trabalho - historiografio da literatura brasileia

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  • 7/24/2019 Trabalho - Historiografio Da Literatura Brasileia

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    QUINHENTISMO

    Caractersticas

    Quinhentismo a denominao genrica de todas as manifestaes literrias ocorridas no

    Brasil durante o sculo XVI, no momento em que a cultura europeia foi introduzida no pas! "rata#se de

    uma literatura ocorrida no Brasil, ligada ao Brasil, mas que denota a $iso, as am%ies e as intenes do

    homem europeu mercantilista em %usca de no$as terras e riquezas! &s manifestaes ocorridas se

    prenderam, %asicamente, ' descrio da terra e do ndio, ou a te(tos escritos pelos $ia)antes, )esutas e

    missionrios que aqui esti$eram!

    Literatura Informativa

    & Carta de Caminha inaugura o que se con$encionou chamar de *iteratura Informati$a so%re o Brasil! +ste tipo de literatura,

    tam%m conhecido como literatura dos $ia)antes ou literatura dos cronistas, como consequncia das -randes .a$egaes, empenha#se em

    fazer um le$antamento da /terra no$a0, de sua floresta e fauna, de seus ha%itantes e costumes, que se apresentaram muito diferentes dos

    europeus! 1a ser uma literatura meramente descriti$a e, como tal, sem grande $alor literrio! & principal caracterstica da carta a e(altao

    da terra, resultante do assom%ro do europeu diante do e(otismo e da e(u%er2ncia de um mundo tropical! 3om relao ' linguagem, o lou$or '

    terra transparece no uso e(agerado de ad)eti$os!

    Contexto Histrico

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    1epois de 4566, o Brasil ficou praticamente isolado da poltica colonialista portuguesa ! .enhuma riqueza se oferecia aqui 's

    necessidades mercantilistas da poca! 78 depois de 96 anos da desco%erta que a e(plorao comeou a ser feita de forma sistemtica e, assim

    mesmo, de maneira %astante lenta e gradati$a.

    Autores e Oras

    !. Carta do descobrimento:;ero Vaz de 3aminha4?!

    ". Tratado da terra do Brasil:;ero de @agalhes -2nda$oA!

    #.Histria da Provncia de Santa Cruz, a que vulgarmente chamamos Brasil :;ero de @agalhes -2nda$o6!

    %. Tratado descritivo do Brasil :-a%riel 7oares de 7ousa? e impresso por $olta de 4>9C!

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    &A''OCO

    D perodo conhecido como Barroco, ou 7eiscentismo, constitudo pelas primeiras manifestaes literrias genuinamente

    %rasileiras ocorridas no Brasil 3olEnia, em%ora diretamente influenciadas pelo %arroco europeu, isto , $indo das @etr8poles! D termo

    denomina genericamente todas as manifestaes artsticas dos anos 466 e incio dos anos 4?66!

    Contexto Histrico

    &p8s o 3onclio de "rento, realizado entre os anos de 45F5 e 459 e que te$e como consequncia uma grande reformulao do

    3atolicismo, em resposta ' Geforma protestante, a disciplina e a autoridade da Igre)a de Goma foram restauradas, esta%elecendo#se a di$iso

    da cristandade entre protestantes e cat8licos!

    D clima geral era de austeridade e represso! D "ri%unal da Inquisio, que se esta%elecera em ;ortugal para )ulgar casos de

    heresia, ameaa$a cada $ez mais a li%erdade de pensamento! D comple(o conte(to sociocultural fez com que o homem tentasse conciliar a

    gl8ria e os $alores humanos despertados pelo Genascimento com as ideias de su%misso e pequenez perante 1eus e a Igre)a! &o

    antropocentrismo renascentista :$alorizao do homem< opEs#se o teocentrismo :1eus como centro de tudo

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    -reg8rio de @atos -uerra= o Boca do Inferno D poeta religioso= & preocupao religiosa do escritor re$ela#se no grande nmero de te(tos que tratam do tema da

    sal$ao espiritual do homem! .o soneto a seguir, o poeta a)oelha#se diante de 1eus, com um forte sentimento de culpa por

    ha$er pecado, e promete redimir#se! D poeta satrico= -reg8rio de @atos amplamente conhecido por suas crticas ' situao econEmica da Bahia,

    especialmente de 7al$ador, graas ' e(panso econEmica chegando a fazer, inclusi$e, uma crtica ao ento go$ernador da

    Bahia &ntonio *uis da 3amara 3outinho! &lm disso, suas crticas ' Igre)a e a religiosidade presente naquele momento!

    +ssa atitude de su%$erso por meio das pala$ras rendeu#lhe o apelido de JBoca do InfernoJ, por satirizar seus desafetos! D poeta lrico=+m sua produo lrica, -reg8rio de @atos se mostra um poeta angustiado em face ' $ida, ' religio e ao

    amor! .a poesia lrico#amorosa, o poeta re$ela sua amada, uma mulher %ela que constantemente comparada aos

    elementos da natureza! &lm disso, ao mesmo tempo em que o amor desperta os dese)os corporais, o poeta assaltado pela

    culpa e pela angstia do pecado! D poeta er8tico="am%m alcunhado de profano, o poeta e(alta a sensualidade e a $olpia das amantes que conquistou na

    Bahia, alm dos esc2ndalos se(uais en$ol$endo os con$entos da

    cidade!

