trabalho de histÓria - roma antiga
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GREICY SALVARO
GUSTAVO SPILLERE
LUIS FURTUNATO
MAIK DAL PONT
MARIA KATARINA SERAFIM
MATEUS F.
TAINARA MONTEIRO
TRABALHO DE HISTÓRIA
CRICÍUMA – 2010
GREICY SALVARO
GUSTAVO SPILLERE
LUIS FURTUNATO
MAIK DAL PONT
MARIA KATARINA SERAFIM
MATEUS F.
TAINARA MONTEIRO
TRABALHO DE HISTÓRIA
Trabalho apresentado à disciplina de História, por
solicitação do professor Luciano.
CRICÍUMA – 2010
1. INTRODUÇÃO
Neste trabalho o assunto que será abordado, como previsto, a Roma Antiga, de
onde será visado explicar de maneira interativa por relatos a história de Roma,
seu surgimento, sua República e suas crises, indo ao Império, onde se
estabeleceu um período de paz até que novamente o declínio romano surgiu,
decaindo cada vez mais com o poder desta civilização até que de fato fosse
destruída.
Serão levantados itens, dos quais originarão relatórios, que como dito
acima, serão apresentados de maneira interativa – onde o narrador será um
personagem de Roma, contratado por Rômulo Augusto para relatar sobre
Roma República e Império – e objetiva.
Desde uma linha cronológica preparada textualmente como maneira de
introdução à história de Roma até o período de tempo onde se encontra o
último imperador, Rômulo Augusto.
Este trabalho visa entender o encaminhamento de Roma para sua
ascensão, seu apogeu e seu total declínio e o motivo de todos estes
acontecimentos.
Uma carta posteriormente também será relacionada como parte desta
interatividade, mostrando por intermédio do escritor – personagem / narrador –
a visão de grupo dos fatos pesquisados de uma forma criativa.
2. LEVANTAMENTO DOS DADOS
DIVISÃO CRONOLÓGICA DA HISTÓRIA DE ROMA
Mo
narq
uia
753 a.C. – Fundação de Roma
717 a.C. – Morre Rômulo (primeiro governante de Roma) que é sucedido por Numa
Pompilio.
674 a.C. – Começa o reinado de Tulio Hostilio. No período de Tulio sucedeu-se o
duelo dos Três Horácios onde derrubaram a cidade de Alba Longa, inimiga de
Roma.
641 a 535 a.C. – Passagem de outros quatro reis de Roma.
509 a.C. – Revolta dos romanos contra Tarquinio (atual rei de Roma à época) e
proclamação da Republica.
Rep
úb
lic
a
486 a.C. – O cônsul Espúrio tenta reforma agrária, mas não é permitido por conta
dos patrícios. O descontentamento dos plebeus com os patrícios cresce.
450 a.C. – Criam-se as leis das Doze Tábuas após a situação da fuga para o
Monte Sagrado realizado pelos plebeus.
367 a.C. – Os plebeus ganham acesso ao cargo de cônsul.
275 a.C. – O período das conquistas romanas se inicia, onde por sua vez,
conquistam a península itálica.
218 a.C. – Cartago ataca a península itálica.
149 a.C. – Após ocuparem a península Ibérica e derrotar Cartago, as invasões na
Grécia se iniciaram.
133. a.C. – Roma teve controle total do Mar Mediterrâneo.
81 a.C. – Inicia-se a ditadura militar em Roma.
73 a.C. – Revolta dos escravos liderados por Espártaco. Venceram o exército
romano diversas vezes, embora tenham sido derrotados.
63 a.C. – Roma passou a dominar Jerusalém.
59 a.C. – Primeiro Triunvirato (Pompeu, Crasso e Júlio César).
43 a.C. – Segundo Triunvirato (Marco Antônio, Otávio e Lépido).
27 a.C. – Otávio recebe o título de Augusto e se torna o primeiro imperador romano.
Inicia-se um novo período em Roma, o do Império.
Imp
éri
o
14 d.C. – Morre Otávio Augusto.
27 a.C. a 192 d.C. – Pax romana. Período caracterizado por grande paz no Império
romano, onde Roma esteve em seu apogeu.
193-235 d.C. – Crise do terceiro século.
284 d.C. – Cai o Alto Império, surge o Baixo Império, sofrendo momentos de crise.
313 d.C – Constantino isenta os cultos dos cristãos.
330 d.C. – Constantino reforma a cidade bizantina e a nomeia de Constantinopla.
378-395 d.C. – Governo de Teodósio.
395 d.C. – Teodósio morre como o último à governar o Império unificado. Seus dois
filhos tornam-se imperadores, um do Oriente e outro do Ocidente.
443 d.C. – Acontece um grande terremoto em Roma o qual causa grandes
desastres estruturais e econômicos, destruindo até parte do Coliseu.
475 d.C. – O governo do Imperador Rômulo Augusto inicia.
O que significa
república?
O regime republicano visa o atendimento dos interesses gerais dos
cidadãos (que em Roma inicialmente dá-se essa consideração
apenas aos patrícios). A republica tende à democracia de escolha do
poder político – poder qual se estabelece por um período pré-
determinado.
Por que a
República foi
formada e como é
a sua estrutura
política?
Roma republica passou a existir por conta das revoltas dos romanos
contra os reis etruscos em sua monarquia. Com a expulsão de
Tarquinio, o último rei romano, iniciou-se o regime republicano,
formado por magistrados (separados pelos cônsules, os questores, os
edis, os pretores, os censores e o pontífice máximo) quais eram
selecionados pelo senado, um conselho de idosos.
Por que existia
conflito entre
patrícios e
plebeus?
Estes conflitos existiam pela exclusão social a qual sofriam os
plebeus, sem os mesmos direitos dos patrícios e tendo que lhes servir
no comércio e nas lutas quando sucedia-se uma guerra, entre outras
coisas. Os plebeus puseram-se em revolta no século V.
Os plebeus
conquistaram
alguns direitos?
Cite quais foram
as
consequências.
