história do brasil_ tjsc

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2.1.2 Histria Brasileira 2.1.2.1 Ocupao e povoamento. 2.1.2.2 Colnia e Imprio: Administrao, economia, poltica, sociedade e cultura. 2.1.2.3 Imigrao e colonizao. 2.1.2.4 Revoluo Farroupilha e Repblica Juliana. 2.1.2.5 Repblica - O iderio republicano. Guerra do Contestado. Revoluo de 1930. O Brasil Ps-Segunda Guerra. A Ditadura Militar. Redemocratizao. Brasil contemporneo. 2.1.2.1 Ocupao e povoamento.A ocupao do territrio brasileiro se iniciou com pequenos arraiais espalhados em diversas localidades. Tais ocupaes aconteceram devido necessidade europia de ampliar suas atividades comerciais, o que fez com que procurassem novos produtos e novas reas a serem exploradas. O povoamento brasileiro, no sculo XVI, se limitou em territrios litorneos prximos ao oceano Atlntico onde desenvolveram inmeras lavouras de cana-de-acar no Recncavo Baiano e no Nordeste, o que resultou na transferncia da pecuria, que antes se desenvolvia na Zona da Mata nordestina, para o serto nordestino. Neste perodo comea o extermnio indgena que foi tanto fsico (genocdio) quanto cultural (etnocdio). No sculo XVII, aconteceram as primeiras expedies denominadas bandeiras, que povoou em grande escala o territrio brasileiro, principalmente nas extremidades do Rio Amazonas, do Rio So Francisco e do serto nordestino. Os portugueses, em maior nmero que os nativos, dominaram a regio e comearam a capturar os nativos para juntos buscarem ouro e pedras preciosas. Em 1616, fundaram Belm do Par. No sculo XVIII, houve um grande aumento na populao do territrio, fato que foi causado pela descoberta de ouro e pedras preciosas em regies hoje denominadas Gois, Minas Gerais, Mato Grosso e Bahia. Esta populao se alojou em povoamentos dispersos no interior do territrio, mas estes logo foram se esvaziando. Na medida em que as preciosidades foram se esgotando, o povo foi se dispersando. O povoamento ocorrido no interior do territrio teve inteno de explorar e extrair riquezas de l, mas este tambm trouxe alguns benefcios, como a abertura de estradas que dava acesso a regies litorneas e o fortalecimento das ligaes entre os criadores de gado. No sculo XIX, houve a grande expanso territorial onde os territrios ao sul tornaram-se inteiramente povoados. As procuras por algodo e caf se intensificaram, mas a prosperidade originada pelo algodo se finda juntamente com a guerra de independncia norte-americana e em contrapartida a do caf se intensifica com sua valorizao na Europa. O cultivo do caf incentivou o trabalho assalariado e a acumulao de capitais, o que impulsionou o desenvolvimento industrial. Este perodo ainda marca o incio da mecanizao com a instalao das ferrovias, dos telgrafos e das companhias de navegao. No incio do sculo XX, ocorreram movimentos de desbravamento e povoamento de novas localidades dentro do territrio, o que ficou conhecido com as frentes pioneiras se iniciando em So Paulo. Este processo foi baseado na economia que girava em torno do caf onde este necessitava de mais lugares para sua lavoura. O aumento das exportaes, o esgotamento dos solos e a facilidade de emprstimos bancrios foram as causas deste grande movimento que se iniciou no Vale do Paraba, passou por Campinas, Ribeiro Preto, So Jos do Rio Preto e terminou no Paran. Este desbravamento conhecido como a Marcha do Caf. Outros motivos importantes para o pioneirismo foi a expanso ferroviria, a colonizao por imigrantes no Sul do territrio, a Marcha para o Oeste (que foi um movimento de ocupao do Centro-Oeste) e o aproveitamento agrcola das reas do cerrado para o cultivo da soja e para a criao de gado.

2.1.2.2 Colnia e Imprio: Administrao, economia, poltica, sociedade e culturaA Colonizao do Brasil o nome do processo de povoamento, explorao e dominao realizado pelosportugueses a partir do sculo XVI nas atuais terras brasileiras. Tem incio com a chegada dos colonizadores nova terra, habitada por numerosas naes indgenas. No se deve confundir a colonizao do Brasil com a poca do Brasil Colnia, visto que o processo de povoar e desenvolver o territrio comeou antes e foi alm da ocupao portuguesa, desde os ndios at os imigrantes recentes. Os povos amerndios teriam sido os primeiros colonizadores (no sentido de que se propagaram pelo territrio). Sua origem ainda no foi plenamente esclarecida, mas a opinio mais aceita de que descenderiam de antigas raas asiticas e da Oceaniaque teriam chegado Amrica pelo estreito de Behring ou pela navegao no Oceano Pacfico. A princpio os portugueses acreditavam que os ndios pertenciam ao mesmo grupo social. Aps algum tempo, percebeu-se que havia diferenas significativas: os grupos tupis possuam uma organizao social mais complexa e falavam uma mesma lngua. Os tapuias habitavam o interior.

Hoje se diz que os ndios do Brasil podiam ser divididos em quatro grande grupos tnicos: os tupi-guaranis, os tapuias (ou js), os nu-aruaques e os carabas. Todas estas naes indgenas, embora tivessem suas estruturas polticas distintas em relao s civilizaesdo Mxico, da Bolvia e do Peru (que constituram-se em imprios) e, no opondo ao colonizador portugus a resistncia que essas haviam oposto ao espanhol, deixaram como legado milhares de novas palavras aovocabulrio da lngua portuguesa hoje falada no Brasil. Muitos topnimos so originrios da lngua dos ndios: os nomes de vrios Estados (Amap, Cear, Par,Paran, Pernambuco, Piau), de numerosas cidades (Caraguatatuba, Carapicuba, Embu, Itamarandiba,Itaquaquecetuba, Paranapiacaba etc.), de acidentes geogrficos (Anhangaba, Itapeva, Urubuqueaba,Itacolomi) e de animais (jaguatirica, urubu, tapir, siriema, jacutinga) tem como origem a cultura indgena, provando sua fora.

Portugal e seu imprio colonial As Entradas As entradas eram expedies financiadas pelo governo portugus para explorar territrios no interior da colnia e defender a regio aucareira de ataques indgenas e piratas europeus, alm de procurar metais e pedras preciosas. Em geral, as entradas partiam do Litoral nordestino em direo ao interior. As Bandeiras As bandeiras eram expedies particulares organizadas pelos bandeirantes (paulistas). Elas eram divididas em trs partes : Bandeiras de apresamento: busca de ndios para escravizar; Bandeiras prospectoras: coleta de metais e pedras preciosas; Sertanismo de contrato: busca de ndios hostis e quilombos para subjugar. Causas da expanso da colonizao do Brasil Vasco da Gama explorou as costas do Oceano ndico, abrindo as portas do Oriente colonizao portuguesa. Com o objetivo de obter a hegemonia comercial na regio, os portugueses entraram em luta com os mercadores rabes, os antigos senhores dos mares, conseguindo infligir-lhes srias derrotas. Calecute, Egito e Veneza uniram-se contra Portugal, porm esta aliana foi derrotada em 1509. Em 1510 Afonso de Albuquerque conquistou Goa, na ndia, que logo se transformou na principal possesso portuguesa na ndia. O controle portugus das rotas martimas entre o oceano ndico e o mar Mediterrneo foi assegurado com a tomada da ilha de Socotor e da cidade de Ormuz. Ao Sio e s ilhas de Samatra e Java foi posteriormente imposto o protetorado portugus, com o domnio na regio de Malaca na pennsula da Malsia. Com tal domnio, os exploradores portugueses puderam chegar s ilhas de Sonda, China e ao Japo. Portugal passou a ter um controle to

grande do ndico que era necessrio a quem quisesse atravess-lo solicitar um salvo-conduto s autoridades portuguesas. As conquistas no Oriente, somadas existncia dos entrepostos comerciais da frica, fizeram nascer o primeiro grande imprio colonial da Europa moderna, que se estendia por 20.000 km de costas, do cabo Bojador, no Oceano Atlntico, s ilhas Molucas, no Oceano Pacfico. Ineficaz, porm, foi a forma do monoplio da explorao do imprio. Em vez de povoar os territrios, o que era humanamente impossvel devido vasta extenso e ao escasso nmero de pessoas para o fazer, Portugal se impunha militarmente: para manter a logstica, dispendia boa parte do que lucrava com o comrcio das especiarias, sobretudo a pimenta. Como se isso no bastasse, a concorrncia comeou a mudar com a entrada no comrcio dos espanhis, franceses, ingleses e neerlandeses atrados pelos lucros obtidos com a revenda das especiarias na Europa. Desta forma, por volta de 1570 j se encontravam decadentes as estruturas coloniais portuguesas na sia e na frica. Sculo XVI

A pr-colonizao europeia No incio, houve poucos pontos de ocupao espalhados pela extensa costa do Brasil, entre os pontos extremos determinados pelo meridiano do Tratado de Tordesilhas (1494). Portugal no se interessou pelo Brasil de incio, pois estava no auge o interesse pelo comrcio de especiarias aps a expedio em que Vasco da Gama descobrira o caminho para as ndias. Os portugueses tinham vindo atrs de riquezas minerais[carece de fontes], mas o principal tesouro que encontraram seria o pau-brasil (Caesalpinia echinata), rvore em relativa abundncia em largas faixas da costa. Do cerne avermelhado da madeira se extraa uma substncia corante, usada para tingir tecidos. A madeira, dada sua grande resistncia, era usada para mobilirio e na construo de navios. Como no descobriram ouro no Brasil e o comrcio do pau-brasil rendia muito menos do que a pimenta e a noz-moscada, o interesse de Portugal limitou-se ao envio de algumas expedies. At 1530 a interveno de Portugal resumiu-se ao envio de algumas esquadras para verificao da costa, explorao comercial do pau-brasil, fundando-se feitorias, onde se armazenava o pau-brasil at a chegada da prxima frota. Eram atacadas por barcos franceses e por ndios. No incio, vinham apenas homens portugueses para o Brasil, o que provocou grande miscigenao, formando-se casais inter-tnicos (portuguesesndias). A segunda gerao, seus filhos, conheciam a lngua nativa e tinham

