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    John MacArthur

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    TOMANDO DECISES EM REAS NEBULOSASTraduzido dos textos originais em ingls sob os ttulos:

    How Do I Glorify God in the Gray Areas? The Ease of Decisions Making: Edification The Ease of Decisions Making: Enslavement The Ease of Decisions Making: Entanglement The Ease of Decisions Making: Esteem The Ease of Decisions Making: Endangerment The Ease of Decisions Making: Evangelism The Ease of Decisions Making: Exaltation

    Fonte:http://www.gty.orgAutor: John Fullerton MacArthur, Jr.Imagens dos temas originais: Grace to You

    Copyright 2013 Grace to You. Todos os direitos

    reservados. Usado com permisso.

    TRADUO: Filipe de Souzafilipedesouza-ibn.blogspot.com.br

    Capa e Diagramao: Filipe de Souza

    Areia Branca-RN

    CEP: 59655-000

    Rua: Antonio Calazans, 99Bairro: Santo Cristo

    http://www.gty.org/http://www.gty.org/http://www.gty.org/http://www.filipedesouza-ibn.blogspot.com.br/http://www.filipedesouza-ibn.blogspot.com.br/http://www.filipedesouza-ibn.blogspot.com.br/http://www.gty.org/
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    __________________ndiceIntroduo............................................................................................. 05

    1.Princpio um: Edificao..................................................................... 072.Princpio dois: Escravizao............................................................... 103.Princpio trs: Embaraamento.......................................................... 134.Princpio quatro: Estima..................................................................... 165.Princpio cinco: Perigo........................................................................ 186.Princpio seis: Evangelismo................................................................ 217.Princpio sete: Exaltao..................................................................... 24______________

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    Introduoomo pastor, tenho o privilgio de ministrar s pessoas a Palavra de

    Deus, mostrando as implicaes em suas vidas ao esclarecer uma

    passagem da Escritura ou algum ponto da doutrina. Entre as preocupaes mais

    comuns por elas levantadas, no recordo em momento algum de algum ter me

    questionado se trapacear, roubar, mentir, matar, adulterar ou cobiar era algo

    errado. Nem tampouco me lembro de algum desejando saber se um cristo

    deve ler a Bblia, orar, adorar a Deus ou pregar o evangelho. A Palavra de Deus,

    acerca de tudo isso, se expressa de forma clara e inequvoca.

    O que as pessoas costumam perguntar, no entanto, so indagaes

    relacionadas a assuntos ou atividades que no esto especificamente

    mencionados na Escritura questes situadas entre o que est obviamente

    certo e visivelmente errado. No se trata de temas que possuem cores claras ou

    obscuras, mas envolvem aspectos da liberdade crist que se enquadram em

    reas sombrias.

    Qual tipo de entretenimento aceitvel? Qual o estilo de msica correto?

    E quanto ao que vestir, aonde ir ou o modo de usar o tempo livre? De que modo

    a Bblia trata acerca dessas questes?

    H quem diga: A Bblia no aborda essas coisas. Posso fazer o que eu

    quiser. Sou livre em Cristo!. O apstolo Paulo, porm, trouxe uma advertncia

    aos cristos que exercessem ao mximo suas liberdades: Aquele, pois, que

    pensa estar em p veja que no caia. (1 Corntios 10.12; cf. Glatas 5.13).

    C

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    Voc certamente conhece crentes que abusam da liberdade. Suas vidas

    so rotineiramente bombardeadas pelas tentaes que por sinal so

    desnecessariamente acumuladas sobre si mesmos por conta das prprias

    escolhas realizadas. E quanto mais prximo estiverem da linha divisria entre o

    pecado e a liberdade, mais difcil ser conseguirem se manter no lado certo.

    Com o passar do tempo, tal estilo de vida se torna um convite ao naufrgio

    moral.

    Na extremidade oposta do espectro da liberdade crist desenfreada est o

    legalismo. Nessa rea encontram-se aqueles crentes que estabelecem rpidas e

    rigorosas regras em torno de assuntos omitidos pela Escritura.

    Frequentei uma escola onde no tnhamos de enfrentar decises em reas

    nebulosas, pois tudo j havia sido decido por ns. Havia regras sobre o horrio

    para se levantar, dormir, estudar e com quem podamos conversar. Existiam

    normas inclusive sobre a distncia a ser dada quando andvamos ao lado de

    uma garota. Tinha regras sobre praticamente tudo. E embora simplificassem a

    vida em nvel superficial, elas, ao mesmo tempo, traziam complicaes

    inevitveis no mbito interno.

