infancia-roubada-pelo-trabalho/>. Acesso em: 24de jan. de 2019.ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO.Combatendo o trabalho infantil: guia paraeducadores. Brasília: OIT, 2001. Disponível em:>https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---americas/---ro-lima/---ilo-brasilia/documents/publication/wcms_233633.pdf>.Acesso em: 24 de jan. de 2019.

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Slide 4 Contexto

Orientações: Neste segundo momento, apresenteaos estudantes o print da reportagem sobretrabalho infantil no Brasil hoje: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/ZuMdG9BRjVbzjmRccuQDymAeJ6zBqEErQFXZrFUzVGyqtYsdvtPgSTvHuQrS/his8-03und01--trabalho-infantil-no-brasil.pdfPeça a um aluno que leia a manchete e identifiqueos principais dados sobre ela, perguntando:Quando ela foi publicada? Em qual revista?Qual seria a idade da pessoa fotografada naimagem que ilustra a reportagem? Qual trabalhoela está fazendo?A intenção é que os estudantes identifiquem aexistência do problema da exploração do trabalhoinfantil no presente, estabelecendo uma relaçãocom a necessidade de uma campanha contra estaprática. A reportagem foi publicada em 2010, narevista Carta Capital, e apresenta como imagemilustrativa uma criança (em torno de 10 anos)trabalhando no conserto de um carro.Depois, medeie a reflexão sobre a fonte. Para isso,pergunte:Por que algumas crianças precisam trabalhar?Qual o impacto negativo que este trabalho podetrazer para elas?Neste contexto, qual a importância de campanhascomo a que vocês acabaram de conhecer e dereportagens como esta?Espera-se que os estudantes consigam relacionaras desigualdades de renda entre as famílias, o queimpõe a necessidade do trabalho a algumascrianças, ainda que esta prática tenha um impactonegativo ao que consideramos, no tempo presente,como característicos da infância (educação, lazeretc.). Além disso, o objetivo é levar os estudantes arefletir sobre a necessidade de trazer a público edenunciar a existência do problema, inclusive paracombatê-lo.

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Slide 5 Problematização

Tempo sugerido : 23 minutos.Orientações: Imprima e cole no quadro, ou, casoesteja usando data show, projete a ilustração sobreo trabalho infantil na Inglaterra do século XIX,disponível no link: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/YmwkvVf2VbDkfqeWpN6EaFEXxAbGXngdFVHA32STw7r9KgCXACwjekWBFqhM/his8-03und01--a-vida-e-as-aventuras-de-michael-armstrong-o-menino-da-fabrica.pdfQuestione os estudantes:Esta ilustração é coerente ou não com o cartaz dacampanha e a reportagem que vocês acabaram deanalisar? Por quê?A intenção é que eles identifiquem a existência detrabalho infantil no passado, mais especificamentedurante a Revolução Industrial do século XIX, emcontraste com os esforços de proibição legal destetipo de prática no presente. Por outro lado, aintenção é que eles também percebem o traço decontinuidade entre passado e presente no que dizrespeito ao trabalho infantil.Logo em seguida, continue mediando a leitura dafonte com perguntas como:Quais personagens estão representados naimagem? Qual a idade destes personagens? Ondeeles estão e o que eles estão fazendo?Quais elementos da imagem indicam que este é umambiente de trabalho industrial? O que se produziacom a máquina de tear representada na imagem?Considerando o contexto da Revolução Industrial,por que as crianças eram membros de famílias quenecessitavam trabalhar?O objetivo é chamar a atenção dos estudantes paraa dimensão histórica do problema do trabalhoinfantil, levando-os a questionar sobre as relaçõesentre passado e presente pela aproximação:crianças no ambiente da fábrica, trabalhando.Neste sentido, espera-se que eles identifiquem quecrianças na faixa etária de 8-10 anos, no primeiroplano da imagem, e adultos são representados numambiente da indústria têxtil, onde se produziatecidos com a máquina de tear. No contexto daInglaterra do século XIX, a nova lógica econômicado capitalismo industrial nascente, caracterizadapela busca do lucro e pela exploração do trabalho,impunha a necessidade do trabalho para ascrianças vindas de famílias mais pobres.Para você saber mais :EDITORA FTD. O trabalho infantil na RevoluçãoIndustrial. 2018. 2m57s. Disponível em:

