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4 Centro Universitário – UniFMU Curso de Educação Física Conseqüências Financeiras do Patrocinador no Esporte de Alto Nível Paulo De Falco Brunoro nº 17 1414 – C Trabalho de Iniciação Científica Paulo Sevciuc (Paulo Russo) São Paulo 2003

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Centro Universitário – UniFMU Curso de Educação Física

Conseqüências Financeiras do Patrocinador no Esporte de Alto Nível

Paulo De Falco Brunoro

nº 17

1414 – C

Trabalho de Iniciação Científica Paulo Sevciuc

(Paulo Russo)

São Paulo 2003

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RESUMO

Diante a uma sociedade capitalista, que habita quase o mundo todo, a necessidade por um capital (dinheiro) se torna cada vez mais evidente tanto entre pessoas físicas, jurídicas ou governamentais. Realidade esta que vêm se aplicando cada vez mais ao mercado esportivo, que hoje chega a mover bilhões de dólares anualmente ao redor do globo, no entanto, tão grande quanto os investimentos são as conseqüências que este dinheiro traz. Dessa maneira, o presente estudo pretende verificar as conseqüências financeiras do patrocinador no esporte de alto nível. Conseqüências que foram pesquisadas, analisadas e comentadas, podendo assim desenvolver um prospecto sobre o presente e o futuro do esporte patrocinado. Esta pesquisa foi feita por meio de questionários distribuídos a entidades relacionadas às organizações esportivas, esses questionários pretendiam avaliar a quantidade de dinheiro investido pelo patrocinador e suas conseqüências para o esporte. Fizeram parte da amostra três diferentes grupos sendo esses: 3 (três) representantes de clubes que mantenham ao menos uma equipe esportiva de alto nível patrocinada, 4 (quatro) representantes de empresas de marketing esportivo e 3 (três) representantes de federações esportivas. Para as entidades o dinheiro investido no esporte de alto nível, oriundo do patrocinador, representa por volta, ou até mais, da metade da verba total investida, tornando essa relação, esporte – patrocínio, essencial para o desenvolvimento esportivo em seus ramos técnicos, táticos e tecnológicos. Desta maneira conclui-se que o esporte beneficia, financeiramente, a todos que os ramos de atividade que dele dependem, no entanto, quantidade tão grande de dinheiro atrai ao esporte indivíduos, em diferentes cargos, desde atletas até dirigentes esportivos, não preocupados com o desenvolvimento do esporte, mas sim no esporte como uma fonte de alcançar objetivos em benefício próprio, político ou financeiro, prejudicando um engrandecimento esportivo ou até mesmo levando-o a um declínio. Portanto quanto maior for a quantidade de dinheiro no esporte maior será a facilidade para resolver alguns problemas e maior será a dificuldade de resolver outros, cabendo ao bom administrador esportivo equilibrar os prós e contras de um patrocínio, para obtenção de um melhor resultado final.

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SUMÁRIO

1-

Introdução...........................................................................................................04

1.1 Definição do Problema...........................................................................04

1.2 Justificativa.............................................................................................05

1.3 Objetivo..................................................................................................05

2- Revisão de Literatura..........................................................................................06 2.1 O Marketing Esportivo............................................................................06 2.2 A Mídia e o Esporte................................................................................07 2.3 O Patrocinador e o Esporte....................................................................10 2.4 A Administração Política Esportiva........................................................12 3- Metodologia........................................................................................................15 3.1 Amostra..................................................................................................15 3.2 Técnica de Coleta de Dados..................................................................15 3.3 Análise dos Dados.................................................................................16 4- Apresentação dos Resultados............................................................................17 5- Discussão...........................................................................................................19 6- Conclusão...........................................................................................................21 7- Referências Bibliográficas..................................................................................22

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8- Anexos................................................................................................................25 6.1 Questionários Novos..............................................................................25 6.1.1 Questionário para Clubes.........................................................25 6.1.2 Questionário para Empresas de Marketing........................................26 6.1.3 Questionário para Federações..............................................................27

1. INTRODUÇÃO

1.1 Definição do problema No mundo dos esportes de alto nível, números referentes à quantidade de

dinheiro investida por patrocinadores vem a ser assustadores, não falando aqui

em milhares, mas sim milhões ou bilhões de dólares por ano.

Não vêm ser incomum notícias sobre atletas que recebem salários

superiores a US$ 1.000.000,00 por mês, um absurdo para maior parte dos

indivíduos, ou sobre um novo patrocinador a investir bilhões de dólares no

esporte. Não apenas isso, mas o esporte costuma rotular preços a seres

humanos, quem nunca ouviu falar que tal atleta custou tanto a uma equipe.

A cada dia que passa os valores investidos no esporte se tornam cada vez

mais irreais para o mundo em que vivemos, enquanto a escassez de comida na

África aumenta e os recurso diminuem, na Europa nigerianos, camaroneses,

senegaleses e outros ganham milhares de dólares para jogar futebol.

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Isso é possível porque o esporte cativa o ser humano, o enche de emoção,

alegria e paixão. Muitos choram de tristeza nas derrotas e de alegria nas

vitórias, pulam gritam, se esforçam e se estafam como se fossem eles a jogar,

ou a ganhar um título, ou a perder uma final. O torcedor vivencia as emoções às

vezes mais até do que os atletas.