    O padro bblico para lidar com as circunstncias sombrias no

    encontrado em qualquer um desses extremos. Mesmo sendo verdade que a

    Bblia no faa uma meno especfica para cada deciso que eventualmente

    voc se depare, ela estabelece parmetros e princpios gerais que o ajudam a

    tomar decises que honrem ao Senhor.

    No decorrer dos prximos captulos estaremos observando atentamente

    esses princpios, veremos o equilbrio espiritual que eles oferecem, no sendo

    nada que esteja no extremo legalismo ou na liberdade excessiva. O objetivo

    ajud-lo a aplicar os princpios bblicos nas reas nebulosas de sua vida,

    permitindo-lhe tomar decises com a conscincia tranquila de modo que Deus

    seja glorificado.

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    dificao

    omo podemos tomar decises em torno de assuntos e atividades

    sobre os quais nada se tem expressamente definido nas Escrituras?

    Em uma deciso nesse contexto, como elaboramos critrios para faz-la de um

    modo que honre a Deus e nos beneficie, promovendo ainda o crescimento do

    Corpo de Cristo e que torne o evangelho admissvel e atraente para o no-

    convertido?

    No que se refere a questes de liberdade crist e sobre tomada de deciso

    em reas nebulosas da vida, no se trata do que podemos fazer para sair atempo sofrendo o mnimo de dano. No estamos em busca do alto risco da vida

    crist ver o quo prximo do fogo possvel chegar sem se queimar. Muita

    gente usa sua liberdade de vida para testar os limites esperando ainda evitar

    qualquer desastre. Esse pensamento ilusrio.

    Ao ser confrontado com escolhas diante de uma circunstncia

    embaraosa, ao invs de perguntar at aonde se pode chegar, temos dequestionar: algum benefcio espiritual resultar da ao pretendida?

    Paulo, em 1 Corntios 10.23, explicou que todas as coisas so lcitas,

    mas nem todas convm; todas so lcitas, mas nem todas edificam. Alguns

    membros da igreja de Corinto estavam exercendo a liberdade crist sem

    qualquer considerao pelos demais, talvez nem pelo prprio bem. O apstolo

    repreendeu essa atitude recordando-lhes que, a menos que algo seja

    C

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    espiritualmente proveitoso, isto , que edifique a vida espiritual de algum, fazer

    no valeria a pena.

    Desse modo, com base na exortao de Paulo, esse um questionamento

    que os crentes deveriam colocar-se: Ao fazer isso, a minha vida espiritual e as

    de outras pessoas sero melhores? Cultivaremos piedade? Edificaremo-nos

    espiritualmente?Se no, fazer, em tal caso, de fato uma sbia escolha?

    Eu no procuro investir minha vida naquilo onde no h um retorno do

    dividendo espiritual. Se nenhuma garantia de algum subsdio espiritual positivo

    me for dada, qual o motivo de eu me engajar? Espiritualmente falando, ajudaria

    no meu crescimento? Aperfeioaria-me na piedade? Se o Senhor nada proibiu,

    ento tudo lcito; mas o mundo est repleto de coisas que no prometem

    absolutamente qualquer vantagem real na caminhada com Deus.

    Uma pergunta poderia ser feita, por exemplo, quanto ao sono. Dedicar

    algum tempo para descansar adequadamente, sem dvida, no um quesito

    listado nas proibies bblicas. Porm, dormir em excesso em nada

    acrescentaria na vida espiritual, obviamente.

    , certamente, uma questo de convenincia. Aquela determinada

    atividade seja ela qual for um caminho vivel para o seu crescimento

    espiritual e para o bem de outras pessoas? Promover, encorajar ou estimular

    sua vida em Cristo?

    Toda vez que vierem tona decises em reas nebulosas, questione-se: seeu for at l, ou fizer isso e experimentar aquilo, ou caso me envolva nesse

    relacionamento, terei de imediato ou a longo prazo algum resultado espiritual

    benfico?

    bvio que h uma infinidade de maneiras para edificar a f das pessoas

    e que nos possibilitam crescer na graa e no conhecimento de nosso Senhor e

    Salvador Jesus Cristo (2 Pedro 3.18). Mas, em termos de fundamentos,

    edificao algo relativamente bsico. Resulta, principalmente, quando se

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    estuda a Palavra e ouve o seu ensino (cf. Atos 20.32; Colossenses 3.16; 2

    Timteo 3.16-17); ao demonstrar o verdadeiro amor na comunho com os

    irmos (cf. 1 Corntios 8.1; Hebreus 10.24); e quando servindo obedientemente a

    igreja local (cf. Efsio 4.12).