outras facilidades de relacionamento. Alguns se tornaram famosos bandeirantes como Francisco Dias Velho, por exemplo, o fundador da povoao que deu origem Vila de Nossa Senhora do Desterro, bisneto de uma tapuia. Entre os portugueses que formaram famlia no Brasil destacaram-se no incio da colonizao Diogo lvares Correia, o "Caramuru", e Joo Ramalho. Caramuru viveu na Bahia, em cuja costa havia naufragado o navio em que viajava em 1510, at a sua morte, em 1557, sendo respeitado pelos Tupinambs. Tinha vrias mulheres, como costume entre os ndios, entre as quais Paraguau, filha de um chefe guerreiro ou cacique. Com ela teve muitos filhos; duas filhas se casaram com espanhis, moradores na regio. De Joo Ramalho, no se sabe se seria nufrago, degredado, desertor ou simples aventureiro. Desde 1508 convivia com os ndios Guaianases, na regio onde mais tarde seria fundada So Vicente. Casou-se com Bartira, tambm filha de um chefe guerreiro. Bartira e Joo Ramalho tiveram tantos filhos e filhas que esto presentes na genealogia de todas as antigas famlias paulistas. O incio da colonizao europeia Diz-se que a partir de 1516 que se inicia, realmente, a colonizao, com a ordem de D. Manuel I de distribuir, gratuitamente, machados e enxadas aos portugueses dispostos a povoar o Brasil. Em 1518, porm, os ndios exterminariam a colnia em Porto Seguro, atacando a igreja e, em seguida, a feitoria. Excetuando-se a expedio guarda-costas de Cristvo Jacques, em 15161519, no houve praticamente atividade oficial da Coroa na Amrica portuguesa. A primeira tentativa de governo se dar sob D. Joo III com a misso chefiada por Martim Afonso de Sousa. Dessa longa viagem h um documento fundamental, o "Dirio da navegao", de Pero Lopes de Sousa, de 1530-1532 mas s publicado no sculo XIX. pea chave para se entender a luta entre Portugal e Espanha pelo controle do esturio do Rio da Prata. Alguns historiadores situam o incio da colonizao por volta de 1530, quando comeou a cultura da cana-de-acar e a instalao de engenhos para a fabricao do acar. Mas a implantao deste esquema exigia atividades complementares, secundrias porm fundamentais para a produo aucareira: a pecuria e a agricultura de subsistncia. A cultura do acar incidiu primeiramente sobre o sculo da descoberta e sobre o incio do sculo XVII, mas influenciou o Brasil durante quatro sculos. At s grandes descobertas dos ibricos, o acar era produto de farmcia, caro, ao alcance de poucos, presente oferecido em pores diminutas. J no sculo XV Portugal o obtinha de canaviais plantados na Ilha da Madeira, Aores, So Tom. Sua demanda pela Europa foi o fator que

estimulou a ocupao da costa brasileira e a imediata criao de reas produtoras, inicialmente situadas no Recncavo baiano e na Zona da Mata pernambucana. As mudas vieram da Madeira com as primeiras expedies e se espalharam pelo litoral. Plantou-se cana de acar em todas as capitanias hereditrias. J as primeiras cabeas de gado vieram do arquiplago de Cabo Verde, em 1534, para a capitania de So Vicente. Em 1550 Tom de Sousa mandou uma caravela a Cabo Verde trazer um novo carregamento, desta vez para Salvador. Da cidade, o gado comeou a espalhar-se rumo a Pernambuco e para o nordeste e o norte, principalmente Maranho e Piau. A interiorizao da ocupao O reconhecimento do interior da terra, descoberta h poucas dcadas, comeou a ser feito pelas entradas e bandeiras. Havia interesse em descobrir o ouro, a terra do Eldorado, ou diamantes como na ndia, e prata como nas minas do Potos, na atual Bolvia. O sonho das riquezas estimulou a penetrao, e foram surgindo arraiais. As entradas eram penetraes organizadas pelos governadores e contavam portanto com seu incentivo, sendo pagas pelo Rei. As principais saram da Capitania de So Vicente e destinavam-se a prender ndios para escravizlos (dizia-se prear carijs) e buscar os metais preciosos - ouro e prata - to abundantes nas zonas de colonizao espanhola como Mxico, Peru, Bolvia. Os vicentinos aproveitaram o fato de os rios do planalto sul do Brasil correrem para o interior e desceram por eles rumo ao interior, s bacias dos rios Paran e Paraguai e Uruguai, penetrando regies que teoricamente pertenciam Espanha, onde os jesutas aldeavam os ndios, ou bugres, em aldeias a que chamavam redues. J os encontravam reunidos e catequizados. Outros rumaram pelo que se chamava o serto dos Cuiets, subindo serranias, padecendo de seus esforos brutais, na terra que hoje Minas Gerais, Gois, Mato Grosso. Demoravam anos em pesquisas, alguns enlouqueciam mesmo, sem conseguir voltar a sua vida normal, alucinados com a febre do ouro, das esmeraldas, dos diamantes. Como tinham que plantar para comer, onde permaneciam meses deixaram o ncleo dos ajuntamentos que se transformaram em aldeias, vilas, cidades. J as bandeiras eram expedies financiadas por comerciantes, fazendeiros, traficantes de bugres. Juntavam-se aventureiros e mamelucos paulistas, partiam sob a chefia de algum homem das velhas famlias indigenizadas de So Paulo, Camargo, Pires, Pais Leme ou Bueno da Silva, deixando a gerir seus negcios costumeiros suas valentes mulheres, as verdadeiras matronas. Passavam anos no mato, formavam famlias novas com as carijs da terra, fundavam arraiais onde plantavam milho, escalavam os picos da terrvel serra da Mantiqueira, passavam fome e frio, tudo isso para trazer

fileiras de ndios e, muito mais tarde, nos anos finais do sculo XVII, as primeiras pepitas de ouro recolhidas nos ribeires do Carmo. Entraram para a histria do Brasil como bandeirantes. Desde 1578, quando o jovem rei de Portugal, D. Sebastio, morreu combatendo alguns potentados mouros no norte de frica, na batalha de Alccer-Quibir, o destino de Portugal estava entregue Espanha. Assumiu de imediato a coroa seu tio-av, o velho cardeal Dom Henrique que morreria dois anos depois em 1580. Por fora de seu sangue portugus, palavras, armas e dinheiro, Filipe II, rei da Espanha e tio de D. Sebastio, foi aclamado rei de Portugal como Filipe I. Pelo Juramento de Tomar, o rei espanhol concedeu em 20 de abril de 1581 certa autonomia a Portugal: mantinha o idioma, os cargos seriam atribudos a funcionrios portugueses. Teve incio ento o perodo de 60 anos de domnio espanhol: Portugal (e o Brasil) herdaria os inimigos da Espanha, que no eram poucos: Inglaterra, Frana e as Provncias Unidas ou Holanda. Com a Unio Ibrica, surgiu o interesse dos [[Pases Baixos], por isso o Nordeste foi invadido e dominado por tantas dcadas. O assunto mais estudado no captulo Invases holandesas no Brasil. De 1641 at altura da Restaurao de Angola, em 1648, ficou o Brasil em difcil situao econmica devido falta de renovao da mo-de-obra escrava, ocorrendo declnio da colonizao, ao mesmo tempo que aumentava, de maneira notvel, o progresso das regies ocupadas pelos holandeses da Companhia das ndias Ocidentais comandados por Maurcio de Nassau. Em virtude de sua privilegiada posio estratgica com litoral no Atlntico Sul, em frente de Angola, e pelas condies que ofereciam os seus portos, em particular a Bahia e o Rio de Janeiro, estava o Brasil em tima situao para servir de ponto quase obrigatrio de passagem das armadas que se dirigiam a Angola. Assim sucedia com as frotas comerciais, que iam ao Brasil e s dali alongavam a sua viagem at Angola. Duas armadas militares enviadas a Angola em 1645 tiveram na Bahia a sua base naval, o mesmo tendo acontecido armada libertadora de 1648. Expanso territorial Costuma-se dizer que durante o sculo XVI, as povoaes se concentravam no litoral, j que os colonos tinham medo da floresta e dos ndios. Isso comeou a mudar quando os jesutas passaram a fundar misses no interior. A partir da, a marcha em direo ao interior foi efetuada pelos bandeirantes e pelos criadores de gado. Aumentou consideravelmente a extenso do territrio, por aes de expedies militares do Governo para expulsar estrangeiros, jesutas que fundaram aldeias para catequizar os ndios e explorao econmica de riquezas naturais do serto, bandeirantes que buscavam apresar ndios no serto, e acharam metais preciosos, e criadores de gado cujos rebanhos e fazendas foram sendo "empurrados" para o interior.

As principais expedies militares fundaram brasil de Nossa Senhora das Neves (1584), hoje Joo Pessoa; o Forte dos Reis Magos (1597), hoje Natal; a Fortaleza de So Pedro (1613) hoje Fortaleza e o Forte do Prespio (1616) atual Belm. A pecuria desempenhou grande papel na economia colonial pois fornecia populao carne, fora motriz para os engenhos, couro com suas mltiplas utilidades e os animais de transporte para as zonas mineradoras. Representava um negcio interno e seus lucros foram diretamente incorporados pela colnia mesmo sendo atividade bastante rudimentar. Carta rgia de 1701 proibiu a criao do gado numa faixa de 10 lguas a partir do litoral, j que ocuparia extensos pastos mais lucrativos se utilizados na cultura canavieira. Os sertes do nordeste so a rea criatria mais antiga da colnia. A fase de ascenso da pecuria nordestina estendeu-se at o incio do sculo XVII, at sua pratica extino causada pelas brutais secas de 1791 e 1793. Nas campinas da regio sul, a pecuria encontraria por seu lado condies altamente favorveis. Depois da unio ibrica (1640), Portugal entrou em recesso com a concorrncia que o acar das Antilhas fazia ao do Brasil, cujo preo caiu. O velho sonho de encontrar ouro foi retomado. Datas importantes no sculo XVII Algumas datas so importantes marcos na histria da colonizao no Brasil. 1603 - Publicao das Ordenaes Filipinas em 11 de janeiro, promulgao dos primeiro Regimento das Minas em 16 de agosto. 1604 - Criao do Conselho das ndias e Conquistas Ultramarinas. 1605 - Incio das medidas de controle sobre a permanncia de estrangeiros em territrio portugus ultramarino, concesso de ampla liberdade aos ndios, por proviso real de 5 de junho, construo do Forte de Santa Cruz no Rio de Janeiro. 1606 - Concesso Santa Casa do Rio de Janeiro dos mesmos privilgios e provises da Santa Casa de Lisboa. 1608 - Nova diviso do Brasil em duas administraes: norte e sul (incluindo Esprito Santo, Rio de Janeiro e So Vicente). Foral da vila de Angra dos Santos Reis da Ilha Grande, Rio de Janeiro e criao da vila de Nossa Senhora da Conceio em Angra dos Reis, Rio de Janeiro. 1609 - Incio do governo de Francisco de Sousa, sediado no Rio. Criao do Tribunal da Relao do Brasil em Salvador, por resoluo de 7 de maro e Instalao do matadouro do Rio. 1612 - Reunificao administrativa do Brasil.

