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PORTUGUÊS Prof. Carlos Zambeli Transcrição | Aula 04 TJ-RS

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PORTUGUÊSProf. Carlos Zambeli

Transcrição | Aula 04

T J - R S

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Português

AULA 04

Oi, pessoal!

Essa é a nossa aula 4, e vocês lembram que a gente teve análise sintática? E lá em análise sintática a gente buscava o sujeito, era a primeira coisa e a segunda coisa era a transitividade.

Agora olha só que legal, isso foi a nossa aula 2, a nossa aula 3 foi concordância verbal. O que era concordância verbal? Verbo concorda com sujeito. Então o rolo a concordância verbal era catar o sujeito, hoje a matéria se chama regência e regência é transitividade. Então por isso que ela é a aula 4, entenderam a lógica?

Porque segue o mesmo processo de análise sintática, primeiro o sujeito e depois a transitividade.

Agora a gente vai falar de regência, mas eu não consigo chegar aqui sem chegar em concordância verbal, por que isso ainda segue ser a primeira coisa que a gente vai procurar na frase.

Regência verbal, a gente vai anotar que a primeira coisa segue sendo o sujeito e a segunda coisa é a transitividade. E daí que regência é igual a transitividade.

E qual é a diferença então de regência e transitividade? É que regência pressupõe que alguns verbos vão depender do contexto para transitar os seus sentidos. Determinados verbos vão ser sem preposição e no outro sentido ele vai ser com preposição, por isso isso entra como regência, mas é transitividade é pensar verbo.

Então é o que nós vamos fazer agora, vamos retomar aqueles conceitos de verbos.

Tipos de verbos então, vamos pensar a transitividade.

Verbos intransitivos são aqueles que não pedem complemento, são os verbos que se bastam, mas vamos lembrar que a transitividade depende do contexto.

A transitividade depende do contexto, essa é a base de tudo. Quando a prova nos mandar para o texto ele está dizendo: Olha nesse contexto aqui. Entenderam? Por isso que tem a linha, senão era só dar a frase, ele diz assim: Vai lá na prova e enxerga o que tu está marcando.

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Então a transitividade depende do contexto, contexto é tudo.

Verbos que não transitam, em determinados contextos, então olha essa frase, por exemplo:

Os opostos se distraem. Os dispostos se atraem.

Olha o que eu vou te perguntar: Quantas orações eu tenho nesses dois períodos? Porque lembra que período é de ponto a ponto né? Então eu tenho dois períodos.

Quantas orações eu tenho nos períodos? Eu vou ter duas, porque eu vou ter um verbo no primeiro período e um verbo no segundo período.

E vocês viram que tem um se no primeiro período? E um se no segundo período? Então a gente vai jogar esse se na pergunta do sujeito.

Quem é que se distrai? Os opostos, sujeito.

E quem é que se atrai? Os dispostos, sujeito.

Vocês lembram que na outra aula a gente estudou sobre pronome apassivador e índice de indeterminação? Esses dois não são nenhum dos dois.

Este se é um outro tipo de se que é o reflexivo, porque reparem que os opostos se distraem. Então ele faz a ação de distrair e sofre a ação de ser distraído. E os dispostos se atraem, então ele atrai e ele é atraído, então tu tem uma relação reflexa, não entra em nenhuma daquelas classificações.

Tá, mas olha só, quem se distrai, se distrai, VI. E quem se atrai, se atrai, VI também, verbos que não precisam de complemento.

Dá para dizer assim: Os dispostos se atraem na festa. E o que vai dar a ideia na frase na festa? De lugar. Tudo que é lugar não é complemento, é adjunto adverbial porque ele dá a ideia de lugar, de tempo, de modo. E dá para tirar a frase? Sim, é adjunto.

E qual é a diferença de um reflexivo e um apassivador? Vamos pegar uma frase aqui para a gente ver:

1 Vendem-se filhotes.

2 Os opostos se distraem.

Qual é a diferença do se a linha 1 e o se a linha 2? Na frase a linha 1, os filhotes são vendidos, então eles não vendem, eles são vendidos, é só passivo, por isso que é apassivador.

Na frase a linha 2 o cara faz e sofre e aí ele é reflexivo, existe a voz passiva reflexiva que é a mesma lógica, mas é muito raro as bancas chamarem isso de voz passiva reflexiva de maneira geral chama de pronome reflexivo, que nos basta.

O que é o reflexo? É igual o espelho, tu olha e tu é visto, seria nessa metáfora assim.

