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ASSOCIAÇÃO DE DIFERENTES HERBICIDAS PARA CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS: INIBIDORES DA TUBULINA/AUXINA, ALS/PROTOX, FS II/PROTOX. Anderson Pessotto 1 , Jacson Vinicius Gandin 1 , João Paulo Barcarolo 1 , Diecson R. da Silva 2 . REVISÃO BIBLIOGRÁFICA RESUMO As plantas daninhas têm presença indesejada na área de produção de grãos, as mesmas fazem com que o grão perca em qualidade, além de dificultar operações, como a colheita. O controle das plantas daninhas é primordial para que a cultura de interesse econômico possa emergir e se desenvolver sem competição com plantas invasoras por água, luz, espaço e sais minerais, além dela poder ser hospedeira para doenças e nematoides.. A padronização das medidas de controle, fez com que algumas plantas daninhas com genótipos superiores se tornassem resistentes a alguns herbicidas/grupo de herbicidas, dificultado assim, o controle das mesmas. O uso de misturas prontas (Misturas de Herbicidas) com mais de um mecanismo de ação, “surge” como 1- Acadêmico do curso de Agronomia – UFSM/FW. 2- Professor Dr. em Agronomia da UFSM/FW.

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ASSOCIAO DE DIFERENTES HERBICIDAS PARA CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS: INIBIDORES DA TUBULINA/AUXINA, ALS/PROTOX, FS II/PROTOX.Anderson Pessotto1, Jacson Vinicius Gandin1, Joo Paulo Barcarolo1, Diecson R. da Silva2.REVISO BIBLIOGRFICARESUMOAs plantas daninhas tm presena indesejada na rea de produo de gros, as mesmas fazem com que o gro perca em qualidade, alm de dificultar operaes, como a colheita. O controle das plantas daninhas primordial para que a cultura de interesse econmico possa emergir e se desenvolver sem competio com plantas invasoras por gua, luz, espao e sais minerais, alm dela poder ser hospedeira para doenas e nematoides.. A padronizao das medidas de controle, fez com que algumas plantas daninhas com gentipos superiores se tornassem resistentes a alguns herbicidas/grupo de herbicidas, dificultado assim, o controle das mesmas. O uso de misturas prontas (Misturas de Herbicidas) com mais de um mecanismo de ao, surge como uma das alternativas para eliminar plantas de difcil controle, alm de apresentar maior eficincia econmica ao produtor.

Palavras chaves: Plantas Daninhas, Competio, Controle, Resistncia, Mistura de Herbicidas.HERBICIDES DIFFERENT ASSOCIATION PLANT CONTROL WEEDS: INHIBITORS TUBULIN / AUXIN, ALS / PROTOX, FS II / PROTOX.ABSTRACTWeeds are unwelcome presence in grain production area, they cause the grain lost in quality, and difficult operations, such as harvesting. The weed control is essential to the culture of economic interests can emerge and develop without competition from weeds for water, light, space and minerals, beyond it may be host to diseases and nematodes. The standardization of the control measures, has caused some weeds become resistant to some herbicides / group of herbicides, hampered thus control them. The use of ready-made mixtures with more than one mechanism of action (herbicides mixtures), "come" as an alternative to eliminate plants unwieldy and presents greater economic efficiency to the producer.

Key words: Plants Weeds, Competition, Control, Strength, Herbicides Mixture.

