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Tópico 6 – Propriedades Mecânicas Prof. Romis Attux – DCA/FEEC/UNICAMP Primeiro Semestre / 2017 Obs.: O conteúdo dos slides se baseia fortemente no livro texto [Callister, 2011]. EE410 - Turma A - Prof. Romis Attux

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Tópico 6 – Propriedades Mecânicas

Prof. Romis Attux – DCA/FEEC/UNICAMP

Primeiro Semestre / 2017

Obs.: O conteúdo dos slides se baseia fortemente no livro texto [Callister, 2011].

EE410 - Turma A - Prof. Romis Attux

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Prelúdio

• Diversos materiais em operação estão sujeitos a forças ou cargas (e.g. o eixo de aço de um carro). Em casos assim, é preciso conhecer as características do material e projetar o dispositivo associado de modo que a deformação resultante não seja excessiva e não ocorra uma fratura.

• O comportamento mecânico de um material diz respeito à sua resposta ou deformação quando da aplicação de uma força ou carga. Algumas propriedades importantes são resistência, dureza, ductilidade e rigidez.

• A verificação das propriedades de um material se dá, tipicamente, em ensaios controlados realizados em laboratório, os quais buscam reproduzir tão fielmente quanto possível as condições de operação.

• A carga pode ser de tração, compressão ou cisalhamento; a magnitude pode ser constante ou flutuante; o tempo de ensaio pode ser constante ou variável e a temperatura pode ser um fator de grande relevância.

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Tensão e Deformação

• Se uma carga é estática ou se modifica de maneira lenta e é aplicada uniformemente sobre uma seção reta ou superfície de um membro, o comportamento mecânico do material pode ser levantado por meio de um ensaio de tensão – deformação.

• Existem três maneiras principais de se aplicar uma carga: tração, compressão ou cisalhamento. Também é possível considerar uma carga de torção. No curso, discutiremos em detalhes apenas os dois primeiros tipos de cargas.

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Ensaios de Tração

• Um dos mais clássicos ensaios de tensão – deformação é conduzido sob tração. Tal ensaio pode revelar diversas características importantes em projetos.

• Deforma-se gradativamente uma amostra pela aplicação de uma carga de tração, geralmente até a ruptura. A carga é aplicada uniaxialmente, ao longo do eixo maior de um corpo de prova.

• Normalmente os corpos de prova possuem seção circular, embora também sejam empregados corpos retangulares.

• O resultado de um ensaio desse tipo é registrado na forma de gráfico ou tabela de carga / força em função do alongamento.

• As características verificadas são dependentes do tamanho do corpo de prova – por exemplo, se a seção do corpo for dobrada, será necessária uma força duas vezes maior para produzir o mesmo alongamento.

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Ensaios de Tração

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• Typical tensile test

machine

Fig. 6.3, Callister & Rethwisch 9e.

(Taken from H.W. Hayden, W.G. Moffatt, and J. Wulff, The Structure and Properties of

Materials, Vol. III, Mechanical Behavior, p. 2, John Wiley and Sons, New York, 1965.)

specimen extensometer

• Typical tensile

specimen

Fig. 6.2,

Callister &

Rethwisch 9e.

gauge length

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Ensaios de Tração

• Para corrigir esse ponto, a carga e o alongamento são normalizados de acordo com seus respectivos parâmetros de tensão de engenharia e deformação de engenharia. A tensão de engenharia é definida como:

𝜎 =𝐹

𝐴0

sendo F a carga instantânea aplicada a uma seção perpendicular à seção reta do corpo de prova, em unidades de newton (N) ou libras-força, e A0 a área da seção reta original (antes da aplicação de qualquer carga), em metros quadrados ou polegadas quadradas.

• A unidade de tensão é tipicamente o megapascal (MPa), equivalente a um milhão de newtons por metro quadrado. Também se usa a libra-força por polegada quadrada (psi).

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Tensão de Engenharia

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• Tensile stress, σ:

original cross-sectional area

before loading

σ = F t

A o 2

f

2 m

N or

in

lb =

Area, Ao

F t

F t

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Ensaios de Tração

• A deformação de engenharia é definida como:

𝜖 =𝑙𝑖 − 𝑙0𝑙0

=∆𝑙

𝑙0

onde l0 é o comprimento original (antes da aplicação de uma carga) e li é o comprimento instantâneo. A grandeza l representa o alongamento de deformação. Note que a deformação não possui unidade, podendo às vezes ser representada de forma percentual.

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Ensaios de Compressão

• Um ensaio de compressão é realizado de maneira semelhante a um ensaio de tração, mas a força atuante é compressiva e o corpo de prova se contrai ao longo da direção da tensão.

• Utilizam-se as definições dadas anteriormente para calcular a tensão e a deformação compressivas. Por definição, uma força compressiva tem sinal negativo, valendo o mesmo para . Note que, forçosamente, também terá sinal negativo.