    O segredo tomar decises que estimulem sua prpria edificao e que

    lhes d a chance de edificar os demais, assim como resguardar-se da tendncia

    complicao no processo de tomada de deciso. Se houver a necessidade de

    elaborao de um sistema complexo de causas e efeitos para a produo de um

    potencial ainda significativamente longnquo para resultar algum benefcio

    espiritual, isso uma boa indicao de que a ao a qual voc tenta usar como

    pretexto no verdadeiramente benfica.

    No que se refere s zonas sombrias da vida, devemos sempre comear

    perguntando se a escolha a ser feita trar proveito no mbito espiritual, isso

    tanto em ns quanto naqueles que esto nossa volta.

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    Escravizaovida est repleta de reas nebulosas situaes cuja Escritura no

    aborda especificamente, quer em assuntos e questes do dia a dia

    ou at mesmo naquelas escolhas onde no h nada intrnseco classificando-as

    como sendo boas ou ms. O modo como os crentes navegaro por regies como

    essas apresenta forte influncia no seu crescimento espiritual, no testemunho e

    no seu proveito diante do Senhor.

    Para ajud-lo a elaborar critrios bblicos nas decises enfrentadas em

    reas sombrias, estamos observando algumas exortaes e instrues-chave

    dadas pelo apstolo Paulo. Em 1 Corntios, assim ele disse aos seus leitores:Todas as coisas me so lcitas, mas nem todas convm. Todas as coisas me

    so lcitas, mas eu no me deixarei dominar por nenhuma delas (6.12).

    Novamente, o apstolo deu nfase ao fato de que faria somente o que fosse

    espiritualmente proveitoso. Parte disso implica evitar aquelas atividades que

    dariam ocasio a uma escravizao pessoal. Paulo estava ciente de que Jesus

    Cristo era o nico que dominava sua vida, e, portanto, no se deixaria ser

    dominado por outra pessoa ou qualquer outra coisa.

    O contexto imediato nesse trecho de 1 Corntions 6 diz respeito ao pecado

    sexual, o qual excepcionalmente escravizador. Contudo, os princpios vo alm

    da sensualidade, estendem-se a qualquer hbito ou comportamento que possam

    ter controle sobre a vida ou que sufoquem o Esprito. Em Efsio 5.18, Paulo

    ordenou: no vos embriagueis com vinho... mas enchei-vos do Esprito.

    Embora o contexto seja outro, a ideia similar ao que foi escrito em 1 Corntios

    A

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    12: no se deixar ficar dependente ou escravizado ao que for pecaminoso ou

    quilo que for potencialmente destrutivo.

    Diante de uma deciso numa circunstncia nebulosa, uma das perguntas

    que deveramos estar treinando-nos a fazer seria: esta ao me sujeitaria

    escravido? Produzir em mim apetite tal de modo a gerar um padro de

    comportamento que escape ao meu controle?

    irnico que o homem o auge da criao de Deus possa to

    facilmente ser escravizado por coisas de tal modo simples como computadores,

    televises, esportes, hobbies e at mesmo comida e bebida. E, ainda assim,

    parecemos no nos importar ou mesmo permanecer atentos ao fato de que

    essas coisas insignificantes possam com tanta facilidade e frequncia obter o

    completo governo de nossas vidas.

    Fumar um bom exemplo. De um ponto de vista objetivo, qual o

    sentido de empurrar folhas secas na boca e acend-las? Qual o possvel benefcio

    proveniente dessa ao? Apesar disso, um nmero incalculvel de pessoas esto

    escravizadas ao hbito tabagista um vcio que ocorre efetivamente sobre elas.

    Enquanto voc e eu nos distanciamos do estigma associado a certos vcios

    bem conhecidos, a verdade que estamos igualmente suscetveis a nos tornar

    completamente dependentes de alguma outra coisa em nossas vidas. Alguns

    esto viciados em entretenimento, quer seja em filmes, msica ou esportes;

    outros em roupas e compras so consumidores habituais. H tambm quem

    esteja na total dependncia de um hobby especfico ou lazer, dedicando todo

    tempo e recurso disponveis para cumprir e incrementar a capacidade de

    desfrutar uma determinada atividade.

