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Professor: Marcos Alexandre Trabalho de História Nome: Larissa Soares Leite Número: 3

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Page 1: Trabalho de história

Professor: Marcos Alexandre

Trabalho de História

Nome: Larissa Soares Leite

Número: 3

Série: 8º ano

Page 2: Trabalho de história

Introdução:

Colonização espanhola da AméricaA colonização espanhola das Américas começou com a chegada de Cristóvão

Colombo às Américas em1492. Colombo procurava um novo caminho para as Índias e

convenceu-se de que o encontrara. Ele foi feito governador dos novos territórios e fez

várias outras viagens através do Oceano Atlântico. Enriqueceu com o trabalho

de escravos nativos, que obrigou a minar ouro, e também tentou vender escravos

na Espanha. Apesar de ser geralmente visto como um excelente navegador era fraco

como administrador e foi destituído do governo em 1500.

A chegada dos espanhóis à América insere-se no contexto da expansão marítima

européia. A colonização levou a Espanha a fazer incursões no novo continente,

dominando e destruindo sociedades indígenas, como a dos incas e dos astecas, em

busca de metais preciosos encontrados e explorados em grande quantidade pelos

conquistadores, que se utilizavam para tanto da mão-de-obra servil indígena.

Para consolidarem sua dominação nos territórios americanos, os espanhóis tiveram

que travar muitas batalhas contra os habitantes nativos do continente. Os principais

obstáculos para a conquista espanhola foram os impérios Inca e Asteca. Apesar de já

estarem em declínio quando da chegada dos espanhóis e de não formarem um

império com poder centralizado, os Maias representaram uma resistência considerável

em cada uma de suas cidades autônomas.

Na conquista, os espanhóis consolidavam alianças com diversos povos indígenas.

Esses povos não eram homogêneos, cada um tinha seus próprios interesses, cultura,

inimigos, aliados. Os espanhóis exploraram as rivalidades existentes entre os povos

indígenas, facilitando assim sua vitória.

O número de aliados nativos tendia, inclusive, a superar o número de espanhóis nas

batalhas. O uso de africanos também foi considerável, importância que foi

aumentando à medida que se prolongava a conquista.

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As primeiras civilizações da América

Muito antes da chegada de Cristovão Colombo, a América já era ocupada por vários povos, que viviam de variadas formas, as quais iam da organização tribal- como os povos que habitavam a região onde hoje é o Brasil- até vastos impérios, como era o caso dos Incas, Maias e Astecas. Muitas dessas civilizações desapareceram em conseqüência da colonização, que se iniciou no final do século XV, mas deixaram heranças históricas que marcam o nosso continente até os dias de hoje.

A Civilização Maia

A Civilização Maia desenvolveu-se na península de Iucatã, na região que hoje corresponde ao sul do México, Guatemala e Belize.

Na economia, a agricultura foi à atividade fundamental. Além do milho, que era o principal produto, plantavam também o algodão, o tomate, o feijão, a batata e o cacau. A terra pertencia ao Estado e era cultivada coletivamente. A caça e a pesca eram atividades econômicas complementares e desconheciam a pecuária. No artesanato realizaram notáveis trabalhos: tecidos, objetos de cerâmica, lapidação de pedras preciosas, etc. Desenvolveram um importante comércio com os povos vizinhos.

A sociedade estava dividida em quatro camadas sociais: Nobres, eram os chefes guerreiros que lideravam a administração pública; Sacerdotes tinham o controle da religião; Povo compunha a grande maioria da população e eram os trabalhadores que se dedicavam à agricultura, às construções e ao artesanato; Escravos, em pequeno número, geralmente prisioneiros de guerra ou condenados por algum delito cometido.

Na política, não chegaram a constituir um Estado centralizado. As cidades eram independentes, governadas por um chefe, que dirigia a política e recebia impostos, assessorado por um conselho formado por nobres e sacerdotes.

Na religião, havia um grande número de divindades, que representavam a chuva, o trovão, o raio, a seca, a guerra, a tempestade, e para elas foram construídos grandes templos.