• Os ensaios de compressão são usados para conhecer o comportamento de um material frente a deformações grandes e permanentes, ou quando o material é frágil sob tração.

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Comportamento Tensão - Deformação

• O grau de deformação de uma estrutura depende da magnitude da tensão imposta. Para a maioria dos materiais que são submetidos a níveis de tração relativamente baixos, vale a relação de proporcionalidade:

𝜎 = 𝐸𝜖

onde E é a constante de proporcionalidade que recebe o nome de módulo de elasticidade do material, ou módulo de Young. A lei apresentada nada mais é que uma versão da lei de Hooke.

• A magnitude de E para os metais típicos varia entre 45 GPa (magnésio) e 407 GPa (tungstênio). Os materiais cerâmicos possuem módulos entre 70 e 500 GPa e os polímeros entre 0,007 e 4 GPa.

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Deformação Elástica

• Quando a lei de proporcionalidade apresentada vale, tem-se uma deformação elástica. Nesse caso, o gráfico deformação – tensão é uma reta com inclinação igual a E. Esse módulo de elasticidade pode ser considerado como representativo da rigidez ou resistência do material frente a uma deformação elástica. Quanto maior for o módulo, mais rígido é o material, e menor será a deformação elástica resultante de uma dada tensão.

• A deformação elástica não é permanente, ou seja, quando se deixa de aplicar a tensão, a peça volta a ter seu comprimento original. Na referida reta, esse processo corresponderia a uma trajetória rumo à origem.

• Existem materiais (ferro fundido cinzento, concreto, alguns polímeros) para os quais a porção elástica da curva tensão – deformação é não-linear. Nesse caso, determina-se um módulo tangencial ou um módulo secante.

• O módulo tangencial seria definido como a derivada do gráfico e o módulo secante seria dado pela inclinação da reta ligando a origem a certo ponto.

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Deformação Elástica

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• Hooke's Law:

σ = E e σ

Linear-

elastic

E

e

F

F simple tension test

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Módulo de Young

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Metals

Alloys

Graphite

Ceramics

Semicond

Polymers Composites

/fibers

E(GPa)

Based on data in Table B.2,

Callister & Rethwisch 9e.

Composite data based on

reinforced epoxy with 60 vol%

of aligned

carbon (CFRE),

aramid (AFRE), or

glass (GFRE)

fibers.

109 Pa

0.2

8

0.6

1

Magnesium,

Aluminum

Platinum

Silver, Gold

Tantalum

Zinc, Ti

Steel, Ni

Molybdenum

G raphite

Si crystal

Glass - soda

Concrete

Si nitride Al oxide

PC

Wood( grain)

AFRE( fibers) *

CFRE *

GFRE*

Glass fibers only

Carbon fibers only

A ramid fibers only

Epoxy only

0.4

0.8

2

4

6

10

2 0

4 0

6 0 8 0

10 0

2 00

6 00 8 00

10 00 1200

4 00

Tin

Cu alloys

Tungsten

<100>

<111>

Si carbide

Diamond

PTF E

HDP E

LDPE

PP

Polyester

PS PET

C FRE( fibers) *

G FRE( fibers)*

G FRE(|| fibers)*

A FRE(|| fibers)*

C FRE(|| fibers)*

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Deformação Elástica

• Do ponto de vista microscópico, o processo de deformação elástica pode ser visto como resultante de pequenas variações no espaçamento interatômico e na extensão das ligações interatômicas. Portanto, o módulo de elasticidade reflete uma medida de resistência à separação entre átomos / moléculas / íons adjacentes – i.e. forças de ligação.

• As diferenças nos valores do módulo de elasticidade para metais, cerâmicas e polímeros decorrem diretamente dos tipos de ligações que caracterizam cada um desses materiais.

• Vale frisar que o comportamento de compressão para baixos níveis de tensão é perfeitamente análogo ao de tração, inclusive do ponto de vista do valor do módulo de elasticidade.

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Deformação Elástica

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2. Small load

F

δ

bonds

stretch

1. Initial 3. Unload

return to

initial

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Anelasticidade

• Até agora, consideramos que, na deformação elástica, ao cessar a aplicação da carga, volta-se de imediato ao comprimento original.

• No entanto, é praxe que haja um intervalo de tempo transcorrido desde o fim da aplicação da carga até o retorno ao comprimento original – esse comportamento dependente do tempo é conhecido como anelasticidade.

• A anelasticidade se deve a processos microscópicos dependentes do tempo que acompanham a deformação. Para os metais, a componente anelástica é pequena, sendo comumente desprezada, mas, para alguns polímeros, por exemplo, ela pode ser muito relevante.

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Comportamento Mecânico dos Metais

• Para a maior parte dos materiais metálicos, o regime de deformação elástica persiste apenas até deformações da ordem de 0,005. Além desse ponto, não mais vigora a lei de Hooke, e tem lugar uma deformação permanente, não-recuperável, denominada deformação plástica.

