trabalho da diva 2 bimestre (1)

Upload: elizangela-pratti

Post on 06-Mar-2016

243 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Psicologia

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE PAULISTA

BIAZOTO, ANA CAROLINA RA: C012DH-9.

LUANA FELIX RA: C231DI-0

JONAS OLEGRIO RA: T13691-1.

ELIZANGELA PRATTI RA: C29HIH-3.TRABALHO: PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E TEORIA DE APRENDIZ

SO PAULO

2014ANA CAROLINA BIAZOTO

LUANA FELIX

JONAS OLEGRIO

ELIZANGELA PRATTI

TRABALHO: PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO, TEORIA DA APRENDIZAGEM

TRABALHO PARA APROVAO NA DISCIPLINA DE PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO,TEORIA DA APRENDIZAGEM DE PSICOLOGIA APRESENTADO UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP.

ORIENTAO: PROFESSORA DIVA

SO PAULO2014

FICHA CATALOGRFICASO PAULO

2014

ANA CAROLINA BIAZOTO

LUANA FLIX

JONAS OLEGRIO

ELIZANGELA PRATTI

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO , TEORIA DA APRENDIZAGEM

TRABALHO PARA APROVAO NA DISCIPLINA DE PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO,TEORIA DE APRENDIZAGEM DO CURSO DE PSICOLOGIA APRESENTADO UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP.

ORIENTAO: PROFESSORA DIVA

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA

_______________________/__/___

Prof. Nome do Professor

Universidade Paulista UNIP

_______________________/__/___

Prof. Nome do Professor

Universidade Paulista UNIP

_______________________/__/___

Prof. Nome do Professor

Universidade Paulista UNIPSUMRIO

INTRODUO................................................................................................10

RESENHA CRITICA DA OBRA......................................................................13-14

ABORDAGEM TRADICIONAL........................................................................15

ABORDAGEM COMPORTAMENTAL.............................................................15-16

ABORDAGEM PSICANALITICA......................................................................16-17

ABORDAGEM HUMANISTA.............................................................................17

ABORDAGEM SOCIO-CULTURAL..................................................................17-18

ABORDAGEM CONSTRUTIVISTA....................................................................18- 19

INTELIGNCIA MULTIPLAS .............................................................................19-20

INTELIGENCIA EMOCIONAL..............................................................................20

CONCLUSO........................................................................................................21

Objetivo

Este trabalho tem por objetivo levantar, de maneira sucinta, os aspectosprincipais das abordagens sobre aprendizagem estudadas no semestre e produzir uma reflexo comparativa entre as abordagens e os relatos fornecidos por Rubem Alves na obra A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir..Resumo