    A'CA(ISMO

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    D &rcadismo, tam%m conhecido como 7etecentismo ou .eoclassicismo, o mo$imento que compreende a produo literria

    %rasileira na segunda metade do sculo XVIII! D nome faz referncia ' &rcdia, regio do sul da -rcia que, por sua $ez, foi nomeada em

    referncia ao semideus &rcas :filho de Keus e 3alisto

    # tom confessionalH

    # estado de esprito de espontaneidade dos sentimentosH

    # e(altao da pureza, da ingenuidade e da %eleza!

    Contexto Histrico

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    & desco%erta do ouro na regio de @inas -erais, em fins do sculo XVII, significa o incio de grandes mudanas na sociedade

    colonial %rasileira! & corrida em %usca do metal precioso desloca para serras, at ento desertas, uma multido de a$entureiros paulistas,

    %aianos e, em seguida, portugueses! & a%und2ncia do ouro gera e(traordinria riqueza e os primeiros acampamentos de mineiros transformam#

    se rapidamente em cidades!

    Autores e Oras

    LD7M I.N3ID 1+ &*V&G+.-& ;+IXD"D :4?F9#4?CA< # poesia *rico#&morosa :musa#pastora Br%araF< # poema Mpico= "Caramuru".

    @&.P+* I.N3ID 1& 7I*V& &*V&G+.-& :4?FC#4>4F< # poema Reroico#3Emico= "O Desertor das Letras";poesia *rico#&morosa(musa!astora laura#$"laura".

    LD7M B&7S*ID 1& -&@& :4?F4#4?C5< # poema Mpico= "O Uraguai" (%&'#.

    3*NP1ID @&.P+* 1& 3D7"& :4?AC#4?>C< # poema Mpico= ")ila *ica" (%+,poesia:musa#pastora .ise

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    Contexto Histrico

    3onsidera#se que o perodo rom2ntico no Brasil inicia em 4>9, com a pu%licao da o%ra /-us!iros Poticos e -audades, do

    poeta -onal$es de @agalhes e $ai at o ano de 4>>4, com a pu%licao do romancerealistaMem/rias P/stumas de 0r1s Cubasde @achado de &ssis!

    D desen$ol$imento da literatura %rasileira propriamente dita aconteceu a partir

    da $inda da Oamlia Geal para o Gio de Laneiro que gerou um forte desen$ol$imento

    artstico e cultural na colEnia, agora afinado com a produo literria europeia! ;orm, a

    insatisfao das classes dominantes com o Imprio fez com que surgissem tentati$as de

    independncia da metr8pole, produzindo um sentimento de nacionalismo que culminaria

    com a 1eclarao da Independncia, em 4>AA, por 1om ;edro I!

    Dutro aspecto importante com relao ' escra$ido dos negros= o Brasil era uma das poucas colEnias americanas que ainda

    sustenta$a o sistema econEmico %aseado do tra%alho escra$o, o que gerou opinies contro$ersas por parte dos autores daquela poca! "emos

    e(presses literrias a%olicionistas e outras que trata$am do tema superficialmente ou sequer toca$am na questo!

    )oesia

    Caractersticas

    ;odem#se apontar, no amplo e di$ersificado mo$imento rom2ntico, algumas tendncias %sicas=

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    & e(altao dos sentimentos pessoais, muitas $ezes at auto piedadeH

    +(altao de seu eu # su%)eti$ismoH

    & e(presso dos estados da alma, das pai(es e emoes, da f, dos ideais religiososH

    &poiam#se em $alores nacionais e popularesH

    1ese)o de li%erdade, de igualdade e de reformas sociaisH e a $alorizao da .atureza, que $ista como e(emplo de manifestao do

    poder de 1eus e como refgio acolhedor para o homem que foge dos $cios e corrupes da $ida em sociedadeH

    +m alguns casos, fuga da realidade atra$s da arte :direo hist8rica e nacionalista ou direo idlica e saudosista

    & linguagem sofreu transformaes= em lugar da %em cuidada sinta(e clssica e das composies de metro fi(o, os rom2nticos

    preferiram uma linguagem mais coloquial, comunicati$a e simples, criando ritmos no$os e $ariando as formas mtricas! +ssa li%erdade de

    e(presso uma das caractersticas tpicas do Gomantismo e constitui um aspecto importante para a e$oluo da literatura ocidental! D

    esprito de reno$ao lingustica uma contri%uio importante do Gomantismo e foi retomado, no sculo XX, pelos modernistas!

    .a poesia e(istiram trs fases=

    Indianismo ou .acionalista # uma das formas mais significati$as do nacionalismo rom2ntico! D ndio um ser idealizado :no%re,

    $aloroso, fiel

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    -onal$es de @agalhes U7uspiros ;oticos e 7audades :4>9AF5? Pltrarromantismo ou @al do 7culo # $oltando#se inteiramente para dentro de si mesmos,

    esses poetas e(pressaram em seus $ersos pessimistas um profundo desencanto pela $ida! @uitos

    marcados pela tu%erculose, mal que deu nome ' fase!

