trabalho de histÓria - roma antiga

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GREICY SALVARO GUSTAVO SPILLERE LUIS FURTUNATO MAIK DAL PONT MARIA KATARINA SERAFIM MATEUS F. TAINARA MONTEIRO TRABALHO DE HISTÓRIA CRICÍUMA 2010

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Page 1: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

GREICY SALVARO

GUSTAVO SPILLERE

LUIS FURTUNATO

MAIK DAL PONT

MARIA KATARINA SERAFIM

MATEUS F.

TAINARA MONTEIRO

TRABALHO DE HISTÓRIA

CRICÍUMA – 2010

Page 2: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

GREICY SALVARO

GUSTAVO SPILLERE

LUIS FURTUNATO

MAIK DAL PONT

MARIA KATARINA SERAFIM

MATEUS F.

TAINARA MONTEIRO

TRABALHO DE HISTÓRIA

Trabalho apresentado à disciplina de História, por

solicitação do professor Luciano.

CRICÍUMA – 2010

Page 3: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

1. INTRODUÇÃO

Neste trabalho o assunto que será abordado, como previsto, a Roma Antiga, de

onde será visado explicar de maneira interativa por relatos a história de Roma,

seu surgimento, sua República e suas crises, indo ao Império, onde se

estabeleceu um período de paz até que novamente o declínio romano surgiu,

decaindo cada vez mais com o poder desta civilização até que de fato fosse

destruída.

Serão levantados itens, dos quais originarão relatórios, que como dito

acima, serão apresentados de maneira interativa – onde o narrador será um

personagem de Roma, contratado por Rômulo Augusto para relatar sobre

Roma República e Império – e objetiva.

Desde uma linha cronológica preparada textualmente como maneira de

introdução à história de Roma até o período de tempo onde se encontra o

último imperador, Rômulo Augusto.

Este trabalho visa entender o encaminhamento de Roma para sua

ascensão, seu apogeu e seu total declínio e o motivo de todos estes

acontecimentos.

Uma carta posteriormente também será relacionada como parte desta

interatividade, mostrando por intermédio do escritor – personagem / narrador –

a visão de grupo dos fatos pesquisados de uma forma criativa.

Page 4: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

2. LEVANTAMENTO DOS DADOS

DIVISÃO CRONOLÓGICA DA HISTÓRIA DE ROMA

Mo

narq

uia

753 a.C. – Fundação de Roma

717 a.C. – Morre Rômulo (primeiro governante de Roma) que é sucedido por Numa

Pompilio.

674 a.C. – Começa o reinado de Tulio Hostilio. No período de Tulio sucedeu-se o

duelo dos Três Horácios onde derrubaram a cidade de Alba Longa, inimiga de

Roma.

641 a 535 a.C. – Passagem de outros quatro reis de Roma.

509 a.C. – Revolta dos romanos contra Tarquinio (atual rei de Roma à época) e

proclamação da Republica.

Rep

úb

lic

a

486 a.C. – O cônsul Espúrio tenta reforma agrária, mas não é permitido por conta

dos patrícios. O descontentamento dos plebeus com os patrícios cresce.

450 a.C. – Criam-se as leis das Doze Tábuas após a situação da fuga para o

Monte Sagrado realizado pelos plebeus.

367 a.C. – Os plebeus ganham acesso ao cargo de cônsul.

275 a.C. – O período das conquistas romanas se inicia, onde por sua vez,

conquistam a península itálica.

218 a.C. – Cartago ataca a península itálica.

149 a.C. – Após ocuparem a península Ibérica e derrotar Cartago, as invasões na

Grécia se iniciaram.

133. a.C. – Roma teve controle total do Mar Mediterrâneo.

81 a.C. – Inicia-se a ditadura militar em Roma.

73 a.C. – Revolta dos escravos liderados por Espártaco. Venceram o exército

romano diversas vezes, embora tenham sido derrotados.

63 a.C. – Roma passou a dominar Jerusalém.

59 a.C. – Primeiro Triunvirato (Pompeu, Crasso e Júlio César).

43 a.C. – Segundo Triunvirato (Marco Antônio, Otávio e Lépido).

27 a.C. – Otávio recebe o título de Augusto e se torna o primeiro imperador romano.

Inicia-se um novo período em Roma, o do Império.

Page 5: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

Imp

éri

o

14 d.C. – Morre Otávio Augusto.

27 a.C. a 192 d.C. – Pax romana. Período caracterizado por grande paz no Império

romano, onde Roma esteve em seu apogeu.

193-235 d.C. – Crise do terceiro século.

284 d.C. – Cai o Alto Império, surge o Baixo Império, sofrendo momentos de crise.

313 d.C – Constantino isenta os cultos dos cristãos.

330 d.C. – Constantino reforma a cidade bizantina e a nomeia de Constantinopla.

378-395 d.C. – Governo de Teodósio.

395 d.C. – Teodósio morre como o último à governar o Império unificado. Seus dois

filhos tornam-se imperadores, um do Oriente e outro do Ocidente.

443 d.C. – Acontece um grande terremoto em Roma o qual causa grandes

desastres estruturais e econômicos, destruindo até parte do Coliseu.

475 d.C. – O governo do Imperador Rômulo Augusto inicia.

O que significa

república?

O regime republicano visa o atendimento dos interesses gerais dos

cidadãos (que em Roma inicialmente dá-se essa consideração

apenas aos patrícios). A republica tende à democracia de escolha do

poder político – poder qual se estabelece por um período pré-

determinado.

Por que a

República foi

formada e como é

a sua estrutura

política?

Roma republica passou a existir por conta das revoltas dos romanos

contra os reis etruscos em sua monarquia. Com a expulsão de

Tarquinio, o último rei romano, iniciou-se o regime republicano,

formado por magistrados (separados pelos cônsules, os questores, os

edis, os pretores, os censores e o pontífice máximo) quais eram

selecionados pelo senado, um conselho de idosos.

Por que existia

conflito entre

patrícios e

plebeus?

Estes conflitos existiam pela exclusão social a qual sofriam os

plebeus, sem os mesmos direitos dos patrícios e tendo que lhes servir

no comércio e nas lutas quando sucedia-se uma guerra, entre outras

coisas. Os plebeus puseram-se em revolta no século V.

Page 6: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

Os plebeus

conquistaram

alguns direitos?

Cite quais foram

as

consequências.