Nas artes, os Maias destacaram-se na arquitetura, com a construção de templos e palácios. Também desenvolveram a pintura e a escultura.Nas ciências, desenvolveram a matemática e a astronomia.

A Civilização Inca

Os Incas formaram seu império dominando as várias civilizações que habitavam a região dos Andes, na América do Sul. Compreendia os atuais territórios do Peru, Equador, parte da Colômbia, do Chile, da Bolívia e da Argentina.

Na economia, possuíam uma agricultura desenvolvida, com a plantação de dezenas de espécies vegetais, entre elas o milho, principal produto, a batata-doce, o tomate, a

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goiaba, a abacate, o amendoim, etc. Usavam a irrigação e os adubos. Domesticaram o Ihama, o guanaco, a vicunha e a alpaca, que serviam para o transporte e fornecimento de lã e couro. O comércio era feito em grandes mercados locais. Não conheciam a moeda.

A sociedade Inca estava dividida em três camadas sociais. A dos sacerdotes e a dos nobres era a dominante. A figura mais importante da sociedade era o Inca ou Imperador. Considerado o grande sacerdote do Sol, ficava à frente da hierarquia religiosa. Estas camadas privilegiadas estavam isentas dos impostos. O Povo, camada social não privilegiada, era formado basicamente pelos camponeses. Trabalhavam nas terras do Estado e do clero e pagavam um imposto em serviços, construindo obras públicas, participando do exército, explorando minérios etc. Também faziam parte desta camada social os artesãos.

Quanto à vida política, o Estado Inca foi uma monarquia teocrática. O imperador era ao mesmo tempo chefe religioso, civil e militar. Seu poder sustentava-se no culto ao Sol, pois ele era considerado a sua encarnação na terra.

Na religião, os Incas adoravam as forças da natureza, principalmente o Sol e a Lua. Havia também o deus do trovão, do arco-íris, dos planetas, etc.

Nas artes, o grande destaque ficou com a arquitetura. Construíram grandes palácios, fortalezas e templos.

No campo das ciências, os Incas criaram um sistema de numeração decimal. Na medicina, usavam ervas para o tratamento de doenças.

A Civilização Asteca

Os Astecas ocupavam uma região que se estendia da atual Guatemala até o México.

A economia baseava-se na agricultura, com o cultivo do milho, tabaco, feijão, pimenta, tomate, cacau, baunilha, algodão, etc. A propriedade da terra era do Estado.

O comércio foi largamente desenvolvido. Como não conheciam a moeda, as trocas eram diretas. O artesanato também foi de grande importância, movimentando o comércio interno e externo. Confeccionavam tecidos com fibras vegetais, faziam machados e outros instrumentos de cobre.

A sociedade dos astecas estava dividida em camadas bastante diferenciadas. A mais alta era a dos Nobres que abrangiam várias categorias: o governante e sua família, os sacerdotes e os chefes guerreiros. Os comerciantes formavam uma camada social à parte, que gozava de grande privilégio junto ao governo, porque funcionavam com espiões. Abaixo, vinha a camada formada por agricultores, artesãos e pequenos comerciantes que eram obrigados a pagar pesados tributos. A camada mais baixa da sociedade era formada pelos escravos.

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Quanto à vida política, no princípio, os astecas viviam sob a autoridade de um chefe político, com poderes absolutos. Mais tarde, foi adotada a monarquia eletiva.

Na religião, os astecas eram politeístas e uma das principais divindades era a Serpente Emplumada, que representava a sabedoria.

Quanto às artes e ciências, os astecas desenvolveram particularmente a arquitetura, com técnicas avançadas de construção. Criaram um calendário cujo ano tinha 365 dias. Conheciam várias plantas medicinais, das quais faziam remédios.

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As bases da Colonização Espanhola

A colonização espanhola na América foi orientada pela prática mercantilista. O rei dirigia a empresa colonizadora, a burguesia detinha o monopólio do comércio colonial e à nobreza cabiam as funções administrativas. As relações entre a metrópole espanhola e suas colônias na América eram regidas pelo Pacto Colonial.A Administração Espanhola

As terras americanas eram consideradas propriedade dos reis espanhóis. No início, as terras foram entregues aos chefes conquistadores, os adiantados com amplos poderes como construir fortalezas, fundar cidades, evangelizar os índios e deter o poder jurídico e militar.

