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  • 8/7/2019 Trabalho farmacologia - PI

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    CLAUDIA CAROLINA SAID OTTAIANO

    FERNANDA MARI BARROS BORGES

    ISABELA DA COSTA SOARES MARTINS

    IVANA PAOLA DE JORGI

    LARISSA AZEVEDO SOUZA

    TIEMY YOUSHIMURA DE VASCONCELLOS

    VANESSA SANTOS GOGOLEVSKY

    ASSISTNCIA FARMACUTICA NO SISTEMA NICO DE SADE

  • 8/7/2019 Trabalho farmacologia - PI

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    UNIVERSIDADE DE CUIAB

    CUIAB

    2008

    CLAUDIA CAROLINA SAID OTTAIANO

    FERNANDA MARI BARROS BORGESISABELA DA COSTA SOARES MARTINS

    IVANA PAOLA DE JORGI

    LARISSA AZEVEDO SOUZA

    TIEMY YOUSHIMURA DE VASCONCELLOS

    VANESSA SANTOS GOGOLEVSKY

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    ASSISTNCIA FARMACUTICA NO SISTEMA NICO DE SADE

    Trabalho realizado para obteno de nota parcial

    da disciplia de Farmacologia II do Curso de

    Medicina da UNIC.

    Prof. Nalderi Terezinha Sartori; Neyres Znia

    Taveira de Jesus

    UNIVERSIDADE DE CUIAB

    CUIAB

    2008SUMRIO

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    1 INTRODUO...................................................................................................04

    2 O SISTEMA NICO DE SADE........................................................................05

    3 GERENCIAMENTO DA ASSISTNCIA FARMACUTICA...............................06

    4 ASSISTNCIA FARMACUTICA.....................................................................

    4.1 Seleo de Medicamentos..............................................................................

    4.2 Programao de Medicamentos.....................................................................

    4.3 Aquisio de Medicamentos...........................................................................4.4 Armazenamento..............................................................................................

    4.5 Dispensa e Ateno Farmacutica.................................................................

    5 USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS............................................................

    6 CONCLUSO.....................................................................................................

    7 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS...................................................................

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    INTRODUO

    O processo de descentralizao da Assistncia Farmacutica, ao promover a

    gesto local dos recursos financeiros e da operacionalizao da aquisio de

    medicamentos, avana na direo de um dos eixos que estruturam a organizao do

    Sistema nico de Sade (SUS) e, ao mesmo tempo, evidenciou li

    dificuldades concernentes ao seu processo de implantao.

    O medicamento um insumo estratgico de suporte s aes de sade, cuja

    falta pode significar interrupes constantes no tratamento, o que afeta a qualidade

    de vida dos usurios e a credibilidade dos servios farmacuticos e do sistema desade como um todo.

    Este trabalho se prope a levar as informaes mais prementes sobre o tema,

    sem pretender esgotar os assuntos aqui abordados, apresentando, de maneira

    prtica os contedos pertinentes, fazendo uma inter-relao da participao de

    instituies governamentais, mdicos e farmacuticos no tocante Assistncia

    Farmacutica do nosso Pas.

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    4 ASSISTNCIA FARMACUTICA

    A Organizao Mundial da Sade (OMS), criada em 1948, com o objetivo de

    apoiar os pases membros no desenvolvimento de programas que melhorassem a

    sade de suas comunidades, durante a 30a Assemblia Mundial, em 1977, aprovou

    a meta sade para todos no ano 2000 e recomendou a realizao de umaConferncia Mundial para o intercmbio de experincias em matria

    desenvolvimento de cuidados primrios de sade (OMS/Unicef, 1978), deciso esta

    que foi concretizada com a realizao da Conferncia Mundial sobre Ateno

    Primria em Sade, realizada em Alma-Ata, URSS, em 1978.

    Com relao Assistncia Farmacutica, os aspectos mais importantes da

    reunio de Alma-Ata foram:

    Considerar o abastecimento dos medicamentos essenciais como um dosoito elementos bsicos da ateno primria em sade.

    A recomendao para que os governos formulem polticas e normas

    nacionais de importao, produo local, venda e distribuio de medicamentos e

    produtos biolgicos de modo a assegurar, pelo menor custo possv

    disponibilidade de medicamentos essenciais nos diferentes nveis dos cuidados

    primrios de sade; que adotem medidas especficas para prevenir a excessiva

    utilizao de medicamentos; que incorporem medicamentos tradicionais de eficciacomprovada e que estabeleam sistemas eficientes de administrao

    fornecimento.