1615 - Elevao da vila (antiga feitoria) de Nossa Senhora da Assuno de Cabo Frio, construo do forte de So Mateus (ou Santo Incio) prximo ponta de Bzios, Cabo Frio, no Rio. 1616 - Tratado de paz entre Holanda e Portugal. 1617 - Proviso de Salvador Correia de S a seu filho Gonalo Correia de S, ordenando a abertura do caminho da marinha para o rio Paraba e explorao do serto. Carta rgia autoriza a todos os vassalos a explorao das minas descobertas no Brasil. 1618 - Incio na Europa da Guerra dos Trinta Anos. Promulgado do segundo regimento das minas. 1619 - Estabelecimento da Venervel Ordem Terceira de So Francisco da Penitncia no Rio. 1620 - Incio do conflito entre jesutas e o Santo Oficio. 1621 - Fundao da Companhia Holandesa das ndias Ocidentais com privilgios comerciais na frica e Amrica. Incio do reinado de Filipe III de Portugal (Filipe IV da Espanha), dinastia de Habsburgo. Diviso do Brasil em Estado do Brasil e estado do Maranho e Gro-Par. 1622 - Fundao dos primeiros engenhos de acar no Maranho. 1624 - Holanda invade a Bahia. 1627 - Incio de povoamento dos Campos dos Goitacazes com introduo de pecuria, principalmente a partir de 1633. 1634 - Freguesia de Nossa Senhora da Candelria, na cidade do Rio de Janeiro. 1640 - Fim da Unio das Coroas ibricas. Restaurao da monarquia portuguesa com aclamao de D. Joo IV, da Casa de Bragana. 1642 - Criao do Conselho Ultramarino e dos conselhos da Conscincia, Fazenda, Guerra, e Estado. Abolio dos monoplios rgios nas ndias e Guin, salvo o da canela. Decreto do monoplio do tabaco em favor da coroa. 1643 - Indicao de Salvador Correia de S para governador e administrador geral das minas de So Paulo, com poderes independentes. 1644 - Movimento contra a famlia S e aclamao de Agostinho Barbalho como governador do Rio, "eleito pelo povo". 1648 - Reconquista de Angola por Salvador Correia de S. Fundao da Ordem Terceira de NS do Carmo no Rio de Janeiro.

1649 - Criao da Companhia Geral de Comrcio do Brasil. Partida da primeira frota com destino ao Brasil. Portugueses expulsos Arbia e do Golfo Prsico por rabes ajudados por ingleses e holandeses. 1650 - Incio do curso de Artes e catarina do Convento de Santo Antnio, no Rio de Janeiro. 1652 - Restabelecimento do Tribunal da Relao do Brasil suprimido pelos Filipes, ainda sediado em Salvador. Extenso da autorizao para entradas a todas as ordens religiosas e no mais apenas aos jesutas. 1657 - Ataque holands a Portugal bloqueia Lisboa por trs meses. Instaurao da Custodia do Rio de Janeiro pelos franciscanos, depois da elevao da Custodia de Pernambuco a Provncia Autnoma sob a denominao de Santo Antnio do Brasil. 1659 - Extino da Companhia Geral de Comrcio do Brasil. 1660 - Revolta no Rio de Janeiro, liderada por Agostinho Barbalho contra Salvador Correia de S e a cobrana de impostos. Ordem de Salvador Correia de S para explorao da estrada de Parati visando descoberta de minas de ouro. 1661 - Acordos de Londres e Haia - os holandeses reconhecem a perda do nordeste do Brasil. 1663 - Regimento dos capites-mores. 1664 - Criao da Companhia Francesa das ndias. Os primeiros franceses em Caiena. 1666 - Instalao de estaleiro na Ilha Grande, Rio, para construo de fragatas. Ordem para envio de maior nmero de cavalos a Angola. Epidemia de bexiga no Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia. 1667 - Condenao do Padre Antnio Vieira a recluso e silncio. Foral da vila de Parati. 1669 - Requerimento da cmara municipal para que todos os anos viessem ao Rio de Janeiro trs navios de Angola com escravos. 1671 - Revolta dos Frades no Rio, Bahia e Pernambuco pela iseno de submisso aos prelados portugueses. 1673 - Permisso de navegao transportando escravos negros para particulares e para companhias, obrigando a observao das "regras humanitrias" de 1664. 1674 - Publicao do regimento para os armazns da Guin e ndias e Armadas. Criao da Junta do Tabaco.

1675 - Criao da nova Provncia Religiosa do Rio de Janeiro com o nome de Imaculada Conceio. 1676 - Elevao do Bispado da Bahia a Arcebispado Metropolitano do Brasil. Criao do Bispado do Rio de Janeiro, sufragneo da Bahia pela bula papal Romani caravelascarros Solicitudo, de 22 de novembro. Delimita como limites diocesanos a rea entre o serto do Esprito Santo e o Rio da Prata. 1677 - Foral da vila de So Joo do Paraba, Rio. Foral da vila de So Salvador dos Campos dos Goytacases, Rio. 1678 - Instalao da Relao Eclesistica na Bahia. 1679 - Subordinao das capitanias do sul do Brasil ao governo do Rio de Janeiro 1680 - Criao da Colnia de Sacramento por Manuel Lobo, governador do Rio de Janeiro. 1681 - Criao da Junta das Misses. Descoberta de pedras preciosas por Ferno Dias Paes Leme. - Restituio da Colonia de Sacramento aos portugueses por meio do Tratado de Lisboa, revogado em 1715. 1683 - Coroao de D. Pedro II (sucessor de D. Afonso VI). 1690 - Fundao do arraial de Sabar, Minas Gerais, pelos paulistas. 1695 - Destruio do Quilombo dos Palmares. 1696 - Nomeao do primeiro juiz de fora no Rio de Janeiro. Construo do Forte de Santiago da Misericrdia (ou do Calabouo) na base do Morro do Castelo, cidade do Rio. 1697 - Primeiras descobertas significativas de minas de ouro em Minas Gerais. 1698 - Transferncia da Casa da Moeda de Salvador para o Rio de Janeiro. 1699 - Sujeio da Colnia do Sacramento ao Rio de Janeiro. 1700 - Proibio de passagem de mestres, oficiais e escravos para Minas Gerais. At o fim do sculo XVII Portugal explorou o Brasil com tranqilidade. Havia interesses comuns entre colonos e o governo em funo de interesses econmicos. A um certo momento, pareceu-se entender que explorar a Colnia significava tambm incentivar algum desenvolvimento, e com o desenvolvimento, poderiam surgir idias de independncia. A contradio acabou provocando numerosas revoltas, mas nem sempre com o objetivo

de separar o Brasil de Portugal. Os interesses eram mais bem econmicos: a fuga opresso quando se afigurava demasiada. A descoberta das primeiras jazidas na terra posteriormente, e por isso mesmo, chamada Minas Gerais provocou verdadeira febre: gente de todo tipo acorreu em busca de riquezas. Dizia-se que o reino esvaziou... Houve conflitos, guerras, mudanas profundas. Nem por isso o Brasil ficou mais rico. 20% do ouro transformado em barras nas Casas de Fundio (pois era proibido negociar ou manter ouro em p ou em pepitas) j ficavam ali, era o quinho da Coroa. E o resto acabava partindo, pagando escravos, implementos, armas, mantimentos, vinho. Mas tampouco permaneceu em Portugal: foi parar nas mos dos ingleses. O conflito entre os paulistas descobridores do ouro e os portugueses, reinis recm chegados, que queriam datas ou terras nas minas, provocou mortandade no Rio das Mortes, onde hoje est a cidade de So Joo del-Rei. Os forasteiros ficaram apelidados emboabas. Procurando dar fim rivalidade, a Coroa interveio na regio e passou a exercer o controle econmico da minas. Em Julho de 1711, D. Joo V elevou So Paulo categoria de cidade, dela separando administrativamente a regio das minas. Alm dessa que mencionados e se chamou Guerra dos Emboadas, em 1708, houve em 1720 uma revolta em Vila Rica na qual foi enforcado Filipe dos Santos a mando do conde de Assumar. Em 1720 tanta gente vinha para o Brasil catar ouro que a Metrpole foi obrigada a limitar as sadas, autorizadas somente mediante passaporte especial fornecido pelo governo. Acabaram criadas umas Intendncias das minas em 1702, rgo diretamente vinculado ao rei, com as funes de distribuir terras para explorao do ouro, cobrar tributos, fiscalizar o trabalho dos mineradores. O controle da circulao do ouro se fazia nas Casas de Fundio, que o transformavam em barras e retirava o quinto. Mais tarde, fixada a quantidade de arrobas de ouro que anualmente deveriam, forosamente, ser enviadas a Portugal, quando no se completavam, era feita a terrvel derrama. Com a expanso bandeirante, foi descoberto ouro no Mato Grosso em 1718 e em Gois em 1725. O abastecimento das novas capitanias (Mato Grosso e Gois) ficava na responsabilidade das mones, cortejo de canoas que realizava longo e difcil percurso at atingir os sertes do centro-oeste. Depois, acharam-se diamantes. Durante dez anos, alis, haviam sado contrabandeados para o porto de Salvador... Calcula-se que, entre 1730 a 1830, produziram-se em Minas Gerais cerca de 610 quilos. Preocupado com o contrabando, a Metrpole criou a Intendncia dos Diamantes, que passou a funcionar a partir de Agosto de 1771 com a funo bsica de fiscalizar a explorao dos diamantes e proceder cobrana de impostos. Delimitou-se todo um Distrito, intitulado Distrito Diamantino, terra fechada, sem estradas, sem caminhos. Choviam proibies na colnia: em 1751 foi proibido o ofcio de ourives em Minas, para evitar o extravio; em 1766 a

proibio se estendeu Bahia, Pernambuco e Rio. Em 1785, proibiram-se todas manufaturas txteis. Em 1795, proibio da instalao de indstria de ferro. Mesmo assim fundavam-se cidades, como Rio Grande, em 19 de fevereiro de 1737, pelo brigadeiro Jos da Silva Pais. Em 1751, surgiu o Estado do Gro-Par e Maranho, causado pela expanso do Estado do Maranho rumo Amaznia. No ano de 1772, foi repartido: partes do territrio foram anexadas Capitania de So Jos do Rio Negro, passando a constituir o estado do Gro-Par e Rio Negro, com capital em Belm: outra parte foi anexada s terras do estado do Piau, passando a constituir o estado do Maranho e Piau, com capital em So Lus. No nordeste, a explorao do acar originara uma sociedade rural, dominada pelos senhores de engenho e tendo na base os escravos e dependentes. Em Minas Gerais, a explorao do ouro fez nascer uma sociedade urbana, heterognea, composta de comerciantes, funcionrios do rei, profissionais liberais e vastssima multido de escravos. Os escravos chegaram a constituir, em 1786, 75% da populao mineira. A ascenso social era tambm mais fcil do que no Nordeste aucareiro. No fim desse sculo, houve a Inconfidncia Mineira, em 1789, e pouco depois a Conjurao Baiana (1798). O Brasil acordava.

