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TJSC

1ª FASE

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DIA 51 – QUARTA – 07/10/2020

METAS

PROCESSO PENAL:

• Resolver 25 questões de Processo Penal em provas de cartório (1h)

TRIBUTÁRIO: • Resolver 50 questões FGV sobre tributos federais e tributos

municipais (2h)

REVISÕES:

• 24H – Direito Administrativo: questões FGV sobre Controle da Administração, resolvidas ontem;

• 48H – Direito Civil: questões existentes da FGV sobre Direito das Sucessões, resolvidas anteontem;

• 48H – Direito Constitucional: questões FGV sobre Controle de Constitucionalidade, resolvidas anteontem;

• 7 DIAS – Direito Processual Civil: questões sobre Direito Processual Civil em provas para Titular de Serviços de Notas e de Registros, resolvidas em 30.09;

• 30 DIAS – Direito Notarial e Registral: questões sobre Tabelionato de Notas, resolvidas em 09.09;

• 30 DIAS – Direito Processual Civil: questões FGV sobre CPC/15, resolvidas em 09.09.

PROCESSO PENAL

COMO ESTUDAR? ➔ Resolver 25 questões de Processo Penal em provas de cartório (1h)

• Acessar o site Qconcursos e resolver 25 questões com os seguintes

filtros:

o DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL PENAL;

o CARGO: TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS.

• Nesse mesmo cabeçalho do site onde colocou os filtros acima, assinale

os quadrados para EXCLUIR AS QUESTÕES ANULADAS OU

DESATUALIZADAS.

• Hoje, lembrar também de SELECIONAR APENAS AS QUESTÕES NÃO

RESOLVIDAS, para evitar a repetição das questões dos dias anteriores

• Durante a resolução, inclua os dispositivos de lei que errou ou teve dúvida

na folha de revisão do material Notarium, para futuras consultas.

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OBSERVAÇÕES

• Desde a última semana mudamos de estratégia nesta matéria e demos

início à resolução de questões de processo penal em provas de cartório.

Percebe-se que o nível de cobrança não é muito elevado, como vimos em

algumas provas da FGV. Consideramos importante resolver questões de

provas de cartório, ainda que de outras bancas, porque a FGV costuma

ser bem pertinente com a carreira para a qual organiza o concurso. Por

isso, o parâmetro de outras provas de cartório é importante.

• Não existe muito critério para a cobrança de processo penal em provas

de cartório. Algumas provas possuem uma abordagem principiológica e

outras cobram júri, recursos e até mesmo leis especiais. Por isso,

precisamos ter um conhecimento amplo, porém não muito profundo desta

matéria. Indicamos a leitura do CPP para aqueles que apresentarem

muita dificuldade.

JURISPRUDÊNCIAS RELACIONADAS

• Verificado empate no julgamento de ação penal, deve prevalecer a

decisão mais favorável ao réu. Esse mesmo entendimento deve ser

aplicado em caso de empate no julgamento dos embargos de declaração

opostos contra o acórdão que julgou a ação penal. Terminando o

julgamento dos embargos empatado, aplica-se a decisão mais favorável

ao réu.

STF. Plenário.AP 565 ED-ED/RO, Rel. Min. Cármen Lúcia, red. p/ o ac.

Min. Dias Toffoli, julgado em 14/12/2017 (Info 888).

• Não viola o Princípio do Promotor Natural se o Promotor de Justiça que

atua na vara criminal comum oferece denúncia contra o acusado na vara

do Tribunal do Júri e o Promotor que funciona neste juízo especializado

segue com a ação penal, participando dos atos do processo até a

pronúncia. No caso concreto, em um primeiro momento, entendeu-se que

a conduta não seria crime doloso contra a vida, razão pela qual os autos

foram remetidos ao Promotor da vara comum. No entanto, mais para

frente comprovou-se que, na verdade, tratava-se sim de crime doloso.

Com isso, o Promotor que estava no exercício ofereceu a denúncia e

remeteu a ação imediatamente ao Promotor do Júri, que poderia, a

qualquer momento, não ratificá-la. Configurou-se uma ratificação implícita

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da denúncia. Não houve designação arbitrária ou quebra de autonomia.