Os plebeus enfim conquistaram seus direitos após os acontecimentos

que os fizeram fugir para o Monte Sagrado após uma guerra – a

mando dos patrícios – em qual se saíram vitoriosos. Neste local cujo

se refugiaram, os plebeus desejavam formar uma nova cidade. No

entanto, os patrícios se viram receosos se perdessem os plebeus – já

que dependiam deles para diversas coisas, inclusive para as guerras

–, sendo assim, alguns direitos foram concedidos à plebe e mais tarde

surgem as Leis das Doze Tábuas. Os plebeus enfim puderam ter o

poder político semelhante ao dos patrícios – podendo se tornar

magistrados ou simplesmente votarem. A abolição da escravidão por

dividas tornou-se um dos direitos conquistados por estes novos

cidadãos. A possibilidade de casamento entre patrícios e plebeus.

Quais as

consequências da

expansão

territorial romana?

Uma das conseqüências da expansão territorial romana foram as

Guerras Púnicas, originadas pelo seguinte motivo: como Cartago era

uma potencia comercial de demasiado poder dentro do Mediterrâneo ,

as disputas pelas rotas comerciais e pelos territórios conquistados

criaram diversos conflitos entre ambos povos. Foram três grandes

guerras das quais por fim Roma se saiu vencedora e tomou Cartago.

O fluxo de riquezas tornou-se outra grande conseqüência da

expansão territorial romana, pois os pequenos e médios proprietários

estavam impossibilitados de concorrerem com os grandes

latifundiários; esta situação originou o êxodo rural, onde os

camponeses foram todos para as cidades. A demasiada pobreza na

cidade entrou em contexto neste êxodo, seguido pelo aumento da

escravidão.

Por que surgiram

as revoltas dos

escravos em

Roma?

Houve um considerável aumento escravidão, que passou em um

período de tempo de seiscentos mil para dois milhões de escravos.

No entanto, as revoltas que se sucederam foram resultados de maus-

tratos que recebiam constantemente. Isso gerou uma revolta em

massa nos escravos que seguidos por Espártaco criaram conflito

entre os cidadãos, originando-se em guerras.

Page 7: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

Quais eram os

objetivos dos

irmãos Graco?

Tibério e Caio Graco ao analisarem a decadência de Roma, criaram

medidas para que a crise fosse sanada. Eles perceberam que era

necessário redistribuir terras para os camponeses, já que os mesmos

eram necessários para o reabastecimento da cidade. Tibério, ao ser

eleito tribuno da plebe, propôs uma reforma agrária com a finalidade

de conter o êxodo rural e distribuir trabalho aos desocupados. No

entanto estas propostas não foram aceitas. Caio mais tarde, após a

morte de seu irmão, regressou com as propostas do mesmo e ainda

propôs a distribuição de roupas e armas para os pobres. Caio Graco

fez com que os cereais fossem distribuídos pelo governo pela metade

do preço, o que fez grande massa da população pobre tornar-se

defensora dos Graco.

Porque se

iniciaram as

ditaduras

militares? Quais

foram suas

conseqüências?

Na decorrente crise pela qual Roma trilhava sinuosamente, foi de

percepção geral e demonstração dos próprios patrícios a

incapacidade de sanarem as ordens políticas e sociais. Por conta

desta instabilidade, alguns dos generais romanos mais destacados

assumiram o poder, com o apoio do exército. Concerne a este

contexto a iniciação das ditaduras militares. A conseqüência disto foi

diversas reformas – dentre as quais visavam os benefícios de

militares. Num certo período quando os soldados passarem a ser

assalariados, o poder concentrou-se em armamento e conquista

sobre um ao outro entre os generais, contribuindo assim para a

decadência da república. Entre os anos de 86 e 27 a.C. diversos

generais se sucederam no poder e governaram como ditadores.

Como foi a

transição da

República para

Roma Império?

Com a total decadência da república romana, ocasionado por guerras,

má-administração, entre outros perturbadores acontecimentos,

Otávio, um ditador e integrante do Segundo Triunvirato da República,

deu inicio a grandes transformações na sociedade, que o levaram em

27 a.C. ao cargo de Imperador, surgindo assim, um novo período da

história de Roma.

Page 8: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

Quais os motivos

que levaram a

decadência do

Alto Império?

As invasões bárbaras se intensificaram, o que desorganizou o

comércio, a indústria; aumento da insegurança no campo,

ocasionando na diminuição da mão de obra. As fronteiras tiveram que

obter maiores reforços, o que causou um sobejo das despesas do

Estado para que o exército se mantivesse. Dentro do exército romano

também foi instalado a anarquia, resultando em decadência do

mesmo. As invasões dos bárbaros cada vez mais aumentavam e o

resultado foi um declínio do Principado, dando adeus à paz romana e

iniciando um período chamado de Dominado ou Baixo Império.

Quais as medidas

tomadas por

Diocleciano e

Constantino?

Diocleciano e Constantino foram dois imperadores romanos que

tentaram pôr ordem no caos agregado à sociedade. Diocleciano

aumento os impostos, as cidades perderem a autonomia

administrativa e instalou a tetrarquia (governo de três) com o objetivo

de manter uma paz social, mesmo que o poder maior continuasse em

suas mãos. Criou também o Edito Máximo para que se tivesse altos

preços dos produtos comerciados e dos salários. Isso apenas piorou

a situação, que por vezes, resultava no desaparecimento de algum

produto. Já Constantino libertou os cristãos para que fizessem seus

cultos sem perseguições, através do Edito de Milão. Ele também criou

a Lei do Colonato, que obrigava o trabalho a permanecer em suas

terras, nas quais exercia seu trabalho e o grande latifundiário tinha a

obrigação de cuidar de seus trabalhadores. Constantino substituiu

então o trabalho escravo pelo servil.

Por que o

cristianismo se

tornou religião

oficial do Império

Romano?

Algum tempo após a isenção do culto dos cristãos, sanando o

problema das perseguições, Teodósio acabou aderindo a religião

para si, o que a tornou a religião oficial do Império e a partir daí,

quaisquer que fosse a religião – não sendo cristã –, esta seria

perseguida.

Page 9: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

Quais as medidas

tomadas por

Teodósio para

administrar

politicamente o

Império Romano?

Teodósio além de estabelecer o cristianismo como religião oficial do

Império, também construiu muralhas e uma praça em Constantinopla.