Com a descoberta das minas e ouro e prata, a Coroa Espanhola redefiniu a administração da América. As terras foram divididas em quatro vice-reinos: Nova Espanha, Nova Granada, Peru e Rio da Prata. Ao lado deles, criou quatro capitanias gerais: Cuba, Guatemala, Venezuela e Chile. Foram criados órgãos estatais sediados na Espanha e na América.

Na Espanha:

Conselho das Índias: funcionava como Supremo Tribunal de Justiça nomeava os funcionários das colônias e regulamentava a administração da América;

Casa da Contratação: Responsável pelo comércio colonial, combatendo o contrabando. Fiscalizava o recolhimento do quinto.

Na América:

A autoridade principal era o Vice-rei. Tinha tantos poderes que o rei criou as audiências para vigiá-lo. Eram tribunais que também tinham tarefas de administração e fiscalização. Havia também os Cabildos, que se constituíam nas câmaras municipais da povoação, onde só participavam homens ricos e de prestígio (criollos).

A Igreja era intimamente ligada ao Estado e, através de instrumentos como as Missões Religiosas, contribuía para manter o domínio espanhol sobre as sociedades coloniais, mas, parte do Clero católico se opunha à exploração do indígena, destacando-se os frades Bartolomé de Las Casas e Antonio Montesinos. Entretanto, as leis de proteção ao nativo sempre foram desrespeitadas. Os jesuítas orientavam seu trabalho para a formação de reduções, onde viviam milhares de indígenas que eram alfabetizados e catequizados e se dedicavam à agricultura, à pecuária e ao artesanato. Com relação à escravidão do negro, a Igreja pouco se manifestou.

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A Sociedade colonial espanhola

Socialmente, havia dois grupos: os brancos privilegiados.

Chapetones: espanhóis nascidos na Espanha. Ocupavam os melhores cargos administrativos e também militares.

Criollos: espanhóis nascidos na América. Formavam a elite proprietária (donos das propriedades rurais e das minas) e eram excluídos dos cargos dirigentes.

O Povo era composto por mestiços, índios e escravos que representavam a força produtiva, trabalhavam para enriquecer seus senhores.

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A Economia

A economia predominante na América espanhola era de base mineradora, baseada no Pacto Colonial. Para que a fiscalização fosse efetiva, foi instituído o sistema de porto único, ou seja, toda mercadoria originária das colônias americanas deveriam desembarcar, obrigatoriamente, no porto de Cádiz. A organização do trabalho indígena se deu através da Mita e da Encomienda. Em outras regiões onde escasseavam os indígenas, foi introduzida a escravidão negra.

Encomienda: tipo de trabalho usado na agricultura, sem salário, obrigatório.

Mita: tipo de trabalho temporário (4 meses por ano) e obrigatório do índio nas atividades mineradoras era um trabalho realizado em condições precárias e tinha características de trabalho forçado. O salário era reduzido.

Na agricultura, destacavam-se os plantation, latifúndios voltados para o mercado externo (açúcar, tabaco, cacau) e as hanciendas, latifúndios que visavam o mercado local e produziam trigo, milho, lã e erva-mate.

A Espanha, nesta época, ainda era um país basicamente feudal. Por isso, o ouro e prata iam principalmente para o estado e a nobreza, pouco influenciando a burguesia. Com esta riqueza a Espanha importava manufaturas inglesas ao invés de investir no seu setor produtivo. Uma frase sintetiza esta situação: “O ouro deixou buracos na América, palácios na Espanha e fábricas na Inglaterra”. Além disso, o contrabando rolava solto na América, levando também grande parte do ouro espanhol.

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A Independência na América Espanhola

No final do século XVIII e início do século XIX, o pensamento iluminista de liberdade econômica e política derrubou os entraves para que ocorresse o avanço do capitalismo.

Alheio às mudanças que ocorriam, o Império Colonial Espanhol continuava com as mesmas condições políticas e econômicas do início da colonização.