Os plebeus enfim conquistaram seus direitos após os acontecimentos
que os fizeram fugir para o Monte Sagrado após uma guerra – a
mando dos patrícios – em qual se saíram vitoriosos. Neste local cujo
se refugiaram, os plebeus desejavam formar uma nova cidade. No
entanto, os patrícios se viram receosos se perdessem os plebeus – já
que dependiam deles para diversas coisas, inclusive para as guerras
–, sendo assim, alguns direitos foram concedidos à plebe e mais tarde
surgem as Leis das Doze Tábuas. Os plebeus enfim puderam ter o
poder político semelhante ao dos patrícios – podendo se tornar
magistrados ou simplesmente votarem. A abolição da escravidão por
dividas tornou-se um dos direitos conquistados por estes novos
cidadãos. A possibilidade de casamento entre patrícios e plebeus.
Quais as
consequências da
expansão
territorial romana?
Uma das conseqüências da expansão territorial romana foram as
Guerras Púnicas, originadas pelo seguinte motivo: como Cartago era
uma potencia comercial de demasiado poder dentro do Mediterrâneo ,
as disputas pelas rotas comerciais e pelos territórios conquistados
criaram diversos conflitos entre ambos povos. Foram três grandes
guerras das quais por fim Roma se saiu vencedora e tomou Cartago.
O fluxo de riquezas tornou-se outra grande conseqüência da
expansão territorial romana, pois os pequenos e médios proprietários
estavam impossibilitados de concorrerem com os grandes
latifundiários; esta situação originou o êxodo rural, onde os
camponeses foram todos para as cidades. A demasiada pobreza na
cidade entrou em contexto neste êxodo, seguido pelo aumento da
escravidão.
Por que surgiram
as revoltas dos
escravos em
Roma?
Houve um considerável aumento escravidão, que passou em um
período de tempo de seiscentos mil para dois milhões de escravos.
No entanto, as revoltas que se sucederam foram resultados de maus-
tratos que recebiam constantemente. Isso gerou uma revolta em
massa nos escravos que seguidos por Espártaco criaram conflito
entre os cidadãos, originando-se em guerras.
Quais eram os
objetivos dos
irmãos Graco?
Tibério e Caio Graco ao analisarem a decadência de Roma, criaram
medidas para que a crise fosse sanada. Eles perceberam que era
necessário redistribuir terras para os camponeses, já que os mesmos
eram necessários para o reabastecimento da cidade. Tibério, ao ser
eleito tribuno da plebe, propôs uma reforma agrária com a finalidade
de conter o êxodo rural e distribuir trabalho aos desocupados. No
entanto estas propostas não foram aceitas. Caio mais tarde, após a
morte de seu irmão, regressou com as propostas do mesmo e ainda
propôs a distribuição de roupas e armas para os pobres. Caio Graco
fez com que os cereais fossem distribuídos pelo governo pela metade
do preço, o que fez grande massa da população pobre tornar-se
defensora dos Graco.
Porque se
iniciaram as
ditaduras
militares? Quais
foram suas
conseqüências?
Na decorrente crise pela qual Roma trilhava sinuosamente, foi de
percepção geral e demonstração dos próprios patrícios a
incapacidade de sanarem as ordens políticas e sociais. Por conta
desta instabilidade, alguns dos generais romanos mais destacados
assumiram o poder, com o apoio do exército. Concerne a este
contexto a iniciação das ditaduras militares. A conseqüência disto foi
diversas reformas – dentre as quais visavam os benefícios de
militares. Num certo período quando os soldados passarem a ser
assalariados, o poder concentrou-se em armamento e conquista
sobre um ao outro entre os generais, contribuindo assim para a
decadência da república. Entre os anos de 86 e 27 a.C. diversos
generais se sucederam no poder e governaram como ditadores.
Como foi a
transição da
República para
Roma Império?
Com a total decadência da república romana, ocasionado por guerras,
má-administração, entre outros perturbadores acontecimentos,
Otávio, um ditador e integrante do Segundo Triunvirato da República,
deu inicio a grandes transformações na sociedade, que o levaram em
27 a.C. ao cargo de Imperador, surgindo assim, um novo período da
história de Roma.
Quais os motivos
que levaram a
decadência do
Alto Império?
As invasões bárbaras se intensificaram, o que desorganizou o
comércio, a indústria; aumento da insegurança no campo,
ocasionando na diminuição da mão de obra. As fronteiras tiveram que
obter maiores reforços, o que causou um sobejo das despesas do
Estado para que o exército se mantivesse. Dentro do exército romano
também foi instalado a anarquia, resultando em decadência do
mesmo. As invasões dos bárbaros cada vez mais aumentavam e o
resultado foi um declínio do Principado, dando adeus à paz romana e
iniciando um período chamado de Dominado ou Baixo Império.
Quais as medidas
tomadas por
Diocleciano e
Constantino?
Diocleciano e Constantino foram dois imperadores romanos que
tentaram pôr ordem no caos agregado à sociedade. Diocleciano
aumento os impostos, as cidades perderem a autonomia
administrativa e instalou a tetrarquia (governo de três) com o objetivo
de manter uma paz social, mesmo que o poder maior continuasse em
suas mãos. Criou também o Edito Máximo para que se tivesse altos
preços dos produtos comerciados e dos salários. Isso apenas piorou
a situação, que por vezes, resultava no desaparecimento de algum
produto. Já Constantino libertou os cristãos para que fizessem seus
cultos sem perseguições, através do Edito de Milão. Ele também criou
a Lei do Colonato, que obrigava o trabalho a permanecer em suas
terras, nas quais exercia seu trabalho e o grande latifundiário tinha a
obrigação de cuidar de seus trabalhadores. Constantino substituiu
então o trabalho escravo pelo servil.
Por que o
cristianismo se
tornou religião
oficial do Império
Romano?
Algum tempo após a isenção do culto dos cristãos, sanando o
problema das perseguições, Teodósio acabou aderindo a religião
para si, o que a tornou a religião oficial do Império e a partir daí,
quaisquer que fosse a religião – não sendo cristã –, esta seria
perseguida.
Quais as medidas
tomadas por
Teodósio para
administrar
politicamente o
Império Romano?
Teodósio além de estabelecer o cristianismo como religião oficial do
Império, também construiu muralhas e uma praça em Constantinopla.
Teodósio transformou os visigodos – um dos ramos dos bárbaros –
em aliados, fazendo que os mesmos participassem do exército
romano. Ao morrer, se tornou o último governante de um império
unificado de Roma, sendo que seus filhos governaram juntos,
separados, porém em regiões, o Ocidente e o Oriente.
Por que os
bárbaros
invadiram Roma?