Teodósio transformou os visigodos – um dos ramos dos bárbaros –

em aliados, fazendo que os mesmos participassem do exército

romano. Ao morrer, se tornou o último governante de um império

unificado de Roma, sendo que seus filhos governaram juntos,

separados, porém em regiões, o Ocidente e o Oriente.

Por que os

bárbaros

invadiram Roma?

Os povos bárbaros invadiram Roma por diversos motivos. Eles

estavam sendo ameaçados pelos povos hunos da China e fugirem

para Roma – aproveitando o enfraquecimento das fronteiras pela

crise no respectivo contexto –, iria lhes trazer mais benefícios, como

por exemplo, o clima mais ameno que existia ao sul, mais propicio

para sua sustentação e busca de alimentos.

Quais as

consequências

das invasões dos

bárbaros para o

Império Romano?

Cada vez mais intensificada se tornavam as invasões bárbaras;

mesmo com a integração destes com o exército romano, houve um

momento em que estes povos estrangeiros se revoltaram e criaram

conflitos, gerando destruição e degradação da política e economia

romana. O exército romano estando extinto praticamente, as

fronteiras abaladas e a sociedade encontrando-se em um Estado

declinado.

Page 10: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

3. PRIMEIRO RELATÓRIO

As lendas e os fatos indicam o surgimento de Roma, sendo o primeiro período

desta nova civilização: a Monarquia. Conta-se que Rômulo e Remo foram

irmãos abandonados no rio Tibre pela própria mãe e assim foram achados e

tratados por uma loba; posteriormente, diz-se que o pastor Fáustulo e sua

esposa cuidaram das crianças.

Tornaram-se adultos Rômulo e Remo e em meados do século VIII a.C.

restauraram o pai no trono de Alba Longa e permissões incidem para que

fundem uma cidade às margens do rio Tibre. Em um ato de traição, seguido de

uma discussão entre irmãos, Remo veio a morrer pelas mãos de Rômulo que

por fim toma o trono da cidade fundada, Roma.

Fatos pesquisados e estudados em árduo trabalho apontam que realmente

Roma surgiu às margens esquerdas do rio Tibre, no ano de 753 a.C. Povos

que pelas regiões da Península habitavam foram os indo-europeus, como

latinos, sabinos e gregos, ao sul e os etruscos, povos de original formação que

aderia sua cultura em combinação dos elementos gregos e orientais.

Vê-se como hipótese que Roma teve sua formação na região de Latium

pelos chefes etruscos, unindo em somente uma comunidade uma distinção de

povoados de sabinos e latinos.

Num período de dois séculos e meio Roma pôde crescer e se desenvolver,

pondo ao lado a pequena povoação para então se transformar no início do que

viria a ser o centro do mundo já conhecido e explorado pelo homem.

Roma foi tomada por calçadas, fortificações e redes de esgoto. Assim foi

que o latim predominou neste primeiro período caracterizado pela Monarquia,

entre os anos de 753 e 509 a.C.

Data-se que entre século VII e VI a.C. o domínio dos etruscos sobre

Roma originou uma revolta nos cidadãos – denominados patrícios – no ano de

509 a.C., tendo por conseqüência a expulsão da realeza etrusca. Desta

maneira, no mesmo ano decorrente da revolta, surge a República e com esta,

um novo período para a história de Roma.

Page 11: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

Este período data-se entre 509 e 27 a.C., antecedente ao nosso atual

período, caracterizado pelo Império.

No século V a.C. houve o domínio dos patrícios, o que rebaixou a plebe

dos direitos amplificados dos patrícios. A plebe exigiu seus direitos em um ato

rebelde que por pouco poderia ser o fim de Roma. No entanto, estes direitos

foram dados aos plebeus e criadas foram as Leis das Doze Tábuas em 450

a.C.

No século seguinte Roma foi saqueada pelos gauleses e os direitos à

plebe foram estendidos. Neste século também se iniciou a expansão romana,

onde houve domínio de toda a Península itálica.

Novamente Roma encontra-se em risco ao decorrer do século III a.C.,

podendo ter seu fim ao guerrear três vezes contra os cartaginenses – que

indubitavelmente eram extremamente poderosos. Mas Roma dominou este

povo, no norte da África e também a Sicília, a Península Ibérica e os reinos

helenísticos.

Entre os anos 200 e 100 a.C. houve maior expansão romana fora da

Itália. Neste século Tibério e Caio Graco lançaram propostas para tentarem

sanar os problemas do declínio da República. Porventura também nesta época

reformas nos exércitos são feitas por Mário em 111 a.C.

Entra-se no último século antecedente ao nascimento de Jesus Cristo e

guerras sociais entre 91 e 89 acontecem entre romanos e itálicos, assim como

guerras civis. Neste período César conquista a Gália, torna-se ditador e toma-

se assassinado nos idos de março de 44 a.C. Augusto torna-se o primeiro

imperador de Roma e o novo e atual período se inicia; dá-se fim a Roma

República.

Nasce Cristo e neste primeiro século de Império surgem as dinastias

Júlio-Cláudia e Flávio-Trajana. No Principado surge então a Pax Romana,

referente à paz estabelecida por um determinado período.

Ao decorrer das décadas Roma entrou em auge de suas cidades e do

comércio e surge a perseguição aos cristãos.

O primeiro período do Império é tido como um período de Principado – o

Alto Império –, iniciando posteriormente o começo de um grande declínio de

nossa civilização, pois o governo de início reformado por Otávio Augusto foi

entrando em decadência por novos imperadores menos competentes. Em 212

Page 12: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

d.C. vê-se a extensão da cidadania dos romanos aos habitantes livres do

Império.

Nos anos 235 a 284 guerras civis mancham de sangue mais uma vez a

história romana.

No século seguinte a perseguição aos cristãos continua e Constantino

tornou-se o primeiro Imperador Cristão, isentando os cultos desta crença. Há

uma inversão de situação, onde o cristianismo torna-se religião oficial e novas

perseguições foram feitas – desta vez para com outros cultos, considerados

pagãos.

Nosso Império foi dividido entre Ocidente e Oriente em 395. Com o início

de um novo século há o saque de Roma em 410, como é de conhecimento do

Imperador.

Granjeando demasiada honra, por sinceridade, peço a Vossa Senhoria,

Imperador Rômulo Augusto, que considere este primeiro relatório um meio

introduzido de captar a história de nossas bases, conquistas, domínios,

ascensão e declínio no mundo até então conhecido e explorado. Segue-se,

agora, por contingência um meio de explicar e sancionar os problemas por

vossa senhoria considerados dubitáveis e seriamente degradantes ao poder de

Roma possuído, assim também como a visão de eminente perigo que

estabiliza cada vez mais esta situação.