É para esse torcedor, ou consumidor, que o produto esporte é oferecido. É

a ele que os patrocinadores querem atingir, é a eles que o clube pretende

vender seus produtos, é deles a audiência buscada pelos meios de

comunicação. E são esses consumidores que definem o quanto custa o esporte.

O problema vem a ser o fato de que vivemos em um mundo capitalista,

onde empresários sempre esperam um retorno assegurado maior do que seus

investimentos. Daria, então, para imaginar quanto dinheiro a empresa arrecada

por um retorno de imagem? Não podemos nos esquecer de que toda ação tem

uma reação proporcional, então, muito dinheiro investido traz uma série de

conseqüências para a empresa, para a entidade patrocinadora, para o atleta e

para a sociedade.

1.2 Justificativa Este estudo é de extrema importância, já que envolve bilhões de dólares ao

redor da Terra. É importante ter uma visão social sobre o “produto milionário”

chamado atleta, tantas vezes idolatrado pelo seu dom e outras tantas

recriminado por seu alto salário, dado por muitos como injusto, mesmo sem

saber se tem o direito de fazer este julgamento.

Outro ponto social é a paixão dos torcedores pelo esporte, estes que levam

as empresas a patrocinar o esporte, são milhões que acompanham o desporto

ao vivo, em transmissões ou pela mídia jornalística. Esses milhões são

tecnicamente chamados público alvo, transformado em um produto do esporte

enquanto o esporte sim deve ser um produto do torcedor.

A realização dessa pesquisa pode ser fundamental na realização de um

prospecto sobre o presente e o futuro do esporte. Futuro esse que depende dos

profissionais atuando nessa área, que são os responsáveis pelo dinheiro e as

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conseqüências trazidas por ele. Portanto não basta apenas discutir sobre a

formação e a capacidade desses indivíduos mas também sua responsabilidade

e ética. 1.3 Objetivo Dessa maneira, o presente estudo pretende verificar as conseqüências

financeiras do patrocinador no esporte de alto nível.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 O Marketing Esportivo Segundo PINHO (1988), citado por LOBATO e VALENTE (1997), as

organizações descobrem que a melhor maneira de manter suas portas sempre

abertas, é se orientar pela exigência e pelas necessidades do mercado. Esse é

o enfoque centralizado pelo Marketing, que objetiva detectar e responder às

necessidades dos consumidores.

LOBATO e VALENTE (1997) citam também SMITH (1982) que diz que para

um produto sair das empresas e ser consumido em seu mercado é necessário

que este seja divulgado e reconhecido pelo público.

Nessa linha, AMBROSIO (1999) destaca as quatro principais

características do Marketing, os Quatro P’s: Produto, Ponto, Preço e Promoção.

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Já a definição de marketing esportivo dada por CONTURSI (1996), citado

por LOBATO e VALENTE (1997) é: “Um sistema de utilidades e técnicas interrelacionadas, organizadas para

criar, desenvolver, atribuir preços, comunicar, promover, distribuir e vender produtos destinados a satisfazer as necessidades de determinados

consumidores”.

Para FERNANDES (2003) pessoas no marketing esportivo devem entender

que a habilidade em desenvolver uma marca com sucesso é diretamente

proporcional a habilidade de manter e nortear o vínculo essencial entre o

torcedor e o time, senão eles violarão um cativo cliente e arruinarão a marca.

MINQUET (2001) lembra que além dos componentes de equipe e dos

adversários, o esporte também depende da organização das competições.

LOBATO (1996) afirma que o esporte como um todo é um “show” assistido

por milhões de pessoas e o sucesso dessa performance tem que ser

assegurado pela administração esportiva, caracterizando cada vez mais a

aceitação por parte do público e telespectadores, concomitantemente, grande

retorno aos participantes deste show.

MELO NETO (1995), citado por LOBATO e VALENTE (1997), destaca

vantagens indiretas da utilização do esporte, como veículo de marketing, e relata

que: “O marketing esportivo, ao associar a imagem do atleta, do clube e do esporte em geral à marca, produto e nome da empresa patrocinadora, torna-

se um elemento decisivo na estratégia de valorização, divulgação e, se

necessário, rejuvenescimento da marca e, ou, produto”. NUZMAN (1997) diz que a sofisticação dos instrumentos de medição das

necessidades dos consumidores possibilitou o desenvolvimento de projetos mais

consistentes para a promoção e divulgação de produtos e serviços.

Para CONTURSI (1996), o segredo do marketing esportivo é saber

compatibilizar a modalidade esportiva adequada à estratégia de mercado da

empresa patrocinadora e ao seu perfil industrial. (LOBATO e VALENTE - 1997)

PINHEIRO (1996) dá um exemplo claro da importância do marketing

esportivo, citando o voleibol brasileiro de 1980 a 1994, ela diz: “O

aperfeiçoamento na organização dos campeonatos nacionais, foi decorrente da

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necessidade de sua transformação em desporto-espetáculo”.E ainda: “A

participação do marketing no voleibol resolveu as dificuldades de ordem

financeira que impediam a sua evolução”.