BRASIL IMPERIO. A ideia de independncia, a principio, pertencia somente aos chamador radicais. O que a elite mais prxima do poder pleiteava era a continuidade da unio com Portugal, salvo as liberdades adquiridas com a criao do novo estado. A 23 e maio de 1822, o senado da Camara do Rio de Janeiro, solicitava a convocao de uma assembleia geral das provncias do Brasil, para deliberarem sobre as justas condies em que o Brasil deveria permanecer unido ao Reino de Portugal. Examinar se no todo aplicvel, as constituies da corte de Lisboa e estabelecer as mudanas necessrias e juradas no Brasil. Essa convocao deu-se, pouco tempo antes do Grito do Independencia, e contava com a assinatura de Jos Bonifacio de Andrada e Silva e Gonalves Ledo, que redigiram uma solicitao ao prncipe D. Pedro l, para convocao da assembleia Geral da Provincia do Brasil, afirmando que o Brasil no desejava atentar contraos direitos de Portugal, mas no era possvel deixar que Portugal atentasse contras os seus. O Brasil quer sua independncia, firmada a unio bem entendida com Portugal. Os pais digamos assim, da independncia, viram duas possibilidades que no lhes agradavam, que era, seguir e obedecer a corte Portuguesa e voltar a ser colnia economicamente muito desinteressante pois o Brasil tinha condies e j era auto suficiente o Bastante para andar sozinho.

As cortes, discutiam projetos claramente recolonizadores a opinio pblica no Brasil, atravs de jornais, panfletos e discursos pblicos mostrando toda a sua indignao. A convocao da constituinte em 3 de junho de 1823, as margens do Ipiranga foi uma das medidas tomadas, contra essa recolonizao que as cortes portuguesas almejavam, ento preparou-se o terreno eliminando a possibilidade de haver oposio. A constituinte formada sob o jud da perseguio estava fadada a obedecer a vontade do imperador ou afronta-as e se ver o poder iperial fecha-la. Uma constituinte consentida, assim que deve ser chamada antes. Porem antes de sua instalao, havia ameaas contra ela, Bonifacio tentava convencer o prncipe de formar um conselho de procuradores , com poderes apenas consultivos e a outorga de uma carta magma. d. Pedro l consentia a criao de uma constituinte e de uma constituio, desde que essa fosse digna do Brasil e dele, servida aos interesses do Brasil e aos seus prprios, para preservar a autoridade regia. A primeira constituinte apresentou-se com seis deputados, ela continha 272 artigos, inspirados nos iluministas, no no sentido democrtico mas no sentido que dizia respeito soberania do imprio e o liberalismo econmico. Em 1824 foi outorgada ento a constituio, elavorada por uma comisso que reunia seis ministros e mais quatro pessoas escolhidas pelo prprio imperador. Essa tinha um prazo de quarenta dias para a elaborao da carta constitucional. Apesar de muitas criticas a carta foi assimilada por imposio a todas as provncias. Alguns pontos da constituio de 1824. No mais possvel para um rei afirmar que o estado era ele. Tampouco basear-se na teoria do direito divino. Era preciso identificar o governo com um monarquia constitucional e assim o fez a constituio de 1824. Uma parte de elite, econmica da poca , participava do poder e isso o que o rei chamava de liberalismo. No era mais possvel compreender um pas sem uma constituio, sem uma separao de poderes ainda que nominal. A constituio imperial indicava uma diviso de poderes, indo alm de Montesquieu, a constituio Brasileira, previa um quarto poder, o qual foi chamado de poder moderador. Esse poder era o poder superior que o imperador detinha para harmonizar os outros poderes porem sempre a favor dos interesses do imperador. o imperador o chefe do executivo , e o exercita a seu bem querer.

Historia do Direito Geral e brasil

Nascimento da tradio jurdica brasileira O cdigo Criminal de1830 e o processo de 1832 foram balizas na histria jurdica do mundo. Logo, muitos daquela poca (e como ainda hoje) pasmaram ao ver pontos to importantes e liberais na legislao de um pais que era no somente muito novo, como tambm, at aquela poca sequer tinha uma escola, de formao de advogados. Era usual, desde o perodo colonial, que os filhos de famlias ricas, quaisquer que fossem suas aptides ou o desejo de seus pais, estudassem fora do pas. Sendo assim, os nossos primeiros intelectuais com formao acadmica tinha seus diplomas obtidos na Frana ou, mais comumente, em Portugal. Logo aps da independncia e depois dos primeiros grandes Cdigos brasileiros entrarem em vigor, cursos jurdicos comearam a ser criados no Brasil. Os primeiros foram o de Olinda, ode recife e o de So Paulo. O curriculum destas escolas foram aprovadas pelo decreto de 1825; estas englobavam programas de direito natural e publico, analise da constituio Imperial, direito das gentes e diplomacia, direito publico eclesistico, direito ptrio civil, direito ptrio criminal, teoria pratica dos processo criminal e dentre outras teorias e praticas mais utilizadas naquele perodo. Entre os anos de 1853 e 1854 o curriculum foi ampliado, e incluiu-se o estudo das Institutas de Direito Romano e de Direito Administrativo Ptrio. Em 7 de agosto de 1843, na cidade de Rio de Janeiro, fundada o instituto da Ordem do Advogados Brasileiros; Esta estrutura que daria o arcabouo para a valorizao jurdica estava comeando no Brasil. A escravido e a Lei: Condies e Abolio O escravo no era desconhecido da sociedade portuguesa medieval. Sua fonte era muulmanos capturados durante as guerras de reconquista, a partir do inicio das navegaes comearam a afluir para Portugal escravos negros trazidos por navegadores e, posteriormente, esta mo-de-obra tornou-se vital para a realizao da obra exploratriocolonizadora portuguesa, constituindo um dos principais meios de ganho da politica mercantilista de Portugal; Segundo Jacob Gorender, historiadores marxistas brasileiros, o escravo considerado algo mercantil, como espcie de mercadoria, portanto sujeito a relaes de alienao idnticas a quaisquer coisa que possa ser de propriedade de algum; O escravo no constitui um bem pessoal vinculado, mas alienvel ao arbtrio do proprietrio. Ele somente considerado como bem vinculado quando fizesse tal quais os animais da fazenda, parte da hipoteca, como acessrios e os seus filhos tambm sero escravos; A escravido esta baseada na norma de perpetuidade, ou seja, at a morte do individua no perde sua condio,

a no ser que seja alforriado por benesse do seu senhor; Segundo o historiador, Sidney Chalhoub, A alforria no significava um rompimento brusco dessa politica de domnio imaginria, pois o negro, despreparado para as obrigaes de uma pessoa livre, devia passar de escravo a homem livre dependente. Tornar-se escravo na poca moderna no brasil era possvel de duas maneiras: a primeira era nascer mulher escrava. Na legislao portuguesa abundaram leis acerca do tema; A segunda forma era a captura feita na frica. Negra a escravido j era praticada, mesmo antes do contato com os portugueses, entretanto, era uma escravido feita pela guerra, onde o individuo entrava em um cl em uma condio inferior e com maiores obrigaes de trabalho, porem sem cunho mercantil. A questo familiar na sociedade patriarcal escravocrata que se montou no Brasil era, no mnimo, ambgua. Enquanto os senhores insistiam em ensinar o cristianismo aos escravos como forma de submete-los, obrigavam-nos, ao mesmo tempo, a contrair o que aprendiam por causa de sua condio servil. Assim o era no tocante ao casamento: os senhores preferiam que seus escravos no se casassem, pelo contrario, que os escravos tivessem apenas ligaes passageiras. Este estado de coisa no passava desapercebido para todos. Jos Bonifcio apresentou em sua representao assembleia constituinte de 1823 artigos a este respeito embora no tenha conseguido converter em lei ou tornar concretas estas ideias de que o senhor feudal no poder impedir o casamento de seus escravos com mulheres livres, ou com escravas suas, uma vez que aquelas que se obriguem a morar com seus maridos ou estas queriam casar com livre vontade. Bonifacio tambm apresentou a ideia de que o governo fica autorizado a tomar as medidas necessrias para que senhores de engenho e grandes plantaes de cultura tenham, pelo menos, dois teros de seus escravos casados. Na dcada de setenta do sculo XIX um acrdo chegou a proibir a venda de seus filhos naturais com escrava (no caso do senhor feudal e uma escrava), o senhor seria obrigado a continuar com ambos como seus escravos. Seguindo destes caminhos no de estranhar que acontecessem fatos como o de uma me tornar-se escrava do prprio filho quando este era indicado como herdeiro de seu pai. Havia inclusive jurisprudncia que evitava a libertao da me. Se no que diz a respeito lei que define a prpria situao do escravo este somente propriedade, no tocante a lei penal ele tem uma dbia situao: pessoa se for gente do crime e coisa se for vtima. Desta forma o escravo poderia responder a um processo caso cometesse algum delito e seu senhor seria indenizado caso o escravo fosse vtima de algum.

