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Planos de aula Luzia e o povoamento da América Por: Jair Messias Ferreira Junior / 20 de Março de 2019 Código: HIS6_06UND02 Habilidade(s): EF06HI06 Anos Finais - 6º Ano - História: tempo, espaço e formas de registros Identificar geograficamente as rotas de povoamento no território americano. Sobre o Plano Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola Professor: Jair Ferreira Mentor: Elisa Vilalta Especialista: Guilherme Moerbeck Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso Ano: 6º ano do Ensino Fundamental Unidade temática: História: tempo, espaço e formas de registros. Objeto(s) de conhecimento: As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos de sedentarização. Habilidade(s) da BNCC: (EF06HI06) Identificar geograficamente as rotas de povoamento no território americano. Palavras-chave: Luzia; povo de Lagoa Santa; povoamento da América. Endereço da página: https://novaescola.org.br/plano-de-aula/4961/luzia-e-o-povoamento-da-america Associação Nova Escola © - Todos os direitos reservados.

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Planos de aula

Luzia e o povoamento da América

Por: Jair Messias Ferreira Junior / 20 de Março de 2019

Código: HIS6_06UND02

Habilidade(s):

EF06HI06Anos Finais - 6º Ano - História: tempo, espaço e formas de registrosIdentificar geograficamente as rotas de povoamento no território americano.

Sobre o Plano

Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola

Professor: Jair Ferreira

Mentor: Elisa Vilalta

Especialista: Guilherme Moerbeck

Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso

Ano: 6º ano do Ensino Fundamental

Unidade temática: História: tempo, espaço e formas de registros.

Objeto(s) de conhecimento: As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos de sedentarização.

Habilidade(s) da BNCC: (EF06HI06) Identificar geograficamente as rotas de povoamento no território americano.

Palavras-chave: Luzia; povo de Lagoa Santa; povoamento da América.

Endereço da página:https://novaescola.org.br/plano-de-aula/4961/luzia-e-o-povoamento-da-america

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Materiais complementares

DocumentoAborígene australianohttps://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/RadQmTZ9aN6aKJvZjjz8XX85ceUn7zx4YCppZTbAQMNneHtB2u3qaJ9fasSD/his6-06und02-aborigene-australiano.pdf

DocumentoMulher e filho asiáticoshttps://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/jd4VruBP52fGax9bvn5Fu4cAYn8Ap4zeYSnnKVdWFzjqP4jQ59SAvez88GEa/his6-06und02-mulher-e-filho-asiaticos.pdf

DocumentoMenina indígena do Brasilhttps://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/TE62aG93Pq9eXS8kRYQSGXRmNYTQUF9h7CUDVxKRFBnBPfszrRAAktP6Nr86/his6-06und02-menina-indigena-do-brasil.pdf

DocumentoMenino africanohttps://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/Ey7EXuxaJY6gRDPc7kVtNcmZkBABQrbnVY4HCXVk2bXkcWVw5ftvmwMnHbfY/his6-06und02-menino-africano.pdf

DocumentoReconstituição facial de Luziahttps://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/GHWATs9ngM2UhjP8dPmEwtSZMJjb4mwbvEmdXVfrMF3HBGVu9vS2x6dukXr6/his6-06und02-reconstituicao-facial-de-luzia.pdf

DocumentoMapa - populações nativas e Luziahttps://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/ht2c5sCrz8F5uqfnRe5hMymrj2pH7fg3cvFXAct47GdgFYgYBVkUrcCCEvD4/his6-06und02-mapa-populacoes-nativas-e-luzia.pdf

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Slide 1 Sobre este plano

Este slide em específico não deve ser apresentadopara os alunos, ele apenas resume o conteúdo daaula para que você, professor, possa se planejar.Este plano está previsto para ser realizado em umaaula de 50 minutos. Serão abordados aspectos quefazem parte do trabalho com a habilidadeEF06HI06 “Identificar geograficamente as rotasde povoamento no território americano”, deHistória, que consta na BNCC. Como a habilidadedeve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, vocêobservará que ela não será contemplada em suatotalidade aqui e que as propostas podem tercontinuidade em aulas subsequentes.Materiais necessários: Caderno, lápis, caneta,borracha, papel pardo (cerca de 2 metros), folhasulfite e dicionário. Projetor multimídia, caso nãotenha um disponível, imprima as imagens para oestudantes.Material complementar:Fotografia de um aborígenehttps://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/RadQmTZ9aN6aKJvZjjz8XX85ceUn7zx4YCppZTbAQMNneHtB2u3qaJ9fasSD/his6-06und02-aborigene-australiano.pdfFotografia da face de um aborígene australianocontemporâneo.Fotografia de mulher e filho asiáticoshttps://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/jd4VruBP52fGax9bvn5Fu4cAYn8Ap4zeYSnnKVdWFzjqP4jQ59SAvez88GEa/his6-06und02-mulher-e-filho-asiaticos.pdfFotografia de uma mãe asiática e de seu filhoFotografia de criança yanomamihttps://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/TE62aG93Pq9eXS8kRYQSGXRmNYTQUF9h7CUDVxKRFBnBPfszrRAAktP6Nr86/his6-06und02-menina-indigena-do-brasil.pdfFotografia de um menino yanomami com adornosno rosto.Fotografia de homem do povo sanhttps://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/Ey7EXuxaJY6gRDPc7kVtNcmZkBABQrbnVY4HCXVk2bXkcWVw5ftvmwMnHbfY/his6-06und02-menino-africano.pdfFotografia de homem de 33 anos de idade, do povosan, da Namíbia.Reconstrução facial de Luziahttps://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/GHWATs9ngM2UhjP8dPmEwtSZMJjb4mwbvEmdXVfrMF3HBGVu9vS2x6dukXr6/his6-06und02-reconstituicao-facial-de-luzia.pdfReconstituição facial do rosto de Luzia. Fotografiafeita no Museu Nacional.Mapa - Populações nativas e Luzia