Page 13: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

3.1. SEGUNDO RELATÓRIO

Como dito no primeiro relatório, ao surgimento de Roma, fomos caracterizados

pela Monarquia ditando nossa forma de governo. Entretanto este modelo de

visão governamental exercida sobre os cidadãos não foi de modo algum

agradável por período de tempo tão longo.

Os etruscos tinham o domínio sobre Roma e seu modo de governo

unificado e demasiadamente fechado aos cidadãos causou desgosto e revolta

aos patrícios que liderados por Brutus, entraram em conflito contra Tarquínio,

rei etrusco.

Desta forma, Brutus foi o primeiro magistrado da República de Roma,

que se instalou no ano de 509 a.C., caracterizando um novo período para a

história desta civilização.

Roma estava muito bem desenvolvida em termos de estrutura social e

arquitetônica, e com o nascimento da República, uma forma de governo que

permite aos cidadãos – na época, apenas os patrícios possuíam tal direito – de

escolherem seu governante.

Relatam livros que todo ano eram feitas eleições que escolhiam os

magistrados, para que assim o poder não se concentrasse na mão de apenas

uma só pessoa. Deste modo existiam os dois principais magistrados,

chamados também de cônsules, que detinham o poder militar e civil. O

conselho dos idosos – que outrora já existia – adquiriu uma importância ainda

maior na denominada Roma República, pois era este conselho que escolhia os

cônsules.

Entre os magistrados também existiam outros grupos que os separavam

entre si, como os questores, que administravam o dinheiro da civilização na

época, os edis, que eram encarregados de sancionar os problemas sócio-

estruturais de Roma, como os esgotos, edifícios, ruas, tráfegos, etc. A política

de Roma à época também separava entre seus eleitos magistrados os

pretores, que se encarregavam pela justiça; os censores que revisavam a lista

dos senadores e controladores de contratos e por fim existia o pontífice

máximo, que era considerado o chefe dos sacerdotes.

Page 14: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

A indicação do conselho dos idosos para os magistrados causava uma

grande influência, no entanto havia por outro lado a assembléia da plebe e dos

soldados para a escolha destes magistrados.

Mas no início da Roma República, como dito nos parágrafos acima,

foram os patrícios – romanos nobres – que conquistaram este novo período

romano e eles que de começo tinham os principais direitos e apenas eles

poderiam ser indicados para os magistrados ou para votarem. Plebe, então,

caracterizava todos os outros habitantes que não eram romanos nobres (os

patrícios).

Vossa senhoria pode perceber, a Republica romana teve uma marca

com as lutas pelo poder entre os patrícios e romanos. Assim, os plebeus

lutavam contra a aristocracia formada pelos patrícios, tentando arrecadar

alguns direitos sociais e o reconhecimento de cidadania neste novo regime.

A maior revolta causada na plebe foi pelo motivo de que eram cobrados

deles a participação em guerras, obrigando-os a lutar. Assim, além de direitos

não possuírem, tinham de servir nas conquistas romanas e acabavam a

declinar cada vez mais, trazendo-lhes sérios problemas econômicos.

Um manifesto sucedeu-se pelos plebeus, chamado de Revolta do Monte

Sagrado. Ao estarem regressando de uma guerra, onde se saíram vitoriosos,

os soldados plebeus não voltaram para Roma. Foram então para o Monte

Sagrado, localizado a pouca distância de Roma, intuitivos de fundarem uma

nova cidade.

Como a dependência dos patrícios para com os plebeus era grande, já

que os mesmos sancionavam as situações de guerra para Roma e

desempenhavam importante papel nas atividades de produção, eles se viram

em um grande problema: nossa civilização poderia cair. Com isto, foram

obrigados a darem certos direitos sociais aos plebeus. Dentro destes direitos

estavam a libertação da escravidão por dívidas, a devolução de terras tomadas

por credores, e também foram permitidos terem todo ano a escolha de dois

representantes da plebe na magistratura.

Pela primeira vez as leis então foram escritas, por conta desta situação

com os plebeus. Assim surgiram as Leis das Doze Tábuas, o que induziu os

direitos iguais a todos, patrícios e plebeus, o que também permitiu-lhes casar

entre si.

Page 15: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

No entanto, há outros pontos a serem analisados para que entendamos

todo o caminho de nossa história: a expansão territorial; o que nos remete a

tanto domínio de áreas geográficas nos dias atuais como também referente à

grande parte de nosso declínio, refere-se ao interesse surgido na época de

buscar novos territórios. E como nós, romanos, viemos de uma união de

diferentes povos, podíamos ter uma facilidade de interação e integração maior

e mais facilmente abrangente.

Então, de um modo engenhoso, a admissão de possíveis inimigos foi de

grande ajuda, pois nos permitiu ter membros de outras elites aos arredores

romanos, tendo-os como amigos e arremetendo suas terras. E à recusa de

algum povo, eles eram mandados em guerra, para que ao perdessem,

entrassem em jugo dos magistrados.

Captando de forma objetiva a engenhosidade de nossos antepassados,

é perceptível que se aliar a Roma era uma maneira de integrar sociabilidade

entre dois povos distintos e aumentar o grau de poder romano, criando uma

hegemonia à nossa política. Em outras palavras também é considerável o fator

dos fornecimentos militares que este método causava a Roma, tornando-a

cada vez mais forte e dominante.

Aqueles que perdiam as guerras eram horrivelmente massacrados ou

escravizados e suas terras dominadas entrando em domínio nosso. A maneira

como se tratava de diferentes formas os povos vencidos, dificultava a união

entre os povos que dominamos no passado e suas possíveis revoltas contra

Roma.

Alguns dos povos que se aliavam tinham todos ou parciais direitos dos

cidadãos romanos, incluindo por vezes até, o de voto. No entanto isto nem

fazia grande importância, já que a distância destes povos de Roma dificultava a

presença física para a votação e também por maior parte dos eleitores serem

da nobreza.

Algumas alianças feitas permitiam aos povos terem seus próprios

magistrados e leis, desde que dispusessem de tropas que Roma requisitasse

para guerras.

A preocupação para com as possíveis revoltas em meio a todos esses

acontecimentos existia, porém. Um dos pontos analisados para comprovar isto

foram as construções de estradas por toda a Itália, permitindo o deslocamento

Page 16: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

rápido e fácil de tropas por colônias, assim podendo sanar revoltas e se

direcionarem a possíveis guerras.