    Paulo no estava trazendo aos leitores uma mera advertncia quanto aos

    vcios imorais. Sua inteno era que eles estivessem em alerta contra tudo

    aquilo que distanciasse o controle ou o foco do Senhor. Est, especificamente,

    nos alertando contra os tipos de atividades que podem se transformar em

    desejos manipuladores que vm ditar e dirigir o resto de nossas vidas.

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    Todas as criaturas foram feitas para possurem hbitos, e Paulo, quanto

    isso, estava bem ciente. Antes de sermos salvos, ramos pecadores habituais.

    Aps a salvao, temos trabalhado arduamente para romper com as velhas e

    pecaminosas prticas, cultivando, ao invs disso, novos e retos costumes. De

    fato, com base em Efsio 2.10, sabemos que fomos salvos tendo em vista a

    realizao de toda boa obra. Por meio do poder transformador de Deus, fomos

    destinados a praticar obras de justia. E enquanto o Senhor nos permite,

    necessrio envidar o mximo de esforo para a formao de hbitos que

    alcancem e cumpram os Seus justos fins.

    Isso igualmente significa que devemos nos precaver de todas as

    atividades que, mesmo no sendo pecaminosas por si mesmas, poderiamconduzir a uma preocupao quanto a uma possvel situao propcia ao

    pecado.

    De uma perspectiva pessoal, isso quer dizer que posso ser livre para fazer

    o que quer que seja em Cristo; no entanto, evito para comprovar que ainda

    permaneo no controle dos meus desejos (1 Corntios 9.27). No que o afazer

    seja algo errado apenas quero ter a certeza que at o momento consigo

    recusar. Pode, inclusive, ser uma coisa simples, como um bife ou sundae de

    chocolate. Seja o que for, no pretendo de modo algum me deixar moldar a um

    padro no qual eu seja incapaz de dizer no. No possuir o controle sobre o

    corpo e a mente mesmo nas mais insignificantes reas que possam aparentar

    sempre reflete na vida espiritual.

    Quando o assunto estiver relacionado s zonas nebulosas da vida,

    importante considerar os efeitos a longo prazo das decises a serem tomadas,at mesmo nas mais insignificantes e menores reas, pois podem exercer

    controle sobre sua vida. Se o que voc estiver levando em conta tiver grande

    chance de se tornar uma dependncia pecaminosa, por que buscar tal coisa?

    No se permita ser escravizado por algo ou algum. Voc escravo do Senhor

    Jesus Cristo, e somente dEle.

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    mbaraamentoue sentido tem um atleta, corredor de longa distncia, durante sua

    corrida arrastar com ele vrias bagagens? Obviamente nenhum na

    verdade, seria altamente contraproducente.

    Esse o cerne de Hebreus 12.1: Portanto ns tambm, pois que estamos

    rodeados de uma to grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o

    embarao, e o pecado que to de perto nos rodeia, e corramos com

    pacincia a carreira que nos est proposta.

    A palavra grega traduzida para corrida agn, e no usada para se

    referir a uma corrida qualquer, de curta distncia. Descreve uma do tipoexaustiva, somente realizada pelos mais fortes, possuidores de autocontrole e

    que so autodisciplinados e perseverantes. daquela que requer hupomon,

    resistncia. Significa literalmente ficar por baixo; deste modo, o autor de

    Hebreus encoraja seus leitores a permanecerem fieis at o fim sob as dores e

    agonias da vida neste mundo pecaminoso.

    Vivi tempo suficiente para ver muita gente correr muito bem no incio,

    vindo depois a desfalecer em algum lugar no meio da corrida, incapaz de

    suportar at o final.

    A questo : como fazer para correr com excelncia e resistncia? Como

    se guardar do colapso espiritual de trazer vergonha ao Senhor, a si mesmo e

    desonrar a igreja atravs de um erro pecaminoso? Como resistir at o fim?

    O escritor de Hebreus diz que a resistncia divina s possvel quandonos abstramos das seguintes coisas: do pecado e do embarao. Ora, existe,

    Q

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    obviamente, um consenso de que o pecado o pior embarao para o nosso xito

    espiritual. Contudo, o fato dele fazer uso de duas palavras isoladas implica duas

    ideias especficas em mente.

    Compreendemos o que o pecado. Sabemos o que ele , e estamos

    cientes que devemos encar-lo com seriedade. O apstolo Paulo referiu

    claramente que o pecado no possui lugar na vida do crente.