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Industrial. 2018. 2m57s. Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=SMgaQOK68LI>. Acesso em: 24 de jan. de 2019.KUHLMANN, Moysés. Resenha de “Uma históriada infância: da Idade Média à épocacontemporânea no Ocidente”, por Colin Heywood.Cadernos de Pesquisa, v. 35, n. 125, maio/ago. 2005,p. 239-242. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/cp/v35n125/a1435125.pdf>.Acesso em: 24 de jan. de 2019.

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Slide 6 Problematização

Orientações: Distribua cópias para os estudantes,caso seja possível imprimir, ou projete, caso estejausando data show, os dois trechos de fontes sobreo cotidiano da classe operária inglesa durante aRevolução Industrial, disponíveis nos links:https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/xPWekv5eXtC9CmHuwqnHEA32UUZbqtsDu7tnNupQQqemPsYEFFcaPpFQVUeC/his8-03und01--trecho-de-a-situacao-da-classe-trabalhadora-na-inglaterra-por-friedrich-engels-1845.pdf e https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/hX6An5w68qg6JMCMJmEux2rJ9sCyYzFbj7zG4V8sXQBdXaKhNS987j3m5JHx/his8-03und01--trecho-de-oliver-twist-por-charles-dickens.pdfPeça a um estudante que identifique asinformações básicas sobre a primeira fonte, otrecho de A situação da classe trabalhadora naInglaterra, de F. Engels, com perguntas como:Quem é o autor? Qual é o título do livro? Quando elefoi publicado?Caso julgue necessário, peça a este estudante queleia o verbete sobre Engels disponível no mesmolink para ajudar na identificação destasinformações. Espera-se que os alunos identifiquemque o livro foi escrito por Engels no século XIX(contexto da Revolução Industrial).Depois, peça a outro estudante que leia o trecho.Medeie a leitura, com perguntas como:Como o autor descreve as condições de trabalhodas crianças na indústria?Quanto tempo uma criança trabalhava naInglaterra do período?Qual tipo de trabalho estas crianças faziam,segundo o autor?Engels concorda com o trabalho infantil? Por quê?Quais eram os efeitos para a saúde das criançastrabalhadoras desta situação, segundo o autor?Por que os filhos de famílias operárias precisavamtrabalhar no século XIX?Espera-se que os alunos identifiquem a posturacontrária de Engels ao trabalho infantil bem comoo caráter de denúncia social de seu texto. Alémdisso, espera-se que eles sejam capazes decompreender que, segundo Engels, as criançastrabalhavam em péssimas condições (o ambientefabril era “insalubre”, segundo o autor) e emlongas jornadas (entre 8 e 6 horas e meia). Estasituação piorava a já ruim condição de vida dosfilhos de operários, levando a problemas de saúde

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filhos de operários, levando a problemas de saúdee à alta taxa de mortalidade.Também podem ser feitos questionamentos como:Trabalhando tanto tempo como apontado pelafonte, sobraria tempo para que estas criançasfizessem outras atividades que hoje consideramosparte da infância, como o lazer e a educação?Será que este impacto do trabalho também estápresente nas crianças que trabalham hoje?Espera-se que os estudantes consigam perceber osimpedimentos para o lazer e a educação quejornadas de trabalho trazem para as crianças,comparando a existência desta preocupação nopresente com sua inexistência no passado. Nestemomento, talvez seja interessante informar aosestudantes que, ao contrário do que acontece notempo presente (e que, ainda assim, nem sempre érespeitado), a educação não era vista como umdireito das crianças na Inglaterra do século XIX. Asnecessidades econômicas básicas, ligadas aopróprio sustento das famílias mais pobres(alimentação, moradia etc.), impunham o trabalhopara as crianças.Para você saber mais :LOMBARDI, José Claudinei. Trabalho e educaçãoinfantil em Marx e Engels. Revista HISTEDBROnline, Campinas, n. 39, set. 2010, p. 136-152.Disponível em:<http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/39/art08_39.pdf>.Acesso em: 24 de jan. de 2019.

