CLÁUDIO MACHADO LARANJEIRAS

DOUGLAS PEREIRA DO NASCIMENTO

LOURIVAL RODRIGUES DOS SANTOS

SANDRA MARIA ROSA DE SENA DELDUK

VERONICA SOBREIRO PEREIRA

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO

FORMAÇÃO DO ESTADO E COLONIALISMO

Rio de Janeiro

2012

CLÁUDIO MACHADO LARANJEIRAS

DOUGLAS PEREIRA DO NASCIMENTO

LOURIVAL RODRIGUES DOS SANTOS

SANDRA MARIA ROSA DE SENA DELDUK

VERONICA SOBREIRO PEREIRA

Rio de Janeiro

2012

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO

FORMAÇÃO DO ESTADO E COLONIALISMO

Trabalho apresentado Interdisciplinar da Universidade

Norte do Paraná – UNOPAR, para as disciplinas de:

História do Brasil I, História Moderna I, História da

América I, História da África e Seminário III.

Professores Orientadores: Gleiton, Fabiane, Taíse e

Reinaldo.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................6

2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................7

2.1 Análise do livro Pelos Caminhos da História..........................................................7

2.1.1 Análise do livro História em movimento..............................................................9

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................12

REFERÊNCIAS..........................................................................................................13

1. INTRODUÇÃO

Para a execução do nosso trabalho de produção textual interdisciplinar em

grupo, iremos discorrer o tema “Formação do Estado e Colonialismo”, apresentados

em dois livros didáticos de ensino médio. O primeiro livro é Pelos caminhos da

história – volume 1, de Adhemar Marques, 1ª edição – 2005, editora Positivo. O

segundo livro é História em movimento – volume 2, de Gislane Campos Azevedo

Seriacopi e Reinaldo Seriacopi, 1ª edição – 2012, editora Ática.

Faremos um breve esboço acerca do assunto enunciado em nosso tema, nos

capítulos correspondentes nos livros, procurando retratar a forma de apresentação

dos dois autores, uma vez que:

“o livro didático é um produto cultural dotado de alto grau de complexibilidade e que

não deve ser tomado unicamente em função do que contém sob o ponto de vista

normativo, uma vez que não só sua produção vincula-se a múltiplas possibilidades de

didatização do saber histórico, como também sua utilização pode ensejar práticas de

leituras muito diversas” (Revista de História, vol.24, nº 48, pág. 124).

Nesse sentido, a educação constitui-se em veículo privilegiado para

introdução de novos valores e modelagem de condutas. A produção de livros

didáticos envolve uma densa trama entre saberes de referência, autores e editoras.

Isso implica em considerar os recursos cognitivos, afetivos e sociais dos alunos, a

mobilização de recursos, metodologia e saberes das diferentes disciplinas.

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2. DESENVOLVIMENTO

2.1 – Análise do livro Pelos Caminhos da História

Pelos caminhos da história – volume 1, de Adhemar Marques, 1ª edição –

2005, editora Positivo.

Para a analise de nosso tema, a Formação do Estado e Colonialismo, na obra

Pelos caminhos da história – volume 1, de Adhemar Marques, utilizamos o capítulo

3, “América portuguesa: O sentido da colonização”. O capítulo é construído a partir

de uma proposta de História Integrada e apresenta um enfoque historiográfico

valorizado.

O autor demonstra preocupação em se distanciar de uma visão conservadora

da História, contudo, acaba dando a narrativa um caráter eurocêntrico. A História

Geral é dominada pela História européia, ao passo que a América e o Brasil ocupam

posição secundária. Desse modo, a proposta de uma História integrada não se

efetiva plenamente, pois ao estabelecer relações de simultaneidade entre as

diferentes sociedades, a obra não valoriza o que há de especifico em cada uma

delas. O que predomina é um arranjo dos conteúdos pelo autor, a partir de um viés

cronológico.

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A metodologia de ensino-aprendizagem que caracteriza o capítulo da obra é

reproduzida na atenção às dificuldades que o emprego de um vocabulário próprio e

o domínio dos conceitos históricos traz para o aluno. O autor faz a opção de

transmitir o conteúdo a partir de uma ótica especifica razão pela qual não se

priorizam, no texto didático, versões múltiplas para os processos históricos

analisados.