Rubem Alves um psicanalista, educador, telogo e escritor brasileiro, autor de livros e artigos abordando temas religiosos, educacionais e existenciais, alm de uma srie de livros infantis. Entre tantas obras de Rubem Alves, esta a ESCOLA QUE SEMPRE SONHEI SEM IMAGIANAR QUE PUDESSE EXISTIR, onde conta a histria de sua visita escola da ponte, localizada em Vila das Aves em Portugal. Ele destaca nessa visita, esta escola como algo inovador pela experincia vivida como ele mesmo diz ... uma tarde mgica. Rubem Alves foi convidado para visitar a escola pelo ento diretor Jos Pacheco, chegando l foi guiado por uma menina de apenas nove anos. Na Escola da Ponte ele percebeu uma importncia na forma que as crianas aprendiam, era diversificada, nada comparado ao tradicional, era totalmente inovadora. As crianas compartilhavam junto com os professores seus aprendizados, elas sentavam junto a mesas redondas e grandes. No havia diferena de idades, nem salas divididas e horrios especficos. A interao no era apenas professor-aluno, mas sim uma relao entre ambos, fazendo com que cada um contribusse para um aprendizado melhor, tendo assim uma troca de conhecimentos. Os alunos se reuniam em grupos de seis pessoas escolhiam um assunto em comum, para ser discutido por um perodo de quinze dias, obtendo xito nesse determinado assunto eles ento escolhiam um outro assunto e grupo, para ento novamente estabelecer essa dinmica. Eles faziam tambm uma assembleia feita por votao para quem conduziria a mesa de debates para ento poder iniciar as discusses com o acho bom e acho ruim, podendo assim melhorar o que para eles estava sendo prejudicado ou at mesmo dar sugestes para uma melhoria em relao Escola. Possuam ainda, um cartaz que ficava exposto com os seguintes enunciados: preciso de ajuda/ ou posso te ajudar em... Assim a criana que precisava de ajuda colocava seu nome no mural para outra poder ajudar e quem quisesse ajudar tambm colocava o seu nome para a outra criana procur-la. Havendo assim uma interao entre as prprias crianas. E nessa interao as crianas maiores auxiliavam as menores. As crianas dessa Escola aprendiam a ler diferente, elas primeiro aprendiam a palavra por extenso para depois separar por letras. Dessa forma aprendiam o alfabeto e assim posteriormente a formao de frases. As crianas faziam seus prprios direitos, elas estabeleciam relaes que achava que seria melhor no ambiente escolar, por exemplo, elas achavam que escutar msica seria uma forma de melhor aprendizado, ou que no deveria ler um livro pelo qual no lhe interessasse. Rubem Alves tambm destaca em seu livro, sobre os desenhos feitos pelas crianas onde ele conseguia ver o rosto da prpria criana nos desenhos que ela produzia, pelo fato da criana transmitir o que realmente sentia nestes desenhos.

O autor se encanta por essa escola, passando assim a escrever crnicas e o prprio livro relatando a experincia que ele presenciou em uma tarde maravilhosa onde pode vivenciar uma maneira diferente de ensinar e mtodos considerados por ele inovadores.

.