Em contra partida, REBELO e TORRES (2001), acreditam que o Marketing

Esportivo traz negócios menos transparentes levando o modelo administrativo,

citando eles o futebol, a estar em crise.

2.2 A Mídia e o Esporte TUBINO (1989) ressalva que a imprensa tem exercido papel fundamental

na expansão do esporte e que o desenvolvimento daquela, que antes somente

escrita e falada, e depois televisiva criou todo um contexto mais fértil para a

acolhida dos eventos esportivos.

TUBINO (1989) lembra também a funções de um cronista esportivo que,

segundo ele, deve representar o papel de informador, repórter, crítico e, ou, de

um verdadeiro técnico, ainda dizendo que a informação ou crítica deve sempre

se apresentar apoiada na intencionalidade da formação, que começa pelas

regras éticas e profissionais.

É importante verificar também que nos últimos 35 anos nenhum outro fator

exerceu tamanho impacto sobre o esporte como a televisão, tanto que o

marketing praticado pelas empresas sentiu a importância do binômio Esporte e

Televisão, se tornando, assim, uma relação triangular: esporte, televisão e

marketing. (NUZMAN - 1997)

Para justificar o fato, CONTURSI (1996), citado por LOBATO e VALENTE

(1997), lembra que o meio de comunicação que leva à população o

conhecimento de produtos em geral é a televisão, tendo como principal

vantagem à interligação de imagens, som e movimento.

NUZMAN (1997) realça ainda mais o poder da televisão em torno dos

eventos esportivos, que reúnem, nas mais distantes localidades, um número de

espectadores cada vez mais crescente, o que ampliou o impacto que o esporte

exerce sobre as relações comerciais e a política, e mudou o perfil do evento

esportivo.

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NUZMAN (1997) cita as palavras de SAMARANCH (1993), presidente do

COI, ressalvando que os esportes que não se adaptarem à televisão, estarão

fadados ao desaparecimento. Da mesma forma, as televisões que não

souberem buscar os acessos aos programas esportivos, jamais conseguirão

sucesso financeiro e de público.

NUZMAN (1997) também adverte que sem a televisão diversos eventos

não seriam patrocinados e não seria possível alcançar os milhões de

espectadores em todo o mundo.

Para MINQUET (2001) o esporte de alto nível se mantém em uma fase

geral de crescimento devido ao número de praticantes e espectadores, já isso

graças ao importante crescimento do patrocinador, da televisão e dos produtos

derivados.

MINQUET (2001) diz também que os patrocinadores e a televisão são

mandantes que pedem as federações que organizem os eventos esportivos da

maneira mais vantajosa possível e as federações se comprometem a fazê-lo.

NUZMAN (1997) ainda diz que a união do esporte com a televisão não

poderia ter sido mais feliz. Desta união resultou a popularização do esporte, a

difusão de seu caráter educativo e social, a inserção do esporte na vida

cotidiana das pessoas por meio da ampla cobertura deste meio e maior

promoção dos eventos a partir da garantia de retorno ao patrocinador.

KENSKI (1995) aponta ainda outra forma de mensagens publicitárias que

interligam televisão e esporte, são aquelas apresentadas por grandes campeões

esportivos. Os atletas são figuras de destaque na mídia e, enquanto forem

campeões têm espaços assegurados nas campanhas publicitárias.

PINHEIRO (1996) diz que a mídia criou e cristalizou ídolos esportivos,

vendendo suas imagens, construídas com base nos padrões de eficiência

determinados pela sociedade capitalista.

Outro ponto lucrativo ao esporte por intermédio da televisão é os direitos de

televisão, apontados por NUZMAN (1997). O autor cita que nenhum evento

alcança tantas pessoas ao mesmo tempo quanto os jogos olímpicos e afirma

que a NBC pagou 456 milhões de dólares para os direitos do Jogos Olímpicos

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de Atlanta e os direitos para os jogos de Sidney seriam vendidos acima de 550

milhões de dólares.

NUZMAN (1997) ainda ressalva que da verba do COI, 48% vêm dos

direitos da TV, 34% de patrocinadores, 10% da venda de ingressos, 4% do

licenciamento de produtos e 4% da produção de moeda e selos comemorativos.

Assim, a televisão torna-se responsável por quase metade dos recursos

financeiros destinados e eventos olímpicos.

Não apenas as entidades esportivas se beneficiam, CAMARGO (2000)

ressalva que dois grandes jornais, o Correio Popular e a Folha de São Paulo

criaram cadernos especiais durante a Copa do Mundo de Futebol de 1998, e

aumentaram o número de notícias esportivas, tenho um significativo aumento de

vendas durante o período da Copa.

Outra influência do esporte pela publicidade televisiva foi apresentada em

uma pesquisa feita por OKUMA (1992) em que praticantes de atividades físicas

lembravam de comerciais que tratavam do assunto e consumiam os produtos

dos mesmos mais do que sedentários. Isso reflete, segundo o autor, que essas

propagandas estimularam a prática de atividades físicas, já que o esporte

também é um produto a ser consumido.

