trabalho de historia
DESCRIPTION
Trabalho de Historia_wordTRANSCRIPT
1
Doc. 1- Nascimento de Vénus, Sandro Botticelli
Externato Marista de Lisboa Ano Lectivo 2010/2011
Disciplina de História – 8ºAno
Trabalho Realizado por:
Ana Nogueira, Nº 3/4452 – 8ºB
Joana Pereira – Nº12/3187 – 8ºB
Jorge Abecasis – Nº 15/4455 – 8º B
Tomás Antunes, Nº 28/4499 – 8ºB
2
Introdução…………………………………………………… Pág. 3-4
Datas Importantes………………………………………….. Pág. 4
Desenvolvimento…..……………………………………….. Pág. 5-8 Novos Valores, Novas Atitudes Os Grandes Humanistas Europeus A Nova Criação Literária e a Imprensa
Humanistas que se destacaram no período do Renascimento……………………………………………… Pág. 8-10
Glossário……………………………………………………… Pág. 10
Conclusão…….……………………………………………… Pág. 11
Fontes………………………………………………………….. Pág. 12 “
Doc. 2 - “A Primavera na época do Renascimento”, Sandro Botticelli, em 1478
3
Introdução:
Ao mesmo tempo que descobria um mundo novo, o homem europeu procurava descobrir-se a si próprio. Ao teocentrismo medieval (Deus encontrava-se no centro das preocupações do Homem) sucedia uma nova visão antropocêntrica (o Homem encontrava-se no centro das preocupações humanas).
Este interesse pelo ser humano ressurgiu na Europa
a partir dos finais da Idade Média, ao mesmo tempo que se intensificava a atracção pela cultura clássica (ou cultura greco-romana). É este renascer da cultura clássica, sobretudo nos séculos XV e XVI, o motivo para a designação de Renascimento.
O Renascimento foi, assim, um vasto movimento de
renovação intelectual e artística e de transformação da mentalidade, que teve o seu início em Itália e que se expandiu depois ao resto da Europa, sobretudo às ricas cidades da Flandres, à Inglaterra, à França, à Alemanha e à Espanha.
O Renascimento teve início em Itália, no século XV, devido:
Muitas cidades italianas tinham-se tornado activos e prósperos centros de comércio.
Devido a essa prosperidade, grandes senhores nobres e eclesiásticos e os ricos burgueses praticavam o mecenato cultural, apoiando, com dinheiro, os escritores e artistas
Riqueza
4
A Itália era formada por vários
pequenos Estados (Veneza, Bolonha, Florença, Roma, Milão e Trento) e entre eles era estabelecida uma grande rivalidade
A arte greco-romana inspirava
numerosos artistas Italianos. Por sua vez, as bibliotecas dos
mosteiros, guardavam cópias de muitas obras da antiguidade, que os intelectuais Italianos estudavam e, muitas vezes, reeditavam
Datas Importantes:
1410 – Invenção da Pintura a Óleo
1450 – Invenção da Imprensa
1494 – Brunelleschi: Santa Maria das Flores
1499 – Da Vinci: Gioconda
1506 – Bramante: Basílica de S. Pedro
1510 – Miguel Ângelo: Capela Sistina
1517 – Lutero: As 95 Teses
1539 – Fundação da Companhia de Jesus
1545 – Início do Concílio de Trento
Rivalidade das cidades
Antiguidades Arqueológicas
5
Desenvolvimento:
Novos Valores, Novas Atitudes
Os Humanistas (intelectuais do século XV e XVI que admiravam a cultura clássica e os valores humanos) tinham um novo conceito de vida e do mundo muito diferente do que imperou a Idade Média, tendo desenvolvido um apurado espírito crítico em relação aos problemas da sociedade.
Conscientes das suas capacidades intelectuais,
tinham grande confiança em si próprios. Esta atitude levou-os ao individualismo (afirmação pessoal de cada indivíduo e a valorização das suas realizações).
Doc. 3 - “Deposição de Cristo na capela de Scrovegni”, Giotto de Bondone, em 1304 a 1306
6
Os Grandes Humanistas Europeus
• Humanismo Italiano – destacou-se Maquiável, autor do primeiro tratado da ciência política: “O Príncipe”
• Humanismo no Norte da Europa – Erasmo de Roterdão foi o humanista mais célebre, com a sua obra: “Elogio da Loucura”, que revela grande espírito crítico.
• Humanismo Inglês – ficou célebre Thomas More, com o seu livro: “Utopia”, onde imagina uma sociedade ideal.
• Humanismo Português – destacou-se António de Gouveia, André de Gouveia, André de Resende e Damião de Góis.
Doc. 4 - Renascimento Italiano: a casa de Georgina transforma-se em museu
7
A Nova Criação Literária e a Imprensa
A literatura do Renascimento inspira-se nos modelos clássicos. Encontramos em Itália, desde o século XIV, já alguns representantes desta tendência, como Dante (autor da Divina Comédia) e Petrarca, que renovou a poesia lírica.