Introduo

Ao visitar a Escola da Ponte, em Portugal, o educador Rubem Alves deparou-se com a realizao daquilo que sempre havia pensado como ideal de educao. Ficou to feliz com essa descoberta que da visita nasceu um livro cujo ttulo deixa claro o que o autor sentiu ao conhecer a tal instituio: A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir.Todo o texto est envolvido por um excesso de encantamento, resultante da visita de Rubem Alves Escola da Ponte, em Portugal, em maio de 2000. O livro rene textos e seis crnicas. O professor Ademar Ferreira dos Santos na qual responsvel pelo prefcio do livro e texto como as lies de uma escola e uma ponte paramuito longe. Ele aponta as principais divergncias entre o ensino tradicional e a Escola da Ponte, como o fato de, na escola portuguesa, a educao no ser voltada para a competio e de palavras comoindisciplina,rivalidade. O objetivo principal daquela escola ser um local que consiga tornar as crianas felizes, solidrias e com ideias prprias, caractersticas essas bastante desvalorizadas no pensamento utilitarista predominante dos dias atuais, em que quem no um "vencedor" descartado.Em seu relato sobre to marcante experincia, Rubem Alves fala primeiramente dos mestreszene os chama de estranhos educadores, porque desejavam, onde posso dizer de desensinar" seus discpulos, a fim de que eles pudessem ver o que nunca tinham visto libertar os olhos dos saberes, tornar infantis os olhares, como o de quem v algo pela primeira vez. O educador encontrou na Escola da Ponte grande igualdade com tal pensamento.Essa escola est aberta a quem quiser conhec-la, tanto queles que querem aprender com ela quando a seus detratores. Qualquer um que chegue l para visitar pode, em um primeiro momento, ficar surpreendido com a maneira atpica como a escola funciona: no h aulas, no h turmas separadas, no h testes elaborados por professores, no h sinaissonoros para avisar da troca de aulas e ainda mais os alunos decidem democraticamente as regras e mostram a escola para os visitantes. As crianas elaboram de quinze em quinze dias seus planos de trabalho, atravs da formao de pequenos grupos diferentes com interesses comuns por um assunto, e ficam durante essas duas semanas mergulhadas no estudo. Um professor d a orientao necessria sobre o que deve ser pesquisado e onde pesquisar, como exemplo a internet que bastante utilizada e estabelece um programa de trabalho e formas de avaliao. Aps esse tempo, os alunos avaliam se atingiram ou no os objetivos de aprendizagem impostos por eles mesmos. Se o aprendizado foi adequado, o grupo se dissolve e outro grupo se forma para estudar um novo tema; se no foi atingido o objetivo, o grupo continua debruado sobre o mesmo assunto. Em relao ao processo de alfabetizao, as crianas aprendem a ler frases inteiras, elaboradas por elas prprias. H dois quadros de avisos. Em um deles est afixada a frase "Tenho necessidade de ajuda em..."; No outro, est frase "Posso ajudar em...". Dessa forma, as crianas pedem e oferecem ajuda sobre determinado tema e criam uma rede de solidariedade. Elas pesquisam e aprendem em grupo, as que sabem ensinam s que no sabem.Os alunos da Escola da Ponte ficam juntos em uma enorme sala de aula, cheia de mesas baixas, prprias para crianas, cada uma trabalhando em seus trabalhos; ningum corre ou grita. Os professores orientam aqueles que os solicitam. Pelo fato de cada criana ser um indivduo singular, original, que no pode ser colocado em uma forma, o ritmo de desenvolvimento de cada um se d de forma diferente. Quando acontece algum problema de disciplina, montado o tribunal; quem desrespeita as regras de convivncia estabelecidas pelos prprios alunos deve comparecer diante do tribunal e tem como pena pensar durante trs dias sobre seus atos. Depois retorna para dizer o que pensou. As crianas reclamam seus direitos, como ter bons professores, usar os computadores e escutar msica em sala de aula, mas tambm no deixa de fora seus deveres, como poupar gua e manter a sala de aula limpa. Para Rubem Alves, as escolas tradicionais so uma espcie de linha de montagem, em que os operrios no sabem construirr um objeto completo, apenas pequenas partes que vo se acoplando no decorrer do processo at compor o objeto final. Aquelas unidades que, ao final do processo, no estiverem com uma quantidade de conhecimento determinada so prontamente descartadas. Como as linhas de montagem, as escolas tradicionais se dividem em coordenadas espaciais; as salas de aula e temporais, as sries; cabe aos professores realizar o processo tcnico-cientfico de incutir nos alunos os saberes e habilidades que iro compor o objeto final. Ou seja, a criana o objeto original que, aps ser carregada com vrios saberes e habilidades, sero testados, a fim de saber se o seu produto final est apto ao mercado de trabalho. No ensino tradicional, muitas vezes a criana obrigada a aprender aquilo que no quer. Isso a torna desestimulada, com preguia de fazer o dever de casa, pois a vida a est chamando para uma direo mais alegre. Isso ocorre muito comumente nas escolas que so obrigadas a cumprir um programa, que passam por cima daquilo que a criana est vivendo. O processo de aprendizagem no deve ser uma coisa imposta, maante, pode ser algo natural. Rubem Alves usa a linguagem como exemplo de algo bastante difcil de ser ensinado e aprendido. No