Aqui é o querido né? É o VTD

E o VTD é muito especial porque ele exige um complemento sem preposição e esse complemento se chamara de OD.

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Lembra que a pergunta do VTD é O quê? Ou Quem? E olha que louco porque a gente pode confundir facilmente com sujeito porque os dois não tem preposição.

E como é que eu faço para não errar um OD de um sujeito? Primeiro o sujeito, depois o objeto.

Vocês conhecem uma banda chamada de Teatro Mágico? Isto aqui é o refrão do novo cd deles:

Você percebe que as palavras crie, pergunte, preocupe estão no imperativo? É uma imposição, é um verbo no imperativo.

Aqui a gente vai ter uma pergunta de sujeito um pouco diferente, mas a gente está pensando mais no verbo. Então é: Ei, você, não crie. Tá, mas quem não cria, não cria o quê? Essa é a pergunta, expectativa, OD.

Oi, não é para perguntar, o quê? Como foi o dia, OD.

Não se preocupe a toa, vocês entendem que o sujeito se preocupa e fica preocupado? O reflexo, ele faz e sofre.

Quem não se preocupa, nessa frase, qual é a transitividade dele? Ele é VI, porque ele não se preocupa, não se preocupa, já era.

Tá, e o à toa? É o modo, adjunto adverbial.

Aí tu pode dizer assim: Mas eu pensaria no dia da prova que quem se preocupa se preocupa com, beleza, pode também, mas é outro contexto, é outra frase, nessa frase, nesse contexto ele é VI.

E quem é o sujeito de há na última frase do refrão? Inexistente, porque ele é o verbo haver no sentido de existir, não existe tempo, então não há tempo, eu não tenho o sujeito, mas lembra que o verbo haver não tem sujeito, mas ele tem OD. Não há o quê? Tempo é o nosso OD.

17 Não há tempo e o tempo voa.

Olha a pergunta a prova: As duas palavras sublinhadas na linha 17 exercem a mesma função sintática? Não. Quem é que voa? O tempo, por isso a ordem, sujeito e transitividade.

17 Não há tempo e o tempo (sujeito) voa.

O famoso VTI

Por que esse cara não vai ter uma pergunta especial? Porque cada verbo vai ter uma preposição e aí nessa preposição ela vai surgir na pergunta.

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É, me esqueci a luz a cozinha acesa

Quem se esquece se esquece de, então a preposição da saiu de um verbo. Quando o verbo solicita a preposição nós estamos diante de um objeto indireto.

Então vocês percebem que ele se esquece de várias coisas?

Ele se esquece a luz a cozinha acesa, de fechar a geladeira, de limpar os pés. Ele se esquece de várias coisas, então ele enumera. Faz sentido?

Quando a gente estudar pontuação a gente vai ver que as vírgulas isolam itens de mesma função sintática e o paralelismo é o de, porque se eles são objetos indiretos o que caracteriza é ter uma preposição né? Então tu repete o cara.

Ontem a gente fez um encontro de um grupo de amigos lá, aí todos tiveram problemas, sempre assim né? A gente não consegue se reunir, todos tiveram muitos problemas . Aí nós estávamos em três e um estava contando de uma tentativa de relacionamento que não deu certo e aí ele disse assim: Aí, eu falei pra ela que gostava de praia, de pizza, skate e chopp. E aí eu pensei: Entendi o porquê que ela não quis ficar com ele. Porque ele quebra o paralelismo, vocês repararam?

Porque se ele gosta, ele gosta de pizza, de chopp, de skate, de praia. E não põe dois OI e elimina a preposição porque tu quis, entendeu? Não existe isso.

A mesma coisa se eu disser assim: O que tu viu na televisão nas férias? Aí tu vai dizer: Eu ví uma série, jornal. Errou, porque se tu viu uma série tu deu um artigo para a série , então jornal tem que ter artigo também. Eu ví uma série, o jornal, as tragédias. Tu dá artigo para todo mundo, porque isso que é o que a gente chama de paralelismo. Se tu dá para um tem que dar para todo mundo a mesma função sintática.

Famoso VTDI

Lembra que um verbo não repete a figurinha? Então se ele tem um OD o outro vai ser OI, legal.

E a ordem dos catetos não dá nada, né?

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Então, eu, sujeito, sempre digo. O que que eu digo pessoal? ...algumas letras de músicas, OD. A quem que eu digo essas letras de música? …aos alunos, OI.

Que ideia te dá durante a aula ou sempre? Ideias de tempo, então são os famosos adjuntos adverbiais.