Por outro lado, NICOLINO (2002), citando BETTI (2001), declara que “um

novo mercado comercial do corpo está em expansão”, atendendo ao fato que a

televisão manipula seus programas televisivos, assim como o esporte.

QUIROGA (2000) cita também que diversos esportes vêm alterando suas

regras e formas de disputa para encaixarem-se num modelo de esporte

globalizado, isto é, adaptado à mídia.

GIL (2000) vai além e declara o monopólio de empresas televisivas que

compram pacotes esportivos e controlam, entre outras coisas, os horários dos

jogos para que se adaptem a grade de programação.

2.3 O Patrocinador e o Esporte Segundo CONTURSI (1996), citado por LOBATO e VALENTE (1997), o

patrocínio é aquisição dos direitos de filiar, ou associar produtos, eventos e, ou,

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marcas, com o intuito de diversificar, ou, ampliar os benefícios obtidos com esta

associação.

MINQUET (2001) cita o esporte como sendo um autêntico setor econômico

à parte, e PINHEIRO (1984) vê que um bom desempenho esportivo vale

dinheiro, afinal um campeão é o melhor garoto-propaganda.

LOBATO e VALENTE (1997) dizem que a imagem do atleta, hoje, ocupa

lugar de destaque em campanhas publicitárias e citam RODRIGUES (1996): “Escolhemos os atletas top em cada modalidade e divulgamos nosso nome

através da imagem deles, e que sempre estará associado a um bom

desempenho”.

Ainda LOBATO e VALENTE (1997) citam SACKIEWICZ (1996), gerente de

marketing da empresa Reebok, que afirma: “colocar uma marca no peito de um

atleta há muito deixou de ser um favor para se tornar um privilégio”.

NUZMAN (1997) afirma que o patrocínio de eventos esportivos ou de

Federações consiste uma efetiva ação de Marketing. A compra de propriedades

de merchandising nas áreas esportivas também é de grande valia para a

imagem institucional das empresas, dando assim um retorno incalculável.

O esporte televisivo leva BITTENCOURT (1997) a chamar de esporte

globalizado aquele que está vinculado à produção e ao consumo de bens,

produtos e serviços, principalmente via publicidade. E destaca que “Atletas, equipes esportivas, torcedores, etc., já não pertencem mais a si.

Enquanto mercadorias estão sujeitos aos desejos da produção e do

consumo, aos interesses de grandes corporações. Entrevistas, compromissos

com o patrocinador, roupas, o que fazer e como falar são controlados e manipulados. Estilos e modos de vida são criados (bom menino, bad boy,

manezinho), reforçados e explorados pelo mercado de roupas, carros, artigos

esportivos, chiclete, cerveja e etc.”.

Nessa mesma linha, MINQUET (2001) afirma que patrocinadores

manipulam as federações em benefício próprio.

Para confirmar esse fato REBELO e TORRES (2001) destacam os

resultados da CPI do Futebol da Câmara dos Deputados, e constataram um

certo controle da empresa de material esportivo Nike sobre a CBF

(Confederação Brasileira de Futebol), constando em eu contrato o número e

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locais de amistosos a serem disputados pela Seleção Brasileira Principal, além

de estipular a convocação de oito jogadores patrocinados pela empresa. E

PINHEIRO (1996) dá um exemplo prático, dizendo que interesses comerciais,

colocados em plano prioritário, trouxeram conseqüências indesejáveis ao

voleibol brasileiro.

Já RIBAS (2000) chama a atenção para o futebol e o fato dos atacantes

serem melhores remunerados que os defensores, já que os momentos que mais

interessam ao patrocinador não é esforço da defesa em desarmar o adversário,

ou a marcação incansável, mas sim a entrevista do goleador, a coreografia do

patrocinador na comemoração, etc.

HATZIDAKIS (1992) por sua vez destaca os atletas olímpicos, que

esqueceram o patriotismo e o espírito olímpico e hoje jogam em função do

dinheiro dos patrocinadores.

Em contrapartida NUZMAN (1997) cita as palavras do presidente do COI

SAMARANCH (1993): “O marketing tornou-se assunto de crescente importância. As verbas

provenientes da televisão, dos patrocínios e da busca de outros recursos

financeiros em geral contribuem para a independência financeira do movimento olímpico. No entanto, ao desenvolver estes programas, devemos

lembrar sempre que cabe ao esporte e controle de seu próprio destino e não

ficar a mercê de interesses financeiros”. E destaca que:

“Se eliminássemos do esporte o patrocínio e a comercialização, o que

sobraria? Uma enorme, fantástica e finamente ajustada máquina

desenvolvida ao longo de 100 anos – sem nenhum combustível”. LOBATO e VITORINO (1996) acreditam tanto no patrocinador que opinam

pela profissionalização do esporte universitário, alegando melhores competitivas,

mas ressalvando a falta de preparo dos administradores dessa área.

2.4 A Administração Política Esportiva PITTS e STOTLAR (2002) definem Administração Esportiva como sendo

“todas as pessoas, atividades, negócios e organizações envolvidos em produzir,

auxiliar, promover ou organizar produtos esportivos, de fitness e de recreação”.