    O programa de Ao de Medicamentos Essenciais desenvolveu proposta

    sobre how to develop and implement a national drug policy, publicada em 1988 e

    cuja segunda edio foi publicada em 2001. Os principais componentes da poltica

    so: seleo de medicamentos essenciais, affordability, financiamento, sistema de

    abastecimento, regulao e garantia de qualidade, uso racional, pesq

    desenvolvimento de recursos humanos e monitoramento e avaliao.

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    A tendncia atual a adoo de medidas dirigidas promoo do uso

    racional de medicamentos e melhora da qualidade da ateno farmacoteraputica.

    A estratgia nesta rea tem includo a definio de reas prioritrias de ateno, a

    disponibilidade de programas para os setores socioeconmicos menos favorecidos,

    o fortalecimento dos servios farmacuticos, o desenvolvimento da farm

    hospitalar, a criao de comisses de farmacoterapia em hospitais e sistemas locais

    de sade, a atualizao da lista bsica de medicamentos e a promoo e o

    desenvolvimento de estudos de utilizao de medicamentos.

    4.1 Seleo de Medicamentos

    4.2 Programao de Medicamentos

    No ciclo da Assistncia Farmacutica, a programao representa uma outra

    atividade-chave, que tem por objetivo a garantia da disponibilidade

    medicamentos previamente selecionados nas quantidades adequadas e no tempooportuno para atender s necessidades de uma populao-alvo, por meio de um

    servio ou de uma rede de servios de sade, considerando-se um determinado

    perodo de tempo. H vrias formas de proceder a uma estimativa tcnica das

    necessidades. o perfil de morbi-mortalidade, no entanto, o mais importante

    aspecto a considerar, quando se busca orientao na identificao d

    necessidades.

    4.3 Aquisio de Medicamentos

    A aquisio de medicamentos representa uma das atividades do Ciclo da

    Assistncia Farmacutica, constituindo-se num conjunto de procedimentos

    articulados que visam a selecionar o licitante com a proposta mais vantajosa para

    satisfazer uma determinada necessidade e, assim, legitimar a administrao a

    contratar o particular. Ela objetiva contribuir para o abastecimento de medicamentos

    em quantidade adequada e qualidade assegurada, ao menor custo possvel, dentro

    da realidade do mercado, apoiando e promovendo uma teraputica racional, em

    rea e tempo determinados.

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    A aquisio de medicamentos no setor pblico, assim como as demais

    atividades do Ciclo da Assistncia Farmacutica, uma das peas que contribuem

    para o sucesso e a credibilidade dos servios farmacuticos. Um elenco de

    medicamentos definido dentro de rigorosos critrios, boas condies

    armazenamento e profissionais capacitados no atendero s necessidades da rede

    de servios se houver descontinuidades no suprimento dos medicamentos.

    A falta de materiais, por sua vez, decorrente de problemas estruturais,

    organizacionais e/ou individuais que permeiam as vrias atividades do referido ciclo.

    Considerando as amarras burocrticas e jurdicas do setor pblico, sem dvida

    alguma, o processo de aquisio representa um importante e delicado componente

    do sistema, tornando possveis ganhos significativos de eficincia ou, ao contrrio, ocomprometimento de alguns fundamentos muito importantes: agilidade das compras,

    confiabilidade dos produtos adquiridos e alcance de preos competitivos para tais

    produtos.

    Os processos de compra de bens e servios no setor pblico em suas trs

    esferas de governo so disciplinados atualmente pela Lei Federal no 8.666, de 21

    de junho de 1993, que regulamenta o art. 37, Inciso XXI, da Constituio Federal,

    institui normas para licitaes e contratos da administrao pblica e d outrasprovidncias.

    Essa legislao trouxe ganhos no sentido de reforar alguns princpios

    indispensveis substancializao dos atos relacionados administrao do

    patrimnio pblico e ao alcance das propostas mais vantajosas. Tais princpios so

    a legalidade, a impessoalidade, a igualdade, a publicidade, a pro

    administrativa, a vinculao ao instrumento de convocao e o julgamento objetivo.