STF. 1ª Turma.HC 114093/PR, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac.

Min. Alexandre de Moraes, julgado em 3/10/2017 (Info 880).

• O reconhecimento da ilegitimidade ativa do Ministério Público para, na

qualidade de substituto processual de menores carentes, propor ação civil

pública ex delicto, sem a anterior intimação da Defensoria Pública para

tomar ciência da ação e, sendo o caso, assumir o polo ativo da demanda,

configura violação ao art. 68 do CPP. Antes de o magistrado reconhecer

a ilegitimidade ativa do Ministério Público para propor ação civil ex delicto,

é indispensável que a Defensoria Pública seja intimada para tomar ciência

da demanda e, sendo o caso, assumir o polo ativo da ação. STJ. 4ª

Turma. REsp 888081-MG, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 15/9/2016

(Info 592).

• Não oferecida a queixa-crime contra todos os supostos autores ou

partícipes da prática delituosa, há afronta ao princípio da indivisibilidade

da ação penal, a implicar renúncia tácita ao direito de querela, cuja

eficácia extintiva da punibilidade estende-se a todos quantos

alegadamente hajam intervindo no cometimento da infração penal. STF.

1ª Turma. Inq 3526/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 2/2/2016

(Info 813).

• O princípio da indivisibilidade significa que a ação penal deve ser proposta

contra todos os autores e partícipes do delito. Segundo a posição da

jurisprudência, o princípio da indivisibilidade só se aplica para a ação pena

privada (art. 48 do CPP). O que acontece se a ação penal privada não for

proposta contra todos? O que ocorre se um dos autores ou partícipes,

podendo ser processado pelo querelante, ficar de fora? Qual é a

consequência do desrespeito ao princípio da indivisibilidade? • Se a

omissão foi VOLUNTÁRIA (DELIBERADA): se o querelante deixou,

deliberadamente, de oferecer queixa contra um dos autores ou partícipes,

o juiz deverá rejeitar a queixa e declarar a extinção da punibilidade para

todos (arts. 104 e 107, V, do CP). Todos ficarão livres do processo. • Se

a omissão foi INVOLUNTÁRIA: o MP deverá requerer a intimação do

querelante para que ele faça o aditamento da queixa-crime e inclua os

demais coautores ou partícipes que ficaram de fora. Assim, conclui-se que

a não inclusão de eventuais suspeitos na queixa-crime não configura, por

si só, renúncia tácita ao direito de queixa. Para o reconhecimento da

renúncia tácita ao direito de queixa, exige-se a demonstração de que a

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não inclusão de determinados autores ou partícipes na queixa-crime se

deu de forma deliberada pelo querelante. STJ. 5ª Turma. RHC 55142-MG,

Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 12/5/2015 (Info 562).

• Na ação penal pública não vigora o princípio da indivisibilidade. Assim, o

MP não está obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por

delituoso, não se podendo falar em arquivamento implícito em relação a

quem não foi denunciado. Isso porque o Parquet é livre para formar sua

convicção, incluindo na denúncia as pessoas que ele entenda terem

praticado o crime, mediante a constatação de indícios de autoria e

materialidade. STJ. 6ª Turma. RHC 34233-SP, Rel. Min. Maria Thereza

de Assis Moura, julgado em 6/5/2014 (Info 540).