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Slide 7 Problematização

Orientações: Depois, peça a outro estudante queidentifique as informações básicas sobre asegunda fonte, o trecho de Oliver Twist, de C.Dickens, com perguntas como:– Quem é o autor?– Qual é o título do livro?– Quando ele foi publicado?Caso julgue necessário, peça a este estudante queleia o verbete sobre Dickens disponível no mesmolink para ajudar na identificação destasinformações. Espera-se que os alunos identifiquemque o livro foi escrito por Dickens no século XIX(contexto da Revolução Industrial).Num segundo momento, peça a outro aluno queleia a fonte. Na medida em que a leitura foracontecendo, questione os estudantes:– Como era Oliver Twist, segundo o trecho?– Como era o seu cotidiano?– Ele era bem tratado no orfanato em que morava?– Como o trabalho aparece na vida de Oliver? Porque ele tinha que trabalhar, considerando ocontexto inglês da Revolução Industrial?– Qual era o ofício que o sr. Gamfield se dispõe aensinar para ele? Por que este ofício eraconsiderado perigoso para os padrões da época?Ao responder estes questionamentos, espera-seque os alunos percebem que Oliver Twist era umacriança pobre, com características físicas frágeis, eque ele não era bem tratado no orfanato em quemorava. Lá, ele não recebia a quantidade dealimento necessário para matar sua fome e eracastigado por pedir mais comida. Além disso, é poriniciativa do próprio orfanato que Oliver é levado atrabalhar. O sr. Gamfield se dispõe a ensinar Olivera limpar chaminés – que se multiplicavam nestecontexto, considerando o funcionamento dasfábricas da Revolução Industrial –, ofícioconsiderado perigoso pelo alto índice de acidentes.A intenção com a leitura comentada dos doistrechos é que os estudantes consigam identificar asprincipais características apontadas por Engels eDickens para o trabalho infantil durante aRevolução Industrial. É possível também compararos textos, perguntando aos alunos: Por quepodemos dizer que o primeiro texto é uma análisesocial e o segundo, uma obra literária? Nestemomento, os alunos podem retomar os dadosapresentados por Engels para fundamentar suadenúncia e o caráter literário do texto de Dickens

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denúncia e o caráter literário do texto de Dickens(criação de personagens, descrição de sentimentosetc.).Há, também, a possibilidade de trabalhointerdisciplinar com Língua Inglesa e/ou LínguaPortuguesa e/ou Literatura. Durante a leitura dasfontes, a turma pode criar um vocabulário noquadro, com a ajuda de um dicionário.Para você saber mais :EDITORA MELHORAMENTOS. Projeto pedagógico:Oliver Twist. Disponível em:<http://editoramelhoramentos.com.br/v2/wp-content/uploads/2012/07/OLIVER-TWIST.pdf>.Acesso em 24 de jan. de 2019.THE SCHOOL OF LIFE. Literature – CharlesDickens. 2016. 10m38s. Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=N9dB9BZWDBU>. Acesso em: 24 de jan. de 2019.(Vídeo em inglês, mas é possível habilitar legendasem português no próprio YouTube.)