    Para se disponibilizar os medicamentos em quantidades bem definidas, apreos exeqveis e qualidade assegurada, o profissional deve considerar alguns

    requisitos importantes, a saber: a seleo de medicamentos; o catlogo

    materiais, contendo todas as especificaes tcnicas dos produtos; a programao

    para aquisio de medicamentos e o cadastro e seleo dos fornecedores, mediante

    um sistema de avaliao de desempenho.

    Outra questo a ser considerada que toda solicitao de compras nos

    rgos pblicos precisa ser devidamente justificada e assinada pelo gerente

    responsvel, pois os recursos financeiros provm da arrecadao tributria. Sendo

    assim, necessrio explicitar o motivo da compra, justificando sua necessidade.

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    De maneira complementar, porm no menos importante, faz-se necessrio

    tambm destacar alguns fatores diretamente relacionados eficincia, ou no, de

    um processo de aquisio de medicamentos, descritos na seqncia.

    Os responsveis pela aquisio devero desenvolver um sistema de seleo

    de fornecedores atravs de:

    sistema de cadastro de fornecedores, em que se exige a devida habilitao

    jurdica, a regularidade fiscal e a qualificao econmico-financeira. As esferas

    estaduais e municipais de governo podem estruturar o seu prprio sistema ou aderir

    ao Sistema de Cadastro Unificado de Fornecedores (Sicaf), institudo pelo governo

    federal atravs do Decreto no 3.722, de janeiro de 2001;

    histrico de compras e desempenho de cada fornecedor; avaliao do desempenho dos fornecedores, com definio de critrios e

    mecanismos para aplicao das penalidades previstas na legislao.

    Uma atuao qualificada na atividade de aquisio de medicame

    demanda conhecimentos especficos sob vrios aspectos e dimenses tcnico,

    administrativo, legal, econmico e poltico. O domnio desses conhecimentos, por

    sua vez, determina diretamente o padro de eficincia dessa atividade, na medida

    em que eles se complementam e devem ser trabalhados concomitantemente,buscando-se ganhos de eficincia, especialmente no tocante agilidade

    processo, ao alcance de preos competitivos e garantia da qualidade dos produtos

    adquiridos. A existncia de um sistema de informaes sobre o controle dos

    estoques, os produtos, os fornecedores e preos de mercado tambm constitui um

    aspecto fundamental para o xito das atividades de programao e aquisio.

    Numa viso mais abrangente, oramento um processo pelo qual se elabora

    um plano com as intenes de uma administrao, seus custos estimados e adefinio dos responsveis pela execuo, acompanhamento e avaliao dos

    resultados. Ele envolve a quase totalidade de um programa de governo ou de uma

    administrao, atravs de programas, projetos e atividades, identificando

    recursos humanos, materiais e financeiros necessrios para a consecuo dos

    objetivos expressos no mesmo.

    Um volume mais elevado de compras, ainda que as entregas

    parceladas, desperta maior interesse dos fornecedores, o que proporciona um maior

    nmero de proponentes e, com isso, ampliao da concorrncia entre os mesmos,

    ocasionando na maioria das vezes, uma reduo dos preos contratados.

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    O controle da aquisio, passo a passo, dever iniciar-se na emisso dos

    pedidos e contemplar todas as etapas e trmites processuais at a efetiva entrega

    dos medicamentos. A partir da elaborao de uma requisio de compras, os

    responsveis pela aquisio devero adotar as formas mais adequadas a cada

    situao, em conformidade com a legislao vigente e o valor estimado para o

    objeto. Assim, de acordo com a Lei no 8.666/93, no seu artigo 14, nenhuma compra

    ser feita sem a adequada caracterizao do seu objeto e indicao dos recursos

    oramentrios para o seu pagamento, sob pena de nulidade do

    responsabilidade de quem lhe tiver dado causa (Brasil, 1993). Nada poder ser

    exigido alm, aqum ou contrariamente ao que estiver previsto no edital. No caso da

    aquisio de medicamentos, faz-se necessrio destacar a necessidade de quesejam contempladas as vrias exigncias tcnico-sanitrias constantes

    arcabouo normativo em vigor.