    Nl$ares de &ze$edo UJ*iras dos $inte anosJ,J@acrioJ,JD 3onde *opoJ,J;oema do OradeJ,

    J;edro I$oJ, J.oite na "a$ernaJ, 3asimiro de &%reu U3ames e o Lau, 3arolina, 3amila, & Virgem *oura, ;rima$eras, Lunqueira

    Oreire UInspiraes do claustro, 3ontradies poticas e Oagundes Varela U.oturnas :4>49F5CC?5>6?>?6?>9

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    )rosa

    Caractersticas

    D romance pioneiro surge dotado de algumas peculiaridades, como o episodismo :so%reposio dos epis8dios ' anlise dos fatos3aracterizado pela idealizao do Sndio, que no $isto em sua realidade s8cio

    antropol8gica, mas sim de uma maneira lrica e potica, figurando como o prot8tipo de uma

    raa ideal! @aterializa#se no ndio o /mito do %om sel$agem0 de Gousseau :o homem %om

    por natureza e o mundo que o corrompe

    R harmonizao das diferenas entre as culturas europeia e americana! D ndio mostrado em di$ersas condies, como

    poss$el notar nas o%ras de Los de &lencar= em 2Ubira3ara, aparece o ndio primordial, sem o contato ur%anoH em 2O uarani, mostrado

    o contato o %ranco e em /4racema, a%orda#se a miscigenao!

    A! Gomance Rist8rico=

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    Ge$ela o resgate da nacionalidade a partir da criao de uma $iso potica e her8ica das origens nacionais! M comum ocorrer a

    mistura de mito e realidade! 1estacam#se as o%ras 5s Minas de Pratae /5 guerra dos Mascates, de Los de &lencar!

    9! Gomance Gegionalista=

    "am%m conhecido como 7ertanista, marcado pela idealizao do homem do campo! D sertane)o mostrado, no diante dos

    seus $erdadeiros conflitos, mas de uma maneira mitificada, como um prot8tipo de %ra$ura, honra e lealdade! "rata#se aqui de um regionalismo

    sem tenso crtica! 1estacam#se o%ras de Los de &lencar :/O -ertane3o, 2O 6ronco do 4!7, 26il, 2O a8cho#, Visconde de "auna

    :24noc7ncia

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    Contexto Histrico

    & partir, da segunda metade do sculo XIX, a situao cultural europeia comea a apresentar certas caractersticas que $o

    fornecer no$os meios para anlise do homem e da sociedade!

    1entre as teorias cientficas difundidas nessa poca destacam#se o +$olucionismo :1arZim'ea+ismo

    3omea na Orana em 4>5?, com o romance /@adame Bo$ar0 de

    -usta$e Olau%ert! +m ;ortugal # 4>5 \ o poeta &ntero de Quental pu%lica seu

    li$ro de poemas /Ddes @odernas, considerado o marco inicial do Gealismo

    portugus! .o Brasil, incio com /@em8rias ;8stumas de Brs 3u%as0 de

    @achado de &ssis :4>>4

    Caractersticas

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    # predomina uma concepo materialista da realidadeH

    # o%ser$ao e anlise da realidadeH

    # para compreender e e(plicar a realidade o homem s8 pode $aler#se do conhecimento cientfico, atra$s dos fatosH

    # o%)eti$idadeH

    # aprofundamento da anlise psicol8gica das personagensH

    # as personagens so tipos concretos, $i$osH

    # determinismo na atuao das personagensH

    # fatos e tipos $ulgares so comuns da $ida cotidianaH

    # ganham destaques os aspectos negati$os e as in)ustias sociaisH

    # temas muitos frequentes= adultrio[ anticlericalismoH

    # preferncia pelos fatos contempor2neosH# preocupao com minciasH

    # linguagem naturalH

    # narrati$a lentaH

    # clareza, equil%rio e harmonia na composio!

    Natura+ismo

    3omea na Orana, em 4>?, com o remanche /"hr]se Gaquim0 de +mile Kola!

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    .o Brasil, o incio com /D mulato0 de &lusio &ze$edo, em 4>>4!

    D .aturalismo segue em linhas gerais, as caractersticas do Gealismo!

    Pmas das diferenas marcantes do Gealismo= a preocupao cientfica, ou se)a, o constante

    interesse de e(plicar e )ustificar atra$s da cincia o procedimento das personagens e dos fenEmenos

    apresentados!

    Caractersticas

    # faz romance de tese e(perimentalH

    # focaliza o patol8gicoH# no detm a anlise $ai at o fimH

    # direto na interpretaoH e(pe concluses= ca%e ao leitor aceit#los ou discuti#lasH

    # fundamentao filos8fica idntica= positi$ismo e determinismoH

    # diferem na aplicao da teoriaH

    # so am%os anticlericais, antirrom2nticos e anti#%urguesesH

    # querem retratar e educar a sociedade!

    )arnasianismo

    Geao a poesia do Gomantismo! 3omeou na Orana! D nome pro$m de /;arnasse 3ontemporaum0 :4>>

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    Caractersticas

    # culto ' formaH

    # arte pela arteH# poesiaH

    # %usca da impassi%ilidadeH

    # o%)eti$idadeH

    # gosto pelo sonetoH

    # preferncia pelo sonetoH

    # preferncia pelos $ersos ale(andrinos e decassla%osH

    # $alorizao do pormenorH# apego ao hist8rico, ao e(8tico, ao pitoresco e ao mitol8gicoH

    # e$ocao da antiguidade greco#romanaH

    # retratos da natureza e de o%)etos!

    SIM&OLISMO

  • 7/24/2019 Trabalho - Historiografio Da Literatura Brasileia

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    @o$imento essencialmente potico do fim do sculo XIX, o simo+ismorepresenta uma ruptura artstica radical com a

    mentalidade cultural doGealismo#.aturalismo, %uscando fundamentalmente retomar o primado das dimenses no#racionais da e(istncia!