Havia uma lei especificada contra o escravo que matasse seu senhor, era a lei de 10 de junho de 1835 que condenava o homicdio morte, mas o mais comum eram os aoites (que podiam chegar a mais de 300), seguido por tempo determinado pela sentena, de ferros no pescoo. Muita vezes, as penas mais pesadas no eram aplicadas, no por considerarem algo a favor do escravo, mas porque o escravo ao ser penalizado com gals(remadores de canoas) ou morte daria prejuzo a seu proprietrio. As punies, mesmo no penais, aquele cujo o objetivo era disciplinar, tinha requintes de crueldade muito conhecidas por todos e, embora houvesse um acrdo da Relao do Rio de Janeiro de 1 de abril de 1879, que decidia que nenhum escravo pudesse dar queixa contra pessoa alguma, as denuncias contra maus-tratos aumentaram junto com o movimento abolicionista. As Leis Abolicionistas Teve sua origem no sculo XVIII. Antes todos consideravam que a escravido era uma forma de retirar pessoas da barbrie, depois dos Iluministas, alguns passaram a achar que estava na escravido a fonte de muitos males e que ela era a barbrie. Mas os escravistas tinham argumentos a favor do cativeiro, para eles a escravido era benfica ao negro que seria civilizado e conhecia o Cristianismo. No tratado de 1810 entre D. Joo e a Inglaterra havia uma clusula que obrigava o prncipe Regente a proibir o trafico negreiro; Cinco anos mais tarde, em Viena, a Inglaterra conseguiu que D. Joo proibisse seus vassalos de comercializar escravos ao norte da linha do Equador, foi o Tratado de 1815. A lei Eusbio de Queiroz Em maro de 1850, o Brasil foi ameaado pelo ministro ingls Gladstone, a cumprir os tratos firmados nem que fosse a ponta de espada, neste tratado foi emposto que as embarcaes brasileiras que fossem encontradas em qualquer parte e as estrangeiras encontradas nos portos, enseadas, em territrio do Brasil, tendo escravos a bordo ou j os tendo desembarcado, seriam apreendidas e consideradas importadoras de escravos. Este tratado ou Lei firmado, teve efetividade muito porque havia apoio de certos crculos agrrios ligados ao Governo, muitos senhores endividados, com suas fazendas hipotecadas para negreiros viram no cumprimento desta lei uma forma de escapar das dvidas. A Lei do Ventre Livre

Em 28 de setembro a Lei n 2040, a Lei do Ventre Livre foi aprovada pelas duas casas do Parlamento brasileiro; Sendo que o Artigo 1 tinha como argumento: Os filhos da mulher escrava que nascerem no Imprio desde a data desta lei, sero considerados de condio livre. Sendo os filhos dos escravos, ficaro em poder dos senhores que tero a obrigao de mant-los at a idade de oito anos, e depois disto eles eram entregues ao estado, e o senhor ganharia uma quantia em dinheiro; Os filho de escravo entregados ao estado quando completavam 21 anos eram considerados moas e rapazes e livres sendo que precisavam trabalhar para seu sustento. A Lei dos Sexagenrios Esta lei tinha como objetivo impor que So libertos os escravos de 60 anos de idade, completos antes e depois da data em que entrar em execuo esta lei, ficando, porm, obrigados a ttulos de indenizao pela sua alforria, a prestar servios a seus ex-senhores pelo espao de trs anos; Os senhores tambm deveriam cuidar dos escravos j livres pela Lei, e se o senhor no cumpria com a mesma, sofreria multa. A Lei urea Os abolicionista cresciam em nmero, o movimento se agigantava no pais, mas o golpe de misericrdia veio mesmo dos prprios escravos que, com o auxlio dos abolicionistas, comearam a abandonar as fazendas causando o caos no trabalho e tornando a situao insustentvel. O desespero tomou conta dos escravistas que em vo tentaram incluir o exrcito no combate s fugas e rebelies. As fugas geralmente aconteciam durante a noite ou durante o servio nas lavouras. Esta lei os garantiu a liberdade e proibindo a escravatura no Brasil. Lei n 3.353 de 13 de maio de 1888. Assinada pela princesa regente do imprio do Brasil, fazendo jus ao qu lhe foi conferida na ausncia de D. Pedro ll, imperador do Brasil. Depois da abolio a monarquia brasileira entra em crise, e tem seu fim com a proclamao da republica em 15 de novembro de 1889. O exercito sai as rua e declara que esta extinta qualquer ligao com o sistema monrquico antes existentes e que afora o Brasil sim era do povo Brasileiro. __________________________________________________________________ 2.1.2.3 Imigrao e colonizao. Tanto a imigrao europia quanto o sistema de colonizao brasileira, esto intimamente ligadas questo da escravido, sobretudo do negro africano, uma vez que o nativo no se rendeu s presses dos europeus no

processo colonizador. Essa mesma escravatura proporcionou uma nova populao ao pas, assim como foi nova a populao de europeus na condio de colonos brancos. Os interesses nesses colonos era sobretudo, por parte dos colonizadores, na sua fora de trabalho barata. Dessa forma, alguns mtodos foram utilizados. A oferta e esperana de um mundo novo e futuro brilhante, talvez tenha sido a maior causa da vinda de tantos povos para o Brasil-colnia. A populao no fim do perodo colonial era de 3 milhes de habitantes, vivendo a maior parte perto do litoral, onde comeou o povoamento brasileiro. Foi desse, que partiu o povoamento do interior do pas, e para que tal acontecesse, empregou-se mtodos, principalmente para povoar regies de valor estratgico, deixada ao abandono das imigraes espontneas, sobretudo em sentido de defesa fronteiria. Exemplo disso se deu em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nesses locais foram assegurados colonos vindos das Ilhas Aorianas, que recebiam concesses e facilidades de estabelecimento. Pode-se perceber que a imigrao e colonizao tiveram colocaes, estabelecimentos e interesses de ordem objetiva, poltica e militar. A vinda da Corte portuguesa para o Brasil em 1808, foi marcante no sentido de povoamento e afirmao exclusivamente demogrfica. Por fora da necessidade, de aqui se instalar, diante dos graves problemas reinantes na Europa, a monarquia interessouse de imediato em transformar a condio da colnia e com isso elevou-a a Reino Unido, cogitando-se at mesmo ser o sucessor da enfraquecida Coroa Portuguesa. O simples interesse em transformar a colnia em substituto da Coroa deu grande impulso que no mais retornou ao estado anterior de condio poltica. Nesse sentido ocorre uma mescla de colnia e nao, ao mesmo tempo revolucionando o antigo aspecto colonial puro. Isso s serviu para reforar o desvinculamento da metrpole lusitana. A presena de colonos europeus brancos, diante de sua debilidade, forava a vinda de escravos africanos, com sua mo-de-obra, necessria para suprir a exportao de produtos tropicais para a metrpole. Em condies de colnia se fazia favorvel. Isso no cabia em condies de nao. Essa heterogeneidade resultante do sistema, comentado acima, tanto racial, cultural e social, dentro de uma situao imprpria demais para um pas que se tornara sede de uma monarquia europia. Dentro dessa situao, no fica difcil entender a necessidade de mudanas dentro da poltica existente. Uma das dificuldades encontradas foi a de reorganizao da monarquia portuguesa no Brasil, estando a monarquia privada da sua base europia. Em todos os setores precisava ser incrementado reformas. A questo da segurana era primordial, e se reconstituiu as foras armadas. Problemas de ordem diversas se formaram depois da chegada do soberano ao Brasil, sendo assim necessrio organizar aqui as mudanas realmente eficazes no sentido de poder assegurar a tranqilidade do soberano e de seus protegidos. Este problema nunca foi passvel de real soluo, estando o soberano at o fim de sua permanncia aqui no Brasil, sob cautela de seu aliado ingls. Para ao no Prata, contou com o auxlio das tropas recrutadas em Portugal depois da expulso dos franceses. Mas a existncia do problema sempre persistiu, e serviu de estmulo para mudanas da

poltica de povoamento do pas. De modo semelhante ocorre com a questo da segurana interna, mesmo depois da Independncia, quando se recorre ao auxlio das tropas mercenrias alem e irlandesa. E toda essa movimentao, ir de modo imperceptvel acrescentar a questo do povoamento do pas, incerta e heterognea. A permanncia do monarca portugus s servira para contribuir na formao de ncleos de colonos alemes, suos e aorianos. Com a "Independncia", outros governos se seguem e tm a tarefa de continuar no empreendimento iniciado pelo monarca. Mas os problemas tambm continuavam em relao imigrao europia, em decorrncia do clima tropical, considerado desfavorvel ao colono europeu, a organizao social e econmica pouco atraente que o pas oferecia, o regime poltico vigente no pas, onde a liberdade civil no era de total satisfatifao, sem contar com as restries de ordem religiosa, onde os protestantes sofriam srios embaraos na sua inteno de aqui se estabelecer, e estes por suas vezes eram os que mais vinham para c, principalmente alemes. A corrente migratria ainda por muito tempo seria fraca, apesar de o trfico africano continuar trazendo milhares de pessoas todos os anos. Somente, com as medidas tomadas pela Inglaterra, no sentido de impedir a importao de escravos, diante de uma forte iminncia de extino por volta de1840, que esse contingente diminuiu. Entretanto, a populao j estava instalada como povo brasileiro. Os colonos europeus resistiram presso do governo, e foi destes imigrantes as primeiras transformaes dentro das sociedades iniciantes do pas. Tendo esses, grande disposio para as tarefas necessrias na poca, mas sobretudo, e com grande determinao pelo trabalho assalariado. O Senador Nicolau de Campos Vergueiro, grande fazendeiro da poca, introduz em sua fazenda de caf em Ibicaba( 1847 a 1857),170 famlias de colonos alemes, suos, belgas e portugueses. Mais tarde, outros lavradores seguem o exemplo. Tal atitude refora o povoamento, de pessoas que aqui se instalam e procuram trabalhar de modo mais ou menos livre. Os proprietrios acostumados a lidar com escravos, no lhes consideravam devidamente e suas condies eram semelhantes s dos escravos, e muitos usavam de m f para com os colonos. Essa situao no podia ter durao muito prspera, uma vez que os europeus vinham para c com contratos que no eram devidamente cumpridos. Quando chegavam, seu desapontamento era impressionante, como era assim tambm a frustrao do fazendeiro ao ver o que havia recebido, pois para c traziam pessoas de todos os tipos e condies de sade. Fica fcil entender a nossa miscegenao racial e cultural. Na Europa correm notcias do que se passava no Brasil. A opinio pblica toma espao de alarme, e so probidas imigraes. Mas de modo geral o mundo sofria as crises e guerras regionais, a vinda de europeus, no parou de todo e hoje podemos avaliar as conseqncias da vinda desses colonos, para a nossa formao tnica, cultural, social e econmica. Cada povo se alocou em regies parecidas com as de seu pas de origem. Os italianos foram indo para o Sul do pas. Toda a imigrao para o Brasil, dada para um novo rumo a partir das mudanas internas de cunho poltico-social. O processo de