Então este verbo, digo, é o famoso VTDI.

Lembra que esses objetos podem ser trocados por pronomes, e a gente troca por pronomes e segue a vida, não dá nada.

Então vamos fazer uma nova frase aqui:

7 Eu lhes digo sempre algumas letras de músicas.

Vocês estão vendo que as duas frases têm a mesma coisa? Olha só, quando eu botei esse lhes, lembra que o lhes representa o OI quando se relaciona com o verbo? Então ele se relaciona com o verbo representando o OI, então ele vira o lhes.

Então o que a prova pode nos perguntar? A prova poderia nos perguntar assim: Poderíamos trocar o lhes a linha 7 por os sem prejuízo para o sentido e para a correção? E dizer: Eu os digo sempre algumas letras de músicas? Não, porque daí tu tem dois OD e um verbo não repete a figurinha, então se tu já tem um OD tu não pode ter outro, não faz sentido. Por isso que tu só poderia ter lhes ali tu não poderia ter os. E isso aqui às vezes na prova vem no texto em forma de lacuna, e aí diz assim: Como é que preenche aquela lacuna? Tu preenche a lacuna olhando para a análise sintática.

Às vezes a gente faz de ouvido né? Não vai que é fria, tu vai ter que buscar o sujeito e separar.

E a Ligação? Característica, estado. Lembra que ele é bem difícil? Porque a gente olha para ele e já quer perguntar o quê? Mas segura, olha só.

Vocês conhecem isso? Los Hermanos?

Olha só: Quem é que ser? Olha que perigo isso. Eu não quero ser, e a gente pergunta: O quê? Só que tu entende que o ser atribui uma característica? Eu não quero ser legal, eu não quero ser querido, eu não quero ser gentil, eu não quero ser um vencedor.

Então um vencedor se chama predicativo.

Bem perigoso da gente perguntar o quê? E ele responder sem preposição.

Preciso lembrar vocês daquela frase assim, olha como a transitividade depende do contexto: Tati estava nervosa. E quando eu digo: Tati estava na praia. O sujeito é o mesmo, ninguém tem dúvida, agora a transitividade vocês percebem que é diferente? Porque quando eu digo que a Tati estava nervosa, fica claro que é uma característica dela, nem que seja momentânea, mas é uma característica, então o principal erro aqui é confundir isso com OD, porque a gente olha

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para esse verbo e pensa: Estava, o quê? E ele responde sem preposição, nervosa, mas não. Esse verbo é uma característica, VL e o famoso predicativo.

A gente vai ter que interpretar o verbo, não vai ser assim: decora e sai marcando tudo como verbo de ligação, tem que interpretar o carinha.

Agora, na praia não é uma característica a Tati né? E a gente dá um nome para isso, adjunto adverbial, então este cara, estava, eu sei que é horrível, que dá vontade de chorar agora, mas esse cara é um VI, é um verbo que não pede complemento, porque na praia vai ser o lugar, famoso adjunto adverbial.

E aí fica estranho né? Então a Tati estava, qual é a lógica? É que não tem mais nada para dar para o cara, então agora se convenciona, não tem mais nada para dar para o cara, ele é VI, não tem outra coisa. Não tem OD, não tem OI, não tem predicativo, só tem adjunto adverbial, então não tem mais o que dar para ele tem que ser chamado de VI.

Agora a gente vai retomar pronomes, e a matéria nem começou, ainda não chegamos na regência.

Só para não deixar passar vamos conhecer alguns pronomes oblíquos. Quem são os oblíquos? Complementos.

Como assim complementos? Não é sujeito. Porque o sujeito são os que conjugam verbo.

Então quem é que conjuga verbo? Eu, tu, ele, nós, vós, eles. Esses caras conjugam os verbos, esses caras são os retos. Os oblíquos são os complementos e a gente vai ter 1ª, 2ª, 3ª pessoa. E o que é isso? 1[ pessoa fala, 2ª pessoa escuta e 3ª pessoa é o assunto. Singular e plural e a gente vai ter uma divisão nesses oblíquos que são os átomos e os tonicos. É bem difícil de cair isso na prova com esses nomes, mas eu só quero que tu saiba uma coisa, os átomos são sem preposição e os tônicos são com preposição. E aí vai ser muito legal, porque a viagem desse bagulho é assim: A preposição está vindo do pronome e não do verbo. E aí nós vamos entender isso agora.

Vamos começar com uma frase básica:

Eu abracei você. Eu é o sujeito, pronome reto.