INTRODUO So consideradas daninhas as plantas crescem onde no so desejadas e que causam prejuzos s atividades humanas. Em reas de produo de gros, so daninhas aquelas plantas que, crescendo com a cultura, reduzem a quantidade gros produzidos, prejudicam a qualidade desses gros(tamanho ,peso e aspecto),dificultam a colheita, exigem tempo dedicado no seu controle aumentando os custos de produo (SKORA,NETO et al.,2006).As plantas daninhas quando crescem juntamente as culturas interferem diretamente no seu desenvolvimento, devido competio por nutrientes minerais essenciais, luz, gua, e espao. Certas espcies interferem alelopaticamente contra a planta cultivada. As plantas daninhas tambm podem interferir diretamente depreciando a qualidade do produto colhido e indiretamente por hospedarem pragas, doenas e nematoides nocivos a cultura, causando srios prejuzos ao crescimento, desenvolvimento e produtividade das plantas cultivadas (LORENZI, 2006).Tendo em vista a competio que as culturas sofrem, h necessidade de diferentes mtodos de controle de plantas daninhas, visando minimizar ou extinguir a interferncia causada nas culturas. O controle de plantas assume um papel extremamente importante no manejo de inmeras culturas, apresentando reflexos diretos no rendimento das lavouras e nos custos de produo. As tticas devem ser inseridas em um sistema de controle integrado, ou seja, conjunto de prticas de manejo do solo e cultural, que interfiram negativamente no estabelecimento e na competio das plantas daninhas com a cultura. Os principais mtodos de controle so preventivos, mecnicos, biolgicos e qumicos.Dentre os mtodos de controle o mais empregado tem sido o qumico. Neste tipo de controle obedece ao principio de que certos produtos qumicos so capazes de matar ou inibir potencialmente o desenvolvimento de uma planta. Esses produtos so denominados herbicidas. Os herbicidas so substncias qumicas capazes de selecionar populaes de plantas. O termo seleo se refere atuao desses produtos, provocando a morte de certas plantas e de outras no. De acordo com Zimdhal (1993), a etimologia da palavra vem do latim Herba (planta) e caedere (matar).Os herbicidas so compostos que tm atividade biolgica importante para a produo de alimentos (STEPHENSON et al., 2006). Na dcada de 1940, havia poucos herbicidas e a escolha entre eles era muito simples: ou se usava 2,4-D para folhas largas, ou um dos herbicidas no seletivos, tais como arsenato de chumbo ou sais. Na dcada de 1970, o desenvolvimento de herbicidas explodiu e atualmente a lista de herbicidas disponveis no mercado muito grande. No somente o nmero de herbicidas aumentou, como tambm os tipos de herbicidas com os mesmos ingredientes ativos e com diferentes nomes comerciais (LEIN et al., 2004). De maneira geral, geral os herbicidas so seletivos ou no seletivos, com relao ao tipo de plantas que matam: a)herbicidas graminicidas ou de folhas estreitas so aqueles capazes de matar apenas as planta daninhas do grupo da monocotiledneas ou de folhas estreitas; b) herbicidas latifolicida ou de folhas largas so capazes de matar apenas plantas do grupo das dicotiledneas ou de folha larga. Esta classificao tornou-se inadequada medida que herbicidas mais complexos foram sendo desenvolvidos e capazes de controlar espcies de ambos os grupos (LORENZI 2006).Entretanto, somente os nomes comuns e comercias de herbicidas so insuficientes para determinar qual o seu funcionamento ou como eles devem ser usados. H necessidade de se adquirir informaes como famlia qumica e entender como eles funcionam na planta para utiliz-los corretamenteA escolha dos herbicidas, suas doses, misturas e a opo pela aplicao sequencial depende, entre outros fatores, das espcies presentes na rea e do tamanho das plantas no momento da pulverizao. Para realizar o controle qumico necessrio conhecer as plantas daninhas que ocorrem na lavoura, escolher, entre os produtos registrados para a cultura, informar sobre a necessidade de adjuvantes e sobre o perodo residual dos produtos, isto , quanto tempo o produto permanece ativo no solo, e se podem causar danos nas culturas sequenciais. A eficincia desse tipo de controle depende dos fatores mencionados acima e das condies de aplicao como: velocidade do vento, temperatura e umidade relativa do ar, umidade relativa do solo e possibilidade de chuva aps aplicao, bem como do uso de equipamentos, bicos e regulagens adequados (SKORA NETO et al., 2006).Contudo, apesar da grande utilizao desses produtos, h conflitos sobre as vantagens e desvantagens causadas pelos herbicidas. Assim, necessria a correta recomendao tcnica para a utilizao desses produtos, pois preciso saber onde e como agem, suas caractersticas fsico- qumicas e biolgicas, seletividade, interao com o ambiente. A mistura de herbicidas uma prtica que aumenta economicamente a viabilidade do controle de plantas daninhas em curto prazo, isto se deve aplicao de mais de um mecanismo de ao em somente uma pulverizao. Porm a aplicao s permitida quando for feita com misturas prontas (oriundas de fbrica), o que na maioria das vezes no ocorre. indiscutvel que a mistura em tanque traz vantagens econmicas em curto prazo, porm, h vrias razes para esta prtica ser proibida em todo o territrio nacional, razes estas que ou os agricultores ignoram ou no tem conhecimento devido falta de informao. As principais razes alegadas para a coibio desta prtica tm sido o aumento do efeito txico da calda (podendo aumentar os riscos de intoxicao de pessoas), a perda de eficincia biolgica do controle fitossanitrio (o que ocasionaria um aumento no uso destes produtos) e prejuzos causados nos equipamentos devido a incompatibilidades fsicas da mistura. Desta maneira, com a prtica da mistura em tanque, o agricultor visando custos imediatos pode se expor a maiores perdas a mdio e longo prazo (RONCHI et al., 2002).