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Slide 8 Sistematização

Tempo sugerido : 15 minutos.Orientações: Divida a turma em pequenos grupos(três a quatro integrantes) e distribua o materialque será utilizado na atividade de Sistematização(folhas de papel em branco, lápis para colorir,imagens para colagem etc.). Distribua para osgrupos revistas que possam ser recortadas pelosalunos para a produção dos cartazes. Lembre aosestudantes que eles também podem desenhar ouescrever trechos das fontes analisadas noscartazes. Caso possível, as fontes iconográficasusadas durante a aula também podem serutilizadas pelos estudantes.Peça aos grupos que produzam um cartaz com otema “O trabalho infantil, passado e presente”.Lembre aos alunos que um cartaz é uma forma decomunicação direta, rápida, com imagens e frasesde fácil leitura. Diga também que, em suasproduções, eles devem incorporar as fontesdiscutidas, comparando passado (Inglaterra doséculo XIX) e presente (Brasil de hoje) tanto pelaaproximação como pela distância. Enquanto osestudantes produzem os cartazes, circule pela salae procure estimular os grupos a deixar clara estadimensão histórica com perguntas como: O quemudou do século XIX com relação ao tempopresente? O que permaneceu? Quais informaçõesdiscutidas durante a aula podem ser incorporadasao cartaz para demonstrar estas mudanças epermanências?Na medida em que os grupos forem finalizando oscartazes, cole o material na sala de aula para fazeruma exposição com os resultados da atividade.

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Cartaz: 12 de junho, Dia contra o trabalho infantil (2010) 

 

ORGANIZAÇÃO Internacional do Trabalho (OIT) e Fórum Nacional de Prevenção                   

e Erradicação do Trabalho Infantil. Cartaz da campanha “Não ao trabalho                     

infantil, sim à educação de qualidade”. 2015. Disponível em:                 

<https://www.sigas.pe.gov.br/noticia/campanha-nacional--lanada-no-estado-par

a-combater-o-trabalho-infantil>. Acesso em: 23 de jan. 2019.  

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“No Brasil, o trabalho infantil atinge 2,7 milhões de crianças e 

adolescentes”, por Carta Capital (2017) 

 

Print da reportagem “No Brasil, o trabalho infantil atinge 2,7 milhões de crianças 

e adolescentes”. Carta Capital, 27 de dezembro de 2017. Disponível em: 

<https://www.cartacapital.com.br/sociedade/no-brasil-o-trabalho-infantil-atinge-

2-7-milhoes-de-criancas-e-adolescentes/>. Acesso em: 27 de jan. 2019. 

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“A vida e as aventuras de Michael Armstrong, o menino da  

fábrica” (1876) 

TROLLOPE, Francis e HERVIEU, Auguste. The life and adventures of Michael 

Armstrong, the factory boy. 1876. Disponível em: 

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<https://www.bl.uk/collection-items/the-life-and-adventures-of-michael-armstro

ng-the-factory-boy>. Acesso em: 23 de jan. 2019. 

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Trecho de A situação da classe trabalhadora na Inglaterra (1845), 

por Friedrich Engels 

“A elevada mortalidade que se verifica entre os filhos dos operários, e                       

particularmente dos operários de fábrica, é uma prova suficiente da                   

insalubridade à qual estão expostos durante os primeiros anos. Estas causas                     

também atuam sobre as crianças que sobrevivem, mas evidentemente os seus                     

efeitos são um pouco mais atenuados do que naquelas que são suas vítimas. [...]                           

O filho de um operário, que cresceu na miséria [...], na umidade, no frio e com                               

falta de roupas, aos nove anos está longe de ter a capacidade de trabalho de                             

uma criança criada em boas condições de higiene. Com esta idade é enviado                         

para a fábrica, e aí trabalha diariamente seis horas e meia (anteriormente oito                         

horas, e outrora de doze a catorze horas, e mesmo dezesseis) até a idade de                             

treze anos. A partir deste momento, até os dezoito anos, trabalha doze horas.                         

Aos fatores de enfraquecimento que persistem junta-se também o trabalho. É                     

verdade que não podemos negar que uma criança de nove anos, mesmo filha                         

de um operário, possa suportar um trabalho cotidiano de seis horas e mais sem                           

que daí resultem efeitos nefastos visíveis, de que este trabalho seria a causa                         

evidente. Mas temos que confessar que a permanência na atmosfera da fábrica,                       

sufocante, úmida, por vezes de um calor morno, não poderia em qualquer dos                         

casos melhorar a sua saúde." 