Na introdução e ao longo dos diversos tópicos do capítulo abordado, o autor

emprega recortes de textos de alguns historiadores, registrando os autores de

acordo com as normas da ABNT.

Embora apresente fontes escritas, o capitulo não as discute como

documentos a partir dos quais o conhecimento histórico é construído. Algumas

ilustrações do capitulo não fazem parte das atividades e não são tratadas como

fontes históricas.

O autor utiliza também uma seção Estudo de textos e documentos, como um

apoio importante para a execução da metodologia de ensino-aprendizagem pelo fato

de colocar o aluno em contato com outras possibilidades de análises, de estimular a

utilização de documentos e de propor atividades de interpretação e comparação de

textos. Antes de cada texto que compõe a seção, há sempre uma explanação previa

acerca do autor e/ou do contexto, o que facilita a realização das atividades

sugeridas. Contudo, isso não ocorre de modo satisfatório, uma vez que as

atividades, calcadas na interpretação de textos e documentos, são demais

repetitivas. As atividades referem-se na maior parte das vezes, a um texto especifico

o que dificulta a articulação entre os diferentes assuntos do capitulo. A interação dos

alunos entre si não é estimulada.

O capítulo de uma maneira geral, apresenta apenas de modo suficiente com

as estratégias empregadas em sua elaboração, uma vez que não é valorizado o

conhecimento prévio dos alunos, a obra não realiza um diálogo entre passado e

presente. Não se verificam propostas de atividades interdisciplinares, nem se discute

a importância do dialogo da Historia com outras disciplinas, há pouquíssima

incorporação da renovação historiográfica.

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2.2 - Análise do livro História em movimento

História em movimento – volume 2, de Gislane Campos Azevedo Seriacopi e

Reinaldo Seriacopi, 1ª edição – 2012, editora Ática.

Em uma segunda análise de nosso tema, utilizaremos o livro História em

movimento – volume 2, de Gislane Campos Azevedo Seriacopi e Reinaldo

Seriacopi, 1ª edição, capítulo 4, “Portugal e sua colônia na América”. A obra

apresenta uma concepção de História Integrada e cronológica, abrindo espaço para

o estudo da História da África e da História Indígena.

Uma das principais características do capitulo, é o estudo do espaço local em

associação com o nacional e o global, enfatizando o modo como os processos

históricos repercutem no contexto atual. O aluno é orientado a realizar associações

entre o geral e o particular com base em suas experiências cotidianas. Na seção

Patrimônio e diversidade, valorizam-se as particularidades históricas das diferentes

regiões brasileiras e destaca-se a importância da cultura dos afrodescendentes e

dos indígenas para a História do Brasil.

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Neste capitulo, propõem-se estratégias pedagógicas que estimulam os alunos

a agir no mundo em que vivem, estabelecendo relações presente/passado, de modo

a incentivá-los a perceber a História como um processo em permanente construção.

Para isso, os autores utilizaram uma valiosa estratégia na qual articulam o conteúdo

tratado no capítulo com algumas das principais questões do nosso tempo,

mostrando a importância de se respeitarem e valorizarem a pluralidade cultural e as

diferenças.

O capítulo inicia com um texto de abertura que associa o conteúdo a um

acontecimento contemporâneo. Segue-se o texto principal, que trabalha informações

históricas básicas, entremeadas com boxes contendo informações complementares

adaptadas ou extraídas de fontes diversas, e, ao final, apresenta documentos de

diversas naturezas com o propósito de incentivar os alunos a sintetizar as reflexões

sobre o presente elaboradas no capítulo.

Constam recomendações gerais dos autores sobre como trabalhar imagens,

mapas e filmes; explorar os conhecimentos prévios dos alunos; desenvolver cada

uma das seções do Livro; encaminhar as propostas de trabalhos interdisciplinares e

de pesquisa; além de sugestões de atividades avaliativas diversas. São

contemplados, ainda, textos complementares, sugestões de leitura ao docente e

bibliografia básica nos campos da História e do ensino de História.