    Todo medicamento deve ser adquirido de acordo com sua especificao

    tcnica, que deve ser detalhada e conter as informaes descritivas

    importantes, cuidando para que no caracterize direcionamento sem fundamentao

    tcnica. As empresas interessadas em apresentar propostas para o fornecimento de

    medicamentos, por meio de licitaes ou outras modalidades de aquisio no setorpblico, estaro obrigadas a atender aos requisitos de transporte, prazo de validade

    e lotes, embalagem e acondicionamento, rotulagens e bulas, alm do laudo de

    anlise. O preenchimento dessas consideraes sero verificadas na fase de

    habilitao, que engloba: I habilitao jurdica; II habilitao tcnica; III

    qualificao econmica; e IV regularidade fiscal; isso juntamente com uma srie de

    documentos sanitrios que conferem o registro do medicamento e as boas prticas

    na fabricao.Para julgamento das propostas, so definidos os seguintes critrios:

    Licitao de Menor Preo: o critrio de menor preo regra, devendo ser

    aplicado a todas as licitaes, salvo aquelas em que o fator intelectual e os aspectos

    tcnicos sejam preponderantes em relao ao objeto. Por isso, as aquisies de

    medicamentos so do tipo menor preo.

    Licitao de Melhor Tcnica: consiste em um critrio de julgamento aplicvel

    em casos em que os fatores tcnicos so relevantes para a escolha do proponente

    vencedor. Esse fator tcnico, de acordo com o art. 46, refere-se a servios de

    natureza predominantemente intelectual, em especial na elaborao de projetos,

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    clculos, fiscalizao, superviso e gerenciamento, e de elaborao de engenharia

    consultiva em geral, de estudos tcnicos preliminares e projetos bsi

    executivos.

    Licitao de Tcnica e Preo: o procedimento, nesse tipo de licitao, na

    fase de exame das propostas tcnicas, similar ao da licitao de melhor tcnica,

    especificamente no tocante atribuio de notas tcnicas. J na fase de julgamento

    das propostas de preo, procede-se a comparao necessria no tocante a esse

    quesito e, ao final, aplicam-se mdias ponderadas, sendo vencedor o licitante cuja

    proposta apresentar a melhor mdia, considerando as notas das propostas tcnicas

    e das propostas de preo (Art. 46 - 2o).

    Seguem-se, ento, as fases de anlise e emisso do parecer tcnico,adjudiciao (ato pelo qual se atribui ao vencedor do certame o objeto da licitao

    para a subseqente efetivao do contrato administrativo e gera o direito do

    contratado celebrao do respectivo contrato com a administrao), homologao

    (deliberao final sobre o julgamento), contratao dos fornecedores e recebimento

    e inspeo dos medicamentos adquiridos.

    As formas de aquisio so:

    a) Licitao: concorrncia, tomada de preos, convite, concurso e leilo eprego;

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    b) Compra direta: de acordo com o art. 24, inciso II da Lei 8.666/93, para

    outros servios e compras de valor at 10% (dez por cento) do limite previsto na

    alnea a Art. 23 (...), ou seja, 10% do limite da modalidade denominada convite

    dispensvel licitao, porm, so necessrios pelo menos trs oramentos com

    fornecedores distintos;

    c) Aquisio de rgo ou entidade pblica: a aquisio de medicamentos aos

    laboratrios oficiais enquadra-se no artigo que regulamenta a aquisio

    medicamentos, podendo ser realizada atravs de dispensa de licitao,

    seguintes situaes: emergncia, falta de interesse de empresas privadas, guerra,

    perturbao da ordem ou calamidade pblica, comprometimento da segurana

    nacional;d) Doaes e permutas: possibilita a incorporao e/ou alienao

    medicamentos nos seus estoques, com o foco voltado para ganhos de eficincia

    administrativa e o atendimento das necessidades de sade da sua clientela-alvo;

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    4.5 Dispensa e Ateno Farmacutica

    A importncia da dispensao repousa, principalmente, no fato de ser o

    momento em que os profissionais da farmcia interagem diretamente com o cliente

    externo o paciente.

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    Os problemas de acesso aos medicamentos em nvel ambulatorial, seja pela

    indisponibilidade, seja pela falta de qualidade ou pelo uso irracional, oneram ainda

    mais o sistema de sade ao acarretar internaes desnecessrias

    agravamento de quadros clnicos contornveis com o tratamento ambulatorial

    (Bermudez & Bonfim, 1999: 9-13).

    Destacam-se a seguir alguns fatores explicativos da importncia

    tratamento ambulatorial (WHO, 2001):

    incentivo para diminuir a hospitalizao ou tempo de permanncia;

    nmero crescente de pacientes portadores de doenas crn

    (principalmente idosos);

    maior foco na medicina preventiva e na educao em sade; o uso adequado de medicamento constitui-se, geralmente, uma das

    intervenes teraputicas mais custo-efetivas.