MECANISMO DE AO DE HERBICIDASConsidera-se que o mecanismo de ao diz respeito ao primeiro ponto do metabolismo das plantas onde o herbicida atua. Neste caso, o mecanismo de ao normalmente o primeiro de uma srie de eventos metablicos que resultam na expresso do herbicida sobre a planta. O conjunto destes eventos metablicos, incluindo os sintomas visveis da ao do herbicida sobre a planta, denomina-se modo de ao.Inibidores da ALS Causam inibio da sntese dos aminocidos ramificados (leucina, isoleucina e valina), atravs da inibio da enzima Aceto Lactato Sintase (ALS), interrompendo a sntese protica, que, por sua vez, interfere na sntese do DNA e no crescimento celular (FERREIRA).As plantas sensveis tornam-se clorticas, definham e morrem no prazo de 7 a 14 dias aps o tratamento. Apesar do pouco tempo de uso, diversos gentipos de espcies de plantas daninhas j adquiriram resistncia aos herbicidas inibidores da ALS (AHRENS, 1994). Alm das sulfonilurias e das imidazolinonas, outros herbicidas, de grupos qumicos diferentes, - como as triazolopirimidinas: diclosulan e flumetsulan e os piridiniltiobenzoatos: pyrithiobac e outros - apresentam o mesmo mecanismo de ao, inibindo a enzima ALS ou AAHS.Efeitos/Observaes A fotossntese afetada levando destruio das membranas celulares, porm, mais lentamente do que por outros desidratantes; Amarela e resseca as folhas a partir das pontas, bordas e entre os vasos; Aplicao pr e ps-emergncia com efeitos residuais no solo; o espectro de ervas daninhas e a seletividade de culturas variam; vrios tipos diferentes, inclusive: triazinas (por exemplo, a atrazina), ureases (por exemplo, isoproturona); nitrilas (por exemplo, bromoxinil);

Inibidores da TubalinaEsses herbicidas impedem a mitose, inibindo a diviso celular. A mitose o processo pelo qual cromossomos (o material gentico das clulas) so replicados antes da diviso celular, originando duas clulas filhas. As clulas das regies meristemticas constantemente sofrem esse processo e, dessa forma, os pontos de crescimento so os mais afetados por esses herbicidas. O crescimento de razes ocorre prximo ponta da raiz onde as clulas se dividem e se alongam. As dinitroanilinas inibem a diviso e elongao celular nos tecidos meristemticos das razes, inibindo a formao de fibras do fuso, as quais so necessrias para separar as cromtides irms. Essas fibras so compostas de microtbulos que so feitos de tubulina. Os herbicidas afetam a formao da tubulina na diviso meristemtica das clulas da raiz de espcies suscetveis. O resultado so clulas radiculares com vrios conjuntos de cromossomos e paredes celulares defeituosas, incapazes de crescerem ou de absorverem nutrientes (ROSS; CHILDS, 1996). Efeitos/Observaes As clulas no conseguem se dividir por vrios motivos; Atrofia de mudas emergentes; Aplicao pr-emergncia para controle de plantas daninhas das gramneas, por exemplo, metolacloro (cloroacetamidas), pendimetalina (dinitroanilinas);