• É constitucional a Portaria GP 69/2019, por meio da qual o Presidente do

STF determinou a instauração do Inquérito 4781, com o intuito de apurar

a existência de notícias fraudulentas (fake news), denunciações

caluniosas, ameaças e atos que podem configurar crimes contra a honra

e atingir a honorabilidade e a segurança do STF, de seus membros e

familiares. Também é constitucional o art. 43 do Regimento Interno do

STF, que foi recepcionado pela CF/88 como lei ordinária. O STF, contudo,

afirmou que o referido inquérito, para ser constitucional, deve cumprir as

seguintes condicionantes: a) o procedimento deve ser acompanhado pelo

Ministério Público; b) deve ser integralmente observado o Enunciado 14

da Súmula Vinculante. c) o objeto do inquérito deve se limitar a investigar

manifestações que acarretem risco efetivo à independência do Poder

Judiciário (art. 2º da CF/88). Isso pode ocorrer por meio de ameaças aos

membros do STF e a seus familiares ou por atos que atentem contra os

Poderes instituídos, contra o Estado de Direito e contra a democracia; e,

por fim, d) a investigação deve respeitar a proteção da liberdade de

expressão e de imprensa, excluindo do escopo do inquérito matérias

jornalísticas e postagens, compartilhamentos ou outras manifestações

(inclusive pessoais) na internet, feitas anonimamente ou não, desde que

não integrem esquemas de financiamento e divulgação em massa nas

redes sociais. O art. 43 do RISTF prevê o seguinte: “Art. 43. Ocorrendo

infração à lei penal na sede ou dependência do Tribunal, o Presidente

instaurará inquérito, se envolver autoridade ou pessoa sujeita à sua

jurisdição, ou delegará esta atribuição a outro Ministro.” Muito embora o

dispositivo exija que os fatos apurados ocorram na “sede ou dependência”

do próprio STF, o caráter difuso dos crimes cometidos por meio da internet

permite estender (ampliar) o conceito de “sede”, uma vez que o STF

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exerce jurisdição em todo o território nacional. Logo, os crimes objeto do

inquérito, contra a honra e, portanto, formais, cometidos em ambiente

virtual, podem ser considerados como cometidos na sede ou dependência

do STF. STF. Plenário. ADPF 572 MC/DF, Rel. Min. Edson Fachin,

julgado em 17 e 18/6/2020 (Info 982).

• Denúncias anônimas não podem embasar, por si sós, medidas invasivas

como interceptações telefônicas, buscas e apreensões, e devem ser

complementadas por diligências investigativas posteriores. Se há notícia

anônima de comércio de drogas ilícitas numa determinada casa, a polícia

deve, antes de representar pela expedição de mandado de busca e

apreensão, proceder a diligências veladas no intuito de reunir e

documentar outras evidências que confirmem, indiciariamente, a notícia.

Se confirmadas, com base nesses novos elementos de informação o juiz

deferirá o pedido. Se não confirmadas, não será possível violar o

domicílio, sendo a expedição do mandado desautorizada pela ausência

de justa causa. O mandado de busca e apreensão expedido

exclusivamente com apoio em denúncia anônima é abusivo. STF. 2ª

Turma. HC 180709/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 5/5/2020

(Info 976).

TRIBUTÁRIO

COMO ESTUDAR?

➔ Resolver 50 questões FGV sobre tributos federais e tributos municipais (2h)

• Acessar o site Qconcursos e resolver 50 questões com os seguintes

filtros:

o BANCA: FGV;

o DISCIPLINA: DIREITO TRIBUTÁRIO;

o ASSUNTOS: TRIBUTOS FEDERAIS + TRIBUTOS MUNICIPAIS.

• Nesse mesmo cabeçalho do site onde colocou os filtros acima, assinale

os quadrados para EXCLUIR AS QUESTÕES ANULADAS OU

DESATUALIZADAS.

Durante a resolução, inclua os dispositivos de lei que errou ou teve dúvida

na folha de revisão do material Notarium, para futuras consultas.

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JURISPRUDÊNCIAS RELACIONADAS

• IPTU sobre imóvel público cedido a ente privado: o Súmula 583 - STF: Promitente comprador de imóvel residencial

transcrito em nome de autarquia é contribuinte do imposto predial territorial urbano.

o “Incide o IPTU, considerado imóvel de pessoa jurídica de direito público cedido a pessoa jurídica de direito privado, devedora do tributo.” [Tese definida no RE 601.720, rel. min. Edson Fachin, red. p/ o ac. min. Marco Aurélio, P, j. 19-4-2017, DJE 200 de 5-9-2017];

o “A imunidade recíproca, prevista no art. 150, VI, a, da Constituição não se estende a empresa privada arrendatária de imóvel público, quando seja ela exploradora de atividade econômica com fins lucrativos. Nessa hipótese é constitucional a cobrança do IPTU pelo Município.” [Tese definida no RE 594.015, rel. min. Marco Aurélio, P, j. 6-4-2017, DJE 188 de 25-8-2017].