    .o Brasil, o 7im%olismo comeou em 4>C9, com a pu%licao de dois li$ros= @issal :prosa< e Broquis :poesia

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    # ;reocupao formal que se re$elou na %usca de pala$ras de grande $alor conotati$o e ricas em sugestes sensoriaisH o

    7im%olismo no pretendia descre$er a realidade, mas sugeri#laH

    # poesias carregadas de musicalidadeH

    # a poesia foi encarada como forma de e$ocao de sentimentos e emoesH

    # frequentes aluses a elementos e$ocadores de rituais religiososH

    # preferncia por temas su%)eti$os que tratem da morte, do destino, de 1eus etc!H

    # enfoque espiritualista da mulher, en$ol$endo#a num clima de sonho onde predomina o $ago, o impreciso e o etreo!

    Autores e Oras

    3ruz e 7ouza= 6ro!os e antasias; Missal e 0roC9 :poesia?es, 4>C>:prosaCF

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    )',-MO(E'NISMO

    Contexto Histrico

    D ;r#@odernismo um perodo de transio o qual retratou o Brasil da Gep%lica Velha, poca em que a economia tinha por

    %ase o sistema J3af com *eiteJ, ou se)a, centrado na la$oura cafeeira e na pecuria! ;or outro lado, o pas $i$ia o auge da industrializao e

    do crescimento operrio! +scra$os li%ertados compunham a classe marginalizada em todo o pas integra$am a camada menos fa$orecida da

    sociedade! & elite era detentora de dinheiro e de poder! +ste quadro gerou uma srie de re$oltas por $rias regies do pas, entre elas

    destacam#se=

    #.o .ordeste= OenEmeno do 3angao, Oanatismo religioso centrado na figura do ;adre 3cero, -uerra de 3anudos H

    #.o Gio de Laneiro= Ge$olta contra a $acina da fe%re amarela e Ge$olta da 3hi%ataH

    #.o 7ul= -uerra do 3ontestadoH

    Caractersticas

    3onser$adorismo \ que culti$a$am os $alores naturalistasH

    Geno$ao \ fala$am so%re a realidade %rasileira e as tenses $i$idas pela sociedade do perodo5os dilemas $i$ios pela

    sociedade na poca!

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    Ds autores adotaram ino$aes que feriam o academicismo!

    & realidade rural %rasileira e(posta sem os traos idealizadores do Gomantismo! & misria do homem do campo

    apresentada de forma chocante!

    Autores e Oras

    &fonso Renriques de *I@& B&GG+"D :4>>4 \ 4CAA?es do =scriv:o 4saas Caminha (%B#; 5s 5venturas do Doutor 0og/lo (%%E#; 6riste im de Policar!o

    Fuaresma (%%#G em que se misturam crtica, anlise e humor; Huma e a nina (%%#; )ida e Morte de M. I. onJaga de

    -1 (%%#; 0agatelas (%E,#; Clara dos 5n3os (%K+#G !/stumo; 9ist/rias e -onhos (%EB#. 7tira= Os 0ruJundangas

    (%EE#; Coisas do *eino de Iambom (%'#.3onto=9ist/ria e -onhos (%EB#; Outras hist/rias e Contos 5rgelinos

    (%E#.&rtigos e 3rEnicas=0agatelas (%E,#; eiras e Mau1s (%,#; Margin1lia (%,#; )ida Urbana (%,#. Los ;ereira da -G&_& &G&.R& :4>> \ 4C94C5 \ 4CA \ 4C6C:o da regi:o#G O 9omem (sobre a etnologia

    0rasileira# e 5 Luta (relata o conlito#HPeru versos 0olvia (%B Contrastes e Conrontos (%B Margem da

    9ist/ria (%B#Gp8stumo; Di1rio de uma =!edi>:o (%,#Gp8stumo.

  • 7/24/2019 Trabalho - Historiografio Da Literatura Brasileia

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    Loo 7I@`+7 *D;+7 .+"D :4>5 \ 4C4>A \ 4CF>aG Ieca 6atuJinho e O Hoivado de HariJinho (%EK#; 5s 5venturas de 9ans -taden (%E

    5venturas do Prnci!eG O ato li e 5 Cara de Coru3a (%E+#; O 4rm:o de Pin/?es de HariJinho e O P/ de Pirlim!im!im (%,%#; )iagem ao Cu (%,E#;

    Ca>adas de PedrinhoG Hovas reina>?es de HariJinho e 9ist/ria do Mundo !ara as Crian>as (%,,#; =mlia no Pas da

    ram1tica (%,K#; 5ritmtica da =mliaG eograia de Dona 0enta e 9ist/ria das 4nven>?es (%,#; Dom Fuiote das

    crian>as e Mem/rias da =mlia (%,'#; -er?es de Dona 0entaG O Po>o do )isconde e 9ist/rias de 6ia Hast1cia (%, OMuseu da =mlia (%,+#; O PicaPau 5marelo e O Minotauro (%,#; 5 *eorma da HatureJa (%K%#; 5 chave do

    6amanho (%KE#; Os DoJe 6rabalhos de 9rcules (%KK#; 9ist/rias Diversas (%K. ;rosa=4deias de Ieca 6atu (%%#; 5

    0arca de leNre (%KK#; Mr. -lang e o 0rasil (%E Coner7nciasG 5rtigos e Crnicas eCrticasGCartas de 5mor e

    Outras Hotas (%K+#.