    Analisando as proposies de Hepler e Strand, a Organizao Mundial da

    Sade (OMS, 1990; WHO, 1994) preconiza que o modelo de ateno farmacutica

    o ideal para atender s necessidades da populao, sendo o farmacutico o

    agente e o paciente o principal beneficirio desta nova filosofia de

    profissional. A OMS entende ateno farmacutica como um conjunto de atitudes,comportamentos, compromissos, inquietaes, valores ticos, funes,

    conhecimentos, responsabilidades e destrezas do farmacutico na prestao da

    farmacoterapia, com o objetivo de alcanar resultados teraputicos definidos na

    sade e na qualidade de vida do paciente. (WHO, 1993: 4)

    Segundo a OPAS, um modelo de prtica farmacutica, desenvolvida

    no contexto da Assistncia Farmacutica. Compreende atitudes, valores ticos,

    comportamentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na prevenode doenas, promoo e recuperao da sade, de forma integrada equipe de

    sade. a interao direta do farmacutico com o usurio, visand

    farmacoterapia racional e a obteno de resultados definidos e mensurveis,

    voltados para a melhoria da qualidade de vida. Esta interao tambm deve

    envolver as concepes dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades

    biopsico- sociais, sob a tica da integralidade das aes de sade. (Opas, 2002: 15-

    16)

    4.5.1 Dispensao

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    O procedimento de dispensao deve assegurar que o medicamento de boa

    qualidade seja entregue ao paciente certo, na dose prescrita, na quantidade

    adequada; que sejam fornecidas as informaes suficientes para o uso correto e que

    seja embalado de forma a preservar a qualidade do produto (MSH, 1997). Segundo

    Arias, a dispensao o ato farmacutico de distribuir um ou mais medicamentos a

    um paciente, geralmente como resposta apresentao de uma pres

    elaborada por um profissional autorizado. Neste ato, o farmacutico informa e

    orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento. So ele

    importantes desta orientao, entre outros, a nfase nocumprimento do regime de

    dosificao, a influncia dos alimentos, a interao com outros medicamentos, o

    reconhecimento de reaes adversas potenciais e as condies de conservao doproduto.

    Trata-se do atendimento de um paciente especfico e que, portanto, ter

    necessidades e caractersticas tambm especficas, as quais devem ser levadas em

    conta no momento do atendimento.

    4.5.2 A Prescrio

    Conforme a Poltica Nacional de Medicamentos (PNM) (Brasil, 1998a: 37), a

    prescrio de medicamentos o ato de definir o medicamento a ser consumidopelo paciente, com a respectiva dosagem e durao do tratamento. Em geral, esse

    ato expresso mediante a elaborao de uma receita mdica. A receita ,

    portanto, o documento formal e escrito que estabelece o que deve ser dispensado

    ao paciente e como o paciente deve us-lo.

    A prescrio, assim como a dispensao, envolve questes de cunho legal,

    tcnico e clnico, resultando no documento legal pelo qual se responsabilizam quem

    prescreve e quem dispensa o medicamento, estando ambos sujeitos legislao decontrole e s aes de vigilncia sanitria (Wannmacher & Ferreira, 1998); ela

    influencia de forma importante a qualidade e quantidade do consum

    medicamentos e sofre inmeras influncias que vo desde a oferta de produtos e as

    expectativas dos pacientes at a propaganda das indstrias produtoras (Pepe &

    Travassos, 1995).

    A Lei 9787/99 (Brasil, 1999a), em seu artigo 3o, estabelece que as aquisies

    de medicamentos, sob qualquer modalidade de compra, e as prescries mdicas e

    odontolgicas de medicamentos, no mbito do Sistema nico de Sade SUS,

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    adotaro obrigatoriamente a Denominao Comum Brasileira DCB ou, na sua

    falta, a Denominao Comum Internacional DCI.

    4.5.3 O Aviamento

    O profissional deve verificar cuidadosamente a completa especificao da

    especialidade farmacutica prescrita, ou seja, o nome do medicamento, a forma

    farmacutica e a concentrao.Deve ser feita, no mnimo, uma dupla checagem. A primeira verificao ocorre

    quando da retirada do medicamento da prateleira e a segunda no momento da

    entrega dos medicamentos ao paciente. Outros aspectos importantes consistem na

    verificao do prazo de validade e na garantia da movimentao prioritria do

    produto com data de vencimento mais prxima.