entanto, todos a aprendem espontaneamente, sem precisar ter aulas sobre o assunto, muitas coisas aprendem de olhar, de nos interessar ou devido a alguma necessidade. Com muita maestria, Rubem mostra que a educao pode sim encontrar novos caminhos, e para isso nos apresenta a Escola da Ponte, que possui mtodos de ensino e aprendizagem simples, mas que revolucionariam a vida de todos, pais professores e principalmente dos educandos. Ao afirmar que deseja uma escola retrgrada, Rubem Alves indica que quer uma escola que v para trs dos programas cientficos elaborados e impostos, uma escola que ensine como o saber nasceu. Ele faz uma brilhante comparao entre a memria e um escorredor de macarro, uma vez que ambos deixam passar o que no tem serventia e retm o que vai ser usado. Segundo o autor, isso que ocorre na Escola da Ponte: a aprendizagem se d em cima do que vai ser utilizado, isto , dos pratos que sero saboreados; aquilo que no pode ser apreendido escorrido como a gua do macarro. Nas escolas tradicionais, os testes, provas e avaliaes so aplicados enquanto a gua ainda no escorreu; depois, grande parte desses contedos vai pelo ralo. Isso faz com que ns futuros educadores enxergamos que existe novos mtodos de ensino, que uma instituio sem provas, sem regras pode funcionar perfeitamente, acho que assim realmente as pessoas poderiam entender o que aprender e ensinar. Rubem Alves fala do desejo de voltar seu olhar para as crianas, pois nelas est expresso de assombro, perplexidade, arrebatamento frente ao novo, por isso que para ele a Escola da Ponte sim uma escola com quem sempre sonhou, pois ele buscava um saber diferente e melhor para nossas crianas e os adolescentes esto inseridos na triste lio de que aprender chato, mas que necessrio para que possam passar no vestibular.Resenha Crtica da obra A descrio sentimental (no quero dizer aqui, melodramtica, mas com nfase no amor) de uma escola que vive uma comunidade democrtica educativa; envolvendo professores e alunos em uma convivncia amigvel, respeitosa e solidria, onde o importante compartilhar aprendizados. Este livro faz um convite inovador. Um convite a um redimensionamento do olhar e ver. Sonhar e realizar. Enfocando uma concepo diferente de ensinar (ensinar ou aprender?). Realiza uma crtica construtiva a novas maneiras de aprender, pelo simples prazer de aprender ou realmente buscando o que h de melhor na aprendizagem. Leva a um despertar para uma reflexo crtica que conduza urgente tarefa de revolucionar o ensino, por meio da extenso dos resultados da pesquisa na educao. O livro fala de uma escola diferente, inovadora que com certeza possvel. Um lugar onde se buscam ferramentas e solues em conjunto para uma convivncia em grupo, uma comunho de ideias, uma harmonia de sentimentos, um desenvolver de interesses, uma busca de aprendizagens em forma de pesquisa. Coloca como prioridade valores como a liberdade, a responsabilidade e a solidariedade, vivendo uma educao na cidadania e no para a cidadania. Rubem Alves traz uma viso diferente para alcanar o aprendizado. Desaprender, voltar e ver com os olhos da criana, retroceder e retratar o seu interior, seu reflexo, assinando o que se faz. Um recomear a aprender, uma liberdade para um novo aprender. O relato da visita de Rubem Alves a uma escola diferente da tradicional _ a Escola da Ponte _ um lugar onde alunos e professores convivem como amigos, onde no h turmas nem aulas convencionais, nem professores para cada disciplina. L compartilham espaos, dividem-se ambientes, somam-se ensinamentos, vive-se em conjunto. L, aprende-se autonomia, sendo o ensino um ato de colaborao mtua entre alunos e professores, numa verdadeira expresso de solidariedade. uma escola pblica, onde todos trabalham juntos, aprendem juntos e constroem juntos. Onde existe a integrao e a incluso, onde todos so tratados como iguais: companheiros, trilhando os mesmos caminhos, trabalhando os mesmos assuntos e realizando todas as tarefas sem discriminao. Uma escola que oportuniza vivncias que levam a reflexes crticas, questionamentos constantes e principalmente tomada de decises com conscincia. Avaliar ali um ato de amorosidade, sendo feita atravs da observao, avaliam valores e atitudes. Preconiza a alegria como instrumento da aprendizagem, a convivncia como a mgica da solidariedade, a esperana como fonte de significao. Uma escola onde se realizam sonhos, onde no s o amor compartilhado, mas o respeito, a compreenso e a liberdade fazem parte da construo da aprendizagem. O autor nos remete a um mundo imaginrio, apaixonante, onde a arte de dividir o saber emocionante e criativa. Um sonho realizado, transbordando conscincia e que com certeza vai deixar marcas no caminhar da educao. Uma escola ligada ao prazer de apreender, repleta do ldico, ligada dana, msica, poesia, compreenso dos valores, lidando com as emoes, com as descobertas, buscando atravs das pesquisas o aprender a ser, a viver e a conviver. Construindo uma sociedade de indivduos personalizados, participantes, democrticos e com conscincia da liberdade e educados na cidadania. Uma escola onde aprender fazer, viver, pensar, criar, inovar, dar valor quilo que se aprende na convivncia, expressando a prpria vida. Onde aprender tem vrias formas. Uma escola onde se aprende a ser gente. Uma escola que pensa, sonha, age e a prpria vida