Nossas conquistas foram a dominação de toda a península Itálica, a

volta por cima que fora realizada aos cartaginenses que de forma genuína nos

atacaram pelo norte, sucedendo assim três grandes guerras entre romanos e

cartaginenses, chamadas de Guerras Púnicas, pelas disputas territoriais e

comerciais, já que Cartago era uma grande potencia comercial. No fim,

pudemos dominar o povo de Cartago, com isto, parte do norte da África, o que

nos remeteu um grande ponto comercial. Conquistamos também a Sicília, a

península Ibérica e os reinos helenísticos (como relatado na cronologia

estabelecida no relatório anterior).

Nos últimos tempos deste regime republicano, foram conquistados

territórios na Ásia Menor, o Egito e a Gália, por Júlio César.

As conseqüências destas expansões territoriais foram muitas, dentre as

quais foram examinadas que as conquistas no Mediterrâneo só produziram

profundas modificações na sociedade da época, o que concerne à expansão

mercantil-manufatureira na formação de uma nova e extremamente poderosa

classe de comerciantes e militares enriquecidos com as guerras. O grande

fluxo de riqueza para Roma foi também a ruína dos pequenos e médios

proprietários rurais que ao se verem impossibilitados de concorrer com grandes

donos de terras foram para a cidade, ocasionando um demasiado êxodo rural.

Isto também concerne à maior pobreza da cidade, o que está relativo a outros

fatores, quais como o declínio moral, como a eminência da escravidão e a

maior freqüência do divórcio.

Como dito acima, a respeito do acréscimo considerável de escravos, foi

notado em diversos livros e cartas à respeito da revolta dos escravos por seu

demasiado número. No século III a.C. eles eram aproximadamente seiscentos

mil, posteriormente, em 31 a.C. já eram mais de dois milhões. A conquista de

novos territórios no Mediterrâneo foi de grande motivação para o aumento dos

escravos em Roma. Não há dúvida, de que a principal motivação para a

saliência escravista foi a guerra, pois os prisioneiros de guerra eram

arremetidos como escravos e obrigados a trabalhar no campo, em oficinas

artesanais, em minas ou até mesmo prestando serviços domésticos.

Page 17: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

A república perante a isto se viu tomando conta de uma realidade social

e política muito mais complexa. Todos os trabalhos exercidos outrora pelos

plebeus nesta época eram feitos pelos escravos.

Os primeiros relatos sobre a revolta dos escravos surgiram nos séculos

II e I a.C. Um dos melhores exemplos de uma das maiores e mais terríveis

revoltas que se sucederam em nossa civilização romana foi quando mais de

cem mil escravos foram liderados por Espártaco (um ex-gladiador) e lutaram

cerca de dois anos com o exército romano. Venceram neste período, diversas

batalhas, no entanto, acabaram sendo derrotados em 71 a.C. pelos

comandados de Licínio Crasso, um cônsul. O mesmo mandou crucificar seis

mil escravos para sancionar o problema das revoltas escravistas, oprimindo por

meio do medo, os escravos.

Em decadência por tantas guerras, por consequências devastadoras referentes

ao sobejo expansionista de territórios, Roma à época, viu-se em uma situação

crítica. Desta maneira, o conselho propôs que sugestões fossem dadas para

que esta crise fosse resolvida.

Os irmãos Tibério e Caio Graco se pronunciaram, manifestando suas

percepções de necessidades para Roma. Os mesmos tinham como objetivos a

redistribuição de terra aos camponeses, sendo que eles eram de grande

importância para a produção de provisões para o abastecimento da cidade,

ainda mais nos tempos de guerra.

Quando em 133 a.C. Tibério Graco foi eleito tribuno da plebe ele propôs

uma reforma agrária para conter o êxodo rural e facultar trabalho para a

população desocupada da cidade. No entanto o conselho negou a proposta.

Tibério acabou sendo assassinado.

Revisando sobre os objetivos dos irmãos Graco, relatos foram

encontrados sobre reformas sociais que propuseram. De uma maneira que

seria feita uma distribuição de terras públicas aos pobres; este fato lhes

aproximou da plebe, desagradando excessivamente os grandes proprietários.

Acabaram mortos, os dois irmãos, por perseguição.

A crise de Roma República estava fixada de tal maneira que os patrícios

não hesitaram em demonstrar incapacidade na resolução dos problemas de

ordem política e social por quais enfrentavam. Generais, então, apoiados pelo

Page 18: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

exército, resolveram tomar o poder, realizando diversas reformas políticas e

militares.

Nesta ditadura militar surgira Mário, cujo transformou o exército romano

num corpo permanente e garantindo-lhes direito salarial. Desta maneira muito

pobres se envolveram com o exército juntamente com diversos outros já

pertencentes ao mesmo. Diz-se que Mário tornou-se um cônsul e reduziu os

privilégios dos patrícios e a autoridade do conselho.

Com sua morte, relatam os livros que Sila assumiu o poder

anteriormente de Mário.

Na ditadura de Mário houve o início do total declínio de Roma República.

Com a profissionalização do exército, houve ingresso de soldados estrangeiros

nas legiões romanas e a lealdade maior passou a ser aos generais que lhes

pagavam o salário do que à Roma. Diversas guerras civis surgiram em

resultado dos generais desejosos de poder.

Neste último período de Roma República houveram os triunviratos – dito

governo de três. O primeiro triunvirato teve a participação de Crasso, Pompeu

e Júlio César. César se destacou como sendo o general mais brilhante da

história militar de Roma. Com a morte de Crasso, o conselho temeu as

ambições de César para com a política de Roma, no entanto o mesmo teve

triunfo ao regressar a Roma – vindo de Gália como falado mais acima e no

relatório anterior – aclamado pela plebe. Desta maneira foi tido pelo conselho

como um ditador perpétuo.

Júlio César governou por dez anos Roma, e nisto já se encaminhava o

fim da republica para o nosso atual governo. Júlio César reduziu as dívidas dos

camponeses, distribuiu terras aos soldados, construiu edifícios públicos,

distribuição do título de cidadão de Roma entre os povos conquistados,

evitando revoltas.

Todas essas atitudes de César causaram desconfiança, o qual levou à

pensamentos tais como a traição da Republica – pensaram que César pudesse

se tornar rei. Por este motivo o general Júlio César foi assassinado em 44 a.C.

por um grupo do conselho.