Os povos bárbaros invadiram Roma por diversos motivos. Eles
estavam sendo ameaçados pelos povos hunos da China e fugirem
para Roma – aproveitando o enfraquecimento das fronteiras pela
crise no respectivo contexto –, iria lhes trazer mais benefícios, como
por exemplo, o clima mais ameno que existia ao sul, mais propicio
para sua sustentação e busca de alimentos.
Quais as
consequências
das invasões dos
bárbaros para o
Império Romano?
Cada vez mais intensificada se tornavam as invasões bárbaras;
mesmo com a integração destes com o exército romano, houve um
momento em que estes povos estrangeiros se revoltaram e criaram
conflitos, gerando destruição e degradação da política e economia
romana. O exército romano estando extinto praticamente, as
fronteiras abaladas e a sociedade encontrando-se em um Estado
declinado.
3. PRIMEIRO RELATÓRIO
As lendas e os fatos indicam o surgimento de Roma, sendo o primeiro período
desta nova civilização: a Monarquia. Conta-se que Rômulo e Remo foram
irmãos abandonados no rio Tibre pela própria mãe e assim foram achados e
tratados por uma loba; posteriormente, diz-se que o pastor Fáustulo e sua
esposa cuidaram das crianças.
Tornaram-se adultos Rômulo e Remo e em meados do século VIII a.C.
restauraram o pai no trono de Alba Longa e permissões incidem para que
fundem uma cidade às margens do rio Tibre. Em um ato de traição, seguido de
uma discussão entre irmãos, Remo veio a morrer pelas mãos de Rômulo que
por fim toma o trono da cidade fundada, Roma.
Fatos pesquisados e estudados em árduo trabalho apontam que realmente
Roma surgiu às margens esquerdas do rio Tibre, no ano de 753 a.C. Povos
que pelas regiões da Península habitavam foram os indo-europeus, como
latinos, sabinos e gregos, ao sul e os etruscos, povos de original formação que
aderia sua cultura em combinação dos elementos gregos e orientais.
Vê-se como hipótese que Roma teve sua formação na região de Latium
pelos chefes etruscos, unindo em somente uma comunidade uma distinção de
povoados de sabinos e latinos.
Num período de dois séculos e meio Roma pôde crescer e se desenvolver,
pondo ao lado a pequena povoação para então se transformar no início do que
viria a ser o centro do mundo já conhecido e explorado pelo homem.
Roma foi tomada por calçadas, fortificações e redes de esgoto. Assim foi
que o latim predominou neste primeiro período caracterizado pela Monarquia,
entre os anos de 753 e 509 a.C.
Data-se que entre século VII e VI a.C. o domínio dos etruscos sobre
Roma originou uma revolta nos cidadãos – denominados patrícios – no ano de
509 a.C., tendo por conseqüência a expulsão da realeza etrusca. Desta
maneira, no mesmo ano decorrente da revolta, surge a República e com esta,
um novo período para a história de Roma.
Este período data-se entre 509 e 27 a.C., antecedente ao nosso atual
período, caracterizado pelo Império.
No século V a.C. houve o domínio dos patrícios, o que rebaixou a plebe
dos direitos amplificados dos patrícios. A plebe exigiu seus direitos em um ato
rebelde que por pouco poderia ser o fim de Roma. No entanto, estes direitos
foram dados aos plebeus e criadas foram as Leis das Doze Tábuas em 450
a.C.
No século seguinte Roma foi saqueada pelos gauleses e os direitos à
plebe foram estendidos. Neste século também se iniciou a expansão romana,
onde houve domínio de toda a Península itálica.
Novamente Roma encontra-se em risco ao decorrer do século III a.C.,
podendo ter seu fim ao guerrear três vezes contra os cartaginenses – que
indubitavelmente eram extremamente poderosos. Mas Roma dominou este
povo, no norte da África e também a Sicília, a Península Ibérica e os reinos
helenísticos.
Entre os anos 200 e 100 a.C. houve maior expansão romana fora da
Itália. Neste século Tibério e Caio Graco lançaram propostas para tentarem
sanar os problemas do declínio da República. Porventura também nesta época
reformas nos exércitos são feitas por Mário em 111 a.C.
Entra-se no último século antecedente ao nascimento de Jesus Cristo e
guerras sociais entre 91 e 89 acontecem entre romanos e itálicos, assim como
guerras civis. Neste período César conquista a Gália, torna-se ditador e toma-
se assassinado nos idos de março de 44 a.C. Augusto torna-se o primeiro
imperador de Roma e o novo e atual período se inicia; dá-se fim a Roma
República.
Nasce Cristo e neste primeiro século de Império surgem as dinastias
Júlio-Cláudia e Flávio-Trajana. No Principado surge então a Pax Romana,
referente à paz estabelecida por um determinado período.
Ao decorrer das décadas Roma entrou em auge de suas cidades e do
comércio e surge a perseguição aos cristãos.
O primeiro período do Império é tido como um período de Principado – o
Alto Império –, iniciando posteriormente o começo de um grande declínio de
nossa civilização, pois o governo de início reformado por Otávio Augusto foi
entrando em decadência por novos imperadores menos competentes. Em 212
d.C. vê-se a extensão da cidadania dos romanos aos habitantes livres do
Império.
Nos anos 235 a 284 guerras civis mancham de sangue mais uma vez a
história romana.
No século seguinte a perseguição aos cristãos continua e Constantino
tornou-se o primeiro Imperador Cristão, isentando os cultos desta crença. Há
uma inversão de situação, onde o cristianismo torna-se religião oficial e novas
perseguições foram feitas – desta vez para com outros cultos, considerados
pagãos.
Nosso Império foi dividido entre Ocidente e Oriente em 395. Com o início
de um novo século há o saque de Roma em 410, como é de conhecimento do
Imperador.
Granjeando demasiada honra, por sinceridade, peço a Vossa Senhoria,
Imperador Rômulo Augusto, que considere este primeiro relatório um meio
introduzido de captar a história de nossas bases, conquistas, domínios,
ascensão e declínio no mundo até então conhecido e explorado. Segue-se,
agora, por contingência um meio de explicar e sancionar os problemas por
vossa senhoria considerados dubitáveis e seriamente degradantes ao poder de
Roma possuído, assim também como a visão de eminente perigo que
estabiliza cada vez mais esta situação.