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Mapa - Populações nativas e Luziahttps://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/ht2c5sCrz8F5uqfnRe5hMymrj2pH7fg3cvFXAct47GdgFYgYBVkUrcCCEvD4/his6-06und02-mapa-populacoes-nativas-e-luzia.pdfMapa que mostra a localização geográfica dealgumas populações e de Luzia.Professor, para que os alunos aprendam ainterpretar fontes históricas, é muito importanteque você não forneça a eles as informações básicassobre a fonte histórica antes da leitura de cada umadelas. Não comece a aula com uma exposição sobreo contexto histórico destes documentos, pois issoos impediria de construir o Contexto com base nasfontes, que é o objetivo central da aula de História.Para você saber mais:PIVETTA, Marcos. O pai de Luzia, Revista Pesquisa,Fapesp, disponível emhttp://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2012/05/Pesquisa_195-14.pdfAcesso em: 16 de novembro de 2018.NEVES, Walter. E no princípio ... era o macaco!.Estudos Avançados, disponível em:http://www.scielo.br/pdf/ea/v20n58/21.pdf Acessoem: 16 de novembro de 2018.FERRO, Carolina. Luzia é apenas a ponta doiceberg, Museu Nacional, disponível em:https://saemuseunacional.files.wordpress.com/2013/03/walter-neves_-e2809cluzia-c3a9-apenas-a-ponta-do-iceberge2809d-revista-de-histc3b3ria.pdf Acessoem: 16 de novembro de 2018.Filme: Pedro Leopoldo, o berço de Luzia.Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=E62js1eT2t8 Acesso em: 16 de novembro de2018. Vídeo produzido pela Fapesp que mostra osvestígios arqueológicos da região de PedroLeopoldo.Filme, Os povos de Lagoa Santa, disponível emhttps://www.youtube.com/watch?v=ryIOG-0ygXwAcesso em: 16 de novembro de 2018. Vídeoproduzido pela Fapesp que mostra os diversaspopulações que viveram em Lagoa Santa. O filmedivulga um estudo realizado em conjunto porpesquisadores da Universidade de São Paulo,Harvard e o Instituto Max Plank.

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Slide 2 Objetivo

Tempo sugerido: 2 minutos.Orientações: Projete, escreva no quadro ou leia oobjetivo da aula para a turma. É muito importantecomeçar com a apresentação do objetivo para queos estudantes entendam o que farão ecompreendam aonde se quer chegar no fim daaula. Contudo, tome cuidado para, ao fazer isso,não antecipar respostas desde o começo. Énecessário sempre garantir que os alunosconstruam o raciocínio por conta própria.Informe aos estudantes que, assim como em toda aHistória, não existe consenso entre oshistoriadores sobre o povoamento da América eque novas descobertas arqueológicas alteram asteorias até então existentes.

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Slide 3 Contexto

Tempo sugerido: 13 minutos.Orientações: Organize a turma em trios, é assimque os estudantes trabalharão durante toda a aula.Tente deixar no mesmo trio alunos que possam seapoiar mutuamente para a realização da atividade.Projete para os estudantes, ou entregue impressopara cada grupo, a imagem de um aborígeneaustraliano, da mulher asiática com seu filho, damenina indígena do Brasil e do menino africano.Em seguida, projete, escreva as questões (do slidea seguir) no quadro, ou disponibilize-as impressas,então, solicite que os trios debatam e respondamas questões. Peça para que os três alunos do grupoexponham suas opiniões e para que anotem asconclusões em seus cadernos. Após a resolução dasquestões, solicite que dois trios, voluntariamente,apresentem suas respostas aos demais alunos.É esperado que os estudantes respondam que oaborígene australiano é negro, assim como ohomem do povo san, da Namíbia. Já os asiáticos e aindígena da América são mais parecidos, possuema pele mais clara. Solicite que os estudantescomparem os olhos, os cabelos, a cor da pele, entreoutras características apresentadas nas imagens.Durante a execução da atividade, tome cuidadopara que os estudantes não reproduzampreconceitos ou estereótipos, como “este cabelo éruim”, ou “este cabelo é bom”, por exemplo. Épossível que os estudantes cheguem à conclusão deque a indígena americana é mais parecido com amãe asiática e seu filho, mas outras interpretaçõessurgirão, não existe uma resposta correta. Nesteplano de aula é esperado que os estudantesconheçam a teoria de povoamento da América pelooceano Pacífico, proposta inicialmente por PaulRivet, e a teoria de Walter Neves. A teoria criadapor Paul Rivet na década de 1940 defende quehouve uma ou mais ondas migratórias depopulações australianas para a América do Sul, viailhas do Oceano Pacífico. Para Walter Neves,houve, via Estreito de Bering, duas migrações daÁsia para a América. Uma migração de populaçãonegróide para a América, proveniente da África,seguida por populações mongolóides vindas daÁsia. A migração oriunda da África, segundoNeves, teria originado o Povo de Lagoa Santa, povodo qual Luzia fazia parte.Durante as discussões nos trios, passe pelosgrupos, auxiliando-os. Não dê uma resposta