Daí decorreu o segundo triunvirato após a morte de Júlio César, formado

por Marco Antônio, Lépido e Otávio. Com a ajuda dos militares, Otávio oprimiu

Page 19: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

revoltas dos camponeses e dos escravos, ganhando apoio da aristocracia. Em

reconhecimento pelos seus atos ele foi titulado de Augusto, que pelo que

consta, abrange significados como “divino”, “sagrado”, também o qual se

acrescentou “Imperador (general vitorioso)”, por conta de suas vitórias

militares, desta maneira iniciou-se então um novo regime em Roma: Roma

Império, dando um fim à sinuosa República romana.

Page 20: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

3.2. TERCEIRO RELATÓRIO

Como citado no relatório anterior, nosso Império se iniciou em 27 a.C. assim

que o ditador Otávio Augusto ganhou tal poder e titulado foi como Imperador

(significado dado à “Augusto”). O Império surgiu pela crise avassaladora do

regime republicano em que Roma passou. Esta crise tomou conta nas últimas

décadas antes do surgimento do Império. Várias tentativas de sanar esta crise

foram feitas, como por exemplo, as propostas dos irmãos Graco e a ditadura

militar.

A grande mudança observada nesta fase da história de nossa civilização

é que pela primeira vez Roma teve seus poderes concentrados nas mãos de

apenas um governante, chamado de imperador. Desta forma o senado passou

a ser apenas um órgão consultivo, deixando o imperador acima de todas os

modos de poderes.

Otávio Augusto soube administrar Roma de maneira plausível e se

tornou creditado por todos ao seu redor. Isto lhe acumulou diversos outros

títulos importantes, quais destes foram o de: príncipe, cônsul, tribuno, censor e

sumo-pontífice.

O período de Império iniciou-se em 27 a.C. como dito acima e dura até

os dias atuais, tendo no entanto uma divisão neste período. Estas divisões são

a do denominado Alto Império – do ano 27 a.C. até certo período do século III

d.C. – e a do Baixo Império que se iniciou no século III d.C. e nos ameaça até

os dias atuais.

O período do Alto Império também foi o da considerada pax romana,

época que Roma alcançou o apogeu de sua ascensão.

Otávio Augusto receoso com a questão de sucessão adotou seu parente

Tibério para que assim o mesmo após sua morte o substituísse. Com o império

de Tibério surgiram as dinastias. A primeira denominou-se Júlio-Claudiana que

durou desde 14 d.C. à 58 d.C.

Diversas outras dinastias surgiram nas décadas que se encaminhavam,

tendo a última dinastia sendo a dos Severos (193-235). Neste período iniciou-

se a chamada crise generalizada no Império. Novamente Roma passava por

uma fase de dificuldades.

Page 21: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

Contribuíram para esta crise do Império a intensificação das invasões

bárbaras, o que desorganizou o comércio e a indústria romana e a excessiva

preocupação e falta de segurança dos camponeses fez a mão de obra diminuir,

sendo que também os agricultores eram requisitados para irem defender as

fronteiras dos estrangeiros. Com as despesas do estado para manter o

exército, saiu de controle também a administração das finanças. Outro fator

contribuinte foi à infiltração da anarquia no nosso exército.

Durante a dinastia dos Severos todos aqueles que nasciam livres nas

províncias ou em Roma foram considerados como cidadãos romanos. Desta

forma não havia mais a necessidade de se passar pelo exército sem

reconhecimento e o mesmo foi tendo o interesse evacuado pelo povo. O

exército se tornou um tipo de zona ao qual era tido para o uso das armas em

forma de poder, atacando civis ou promovendo saques. Neste período,

diversos governantes foram assassinados. Os governos do Alto Império já não

possuíam a mesma boa organização qual foi iniciada por Augusto e seguida

por razoáveis imperadores.

Nasce assim o Baixo Império, contribuído mais ainda com a diminuição

de guerras de conquistas; as fontes de riquezas – vinda dos saques –

tornaram-se limitadas. Os recursos do Império Romano diminuíram. A vida

urbana declinou-se em seus atrativos, como as oportunidades de trabalho e as

tantas agitações da sociedade que os levaram a deixarem as cidades. As vilas

dos ricos proprietários formam mais habitadas e fortificadas.

As fronteiras de Roma tornaram-se cada vez mais fracas com o declínio

do exército. Com toda esta crise do Baixo Império, os imperadores Diocleciano

(284-305) e Constantino (312-337) tentaram sufocar o caos formado tanto

social e politicamente tratando-se, do Império.

Diocleciano tomou algumas iniciativas para sanar a situação em que se

rebaixou nosso Império. A cobrança dos impostos aumentaram (desta forma a

economia do governo romano começaria a crescer novamente); a autonomia

administrativa das cidades foram extintas (para que se pudesse haver

englobamento de suas medidas); e com a visão de se instalar uma paz social,

ele instalou a tetrarquia (poder concedido à quatro governantes), mesmo que o

poder principal continuasse em suas mãos de Imperador.

Page 22: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

Diocleciano criou o Edito Máximo para conter a alta dos salários e dos

preços. Com isto formou-se um limite máximo para preços e salários. O

objetivo mostrou-se falho, por vezes provocando até o desaparecimento do

produto comerciado.

O Imperador Diocleciano fez uma tentativa de incentivar antigas

tradições como a de culto aos deuses antigos. Por sua vez os cristãos

negaram-se a fazer isso (desde o nascimento de Jesus Cristo no império de

Augusto o cristianismo foi se espalhando por entre nossos povos romanos e

além) e então começaram a ser perseguidos e Diocleciano renunciou seu

poder em 305.

Após seis imperadores entre os anos de 305 e 312, assumiu o poder o

imperador Constantino. Este imperador aproximou-se dos cristãos, dando-lhes

a isenção de seus cultos através da criação do Edito de Milão. Uma lei

chamada de Lei do Colonato também foi instalada por ele, qual obrigava os

trabalhadores rurais a ficarem em suas terras e ao latifundiário concernia o

direito de proteger os seus trabalhadores. Com esta lei a intensificação da

produção agrícola foi perceptível. Constantino visou inverter o trabalho escravo

pelo servil.

Também como forma de proteção às fronteiras lestes do Império,

Constantino criou uma reforma em Bizâncio, dando-lhe um nome em sua

homenagem a esta cidade, por vez renomeada de Constantinopla e tornando-

se a capital oriental do Império.