Pessoal, sabia que eu abracei? Quem? Você é o OD e abracei é o VTD.

Eu posso pegar esse OD e transformar em pronome oblíquo e dizer: Eu a abracei. Sujeito eu, abracei é o VTD e a é OD.

Olha só:

I Eu abracei você.

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II Eu a abracei.

III Eu abracei ela.

Posso escrever da frase I para a frase II sem prejuízo para o sentido e para a correção? Sim, porque eu tinha uma palavra e transformei essa palavra em um pronome. Como o verbo a frase I era VTD o pronome a frase II tem que ser um OD.

Aí a prova pede: Posso tirar a II e transformar na III sem prejuízo para o sentido e para a correção? Não, porque o ela é pronome reto, reto é sujeito e na frase III ele está funcionando como OD porque o sujeito na frase é eu. Então: Eu abracei ela, não pode, que é o que a gente fala né? A gente fala assim, mas na prova não pode, tem um pronome que serve de OD.

Agora olha só, está vendo que nos pronomes oblíquos átonos não tem ele e ela? Mas nos pronomes oblíquos tônicos tem.

E aí olha que louco: Eu abracei a ela. Pode? Eu (sujeito) abracei (VTD) a ela (OD). Aí tu: Ah, não. Tem uma preposição ali Zambeli, tu está louco? Olha só, está vendo que o ela está nos pronomes oblíquos tônicos? Ele é um tônico e um tônico usa uma preposição. Então essa preposição não vem do verbo, se viesse do verbo seria OI, ela vem do pronome, porque é o tipo de pronome, é pronome tônico que leva uma preposição, ele tem uma preposição, não o verbo, então é aquela coisa horrorosa que a gente já ouviu falar do OD preposicionado. Porque a preposição não é do verbo, se viesse do verbo não seria OD, a preposição é do pronome. Por isso que a gente confunde e a gente diz: Por que na frase III não pode? Porque se ele vier sem a preposição ele é um sujeito, mas se ele vier com a preposição aí ele não é pronome reto aí ele é um pronome oblíquo tônico.

Por isso que dá uns nós na cabeça, não dá pra ele ficar puro, se ele vier puro, sem a preposição ele é reto, aí está errado, ele está no lugar errado.

Vamos de novo:

Nós ajudamos as alunas. Vai crase? Não vai crase, VTD não tem preposição, então não vai crase, porque as alunas é só um OD. A crase pressupõe a preposição, né? Pressupõe o a preposição, então é só um OD, não vai.

Então a gente pode dizer: Nós ajudamos elas? Não, porque o elas sozinho assim, purinho do jeito que ele está é reto, ele está nos pronomes retos, então aqui ele não serve. Agora se nós colocarmos: Nós ajudamos a elas, í pode, porque ele está com a preposição que credencia ele a ser um pronome oblíquo, mesmo ajudamos sendo um VTD e a elas vai ser um OD, sem crase. Existe isso, só queria te mostrar.

Será que fez sentido isso ou não? Vamos ter que estudar, dar uma revisada, fazer um resumo bem forte.

Mas agora a gente vai falar de uns caras muito, muito bons de prova. Eles vão estar lá, o que eu vou te mostrar agora vai ter que estar na prova, não existe prova de português sem eles. São os famosos Pronomes Relativos.

Vocês lembram a aula 1 que tinha uma tabelinha do que, pronome relativo, conjunção integrante? É esse cara aqui.

Então Pronome Relativo – retomar, substituir.

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Pronome relativo retoma como qualquer pronome, qualquer pronome retoma, essa é a lógica.

O principal pronome relativo é o que.

Olha essa frase:

Legal? Conseguiram entender ou não?

Os sapatos que… Esse que é pronome relativo? Sim, porque a gente troca esse cara por os quais, os sapatos os quais ficam bem numa pessoa são pequenos para uma outra; não existe uma receita para a vida a qual sirva para todos.

Como é que isso cai na prova então? Tem duas formas de cair, primeira delas é que eles vão destacar os dois ques e eles vão te perguntar se esses caras pertencem a mesma classe de palavras e aí entra lá na aula 1, tá? Classes, morfologia. Eles pertencem a mesma classe de palavras? Pertencem, são dois pronomes relativos.

Segunda forma de cair e talvez a mais comum: A segunda ocorrência de que naquele período do Jung retoma vida? Ele não retoma vida, porque não é a vida que sirva para todos, é a receita que sirva para todos, então essa é a forma mais comum de cair pronome relativo, perguntar o que ele retoma, porque se ele retoma ele tem que buscar alguém e aí essa é a pergunta.