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grupos, auxiliando-os. Não dê uma respostafechada aos estudantes, deixe as diversas soluçõespropostas por eles em aberto.A aula é baseada na identificação fenotípica dosdiferentes grupos étnicos humanos. Walter Neves,por exemplo, baseia sua teoria na identificaçãofenotípica. Fenótipo são as diferentescaracterísticas de um organismo ou população quepodem ser identificáveis na espécie humana,podemos comparar as características do cabelo,dos olhos, da cor da pele etc.Como adequar à sua realidade: Em vez de projetaras imagens, o que é mais sustentável, você podeimprimi-las e entregá-las aos grupos ou, ainda,imprimi-las em formato A4 ou A3 e deixá-las emum local visível para os estudantes. Você podetambém solicitar que os estudantes utilizem seuscelulares para acessar as imagens.Para você saber mais: O termo aborígeneaustraliano se refere às populações originárias daAustrália e de algumas ilhas vizinhas, como aTasmânia. Acredita-se que os povos que deramorigem aos aborígenes chegaram à Austrália hámais de 65 mil anos. Ainda hoje os aborígenesproduzem arte rupestre, servindo de fonte deestudo para muitos pesquisadores da Pré-História.Atualmente existem cerca de 750 mil aborígenes naAustrália, divididos em mais de 400 povos. O povosan, também conhecido como bosquímano, vive naregião do deserto da Namíbia e do Kalahari hámilhares de anos. Acredita-se que os san são umdos povos mais antigos do planeta. A maior parteda população San é formada por caçadores ecoletores. Os san possuem uma língua baseada em“cliques” e “estalos”, muitos linguistas acreditamque é uma das línguas mais próximas das primeirasfaladas pelo ser humano.Os yanomami habitam a região da florestaAmazônica brasileira e venezuelana e foramcontatados na década de 1970. Muitos geneticistase linguistas afirmam que os yanomami estãoisolados dos demais indígenas da América do Sulhá pelo menos 700 anos. Atualmente existem cercade 20 mil yanomami no Brasil e na Venezuela.Os yanomami - 1984. Fonte: YouTube, disponívelem https://www.youtube.com/watch?v=nITmDt7annA Acesso em: 21 de novembro de2018. Vídeo do Globo Repórter, de 1984, onde sãomostrados alguns grupos yanomamirelativamente isolados. No vídeo, são mostrados atecnologia de tecelagem, de pesca, de caça, além de

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tecnologia de tecelagem, de pesca, de caça, além decrenças religiosas e rituais de cura dos yanomami.Vídeo: El crepúsculo de los aborígenes de Australia- National Geographic, disponível emhttps://www.youtube.com/watch?v=UOftJeVKIXkAcesso em: 17 de novembro de 2018. No vídeo, sãomostrados o cotidiano e algumas tradições dediversos povos aborígenes australianos, além darelação destes com a fauna e a flora locais. No vídeosão mostrados ainda a música aborígene, aspectosda sua religião, tipos de pintura corporal e aprodução de pinturas em paredes, muito parecidascom pinturas rupestres pré-históricas.Página síntese do módulo Physical Characteristicsof Humans do curso World Civilizations I, daWashington State University. Fonte: Unesp,disponível emhttp://www2.assis.unesp.br/darwinnobrasil/humanev3.htmAcesso em: 18 de novembro de 2018. O textomostra aspectos culturais, que diferencia os sereshumanos dos demais animais, também discorresobre o que caracteriza a espécie humana.Matéria, “DNA revela que bosquímanos sãodescendentes dos primeiros humanos”. Jornal OGlobo, disponível em:https://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/dna-revela-que-bosquimanos-sao-descendentes-de-primeiros-humanos-6157271 Acesso em: 20 denovembro de 2018.Vídeo: Koisan click language , disponível emhttps://www.youtube.com/watch?v=W6WO5XabD-s Acesso em: 20 de novembro de2018. No vídeo, um caçador fala na língua san. Novídeo é possível ouvir o estalados típicos da línguasan.

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Slide 4 Contexto

Orientações: Organize a turma em trios, é assimque os estudantes trabalharão durante toda a aula.Tente deixar no mesmo trio alunos que possam seapoiar mutuamente para a realização da atividade.Projete para os estudantes, ou entregue impressopara cada grupo, a imagem de um aborígeneaustraliano, da mulher asiática com seu filho, damenina indígena do Brasil e do menino africano.Em seguida, projete, escreva as questões (do slidea seguir) no quadro, ou disponibilize-as impressas,então, solicite que os trios debatam e respondamas questões. Peça para que os três alunos do grupoexponham suas opiniões e para que anotem asconclusões em seus cadernos. Após a resolução dasquestões, solicite que dois trios, voluntariamente,apresentem suas respostas aos demais alunos.É esperado que os estudantes respondam que oaborígene australiano é negro, assim como ohomem do povo san, da Namíbia. Já os asiáticos e aindígena da América são mais parecidos, possuema pele mais clara. Solicite que os estudantescomparem os olhos, os cabelos, a cor da pele, entreoutras características apresentadas nas imagens.Durante a execução da atividade, tome cuidadopara que os estudantes não reproduzampreconceitos ou estereótipos, como “este cabelo éruim”, ou “este cabelo é bom”, por exemplo. Épossível que os estudantes cheguem à conclusão deque a indígena americana é mais parecido com amãe asiática e seu filho, mas outras interpretaçõessurgirão, não existe uma resposta correta. Nesteplano de aula é esperado que os estudantesconheçam a teoria de povoamento da América pelooceano Pacífico, proposta inicialmente por PaulRivet, e a teoria de Walter Neves. A teoria criadapor Paul Rivet na década de 1940 defende quehouve uma ou mais ondas migratórias depopulações australianas para a América do Sul, viailhas do Oceano Pacífico. Para Walter Neves,houve, via Estreito de Bering, duas migrações daÁsia para a América. Uma migração de populaçãonegróide para a América, proveniente da África,seguida por populações mongolóides vindas daÁsia. A migração oriunda da África, segundoNeves, teria originado o Povo de Lagoa Santa, povodo qual Luzia fazia parte.Durante as discussões nos trios, passe pelosgrupos, auxiliando-os. Não dê uma respostafechada aos estudantes, deixe as diversas soluções