Após a libertação dos cultos cristãos, Teodósio, anos mais tarde de

Constantino, tornou o cristianismo a religião oficial do estado. Teodósio

neutralizou a ação dos visigodos – parte dividida dos bárbaros – tornando-os

aliados e deixando que participassem do exército.

Após a morte de Teodósio iniciou-se uma fase nova para o Império

Romano – ainda ingressada no Baixo Império – que foi o governo de dois

imperadores ao mesmo tempo. Os filhos Arcádio e Honório governaram duas

partes diferentes de Roma: o Império Romano do Oriente e o Império Romano

do Ocidente, respectivamente pertencente aos seus filhos.

Os bárbaros que haviam já invadido Roma o fizeram também por

ameaças dos hunos – povo habitante de região da China – e pelo clima mais

ameno do sul que os fornecia mais alimentos, condições de vida melhores, etc.

Page 23: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

E como o Império Romano estava enfraquecido militarmente, os bárbaros

aproveitaram para fazerem invasões em regiões de Roma. No entanto, houve

um momento pacífico entre eles como citado anteriormente, o que os levou até

a ingressarem nos exércitos romanos. Porém, ao passar do tempo e o aumento

da crise no governo, os bárbaros em seus excessivos processos de migração

acabaram invadindo muitas áreas de nosso Império – e ainda o continuam

fazendo.

Relatam alguns atuais escritores que o declínio romano também se dá

pelo cristianismo que cada vez mais toma posse do poder juntamente ao

governante do império, o que compete aos cristãos, visões pessoais sobre

poder. A maneira teocrática concernida ao cristianismo é mais abaladora do

que qualquer outra religião e nos refere também ao jugo entre a continuidade

do império ou da religião – esta pela qual os cidadãos se apegam e adornam-

se, pacientes em seu leito de morte, ao lado de Deus, o dito maior, e maior que

um imperador.

As conseqüências causadas pelas invasões cada vez mais constantes dos

bárbaros em nossas regiões de Império são o maior declínio romano, a

degradação social e política. A desordem e a crise eminente tornaram-se mais

ascendida do que o poder imperialista outrora criado por Augusto.

Page 24: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

4. CARTA AO IMPERADOR

Caríssimo senhor Imperador, venho por meio desta informar-lhe de maneira

pessoal os fatos que relatei e presenciei em meio aos livros pesquisados. Foi

de uma sobeja honra para eu ser apontado e mandado por vossa senhoria, o

Imperador Rômulo Augusto, a buscar e pesquisar para teu entendimento a

história desta tão grandiosa e outrora ascendida civilização. Meus sinceros

votos são dados para que compreenda o declínio moral, social e político de

Roma e de algum modo o possa reverter a ponto de ser relembrado por

diversas gerações futuras como o Imperador que nos salvou desta devastadora

crise.

Ao anoitecer do dia vinte de setembro deste mesmo ano, 470, embarquei em

um navio a seu mando em direção ao rio Renos, por onde me encaminharia até

o local adequado cujo me permitisse pesquisar, testemunhar e relatar todo este

trabalho inserido em seus arquivos.

A viagem foi de meu agrado, embora quase adoecesse ao fim desta,

que se deu ao final de setembro, quando por fim puderam erguer a prancha de

embarque do porto me possibilitando descer à terra firme.

Com o ouro a mim depositado, pude pagar a um pobre camponês por

um bom cavalo negro para que servisse de locomoção por esta cidade.

Dirigi-me até a biblioteca imperial, observando enquanto cavalgava pelas

ruas da cidade, a mistura de patrícios e plebeus já não mais reconhecível;

presenciei algumas brigas em meu caminho – este povo já não adere mais a

mesma educação vista nos dias passados. A briga deu em morte pelo que

pude ouvir... E em plena rua, na frente de todos. O exército em seu total

declínio parece não se importar – e nem se dar ao poder – de interromper uma

briga de rua.

Como minha estada se iniciou pela parte da manhã e meu desjejum já

havia sido feito antes de desembarcar do navio, resolvi ir diretamente à

biblioteca ao invés de me hospedar em algum estabelecimento – fiz isso ao

anoitecer.

Page 25: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

Passei boa parte da manhã e da tarde pesquisando em diversas

sessões de historiadores antigos, de livros ou relatos redigidos por intelectuais

de outras épocas. Reuni grande parte de todo este material e os li de maneira

atenciosa – e reli quando preciso –, escrevendo rápidos rascunhos em longos

pergaminhos, quais me foram de boa ajuda mais tarde. Ao fim da tarde já havia

lido grande parte de todo o material e o estudado minuciosamente. Meus

rascunhos estavam todos feitos, e após ter lido parte do material, separei por

questões importantes para sanar vossas dúvidas e criei resumos para me

facilitar o trabalho.

A fome já estava sendo um grande problema. Às quatro horas da tarde

tive que reunir todo o material recolhido e os devolvi às suas prateleiras, antes,

é claro, anotando-os em um canto de uma de meus rascunhos as informações

de cada um dos livros que recolhi e suas devidas prateleiras, para que ao meu

regresso, no dia seguinte, eu os pudesse novamente pegá-los para estudo.

Encaminhei-me a uma hospedaria de classe mediana, o qual me foi

muito bem prestada, oferecendo-me um desjejum maravilhoso.

Durante esta noite pude reler meus rascunhos e resumos de modo que

compreendesse e me aprofundasse nos assuntos por vossa pessoa solicitado.

Ao amanhecer do dia seguinte, tive minha refeição de cereais e logo

parti.

Após o trabalho na parte da manhã, me retirei ao zênite para que

pudesse almoçar. Ao regressar, retomei a leitura árdua e só me desfiz do

trabalho ao inicio da noite, criando novos rascunhos e passando-os para

resumos em específicos tópicos.

Meu trabalho ali naquele local após três dias já não me era mais

necessário e passei a ir visitar renomados historiadores pelas regiões de

Roma. Novamente embarquei em um navio e segui para a Sicília, soube que lá

se encontrava um velho homem com informações sobre a nossa história que

poucos livros diziam – e se o faziam, não eram com tantos detalhes.