3.1. SEGUNDO RELATÓRIO
Como dito no primeiro relatório, ao surgimento de Roma, fomos caracterizados
pela Monarquia ditando nossa forma de governo. Entretanto este modelo de
visão governamental exercida sobre os cidadãos não foi de modo algum
agradável por período de tempo tão longo.
Os etruscos tinham o domínio sobre Roma e seu modo de governo
unificado e demasiadamente fechado aos cidadãos causou desgosto e revolta
aos patrícios que liderados por Brutus, entraram em conflito contra Tarquínio,
rei etrusco.
Desta forma, Brutus foi o primeiro magistrado da República de Roma,
que se instalou no ano de 509 a.C., caracterizando um novo período para a
história desta civilização.
Roma estava muito bem desenvolvida em termos de estrutura social e
arquitetônica, e com o nascimento da República, uma forma de governo que
permite aos cidadãos – na época, apenas os patrícios possuíam tal direito – de
escolherem seu governante.
Relatam livros que todo ano eram feitas eleições que escolhiam os
magistrados, para que assim o poder não se concentrasse na mão de apenas
uma só pessoa. Deste modo existiam os dois principais magistrados,
chamados também de cônsules, que detinham o poder militar e civil. O
conselho dos idosos – que outrora já existia – adquiriu uma importância ainda
maior na denominada Roma República, pois era este conselho que escolhia os
cônsules.
Entre os magistrados também existiam outros grupos que os separavam
entre si, como os questores, que administravam o dinheiro da civilização na
época, os edis, que eram encarregados de sancionar os problemas sócio-
estruturais de Roma, como os esgotos, edifícios, ruas, tráfegos, etc. A política
de Roma à época também separava entre seus eleitos magistrados os
pretores, que se encarregavam pela justiça; os censores que revisavam a lista
dos senadores e controladores de contratos e por fim existia o pontífice
máximo, que era considerado o chefe dos sacerdotes.
A indicação do conselho dos idosos para os magistrados causava uma
grande influência, no entanto havia por outro lado a assembléia da plebe e dos
soldados para a escolha destes magistrados.
Mas no início da Roma República, como dito nos parágrafos acima,
foram os patrícios – romanos nobres – que conquistaram este novo período
romano e eles que de começo tinham os principais direitos e apenas eles
poderiam ser indicados para os magistrados ou para votarem. Plebe, então,
caracterizava todos os outros habitantes que não eram romanos nobres (os
patrícios).
Vossa senhoria pode perceber, a Republica romana teve uma marca
com as lutas pelo poder entre os patrícios e romanos. Assim, os plebeus
lutavam contra a aristocracia formada pelos patrícios, tentando arrecadar
alguns direitos sociais e o reconhecimento de cidadania neste novo regime.
A maior revolta causada na plebe foi pelo motivo de que eram cobrados
deles a participação em guerras, obrigando-os a lutar. Assim, além de direitos
não possuírem, tinham de servir nas conquistas romanas e acabavam a
declinar cada vez mais, trazendo-lhes sérios problemas econômicos.
Um manifesto sucedeu-se pelos plebeus, chamado de Revolta do Monte
Sagrado. Ao estarem regressando de uma guerra, onde se saíram vitoriosos,
os soldados plebeus não voltaram para Roma. Foram então para o Monte
Sagrado, localizado a pouca distância de Roma, intuitivos de fundarem uma
nova cidade.
Como a dependência dos patrícios para com os plebeus era grande, já
que os mesmos sancionavam as situações de guerra para Roma e
desempenhavam importante papel nas atividades de produção, eles se viram
em um grande problema: nossa civilização poderia cair. Com isto, foram
obrigados a darem certos direitos sociais aos plebeus. Dentro destes direitos
estavam a libertação da escravidão por dívidas, a devolução de terras tomadas
por credores, e também foram permitidos terem todo ano a escolha de dois
representantes da plebe na magistratura.
Pela primeira vez as leis então foram escritas, por conta desta situação
com os plebeus. Assim surgiram as Leis das Doze Tábuas, o que induziu os
direitos iguais a todos, patrícios e plebeus, o que também permitiu-lhes casar
entre si.
No entanto, há outros pontos a serem analisados para que entendamos
todo o caminho de nossa história: a expansão territorial; o que nos remete a
tanto domínio de áreas geográficas nos dias atuais como também referente à
grande parte de nosso declínio, refere-se ao interesse surgido na época de
buscar novos territórios. E como nós, romanos, viemos de uma união de
diferentes povos, podíamos ter uma facilidade de interação e integração maior
e mais facilmente abrangente.
Então, de um modo engenhoso, a admissão de possíveis inimigos foi de
grande ajuda, pois nos permitiu ter membros de outras elites aos arredores
romanos, tendo-os como amigos e arremetendo suas terras. E à recusa de
algum povo, eles eram mandados em guerra, para que ao perdessem,
entrassem em jugo dos magistrados.
Captando de forma objetiva a engenhosidade de nossos antepassados,
é perceptível que se aliar a Roma era uma maneira de integrar sociabilidade
entre dois povos distintos e aumentar o grau de poder romano, criando uma
hegemonia à nossa política. Em outras palavras também é considerável o fator
dos fornecimentos militares que este método causava a Roma, tornando-a
cada vez mais forte e dominante.
Aqueles que perdiam as guerras eram horrivelmente massacrados ou
escravizados e suas terras dominadas entrando em domínio nosso. A maneira
como se tratava de diferentes formas os povos vencidos, dificultava a união
entre os povos que dominamos no passado e suas possíveis revoltas contra
Roma.
Alguns dos povos que se aliavam tinham todos ou parciais direitos dos
cidadãos romanos, incluindo por vezes até, o de voto. No entanto isto nem
fazia grande importância, já que a distância destes povos de Roma dificultava a
presença física para a votação e também por maior parte dos eleitores serem
da nobreza.
Algumas alianças feitas permitiam aos povos terem seus próprios
magistrados e leis, desde que dispusessem de tropas que Roma requisitasse
para guerras.
A preocupação para com as possíveis revoltas em meio a todos esses
acontecimentos existia, porém. Um dos pontos analisados para comprovar isto
foram as construções de estradas por toda a Itália, permitindo o deslocamento
rápido e fácil de tropas por colônias, assim podendo sanar revoltas e se
direcionarem a possíveis guerras.