Abordagem tradicional: De imediato percebe-se que a Escola da Ponte rompe com os modelos tradicionais de ensino-aprendizagem, em que o processo centrado na autoridade do professor ou do material previamente organizado e em relao ao qual no se pode de modo algum se desviar. Uma educao baseada no aspecto formal, evidenciando-se o carter cumulativo do conhecimento humano; adquirido pelo indivduo por meio de transmisso de informaes na sala de aula, onde o professor se mantm distante do aluno. Ignoram-se as diferenas individuais e assume-se a ideia da formao padro em relao a um conhecimento que pretende ser universal, em que o aluno visto como uma folha em branco. Nesta abordagem a avaliao visa exatido da reproduo do contedo comunicado e memorizado pelo aluno. Os relatos de Rubem Alves sobre a Escola da Ponte demonstram que a orientao pedaggica seguida por eles totalmente contrria ao que prega a abordagem tradicional. E at por isso, muitos veem a experincia da Escola da Ponte com muitas reservas. Os crticos alegam, presos a uma viso tradicionalista da educao, que um processo educativo guiado pelos prprios estudantes, a partir de suas necessidades e interesses, no poderia ter sucesso, pois no teria direcionamento e disciplina, condies indispensveis para a boa aprendizagem. Contudo, esta liberdade e autonomia pedaggica que pretenda a proposta bem sucedida da Escola da Ponte..Abordagem Comportamental: Como podemos observar, a Escola da Ponte um espao partilhado por todos,sem toques de sinal, sem separao por turmas e nem um programa formal a serseguido, o que vai de encontro ao que propem a abordagem comportamental, em que a ideia principal o estabelecimento de comportamentos padres atravs de instrumentos reforadores. Acredita-se, nesta abordagem, que reproduzir e controlar eventos sucessivos desenvolve hbitos em que o conhecimento mantido atravs de mecanismos de memorizao e resoluo de problemas. O que parece ser o oposto que aEscola da Ponte prope. Para a Escola da Ponte, a grande lio social que todos partilharam de um mesmo mundo, todos se ajudam e no h competio. As prprias crianas quem estabelecem os mecanismos para lidar tanto com os processos de aprendizagem quanto com possveis desvios que possam ocorrer at mesmo os de conduta disciplinar. A experincia valorizada, tal como na abordagem comportamental, a grande diferena que na comportamental jamais o aluno livre, pelo contrrio, ele modelado e o ensino composto por padres de comportamento, condicionamento e reforamento..Abordagem Psicanaltica: Na Psicanlise, procura-se entender as motivaes conscientes e inconscientes pelas quais um sujeito se sente motivado para o conhecimento. No incio do desenvolvimento, o conhecimento ocorre por meio das investigaes sexuais infantis, ou seja, na busca da criana em compreender seu lugar sexual no mundo (menino/menina; feminino/masculino). A compreenso da diferena causa uma angstia que impulsiona a criana a querer saber mais. O ato de aprender, da mesma forma, pressupe uma relao com outra pessoa, a que ensina. Para aprender necessria presena de um professor, colocado em uma determinada posio, que podeou no propiciar a aprendizagem. Assim, para a psicanlise fica patente que aprender sempre aprender com algum. Um professor pode ser ouvido quando est revestida por seu aluno de uma importncia especial, por isso a relao entre professor e aluno no est no valor dos contedos cognitivos transmitidos, e sim no campo que se estabelece entre o professor e seu aluno, nas relaes afetivas entre ambos, uma relao afetiva primitivamente dirigida ao pai. nesse campo que se estabelecem as condies para aprender, sejam quais forem os contedos transmitidos. Mesmo que na Escola da Ponte se valorize os afetos, os sentimentos das pessoas, ainda assim o entendimento do processo de aprendizagem se d de modo diferente do que preconiza a psicanlise. O professor no tem um papel to direto quanto a abordagem sugere. Todavia, precisamos levar em considerao que a psicanlise no desenvolveu uma teoria sobre o processo de ensino e aprendizagem, o que temos so tentativas de relacionar os pressupostospsicanalticos ao universo pedaggico..Abordagem humanista: A abordagem humanista prope que se leve em considerao a pessoa, que o processo teraputico ou de aprendizagem seja focado na pessoa, na valorizao de seus significados e no modo pelo qual ele estabelece os sentidos sobre si mesmo, o mundo ao seu redor e as suas relaes. Na abordagem humanista se valoriza as relaesinterpessoais. Nela o professor deve assumir uma postura emptica, mas no interferir no processo de desenvolvimento da pessoa. Todo o processo deve ser decidido e guiado pelo sujeito autnomo e livre e no por quaisquer condicionantes ou orientaes externas. Sua nfase centrar a educao no aluno. Algo que pode ser evidenciado no modo como a Escola da Ponte organiza as suas atividades, as suas turmas e o processo de aquisio de conhecimento. Rubem Alves, na obra A Escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir, oferece-nos um conjunto de informaes que nos faz pensar sobre a viabilidade dessa proposta de forma concreta, um ambiente em que o processo conduzido pelos interesses das crianas, as temticas so produtos de suas curiosidades, onde os alunos decidem o que querem aprender, como vo avaliar o que aprenderam, decidem sobre as suas necessidades e como podem ajudar os que precisam. No existe modelo pronto nem regras a seguir, mas um processo de vir a ser, de tornar-se sujeito ativo do conhecimento. O objetivo, na abordagem humanista, a auto realizao..Abordagem Sociocultural. Na abordagem humanista a educao centrada no aluno, j na abordagem Sociocultural, para que o homem seja sujeito da educao, deve-se ter uma reflexo sobre si e sobre o meio em que est vivendo. A reflexo trar a descoberta das condies scio histricas concretas em que a realidade produzida, bem como o surgimento da conscientizao de sua capacidade em modific-la. Nesse sentido, pretende-se, no processo de ensino-aprendizagem, recuperar a humanidade, superando a situao de opressor-oprimido, atravs de um processo de reflexo crtica em que se procura desvelar as condies materiais concretas que podem ser geradora de um processo de alienao ou de conscientizao em que, atravs da prxis, atua-se sobre a realidade com vistas a transformar as condies opressoras. O papel da escola e do professor na abordagem Sociocultural de fornecer um ambiente instigador que promova a reflexo crtica da realidade para se assumir a postura de um sujeito consciente de sua prxis transformadora, libertando-se das condies que o limitam e o oprimem. Essa postura pode ser percebida na proposta de Paulo Freire, em que o se enfatiza a funo da escola como conscientizadora e promotora de condies depromoo de uma reflexo crtica da realidade, que possa proporcionar ao ser humano assumir o seu papel de sujeito de sua prpria histria. Na abordagem sociocultural a educao assume um carter amplo. Ela acontece a todo tempo, por conta disso, no deve ser restrita a escola. Porm, ao se considerar o espao escolar, este deve ser um local onde seja possvel o crescimento mutuo de professor e alunos num processo de conscientizao com vista a uma prxis transformadora.