Inibidores da PROTOX

Este grupo composto por herbicidas cujo mecanismo de ao inibe a atuao da enzima protoporfirinognio oxidase (PPO ou PROTOX). So tambm denominados inibidores da sntese do tetrapirrole ou inibidores da sntese de protoporfirina IX (OLIVEIRA JR, 2011).Com a inibio da enzima, ocorre o acmulo de proto-porfirinognio, que se difunde para fora do centro reativo, onde acontece uma oxidao no-enzimtica da mesma. Cogita-se que a protoporfirina IX produzida pela via no enzimtica no sofreria a atuao da Mg-quelatase para transformar-se em Mg-protoporfirina IX, e, ou, que teria uma conformao estrutural diferente daquela produzida pela via normal. Neste caso, ocorreria a interao entre oxignio e luz para levar o O2 ao estado singlet, o qual seria responsvel, em ltima instncia, pela peroxidao de lipdeos observada nas membranas celulares. Lipdeos e protenas so oxidados, resultando em perda da clorofila e carotenides e no rompimento das membranas, o que faz com que as organelas desidratem e se desintegrem rapidamente (OLIVEIRA JR, 2011).Estes herbicidas causam a morte das plantas quando estas entram em contato com a camada de solo tratada (pr-emergncia). Os tecidos sensveis sofrem rapidamente necrose e morte, causados pela peroxidao de lipdeos (OLIVEIRA JR, 2011).Efeitos/Observaes Ressecamento rpido de todo o tecido verde em contato de pulverizaes foliares; Sistmica, com ao mais lenta quando entra pelas razes; Tendenciosa para controle de plantas daninhas de folhas largas em vrias culturas, por exemplo, fomesafen;

Mimetizadores da AuxinaGrupo de herbicidas tambm conhecido por reguladores de crescimento ou herbicidas hormonais, em funo da similaridade estrutural com a auxina natural das plantas. Esse grupo tem grande importncia histrica, uma vez que o 2,4-D foi o primeiro composto orgnico sintetizado pela indstria utilizado como herbicida seletivo. Alm disso, foi o primeiro herbicida a ser usado em doses baixas ( 1 kg/ha). Historicamente, o 2,4-D e o MCPA so importantes porque ajudaram a dar o estmulo ao desenvolvimento da indstria qumica na agricultura (OLIVEIRA JR, 2011).A ao inicial (mecanismo de ao) desses compostos envolve o metabolismo de cidos nucleicos e a plasticidade da parede celular. Pensa-se que esses herbicidas possam causar a acidificao da parede celular atravs do estmulo da atividade da bomba de prtons da ATPase, ligada membrana celular. A reduo no pH apoplstico induz elongao celular pelo aumento da atividade de certas enzimas responsveis pelo afrouxamento celular. Baixas concentraes desses herbicidas tambm estimulam a RNA polimerase, resultando em aumentos subsequentes de RNA, DNA e biossntese de protenas. Aumentos anormais nesses processos levam sntese de auxinas e giberilinas, as quais promovero diviso e alongamento celular acelerado e desordenado nas partes novas da planta, ativando seu metabolismo e levando ao seu esgotamento. Por outro lado, em concentraes mais altas, esses herbicidas inibem a diviso celular e o crescimento, geralmente nas regies meristemticas, as quais acumulam tanto assimilados provenientes da fotossntese quanto o herbicida transportado pelo floema. Esses herbicidas estimulam a liberao de etileno que, em alguns casos, pode produzir sintomas caractersticos de epinastia associados exposio a esses herbicidas (Ahrens, 1994).Efeitos/Observaes Efeitos hormonais no crescimento e desenvolvimento das plantas; Caules torcidos e folhas de enroladas em poucas horas, amarelecimento, colorao marrom; Controle ps-emergncia de ervas daninhas de folhas largas em cereais, por exemplo, 2,4-D;