Nossas conquistas foram a dominação de toda a península Itálica, a
volta por cima que fora realizada aos cartaginenses que de forma genuína nos
atacaram pelo norte, sucedendo assim três grandes guerras entre romanos e
cartaginenses, chamadas de Guerras Púnicas, pelas disputas territoriais e
comerciais, já que Cartago era uma grande potencia comercial. No fim,
pudemos dominar o povo de Cartago, com isto, parte do norte da África, o que
nos remeteu um grande ponto comercial. Conquistamos também a Sicília, a
península Ibérica e os reinos helenísticos (como relatado na cronologia
estabelecida no relatório anterior).
Nos últimos tempos deste regime republicano, foram conquistados
territórios na Ásia Menor, o Egito e a Gália, por Júlio César.
As conseqüências destas expansões territoriais foram muitas, dentre as
quais foram examinadas que as conquistas no Mediterrâneo só produziram
profundas modificações na sociedade da época, o que concerne à expansão
mercantil-manufatureira na formação de uma nova e extremamente poderosa
classe de comerciantes e militares enriquecidos com as guerras. O grande
fluxo de riqueza para Roma foi também a ruína dos pequenos e médios
proprietários rurais que ao se verem impossibilitados de concorrer com grandes
donos de terras foram para a cidade, ocasionando um demasiado êxodo rural.
Isto também concerne à maior pobreza da cidade, o que está relativo a outros
fatores, quais como o declínio moral, como a eminência da escravidão e a
maior freqüência do divórcio.
Como dito acima, a respeito do acréscimo considerável de escravos, foi
notado em diversos livros e cartas à respeito da revolta dos escravos por seu
demasiado número. No século III a.C. eles eram aproximadamente seiscentos
mil, posteriormente, em 31 a.C. já eram mais de dois milhões. A conquista de
novos territórios no Mediterrâneo foi de grande motivação para o aumento dos
escravos em Roma. Não há dúvida, de que a principal motivação para a
saliência escravista foi a guerra, pois os prisioneiros de guerra eram
arremetidos como escravos e obrigados a trabalhar no campo, em oficinas
artesanais, em minas ou até mesmo prestando serviços domésticos.
A república perante a isto se viu tomando conta de uma realidade social
e política muito mais complexa. Todos os trabalhos exercidos outrora pelos
plebeus nesta época eram feitos pelos escravos.
Os primeiros relatos sobre a revolta dos escravos surgiram nos séculos
II e I a.C. Um dos melhores exemplos de uma das maiores e mais terríveis
revoltas que se sucederam em nossa civilização romana foi quando mais de
cem mil escravos foram liderados por Espártaco (um ex-gladiador) e lutaram
cerca de dois anos com o exército romano. Venceram neste período, diversas
batalhas, no entanto, acabaram sendo derrotados em 71 a.C. pelos
comandados de Licínio Crasso, um cônsul. O mesmo mandou crucificar seis
mil escravos para sancionar o problema das revoltas escravistas, oprimindo por
meio do medo, os escravos.
Em decadência por tantas guerras, por consequências devastadoras referentes
ao sobejo expansionista de territórios, Roma à época, viu-se em uma situação
crítica. Desta maneira, o conselho propôs que sugestões fossem dadas para
que esta crise fosse resolvida.
Os irmãos Tibério e Caio Graco se pronunciaram, manifestando suas
percepções de necessidades para Roma. Os mesmos tinham como objetivos a
redistribuição de terra aos camponeses, sendo que eles eram de grande
importância para a produção de provisões para o abastecimento da cidade,
ainda mais nos tempos de guerra.
Quando em 133 a.C. Tibério Graco foi eleito tribuno da plebe ele propôs
uma reforma agrária para conter o êxodo rural e facultar trabalho para a
população desocupada da cidade. No entanto o conselho negou a proposta.
Tibério acabou sendo assassinado.
Revisando sobre os objetivos dos irmãos Graco, relatos foram
encontrados sobre reformas sociais que propuseram. De uma maneira que
seria feita uma distribuição de terras públicas aos pobres; este fato lhes
aproximou da plebe, desagradando excessivamente os grandes proprietários.
Acabaram mortos, os dois irmãos, por perseguição.
A crise de Roma República estava fixada de tal maneira que os patrícios
não hesitaram em demonstrar incapacidade na resolução dos problemas de
ordem política e social por quais enfrentavam. Generais, então, apoiados pelo
exército, resolveram tomar o poder, realizando diversas reformas políticas e
militares.
Nesta ditadura militar surgira Mário, cujo transformou o exército romano
num corpo permanente e garantindo-lhes direito salarial. Desta maneira muito
pobres se envolveram com o exército juntamente com diversos outros já
pertencentes ao mesmo. Diz-se que Mário tornou-se um cônsul e reduziu os
privilégios dos patrícios e a autoridade do conselho.
Com sua morte, relatam os livros que Sila assumiu o poder
anteriormente de Mário.
Na ditadura de Mário houve o início do total declínio de Roma República.
Com a profissionalização do exército, houve ingresso de soldados estrangeiros
nas legiões romanas e a lealdade maior passou a ser aos generais que lhes
pagavam o salário do que à Roma. Diversas guerras civis surgiram em
resultado dos generais desejosos de poder.
Neste último período de Roma República houveram os triunviratos – dito
governo de três. O primeiro triunvirato teve a participação de Crasso, Pompeu
e Júlio César. César se destacou como sendo o general mais brilhante da
história militar de Roma. Com a morte de Crasso, o conselho temeu as
ambições de César para com a política de Roma, no entanto o mesmo teve
triunfo ao regressar a Roma – vindo de Gália como falado mais acima e no
relatório anterior – aclamado pela plebe. Desta maneira foi tido pelo conselho
como um ditador perpétuo.
Júlio César governou por dez anos Roma, e nisto já se encaminhava o
fim da republica para o nosso atual governo. Júlio César reduziu as dívidas dos
camponeses, distribuiu terras aos soldados, construiu edifícios públicos,
distribuição do título de cidadão de Roma entre os povos conquistados,
evitando revoltas.
Todas essas atitudes de César causaram desconfiança, o qual levou à
pensamentos tais como a traição da Republica – pensaram que César pudesse
se tornar rei. Por este motivo o general Júlio César foi assassinado em 44 a.C.
por um grupo do conselho.