  • 7/24/2019 Trabalho - Historiografio Da Literatura Brasileia

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    MO(E'NISMO

    Contexto Histrico

    &s agitaes da primeira dcada do sculo XX se tornaram mais e$idente nos anos 4CA6 quando a JGep%lica do caf com leiteJ

    passou a dar sinais de desgaste! D conte(to da crise da rep%lica no Brasil se deu no perodo dos Janos loucosJ, %astante ricos do ponto de

    $ista cultural! +ra o perodo p8s#guerra, e o continente europeu comemora$a o fim do conflito e e(perimenta$a a efer$escncia intelectual!

    .esse cenrio de inquietaes e questionamentos se organiza a 7emana da &rte @oderna= mo$imento artstico, social e poltico,

    que aconteceu nos dias 49, 45 e 4? de fe$ereiro de 4CAA! +ste e$ento que re$olucionou a cultura %rasileira foi uma tentati$a de )o$ens artistas,

    cansados da literatura inspirada nas escolas de %elas artes francesas ao gosto %urgus, mostrarem o que esta$am fazendo de no$o no pas, $isto

    que, essa ino$ao ) acontecia na +uropa!

    Caractersticas

    Ds artistas modernos adotam o pensamento que todos os o%)etos podem se tornar cones literrios! & linguagem muda

    drasticamente e dei(a de ser no%re, dando lugar ' coloquialidade, espontaneidade e so permitidos at mesmo alguns erros gramaticais!

    Quanto ' escrita, os $ersos aparecem li$res, sem as formas fi(as de sonetos e $ersos! &s frasescurtasso mais $alorizadas! &

    fragmentao do te(to e recortes tam%m ganha espao na literatura moderna! @uitos autores utilizam $rias $ozes narrati$as nos seus te(tos!

    A rimeira /era01o

    http://aprovadonovestibular.com/modernismo-caracteristicas-autores-obras.htmlhttp://aprovadonovestibular.com/modernismo-caracteristicas-autores-obras.htmlhttp://aprovadonovestibular.com/modernismo-caracteristicas-autores-obras.htmlhttp://aprovadonovestibular.com/modernismo-caracteristicas-autores-obras.htmlhttp://aprovadonovestibular.com/modernismo-caracteristicas-autores-obras.htmlhttp://aprovadonovestibular.com/modernismo-caracteristicas-autores-obras.html
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    3aracterizada por uma oposio entre o pro)eto formal ino$ador e a proposta de resgatar elementos da cultura tradicional, a

    primeira gerao de modernistas desen$ol$e uma arte e(perimental, de acordo com o pro)eto fi(ado por @rio de &ndrade na 7emana de &rte

    @oderna de AA! & produo destes iniciadores da arte moderna no Brasil concilia uma linguagem importada das $anguardas modernistas

    europeias, com um contedo nati$ista que resgata as razes culturais %rasileiras!

    Ds principais autores desta gerao so "arsila do &maral, &nita @alfatti, @rio de &ndrade, DsZald de &ndrade, @enotti 1el

    ;icchia, @anuel Bandeira, 1i 3a$alcanti, -raa &ranha, &lc2ntara @achado, Gaul Bopp e -uilherme de &lmeida!

    A se/un2a /era01o

    .a prosa, foi e$idente o interesse por temas nacionais, uma linguagem mais %rasileira, com um enfoque mais direto dos fatos

    marcados pelo Gealismo \ .aturalismo do sculo XIX!

    D romance focou o regionalismo, principalmente o nordestino, onde pro%lemas como a seca, a migrao, os pro%lemas do

    tra%alhador rural, a misria, a ignor2ncia foram ressaltados!

    &lm do regionalismo, destacaram#se tam%m outras temticas, surgiu o romance ur%ano e psicol8gico, o romance potico#

    metafsico e a narrati$a surrealista!

    & poesia da A fase modernista percorreu um caminho de amadurecimento! .o aspecto formal, o $erso li$re foi o melhor recursopara e(primir sensi%ilidade do no$o tempo, se caracteriza como uma poesia de questionamento= da e(istncia humana, do sentimento de

    /estar#no#mundo0, inquietao social, religiosa, filos8fica e amorosa!

    http://www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/modulo2/modernismo/semana/index.htmhttp://www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/modulo2/modernismo/semana/index.htmhttp://www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/modulo2/modernismo/semana/index.htmhttp://www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/modulo2/modernismo/semana/index.htm
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    1entre os muitos poetas e escritores dessa fase destacamos=

