trabalho de condutores
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UNIVERSIDADE BANDEIRANTES / ANHANGUERA
Anderson AP. de Souza RA: 3729681857
Antonio Carlos S. Johanson RA: 3708640782
Carlos Martim O. Da Silva RA: 4211814935
Cirso Rocha RA: 4205787659
Edmar S. Amorim RA: 3715635428
Guilherme Piolli da Luz RA: 4207797137
Joildo Rocha Reis Junior RA: 4209729546
Késia Sâmela dos Santos Costa RA: 4436811857
Luciano Coutinho Lanzoni RA: 3776752198
Ricardo Felipe de Mattos Salvador RA: 4201781929
MATERIAIS ELETRÔNICOS
ENGENHARIA ELÉTRICA
5º SEMESTRE
CONDUTORES E ISOLANTES
Professor: Alexandre Oliveira
Osasco - SP
Março – 2014
1. INTRODUÇÃO
O trabalho de materiais eletrônicos é constituído em parte escrita e seminário, onde
deverá ser feito conclusão e uma apresentação com os respectivos temas
abordados.
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SUMÁRIO
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INTRODUÇÃO 2
2 CONDUTORES E ISOLANTES .............................................................................4
3 O COBRE COMO CONDUTOR. ............................................................................5
3.1 HISTÓRIA..............................................................................................................5
3.2 PROCESSO INDUSTRIAL DO COBRE .......................................................................6
3.3 PROPRIEDADES BÁSICAS DO COBRE .....................................................................8
3.4 PRICIPAIS ATRIBUTOS DO COBRE NA CONDUÇÃO DE ENERGIA................................9
4 FIOS E CABOS: CONDUTORES DA EVOLUÇÃO HUMANA ..............................9
5 TIPOS DE ISOLAÇÃO .........................................................................................11
6 A CONDUTIVIDADE TÉRMICA DE METAIS E SUAS LIGAS ............................16
7 CARACTERISTICAS DOS METAIS CONDUTORES ..........................................17
8 CONCLUSÃO ......................................................................................................18
9 BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................19
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2. CONDUTORES E ISOLANTES
Materiais condutores e isolantes
Todos os corpos são constituídos por átomos e estes são formados por partículas
com pequenas dimensões que são os nêutrons (não possuem carga), os prótons
(partículas de carga positiva) e os elétrons (partículas de carga negativa). Os
nêutrons juntamente com os prótons ficam no interior do núcleo, e os elétrons ficam
na eletrosfera. Para manter esses elétrons sempre em órbita na eletrosfera, existem
forças internas que os seguram, não deixando que os mesmos escapem. No
entanto, quanto maior a distância entre a órbita e o núcleo, mais fraca é a força que
mantém o elétron preso ao átomo, pois, dessa forma, pode se mover com certa
liberdade no interior do material, dando origem aos chamados elétrons livres.
O que determina se um material é condutor ou isolante é justamente a existência
dos elétrons livres. São eles os responsáveis pela passagem e transporte da
corrente elétrica através dos materiais. São chamados de condutores aqueles
materiais onde há possibilidade de trânsito da corrente elétrica através dele como,
por exemplo, o ferro. Este é um elemento químico que possui dois elétrons na última
camada, os quais estão fracamente ligados ao núcleo. Dessa forma, o ferro se torna
um ótimo condutor de eletricidade.
Com os materiais isolantes, também chamados de materiais dielétricos, ocorre o
processo inverso. Nesses materiais, os elétrons estão fortemente ligados ao núcleo
atômico, ou seja, eles não possuem elétrons livres ou a quantidade é tão pequena
que pode ser desprezada. Dessa maneira, não permitem passagem de corrente 4
elétrica. São bons exemplos de materiais isolantes: o vidro, a borracha, a cerâmica e
o plástico.
3. O COBRE COMO CONDUTOR.
3.1 HISTORIA.
O cobre foi o primeiro metal usado pelo homem.
Acredita-se que por volta de 13.000 a.C. foi
encontrado na superfície da Terra em forma de
"cobre nativo", o metal puro em seu estado metálico.
Usado inicialmente como substituto da pedra como
ferramenta de trabalho, armas e objeto de
decoração, o cobre tornou-se, pela sua resistência,
uma descoberta fundamental na história da evolução
humana.