Daí decorreu o segundo triunvirato após a morte de Júlio César, formado
por Marco Antônio, Lépido e Otávio. Com a ajuda dos militares, Otávio oprimiu
revoltas dos camponeses e dos escravos, ganhando apoio da aristocracia. Em
reconhecimento pelos seus atos ele foi titulado de Augusto, que pelo que
consta, abrange significados como “divino”, “sagrado”, também o qual se
acrescentou “Imperador (general vitorioso)”, por conta de suas vitórias
militares, desta maneira iniciou-se então um novo regime em Roma: Roma
Império, dando um fim à sinuosa República romana.
3.2. TERCEIRO RELATÓRIO
Como citado no relatório anterior, nosso Império se iniciou em 27 a.C. assim
que o ditador Otávio Augusto ganhou tal poder e titulado foi como Imperador
(significado dado à “Augusto”). O Império surgiu pela crise avassaladora do
regime republicano em que Roma passou. Esta crise tomou conta nas últimas
décadas antes do surgimento do Império. Várias tentativas de sanar esta crise
foram feitas, como por exemplo, as propostas dos irmãos Graco e a ditadura
militar.
A grande mudança observada nesta fase da história de nossa civilização
é que pela primeira vez Roma teve seus poderes concentrados nas mãos de
apenas um governante, chamado de imperador. Desta forma o senado passou
a ser apenas um órgão consultivo, deixando o imperador acima de todas os
modos de poderes.
Otávio Augusto soube administrar Roma de maneira plausível e se
tornou creditado por todos ao seu redor. Isto lhe acumulou diversos outros
títulos importantes, quais destes foram o de: príncipe, cônsul, tribuno, censor e
sumo-pontífice.
O período de Império iniciou-se em 27 a.C. como dito acima e dura até
os dias atuais, tendo no entanto uma divisão neste período. Estas divisões são
a do denominado Alto Império – do ano 27 a.C. até certo período do século III
d.C. – e a do Baixo Império que se iniciou no século III d.C. e nos ameaça até
os dias atuais.
O período do Alto Império também foi o da considerada pax romana,
época que Roma alcançou o apogeu de sua ascensão.
Otávio Augusto receoso com a questão de sucessão adotou seu parente
Tibério para que assim o mesmo após sua morte o substituísse. Com o império
de Tibério surgiram as dinastias. A primeira denominou-se Júlio-Claudiana que
durou desde 14 d.C. à 58 d.C.
Diversas outras dinastias surgiram nas décadas que se encaminhavam,
tendo a última dinastia sendo a dos Severos (193-235). Neste período iniciou-
se a chamada crise generalizada no Império. Novamente Roma passava por
uma fase de dificuldades.
Contribuíram para esta crise do Império a intensificação das invasões
bárbaras, o que desorganizou o comércio e a indústria romana e a excessiva
preocupação e falta de segurança dos camponeses fez a mão de obra diminuir,
sendo que também os agricultores eram requisitados para irem defender as
fronteiras dos estrangeiros. Com as despesas do estado para manter o
exército, saiu de controle também a administração das finanças. Outro fator
contribuinte foi à infiltração da anarquia no nosso exército.
Durante a dinastia dos Severos todos aqueles que nasciam livres nas
províncias ou em Roma foram considerados como cidadãos romanos. Desta
forma não havia mais a necessidade de se passar pelo exército sem
reconhecimento e o mesmo foi tendo o interesse evacuado pelo povo. O
exército se tornou um tipo de zona ao qual era tido para o uso das armas em
forma de poder, atacando civis ou promovendo saques. Neste período,
diversos governantes foram assassinados. Os governos do Alto Império já não
possuíam a mesma boa organização qual foi iniciada por Augusto e seguida
por razoáveis imperadores.
Nasce assim o Baixo Império, contribuído mais ainda com a diminuição
de guerras de conquistas; as fontes de riquezas – vinda dos saques –
tornaram-se limitadas. Os recursos do Império Romano diminuíram. A vida
urbana declinou-se em seus atrativos, como as oportunidades de trabalho e as
tantas agitações da sociedade que os levaram a deixarem as cidades. As vilas
dos ricos proprietários formam mais habitadas e fortificadas.
As fronteiras de Roma tornaram-se cada vez mais fracas com o declínio
do exército. Com toda esta crise do Baixo Império, os imperadores Diocleciano
(284-305) e Constantino (312-337) tentaram sufocar o caos formado tanto
social e politicamente tratando-se, do Império.
Diocleciano tomou algumas iniciativas para sanar a situação em que se
rebaixou nosso Império. A cobrança dos impostos aumentaram (desta forma a
economia do governo romano começaria a crescer novamente); a autonomia
administrativa das cidades foram extintas (para que se pudesse haver
englobamento de suas medidas); e com a visão de se instalar uma paz social,
ele instalou a tetrarquia (poder concedido à quatro governantes), mesmo que o
poder principal continuasse em suas mãos de Imperador.
Diocleciano criou o Edito Máximo para conter a alta dos salários e dos
preços. Com isto formou-se um limite máximo para preços e salários. O
objetivo mostrou-se falho, por vezes provocando até o desaparecimento do
produto comerciado.
O Imperador Diocleciano fez uma tentativa de incentivar antigas
tradições como a de culto aos deuses antigos. Por sua vez os cristãos
negaram-se a fazer isso (desde o nascimento de Jesus Cristo no império de
Augusto o cristianismo foi se espalhando por entre nossos povos romanos e
além) e então começaram a ser perseguidos e Diocleciano renunciou seu
poder em 305.
Após seis imperadores entre os anos de 305 e 312, assumiu o poder o
imperador Constantino. Este imperador aproximou-se dos cristãos, dando-lhes
a isenção de seus cultos através da criação do Edito de Milão. Uma lei
chamada de Lei do Colonato também foi instalada por ele, qual obrigava os
trabalhadores rurais a ficarem em suas terras e ao latifundiário concernia o
direito de proteger os seus trabalhadores. Com esta lei a intensificação da
produção agrícola foi perceptível. Constantino visou inverter o trabalho escravo
pelo servil.
Também como forma de proteção às fronteiras lestes do Império,
Constantino criou uma reforma em Bizâncio, dando-lhe um nome em sua
homenagem a esta cidade, por vez renomeada de Constantinopla e tornando-
se a capital oriental do Império.