 ENGELS, Friedrich. A situação da classe operária na Inglaterra. São Paulo: Global,                       

1986 [1845], p. 170-171. 

 Glossário: 

Insalubridade: Que provoca doenças ou que coloca em risco a saúde do                       

trabalhador. 

Atenuados: Enfraquecido, moderado, reduzido. 

Nefastos: Malvados, péssimos, desfavoráveis. 

 Friedrich Engels (1820-1895) empresário e teórico alemão que viveu na                   

Inglaterra durante a Revolução Industrial. Junto com Karl Marx, foi um dos                       

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principais críticos das desigualdades sociais de sua época. Filho de um industrial,                       

produtor de tecidos na Inglaterra, Engels viu de perto o cotidiano da classe                         

trabalhadora inglesa. Em 1845, publicou A situação da classe operária na                     

Inglaterra, em que descreve e denuncia as condições de trabalho no auge do                         

desenvolvimento industrial. 

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Trecho de Oliver Twist (1837), por Charles Dickens 

“No dia em que completou nove anos, Oliver Twist era um pirralho,                       

amarelo como um defunto e singularmente magro. Oliver devia à natureza ou a                         

seus pais um espírito vivo e reto, que não teve dificuldade em se desenvolver,                           

apesar das privações do estabelecimento, e foi talvez a isso que ele deveu ter                           

chegado ao seu nono aniversário natalício. Fosse como fosse, completava ele                     

nove anos e estava nesse dia no depósito de carvão com dois companheiros,                         

que receberam com ele uma dose de bofetões e foram metidos no dito                         

depósito, por terem tido a audácia de dizer que estavam com fome. [...] 

Ora, aconteceu que um dia de manhã o Sr. Gamfield, limpador de                       

chaminés, ia descendo a rua e pensando na maneira de pagar uma porção de                           

aluguéis atrasados. Quanto mais pensava e calculava, tanto menos chegava à                     

soma de cinco libras esterlinas de que precisava. No seu desespero de não                         

poder perfazer aquela soma, batia na besta e no burro, quando deu com os                           

olhos no cartaz que estava pregado na porta do asilo. [...] 

— Há aqui um menino que a paróquia deseja fazer aprendiz de alguma                         

coisa? — disse ele.  

— Sim — respondeu o sujeito do colete branco com um benévolo                         

sorriso. 

— Que me quer? 

— Se a paróquia quiser que ele aprenda um ofício agradável como o de                           

limpador de chaminés, por exemplo — disse o Sr. Gamfield —, preciso de um                           

aprendiz e estou disposto a encarregar-me dele. 

— Entre — disse o sujeito do colete branco. 

Quando o Sr. Gamfield expôs ao conselho o que queria, disse o Sr.                         

Limbkins, presidente: 

— O ofício de limpador de chaminé é bem porco. 

— Tem-se visto morrerem as crianças nas chaminés — disse outro                     

sujeito." 

 DICKENS, Charles. Oliver Twist. São Paulo: Hedra, 2002 [1837]. 

 

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Glossário: 

Natalício: De nascimento. 

Perfazer: Completar, conseguir, totalizar, inteirar. 

Paróquia: Parte de uma igreja (neste caso, a igreja que cuidava do orfanato                         

onde estava Oliver). 

Ofício: Trabalho, profissão, atividade. 

 Charles Dickens (1812-1870) foi um dos principais autores de literatura inglesa                     

durante o reinado da rainha Vitória, período de grande desenvolvimento                   

econômico britânico conhecido como “Era vitoriana”. Seus romances e contos se                     

destacavam pela crítica social realista no período em que seu país passava pela                         

Revolução Industrial. Em Oliver Twist, publicado em capítulos num jornal durante                     

o ano de 1837, o autor conta a história de um pequeno órfão que começa a                               

trabalhar muito cedo e depois se junta a uma gangue nas ruas de Londres. Nele,                             

Dickens denunciava a pobreza extrema e as duras condições de vida dos                       

trabalhadores da época.