Esses ques na frase de Lucan são pronomes relativos ou é uma conjunções integrantes?

Como é que a gente erra? Natural, Você pode saber isso. Lembra que o isso é a conjunção integrante? Só que quando a gente faz isso é a própria frase do Lacan.

Olha só, Você pode saber o que disse, mas nunca o que outro leu. Vocês não estão lendo este cara aqui: o. Vocês estão pulando o coitadinho, ele está ali, ele foi dito, vocês é que não estão enxergando o cara.

Você pode saber isso? Certo, se não tivesse o o, mas tem o o. Quem é o o? Artigo, pronome oblíquo ou pronome demonstrativo?

Por que ele não é um artigo? Porque ele não acompanha um substantivo, não é artigo.

Por que ele não é pronome oblíquo? Porque a gente não troca por ele. É o o pronome oblíquo.

Faz sentido que para vocês que é: Você pode saber aquilo o qual disse, e não aquilo isso, aí também ficaria sem sentido.

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Então olha que legal o que a gente acaba de entender, ou não. O que a gente entendeu, pessoal, segura aí, o que a gente entendeu foi o seguinte: o é um pronome, faz sentido? O o pronome. Se ele não estivesse que se ligaria ao verbo, olha o raciocínio, sem o o ele se liga ao verbo, conjunção integrante e com o o ele se liga ao nome, pronome.

Ele tem que retomar nomes, se eu não botar o o ele se relaciona ao verbo, aí não faz sentido. Aí não vai ser pronome, para ele ser pronome ele tem que se relacionar a um nome.

Você pode saber aquilo o qual disse, mas nunca aquilo o qual o outro escutou. Essa estrutura o que cai direto em prova, vocês tem que estar ligados nisso.

Outro exemplo, pessoal:

Vou escolher alguém para responder um negócio, escolherei a que chegou agora.

O que eu falei? Escolherei aquela a qual chegou agora, entenderam a lógica? Pode ser o e pode ser a porque são pronomes eles oscilam em gênero, então não é só o, pode ter a também. Mas é uma estrutura importante isto aqui: o qual, a qual. Isso cai bastante em prova.

E esse que aqui é um pronome relativo? Sim. As matérias as quais. Só que olha que legal turma, tem uma regra que diz assim: tu acha o pronome relativo, na sequência aparece um verbo e esse verbo se pedir uma preposição ele não perde a preposição, a preposição volta. Por isso que é: As matérias de que eu preciso ou as matérias das quais eu preciso. E na prova onde está sublinhado na frase será uma lacuna no texto e eles vão perguntar como é que se preenche essa lacuna e daí vocês vão ver as alternativas e vai ter as opções que, de que, as quais, das quais, com quais, em que. Entendeu? Eles jogam na preposição e tu vai saber pelo verbo, como na frase que quem precisa, precisa de.

A professora que todos confiam é a Tati.

A professora a qual todos confiam é a Tati.

Depois de identificado o pronome relativo a gente tem que identificar o verbo que vem na frente e aí quem confia, confia em, então esse cara pede uma preposição e a regra é clara: Se depois de um pronome relativo um verbo pedir uma preposição é obrigatório essa volta. Então vai ser: A professora em que todos confiam é a Tati, ou A professora na qual todos confiam é a Tati.

E se não colocar esse em a frase fica errada e é por isso que a prova pergunta em forma de lacuna. Por isso que vira uma lacuna e eles dizem: Me diz aí o que tu acha?

As alunas que contei a fofoca já sabiam.

As alunas as quais contei a fofoca já sabiam.

Aqui vai acontecer uma coisa muito legal, vocês vão ficar muito felizes com o que vai acontecer.

Oi, pessoal! Sabia que eu contei? O quê? Fofoca, mas quem conta fofoca conta fofoca para a alguém, então faz sentido que esse verbo pediu a preposição a. Então “Eu conto a fofoca a alguém”.

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As alunas a que contei a fofoca já sabiam. Viram que esse a é a preposição que vem do verbo contei, isso é uma preposição.

Mas na frente do as quais esse a se liga com o a do verbo contei, então ele fica preposicionado. Em as quais têm um artigo que se une com a preposição que o verbo contei solicitou, logo as quais recebe uma crase. As alunas às quais contei a fofoca já sabiam.