Após a libertação dos cultos cristãos, Teodósio, anos mais tarde de
Constantino, tornou o cristianismo a religião oficial do estado. Teodósio
neutralizou a ação dos visigodos – parte dividida dos bárbaros – tornando-os
aliados e deixando que participassem do exército.
Após a morte de Teodósio iniciou-se uma fase nova para o Império
Romano – ainda ingressada no Baixo Império – que foi o governo de dois
imperadores ao mesmo tempo. Os filhos Arcádio e Honório governaram duas
partes diferentes de Roma: o Império Romano do Oriente e o Império Romano
do Ocidente, respectivamente pertencente aos seus filhos.
Os bárbaros que haviam já invadido Roma o fizeram também por
ameaças dos hunos – povo habitante de região da China – e pelo clima mais
ameno do sul que os fornecia mais alimentos, condições de vida melhores, etc.
E como o Império Romano estava enfraquecido militarmente, os bárbaros
aproveitaram para fazerem invasões em regiões de Roma. No entanto, houve
um momento pacífico entre eles como citado anteriormente, o que os levou até
a ingressarem nos exércitos romanos. Porém, ao passar do tempo e o aumento
da crise no governo, os bárbaros em seus excessivos processos de migração
acabaram invadindo muitas áreas de nosso Império – e ainda o continuam
fazendo.
Relatam alguns atuais escritores que o declínio romano também se dá
pelo cristianismo que cada vez mais toma posse do poder juntamente ao
governante do império, o que compete aos cristãos, visões pessoais sobre
poder. A maneira teocrática concernida ao cristianismo é mais abaladora do
que qualquer outra religião e nos refere também ao jugo entre a continuidade
do império ou da religião – esta pela qual os cidadãos se apegam e adornam-
se, pacientes em seu leito de morte, ao lado de Deus, o dito maior, e maior que
um imperador.
As conseqüências causadas pelas invasões cada vez mais constantes dos
bárbaros em nossas regiões de Império são o maior declínio romano, a
degradação social e política. A desordem e a crise eminente tornaram-se mais
ascendida do que o poder imperialista outrora criado por Augusto.
4. CARTA AO IMPERADOR
Caríssimo senhor Imperador, venho por meio desta informar-lhe de maneira
pessoal os fatos que relatei e presenciei em meio aos livros pesquisados. Foi
de uma sobeja honra para eu ser apontado e mandado por vossa senhoria, o
Imperador Rômulo Augusto, a buscar e pesquisar para teu entendimento a
história desta tão grandiosa e outrora ascendida civilização. Meus sinceros
votos são dados para que compreenda o declínio moral, social e político de
Roma e de algum modo o possa reverter a ponto de ser relembrado por
diversas gerações futuras como o Imperador que nos salvou desta devastadora
crise.
Ao anoitecer do dia vinte de setembro deste mesmo ano, 470, embarquei em
um navio a seu mando em direção ao rio Renos, por onde me encaminharia até
o local adequado cujo me permitisse pesquisar, testemunhar e relatar todo este
trabalho inserido em seus arquivos.
A viagem foi de meu agrado, embora quase adoecesse ao fim desta,
que se deu ao final de setembro, quando por fim puderam erguer a prancha de
embarque do porto me possibilitando descer à terra firme.
Com o ouro a mim depositado, pude pagar a um pobre camponês por
um bom cavalo negro para que servisse de locomoção por esta cidade.
Dirigi-me até a biblioteca imperial, observando enquanto cavalgava pelas
ruas da cidade, a mistura de patrícios e plebeus já não mais reconhecível;
presenciei algumas brigas em meu caminho – este povo já não adere mais a
mesma educação vista nos dias passados. A briga deu em morte pelo que
pude ouvir... E em plena rua, na frente de todos. O exército em seu total
declínio parece não se importar – e nem se dar ao poder – de interromper uma
briga de rua.
Como minha estada se iniciou pela parte da manhã e meu desjejum já
havia sido feito antes de desembarcar do navio, resolvi ir diretamente à
biblioteca ao invés de me hospedar em algum estabelecimento – fiz isso ao
anoitecer.
Passei boa parte da manhã e da tarde pesquisando em diversas
sessões de historiadores antigos, de livros ou relatos redigidos por intelectuais
de outras épocas. Reuni grande parte de todo este material e os li de maneira
atenciosa – e reli quando preciso –, escrevendo rápidos rascunhos em longos
pergaminhos, quais me foram de boa ajuda mais tarde. Ao fim da tarde já havia
lido grande parte de todo o material e o estudado minuciosamente. Meus
rascunhos estavam todos feitos, e após ter lido parte do material, separei por
questões importantes para sanar vossas dúvidas e criei resumos para me
facilitar o trabalho.
A fome já estava sendo um grande problema. Às quatro horas da tarde
tive que reunir todo o material recolhido e os devolvi às suas prateleiras, antes,
é claro, anotando-os em um canto de uma de meus rascunhos as informações
de cada um dos livros que recolhi e suas devidas prateleiras, para que ao meu
regresso, no dia seguinte, eu os pudesse novamente pegá-los para estudo.
Encaminhei-me a uma hospedaria de classe mediana, o qual me foi
muito bem prestada, oferecendo-me um desjejum maravilhoso.
Durante esta noite pude reler meus rascunhos e resumos de modo que
compreendesse e me aprofundasse nos assuntos por vossa pessoa solicitado.
Ao amanhecer do dia seguinte, tive minha refeição de cereais e logo
parti.
Após o trabalho na parte da manhã, me retirei ao zênite para que
pudesse almoçar. Ao regressar, retomei a leitura árdua e só me desfiz do
trabalho ao inicio da noite, criando novos rascunhos e passando-os para
resumos em específicos tópicos.
Meu trabalho ali naquele local após três dias já não me era mais
necessário e passei a ir visitar renomados historiadores pelas regiões de
Roma. Novamente embarquei em um navio e segui para a Sicília, soube que lá
se encontrava um velho homem com informações sobre a nossa história que
poucos livros diziam – e se o faziam, não eram com tantos detalhes.