    No reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe

    obedecerdes em suas concupiscncias; nem tampouco apresenteis os

    vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas

    apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membrosa Deus, como instrumentos de justia(Romanos 6.12-13).

    De fato, ele afirmou que o pecado totalmente contrrio a nossa nova

    natureza em Cristo.

    Ou no sabeis que o vosso corpo o templo do Esprito Santo, que

    habita em vs, proveniente de Deus, e que no sois de vs mesmos?

    Porque fostes comprados por bom preo; glorificai, pois, a Deus no

    vosso corpo, e no vosso esprito, os quais pertencem a Deus(1 Corntios

    6.19-20)

    E no que diz respeito aos nossos pecados, Cristo empregou uma hiprbole

    para ilustrar as consequncias desastrosas ao toler-los em nossas vidas.

    Se o teu olho direito te faz tropear, arranca-o e lana-o de ti; pois teconvm que se perca um dos teus membros, e no seja todo o teu corpo

    lanado no inferno. E, se a tua mo direita te faz tropear, corta-a e

    lana-a de ti; pois te convm que se perca um dos teus membros, e no

    v todo o teu corpo para o inferno. (Mateus 5.29-30).

    Quando um embarao no vem a ser pecado, ento o que ele ? A palavra

    em grego onkos, que quer dizer volume/massa. Significa algo extra que

    esteja sobrecarregando. tudo que o atrase, desvie sua ateno, drene sua

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    energia ou que prejudique seu entusiasmo pelas coisas do Senhor. Trata-se de

    qualquer coisa que possa distra-lo de correr fielmente a corrida que Deus a voc

    designou.

    A internet, por exemplo, pode ser um estorvo. Ou talvez a televiso, a

    msica e os filmes estejam sendo empecilhos para o seu crescimento espiritual.

    Tambm poderia ser um relacionamento, um hobby, uma propriedade ou

    virtualmente qualquer coisa de outra natureza isto , refere-se a todo volume

    desnecessrio que esteja retirando do Senhor sua ateno e esforo.

    Hoje em dia, muitos desses pastores populares gostam regularmente de

    exibir seus conhecimentos sobre a cultura pop, citando, em geral, os filmes maisrecentes, programas de televiso e letras de msicas. Apesar de algo do tipo no

    desonrar diretamente ao Senhor no sendo manifestamente pecaminoso

    ainda devo questionar: qual a finalidade disso? No medir esforos ao encher

    sua mente com entretenimento mundano simplesmente para se identificar com

    a cultura semelhante a participar de uma corrida usando casaco e

    tornozeleiras de peso.

    Aqui no se trata de um chamado separao da sociedade, mas apenas a

    uma honesta avaliao do quanto voc se mantm firme. Voc est dedicando

    seu tempo, energia e ateno quilo que no prestar qualquer contributo para

    realizar sua corrida de forma bem sucedida? Est convidando os embaraos a

    adentrarem em sua vida?

    Ao se defrontar com uma deciso em meio a uma rea nebulosa, voc

    precisa se perguntar: esta atividade aumentar minha resistncia espiritual,

    ou me entrelaar em distraes mundanas?

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    Estima facilmente esquecido que sempre tem gente observando o modo

    como vivemos. Pode ser seus filhos, irmos, colegas de trabalho,

    amigos ou vizinhos pode at mesmo se tratar de pessoas totalmentedesconhecidas notando com frequncia como voc se comporta. Independente

    de quem seja, a questo que muito pouco de nossas vidas ocorre em total

    privacidade.

    Assim, ao observarmos alguns princpios-chave da Palavra de Deus os

    quais nos auxiliaro a traar a atitude a ser assumida em reas nebulosas da

    vida aqueles assuntos e atividades cuja Escritura no aborda diretamente ,

    no podemos esquecer que o nosso comportamento tambm tem suas

    repercusses na vida de outras pessoas.

    Com relao ao hbito de comer coisas ofertadas aos dolos que foi uma

    rea nebulosa crucial presente na igreja primitiva , Paulo escreveu: No a

    comida que nos recomendar a Deus, pois nada perderemos, se no

    comermos, e nada ganharemos, se comermos. Vede, porm, que esta vossa

    liberdade no venha, de algum modo, a ser tropeo para osfracos(1 Corntios8.8-9).

    No exerccio de nossa liberdade crist, sejamos sensveis aos irmos mais

    fracos na f, que possivelmente tm um discernimento ainda imaturo. Devemos

    considerar com ateno a pergunta a seguir: isto favorecer aos demais ou o

    faro tropear?