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LOBATO e VITORINO (1997) dizem que a administração esportiva é uma

conseqüência do processo administrativo geral, e que, se comparado a outros

campos da atividade humana, conseguiu se posicionar satisfatoriamente.

MINQUET (2001) ressalva que o esporte não pode ser objeto de

apropriações parciais. É um bem semicoletivo que têm sido desejado tanto pelo

poder político quanto pelo econômico. Daí surge o poder do movimento

desportivo, representado pelas federações mundiais, continentais, nacionais e

regionais.

Segundo SHINYASHIKI (1995), um especialista em esportes, seja ele

atleta, técnico, preparador ou outro, nem sempre pode desempenhar o papel de

administrador esportivo, já que esta modalidade requer características diferentes

as de outro especialista esportivo. Portanto ele acredita que para ser um

administrador o indivíduo deve obter uma formação administrativa.

LOBATO (1996) cita três fatores importantes para uma boa ação

administrativa no esporte de alto nível:

1- Deve-se preocupar com o nível organizacional e promover de maneira

que se consiga a mobilização do público e da mídia.

2- Quando o trabalho técnico é bem desenvolvido desperta a atenção e

provoca interesse nas pessoas, o que facilita o trabalho administrativo.

3- A oposição e a realidade são essenciais para despertar a atenção e

estimular a participação das pessoas.

LOBATO e VITORINO (1997) salientam que um administrador esportivo,

seja ele presidente de confederação, federação, clube ou outras entidades de

prática de desporto, deve conhecer alguma coisa das especificidades e técnicas

das atividades físicas.

As responsabilidades de uma empresa ou entidade esportiva esta nas

mãos daqueles que a administram, desde o presidente, passando pelos

diretores, até os chefes de departamento ou seção. Portanto, os administradores

devem ter total controle sobre seus subordinados, pois as ações destes são de

responsabilidade daqueles. (MATSUSHITA – 1993).

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Para isso, uma boa administração depende de um bom planejamento

sistemático, coerente e viável. Os objetivos desse planejamento devem ser

perseguidos por todos aqueles que trabalharam em pró do alcance dos mesmos,

apenas desta forma os objetivos serão alcançados ou até superados. ROCHE

(2002)

MINQUET (2001) aponta o fato dos campeonatos nacionais de futebol

sempre terem os mesmos candidatos ao título, os chamados clubes grandes

(mais ricos), que podem comprar mais jogadores. Ressalva que a política

principal deveria ser a criação de um centro de formação para descobrir e criar

talentos, e a segunda política a contratação de jogadores.

PACHECO (2003) enfatiza a necessidade da transparência em

competições esportivas, por respeito ao torcedor, seja ele pagante ou não de

ingresso. Para ele, o torcedor esta sujeito a constantes propagandas que o

levam a consumir produtos, e este motivo já basta para ser respeitado.

SILVA (1995) comenta sobre a ética dos dirigentes que usariam os bingos,

autorizados pela Lei Zico se filiados a federações esportivas, para desvio de

verbas.

Ainda constando sobre a ética, REBELO e TORRES (2001), assim como

MATTOS (2002), e BETING e MATTOS (2002), ressalvaram os recursos e

gastos da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) cometidos pelo presidente

da entidade, Ricardo Terra Teixeira e seus assessores e diretores, taxando a

entidade de mal administrada e acusam seus dirigentes de gastar verba para

fins pessoais e políticos, deixando pendências com o futebol brasileiro e sendo

responsável pela decadência, e quase falência, do mesmo.

SAIBRO (2003) enalteceu o trabalho do senado brasileiro na CPI do

Futebol, destacando os crimes cometidos envolvendo entidades, dirigentes,

clubes, jogadores, técnicos e empresários desportivos em práticas de

sonegação de imposto de renda, evasão e elisão fiscais, apropriação indébita de

contribuição previdenciária, e, especialmente, a situação pré-falimentar dos

clubes brasileiros de futebol, atenuando isso a danos e ameaças ao patrimônio

cultural, crime esse contido na Constituição Federal.

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Após as denúncias realizadas nas duas CPI’s do Futebol (Câmara dos

Deputados e Senado Nacional), o atual presidente, senhor Luiz Inácio Lula da

Silva, sancionou a lei número 10.671, conhecida como Estatuto do Torcedor, em

15 de maio de 2003, com o intuito de proteger o torcedor de modalidades

esportivas profissionais nacionais. (MANSSUR e AVANCINI – 2003)

3. METODOLOGIA

3.1 Amostra Fizeram parte da amostra 10 representantes de entidades esportivas

patrocinadas, em 3 (três) diferentes grupos, sendo:

- 03 representantes de clubes que mantenham alguma equipe profissional,

sendo:

• Um representante do Club Athletico Paulistano

• Um representante do Santos Futebol Clube

• Um representante do São Paulo Futebol Clube

- 04 representantes de empresas de marketing esportivo sendo:

• Um representante da Brunoro Sports

• Um representante da MKT Sports

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• Um representante da Octagon Koch Tavares

• Um representante da Traffic Assessoria e Comunicação S/C

- 03 representantes de federações esportivas sendo:

• Um representante da Beach Soccer World Wide

• Um representante da Federação Paulista de Voleyball

• Um representante da Federação Paulista de Squash

3.2 Técnica de Coleta de Dados Cada indivíduo da amostra respondeu a um questionário (em anexo),

elaborado especialmente para esse estudo que foi enviado via fax, correio

eletrônico ou pessoalmente. No caso de haver enviado pessoalmente não

houve interferência alguma do pesquisador para que todos os indivíduos da

amostra estejam sob as mesmas condições.