• INCIDÊNCIA DE ISSQN NOS SERVIÇOS NOTARIAIS E REGISTRAIS: o ADI 3.089: “(...) As pessoas que exercem atividade notarial não são

imunes à tributação, porquanto a circunstância de desenvolverem os respectivos serviços com intuito lucrativo invoca a exceção prevista no art. 150, § 3º da Constituição. O recebimento de remuneração pela prestação dos serviços confirma, ainda, capacidade contributiva. A imunidade recíproca é uma garantia ou prerrogativa imediata de entidades políticas federativas e não de particulares que executem, com inequívoco intuito lucrativo serviços públicos mediante concessão ou delegação, devidamente remunerados. Não há diferenciação que justifique a tributação dos serviços públicos concedidos e a não-tributação das atividades delegadas. Ação Direta de Inconstitucionalidade conhecida, mas julgada improcedente.” (ADI 3089, Relator p/ Acórdão: Min. Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, julgado em 13/02/2008).

• SÚMULAS STF: o Súmula Vinculante 21: É inconstitucional a exigência de depósito

ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

o Súmula Vinculante 28: É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade do crédito tributário.

o Súmula Vinculante 31: É inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS sobre operações de locação de bens móveis.

o Súmula Vinculante 41: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.

o Súmula Vinculante 50: Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.

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o Súmula 75-STF: Sendo vendedora uma autarquia, a sua imunidade fiscal não compreende o imposto de transmissão "inter vivos", que é encargo do comprador.

o Súmula 110-STF: O imposto de transmissão "inter vivos" não incide sobre a construção, ou parte dela, realizada pelo adquirente, mas sobre o que tiver sido construído ao tempo da alienação do terreno.

o Súmula 470-STF: O imposto de transmissão "inter vivos" não incide sobre a construção, ou parte dela, realizada, inequivocamente, pelo promitente comprador, mas sobre o valor do que tiver sido construído antes da promessa de venda.

o Súmula 584, STF: Ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração.

o Súmula 586, STF: Incide imposto de renda sobre os juros remetidos para o exterior, com base em contrato de mútuo.

o Súmula 587, STF: Incide imposto de renda sobre o pagamento de serviços técnicos contratados no exterior e prestados no Brasil.

o Súmula 656, STF: É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis – ITBI com base no valor venal do imóvel.

o Súmula 688, STF: É legítima a incidência da contribuição previdenciária sobre o 13º salário.

• Informativo 856 do STF: A imunidade tributária constante do art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal (CF), aplica-se ao livro eletrônico (“e-book”), inclusive aos suportes exclusivamente utilizados para fixá-lo. STF. Plenário. RE 330817/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 8/3/2017 (repercussão geral) (Info 856).

▪ EXPLICAÇÃO: com “suportes exclusivamente utilizados para fixa-lo”, a Corte refere-se aos leitores de livros digitais, como o Kindle e o Lev, excluindo aqueles aparelhos que se prestam também a outras funções, como os tablets.

• Informativo 914 do STF: As Caixas de Assistência de Advogados encontram-se tuteladas pela imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, “a”, da Constituição Federal. A Caixa de Assistência dos Advogados é um “órgão” integrante da estrutura da OAB, mas que possui personalidade jurídica própria. Sua finalidade principal é prestar assistência aos inscritos no respectivo no Conselho Seccional (art. 62 da Lei nº 8.906/94). As Caixas de Assistências prestam serviço público delegado e possuem status jurídico de ente público. Vale ressaltar ainda que elas não exploram atividades econômicas em sentido estrito com intuito lucrativo. Diante disso, devem gozar da imunidade recíproca, tendo em vista a impossibilidade de se conceder tratamento tributário diferenciado a órgãos integrantes da estrutura da OAB. STF. Plenário. RE 405267/MG, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 6/9/2018 (Info 914). – DIZER O DIREITO