"colonizao" resevado ao processo inicial de localizao dos imigrantes em pequenas propriedades agrupadas em ncleos. O nome dado para esse processo "imigrao subvencionada", tendo olhos atentos dos proprietrios que precisam de m-de-obra para suas fazendas, e os colonos quase nada puderam contra os interessess destes. Os imigrantes que chegavam eram poucos para atender as necessidades dos fazendeiros em suas lavouras de caf, em franco e ascendente progresso. Os colonos fixados so simples assalariados. De 1871 a 1886, pouco mais de 30.000 indivduos chegam ao pas. Aps a abolio, sobe para 55.000, 133.000, no parando at o final do sculo. Com as idias abolicionistas, estes imigrantes sero os maiores incentivadores dos escravos em suas fugas, primando os sonhos de liberdade. _________________________________________________________________________ 2.1.2.4 Revoluo Farroupilha e Repblica Juliana. _____________________________________________________________________ Revoluo Farroupilha A Guerra dos Farrapos, ou Revoluo Farroupilha, que durou dez anos, de 1835 1845, foi uma rebelio separatista liderada pelos pecuaristas do Rio Grande do Sul contra o governo imperial do Brasil. Eles reclamavam da concorrncia desleal do charque (carne-seca) vindo de Uruguai e Argentina, cujos impostos eram muito baixos, prejudicando a comercializao do charque produzido no Rio Grande do Sul, destinado, principalmente, alimentao dos escravos. Aps a batalha de Seival, em 11 de setembro de 1836, o general Antnio de Sousa Neto, das tropas sulistas, proclamou a Repblica Rio-Grandense, naquele momento denominada Repblica de Piratini, pois este era o nome da primeira capital ao novo pas. O presidente aclamado da nova repblica foi Bento Gonalves, pecuarista que havia lutado na Guerra da Cisplatina, contra o Uruguai, e a constituio da Repblica Rio-grandense foi aprovada em 1843, em Alegrete. A Repblica Rio-Grandense teve cinco capitais em seus nove anos de existncia: Piratini, Caapava do Sul e Alegrete (oficiais), Bag (somente por duas semanas) e So Borja. Seus presidentes foram Bento Gonalves da Silva e Gomes Jardim. Santa Catarina se uniu aos revolucionrios. Aps as vitrias das tropas comandadas por Giuseppe Garibaldi e Davi Canabarro, o Estado se declarou independente em 1939, com o nome de Repblica Juliana e capital na cidade de Laguna. Ao assumir o trono do Imprio do Brasil, em 1840, Dom Pedro II tentou estabelecer a ordem poltica no pas e para isso decidiu anistiar os revoltosos. Porm, a revoluo continuou e foi preciso que o ento Baro de Caxias, Lus Alves de Lima e Silva, comandasse as tropas federais contra os revoltosos. Com habilidade, Caxias conseguiu entrar em acordo com os revoltosos e a paz atravs do Tratado de Poncho Verde foi assinada no dia 1 de maro de 1845, mesmo dia em que foi dissolvida a repblica Rio-Grandense, dando fim mais longa guerra civil brasileira. Os revoltosos foram anistiados e os soldados e oficiais farroupilhas foram incorporados ao exrcito imperial. Para efeito legal, a Repblica Rio-

Grandense ou de Piratini, nem chegou a existir, pois no foi reconhecida por nenhuma nao. Seu resultado prtico foi conseguir uma ateno maior do Governo aos Estados do Sul do Pas e leis protetoras para sua pecuria. Repblica Juliana Entendemos que a Repblica Juliana foi considerada um brao da Revoluo Farroupilha e ficou conhecida historicamente como um estado que pertenceu Santa Catarina, oficializou-se a 24 de julho de 1839 - advindo da o nome Juliana - e findou-se em 15 de novembro de 1839, durante um ataque violento a Laguna, durante o qual os seus inimigos fizeram uso no s da marinha como tambm da cavalaria e da infantaria para derrot-los. O resultado foi o total aniquilamento da esquadra farroupilha, a reconquista de Lagunas e a matana de todos os chefes da marinha rio-grandense, com exceo, claro, de Garibaldi e Davi Canabarro, que conseguiram fugir. Garibaldi veio para o Brasil com o nico objetivo de contribuir na luta dos farrapos, conheceu Anita Garibaldi, com quem se casou, e ganhou uma ferrenha companheira de luta contra o imprio, sendo ambos venerados como heris catarinenses at os dias de hoje.

_____________________________________________________________________2.1.2.5 Repblica - O iderio republicano. Guerra do Contestado. Revoluo de 1930. O Brasil Ps-Segunda Guerra. A Ditadura Militar. Redemocratizao. Brasil contemporneo.

IDERIO REPUBLICANO 1889

Segundo Dr. Tiago Losso: A idia republicana esta alicerada na defesa dos interesses pblicos, na satisfao dos interesses dos indivduos, sem os privilgios nobilirquicos que caracterizam os regimes monarquistas.

Todo esse processo estava insatisfao com a Monarquia.

ligado

fortemente

ao

abolicionismo

e

O abolicionismo uma corrente de opinio importante no Brasil do sculo XIX, e suas lutas foram fundamentais para acabar com a escravido, num processo lento, que foi feito de acordo com os interesses dos proprietrios, atravs de uma srie de leis anteriores, que paulatinamente puseram fim a um dos principais pilares da economia do pas. (id. Losso, 2008, p, 24)

Podemos observar que o processo foi lento mesmo com a lei que proibia o trfico de africanos, este ato continuou ainda por vrios sculos.

O iderio Republicano caracterizado pela insatisfao com a monarquia. Um sentimento forte de identidade nacional se estabeleceu entre os discursos conforme Doutor de Filosofia e Histria da Educao pela UNCAMP, que nos d em seu trabalho um trecho publicado em O Pas, 22 de maio de 1889, que nos diz o seguinte:

A Repblica, como ns a queremos e a temos proclamado em vrios dos nossos manifestos tem de ser e deve ser um governo de liberdade, de igualdade, de fraternidade, de justia, de paz, de progresso e de ordem, de garantia para todos os direitos e de respeito para todos os interesses legtimos. (Apud. Quintino Bocaiva Rio de Janeiro 22 de maio 1889).

Guerra do Contestado A Guerra do Contestado foi desencadeada pela perseguio policial a um grupo de sertanejos devotados a prticas no oficiais do catolicismo. Chamou-se "do contestado" pelo fato de os conflitos se iniciar numa regio litigiosa (contestada) entre Paran e Santa Catarina. No se tratava de um conflito entre os Estados citados, mas tornou-se um conflito grande por atrair, ao lado dos devotos um grande contingente de posseiros e expulsos de suas terras pela construo da Ferrovia So Paulo - Rio Grande. Antigos federalistas adversrios locais dos prefeitos (fazendeiros e coronis da Guarda Nacional) ligados ao Partido Republicano se juntaram aos sertanejos rebelados. Dessa forma, alm das questes religiosas se fundiram ao movimento o descontentamento social e a crtica ao coronelismo e a violncia da expropriao praticada pela ferrovia. Os quatro anos de combates envolveram sertanejos do planalto catarinense alm de ervateiros dos vales dos rios Iguau e Negro. Os sertanejos terminaram derrotados na luta por terras no pas no nicio do sculo 20.Morreram 10 mil pessoas neste conflito. Revoluo de 1930 1. Introduo No fim da dcada de 1920, os setores que contestavam as instituies da Repblica Velha no tinham possibilidade de xito: os tenentes, aps vrios insucessos, estavam marginalizados ou no ex1io; as classes mdias urbanas no tinham autonomia para se organizar. Todavia, uma oportunidade abrir-se-ia para esses setores: uma nova divergncia entre as

oligarquias regionais e o golpe sofrido pelo setor cafeeiro com a crise mundial de 1929. 2. Fatores da Revoluo de 1930 A dissidncia regional: a indicao de Jlio Prestes pelo presidente Washington Lus como candidato do governo Presidncia na eleio de 1930, ao que parece, para que sua poltica de estabilizao financeira no fosse interrompida, no foi aceita por Antnio Carlos Ribeiro de Andrade, presidente do Estado de Minas Gerais. Rompia-se a Poltica do Caf-comLeite. Antnio Carlos, a fim de enfrentar o governo federal, realizou uma aliana com o Rio Grande do Sul e a Paraba. No Rio Grande do Sul, o Partido Republicano e o Partido Libertador tinham chegado a um relativo acordo, o que fortalecia o Estado no plano nacional. Ao Rio Grande do Sul foi oferecida a candidatura Presidncia, e Paraba, a candidatura Vice-Presidncia. Juntaram-se a eles o Partido Democrtico de So Paulo e outras oposies dos Estados, dando origem a uma coligao denominada Aliana Liberal (1929). Dela faziam parte velhos polticos como Borges de Medeiros e Antnio Carlos Ribeiro de Andrade, e os ex-presidentes Epitcio Pessoa, Artur Bernardes e Venceslau Brs. Foram lanadas as candidaturas de Getlio Vargas para presidente e de Joo Pessoa para vice. O programa da Aliana Liberal satisfazia as aspiraes dos setores opostos ao cafeeiro, ao proclamar que todos os produtos nacionais deveriam ser incentivados, e no somente o caf, cujas valorizaes prejudicavam financeiramente o Pas. Outrossim, pretendendo sensibilizar as classes mdias urbanas, o programa defendia as liberdades individuais, o voto secreto, a participao do Poder Judicirio no processo eleitoral, leis trabalhistas e anistia poltica. Apesar da grande repercusso de sua campanha nos centros urbanos, os candidatos da Aliana Liberal foram derrotados, pois a grande maioria dos Estados alinhava-se com o presidente Washington Lus. A crise de 1929: embora seja certo que a crise mundial repercutiu com mais intensidade no Brasil em 1931, preciso considerar que seus efeitos iniciais j abalavam o setor cafeeiro. Esse fato foi percebido pelos adversrios da oligarquia cafeicultora, que nele viram uma oportunidade de derrub-la. Por outro lado, o setor cafeeiro e o governo federal estavam distanciados por este ter recusado auxlio no incio da crise. Os grupos dominantes de So Paulo, embora tivessem marchado com a candidatura de Jlio Prestes, no estavam dispostos a uma luta armada. 3. O movimento