Abordagem construtivista: Em princpio, a abordagem construtivista no foi desenvolvida para ser um mtodo ou teoria da aprendizagem, sua proposta foi o de oferecer elementos para a compreenso do desenvolvimento cognitivo humano em funo de estgios estruturais pelo quais passam os seres humanos na construo de sua capacidade cognitiva. Assim, o conhecimento o resultado de uma interao da pessoa com o meio a partir de estruturas que o ser humano j possui. Nesse dinamismo, dois processos esto em constante interao. O primeiro dado pela assimilao, processo pelo qual o sujeitoage sobre o objeto, modificando-o. A partir do que o sujeito j traz, o objeto ganha significado para ele, assimilando-o em funo de sua estrutura cognitiva. O segundo se d pela acomodao, em que o sujeito acomoda o objeto transformado em seu repertrio cognitivo. At que algo novo perturbe essa acomodao, levando o sujeito a um novo esforo de assimilao e acomodao. Desta forma, o conhecimento sempre algo inacabado, algo que sempre construdo a partir da ao humana sobre o meio, suportado por sua estrutura cognitiva. Jean Piaget, proponente da teoria construtivista,denomina a sua teoria de epistemologia gentica. Teoria em que se procura seestabelecer as condies pelas quais se processa o conhecimento. Muito embora Piaget no tenha proposta uma teoria da aprendizagem e sim uma proposta epistemolgica, proposies contriburam sobremaneira para o desenvolvimento de uma abordagem construtivista da aprendizagem. Nela, cabe ao professor ser um facilitador da aprendizagem, criando situaes e propiciando condies para que o sujeito entre em contato com o mundo a sua volta, provocando situaes de desequilbrio em que os processos de assimilao e acomodao possam ser mobilizados pelos sujeitos.Fazendo um paralelo com a reflexo proposta por Rubem Alves sobre a Escola daPonte, onde se observa que o principio bsico a no interferncia no crescimento dacriana e nenhuma presso sobre ela. O professor tem um papel de facilitador como na abordagem construtivista, mas sem criar nenhuma condio para que isso acontea, precisa ser um processo natural e no tempo que a criana estabelece..Inteligncias Mltiplas A teoria das inteligncias mltiplas, desenvolvida por Howard Gardner, parte da pressuposio de que conceber a inteligncia humana em termos de uma capacidade inata, geral e nica, no consegue dar conta de um conjunto de condies humanas em que as pessoas mobilizam habilidades prprias para a resoluo de problemas em um conjunto variado de situaes e de significados socioculturais. Situaes essas que, devido evidncia da engenhosidade das resolues, o conceito de um nico tipo deinteligncia no daria conta. Para Gardner, fundamentando-se nos mais recentes estudos neuropsicolgicos, o crebro humano possuiu certa capacidade estrutural que lhe permite desenvolver significativa plasticidade neuronal nas resolues de problemas e em sua funcionalidade. No possumos, portanto, uma nica inteligncia que pode ser descrita e medida; mas sim, inteligncias mltiplas a serem mobilizadas em funo de diferentes condies ambientais e culturais, descritas por Gardner como reas e domnios, que demandam habilidades diferentes. Desta forma, inteligncia passa a ser considerada a capacidade humana de mobilizar um repertrio de habilidades de resoluo de problemas num dado contexto de significados socioculturais. A proposta de Gardner amplia a noo de inteligncia e, de certa forma, prope-nos uma sria reflexo sobre as condies que oferecemos para o desenvolvimento humano. Condies que possam fazer fluir as suas potencialidades nas diversas condies existenciais. Em termos educacionais, somos instigados a oferecer criana um ambiente em que possa explorar e desenvolver as suas habilidades. Em consonncia com a reflexo proposta por Rubem Alves na obra A escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir, a escola da ponte um exemplo de como as pessoas, quando existem ambientes propcios tm a capacidade de desenvolver um repertrio amplo e variado de resoluo de problemas que permite corroborar as hiptesesdefendidas pela teoria das inteligncias mltiplas.