Os Romanos designaram o
cobre com o nome de "Aes
Cyprium", o Metal de Cyprus, já
que a Ilha de Cyprus ( Chipre )
foi uma das primeiras fontes do
metal. Com o tempo, o nome se
transformou em Cyprium e
depois em Cuprum, originando
o símbolo químico "Cu".
Através dos séculos, o cobre foi identificado pelo símbolo, que é uma forma
modificada do antigo hieróglifo usado pêlos antigos egípcios para representar a vida
eterna.
O fato de se ter encontrado objetos de cobre tão antigos em diversos lugares do
mundo é prova das propriedades únicas do metal: durabilidade, resistência à
corrosão e fácil manejo.
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Apesar de sua antiguidade, o Cobre manteve, aliado aos metais mais novos, um
papel predominante na evolução da humanidade, sendo utilizado em todas as fases
das revoluções tecnológicas pelas quais o ser humano já passou.
As minas de cobre mais importantes do mundo estão localizadas no Chile,
Estados Unidos, Canadá, Rússia e Zâmbia.
Em 1874, foi descoberta a mina Caraíba, no sertão da Bahia. Somente após 70
anos é que foram iniciados os trabalhos de prospecção.
3.2 PROCESSO INDUSTRIAL DO COBRE.
As minas de cobre são classificadas de acordo com o sistema de exploração:
Minas à Céu Aberto são aquelas cujo mineral se encontra próximo da superfície e
Minas subterrâneas, aquelas em que o mineral se encontra em profundidade,
necessitando de explosivos para sua extração.
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Da mina sai o minério contendo de 1% a 2% de cobre. Depois de extraído,
britado e moído, o minério passa por células de
flotação que separam a sua parte rica em cobre
do material inerte e converte-se num
concentrado, cujo teor médio de cobre é de
30%. Este concentrado é fundido em um forno
onde ocorre a oxidação do ferro e do enxofre,
chegando-se a um produto intermediário
chamado matte, com 60% de cobre. O matte
líquido passa por um conversor e, através de um processo de oxidação (insufla
oxigênio para a purificação do metal ), é transformado em cobre blister, com 98,5%
de cobre, que contém ainda impurezas como resíduos de enxofre, ferro e metais
preciosos. O cobre blister, ainda no estado líquido, passa por processo de refino e,
ao seu final, é moldado, chegando ao ânodo com 99,5% de cobre. Após resfriados,
os ânodos são colocados em células de eletrólise. São então intercalados por finas
chapas de cobre eletrolítico, denominadas chapas de partida. Aplicando-se uma
corrente elétrica, o cobre se separa do ânodo e viaja através do eletrólito até
depositar-se nas placas iniciadoras, constituindo-se o catodo de cobre, com pureza
superior a 99,99%. Este cátodo é moldado em suas diferentes formas comerciais
para, posteriormente, ser processado e transformado em fios, barras e perfis,
chapas, tiras, tubos e outras aplicações da indústria.
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Breve fluxograma do processo até um produto final.
3.3 PROPRIEDADES BÁSICAS DO COBRE.
O cobre é um elemento metálico com número atômico 29 e peso atômico de
63,57. O seu símbolo químico é Cu, e suas valências são +1 e +2. Não é magnético
e pode ser utilizado puro ou em ligas com outros metais que lhe conferem
excelentes propriedades químicas e físicas.
Densidade: 8,96 g / cm3 ( 20°C )
Ponto de fusão: 1083ºC
Ponto de ebulição: 2595°C
Coeficiente de dilatação térmica linear: 16,5 x 10 -6 cm/cm/°C ( 20°C)8
Resistividade elétrica: 1,673 x 10 -6 ohm.cm (20°C)
Pressão de vapor: 101 mm Hg à 20°C
Condutividade elétrica: 101 % IACS à 20 °C
Calor latente de fusão: 50,6 cal/g
Calor específico: 0,0912 cal/g/°C (20°C)
O Cobre Como Padrão de Condutibilidade
Em 1913, a Comissão Internacional de Eletrotécnica adotou a condutibilidade do
cobre como padrão, definindo-a como sendo 100% para cobre recozido (IACS). Isto
significa que o cobre proporciona uma maior capacidade de conduzir corrente
elétrica para um mesmo diâmetro de fio ou cabo do que qualquer outro metal de
engenharia usualmente empregado como condutor elétrico.