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• Informativo 932 do STF: O STF, ao julgar embargos de declaração opostos contra acórdão prolatado no dia 29/09/2016, alterou a redação da tese fixada para excluir a menção que era feita ao seguro-saúde. Assim, a tese do RE 651703/PR passa a ser a seguinte: As operadoras de planos de saúde realizam prestação de serviço sujeita ao Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza ISSQN, previsto no art. 156, III, da CF/88. STF. Plenário. RE 651703/PR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 29/09/2016 (repercussão geral) (Info 841). STF. Plenário. RE 651703 ED-primeiros a terceiros/PR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 28/2/2019 (Info 932). – DIZER O DIREITO

• SÚMULAS DO STJ:

o Súmula 386 STJ: São isentos de imposto de renda as indenizações de férias proporcionais e respectivo adicional.

o Súmula 436 STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo o débito fiscal, constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do Fisco.

o Súmula 446 STJ: Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa.

o Súmula 447 STJ: Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto de renda retido na fonte proposta por seus servidores.

o Súmula 463, STJ: "Incide imposto de renda sobre os valores percebidos a título de indenização por horas extraordinárias trabalhadas, ainda que decorrentes de acordo coletivo."

o Súmula 498, STJ: Não incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais.

o Súmula 524, STJ: No tocante à base de cálculo, o ISSQN incide apenas sobre a taxa de agenciamento quando o serviço prestado por sociedade empresária de trabalho temporário for de intermediação, devendo, entretanto, englobar também os valores dos salários e encargos sociais dos trabalhadores por ela contratados nas hipóteses de fornecimento de mão de obra.

o Súmula 590-STJ: Constitui acréscimo patrimonial a atrair a incidência do Imposto de Renda, em caso de liquidação de entidade de previdência privada, a quantia que couber a cada participante, por rateio do patrimônio, superior ao valor das respectivas contribuições à entidade em liquidação, devidamente atualizadas e corrigidas.

o Súmula 598 STJ: É desnecessária a apresentação de laudo médico oficial para o reconhecimento judicial da isenção do imposto de renda, desde que o magistrado entenda suficientemente demonstrada a doença grave por outros meios de prova.

o Súmula 622, STJ: A notificação do auto de infração faz cessar a contagem da decadência para a constituição do crédito tributário; exaurida a instância administrativa com o decurso do prazo para a impugnação ou com a notificação de seu julgamento definitivo e

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esgotado o prazo concedido pela Administração para o pagamento voluntário, inicia-se o prazo prescricional para a cobrança judicial. STJ. 1ª Seção. Aprovada em 12/12/2018, DJe 17/12/2018.

o Súmula 627-STJ: O contribuinte faz jus à concessão ou à manutenção da isenção do imposto de renda, não se lhe exigindo a demonstração da contemporaneidade dos sintomas da doença nem da recidiva da enfermidade.

• INFORMATIVOS STJ: o Informativo 643, STJ: A Fazenda Pública possui interesse e pode

efetivar o protesto da CDA, documento de dívida, na forma do art. 1º, parágrafo único, da Lei n. 9.492/1997, com a redação dada pela Lei nº 12.767/2012. STJ. 1ª Seção. REsp 1686659-SP, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 28/11/2018 (recurso repetitivo) (Info 643).

o INFORMATIVO 514, STJ: Os “serviços de registros públicos, cartorários e notariais” não gozam de imunidade tributária, devendo pagar, portanto, o ISS. A regra geral é que a base de cálculo do ISS é o preço do serviço (art. 7º, LC 116/2003). O § 1º do art. 9º do DL nº 406/68 traz uma exceção a essa regra e prevê que os contribuintes que prestam serviço sob a forma de trabalho pessoal (pessoas físicas) têm direito ao regime do chamado “ISSQN Fixo”, segundo o qual é fixada uma alíquota sem relação com o preço do serviço. Para o STJ, NÃO SE APLICA à prestação de serviços de registros públicos cartorários e notariais a sistemática de recolhimento de ISS prevista no § 1º do art. 9º do DL 406/68. Desse modo, os serviços notariais e registrais sofrem a incidência do ISS e a base de cálculo do imposto é o preço do serviço, ou seja, o valor dos emolumentos. STJ. 1ª Seção. REsp 1328384-RS, Rel. originário Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. para acórdão Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 4/2/2013 (Info 514). – DIZER O DIREITO.