    .a prosa=

    # -raciliano Gamos# Gachel de Queiros

    # Lorge &mado

    # Los *ins do Gego

    # Mrico Verssimo

    # 1ionlio @achado

    .a poesia

    # 3arlos 1rummond de &ndrade

    # @urilo @endes

    # Lorge de *ima

    # 3eclia @eireles

    # Vincius de @orais!

    A terceira /era01o

    1efiniu#se que a terceira fase do modernismo se iniciou em 4CF5 e foi at 4C6, alguns estudiosos nomeiam essa fase como ;8s#moderna e segundo os mesmo esta ainda estaria se desenrolando at a data atual, inicialmente a%ordaremos o modernismo como o perodo de

    4CF5 ' 4C6! D perodo representado principalmente pela ;rosa, na 9b fase do modernismo h a pu%licao de $rios contos, crEnicas e

    romances! R tam%m a continuidade de 9 tendncias ) ocorridas na Ab fase do modernismo!

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    )rosa Urana

    3ontos que polarizam e conflitam o indi$iduo e o meio social, destacam#se 1alton "re$isan, Gu%em Braga, *gia Oagundes "elles

    que tam%m produziu romances!

    )rosa Intimista

    7e concentra na sondagem psicol8gica, caracterstica marcante das produes de 3larice *ispector! 1estacam#se tam%m *gia

    Oagundes "elles e &ntEnio Dla$o ;ereira!

    )rosa 'e/iona+ista

    D primeiro autor da tendncia foi Bernardo -uimares, no sculo XIX, a prosa regionalista rece%eu ino$aes lingusticas e

    temticas $indas de -uimares Gosa, que pu%licou seu primeiro li$ro, 7agarana, rece%endo $rios prmios, mais tarde escre$eu -rande

    7erto= $eredas, um romance que dei(a claro a temtica da $ida no serto! Dutros nomes importantes para a ;rosa Gegionalista foram

    Rer%erto 7ales, @rio ;almrio e Bernardo Mllis!

    .egando a li%erdade formal, as ironias, as stiras e outras caractersticas modernistas, os poetas de F5 %uscaram uma poesia mais

    /equili%rada e sria0, tendo como modelos os ;arnasianos e 7im%olistas! .o fim dos anos F6, surge um poeta singular, no estando filiado

    esteticamente a nenhuma tendncia= Loo 3a%ral de @elo .eto!

    Dutro gnero presente a ;oesia, diferente do perodo antecessor a poesia deste perodo est em %usca de seriedade e mais

    equili%rada, os poetas da fase anterior continuam a produzir, mas esto em constante reno$ao, formas fi(as e classicizantes foram retomadas

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    por estes poetas, denominados neoparnasianos! & denominao .eoparnasiano de fundo pe)orati$o, partindo do pressuposto de que os

    autores desta fase opunham#se 's caractersticas radicais e enrgicas da ;rimeira Oase @odernista, tendo um comportamento mais formal

    diante das produes literrias!

    ;odemos definir a "erceira Oase do @odernismo como um perodo influenciado por mentes que tenta$am mudar, mas ao mesmo

    tempo retomar certos traos, escre$endo com um tom mais srio, e procurando e(pressar suas origens pelo regionalismo e tornar a literatura

    mais %rasileira, sair da monotonia e formar uma literatura %rasileira, outra caracterstica foi a sondagem psicol8gica, com o intuito de

    e(pressar o interior das mentes de seus personagens, como 3larice *ispector, uma o%ra e(emplar /*aos de Oamlia0, a o%ra de 3larice

    *ispector traz a necessidade humana de se conhecer e entrar na mentes do outro ' tona!

    Terceiro Momento Mo2ernista3 Concretismo

    D 3oncretismo \ a mais importante $anguarda potica ap8s a 7emana de AA \ apareceu nas antologias poticas

    chamadasHoigrandes, pu%licadas pelo grupo que tam%m tem esse nome entre os anos de 4C5 e 4CA!

    Caractersticas 2o Concretismo

    3onsistindo num antagonismo total em relao aos recursos poticos tradicionais, e ainda questionando $eementemente o pr8prio

    conceito de poesia, o 3oncretismo rompeu com qualquer tipo de discurso tradicional!

    +m relao ao $erso, os concretistas desintegram#no totalmente! & unidade do poema dei(ou de ser o $erso e passou a ser a

    pala$ra, manifestada em trs dimenses, simultaneamente=

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    $er%al :aspecto sinttico e sem2ntico

    do papel passou a integrar o significado do poema!

    Terceiro Momento Mo2ernista3 4ic01o Exerimenta+

    &s e(perimentaes que acrescentaram direes no$as ao curso literrio no Brasil ganharam corpo com a pu%licao, em 4CF9, doromancePerto do cora>:o selvagem, de 3larice *ispector! & escritora esmia nesta o%ra o interior do ser humano, dando ' luz a grandeza da

    $ida e do significado das e(perincias dos seres!

    "rs anos mais tarde, em 4CF, -uimares Gosa pu%licou o li$ro de contos -agarana, onde as regies %rasileiras dos sertes

    indefinidos transcendiam o 2m%ito da realidade hist8rica e transforma$am#se em espaos de seres mticos!

    3larice *ispector e -uimares Gosa modificariam completamente a fico %rasileira, dando#lhe a dimenso de dramas

    psicol8gicos e de transfigurao regionalista!