Nos finais do século XVI, destacam-se grandes vultos do Renascimento um pouco por toda a Europa: na Inglaterra, William Shakespeare (um dos maiores dramaturgos de sempre); em Espanha, Miguel Cervantes (escreve D. Quixote de la mancha, uma obra-prima da literatura mundial); em Portugal, Luís de Camões, um dos grandes poetas universais, autor de Os lusíadas).
Doc. 5 - “Piedade”, Sandro Botticelli, no século XV
8
Toda esta produção literária humanista pôde ser divulgada graças à imprensa, inventada na Alemanha, em meados do século XV, por Gutenberg.
Importa referir que antes de Gutenberg criar a imprensa com caracteres móveis, já se utilizavam algumas técnicas de impressão, como a xilografia (processo de impressão oriundo da China, em que o texto e os desenhos são gravados em pranchas de madeira que depois de receberem tinta são comprimidas sobre o papel). Contudo, o processo criado por Gutenberg era mais eficiente que a xilografia, uma vez que as letras móveis, feitas em chumbo, podiam sempre ser usadas em novos textos.
Humanistas que se destacaram no período do Renascimento:
Damião de Góis nasceu em Alenquer a 2 de Fevereiro de 1502 e morreu a 30 de Janeiro de 1574. Foi escritor, músico, diplomata, historiador e humanista português. Foi um dos espíritos mais
Doc. 6 – Tipografia do século XVI
9
Doc. 7 – Damião de Góis
críticos da sua época. Nomeado para um importante lugar na Feitoria Portuguesa de Antuérpia, viajou por a Europa, onde veio contactar com Erasmo, de quem se tornou amigo pessoal. Damião de Góis adquiriu vasta experiência e uma grande cultura. Aos 70 anos, foi preso e julgado pela Inquisição, sendo acusado de simpatia pelas ideias de Lutero. Nunca se veio a provar que fosse assim, mas o Santo Ofício acabaria por condená-lo a prisão perpétua, primeiro no Mosteiro da Batalha e mais tarde na sua casa de Alenquer. Damião de Góis foi abandonado pela sua família, aparecendo morto, com suspeitas de assassinato, na sua casa de Alenquer.
Erasmo de Roterdão nasceu a 27 de Outubro de 1466 e morreu a 12 de Julho de 1536. Foi um teólogo e humanista neerlandês. Erasmo foi o humanista mais célebre da sua época. A sua obra: “Elogio da Loucura” revela grande espírito crítico. Frequentou o Collège Montaigu, em Paris,
10
Doc. 8 – Erasmo de Roterdão
e continuou os seus estudos na Universidade de Paris. Erasmo optou por uma vida académica independente de tudo o que pudesse interferir com a sua liberdade intelectual e a sua expressão literária.
Glossário:
Utopia: Nome dado por Thomas More a uma ilha imaginária, onde existiria uma sociedade ideal. A palavra passou depois a designar algo irrealizável por que se anseia.
Xilografia: Processo de impressão, utilizado primeiramente na China, em que o texto e os desenhos são gravados em pranchas de madeira que, depois de receberem tinta, são comprimidos sobre papel.
11
Doc. 9 – Rafael: “ A Madona e o Menino com o pequeno S. João (A Bela Jardineira)”, em 1507 - 1508
Doc. 10 – Van Eyck: “Giovanni Arnolfini e a sua esposa”, em
1434
Conclusão:
Foi muito interessante e enriquecedor a realização deste trabalho, pois deu-nos oportunidade de aprofundar e alargar os nossos conhecimentos sobre este período tão rico da história da humanidade.
Como dizia Erasmo de Roterdão: “o mundo
volta a si como se despertasse de um grande sono”, referindo-se à Idade Média, conhecida como a época das trevas.
12
Doc. 11 – “Anunciação”, Fra Angelico, em 1437 a 1446
Fontes: – http://jorieos.blogspot.com/2009/11/frescos-do-tecto-da-capela-
sistina.html
– http://2.bp.blogspot.com/_oEffhVbDTZs/TVE2icxzRXI/AAAAAAAAAQ0/xunOG_FBAQg/s1600/1+renascimento_venus.jpg
– http://3.bp.blogspot.com/_GGcrdI2i9hc/RzhVBwv53YI/AAAAAAAAAAU/RLQZ6TDEG8w/s320/sd.jpg
– http://stelladauer.files.wordpress.com/2006/10/primavera-botticelli.jpg
– http://esashistoria.blogs.sapo.pt/arquivo/renascimento1.jpg
– http://www.educacional.com.br/upload/blogSite/3631/3631685/1851/renascimento_rubens_rapto.jpg
– Diniz Emília Maria, Tavares Adérito, Caldeira M. Arlindo, História 8, Lisboa Editora