• JURISPRUDÊNCIA EM TESES, ED. 55 – IMPOSTOS MUNICIPAIS, STJ:

o 1) É legítima a cobrança do Imposto Predial Territorial Urbano – IPTU sobre imóveis situados em área de expansão urbana, ainda que não dotada dos melhoramentos previstos no art. 32, § 1º, do CTN.

o 2) O cessionário de direito uso de imóvel público não é contribuinte do IPTU, pois detém a posse mediante relação de natureza pessoal, sem animus domini.

o 3) O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço. (Súmula n. 397/STJ)(Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 – Tema 116)

o 4) Cabe ao contribuinte comprovar a ausência de notificação do lançamento tributário pelo não recebimento do carnê de cobrança do IPTU. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 – Tema 248)

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o 5) É defeso ao município atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária. (Súmula n. 160/STJ)

o 6) Nos tributos em que o lançamento se dá de ofício, como é o caso do IPTU, o prazo prescricional para se pleitear a repetição de indébito é de cinco anos, contados a partir da data em que se deu o pagamento do tributo, nos termos do art. 168, I, do CTN. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 – Tema 229)

o 7) O locatário, por não ostentar a condição de contribuinte ou de responsável, não tem legitimidade ativa para litigar em ações de natureza tributária envolvendo o IPTU.

o 8) O usufrutuário de imóvel urbano possui legitimidade ativa para questionar o IPTU.

o 9) É possível a utilização da metragem do imóvel como base de cálculo da cobrança da taxa de coleta de lixo.

o 10) A publicação oficial da planta de valores imobiliários é obrigatória para fins de apuração da base de cálculo do IPTU.

o 11) Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóvel localizado na área urbana do Município, desde que comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial (art. 15 do DL 57/1966). (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 – Tema 174)

o 12) O ônus de provar que o imóvel não está afetado à destinação institucional da autarquia ou da fundação recai sobre o ente tributante que pretende afastar a imunidade.

o 13) Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas. (Súmula Vinculante n. 52)

o 14) A arrematação em hasta pública exonera a responsabilidade do adquirente pelo pagamento do IPTU, havendo a sub-rogação do crédito tributário sobre o preço pelo qual foi arrematado o bem (art. 130, parágrafo único, do CTN).

o 15) A previsão expressa no edital acerca da existência de débitos de IPTU sobre o imóvel arrematado transfere ao arrematante a responsabilidade pela sua quitação, o que não acarreta ofensa ao parágrafo único do art. 130 do CTN.

o 16) Cabe à legislação municipal estabelecer o sujeito passivo do IPTU. (Súmula n. 399/STJ) (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 – Tema 122)

o 17) O promitente comprador do imóvel e o proprietário/promitente vendedor são contribuintes responsáveis pelo pagamento do IPTU. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 – Tema 122)

o 18) O fato gerador do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis – ITBI é a transmissão do domínio do bem, não incidindo o tributo sobre a promessa de compra e venda na medida que se trata de contrato preliminar que poderá ou não se concretizar em

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contrato definitivo, este sim ensejador da cobrança do aludido tributo.

o 19) O valor venal do imóvel apurado para fins de IPTU não coincide, necessariamente, com aquele adotado para lançamento do ITBI.

o 20) O valor venal do imóvel para efeito de definição da base de cálculo do ITBI, no caso de alienação judicial, é o montante alcançado em hasta pública.

REVISÕES

COMO ESTUDAR?

• 24H – Direito Administrativo: questões FGV sobre Controle da

Administração, resolvidas ontem;

• 48H – Direito Civil: questões existentes da FGV sobre Direito das Sucessões, resolvidas anteontem;

• 48H – Direito Constitucional: questões FGV sobre Controle de Constitucionalidade, resolvidas anteontem;

• 7 DIAS – Direito Processual Civil: questões sobre Direito Processual Civil em provas para Titular de Serviços de Notas e de Registros, resolvidas em 30.09;

• 30 DIAS – Direito Notarial e Registral: questões sobre Tabelionato de Notas, resolvidas em 09.09;

• 30 DIAS – Direito Processual Civil: questões FGV sobre CPC/15, resolvidas em 09.09.