Esses questionários têm o objetivo de verificar as conseqüências

financeiras do patrocinador no esporte de alto nível.

3.3 Análise dos Dados

Foi utilizado o método de avaliação por porcentagem e freqüência de

respostas para a avaliação dos dados.

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4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Os Resultados obtidos mostram que entre as entidades patrocinadas, as

que mais dependem do patrocinador são as federações esportivas, embora o

patrocinador represente ao menos a metade da verba obtida na média dos

clubes que mantêm alguma equipe profissional, das empresas e marketing

esportivo e das federações esportivas, como mostram as tabelas 1 e 2. Tabela 1 - Verba oriunda de patrocínio em clubes, empresas de mkt e federações esportivas. Entidade CAP SFC SPFC Brunoro MKT Octagon Traffic BSWW FPS FPV

Verba ori- unda de 30 - 40% 30 - 40% 80 - 90% 10 - 20% 60 - 70% 60 - 70% 30 - 40% 90 - 100% 100% 50 - 60%patrocínio Basquete- Futebol M Basquete Gerencia- Gerencia- Gerencia- Gerencia- Beach Squash Voleibol Área de Bol M M / F mento de mento de mento de mento de Soccer Atuação Eventos Eventos Eventos Eventos Voleibol de Futebol M Praia

Consultoria Consultoria

Consultoria Proprieda-

Futsal M de de Represen- Represen- Represen- Eventos

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Handebol tação de tação de tação de M / F atletas federa- atletas Consultoria ções Voleibol M Represen- Licencia- Represen- tação de Proprieda- mento de tação de clubes de de produtos atletas Eventos Prestação Represen- Produção de Servi- Direitos te- tação de de TV ços Ter- levisivos proprie- ceiriza- dades Direitos te- dos levisivos Produção Produção de TV de TV Direitos te- levisivos Outras Mensalida- Direito de Direito de Serviços Serviços Serviços Cotas de Serviços Serviços Fontes de de dos As- Imagem Imagem Prestados Prestados Prestados TV prestados prestados Verba sociados Continuação da Tabela 1 Entidade CAP SFC SPFC Brunoro MKT Octagon Traffic BSWW FPS FPV

Verba ob- Venda de Venda de Cotas de Serviços Cotas de Outras tida nas es- Materiais Materiais TV Prestados TV Fontes de colinhas Licencia- Licencia- Verba dos dos Licencia- mento de Venda de Venda de produtos Ingressos Ingressos Tabela 2 - Verba média oriunda de patrocínio em clubes, empresas de marketing esportivo e feder ações esportivas. Entidades Porcentagem Média Clubes 46,7 - 56,7% Empresas de Mar- keting esportivo 40 - 50% Federações 80 - 90%

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5. DISCUSSÃO Pelos resultados apresentados no presente estudo, fica claro a

necessidade do patrocinador para o continuo desenvolvimento do esporte, seja

este desenvolvimento técnico, tático ou tecnológico. Como concorda NUZMAN

(1995) esclarecendo que o dinheiro é o combustível do esporte de alto nível e

este, sem aquele, está fadado à falência e não ao desenvolvimento.

LOBATO e VALENTE (1997) esclarecem a grande procura das empresas

em patrocinar o esporte de alto nível. Segundo eles o esporte é um investimento

pequeno se comparado ao público diferenciado que ele atinge, tornando-se para

empresa um privilégio poder patrocinar um atleta de ponta.

Já BITENCOURT (1997), acredita que o dinheiro torna o esporte cada vez

mais globalizado, sendo tratado como um produto a ser consumido assim como

os seus torcedores, que têm suas opiniões e hábitos sujeitos a manipulação,

sempre em benefício das empresas patrocinadoras e entidades esportivas.

Essa forma de “esporte globalizado”, aonde o dinheiro é fundamental,

também leva, segundo HATZIDAKIS (1992), à degradação do espírito esportivo

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e da paixão por uma nação, em que o atleta defende, acima de tudo, os

interesses de seu patrocinador.

Em contra partida aos benefícios do patrocinador, a grande quantidade de

dinheiro movimentada nesse segmento traz também prejuízos ao esporte. O

dinheiro traz a área profissionais (administradores, técnicos ou jogadores) que

não se preocupam com o desenvolvimento do esporte, mas sim em defender

seus interesses financeiros e políticos. Assim como citam REBELO e TORRES

(2001), MATTOS (2002), BETING e MATTOS (2002) e SAIBRO (2003)

acreditando que este processo de desenvolvimento do esporte poderia ser mais

rentável se as administrações esportivas fossem conduzidas com maior

competência e seriedade.

Para tal, SHINYASHIKI (1995) expõe as necessidades da formação

profissional administrativa para exercer tal profissão. E ROCHE (1999) chama a

atenção para a necessidade de um planejamento estratégico sistemático,

coerente e viável.