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fechada aos estudantes, deixe as diversas soluçõespropostas por eles em aberto.A aula é baseada na identificação fenotípica dosdiferentes grupos étnicos humanos. Walter Neves,por exemplo, baseia sua teoria na identificaçãofenotípica. Fenótipo são as diferentescaracterísticas de um organismo ou população quepodem ser identificáveis na espécie humana,podemos comparar as características do cabelo,dos olhos, da cor da pele etc.Como adequar à sua realidade: Em vez de projetaras imagens, o que é mais sustentável, você podeimprimi-las e entregá-las aos grupos ou, ainda,imprimi-las em formato A4 ou A3 e deixá-las emum local visível para os estudantes. Você podetambém solicitar que os estudantes utilizem seuscelulares para acessar as imagens.Para você saber mais: O termo aborígeneaustraliano se refere às populações originárias daAustrália e de algumas ilhas vizinhas, como aTasmânia. Acredita-se que os povos que deramorigem aos aborígenes chegaram à Austrália hámais de 65 mil anos. Ainda hoje os aborígenesproduzem arte rupestre, servindo de fonte deestudo para muitos pesquisadores da Pré-História.Atualmente existem cerca de 750 mil aborígenes naAustrália, divididos em mais de 400 povos. O povosan, também conhecido como bosquímano, vive naregião do deserto da Namíbia e do Kalahari hámilhares de anos. Acredita-se que os san são umdos povos mais antigos do planeta. A maior parteda população San é formada por caçadores ecoletores. Os san possuem uma língua baseada em“cliques” e “estalos”, muitos linguistas acreditamque é uma das línguas mais próximas das primeirasfaladas pelo ser humano.Os yanomami habitam a região da florestaAmazônica brasileira e venezuelana e foramcontatados na década de 1970. Muitos geneticistase linguistas afirmam que os yanomami estãoisolados dos demais indígenas da América do Sulhá pelo menos 700 anos. Atualmente existem cercade 20 mil yanomami no Brasil e na Venezuela.Os yanomami - 1984. Fonte: YouTube, disponívelem https://www.youtube.com/watch?v=nITmDt7annA Acesso em: 21 de novembro de2018. Vídeo do Globo Repórter, de 1984, onde sãomostrados alguns grupos yanomamirelativamente isolados. No vídeo, são mostrados atecnologia de tecelagem, de pesca, de caça, além decrenças religiosas e rituais de cura dos yanomami.

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crenças religiosas e rituais de cura dos yanomami.Vídeo: El crepúsculo de los aborígenes de Australia- National Geographic, disponível emhttps://www.youtube.com/watch?v=UOftJeVKIXkAcesso em: 17 de novembro de 2018. No vídeo, sãomostrados o cotidiano e algumas tradições dediversos povos aborígenes australianos, além darelação destes com a fauna e a flora locais. No vídeosão mostrados ainda a música aborígene, aspectosda sua religião, tipos de pintura corporal e aprodução de pinturas em paredes, muito parecidascom pinturas rupestres pré-históricas.Página síntese do módulo Physical Characteristicsof Humans do curso World Civilizations I, daWashington State University. Fonte: Unesp,disponível emhttp://www2.assis.unesp.br/darwinnobrasil/humanev3.htmAcesso em: 18 de novembro de 2018. O textomostra aspectos culturais, que diferencia os sereshumanos dos demais animais, também discorresobre o que caracteriza a espécie humana.Matéria, “DNA revela que bosquímanos sãodescendentes dos primeiros humanos”. Jornal OGlobo, disponível em:https://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/dna-revela-que-bosquimanos-sao-descendentes-de-primeiros-humanos-6157271 Acesso em: 20 denovembro de 2018.Vídeo: Koisan click language , disponível emhttps://www.youtube.com/watch?v=W6WO5XabD-s Acesso em: 20 de novembro de2018. No vídeo, um caçador fala na língua san. Novídeo é possível ouvir o estalados típicos da línguasan.