    O modo como voc se conduz em zonas sombrias da vida no s umaquesto de maturidade espiritual. O tipo de exemplo que voc demonstra aos

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    demais, aos crentes menos maduros, deve expressar suas decises. algo que

    de fato resume-se a estima. O que mais importa, exercer sua liberdade ou

    encorajar o crescimento espiritual de seus irmos em Cristo? No momento em

    que voc os considera mais importantes que a si mesmo, sobrepondo os

    interesses espirituais destes sua prpria liberdade, o exemplo do Mestre que

    est sendo seguido (Filipenses 2.1-5).

    Eis a o princpio do amor. Como Romanos 13.10 diz: O amor no

    pratica o mal contra o prximo. Caso saiba que sua escolha mesmo aquela

    em que voc a considera dentro dos limites e que seja aprovada por Deus

    traga a outro cristo tropeo ou pecado, o amor fraterno suficiente para

    restringir sua liberdade e abst-lo de sua pretenso.

    Atitude altrusta como essa no muito comum em nossa sociedade

    narcisista, porm algo bblico. Violar a conscincia de um irmo , em ltima

    instncia, pecar contra o Senhor. Pois pecando contra os irmos, golpeando-

    lhes a conscincia fraca, contra Cristo que pecais. E, por isso, disse Paulo,

    se a comida serve de escndalo a meu irmo, nunca mais comerei carne, para

    que no venha a escandaliz-lo(1 Corntios 8.12-13).

    Quanto ao exerccio de nossa liberdade, devemos nos preocupar menos

    em desfrut-la em toda a sua plenitude e ampliar o foco em nosso prprio

    comportamento, verificando, ao estar em meio a uma circunstncia nebulosa, a

    forma correta de se agir para edificar e incentivar o crescimento espiritual de

    outros crentes.

    Alguma vez voc j teve a oportunidade de sacrificar sua liberdade em

    prol de algum? Em caso afirmativo, em seguida, voc sentiu falta daquele item

    ou atividade sacrificada, ou o benefcio ao seu irmo em Cristo foi bem maior do

    que o prazer que poderia ter sido desfrutado?

    Ou aconteceu o contrrio, em que outro crente teve de abster-se de sua

    prpria atividade visando o seu benefcio? Se esse foi o caso, de que maneira a

    renncia desse irmo o incentivou ao crescimento espiritual?

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    Perigo

    ela graa de Deus, todos ns fomos criados com sistemas de alarme

    para nos prevenir do mal. A dor o seu sistema de alarme fsico,

    que o permite saber quando algo de errado est havendo em seu corpo. Imagine

    o quo suscetvel voc estaria s queimaduras, exposio e a todos os tipos de

    perigos fsicos caso no pudesse senti-la.

    Da mesma forma, sua conscincia o seu sistema de alarme espiritual.

    Ela o alerta quando os seus pensamentos, palavras ou comportamento estocontrariando a lei moral que foi estabelecida no seu corao. Romanos 2.14-15

    diz que todos tm a lei de Deus escrita em seus coraes que o que

    proporciona a cada um de ns a compreenso bsica do certo e do errado.

    Entretanto, sua conscincia no um sistema perfeito. Ela formada,

    informada e aguada atravs de vrios fatores externos, como pela cultura e f.

    Pode ser distorcida, cauterizada e manipulada algumas vezes, inclusive, sem o

    seu conhecimento. Compete a cada pessoa guard-la e proteg-la da corrupo.

    Ao final de tudo, sua conscincia s funciona corretamente ao estar sob a

    orientao da Bblia e quando ativamente a ela dada sua ateno. Ela pode at

    estar em consonncia com os padres justos de Deus, mas caso ignore suas

    advertncias, tudo ser intil.

    Portanto, ao se tratar de tomada de deciso sobre assuntos e atividades

    em reas nebulosas da vida questes sobre as quais a Palavra de Deus

    P

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    permanece em silncio , importante questionar-se: ser que esta atividade

    est me treinando para ignorar minha conscincia?

    Anteriormente, levamos em considerao as instrues de Paulo aos

    corntios quanto estima que devemos ter em relao convico alheia, isto ,

    quanto aos crentes menos maduros ele exortou-nos a no permitir que a

    nossa liberdade crist se tornasse uma pedra de tropeo queles irmos e irms

    que so mais fracos na f.