Como forma de transformar o esporte em um produto mais rentável, e

dificultar fraudes e más administrações, foi criado o estatuto do torcedor que

estabelece critérios para realização de eventos esportivos profissionais.

(MANSSUR e AVANCINI – 2003)

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6. CONCLUSÃO

Portanto, pode-se concluir que no esporte, como em todos os segmentos,

quanto maior for a quantidade de dinheiro maiores serão as soluções

encontradas em algumas áreas, mas maiores serão os problemas em outras. A

riqueza financeira traz os melhores recursos, mas afasta o indispensável amor

pelo esporte. Cabe, então, ao administrador a incumbência de equilibrar e

conciliar as soluções aos problemas, para alcançar os melhores objetivos para

ambas as partes, tanto para o esporte, como para o patrocinador.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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4. CAMARGO V. Copa do Mundo de Futebol. Análise da construção

jornalística da mensagem esportiva. EF y Deportes: Revista Digital (periódico on line). 2000; 5(20). Disponível em <http://www.efdeportes.com/efd20a/copadom.htm> (01/04/2003).

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Gol Brasil (periódico on line). 2003; Disponível em <http://www.golbrasil.org.br/artigo004.htm> (03/10/2003).

6. GIL G. Monopolio televisivo y Gerenciamiento: el fútbol como mercancía.

EF y Deportes: Revista Digital (periódico on line). 2000; 5(26). Disponível em <http://www.efdeportes.com/efd26a/futbolm.htm> (01/04/2003).

7. HATZIDAKIS G S. Onde está o Espírito Olímpico?. Revista Brasileira de

Ciência e Movimento. 1992; 06: 31-33.

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8. KENSKI V M. O Impacto da mídia e as novas tecnologias de comunicação na Educação Física. Motriz. 1995; 01: 129-133.

9. LOBATO P L. O Futebol como veículo de Marketing. Revista Mineira de

Educação Física. 1996; 02: 129-133.

10. LOBATO P L e VALENTE M F. O Papel da Comunicação no Marketing Esportivo. Revista Mineira de Educação Física. 1997; 05: 40-55.

11. LOBATO P L e VITORINO E C. O Papel da Administração Esportiva no

Desenvolvimento do Esporte Universitário. Revista Mineira de Educação Física. 1996; 01: 61-64.

12. LOBATO P L e VITORINO E C. O Perfil Administrativo Adequado a uma

Instituição Desportiva em Relação aos princípios teóricos da Administração. Motriz. 1997; 03: 95-103.

13. MANSSUR J F e AVANCINI M. Aspectos Jurídicos do Estatuto do

Torcedor (Lei Nº 10.671, de 15 de maio de 2003). Pinheiro Neto Advogados (Periódico on Line). Disponível em <http://www.golbrasil.org.br/artigos.htm> (03/10/2003)

14. MATSUSHITA K. Administração, Decisão e Responsabilidade. Brasília:

Sebrae, 1993. p 51-53.

15. MATTOS R. Dinheiro Pelo Ralo. LANCE! o diário dos esportes. 2002; 06: 12-13

16. MINQUET J L. Fútbol Profesional: Las Políticas de Marketing y de

Finanza. Motriz. 2001; 07: 7-18.

17. NICOLINO A S. Educação Física e Psicologia do Esporte: Uma Relação Necessária. In: Segundo Simpósio Cientifico Cultural em Educação Física e Esportes Brasil/Cuba; Piracicaba de 29 de maio a 2 de junho de 2002. São Paulo. O Expresso; 2002. 302-305.

18. NUZMAN C A. A Importância do Marketing Esportivo para o

Desenvolvimento do Esporte. Sprint Magazine. 1997; 02: 39-48.

19. PACHECO C A. Transparência nas Competições Esportivas. Fundação Gol Brasil (Periódico on Line). Disponível em <http://www.golbrasil.org.br/artigo003.htm> (03/10/2003)

20. PINHEIRO A B. O Marketing no Voleibol Brasileiro Masculino no Período

de 1980-1994. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. 1996; 17: 290

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21. PINHEIRO E. O Esporte é um Bom Negócio. Revista Brasileira de Educação Física e Desportos. 1984; 01: 61-62

22. PITTS B e STOTLAR D. Fundamentos de Marketing Esportivo. Londrina:

Phorte, 2002 p. 4-5

23. OKUMA S S. A Prática da Atividade Física e sua Relação com a Publicidade de Televisão. Revista paulista de educação Física. 1992; 06: 29-36

24. QUIROGA S. Deporte, Medios y Periodismo. EF y Deportes: Revista

Digital (periódico on line). 2000; 5(26). Disponível em <http://www.efdeportes.com/efd26/dmedios.htm> (01/04/2003)

25. REBELO A e TORRES S. CBF - Nike. São Paulo: Editora Casa Amarela,

2001.

26. RIBAS J M. Copa do Mundo de Futebol: Deu a Lógica, Praxiológica. Revista Metropolitana de Ciências do Movimento Humano. 2000; 01: 31-39

27. ROCHE F P. Gestão Desportiva: Planejamento Estratégico nas

Organizações Desportivas. 2º Edição. Porto Alegre: Artmed, 2002.