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Slide 5 Problematização

Tempo sugerido: 20 minutos.Orientações: Projete a imagem da reconstituiçãofacial de Luzia, produzida em 2000, fonte:Wikipedia, disponível emhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Reconstitui%C3%A7%C3%A3o_de_Luzia_MN_01.jpg#/media/File:Reconstitui%C3%A7%C3%A3o_de_Luzia_MN_01.jpgAcesso em: 18 de novembro de 2018. Solicite que ostrios discutam sobre a aparência dela e queestabeleçam relações entre o aborígeneaustraliano, o homem do povo san e os asiáticosmostrados no início desta aula. Solicite quedebatam se Luzia se assemelha mais aosaborígenes, com o povo san ou com os asiáticos e osmotivos que os levaram a tais conclusões. Éesperado que os alunos associem a reconstruçãofacial de Luzia ao aborígene ou ao africano.Questione os estudantes sobre como o rosto deLuzia foi reconstruído e o motivo de ela estar semcabelo. É esperado que os estudantes respondamque o rosto de Luzia foi reconstruído utilizandopor base seu crânio, não existe cabelo nareconstrução facial porque não foi encontradonenhum fio de cabelo dela preservado, o queimpossibilita a reconstituição. Após a discussãofeita em cada trio, solicite que os estudantes façamo registro das conclusões no caderno.Em seguida, entregue um mapa “Populaçõesnativas e Luzia” (imagem do próximo slide) paracada trio, fonte: Wikimedia Commons, disponívelemhttps://commons.wikimedia.org/wiki/File:White_World_Map(Pacfic-centered)_Blank.png (SOLICITEI A PRODUÇÃO DOMAPA) Acesso em: 17 de novembro de 2018. Peçapara que os estudantes discutam em seus gruposteorias para pessoas negróides terem chegado àAmérica por meio dos dados apresentados nomapa. Cada trio pode criar mais de uma teoria.Solicite que cada grupo trace no mapa os possíveiscaminhos utilizados para as populações negróideschegarem à América. Quando todos os triosterminarem, solicite que dois trios,voluntariamente, apresentem para os demaisestudantes suas teorias. É esperado que os alunostracem nos mapas possíveis rotas para a chegadado ser humano à América, contemplando ahabilidade relacionada a esta aula, “Identificargeograficamente as rotas de povoamento noterritório americano”.Os possíveis “caminhos” criados pelos estudantespara o povoamento da América, por populações

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para o povoamento da América, por populaçõesnegróides, não serão diferentes dos caminhoscitados nas principais teorias de povoamento daAmérica. A teoria de Walter Neves, professor daUSP, em São Paulo, defende que o povo de LagoaSanta é fruto de uma ocupação negroide anterior àocupação asiática, ele cita o Estreito de Beringcomo rota utilizada pelo ser humano para opovoamento da América (Fonte: Revista da Fapesp“O pai de Luzia”, disponível emhttp://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2012/05/Pesquisa_195-14.pdfAcesso em: 5 de dezembro de 2018). Para Walter Neves,portanto, existiram duas migrações para aAmérica. Paul Rivet, etnólogo francês, defendeu ateoria de povoamento da América pelo oceanoPacífico, utilizando suas ilhas como bases paraesta migração. Paul Rivet, para corroborar suateoria, utilizou a linguística, analisando palavrassemelhantes entre as populações da América doSul e da Polinésia (Fonte: Enciclopedia do Mundo,disponível em:http://www.newworldencyclopedia.org/entry/Paul_RivetAcesso em: 5 de dezembro de 2018.) Além disso,Rivet utilizou escavações arqueológicas esemelhanças entre rituais realizados por povos daAmérica e da Polinésia. Segundo Rivet, vestígiosdas mesmas plantas e animais foram encontradosna América do Sul e na Polinésia. A última teoria depovoamento da América por populações negróidesdefende a travessia direta da África para a América.Esta teoria é defendida pela arqueóloga, tambémfrancesa, Niède Guidon. Ela defende que estatravessia teria ocorrido há mais de 50 mil anos (Fonte: Revista Fapesp Niède Guidon, disponívelemhttp://revistapesquisa.fapesp.br/2008/12/01/niede-guidon/ Acesso em: 5 de dezembro de 2018.)Como adequar à sua realidade: Em vez de projetaras imagens, o que é mais sustentável, você podeimprimi-las e entregá-las aos grupos ou, ainda,imprimi-las em formato A4 ou A3 e deixá-las emum local visível para os estudantes. Você podetambém solicitar que os estudantes utilizem seuscelulares para acessar as imagens.Para você saber mais: O crânio de Luzia e partes deseu esqueleto foram escavados no sítioarqueológico chamado de Lapa Vermelha, nomunicípio de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais,por volta do ano de 1970. O sítio da Lapa Vermelha

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por volta do ano de 1970. O sítio da Lapa Vermelhafoi escavado por Peter Lund no século XIX.Acredita-se que Luzia, como o arqueólogo WalterNeves nomeou o esqueleto, tenha morrido há11.500 anos, sendo o esqueleto mais antigoencontrado na América do Sul. Luzia tinhaaproximadamente 20 anos quando morreu. Aprimeira reconstrução facial de Luzia foi feita em2000, em Manchester, na Inglaterra. Areconstrução facial feita na Inglaterra, pela equipedo Dr. Richard Neave, é atualmente alvo de muitascríticas, muitos especialistas em crânios humanosafirmam que o crânio de Luzia possui traçosmistos negróides e asiáticos, e não só negróides,como nesta reconstituição facial. Em 2018, umestudo genético realizado em conjunto com a USP,Harvard e o Instituto Max Planck, analisou osrestos de Luzia e chegou à conclusão que seucódigo genético é semelhante ao de povos daAmérica do Norte e não da Austrália ou África.Luzia se tornou famosa em 2018, quando o MuseuNacional, no Rio de Janeiro, foi destruído por umincêndio. Houve a preocupação de os restosmortais de Luzia ter se perdidos neste incêndio.Cerca de 15 dias após o fim das chamas, seus restosforam encontrados no meio dos escombros,relativamente preservados.Página sobre a “Expedição Kon-Tiki”, fonte:Museu Marítimo, disponível emhttps://www.museumaritimo.com.br/single-post/2017/08/29/A-Expedi%C3%A7%C3%A3o-Kon-Tiki Acesso em: 17 de novembro de 2018. Apágina conta a história da Expedição Kon-Tiki,liderada por Thor Heyerdahl. A expedição partiu doPeru e navegou até a Polinésia. O barco, chamadode Kon-Tiki, foi feito com técnicas e materiais queo homem pré-histórico encontraria na América eem parte das ilhas da Polinésia. A expedição provouque a viagem pelo Pacífico era possível, a missãofoi completada em cerca de 100 dias. A expediçãocomandada por Thor utilizou a corrente marítimado Pacífico na região da linha do Equador, quecorre de leste para oeste. Ao sul corre uma correntena direção contrária. Por meio desta corrente seriapossível ao ser humano navegar da Polinésia até aAmérica do Sul.Vídeo: Kon-Tiki Museum – Oslo. Fonte: YouTube,disponível em https://www.youtube.com/watch?v=aaQTaJy0KFc&t=721s Acesso em: 18 denovembro de 2018. Vídeo que mostra o interior doMuseu Kon-Tiki, na cidade de Oslo, na Noruega. No