Inibidores do FS IIOs herbicidas atualmente em uso e que apresentam mecanismo de ao de inibio da fotossntese so pertencentes a trs principais grupos qumicos: triazinas, urias substitudas e uracilas. O local de ao destes herbicidas na membrana do cloroplasto, onde ocorre a fase luminosa da fotossntese, mais especificamente no transporte de eltrons (Christoffoleti, 1997). Uma planta susceptvel aos herbicidas inibidores da fotossntese se o herbicida se acoplar ao composto QB componente do sistema fotossinttico e, assim, impossibilitar a ocorrncia do transporte do eltron at a plastoquinona. Dessa forma no existe a produo de ATP, pois o transporte de eltrons interrompido, bem como a produo de NADPH2. J numa planta daninha resistente h um processo de mutao no composto QB de tal maneira que o herbicida no consegue acoplar-se ao composto, impedindo o transporte de eltrons. Portanto, uma planta resistente aos herbicidas inibidores da fotossntese consegue efetuar o transporte de eltrons na fase luminosa da fotossntese mesmo na presena do herbicida (Christoffoleti, 1997). No mundo, foram encontrados 64 bitipos resistentes ao grupo C1, 20 ao grupo C2 e 1 ao grupo C3 (Weed Science, 2003). O mecanismo de ao das urias substitudas o mesmo do grupo das triazinas/triazinonas, porm o stio de ao no composto QB diferenciado, portanto normalmente no existe resistncia cruzada entre eles (Christoffoleti, 2001).Efeitos/Observaes A fotossntese afetada levando destruio das membranas celulares, porm, mais lentamente do que por outros desidratantes; Amarela e resseca as folhas a partir das pontas, bordas e entre os vasos; Aplicao pr e ps-emergncia com efeitos residuais no solo; o espectro de ervas daninhas e a seletividade de culturas variam; vrios tipos diferentes, inclusive: triazinas (por exemplo, a atrazina), ureases (por exemplo, isoproturona); nitrilas (por exemplo, bromoxinil);

MISTURA DE HERBICIDAS

Apesar de coibida, a prtica da mistura em tanque comum na maioria das lavouras em todo o territrio nacional. Este trabalho aborda tanto o aspecto financeiro associado a esta prtica, como discute as possveis consequncias negativas, muitas vezes desconhecidas pelos agricultores. Tambm feita uma anlise econmica rpida do custo da hora mquina na aplicao com e sem mistura em tanque. Neste caso, foi observado que o produtor, aderindo a mistura em tanque, poderia obter uma reduo da ordem de 50% do custo apenas com o fator do custo da mquina, na cultura da soja (UEMURA et al., 2013).De acordo com a AGROFFICE (2013), as pesquisas relacionadas mistura em tanque so escassas em todo o Brasil. Esta agncia frisa que a prtica da mistura em tanque para produtos fitossanitrios, no regulamentada pelo Ministrio da Agricultura, sendo que no Brasil somente permitido o uso de misturas prontas que esto disponveis no mercado, o que est de acordo com a colocao da Lei 7.802/89.

Protox/ fotossistema IIacifluorfem-sdico + bentazonaSegundo estudos de Laca-Buenda, J. P. onde seu trabalho de objetivo de avaliar a seletividade e eficcia das misturas formuladas dos herbicidas VOLT(acifluorfem-sdico + bentazona ;170 + 400 g/L)e o GUNNER(acifluorfem-sdico + bentazona ;140 + 400 g/L) ambos da United Phosphorus , testado em diferentes dose [204+480] e [255 + 600] g/h do i.a,com e sem mistura de leo mineral em ps-emergncia na cultura da soja. Onde os resultaram demostraram que todos os herbicidas testados independente da dose e da adio de leo mineral apresentaram controle eficiente de Amaranthus hybridus (caruru), Galinsoga parviflora(mentrasto) e Solamum americanum (maria-pretinha).Em outro estudo de RIZZARDI, M.A.que teve por objetivo testar a reduo de dose para herbicida acifluorfen+ bentazon no controle de pico-preto (Bidens spp.) e guanxuma (Sida rhombifolia), em diferentes estdios de desenvolvimento das plantas daninhas, em relao poca de emergncia da soja.Para isso, foi conduzido experimento em campo, em Passo Fundo RS, cujos tratamentosconstaram de quatro doses do herbicida (1,25; 1,5; 1,75; e 2,0 L ha-1),onde apresentou um Considerando-se todas as situaes testadas, o grau de controle de guanxuma variou entre 80 e 99% e o de pico-preto entre 78 e 99%. Os melhores resultados apresentaram na faixa de 1,25 a 2,0 L/h e as plantas daninhas apresentando 4 folhas.