    Caractersticas 2a 4ic01o Exerimenta+

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    &s coordenadas estilsticas que regem a fico e(perimental do terceiro tempo modernista afastam#se das tcnicas tradicionais do

    romance! & narrati$a referencial, ligada a acontecimentos e em ordem cronol8gica linear, totalmente rompida!

    Narrativas interiori5a2as3 f+uxo 2a consci6ncia

    Pma das marcas flagrantes da fico e(perimental a interiorizao do relato \ o chamadof+uxo 2a consci6ncia.-eralmente, as

    narrati$as so centradas em momentos de $i$ncia interior das personagens!

    Narrativas confi2encias em rimeira essoa

    & narrao em primeira pessoa proporciona ao relato um intimismo inigual$el, assim como lhe outorga $erossimilhana! D

    narrador funciona como uma pessoa que confessa, e o leitor como confidente!

    Narrativas 7ue aroxima a rosa 2a oesia

    @omentos impressionantes de lirismo esto presentes nas narrati$as do terceiro tempo modernista! Ge$italizando recurso da

    e(presso potica, tais como ritmo, rima, aliteraes cortes e deslocamento da sinta(e, $oca%ulrio ins8lito, neologismos, a narrati$a funde#se

    com a lrica, a%olindo os limites e(istentes entre os gneros!

  • 7/24/2019 Trabalho - Historiografio Da Literatura Brasileia

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    CONTEM)O'8NEA

    Contexto Histrico

    .as ltimas dcadas, a cultura %rasileira $i$enciou um perodo de acentuado desen$ol$imento tecnol8gico e industrialH entretanto,

    neste perodo ocorreram di$ersas crises no campo poltico e social!

    Ds anos 6 :poca do go$erno democrtico#populista de L!^!< foram repletos de uma $erdadeira euforia poltica e econEmica, com

    amplos refle(os culturais= Bossa .o$a, 3inema .o$o, teatro de &rena, as Vanguardas, e a "ele$iso!

    & crise desencadeada pela renncia do presidente L2nio Quadros e o golpe militar que derru%ou Loo -oulart colocaram fim nessa

    euforia, esta%elecendo um clima de censura e medo no pas :promulgao do &I#5H fechamento do 3ongressoH )ornais censurados, re$istas,

    filmes, msicasH perseguio e e(lio de intelectuais, artistas e polticos

    & conquista do tricampeonato mundial de fute%ol em 4C?6 foi capitalizada pelo regime militar e uma onda de nacionalismo

    ufanista espalhou#se por todo o pas, alienando as mentes e adormecendo a conscincia da maioria da populao por um %om perodo de

    tempo= JBrasil # ame#o ou dei(e#oJ, a cultura marginalizou#se!

    +m 4C?C, um dos primeiros atos do presidente Oigueiredo foi sancionar a lei da anistia, permitindo a $olta dos e(ilados! +sse ato

    presidencial fez o otimismo e esperana renascerem naqueles que discorda$am da poltica praticada pelos militares daquele perodo!

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    .a dcada de >6 inicia#se uma mo%ilizao popular pela $olta das eleies diretas, que s8 $eio a concretizar#se em >C, com a

    posse de Oernando 3ollor de @ello, cassado em 4CC4!

    4CC5 = eleio e posse do presidente Renrique 3ardoso!

    Manifesta09es Artsticas

    &s manifestaes literrias desse perodo desen$ol$em#se a partir de duas linhas#mestras=

    a< 1e um lado, a permanncia de alguns autores ) consagrados como Loo 3a%ral e 3arlos 1rummond de &ndrade acompanhada

    do surgimento de no$os artistas como *gia O! "elles e 1alton "re$isan, ligados as linhas tradicionais da literatura %rasileira= regionalismo,

    intimismo, ur%anismo, introspeco psicol8gica!

    %< 1e outro lado, a ruptura com $alores tradicionais que se dispersam atra$s de propostas alternati$as ou e(perimentais, %uscando

    no$os caminhos ou e(primindo de maneiras pouco con$encionais as tenses de um pas sufocado pelas forada represso! .essa $ertente

    nascem o concretismo, a poesia ;r(is,os romances contos fantsticos, aleg8ricos!

    D professor 1omcio ;roena Oilho :cit! in! Oaraco e @oura, *ngua e *iteratura, $ol! 9 +d! Ntica

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    pro)eo ou perspecti$as para o futuro! .a dramaturgia, especificamente, surgiu um espectador mais ati$o que passou a fazer parte de uma

    interao entre atores e plateia!

    @sica e cinema sofrendo concorrncia e presso por parte da JmodaJ imposta pelos pases mais desen$ol$idos!

    & rapidez de sucesso dos modismos, tendo por o%)eti$o o consumo desenfreadoH

    D lucro, passou a reinar na sociedade %rasileira!

    "ratando#se especificamente da *iteratura, o ;rofessor ;roena aponta as seguintes caractersticas dessa arte, neste perodo=

    a< *udismo na criao da o%ra, desem%ocando frequentemente na par8dia ou pastiche! +(= as sucessi$as imitaes do famoso

    poema de -onal$es 1ias, J3ano do +(lioJ :J@inha terra tem palmeiras onde canta o sa%i!!!J

    %< Interte(tualidade, caracterstica da qual os te(tos de 1rummond como J& um %ru(o com amorJ :retomando @! de &ssis

  • 7/24/2019 Trabalho - Historiografio Da Literatura Brasileia

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    a< Pma refle(o cada $ez mais acurada e crtica so%re a realidade e a %usca de no$as formas de e(pressoH mantm nomes

    consagrados como Loo 3a%ral, @rio Quintana, 1rummond no painel da literatura!