A colônia continuava sob o pacto colonial que a impedia de produzir manufaturas e a obrigava a comerciar diretamente com a metrópole.

A sociedade colonial estava dividida em: Chapetones (espanhóis nascidos na metrópole, e que vinham para a América, atuar nos mais altos cargos políticos e econômicos); Criollos (descendentes de espanhóis, nascidos na América. Eram grandes proprietários rurais e mineradores, mas estavam excluídos do comércio exterior e não tinham participação política ou social, pagavam elevados tributos e defendiam o liberalismo econômico e político); Mestiços (branco/índio), artesãos e criados domésticos; Massa indígena e Escravos Negros.

Na segunda metade do século XVIII, surgiram algumas tentativas de lutar contra a opressão dos colonizadores portugueses e espanhóis. No Peru, sob a liderança de Tupac Amaru, a revolta foi sufocada. No Brasil, com a participação de Joaquim José da Silva Xavier, ocorreu a Inconfidência Mineira, sufocada com violência.

Para os Criollos, considerados como a elite da América Espanhola, era necessário libertar-se do domínio da metrópole, que impedia o livre comércio com outras nações, especialmente a Inglaterra.

Também o governo inglês tinha especial interesse em ampliar o mercado consumidor para os produtos surgidos em grande escala, com a Revolução Industrial. Desenvolvendo seu processo de industrialização, os ingleses tinham interesse em quebrar o monopólio espanhol.

A Independência dos Estados Unidos também contribuiu decisivamente para desenvolver entre os Criollos o desejo de romper as amarras impostas pela metrópole espanhola. Além disso, desde o início do século XIX, os Estados Unidos pretendiam ampliar sua influência econômica e política, lançando a Doutrina Monroe: “A América para os Americanos”. No entanto, o que eles pretendiam realmente era “A América para os americanos do norte”.

O desejo das colônias latino-americanas de tornarem-se independentes também foi fomentado pela invasão da Espanha, pelo exército Napoleônico (1808). Os espanhóis formaram uma Junta para combater os franceses. Nas colônias, os Criollos lideraram estas Juntas Governativas, organizados em Cabildos (câmaras municipais). Na verdade, os Criollos pretendiam disfarçar suas intenções e promover a independência das colônias e assumir o comando administrativo das mesmas.

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A partir de 1810, com o apoio da Inglaterra, surgiram as primeiras tentativas de emancipação no México, Venezuela, Buenos Aires, Lima, Caracas e Bogotá. No entanto, foram derrotadas pelos espanhóis.

Neste período, surgiram líderes que compreenderam a necessidade de união da elite Criolla com o restante da população.

Simon Bolívar e San Martin foram os nomes que se destacaram na luta pelas emancipações das colônias latino-americanas.

Em 1811, o Paraguai se torna independente. Em 1817, San Martin liberta o Chile. Em 1821 o Peru se torna independente. A Bolívia em 1825.

Os movimentos de independência das colônias espanholas na América foram sangrentos e com base no endividamento externo, gerando governos autoritários. As guerras de independência puseram em evidência, na América Espanhola, a figura do “caudilho”, chefe político e militar, cuja atuação política baseava-se na autoridade pessoal forte e paternalista perante o povo, na utilização de exércitos pessoais na repressão às camadas populares rebeldes e nas disputas entre oligarquias, na manutenção do poder político por meio de eleições fraudulentas e na permanência do modelo agro-exportador. O “caudilhismo” era fruto da anarquia política, da desordem e do atraso econômico.

A situação da América Latina permaneceu sem alterações após a independência. Não houve desenvolvimento industrial e estes países continuavam exportando matéria-prima e importando produtos industrializados europeus, agora mais diretamente da Inglaterra. O controle do poder passou para as mãos da oligarquia rural, dos Criollos. A grande massa populacional continuou sendo explorada nos latifúndios agrícolas. Índios e mestiços, que participaram do processo de independência, foram excluídos do poder.

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Conclusão ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Bibliografia

http://www.alunosonline.com.br/historia/dominacaoespanhola/ http://www.grupoescolar.com/materia/independencia_da_america_espanhola.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Coloniza%C3%A7%C3%A3o_espanhola_da_Am

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