    Numa passagem paralela, Paulo deu uma instruo similar a igreja de

    Roma referente comida oferecida aos dolos. Ao fazer isso, ele deixa muito

    claro o seguinte aspecto: perigoso fazer algo, seja o que for, que viole suaconscincia e que cause em voc dvida sobre suas aes, ainda que outros

    cristos sintam-se livres para agir dessa forma. Mas aquele que tem dvidas

    condenado se comer, porque o que faz no provm de f; e tudo o que no

    provm de f pecado(Romanos 14.23). Pecamos ao proceder de todo modo

    que venha contrariar as convices de nossa prpria f e conscincia

    devidamente informada.

    Em 1 Corntios 10.25-29, temos trs referncias de absteno feitas por

    Paulo de certas prticas pormotivo de conscincia. Jamais treine a si mesmo

    para infringi-la. Caso sua conscincia esteja conturbada com algo que voc

    pensa em fazer, no o faa. Se voc no tem certeza, no efetue. Ao invs disso,

    deve ser dada particular ateno advertncia de Paulo a Timteo, a saber,

    rejeitar ou ignorar a prpria conscincia conduz ao naufrgio espiritual (1

    Timteo 1.19).

    praticamente impossvel sobrestimar o valor de uma conscincia

    tranquila, vale definitivamente a pena manter a conscincia limpa para que seu

    relacionamento com Deus no venha ser prejudicado (cf. Salmo 66.18). Ao

    permanecer em orao e no estudo da Palavra de Deus, voc estar instruindo

    corretamente sua conscincia, podendo assim andar como filhos da luz...

    provando sempre o que agradvel ao Senhor(Efsios 5.8,10).

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    Charles Wesley escreveu um hino intitulado I Want a Principle Within

    a respeito da necessidade que temos de uma conscincia limpa e sensvel. Esse

    cntico raramente entoado hoje em dia, mas a verdade encontrada nas

    palavras de Wesley deveria ressoar em cada crente.

    Eu quero um princpio em mim

    de cautela e temor a Deus,

    uma sensibilidade ao pecado,

    uma dor ao senti-lo prximo.

    Ajuda-me a inicial aproximao sentirdo orgulho ou do desejo imprprio;

    para apanhar o caminhar errante da minha vontade,

    e extinguir o fogo que se acende.

    De Ti no mais me desviar,

    no mais Tua bondade entristecer.

    Dai-me o temor filial, assim oro,

    a oferta de uma conscincia vem me conceder.

    Rpido como a uma menina dos olhos,

    Deus, vem minha conscincia preparar!

    Desperta minhalma quando o pecado por perto estiver,

    e a mantenha ainda acordada.

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    vangelismo

    emelhante aos que buscam viver a Grande Comisso (Mateus 28.18-

    20), todo cristo deve sempre considerar de que modo suas aes

    afetaro seu testemunho diante de um mundo que o observa.

    Falando do seu prprio ministrio evangelstico, Paulo escreveu:

    No vos torneis causa de tropeo nem para judeus, nem para gentios,

    nem tampouco para a igreja de Deus, assim como tambm eu procuro,

    em tudo, ser agradvel a todos, no buscando o meu prprio interesse,

    mas o de muitos, para que sejam salvos (1 Corntios 10.32-33).

    O apstolo, em comparao ao ato de exercer sua liberdade, estava muito

    mais preocupado com a forma pela qual os pecadores viam a Cristo. Portanto,

    ele estava disposto a ignorar tal liberdade em prol do evangelho (1 Corntios

    9.19-23).

    Quer esteja consciente disso ou no, seu comportamento tanto aquilo

    que voc faz como o que no faz afeta o seu testemunho de Cristo. algo que

    est diretamente vinculado ao testemunho: o que sua vida tem a dizer sobre

    Deus aos seus amigos, parentes, colegas de trabalho, vizinhos ou at mesmo aos

    desconhecidos que podem estar o observando?

    Esse o ponto abordado pelo apstolo Paulo em Romanos 14.16-18:

    S

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    No seja, pois, vituperado o vosso bem. Porque o reino de Deus no

    comida nem bebida, mas justia, e paz, e alegria no Esprito Santo.

    Aquele que deste modo serve a Cristo agradvel a Deus e aprovado

    pelos homens.

    O resultado operacional existente aprovado pelos homens. Paulo,

    entretanto, no est se referindo a ser algum que viva para agradar aos outros

    o que ele quer dizer que seu estilo de vida deve ser uma recomendao

    positiva a todo aquele que o observa.