    %< &firmao de grupos que usa$am tcnicas ino$adoras como= sonoridade das pala$ras, recursos grficos, apro$eitamento $isualda pgina em %ranco, recortes, montagens e colagens!

    &s principais $anguardas poticas prendem#se aos grupos=

    3oncretismo, ;oema#;rocesso, ;oesia#7ocial, "ropicalismoH ;oesia#7ocial e ;oesia#@arginal!

    Concretismo

    D concretismo foi idealizado e realizado pelos irmos Raroldo e &ugusto de 3ampos e por 1cio ;ignatari! +m 4C5A esse mo$imento

    comeou a ser di$ulgado atra$s da re$ista J.oigrandes0 :Jantdoto contra o tdioJ em linguagem pro$enal

    linguagem sens$el um arte geral da pala$ra! o poema# produto= o%)eto til :grifos nossos

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    Vrios poemas desse perodo no apresentam $ersosH J)ogamJ com a forma e o fundo, apro$eitando o espao grfico em sua

    totalidade, J%rincamJ com o significado e o significante do signo lingustico, re)eitam a ideia de lirismo e tratam de forma inusitada o tema! D

    poema como um quadro, sem ligaes com o uni$erso su%)eti$oH esse Jo%)etoJ concreto pass$el de manipulao e permite mltiplas

    leituras :de cima para %ai(oH da direita para a esquerda, em diagonal, etc!

    3omo pode#se perce%er, retomam procedimentos que remontam 's $anguardas do incio do sculo, tais como 3u%ismo e

    Outurismo! 7eus recursos so os mais $ariados= e(perincias sonoras : aliteraes, paronomsiasHH caracteres tipogrficas $ariadas :formas e

    tamanhos

  • 7/24/2019 Trabalho - Historiografio Da Literatura Brasileia

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    +m 4CF, 1cio ;ignatari e *uiz ngelo ;into, lanaram a ideia do poema# c8digo ou semi8tico, predominantemente $isual,

    incorporando outras linguagens :)ornal, propaganda

  • 7/24/2019 Trabalho - Historiografio Da Literatura Brasileia

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    3aractersticas dos te(tos=

    Ironia e par8dia, humor e fragmentao da realidadeH enunciao de flashes cinematogrficos aparentemente descone(os, ruptura

    com os padres tradicionais da linguagem :pontuao sinta(e etc!

    7uas influncias foram fundamentais na msica, mas repercutiram tam%m na literatura e no teatro!

    3om o &I#5, seus representantes foram perseguidos e e(ilados!

    & partir da, a linguagem artstica ou se cala ou se metaforiza ou apela para meios no con$encionais de di$ulgao!

    A )oesia Mar/ina+

    7egundo a professora 7amira oussef 3ampedelli :@ *iteratura, Rist8ria e "e(to, 9, 7arai$a< Ja poesia desen$ol$ida so% a mira da

    polcia e da poltica nos anos ?6 foi uma manifestao de denuncia e de protesto, uma e(ploso de literatura geradora de poemas espont2neos,

    mal#aca%ados, irEnicos, coloquiais, que falam do mundo imediato do pr8prio poeta, zom%am da cultura, escarnecem a pr8pria literatura!

    & profuso de grupos e mo$imentos poticos, )ogando para o ar padres estticos esta%elecidos, mostra um poeta cu)o perfil pode

    ser mais ou menos assim delineado ele )o$em, seu campo a %analidade cotidiana, aparentemente no tem nem grandes pai(es nem

    grandes imagens, faz questo de ser marginalJ! +(perimentalismo, moralidade, ideologia e irre$erncia so algumas de suas caractersticas!

    & di$ulgao dessa o%ra foge do Jcircuito tradicionalJ= so te(tos fechados em murosH )ornais, re$istas e folhetos mimeografados

    ou impressos em grficas de fundo de quintal e $endidas em mesas de restaurantes, portas de cinemas, teatros e centros culturaisH happening e

    shoZs musicaisH at uma Jchu$a de poesiaJ foi realizada no centro de 7o ;aulo, da co%ertura do edifcio Itlia, em 4C>6!

  • 7/24/2019 Trabalho - Historiografio Da Literatura Brasileia

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    &inda de acordo com a ;rofessora 7amira :opuscit, p!95F< JGecupera#se alguns laos com a produo do primeiro @odernismo

    :4CAA< # poemas #minuto, poemas piadaH e(perimentaram#se tcnicas como a colagem e a desmontagem dadastasH praticaram#se formas

    consagradas, como o sonetos ou o haicaiH tudo foi poss$el dentro do territ8rio li$re da poesia marginal, como %em atestam os poemas de

    ;aulo *eminsY, ' moda grafite, com sa%or de haicai=

    Gepresentantes desse grupos= all 7alomo, 3acaso,3apinam, &lice Guiz, 3harles, 3hacal, "orquato .eto e -il%erto -il

    :@arginalia e J-elia -eralJ