28. SAIBRO A L. A Questão da Autonomia das Entidades Desportivas e a Obrigação Jurídica do Estado em Relação do Desporto. Fundação Gol Brasil. 2003; Disponível em < http://www.golbrasil.org/artigo002.htm> (03/10/2003)

29. SHINYASHIKI R. A Revolução dos Campeões. São Paulo: Gente, 1995. p

104-106.

30. SILVA J B. O Esporte e o Lazer e a Qualidade de Vida de Todo (a) Cidadão (ã). Revista Mineira de Educação Física. 1995; 03: 65-67.

31. TUBINO M G. O Papel da Imprensa Esportiva. Revista da Fundação do

Esporte e Turismo. 1989; 01: 05-06.

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8. ANEXOS 8.1 Questionários Novos: 8.1.1 Grupo de representantes de clubes que mantenham alguma equipe de alto nível.

Este questionário faz parte do Trabalho de Iniciação Científica da Faculdade de Educação Física do Centro Universitário UniFMU sob orientação do professor Paulo Sevciuc (Paulo Russo). Nome da Entidade Representada:_______________________________________ Nome do Representante:______________________________________________ Cargo dentro da Entidade:_____________________________________________ 1-) Qual (is) dessas modalidades profissionais existe (m) no seu clube? Basquetebol ( ) Masculino ( ) Feminino Futebol ( ) Masculino ( ) Feminino Futsal ( ) Masculino ( ) Feminino Handebol ( ) Masculino ( ) Feminino Natação ( ) Masculino ( ) Feminino

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Tênis de Campo ( ) Masculino ( ) Feminino Voleibol ( ) Masculino ( ) Feminino 2-) Qual porcentagem da verba do clube destinada ao esporte profissional é oriunda de patrocínios? ( ) 0% ( ) 30 – 40% ( ) 70 – 80% ( ) 0 – 10% ( ) 40 – 50% ( ) 80 – 90% ( ) 10 – 20% ( ) 50 – 60% ( ) 90 – 100% ( ) 20 – 30% ( ) 60 – 70% ( ) 100% 3-) Quais outras fontes de renda são usadas para verba destinada aos esportes profissionais? ( ) Direitos Televisivos ( ) Mensalidade dos Sócios ( ) Venda de Materiais Licenciados ( ) Venda de Ingressos ( ) Verba disponibilizada pela Federação ( ) Outros – Quais? _________________________________________________

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8.1.2 Grupos de representantes de empresas de marketing esportivo. Nome da Entidade Representada:_______________________________________ Nome do Representante:______________________________________________ Cargo dentro da Entidade:_____________________________________________

Este questionário faz parte do Trabalho de Iniciação Científica da Faculdade de Educação Física do Centro Universitário UniFMU sob orientação do professor Paulo Sevciuc (Paulo Russo). 1-) De Qual (is) dessas atividades sua empresa participa? ( ) Gerenciamento de Eventos ( ) Propriedade de Eventos ( ) Representação de Clubes ( ) Representação de Atletas ( ) Representação de Federações ( ) Prestação de Serviços Terceirizados ( ) Consultoria ( ) Direitos Televisivos ( ) Produção de TV ( ) Licenciamento de Produtos ( ) Outras – Quais?_________________________________________________ 2-) Qual porcentagem da verba da empresa é oriunda de patrocínios? ( ) 0% ( ) 30 – 40% ( ) 70 – 80% ( ) 0 – 10% ( ) 40 – 50% ( ) 80 – 90% ( ) 10 – 20% ( ) 50 – 60% ( ) 90 – 100% ( ) 20 – 30% ( ) 60 – 70% ( ) 100% 3-) Quais são as outras fontes de verbas da empresa? ( ) Direitos Televisivos ( ) Venda de Ingressos ( ) Serviços Prestados (Representação, Consultoria, etc.) ( ) Licenciamento de Produtos ( ) Outros – Quais? _________________________________________________

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8.1.3 Grupos de representantes de federações esportivas. Nome da Entidade Representada:_______________________________________ Nome do Representante:______________________________________________ Cargo dentro da Entidade:_____________________________________________

Este questionário faz parte do Trabalho de Iniciação Científica da Faculdade de Educação Física do Centro Universitário UniFMU sob orientação do professor Paulo Sevciuc (Paulo Russo). 1-) Qual porcentagem da verba destinada aos campeonatos profissionais é oriunda de patrocínio? ( ) 0% ( ) 30 – 40% ( ) 70 – 80% ( ) 0 – 10% ( ) 40 – 50% ( ) 80 – 90% ( ) 10 – 20% ( ) 50 – 60% ( ) 90 – 100% ( ) 20 – 30% ( ) 60 – 70% ( ) 100% 2-) Quais são as outras fontes de renda? ( ) Venda de Ingressos ( ) Direitos Televisivos ( ) Taxas pagas pelas entidades representadas ( ) Licenciamento de Produtos ( ) Serviços Prestados (arbitragem, organização, cursos, etc.) ( ) Outras – Quais? _________________________________________________

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