Cabos elétricos de cobre requerem menor isolação e eletrodutos de menor
diâmetro quando comparados com cabos de alumínio. O alumínio possui menor
condutibilidade elétrica, necessitando, portanto, de cabos de maior diâmetro quando
comparados com o cobre para conduzir a mesma corrente. Este é o motivo pelo qual
num dado eletroduto é possível instalar uma maior quantidade de fios ou cabos de
cobre comparados com o alumínio. Além disso, o cobre também proporciona uma
condutividade térmica superior (60% superior ao alumínio), o que leva a uma
economia de energia e facilita a dissipação de calor.
3.4 PRINCIPAIS ATRIBUTOS DO COBRE NA CONDUÇÃO DE ENERGIA
O cobre é o mais eficiente, resistente e confiável metal para ser utilizado em
condutores elétricos. Veja o porquê:
O Cobre Possui Resistência e Ductilidade;Esta única combinação faz do cobre o
metal ideal para condutores. Normalmente quanto mais resistente é um metal,
menos flexibilidade ele terá. Isto não ocorre com o cobre. Assim você terá as
vantagens de durabilidade e ductilidade quando especificar o cobre como material
condutor.
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Com fios e cabos de cobre você obtém:
capacidade de corrente superior com menos seções.
fácil instalação, não necessita de conectores especiais, ferramentas,
procedimentos etc.
maior quantidade de fios por eletroduto.
elevada resistência ao estiramento, ao creep, à corrosão, à quebra e à
diminuição de seção do condutor.
ausência de manutenção.
extra proteção contra possíveis problemas durante a operação do sistema.
4. FIOS E CABOS: CONDUTORES DA EVOLUÇÃO HUMANA
Criados inicialmente para a transmissão de dados telegráficos, os fios e
cabos evoluíram graças às descobertas de materiais mais eficientes para
sua isolação, tornando os condutores cada vez mais seguros.
A eletricidade é responsável por uma revolução no cotidiano de toda a
humanidade, mas muitos dos avanços e facilidades trazidos pela energia elétrica só
foram conquistados graças à invenção dos fios e cabos. Surgidos no início do século
XVIII, os primeiros condutores eram muito diferentes daqueles que conhecemos hoje
e suas primeiras aplicações eram na transmissão de mensagens de telégrafos.
Telégrafo
A primeira experiência bem sucedida foi realizada pelo inglês William Watson, em
1747, quando um condutor feito de juta e com pouco mais de três quilômetros de
extensão foi utilizado para transmitir informações entre as margens do rio Tamisa,
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em Londres. Em 1795, o espanhol Dom Francisco Salva aplicou, pela primeira vez
na história dos condutores, papel para isolar condutores metálicos usados também
na transmissão telegráfica. Já a invenção do primeiro cabo efetivamente isolado é
creditada ao barão Von Schilling que, entre 1812 e 1815, desenvolveu um condutor
submarino que cruzava o rio Sena para detonação de minas e era feito de fios de
cobre e isolado com um tipo de borracha indiana seca e envernizada.
Com o fim da guerra, Schilling convenceu o imperador russo Nicolau a construir
uma linha telegráfica entre São Petersburgo e Peterhoff, em 1836. As linhas eram
formadas por cabos aéreos nus e subterrâneos que foram isolados individualmente
com seda envernizada, amarrados e impregnados com asfalto.
A experiência deu certo e estimulou pesquisas de novos tipos de isolação para os
cabos de transmissão de dados e, em 1848, a isolação com uma planta asiática
chamada gutta percha foi aplicada em um cabo de uma linha telegráfica subterrânea
com mais de cinco quilômetros, localizada entre as cidades de Berlim e Gross
Berem, ambas na Alemanha.
A utilização da tecnologia dos condutores para a transmissão de eletricidade se
deve a dois fatores: à descoberta das células voltaicas por Alessandro Volta, em
1800, que permitiu a reprodução repetitiva e contínua da energia elétrica, e à criação
do dínamo em anel por Zénobe Gramme, em 1871, que possibilitou o uso do
gerador de corrente contínua em alta tensão.