    Na dispensao, o farmacutico poder substituir o medicamento prescrito,

    exclusivamente, pelo medicamento genrico correspondente (observando tambm aforma farmacutica e a concentrao do medicamento respectivo), salvo se o

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    profissional prescritor expressar, por escrito, alguma restrio. Nesses casos, o

    profissional farmacutico deve indicar a substituio realizada na prescrio, apor

    seu carimbo onde conste seu nome e nmero de inscrio do Conselho Regional de

    Farmcia, datar e assinar. Nos casos de prescrio utilizando nome genrico,

    somente permitida a dispensao do medicamento de referncia ou de um

    genrico correspondente. Em qualquer desses casos, o paciente deve

    cuidadosamente esclarecido quanto s substituies realizadas.

    4.5.4 Comunicao com os Pacientes

    A comunicao com o paciente ter como finalidades principai

    aconselhamento e a educao quanto ao uso e cuidados corretos do medicamento e

    quanto aos procedimentos de otimizao da teraputica e a promoo da adeso,com a conseqente melhoria da eficincia do tratamento e reduo dos riscos.

    Consiste em um ato profissional importante, que envolve questes tcnicas

    humanas e ticas.

    4.5.5 Adeso ao Tratamento

    Uma das mais importantes contribuies do farmacutico para o uso racional

    de medicamentos a promoo da adeso ao regime teraputico prescrito.

    Uma boa adeso implica na habilidade do paciente em: cumprir com as recomendaes clnicas conforme o recomendado;

    utilizar o medicamento como prescrito;

    adotar as mudanas aconselhadas no estilo de vida;

    realizar os procedimentos diagnsticos e de monitoramento recomendados

    (Murphy & Coster, 1977).

    A no adeso se caracteriza como um desvio significativo do tratamento ou

    do regime teraputico prescrito, mesmo que esse desvio no apresente resultantesclnicas(Homedes & Ugale, 1994) e est fortemente relacionada ao insucesso na

    abordagem de situaes clnicas de grande importncia epidemiolgica

    socioeconmica.

    A m comunicao entre a equipe de sade e o paciente, a m

    organizao dos servios de sade, o custo e outros dificultadores de acesso aos

    medicamentos, a sensao de melhora do paciente, o tipo de tratamento (muitos

    medicamentos, aparecimento de efeitos adversos e falta de confiana), alm de

    aspectos sociais e culturais que iro influenciar na capacidade de compreenso e

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    aceitao das informaes fornecidas podem ser entendidos como algumas das

    razes pelas quais no se cumprem as indicaes mdicas.

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    4.5.6 Registro do Atendimento

    O procedimento da dispensao resultar em uma srie de registros que

    tero desde a finalidade administrativa de documentar a movimentao de estoque,

    o cumprimento das normas legais (medicamentos sob controle especia

    governamentais (prestao de contas da movimentao de medicamentos usados

    em programas com controle verticalizado) at a finalidade gerencial de garantia de

    qualidade e proteo do paciente e dos profissionais.

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    4.5.7 Avaliao

    A Resoluo Anvisa 328/99 (Brasil, 1999b) apresenta um roteiro de inspeo

    para a dispensao que contempla vrios aspectos quanto estrutura. Quanto ao

    processo e aos resultados, outros indicadores podem ser utilizados (WHO, 1993;

    Brudon; Rainhorn & Reich, 1999). Indicadores de prescrio:

    Nmero mdio de medicamentos por consulta;

    % medicamentos prescritos pelo nome genrico;

    % receitas com antibiticos;

    % receitas com injees;

    % medicamentos prescritos que pertencem lista de medicame

    essenciais.

    Indicadores de cuidado ao paciente:

    Tempo mdio de consulta;

    Tempo mdio de dispensao;

    % medicamentos prescritos que foram dispensados;

    % medicamentos dispensados adequadamente rotulados;

    Conhecimento do paciente da posologia correta.

    Fatores quanto unidade de sade:

    Disponibilidade de cpia da lista de medicamentos essenciais.

    Disponibilidade de medicamentos traadores.

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    Treinamento para dispensao:

    a) Em cada nvel do sistema quais so os profissionais responsveis pela

    dispensao? Existe treinamento adequado para realizar a dispensao?

    b) Como realizada a superviso dos profissionais no farmacuticos?

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    2. LOPES, A. C. Tratado de Clnica Mdica

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