Com a derrota eleitoral, os velhos polticos da Aliana Liberal - como Borges de Medeiros - pretenderam compor-se com os vitoriosos, como geralmente acontecia na Repblica Velha. Mas existia na Aliana uma ala de polticos jovens (Maurcio Cardoso, Osvaldo Aranha, Lindolfo Collor, Joo Neves, Flores da Cunha, Virglio de Melo Franco e Francisco Campos) que no se conformava com uma situao na qual sua ascenso poltica permanecia dependente. Portanto, optaram eles pela via armada e, para isso, aproximaram-se dos tenentes, como Juarez Tvora, Ricardo Hall e Joo Alberto. A conspirao sofreu vrias oscilaes por causa da posio conciliatria dos velhos oligarcas da Aliana Liberal, inclusive do prprio Getlio Vargas, o que provocou seu esfriamento. Porm, foi alentada pela "degola" de deputados federais eleitos por Minas Gerais e Paraba (maio de 1930), quebrando a Poltica dos Governadores e pelo assassinato de Joo Pessoa (julho de 1930) em Recife, por motivos ligados a problemas locais, mas explorado politicamente pelos conspiradores, e pela adeso do gacho Borges de Medeiros, em agosto do mesmo ano. Os tenentes foram aproveitados por sua experincia revolucionria, mas a chefia militar coube ao tenente-coronel Gis Monteiro, elemento de confiana dos polticos gachos. No dia 3 de outubro eclodiu a revolta no Rio Grande do Sul, e no dia seguinte, sob a chefia de Juarez Tvora, no Nordeste. Dela participavam tropas das milcias estaduais e foras arregimentadas por "coronis". Das tropas do Exrcito, vrias aderiram ao movimento, algumas mantiveram-se neutras, e poucas resistiram. Em vrios Estados os governantes puseram-se em fuga. Quando se esperava um choque de grandes propores entre as tropas que vinham do Sul e as de So Paulo, o presidente Washington Lus foi deposto, no dia 24, por um grupo de altos oficiais das Foras Armadas, que tinham a inteno de exercer um papel moderador. Formou-se uma Junta Governativa Provisria, intitulada Junta Pacificadora, integrada pelos generais Mena Barreto e Tasso Fragoso, e pelo almirante Isaas Noronha. Aps algumas hesitaes, a Junta passou o poder para Getlio Vargas no dia 3 de novembro. 4. Concluso Em 1930, a crise que se configurara ao longo da dcada atingiu sua culminncia: as oligarquias regionais dissidentes optavam pela luta armada, o descontentamento militar ganhava novo alento, as classes mdias urbanas, insatisfeitas, constituam um amplo setor de apoio. Nesse momento, o setor cafeeiro era atingido pelos primeiros efeitos da Crise de 1929 e se distanciava do Governo Federal. Da a possibilidade de vitria de uma revoluo.

Portanto, um fator externo - a Crise Mundial de 1929 - combinou-se com o agravamento de contradies internas. O setor cafeeiro continuou representando o papel fundamental na economia do Pas, mas, com a derrota, perdeu a hegemonia poltica. A Revoluo levou a uma nova composio de equilbrio entre setores da classe dominante. No houve uma ruptura no processo histrico, e sim apenas uma acomodao de interesses e uma atualizao de instituies. O Brasil Ps-Segunda Guerra O setor agrcola enfrentou dificuldades e o industrial ficou fortalecido pelo esforo para atender a demanda interna durante a guerra. Foi um momento tambm em que uma poltica consistente de explorao das riquezas nacionais foi implementada. O Estado deu vigoroso apoio ao desenvolvimento da siderurgia e da explorao e beneficiamento Petrleo. A Companhia Siderrgica Nacional foi criada e iniciou-se a construo da Usina de Volta Redonda com financiamentos norte-americanos. Isso se deu principalmente devido ao estreitamento das relaes entre o Brasil e os EUA em 1942, para fazer face ao esforo de guerra. Neste mesmo ano veio ao Brasil uma Misso Tcnica americana que trabalhou em projetos como a Companhia Vale do Rio Doce, que explorava e exportava minrios, e a Hidreltrica de Paulo Afonso. Vargas criou tambm o Conselho Nacional do Petrleo que objetivava diminuir a dependncia brasileira do combustvel, controlando o refino e a distribuio. O governo Vargas trouxe tcnicos estrangeiros para incrementar a nossa economia. Em outubro de 1943 polticos de Minas Gerais, elaboram um manifesto repudiando o Estado Novo, o chamado "Manifesto dos Mineiros". Em 1944 comeam a chegar relatrios sobre as tropas brasileiras na guerra que davam conta do desejo de redemocratizao. Em 28 de fevereiro de 1945 a Constituio de 1937 recebeu um ato adicionou que possibilitava fixar as eleies presidenciais e logo destacaram-se duas candidaturas a do Brigadeiro Eduardo Gomes que se opunha a Vargas e a do General Eurico Gaspar Dutra, ministro da Guerra de Getlio. Neste perodo tambm se criaram trs partidos polticos, a UDN (Unio Democrtica Nacional) conservadora, direitista e anti-Vargas, o PSD (Partido Social Democrtico) e o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), criados sob a inspirao de Vargas. Em 22 de abril concede a anistia a todos os presos polticos, inclusive Lus Carlos Prestes. A 28 de maio fixa a data das eleies para 2 de dezembro daquele ano.

A oposio temia que Getlio inviabilizasse a realizao de eleies presidenciais, como j fizera pelo menos duas vezes, em 1934 e 1938. Progredia a conspirao que desejava depor Getlio Vargas, o que efetivamente ocorre a 29 de outubro de 1945, quando tropas do Exrcito cercam o Catete e o obrigaram a renunciar. A presidncia foi ocupada interinamente por Jos Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal e Vargas foi para o auto-exlio em So Borja. Dutra eleito presidente e Getlio Senador pelo Rio Grande do Sul e por So Paulo, alm de Deputado Federal pelo Distrito Federal alm de mais seis Estados. Optou pelo cargo de Senador, passando oposio ao governo Dutra. Em 1950 lana sua candidatura presidncia juntamente com Caf Filho pelo PTB e PSP (Partido Social Progressista). eleito e assume o poder a 31 de janeiro de 1951. A Ditadura Militar

A ditadura militar O golpe de 1964 Em 20 de maro de 1964, a Associao dos marinheiros e dos fuzileiros navais pediu a demisso do ministro da Marinha, Almirante Slvio Mota, fato que demonstrava grave indisciplina. Os Generais Olmpio Mouro Filho e Carlos Lus Guedes alertaram suas tropas, recebendo o apoio do ento governador de Minas Gerais, Magalhes Pinto. No dia seguinte, o presidente vendo que no contava com o apoio das foras da capital federal seguiu para o Rio Grande do Sul. O regime militar O GOVERO DO GENERAL CASTELO BRANCO Em 1964, o Comando Supremo da Revoluo, nos primeiros dias de abril, editou, o Ato Institucional n 1, suspendendo as garantias constitucionais estabeleceu eleies indiretas e o Executivo passou a ter direito de cassar mandatos polticos e decretar estado de stio, sem consultar o Congresso. Essas medidas atingiram principalmente os lderes do regime deposto e as organizaes que exigiam as reformas de base como a CGT (Comando Geral dos Trabalhadores), a PUA (Pacto de Unidade e Ao) e as Ligas Camponesas. Politicamente, o projeto do General Humberto de Alencar Castelo Branco, escolhido como presidente, inclua o fortalecimento do Executivo e a segurana do Estados, para os quais foram criados rgos como o Servio Nacional de Informaes (SNI). Em resposta, foi editado o AI-2, que permitia a interveno do governo nos estados e municpios e que p Executivo legislasse atravs de Decretos-Lei No incio de 1967, O Congresso foi reaberto, desfalcado de alguns parlamentares, e aprovou uma nova Constituio, elaborada por juristas do governo. As atribuies do poder Executivo foram consideravelmente aumentadas, e a autonomia dos estados diminuda. Foi essa submisso que possibilitou a aprovao de novos atos ditatoriais, como a limitao do direito de greve e a deposio dos governadores de Gois, Amazonas e Rio de Janeiro. Ao final do governo Castelo Branco, quase 4000 pessoas j haviam sido punidas. Para controlar a inflao, houve uma queda nos salrios, o aumento das tarifas pblicas e uma diminuio dos gastos do Estado. Essa poltica favoreceu a negociao do Governo com o FMI,

obtendo emprstimos. Os EUA renegociaram a dvida externa do Brasil e instalaram-se vrias empresas norte-americanas no pas. O desenvolvimento Capitalista brasileiro, do qual se beneficiavam a burguesia e as empresas estrangeiras ou associadas ao capital estrangeiro, precisava das Foras Aramadas e dos tecnocratas para exercer funes de controle, no plano social e modernizadoras, no plano administrativo. Ao final do governo Castelo Branco o Alto Comando Militar, escolheu como novo presidente o marechal Artur da Costa e Silva, que era o Ministro da Guerra. Essa escolha foi confirmada pelos membros da ARENA no Congresso Nacional. Para registrar seu protesto o MDB retirou-se do local da votao Redemocratizao. Brasil contemporneo. O processo de redemocratizao que ocorreu no Pas entre meados dos anos 70 e 1984 foi o resultado de um profundo processo poltico. A democracia resultante no um presente ou uma concesso do regime militar, mas sim uma conquista da sociedade civil. Baseou-se na consolidao de um tipo moderno de capitalismo, que dispensa o uso da violncia direta para apropriao do excedente. H, de fato, duas interpretaes opostas para o processo de redemocratizao no Brasil. Pode-se dizer, primeiro, que a distenso de Geisel, e, segundo, a abertura de Figueiredo demonstram que o processo de redemocratizao foi uma iniciativa do regime militar; a sociedade civil pode ter tido algum papel ao protestar ou pressionar pela democracia, mas o processo de redemocratizao foi essencialmente o resultado de uma estratgia poltica do regime autoritrio (MARTINS, 1983; DINIZ, 1985). Minha interpretao dirige-se no sentido contrrio (BRESSER PEREIRA, 1978; 1985). O que de fato ocorreu no Brasil foi um processo dialtico entre a redemocratizao exigida pela sociedade civil e a lenta estratgia de abertura conduzida pelo regime militar. O processo de redemocratizao, que contou desde o golpe de 1964 com o apoio dos trabalhadores e da classe mdia assalariada e intelectualizada (tecnoburocracia democrtica), recebeu a decisiva adeso da burguesia (mais especificamente dos empresrios lderes) em torno de 1977. Foi este apoio que fortaleceu o processo de redemocratizao, mas foi tambm o fator que, conduzindo a uma transio conservadora (WEFFORT, 1984), levou alguns analistas a afirmarem que a transio no ocorreu efetivamente (FERNANDES, 1986). Esses analistas no esto certos. Eles so vtimas de seu natural desapontamento com o novo regime democrtico. O processo de redemocratizao ocorreu efetivamente. O fato de o novo presidente no ter sido eleito diretamente pelo povo importante mas no essencial. Os fatos so que ns tivemos eleies livres em 1986, a imprensa e a formao de partidos polticos so livres, o poder judicirio est trabalhando com independncia, o Congresso acaba de redigir uma nova Constituio que foi livremente debatida e aprovada; uma constituio que no um sonho, que muito conservadora para a esquerda e muito progressista para a direita, mas que de fato o melhor compromisso que a sociedade brasileira poderia