Als/ProtoxChlorimuron-ethyl + lactofen Chlorimuron-ethyl(Nomes comerciais: Classic, Conquest, Chlorimuron master) recomendado nas doses de 15 a 20 g i.a. ha-1. Controla essencialmente plantas daninhas anuais dicotiledneas, sendo mais efetivo quando essas se encontram na fase inicial de crescimento (at 6 folhas). Entre as espcies sensveis encontram-seDesmodium tortuosum,Acathospermum australe,Ipomoea grandifolia,Bidens pilosa, alm de outras. comum mistur-lo com outros herbicidas como imazethapyr, fomesafen e lactofen, para controle de dicotiledneas em soja, porm no deve ser associado com graminicidas. No foi achado nenhuma formulao comercial pronta para essa mistura.No estudo de Leandro Galon que teve o objetivo de avaliar a eficcia de herbicidas ps-emergentes , aplicados em dois volumes de calda no controle de plantas daninhas Aeschynomene (angiquinho) e Amaranthus (caruru) e a espcie Portulaca oleracea (beldroega), e sua seletividade cultura da soja, cultivar codetec-205. . Para isso, instalou-se um experimento no Centro Agropecurio da Palma, UFPel, na estao de crescimento 2002/03. Os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial, comparando os herbicidas: chlorimuron-ethyl (20 g ha-1), chloransulam-methyl (40 g ha- 1 ), fomesafen (250 g ha-1), imazethapyr (100 g ha-1), lactofen (168 g ha1 ) e chlorimuron-ethyl + lactofen (20 + 168 g ha-1) em dois volumes de calda herbicida (100 e 200 L ha-1) aplicados em ps-emergncia.Com base nos resultados pode-se concluir que a mistura chlorimuron-ethyl + lactofen foi o tratamento com maior eficincia no controle e em geral o volume de calda no exerce interferncia nos herbicidas testados.Auxina/inibidor de tubulinaEm relao as misturas de tanque com auxina e inibidores de tubulina no foi encontrada nenhuma literatura a respeito. Entretanto vale ressaltar o uso de 2,4D aplicado em pr-plantio na soja, muito utilizados no controle de plantas daninhas em pastagens. Os principais inibidores de tubulina apresentam em sua descrio que podem ser associados a maioria dos produtos a soja, no exemplificando e no foi encontrado a respeito de outras culturas.Trifluralin(Nomes comerciais: Herbiflan, Treflan, Trifluralina AgrEvo, Trifluralina Defensa, Trifluralina Nortox, Tritac ou Premerlin)Esse produto apresenta excelente ao sobre as gramneas anuais e perenes oriundas de sementes. A dose recomendada varia de acordo com as caractersticas fisico-qumicas do solo. Para controlar sorgo-de-alepo proveniente de rizomas usar 1,0 a 2,0 kg ha-1em dois anos seguidos. Estresses podem aumentar o efeito desse herbicida sobre a cultura. Pode ser associado com a maioria dos produtos usados em soja. muito empregado associado com imazaquin.Oryzalin(Nome comercial: Surflan)Esse produto apresenta excelente ao sobre as gramneas anuais e perenes, oriundas de sementes e algumas folhas largas como o caruru e poaia. A dose recomendada varia de acordo com as caractersticas fsico-qumicas do solo, sendo que em solos arenosos deve-se usar 0,96 kg i.a. ha-1, em solos mdios 1,15 kg i.a. ha-1e em solos pesados 1,54 kg i.a. ha-1. Pode ser associado com a maioria dos produtos usados em soja, inclusive fertilizantes.

CONCLUSOA mistura de herbicidas um meio, onde se podem aliar mecanismos de ao para possibilitar melhor controle de plantas daninhas e / ou economia de horas de servio e capital. Plantas resistentes a alguns herbicidas/mecanismos, dificultou o controle das mesmas, a mistura de herbicidas possibilita um leque maior de opes para buscar o controle destas. Entretanto recomendaes de mistura de herbicidas no so permitidas, com exceo as misturas formuladas oriundas de fbrica. Existem relaes entre herbicidas que se aplicados juntos vem a causar efeito antagnico/sinrgico sobre os mesmos, se antagnico alm de estar prejudicando a aplicao, pode estar causando um dano a longo prazo s maquinas, como entupimento de bicos de pulverizao devido as reaes de tanque. Portanto a presena de profissionais qualificados nas recomendaes de herbicidas e na hora da aplicao dos mesmos primordial para o sucesso das atividades de controle de plantas daninhas.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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1- Acadmico do curso de Agronomia UFSM/FW.2- Professor Dr. em Agronomia da UFSM/FW.