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Museu Kon-Tiki, na cidade de Oslo, na Noruega. Novídeo é possível ver uma réplica da embarcaçãoutilizada na travessia da América do Sul até aPolinésia. Também é possível observar no início dovídeo o barco Ra II. Esta embarcação foi utilizadapor Thor Heyerdahl para fazer a travessia da Áfricaaté o Caribe, na América. A expedição do oceanoAtlântico provou que era possível a viagem na Pré-História, utilizando apenas as correntes oceânicas.O vídeo mostra ainda diversos objetos utilizados naexpedição além de fotografias. Ainda é possívelsaber mais sobre as expedições de Heyerdahl nosite do Museu de Kon-Tiki, disponível emhttps://www.kon-tiki.no/expeditions/ Acesso em:18 de novembro de 2018, o site possui versão emlíngua portuguesa.Matéria, “Cães acompanharam humanos emtravessia do estreito de Bering, segundo estudo”,fonte: G1, disponível emhttps://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/caes-acompanharam-humanos-em-travessia-do-estreito-de-bering-segundo-estudo.ghtml Acesso em: 18 de novembro de 2018.A matéria divulga a pesquisa que cruzou dadosgenéticos de diversas espécies de cães da Américacom cães da Eurásia. Os pesquisadores chegaram àconclusão que cães atravessaram o Estreito deBering com os seres humanos.Vídeo: A jornada da vida – O Brasil antes dodescobrimento. Fonte: Rede Globo de Televisão,disponível em https://www.youtube.com/watch?v=AOFWs7iEJiI Acesso em 18 de novembro de 2018.Matéria do Fantástico que mostra a reconstituiçãofacial de Luzia, uma entrevista com Walter Neves edebates sobre as teorias para o povoamento daAmérica.Reconstituição do rosto de Luzia, Museu Nacional,disponível em:http://www.museunacional.ufrj.br/guiaMN/Guia/paginas/7/resconstluzia.htmAcesso em: 17 de novembro de 2018. O textoaponta alguns dados sobre a reconstituição facialde Luzia, feita no ano de 2000.

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Slide 6 Problematização

Tempo sugerido:Orientações: Projete a imagem da reconstituiçãofacial de Luzia, produzida em 2000, fonte:Wikipedia, disponível emhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Reconstitui%C3%A7%C3%A3o_de_Luzia_MN_01.jpg#/media/File:Reconstitui%C3%A7%C3%A3o_de_Luzia_MN_01.jpgAcesso em: 18 de novembro de 2018, e solicite queos trios discutam sobre a aparência dela e queestabeleçam relações entre o aborígeneaustraliano, o homem do povo san e os asiáticosmostrados no início desta aula. Solicite quedebatam se Luzia se assemelha mais aosaborígenes, com o povo san ou com os asiáticos e osmotivos que os levaram a tais conclusões. Éesperado que os alunos associem a reconstruçãofacial de Luzia ao aborígene ou africano. Questioneos estudantes sobre como o rosto de Luzia foireconstruído e o motivo de ela estar sem cabelo. Éesperado que os estudantes respondam que o rostode Luzia foi reconstruído utilizando por base seucrânio, não existe cabelo na reconstrução facialporque não foi encontrado nenhum fio de cabelodela preservado, o que impossibilita areconstituição. Após a discussão feita em cada trio,solicite que os estudantes façam o registro dasconclusões no caderno.Em seguida, entregue um mapa “populaçõesnativas e Luzia” (imagem do próximo slide) paracada trio, fonte: Wikimedia Commons, disponívelemhttps://commons.wikimedia.org/wiki/File:White_World_Map(Pacfic-centered)_Blank.png (SOLICITEI A PRODUÇÃO DOMAPA) Acesso em: 17 de novembro de 2018. Peçapara que os estudantes discutam em seus gruposteorias para pessoas negróides terem chegado àAmérica por meio dos dados apresentados nomapa. Cada trio pode criar mais de uma teoria.Solicite que cada grupo trace no mapa os possíveiscaminhos utilizados para as populações negróideschegarem à América. Quando todos os triosterminarem, solicite que dois trios,voluntariamente, apresentem para os demaisestudantes suas teorias. É esperado que os alunostracem nos mapas possíveis rotas para a chegadado ser humano à América, contemplando ahabilidade relacionada a esta aula, “Identificargeograficamente as rotas de povoamento noterritório americano”.Os possíveis “caminhos” criados pelos estudantespara o povoamento da América, por populações