Fui recebido com ligeira rispidez, mas ao longo da conversa e do

esclarecimento tivemos um bom contato e passei a anotar tudo que me

respondia ou contava. Sinto informá-lo, mas o senhor, Imperador, foi acatado

por este homem, que em suas palavras me proferiu: “Rômulo Augusto pouco

pode fazer por Roma, seu poder é de total titularidade apenas, pois exercido

Page 26: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

está o poder sobre os bárbaros, que a cada dia nos atacam e rompem nossas

fronteiras. Chegará o momento em que Rômulo será o mesmo que um buraco

em estrada romana, somente um como qualquer outro, degradado em meio a

duros pés que o pisoteiam”.

Seguido todo o estudo realizado, me mantive perplexo por um bom

tempo ao aprofundamento de nossa história. Da horrenda revolta do escravo

Espártaco contra os cidadãos, e a crucificação para eles remetida. Espantei-me

também com a coragem dos plebeus ao fugirem para o Monte Sagrado e o

modo como este contexto lhes proporcionou parcial disponibilização social e

consideração de um cidadão como qualquer outro. Penso eu, que se de fato os

plebeus tivessem criado sua cidade e os patrícios os deixado de lado, Roma

teria caído há muito tempo. Foram diversas crises e situações que quase

levaram Roma à sua destruição, e basta um bom ciclo histórico para que isto

se repita e nos salvemos novamente dos dias que nos encontramos hoje.

Mas bem, retornei de viagem para onde se encontra vossa senhoria, o

Imperador. Durante toda a navegação preparei por fim os relatórios,

organizando-os e os refazendo três vezes, por fim corrigindo-o por uma última

vez, no que concerne aos relatórios finais apresentados. Fui questionado

durante a viagem sobre o que se referia meu trabalho, mas neguei-me a dizer,

por este motivo ameaçado fui de morte por um estrangeiro e por plebeus

revoltados. Menti-lhes e percebi o ceticismo para mim concebido. Ao menos,

me deixaram em paz, embora a obrigação de trabalho no navio fosse me dada

assim como aos outros empregados – entretanto, sem remuneração. Foram

estas minhas principais dificuldades no preparo destes relatórios e do próprio

mapa – qual me ajudou a prepará-lo o idoso qual visitei na Sícilia.

Novamente, agradeço-lhe pela confiança depositada e espero ter

superado suas expectativas em relação a estes relatórios. Tenho a sincera

esperança também que possa compreender o que relatado foi nestes textos,

entendendo e trabalhando em cima do que lhe foi apresentado para que se

envolva de maneira mais abrangente agora podendo entender as

conseqüências e os caminhos traçados por nossos antepassados. Tentando

por necessidade, restabelecer nosso Império, quebrando a crise e dando quiçá,

o regresso do que chamado era de pax romana.

Page 27: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

Leges bonae malis ex moribus procreantur

(Dos maus costumes se criam as boas leis)

Almáquio Aurélio

Page 28: TRABALHO DE HISTÓRIA - ROMA ANTIGA

5. MAPA ANALÍTICO SOBRE AS INVASÕES BÁRBARAS

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6. CONCLUSÃO

Pudemos de maneira complexa entender os assuntos neste trabalho

apresentado, estudar e conhecer de modo aprofundado toda a história de

Roma, seu encaminhamento e sua ascensão, assim como seu declínio,

causado por diversas crises e invasões. Concluímos assim que a percepção de

um modo completo nos foi dado, ponto a ponto, esclarecendo não só os

caminhos que levaram a Roma ao que ela é hoje, e sim ao que somos hoje.

Podemos agora perceber e analisar coisas que são oriundas de um passado e

um local distante, mas que de qualquer maneira, nos atinge.

O modo como uma sociedade antiga vivia e se dava com outros povos e

as maneiras como faziam para que vivessem e suas estratégias políticas

visando sempre uma maneira de ascender e conquistar; consideravelmente

magnífico o estudo de uma civilização antiga e a semelhança arremetida aos

dias de hoje junto com suas diferenças.

A conclusão aderida deste trabalho vai além da estrutura e seu núcleo

estudado; isto alcança todo um sistema de conhecimento incrível e repleto de

cultura e magnitude. De fato, Roma, foi e ainda é, um Estado de grande

importância cultura e digamos também maternal ao que nos remete ao berço

de uma civilização humana, mesmo que há tão pouco tempo comparada a

outros povos tão mais antigos.

O local em que viveram e suas origens cada vez mais, também nos

levam a centenas de outras histórias que por vezes desconhecidas são. Mas

sempre estarão lá, por detrás de um superficial assunto, omitindo sangue e

natureza propriamente humana, de uma história sem igual.

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RELATÓRIO FINAL

Não houve um total esforço por parte da equipe e muito menos vontade de

realização de um bom trabalho.

Um dia foi estipulado para que entregassem os levantamentos dos

dados para que isso nos ajudasse a fazer os relatórios, no entanto apenas

Maik, Greicy e Tainara me entregaram no respectivo dia, desta forma,

tínhamos quatro levantamentos de itens de sete pessoas numa equipe.

Maik, assim como Greyci e Tainara demonstraram uma preocupação

maior com o trabalho em comparação à Gustavo e Mateus, que pouco ou nada

fizeram. Maria Katarina demonstrou preocupação por vezes, no entanto nunca

agiu de fato para que realizasse algo – tanto que não chegou a me entregar

absolutamente nada do que solicitei.

Gustavo Spillere não demonstrou interesse algum no trabalho nos

momentos que nos reunimos na sala de aula. Me entregou os levantamentos

dos itens com tal atraso, que já não era mais necessário.

Mateus F. foi o que menos fez algo para o trabalho. Não se interessou

por nada durante os momentos que nos reunimos em sala de aula, não se

reuniu com a equipe no dia em que viemos pela parte da manhã concluir o

trabalho, e ainda por cima não entregou levantamento – que prestasse –

algum, exceto sobre a Guerra Fria.

Maria Katarina no dia em que nos reunimos queria apenas ficar batendo

foto com uma amiga e mais ria e conversava com a fulana do que ajudava no

trabalho.

Nesta manhã que nos reunimos, Gustavo S. tampouco deu atenção ao

trabalho e se juntou com alguns amigos dele e ficou por lá conversando.

Maik não compareceu apenas por não ter sido avisado – já que havia

faltado a aula quando combinamos e não encontramos ele no MSN –, no

entanto, pelo que se conhece dele, caso fosse avisado, viria de certeza.

Tainara e Greicy ajudaram na conclusão do trabalho, corrigindo e

analisando os relatórios feitos e na escrita da carta.

Em termos de satisfação com a equipe de zero a dez, daria a nota oito.

Luis Fillipy Furtunato / 1003