O uso dos condutores na transmissão de energia
se popularizou com o processo de iluminação pública
iniciado por Thomas Alva Edison , em 1882, quando o
inventor utilizou dois grossos fios de cobre separados
por papel dentro de um tubo de ferro cheio de betume
para conduzir eletricidade para lâmpadas
incandescentes, formando o primeiro sistema de
iluminação pública que se tem notícia.
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O sistema funcionou com eficiência durante um ano e só foi substituído porque o
professor de engenharia elétrica John Hopkinson criou um sistema de cabos
trefilados para condução de corrente contínua que utilizava 50% menos cobre.
Assim, o sistema usado por Edison foi trocado por outro que usava dentro de cada
tubo de ferro, ainda preenchido com betume, três fios de cobre isolados
individualmente com gutta percha e colocados em forma de triângulo sobre outro
condutor.
Este tipo de condutor foi utilizado para a iluminação de diversas cidades até
meados de 1950, quando os cabos foram substituídos por tecnologias mais
parecidas com as conhecidas atualmente.
5. TIPOS DE ISOLAÇÃO
Entre os componentes dos fios e cabos, a isolação é um dos mais importantes,
pois, como o próprio nome sugere, serve para isolar eletricamente a parte metálica
do produto – o condutor – de outros condutores e do ambiente. É importante lembrar
que isolação é diferente de isolamento, termo que não se aplica a este tema, pois
isolamento refere-se à quantidade, como resistência, e isolação refere-se à
qualidade do produto.
As primeiras isolações de condutores
elétricos foram as mesmas utilizadas nos
cabos telegráficos, como a planta gutta
percha. No final do século XIX outras
substâncias como gomas, fibra de vidro,
areia e compostos betuminosos foram
usadas, mas um material, o papel –
utilizado pela primeira vez para isolação
de fios e cabos em 1795 – é aplicado até
hoje. As propriedades isolantes do papel
foram descobertas e aplicadas pelo
espanhol Francisco Salva, mas foi somente em 1836 que seu uso foi conhecido,
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Planta gutta percha
graças à apresentação sobre o tema do cientista Michael Faraday na Academia Real
de Londres.
O uso do papel para a isolação foi difundido apenas em 1890, também em
Londres, e o material era impregnado de betume para reduzir a perda da
característica isolante devido à umidade. A isolação em papel facilitou o aumento
das tensões utilizadas em cabos, porém as descargas internas começaram a
provocar perfurações na isolação e o papel começou a perder espaço no início do
século XX.
Essas isolações que utilizam papel impregnado são chamadas de estratificadas.
De acordo com o gerente técnico comercial da Wirex Cable, Carlos Finck, apesar de
atualmente haver isolações melhores, ainda é possível encontrar alguns condutores
com isolação de papel impregnado em óleo fluido, principalmente em média e alta
tensão para a reposição de circuitos antigos. “Atualmente no país existem várias
linhas de transmissão para tensões superiores a 145 kV com cabos isolados em
papel ainda em operação”, completa o gerente de marketing de produtos da
Prysmian, Rubens Bertim de Campos.
Depois da isolação em papel, foram utilizadas isolações a óleo, onde os cabos
eram impregnados da substância e mantidos sob pressão por vasos de
compensação ligados a caixas de junção. Ainda no século XIX, foram utilizados
como isolantes a gutta percha, a borracha natural e a borracha vulcanizada.
Em 1850, o esmalte começou a ser usado para isolação de fios para
enrolamentos de transformadores e motores e em 1910 passou a ser produzido em
larga escala. Este tipo de isolação é utilizado até hoje, mas sua composição química
mudou ao longo da evolução tecnológica, principalmente com a chegada dos
isolantes termoplásticos e termofixos, chamados de isolação por materiais sólidos.
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Os isolantes termoplásticos são o polietileno (PE – pouco utilizado atualmente no
Brasil) e o cloreto de polivinila, mais conhecido como PVC, plásticos derivados de
petróleo. Já os isolantes termofixos são o etileno-propileno, chamado no mercado
simplesmente de EPR, e o polietileno reticulado, o XLPE.