Inteligncia Emocional: Vimos de uma educao tradicional diretiva que sempre valorizou o raciocnio lgico, o contedo, a repetio e o acumulo de informaes - os aspectos racionais em detrimento dos emocionais. O conceito de inteligncia emocional foi apresentado por Daniel Golemam, psiclogo norte-americano, trazendo um novo olhar sobre o que era considerado modelo de inteligncia e sucesso. At ento, o grau de inteligncia de umapessoa era avaliado pelo seu nvel de QI (quociente de inteligncia), que media o raciocnio lgico, as habilidades matemticas e espaciais. O autor prope que o sucesso do individuo depende mais de fatores internos, emotivos do que racionais, aos quais ele chamou de QE (quociente emocional). Partindo desses pressupostos, a AbordagemInteligncia emocional vem com uma proposta diferente. No que os aspectoscognitivos e racionais sejam desconsiderados, mas passa-se, concomitantemente, a valorizar os sentimentos, no sentido de conhec-los melhor para que possam ser trabalhados a favor do desenvolvimento humano, buscando o equilibro entre emoo e razo. Segundo Golemam (1995), a Inteligncia Emocional est relacionada habilidades tais como, motivar a si mesmo e persistir mediante frustraes; controlar impulsos, canalizando emoes para situaes apropriadas; motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos e conseguir seu engajamento aosobjetivos de interesses comuns. Com respeito educao, no que diz respeito inteligncia, no se pode ficar limitado ao armazenamento e repetio de informaes. Faz-se necessrio um modelo de educao que traga transformao e desenvolvimento ao ser humano e em seu habitat. Por meio da educao emocional, acredita-se poderem diminuir os conflitos e ampliar as possibilidades de crescimento individual e coletivo. A alfabetizao emocional no contexto escolar constitui-se em um novo caminho para inserir as emoes e a vida social nos currculos formais. Essa proposta exige trs grandes mudanas: que o educador v alm de sua misso tradicional de ensinar a ler e a escrever; que as escolas incluam em seu currculo o ensino das emoes; e que as famlias e pessoas da comunidade se envolvam mais com as escolas. Proposies que foram belamente destacadas por Rubem Alves ao perceber que na Escola da Ponte os alunos no eram medidos e selecionados por uma lgica mtrica de uma inteligncia baseada na resoluo de problemas em que se valoriza somente a operacionalidade da inteligncia. Solues compartilhadas, significatividade sentimental e emocional o que se valorizava na aprendizagem que se produz nas relaes scio-afetivas em curso na Escola da Ponte.