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para o povoamento da América, por populaçõesnegróides, não serão diferentes dos caminhoscitados nas principais teorias de povoamento daAmérica. A teoria de Walter Neves, professor daUSP, em São Paulo, defende que o povo de LagoaSanta é fruto de uma ocupação negroide anterior àocupação asiática, ele cita o Estreito de Beringcomo rota utilizada pelo ser humano para opovoamento da América (Fonte: Revista da Fapesp,“O pai de Luzia”, disponível emhttp://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2012/05/Pesquisa_195-14.pdfAcesso em: 5 de dezembro de 2018). ParaWalter Neves, portanto, existiram duas migraçõespara a América. Paul Rivet, um etnólogo francês,defendeu a teoria de povoamento da América pelooceano Pacífico, utilizando suas ilhas como basespara esta migração. Paul Rivet, para corroborar suateoria, utilizou a linguística, analisando palavrassemelhantes entre as populações da América doSul e da Polinésia (Fonte: Enciclopedia do Mundo,disponível em:http://www.newworldencyclopedia.org/entry/Paul_RivetAesso em: 5 de dezembro de 2018). Além disso,Rivet utilizou escavações arqueológicas esemelhanças entre rituais realizados por povos daAmérica e da Polinésia. Segundo Rivet, vestígiosdas mesmas plantas e animais foram encontradasna América do Sul e na Polinésia. A última teoria depovoamento da América por populações negróidesdefende a travessia direta da África para a América.Esta teoria é defendida pela arqueóloga, tambémfrancesa, Niède Guidon. Ela defende que estatravessia teria ocorrido há mais de 50 mil anos (Fonte: Revista Fapesp, Niède Guidon, disponívelemhttp://revistapesquisa.fapesp.br/2008/12/01/niede-guidon/ Acesso em: 5 de dezembro de 2018.)Como adequar à sua realidade: Em vez de projetaras imagens, o que é mais sustentável, você podeimprimi-las e entregá-las aos grupos ou, ainda,imprimi-las em formato A4 ou A3 e deixá-las emum local visível para os estudantes. Você podetambém solicitar que os estudantes utilizem seuscelulares para acessar as imagens.Para você saber mais: O crânio de Luzia e partes deseu esqueleto foram escavados no sítioarqueológico chamado de Lapa Vermelha, nomunicípio de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais,por volta do ano de 1970. O sítio da Lapa Vermelhafoi escavado por Peter Lund no século XIX.

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foi escavado por Peter Lund no século XIX.Acredita-se que Luzia, como o arqueólogo WalterNeves nomeou o esqueleto, tenha morrido há11.500 anos, sendo o esqueleto mais antigoencontrado na América do Sul. Luzia tinhaaproximadamente 20 anos quando morreu. Aprimeira reconstrução facial de Luzia foi feita em2000, em Manchester, na Inglaterra. Areconstrução facial feita na Inglaterra, pela equipedo Dr. Richard Neave, é atualmente alvo de muitascríticas, muitos especialistas em crânios humanosafirmam que o crânio de Luzia possui traçosmistos negróides e asiáticos, e não só negróides,como nesta reconstituição facial. Em 2018, umestudo genético realizado em conjunto com a USP,Harvard e o Instituto Max Planck, analisou osrestos de Luzia e chegou à conclusão que seucódigo genético é semelhante ao de povos daAmérica do Norte e não da Austrália ou África.Luzia se tornou famosa em 2018, quando o MuseuNacional, no Rio de Janeiro, foi destruído por umincêndio. Houve a preocupação deos restosmortais de Luzia terem se perdido neste incêndio.Cerca de 15 dias após o fim das chamas, seus restosforam encontrados no meio dos escombros,relativamente preservados.Página sobre a “Expedição Kon-Tiki”, fonte:Museu Marítimo, disponível emhttps://www.museumaritimo.com.br/single-post/2017/08/29/A-Expedi%C3%A7%C3%A3o-Kon-Tiki Acesso em: 17 de novembro de 2018. Apágina conta a história da Expedição Kon-Tiki,liderada por Thor Heyerdahl. A expedição partiu doPeru e navegou até a Polinésia. O barco, chamadode Kon-Tiki, foi feito com técnicas e materiais queo homem pré-histórico encontraria na América eem parte das ilhas da Polinésia. A expedição provouque a viagem pelo Pacífico era possível, a missãofoi completada em cerca de 100 dias. A expediçãocomandada por Thor utilizou a corrente marítimado Pacífico na região da linha do Equador, quecorre de leste para oeste. Ao sul corre uma correntena direção contrária. Por meio desta corrente seriapossível ao ser humano navegar da Polinésia até aAmérica do Sul.Vídeo: Kon-Tiki Museum – Oslo . Fonte: YouTube,disponível em https://www.youtube.com/watch?v=aaQTaJy0KFc&t=721s Acesso em: 18 denovembro de 2018. Vídeo que mostra o interior doMuseu Kon-Tiki, na cidade de Oslo, na Noruega. Novídeo é possível ver uma réplica da embarcação