O isolante de PVC é composto por resina sintética (cloreto de polivinila puro),
estabilizantes, cargas e plastificante. Possui boa estabilidade química,
principalmente se comparado com outros isolantes, e é pouco sensível à água.
Podem ser facilmente coloridos e a utilização de estabilizantes adequados pode
combater o envelhecimento térmico. Sua rigidez dielétrica e poder indutor são altos,
mas sua resistência de isolamento é mais fraca comparada ao isolante de polietileno
e suas perdas dielétricas acima de 20 kV são grandes. Por isso, são indicados para
cabos de potência em instalações elétricas de até 10 kV.
O PVC não é exatamente um bom condutor de fogo, mas sua queima produz
fumaça com grandes quantidades de gases tóxicos e corrosivos. “Como a base do
PVC possui cloro, é emitido gás clorídrico durante incêndios, e a intoxicação por
fumaça é uma das principais causas de morte nestes casos”, completa o vice-
presidente comercial e de marketing da Nexans, Chaim Tencer.
Os cabos isolados com PVC são mais facilmente encontrados no mercado e isso
se deve ao relativo pouco tempo de existência dos condutores com baixa emissão
de fumaça e gases tóxicos, cujas normas ABNT NBR 5410 e a NBR 13570 obrigam,
em certos locais e em certas maneiras de instalar, o uso de cabos com baixa
emissão de fumaça, gases tóxicos e corrosivos, que devem ser fabricados conforme
a NBR 13248.
Os cabos isolados com etileno-propileno, ou EPR, são geralmente reticulados
com peróxidos orgânicos e dessa mistura é possível obter uma boa resistência aos
agentes oxidantes e ao envelhecimento térmico, que permite manter em um nível
aceitável as densidades de correntes quando instalados em ambientes quentes.
Também possui elevada resistência às radiações e descargas ionizantes, e
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resistência à deformação térmica durante curtos-circuitos de até 250 ºC. Como o
EPR é um tipo de borracha, também é muito flexível mesmo em temperaturas
baixas.
O EPR possui baixas perdas em média tensão, mínima dispersão da rigidez
dielétrica e é pouco suscetível a um fenômeno chamado treeing, que é responsável
pela formação de arborescências na isolação, resultando em descargas localizadas
e deterioração do material. Podem ser usados em condutores para baixa, média e
alta tensão. Atualmente o mais utilizado é o EPR 105 que permite que os cabos
trabalhem com gradiente elétrico elevado e suportem temperatura de operação do
condutor de até 105 ºC.
O polietileno reticulado, conhecido no mercado como XLPE, em sua reticulação
passa por um processo interno de transformação parecido com a vulcanização de
uma borracha, com isso, o material deixa de estar sujeito a fissuras que poderiam
ocorrer na utilização da resina em seu estado original. A reticulação também otimiza
o comportamento mecânico do polietileno e aumenta a resistência à intempéries e
ao fogo.
O XLPE também é resistente às deformações térmicas em até 250 ºC e tem
desempenho satisfatório quando opera em baixas temperaturas, mantendo sua
estabilidade química.
Os condutores com XLPE são comumente utilizados em baixa e média tensão,
mas sua aplicação em instalações com tensão superior a 15 kV exige cautela, pois
esse tipo de isolação possui dispersão alta da rigidez dielétrica e pode apresentar
treeing. Esse tipo de isolação só não é recomendada para aplicações em que os
cabos serão submetidos a algum tipo de umidade, como instalações subterrâneas
ou em canaletas. “Sem os cuidados adequados de projeto e processo, a isolação em
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XLPE apresenta uma maior propensão à formação de arborescência”, completa
Campos.
Além das particularidades já apresentadas, as isolações em PVC, EPR e XLPE
possuem algumas propriedades em comum, como o escoamento mínimo mesmo
quando instalados na vertical já que os isolantes são sólidos. Os três isolantes
compartilham da elevada resistência ao envelhecimento por causas elétricas e
químicas, da homogeneidade da isolação, além da mínima absorção de umidade e
insensibilidade à vibração.
Atualmente, o PVC é o isolante mais utilizado para condutores de baixa tensão
por seu baixo custo, bom desempenho elétrico e boa resistência à propagação de
incêndio. Porém, polímeros mais modernos como o Etileno Vinil Acetato (EVA) tem
ganhado cada vez mais espaço por serem livres de halogênios e,
consequentemente, emitirem pouca fumaça e gases tóxicos em caso de incêndio.