• Na curva deformação x tensão, a transição entre regimes é gradual para a maioria dos metais. Surge uma curvatura no ponto de mudança, e ela se acentua com o aumento da tensão.

• Do ponto de vista microscópico, ocorre o rompimento de ligações atômicas originais e a formação de novas ligações com outros átomos vizinhos. Com a remoção da tensão, não há retorno às posições originais.

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Deformação Plástica

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1. Initial 2. Small load 3. Unload

planes still sheared

F

δ elastic + plastic

bonds stretch & planes shear

δ plastic

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Deformação Plástica

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F

δ

linear elastic

linear elastic

δ plastic

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Escoamento

• A maior parte das estruturas é projetada para admitir apenas uma deformação elástica quando da aplicação da tensão. Portanto, é oportuno conhecer o ponto onde há a mudança de regime para o de deformação plástica, ou seja, onde ocorre o fenômeno de escoamento.

• Para os metais em que a mudança de regime é gradual, esse ponto é exatamente o ponto em que deixa de valer a regra de proporcionalidade (lei de Hooke), ou seja, o limite de proporcionalidade.

• Usualmente não se pode determinar esse ponto com precisão, e então se recorre ao seguinte expediente: toma-se uma pré-deformação específica (tipicamente 0,002) e traça-se a reta paralela à dada pela lei de Hooke. O ponto de cruzamento dessa reta com a curva deformação - tensão define a chamada tensão de escoamento (l).

• Se o material tiver uma característica não-linear de curva, a praxe é definir a tensão necessária para produzir determinado nível de deformação (e.g. 0,005).

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Escoamento

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tensile stress, σ

engineering strain, e

σy

e p = 0.002

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Escoamento

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Room temperature

values

Based on data in Table B.4,

Callister & Rethwisch 9e.

a = annealed

hr = hot rolled

ag = aged

cd = cold drawn

cw = cold worked

qt = quenched & tempered

Graphite/ Ceramics/ Semicond

Metals/ Alloys

Composites/ fibers

Polymers Y

ield

str

eng

th,

σ y

(MP

a)

PVC

Ha

rd to

me

asure

,

sin

ce

in t

en

sio

n, fr

actu

re u

su

ally

occu

rs b

efo

re y

ield

.

Nylon 6,6

LDPE

70

20

40

60 50

100

10

30

200

300

400

500 600 700

1000

2000

Tin (pure)

Al (6061) a

Al (6061) ag

Cu (71500) hr Ta (pure) Ti (pure) a Steel (1020) hr

Steel (1020) cd Steel (4140) a

Steel (4140) qt

Ti (5Al-2.5Sn) a W (pure)

Mo (pure) Cu (71500) cw

Ha

rd to

me

asure

,

in c

era

mic

ma

trix

an

d e

po

xy m

atr

ix c

om

po

sites, sin

ce

in

te

nsio

n, fr

actu

re u

su

ally

occu

rs b

efo

re y

ield

.

H DPE PP

humid

dry

PC

PET

¨

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Pico de Escoamento Descontínuo

• Alguns aços e outros materiais exibem um comportamento curioso: eles obedecem à lei de Hooke até determinada deformação e, então, no limite superior de escoamento, ocorre uma queda abrupta de tensão (escoamento descontínuo).

• A deformação que se segue flutua em torno de determinado valor (limite inferior de escoamento), até que volte a ocorrer um crescimento na curva. Toma-se então a média desse limite inferior como tensão limite de escoamento, uma vez que ela é bem determinada.

• As tensões limite de escoamento podem variar de 35 MPa para um alumínio de baixa resistência até 1400 MPa para aços de elevada resistência.

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Limite de Resistência à Tração

• Após a ocorrência do escoamento, a tensão necessária para provocar deformação plástica em metais aumenta até um valor máximo (limite de resistência à tração - LRT), diminuindo em seguida até a fratura final do material.

• Nessa tensão, começa a se formar uma pequena constrição (estrangulamento ou pescoço), num fenômeno denominado “empescoçamento”, e a fratura ocorre nesse pescoço. A resistência à fratura corresponde à tensão aplicada no momento em que ocorre a fratura.

• Os valores de LRT podem variar de cerca de 50 MPa (alumínio) até 3000 MPa (aços de elevada resistência).

• Normalmente, quando a resistência de um metal é quantificada para projeto, utiliza-se a tensão limite de escoamento, pois, no LRT, já pode ter havido uma deformação muito expressiva e disfuncional.

• Resistências a fraturas não costumam ser especificadas em projetos de engenharia.

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Limite de Resistência à Tração

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y

strain

Typical response of a metal

F = fracture or

ultimate

strength

Neck – acts

as stress

concentrator

en

gin

eering

TS s

tress

engineering strain