produzir nos dias de hoje. Por todas essas razes, ns realmente temos um regime democrtico no Brasil e uma nova constituio que, apesar das falhas que a ela atribumos, um fator positivo para a consolidao da democracia no Brasil. Eu sei muito bem que esta nova democracia no trouxe nem desenvolvimento econmico nem justia social para o Pas. Mas importante no ampliar o conceito de democracia, incluindo nele todos os nossos objetivos. A democracia um tipo de regime poltico, e no uma utopia. A democracia ho necessariamente o meio mais eficiente para o desenvolvimento econmico e a justia social. Historicamente, "a democracia surgiu como uma adio tardia sociedade de mercado competitivo e ao estado liberal(...) foi uma tentativa por parte da classe mais baixa de conseguir seu lugar justo e totalmente competitivo dentro daquelas instituies e aquele sistema de sociedade. O BRASIL CONTEMPORNEO GOVERNO DE JOS SARNEY 1985/1990 Sabe-se que a ascenso de Jos Sarney ao poder executivo federal se deu devido morte do presidente Tancredo Neves, que representou o primeiro civil na presidncia aps os governos militares no pas. Sem grande apoio popular, o presidente Sarney iniciou o perodo poltico do Brasil conhecido como a Nova Repblica. Nesse contexto, ampliar o processo de redemocratizao do Brasil seria a tarefa poltica de qualquer governante nesse perodo. Entretanto, a questo econmica do pas, era sim, um fato que merecia uma ateno bastante objetiva, haja vista, as pssimas heranas que os governos passados deixaram na economia nacional. A dvida externa manifestava uma inflao que chagou aos 200% ao ano. Questes polticas do governo Sarney: Eleies diretas no mbito municipal e estadual. Diminuiu as exigncias para o surgimento de novos partidos polticos. A Convocao de uma Assemblia Constituinte para a redao de uma nova Constituio para o Brasil. Em fevereiro de 1987 a Assemblia Constituinte daria inicio aos trabalhos para a construo da ento Constituio Vigente a de 1988 tambm conhecida como a Constituio Cidad. Questes econmicas do governo Sarney: Visando salvar a economia do pas, o governo Sarney, foi marcado pelo Plano Cruzado (1986). A moeda brasileira antes se chamava Cruzeiro, essa cifra perdeu trs zeros, dando origem a uma nova moeda, chamada de Cruzado.

Tentando efetivar um controle maior do jogo financeiro, o governo passou a determinar um congelamento dos preos e de salrios, tentando assim manter um equilbrio entre esses dois fatores. O plano Cruzado almejava conter a inflao e ampliar o poder de compra salarial da populao, principalmente com a fiscalizao dos preos (Os fiscais de Sarney). Entretanto, a despeito dessa suposta melhoria, os empresrios estavam lucrando cada vez menos devido rpida desvalorizao de seus produtos. O resultado disso foi o desabastecimento generalizado que esvaziou as pratelerias de todos os recintos comerciais do pas.No tardou portanto para que o gio aparecesse como valor adicional a ser cobrado sobre o preo congelado. Isso significava, na prtica, o retorno da inflao. O plano Cruzado II foi apresentado, devido a situao economica desse periodo, onde o governo optou em liberar os preos dos servioes e produtos e interviu menos nas relaes comerciais. Passou a aumentar impostos, alm de contar com uma balna comercial bastante desvfavorvel. O Plano Bresser foi uma outra medida economica do ento desacreditado governo Sarney que passou a controlar preos por um periodo de 2 meses, aumentou impostos publicos e passou a negociar com o FMI. Tais medidas no reverteu a situao. O clima ja era desfavoravel para a economia nacional. E o ltimo pacote economico ficou conhecido como o Plano Vero que passou a criar a nova moeda o Cruzado Novo. Alm disso as privatizaes promoviam um menor gasto publico em setores estratgicos, abrindo a economia brasileira nos moldes neo liberais. GOVERNO DE FERNANDO COLLOR DE MELLO 1990/1992 Primeiro governo civil, eleito pelo voto direto, desde a dcada de 1960, legitimado pela Constituio de 1988, o governo Collor se efetiva em um momento de grande esperana para o povo brasileiro. Principalmente os que viveram durante os regimes militares. Vencendo as eleies de 1989 no segundo turno, que disputou contra o candidato do Partido dos Trabalhadores, Lus Incio Lula da Silva, por meio de uma plataforma de campanha baseada na moralizao do sistema poltico brasileiro e o fim da inflao monetria. Tambm conhecido como a Repblica das Alagoas, Collor no inicio de seu governo, no conseguiu formar uma equipe poltica expressiva. Em muitos casos a vitria de Collor, segundo alguns historiadores, representou um erro poltico do Brasil, mostrando que ainda estvamos engatinhando no processo de consolidao de uma democracia direta forte. Suas aes se baseavam na idia neoliberal de reduo do poder estatal na economia, eliminao dos controles burocrticos e abertura econmica ao capital estrangeiro. Tudo em nome da modernizao do Brasil.

No entanto, a principal marca do Governo Collor, sem dvidas, est ligada ao congelamento das contas correntes e cadernetas de poupanas, por um prazo de um ano, alm do envolvimento do presidente e seus aliados em escndalos de corrupo (caso PC Farias) e negociaes desonestas. O Plano Collor, tambm no surtiu o efeito de controlar a inflao e com indcios de corrupo e desvio de dinheiro publico, criado a CPI para se investigar a veracidade das informaes a respeito do presidente. A partir da, o processo do impeachment do presidente to carismtico passou a ser a palavra de ordem dos grupos opositores ao governo. A votao de 441 votos contra o presidente e apenas 38 a favor destituiu Collor do poder, e o vice-presidente Itamar Franco assumia at ento os rumos do Brasil.

GOVERNO DE ITAMAR FRANCO 1992/1994

De temperamento difcil e de postura nacionalista, Itamar atenuou o programa de abertura e privatizaes da economia, como tambm, a continuidade ao processo de democratizao. vlido ressaltar a ocorrncia dos plebiscitos em 1993 que a populao iria escolher se o pas seria regido por uma Monarquia ou Republica, e um governo Presidencialista ou Parlamentarista. Entretanto a questo econmica ainda era um grande problema para o governo brasileiro. Tal problemtica passou a ser trabalhado pelo ento ministro da Fazenda, o socilogo Fernando Henrique Cardoso que se destacou politicamente devido ao Plano Real. Mas uma vez o Brasil passou a ter uma nova moeda O Real que representou a consolidao de uma poltica neoliberal alicerada em privatizaes, elevao de taxas de juros e abertura da economia s importaes. No entanto, alm de equilibrar a economia e favorecer uma popularidade ao governo de Itamar, o presidente tambm sofreu denuncias sobre esquemas de desvio de verbas publicas para empresas filantrpicas fantasmas. De uma forma ampla, podemos afirmar que o sucesso do Plano real, favoreceu a ascenso de Fernando Henrique Cardoso nas eleies de 1994 para a presidncia do pas. Alm disso, o pequeno governo de Itamar Franco tambm foi marcado por projetos de combate a misria, junto com a participao do socilogo Betinho. Diga-se de passagem que o seu governo no foi alvo de escndalos de corrupo.

GOVERNO DE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 1994/2002. FHC foi empossado presidente no dia 1 de janeiro de 1995, tendo nos dois mandatos como vice-presidente o ex-governador de Pernambuco e senador Marco Maciel, do PFL. Na cerimnia de posse, no Congresso Nacional, FHC prometeu acabar com a fome e a misria no Brasil. Reafirmou compromissos de campanha e disse que sua eleio representou uma "opo clara dos eleitores pela continuidade do Plano Real". J como presidente, deu posse a seus ministros, dos quais o mais aplaudido foi o ento ministros dos esportes, Pel. Os primeiros atos do presidente foram a extino da Legio Brasileira de Assistncia LBA e dos ministrios do BemEstar Social e da Integrao Regional.

Nos primeiros anos de governo econmica marcou profundamente estratgia governista era apenas Congresso Nacional e no Senado, a Constitucionais.

FHC, a preocupao com a questo a agenda publica, na questo poltica, a em manter uma base consolidada no fim de conseguir aprovao de Emendas

A anexao da economia brasileira ao mercado neoliberal, fomentava a abertura ao capital estrangeiro e ao processo de privatizaes de empresas estatais como tambm a quebra do fim do monoplio do Petrleo. Alm disso a reeleio tambm foi um fator marcante no governo FHC.

Com uma forte anlise econmica, a questo das polticas sociais, no protagonizavam de forma ideal na agenda publica, gerando vrios conflitos com os Movimentos Sociais, tanto no campo, quanto na cidade.

Outro ponto importante, desse perodo est ligada ao surgimento do MERCOSUL Mercado Comum do Sul acordo entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai que tinha como meta a comercializao de mercadorias sem impostos de importaes a partir de 2001. vlido ressaltar que essa formao de grupos econmicos supranacionais respondia uma caracterstica condizente nesse perodo, no que diz respeito a formao de blocos econmicos no mundo (CEE, EU, ALCA etc.)

Durante o segundo governo de FHC, os dados sociais do Brasil eram bastante negativos. Desemprego, violncia, no crescimento econmico etc. Com as privatizaes visando combater o Dficit pblico, causou um crescimento notrio da divida publica brasileira, desvalorizando assim o Real.