Concluso: Ao pensarmos sobre o que est acontecendo na Escola da Ponte, logo nos pareceque estamos lidando com uma utopia. Talvez, ainda presos aos modelos educacionaistradicional e comportamental, que tm dominado o cenrio pelo menos nos ltimos cem anos, somos fortemente influenciado pela noo de que sem ordem e disciplina no pode haver qualquer conhecimento significativo e duradouro. Mesmo que alguns heris da educao tenham feito verdadeiras cruzadas no sentido de introduzir novos referenciais que levem em conta o processo de construo do conhecimento, a importncia da reflexo crtica da realidade ou os elementos afetivos e emocionais de suma importncia na valorizao das relaes em que se do o processo de aprendizagem; ainda, a despeito disso tudo, o forte de nosso processo de ensino aprendizagem est fundado na direcionalidade e nos modelos de contedos estanques erepetitivos, em que no se pensa as questes que desencadeiam a curiosidade cientfica, mas sim na repetio formal de teorias e tericos sobre questes-problemas muitas vezes descontextualizadas, muito embora relevantes. O texto de Rubem Alves nos causou um duplo sentimento: primeiramente de alegria com o potencial humano de ser auto gestor de seu prprio crescimento afetivo,e cognitivo. Segundo, o quanto ainda precisou avanar para nos libertar de estruturas educacionais autoritrias e retrgadas. O quanto precisamos sair do discurso e assumir uma postura concreta de valorizao do humano e do conhecimento enquanto um processo que, acima de tudo, seja construdo como um valor pessoal, institucional e scio-poltico. No estamos mais numa sociedade oficialmente ditatorial, mas, talvez, estejamos vivendo o pior das situaes: a generalizao da dissimulao, do discurso vazio, de microprticas contraditrias e do niilismo valorativo. Num mundo desses, prticas educacionais srias e comprometidas so banalizadas tanto por professores quanto por alunos. Um ambiente em que o diploma ou a aprovao na disciplina o que importam; no a construo de um alicerce intelectual que sustentar a prtica profissional. Precisamos urgentemente despertar para o fato de que o conhecimento no um produtoque se compra ms a ms com o carn da faculdade; mas, sim, um desvelar constante do nosso prprio eu num eterno vir-a-ser. (esta ltima parte, uma homenagem fenomenolgica pessoa que empaticamente nos encantou durante o ano todo)..