A existência de uma nuvem de elétrons, conforme mencionamos nas linhas
anteriores, podem ser constatadas pelos seguintes fatos:
Durante a passagem de uma corrente elétrica por um elemento condutor,
metálico, não se pode observar uma difusão de átomos de um metal no outro.
Levando-se um elemento que conduz corrente elétrica a velocidades elevadas, e
freando-se instantaneamente o condutor, nota-se uma maior concentração de
elétrons numa das extremidades, motivadas pela energia dos elétrons que compõem
a nuvem.
Quando um metal sofre aquecimento, este atua sobre os elétrons que formam a
nuvem, podendo alguns destes, em função da energia térmica incidente, até
abandonar o elemento condutor.
Condutor Sob a ação de uma diferença de potencial U.
Coeficiente de temperatura e Condutividade Térmica
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A resistência elétrica, correlacionando correntes que circulam sob um potencial
aplicando, serve indiretamente de medida da quantidade de energia absorvida por
imperfeições cristalinas e outros fatores.
6. A CONDUTIVIDADE TÉRMICA DE METAIS E SUAS LIGAS
A condutividade térmica quantifica a habilidade
dos materiais de conduzir energia térmica, ou seja, de proporcionar calor. Estruturas
feitas com materiais de alta condutividade térmica conduzem energia térmica de
forma mais rápida e eficiente que estruturas análogas feitas contudo de materiais
com baixa condutividade térmica. Desta maneira, materiais com alta condutividade
térmica são utilizados em dissipadores térmicos e materiais de baixa condutividade
térmica são utilizados na confecção de objetos que visam a prover isolamentos
térmicos, a exemplo, emcobertores.
Sendo fonte das perdas de energia o condutor pelo qual circula a corrente
elétrica e essas perdas, que são impossíveis de serem evitadas, geram calor, deve
este ser liberado ao ambiente o mais depressa possível, para evitar, para evitar que
a energia térmica altere as condições do material. Compreende-se assim, desde
logo, que o estudo do comportamento térmico do material empregado, seja condutor
ou isolante, é de importância elevada, para se Ter certeza de que, nas condições de
serviço previstas, o equipamento não sofrerá danos.
7. CARACTERISTICAS DOS METAIS CONDUTORES
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Material Resistência Térmica
Cobre 0.24
Alumínio 0.40
Zinco 0.90
Estanho 1.55
Chumbo 3.00
Abreviatura Potencial em V a 25 ºC
Magnésio Mg -2.34 Estanho Sn -0.16
Alumínio Al -1.33 Chumbo Pb -0.12
Zinco Zn -0.76 Hidrogênio H 0.00
Cromo Cr -0.51 Cobre Cu +0.34
Ferro Fe -0.44 Prata Ag +0.79
Cádmio Cd -0.40 Mercúrio Hg +0.35
Cobalto Co -0.28 Ouro Au +1.36
Níquel Ni -0.23 Platina Pt +1.60
8. CONCLUSÃO
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Analisando os fatos históricos expostos no trabalho podemos concluir a imensa
importância dos materias condutores e isolantes no decorrer da evolução humana,
suas principais características e suas aplicações.
9. BIBLIOGRAFIA
19
- http://www.brasilescola.com/fisica/condutores-isolantes.htm ( Acessado em
22/03/2014 ás 10:40)
- ATITUDE EDITORIAL / Edição 47, Dezembro de 2009 Por Weruska Goeking
- http://monografias.brasilescola.com/engenharia/condutor.htm ( Acessado em
22/03/2014 ás 13:33)
IMAGENS
-http://press.algarvecentral.net/wp-content/uploads/2009/09/Fotografia-Tel
%C3%A9grafo.jpg ( Acessado em 22/03/2014 ás 10:45)
- http://micro.magnet.fsu.edu/optics/timeline/people/antiqueimages/edison.jpg
( Acessado em 22/03/2014 ás 10:50)
- http://www.keele.ac.uk/arboretum/trees/species/gutta-perchatree/ ( Acessado em
22/03/2014 ás 12:30)
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