Fui recebido com ligeira rispidez, mas ao longo da conversa e do
esclarecimento tivemos um bom contato e passei a anotar tudo que me
respondia ou contava. Sinto informá-lo, mas o senhor, Imperador, foi acatado
por este homem, que em suas palavras me proferiu: “Rômulo Augusto pouco
pode fazer por Roma, seu poder é de total titularidade apenas, pois exercido
está o poder sobre os bárbaros, que a cada dia nos atacam e rompem nossas
fronteiras. Chegará o momento em que Rômulo será o mesmo que um buraco
em estrada romana, somente um como qualquer outro, degradado em meio a
duros pés que o pisoteiam”.
Seguido todo o estudo realizado, me mantive perplexo por um bom
tempo ao aprofundamento de nossa história. Da horrenda revolta do escravo
Espártaco contra os cidadãos, e a crucificação para eles remetida. Espantei-me
também com a coragem dos plebeus ao fugirem para o Monte Sagrado e o
modo como este contexto lhes proporcionou parcial disponibilização social e
consideração de um cidadão como qualquer outro. Penso eu, que se de fato os
plebeus tivessem criado sua cidade e os patrícios os deixado de lado, Roma
teria caído há muito tempo. Foram diversas crises e situações que quase
levaram Roma à sua destruição, e basta um bom ciclo histórico para que isto
se repita e nos salvemos novamente dos dias que nos encontramos hoje.
Mas bem, retornei de viagem para onde se encontra vossa senhoria, o
Imperador. Durante toda a navegação preparei por fim os relatórios,
organizando-os e os refazendo três vezes, por fim corrigindo-o por uma última
vez, no que concerne aos relatórios finais apresentados. Fui questionado
durante a viagem sobre o que se referia meu trabalho, mas neguei-me a dizer,
por este motivo ameaçado fui de morte por um estrangeiro e por plebeus
revoltados. Menti-lhes e percebi o ceticismo para mim concebido. Ao menos,
me deixaram em paz, embora a obrigação de trabalho no navio fosse me dada
assim como aos outros empregados – entretanto, sem remuneração. Foram
estas minhas principais dificuldades no preparo destes relatórios e do próprio
mapa – qual me ajudou a prepará-lo o idoso qual visitei na Sícilia.
Novamente, agradeço-lhe pela confiança depositada e espero ter
superado suas expectativas em relação a estes relatórios. Tenho a sincera
esperança também que possa compreender o que relatado foi nestes textos,
entendendo e trabalhando em cima do que lhe foi apresentado para que se
envolva de maneira mais abrangente agora podendo entender as
conseqüências e os caminhos traçados por nossos antepassados. Tentando
por necessidade, restabelecer nosso Império, quebrando a crise e dando quiçá,
o regresso do que chamado era de pax romana.
Leges bonae malis ex moribus procreantur
(Dos maus costumes se criam as boas leis)
Almáquio Aurélio
5. MAPA ANALÍTICO SOBRE AS INVASÕES BÁRBARAS
6. CONCLUSÃO
Pudemos de maneira complexa entender os assuntos neste trabalho
apresentado, estudar e conhecer de modo aprofundado toda a história de
Roma, seu encaminhamento e sua ascensão, assim como seu declínio,
causado por diversas crises e invasões. Concluímos assim que a percepção de
um modo completo nos foi dado, ponto a ponto, esclarecendo não só os
caminhos que levaram a Roma ao que ela é hoje, e sim ao que somos hoje.
Podemos agora perceber e analisar coisas que são oriundas de um passado e
um local distante, mas que de qualquer maneira, nos atinge.
O modo como uma sociedade antiga vivia e se dava com outros povos e
as maneiras como faziam para que vivessem e suas estratégias políticas
visando sempre uma maneira de ascender e conquistar; consideravelmente
magnífico o estudo de uma civilização antiga e a semelhança arremetida aos
dias de hoje junto com suas diferenças.
A conclusão aderida deste trabalho vai além da estrutura e seu núcleo
estudado; isto alcança todo um sistema de conhecimento incrível e repleto de
cultura e magnitude. De fato, Roma, foi e ainda é, um Estado de grande
importância cultura e digamos também maternal ao que nos remete ao berço
de uma civilização humana, mesmo que há tão pouco tempo comparada a
outros povos tão mais antigos.
O local em que viveram e suas origens cada vez mais, também nos
levam a centenas de outras histórias que por vezes desconhecidas são. Mas
sempre estarão lá, por detrás de um superficial assunto, omitindo sangue e
natureza propriamente humana, de uma história sem igual.
RELATÓRIO FINAL
Não houve um total esforço por parte da equipe e muito menos vontade de
realização de um bom trabalho.
Um dia foi estipulado para que entregassem os levantamentos dos
dados para que isso nos ajudasse a fazer os relatórios, no entanto apenas
Maik, Greicy e Tainara me entregaram no respectivo dia, desta forma,
tínhamos quatro levantamentos de itens de sete pessoas numa equipe.
Maik, assim como Greyci e Tainara demonstraram uma preocupação
maior com o trabalho em comparação à Gustavo e Mateus, que pouco ou nada
fizeram. Maria Katarina demonstrou preocupação por vezes, no entanto nunca
agiu de fato para que realizasse algo – tanto que não chegou a me entregar
absolutamente nada do que solicitei.
Gustavo Spillere não demonstrou interesse algum no trabalho nos
momentos que nos reunimos na sala de aula. Me entregou os levantamentos
dos itens com tal atraso, que já não era mais necessário.
Mateus F. foi o que menos fez algo para o trabalho. Não se interessou
por nada durante os momentos que nos reunimos em sala de aula, não se
reuniu com a equipe no dia em que viemos pela parte da manhã concluir o
trabalho, e ainda por cima não entregou levantamento – que prestasse –
algum, exceto sobre a Guerra Fria.
Maria Katarina no dia em que nos reunimos queria apenas ficar batendo
foto com uma amiga e mais ria e conversava com a fulana do que ajudava no
trabalho.
Nesta manhã que nos reunimos, Gustavo S. tampouco deu atenção ao
trabalho e se juntou com alguns amigos dele e ficou por lá conversando.
Maik não compareceu apenas por não ter sido avisado – já que havia
faltado a aula quando combinamos e não encontramos ele no MSN –, no
entanto, pelo que se conhece dele, caso fosse avisado, viria de certeza.
Tainara e Greicy ajudaram na conclusão do trabalho, corrigindo e
analisando os relatórios feitos e na escrita da carta.
Em termos de satisfação com a equipe de zero a dez, daria a nota oito.
Luis Fillipy Furtunato / 1003