    Voc provavelmente conhece pessoas que se autointitulam crists e que

    proclamam seu amor a Deus, mas o modo de vida que possuem bastantesemelhante ao estilo secular. Crentes que rotineiramente vivem nos limites da

    liberdade dificilmente se diferenciam do mundo. Apresentam dificuldades em

    transmitir o valor e o poder do evangelho s pessoas que no conseguem

    enxergar uma ntida diferena na forma como eles buscam viver.

    Cristos que jamais abusam de sua liberdade experimentam os mais

    distintos e poderosos testemunhos do poder transformador de Deus. As

    restries impostas a si mesmo estabelecidas atravs de princpios bblicos

    retratam visualmente uma obra contnua de Cristo em seu corao a um mundo

    que o ver constantemente, mesmo quando voc menos imagina.

    Seu mais alto e claro testemunho raramente advm de palavras ditas por

    voc mesmo bem mais plausvel as pessoas observarem sua vida e

    delinearem concluses sobre o valor e autenticidade de sua f com base no seu

    estilo de vida. O mundo no-salvo est sempre observando; precisamos,

    portanto, nos esforar para sermos patentemente diferentes de nossa cultura

    pecaminosa. Em nome do evangelho, devemos nos manter distanciados deste

    mundo enquanto nele vivermos.

    Com isso, ao sermos confrontados com uma deciso numa rea da vida

    sobre a qual a Bblia no aborda explicitamente, devemos perguntar: o que vou

    fazer adornar ou manchar o evangelho?

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    A respeito de Deus, ou seu testemunho contar a verdade ou dir uma

    mentira. As escolhas feitas em reas nebulosas devem refletir sua preocupao

    em no infamar a nobreza do Senhor, ao invs disso, porm, que elas tragam

    louvor ao Seu nome.

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    xaltaoclaro testemunho da Sagrada Escritura que ela suficiente; que

    somente a Bblia nos traz preparo para toda boa obra(2 Timteo

    3.16-17). Os crentes no precisam de livros adicionais para lidar com assuntos

    novos e modernos e atividades sobre as quais a Palavra de Deus se mantm em

    silncio.

    Ao invs disso, precisamos ir s Escrituras e pesquisar meticulosamente

    sobre os tipos de princpios que nos auxiliaro a navegar pelas reas nebulosas

    da vida. Anteriormente, examinamos alguns deles na tentativa de desenvolver

    uma mentalidade bblica na tomada de deciso ao se deparar com uma zonasombria.

    Levamos em considerao os seguintes princpios: edificao (algum

    benefcio espiritual resultar da ao pretendida?), escravizao (esta ao

    me sujeitaria escravido?), embaraamento (esta atividade aumentar

    minha resistncia espiritual, ou me entrelaar em distraes mundanas?),

    estima (isto favorecer aos demais ou o faro tropear?), perigo (ser que

    esta atividade est me treinando para ignorar minha conscincia?) e

    evangelismo (o que vou fazer adornar ou manchar o evangelho?).

    Existe um princpio concludente que ainda precisamos examinar um

    que resume e cumpre todos aqueles vistos anteriormente. o princpio da

    Exaltao. Na tentativa de definir o modo de agir nas reas nebulosas da vida,

    devemos levar em conta de que maneira nossas decises exaltar o Senhor.

    Temos de questionar: esta ao glorificar a Deus?

    O

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    Paulo declarou: Portanto, quer comais, quer bebais ou faais outra

    coisa qualquer, fazei tudo para a glria de Deus (1 Corntions 10.31).

    Glorificar a Deus e ador-lO eternamente formam o motivo de nossa existncia.

    Em razo de termos sido transformados e transferidos para o Seu reino, agrad-

    lO o nosso mais elevado objetivo bem como nosso maior prazer (cf. 2 Corntios

    5.9).

    O nosso corao clama para que glorifiquemos ao nosso Senhor e

    Salvador com nossas vidas. Assim, quando se trata de lidar com as

    circunstncias nebulosas, considere o seguinte: a minha deciso far com

    que Deus seja glorificado, louvado e engrandecido?Verdadeiramente

    honramos ao Senhor quando nossas escolhas esto de acordo com princpiosencontrados em Sua Palavra. Por outro lado, ao fazermos escolhas insensatas e

    pecaminosas, as nossas aes O desonraro. Se algo for glorificar a Deus, que

    seja feito. Caso no, ou se for duvidoso, faa ento outra coisa.