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vídeo é possível ver uma réplica da embarcaçãoutilizada na travessia da América do Sul até aPolinésia. Também é possível observar no início dovídeo o barco Ra II. Esta embarcação foi utilizadapor Thor Heyerdahl para fazer a travessia da Áfricaaté o Caribe, na América. A expedição do oceanoAtlântico provou que era possível a viagem na Pré-História, utilizando apenas as correntes oceânicas.O vídeo mostra ainda diversos objetos utilizados naexpedição além de fotografias. Ainda é possívelsaber mais sobre as expedições de Heyerdahl nosite do Museu de Kon-Tiki, disponível emhttps://www.kon-tiki.no/expeditions/ Acesso em:18 de novembro de 2018, o site possui versão emlíngua portuguesa.Matéria, “Cães acompanharam humanos emtravessia do estreito de Bering, segundo estudo”,fonte: G1, disponível emhttps://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/caes-acompanharam-humanos-em-travessia-do-estreito-de-bering-segundo-estudo.ghtml Acesso em: 18 de novembro de 2018.A matéria divulga a pesquisa que cruzou dadosgenéticos de diversas espécies de cães da Américacom cães da Eurásia. Os pesquisadores chegaram àconclusão que cães atravessaram o Estreito deBering com os seres humanos.Vídeo: A jornada da vida – O Brasil antes dodescobrimento. Fonte: Rede Globo de Televisão,disponível em https://www.youtube.com/watch?v=AOFWs7iEJiI Acesso em: 18 de novembro de2018. Matéria do Fantástico que mostra areconstituição facial de Luzia, uma entrevista comWalter Neves e debates sobre as teorias para opovoamento da América.Reconstituição do rosto de Luzia, Museu Nacional,disponível em:http://www.museunacional.ufrj.br/guiaMN/Guia/paginas/7/resconstluzia.htmAcesso em: 17 de novembro de 2018. O textoaponta alguns dados sobre a reconstituição facialde Luzia, feita no ano de 2000.

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Slide 7 Sistematização

Tempo sugerido: 15 minutos.Orientações: Entregue uma tira de papel para cadatrio e solicite que o trio escreva, nesta tira, suasconclusões sobre o povoamento da América e que,após escreverem suas conclusões, colem sua tirano painel de conclusões. Monte o painel com papelpardo, 40 kg, cartolina ou mesmo no painel da sala.No final da aula, solicite que todos os estudantesleiam as tiras no painel de conclusões, esta é umaboa maneira dos estudantes compartilharem seusconhecimentos e produções.Os possíveis “caminhos” criados pelos estudantespara o povoamento da América por populaçõesnegróides não serão diferentes dos caminhoscitados nas principais teorias de povoamento daAmérica, o caminho pelo estreito de Bering, viailhas do Pacífico e pelo Oceano Atlântico.Para terminar a aula, lance algumas perguntas aosestudantes para que fiquem instigados a continuaras pesquisas sobre o povoamento da América.Pergunte aos estudantes se eles acreditam mesmoque houve uma ocupação de populações negróidesna América e o que poderia ter acontecido comestas populações. Deixe estas questões em abertopara os estudantes.Como adequar à sua realidade: Em vez de projetareste slide, você pode escrevê-lo no quadro,entregá-lo impresso ou ainda realizar a leituradele.Para você saber mais: A origem de Luzia é umaquestão que tem gerado muitas discussões entre oscientistas que estudaram seu esqueleto e de outrosmembros do grupo de Lagoa Santa. De um lado,liderados por Walter Neves, temos cientistas quedefendem a ancestralidade e os traços negróidesdeLuzia. Neves baseia sua teoria em dadosbiométricos, por meio da análise do esqueleto deLuzia. De outro lado, temos um grupo que defendea ideia que Luzia é descendente de populações daAmérica do Norte, e não da África, Polinésia ouAustrália. André Strauss é um dos que defendemesta teoria, ele a fundamenta por meio de análisegenética de esqueletos.Matéria, “Luzia, o mais antigo fóssil humanobrasileiro, teria um rosto diferente do que sepensava”, fonte: O Globo, disponível emhttps://oglobo.globo.com/sociedade/luzia-mais-antigo-fossil-humano-brasileiro-teria-um-rosto-diferente-do-que-se-pensava-23221026

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rosto-diferente-do-que-se-pensava-23221026Acesso em: 27 de novembro de 2018. Nestamatéria, é divulgado o novo estudo do crânio deLuzia, publicado em 2018, que propõe traçosdiferentes do rosto de Luzia, em comparação com areconstituição facial feita em 2000. Segundoanálises genéticas, Luzia não teria ancestraisdiretos africanos e sim traços mongóis.Matéria, “A nova face de Luzia”, fonte: revistaExame, disponível emhttps://exame.abril.com.br/ciencia/a-nova-face-de-luzia-e-do-povo-de-lagoa-santa/ Acesso em:27 de novembro de 2018. A matéria apresenta anova reconstrução facial feita de Luzi, em 2018. Anova reconstrução facial é fruto do estudorealizado em conjunto pelas universidade deHarvard, USP e pelo Instituto Max Plank.Entrevista com Niède Guidon no programa RodaVida, fonte: YouTube, disponível emhttps://www.youtube.com/watch?v=AXa2e5AcU0EAcesso em: 27 de novembro de 2018.Nesta entrevista, a arqueóloga Niède Guidon expõeparte da sua teoria e os principais vestígiosarqueológicos encontrados por ela e sua equipe naSerra da Capivara, no Piauí. Guidon defende queseres humanos, provenientes da África,atravessaram o oceano Atlântico para o Brasil hácerca de 50 mil anos.

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Aborígene australiano Gettyimages 

 

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Mulher e filho asiáticos Gettyimages 

 

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Menina indígena do Brasil Gettyimages 

 

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Menino africano Gettyimages 

 

 

 

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Reconstituição facial de Luzia Wikimedia Commons 

 

 

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Mapa - Populações nativas e Luzia Crédito das imagens Gettyimages e Wikimedia Commons