Em relação à metodologia da História, ainda que o texto principal apresente

uma narrativa centrada na Formação do Estado e Colonialismo temas clássicos da

História, com ênfase nos aspectos políticos, a renovação historiográfica encontra-se

presente nos textos complementares, nas atividades e também em algumas seções.

Destacam-se as proposições que contribuem para o desenvolvimento do

pensamento histórico e para a compreensão da realidade social, incentivando os

estudantes a refletir sobre o seu cotidiano, em conexão com processos históricos de

diferentes temporalidades e espacialidades.

Além dos documentos escritos e oficiais, na elaboração dos textos e nas

atividades são utilizadas diferentes fontes históricas, como charges, pinturas,

músicas, filmes, obras literárias.

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Em geral, principalmente por meio das atividades, os conceitos fundamentais

– tais como história, sujeito histórico, memória, cultura, dentre outros – são

trabalhados no tema Formação do Estado e Colonialismo. Também as categorias

que contribuem para a compreensão da temporalidade histórica, como sequência,

sucessão, simultaneidade e periodização, são adequadamente mobilizadas, em

atividades que solicitam ao aluno a construção de quadros associando períodos e

processos históricos ou a elaboração de linha do tempo.

No tratamento da metodologia de ensino-aprendizagem, respeita-se a

progressão do conhecimento na densidade e volume de informações dos textos.

Constam diversas imagens que enriquecem o conteúdo, muitas das quais são

exploradas como fonte histórica.

Há valorização dos conhecimentos prévios dos estudantes na abertura do

capítulo. As atividades e exercícios estão formulados com clareza e são integrados

aos conteúdos, de modo a estimular o desenvolvimento de diferentes habilidades

cognitivas.

Destacam-se diversas seções que favorecem a identificação de

permanências e rupturas entre diferentes contextos históricos; incentivam os alunos

a se posicionar sobre valores, crenças, polêmicas e a desenvolver a habilidade de

argumentação; estimulam a reflexão sobre a realidade social e a compreensão das

situações da sua vida cotidiana, em conexão com processos históricos de

abrangência nacional ou mundial; fomentam a aprendizagem colaborativa pela

constante troca de ideias entre os estudantes.

No seu conjunto, o capítulo contempla de forma bastante positiva o ensino de

História e cultura da África, dos afrodescendentes e dos indígenas.

A abordagem dispensada à História indígena promove a valorização da

diversidade étnica existente no Brasil e no restante do continente americano.

Ressalta-se, positivamente, o tratamento de questões do tempo presente

relacionadas com os afrodescendentes e os indígenas.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Analisando as duas obras, constatamos nitidamente o avanço historiográfico

nas publicações. Mesmo que em um curto espaço de tempo entre uma publicação e

outra, existe uma diferença significativa nos pensamentos e exposições de ideias

entre os historiadores.

O primeiro livro tem sua edição em 2005 e o conteúdo analisado deixou a

desejar em muitos aspectos, principalmente no que tange o conhecimento prévio do

aluno e o fato de não relacionar o passado-presente. Já o segundo livro analisado

abordou claramente estas questões e foi além.

Verificamos que os autores do livro História em movimento, lançaram

propostas de atividades interdisciplinares e discutiram a importância do diálogo da

História com outras disciplinas, tudo isso sem ter uma visão eurocêntrica do assunto.

Isso implica em considerar os recursos cognitivos, afetivos e sociais dos

alunos, a mobilização de recursos, metodologia e saberes das diferentes disciplinas.

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REFERÊNCIAS

Guia de Livros Didáticos PNLD 2012 – Ensino Médio

PNLEM 2008 – História – Ensino Médio

Orientações CENP para a escolha de livros didáticos do PNLD 2012 – História

Pelos caminhos da história – volume 1, MARQUES, Adhemar, 1ª edição – 2005, editora Positivo.

História em movimento – volume 2, SERIACOPI, Gislane Campos Azevedo e SERIACOPI, Reinaldo, 1ª edição – 2012, editora Ática.

Trajetórias do Ensino de História – MENDES, Luis César Castrillon – Professor de

Didática do Departamento de História – UNEMAT.

Revista de História, vol.24, nº 48, pág. 124

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