Sabe qual é o rolo? Que no dia a prova uma das alternativas vai ser um a com crase na frente do que: à que, e aí não, porque o que não tem artigo na frente dele, então aqui não vai rolar essa crase.

E aí a gente chega na outra parte a matéria: Quando usar o Quem.

Então o quem ele tem uma preposição reserva que é meio louco essa regra, mas vai ser assim. É bem difícil de cair tá, pessoal? Bem difícil, mas eu vou te mostrar como é que é.

Eu não consigo pensar em outro exemplo, para mim o melhor exemplo é o Dudan. Já tiveram aula com o Dudan? O Dudan ele é meu amigo pessoal, a gente se conhece a muitos anos e a gente foi num casamento uma vez. Sabe o cara que falou pizza, naquele exemplo a última aula? A gente foi no casamento dele, e ele já se separou, né? E aí lá no casamento dele foi no Rosa, ele casou com uma mina muito rica, pensa numa mina rica, numa mina querida, uma mina inteligente, era uma mina pra casar, não têm opção. Nós tinha uma piada interna que era: Engravida, ele, no caso. Pelo amor de Deus cara, tu não vai arranjar nada melhor.

Ai esse cara, a gente foi no casamento dele, os chinelos era eu, o Dudan e mais uns amigos do cara. Acho que foi a segunda vez que eu usei terno, foi na formatura e no casamento desse meu amigo. Nós tava lá, nós alugamos uma casa no Rosa, nós tava tudo se vestindo lá, nosso grupo de amigos e tal e aí eu tô aqui no espelho arrumando a gravata e quando eu olho lá atrás está o Dudan botando o terninho e botando uma barra de cereal no bolso. E aí eu falei: Não, tá errado né? Dudan tu tá louco? Nós tamo indo num casamento de rico, vai ter sushi, tu tem noção? Pensando pobre, chinelo, fez letras, chinelagem.

E aí eu falei: Meu, vai ter rango liberado, tu tá louco Dudan? Levando uma barra de cereal. E o Dudan: É que eu tenho que comer de 3 em 3 horas para acelerar o metabolismo. Aí eu: Não, Dudan, metabolismo tu acelera botando sushi pra dentro e aí tu vai metendo água que é para descer o sushi pra comer mais sushi. E ele: Não, vou comer a barrinha de cereal. Levou a barrinha de cereal.

Quando ele levou a barrinha de cereal eu pensei assim: Meu, o Dudan é igual o quem, o pronome relativo quem. O pronome relativo quem é o cara que leva uma barra de cereal para o casamento, pensa a lógica, tu já vai entender o pronome. Nós chegamos no casamento, tinha rango, não era assim o casamento das minhas primas que é galinhada. Não tem galinhada, não tem arroz com galinha, não tem assim: Libera uma garrafa de 2 litros em cima a mesa e quem quiser que se sirva e pega lá na geladeira. Não, taça pra tomar coca-cola, taça, não tem copo de requeijão e essas paradas normal. Não, e um cara te serve, é louco.

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Se tiver comida o Dudan come? Eu sei que agora vocês já ficaram na dúvida, uma pessoa que leva uma barra de cereal como uma comida não se leva a sério, eu entendo. Mas pensa a lógica, chegou no casamento, tem rango, o Dudan come? Come, se não tiver o rango, se ficar primeiro na cerimônia, depois o cara vai falar, depois a dinda a guria vai falar, depois vó a guria vai falar, depois todo mundo vai falar, vai passar do horário a refeição e aí ele come a barra. Faz sentido?

O pronome relativo quem é igual o Dudan. Se derem rango ele come, se não derem o rango ele tem uma barra de cereal.

Agora vamos ver na vida:

Professora é uma pessoa? Sim, então usar o quem está certo porque o quem retoma pessoas.

A minha pergunta é: Dá para botar que? A professora de que você falou. Sim, porque o que é universal, ele retoma todo mundo. E dá para ser a qual também né? A professora da qual você falou.

Então o que é o casamento? O casamento é isso aqui: pronome (quem) e verbo (falar). Quem fala, fala de, de que e da qual. O de é a comida, o casamento deu comida, usa a preposição que o casamento está dando. Usa a comida que o casamento está dando, faz sentido?

Quem acredita, acredita em, o casamento deu comida.

Oi, pessoal! Sabia que eu amei? Quem? O quê? Esse casamento, esse verbo não dá comida, não dá preposição porque ele é VTD, a é barra de cereal.

Vamos aprender:

Então o onde sempre pode ser trocado por em que, nos quais, enfim, todas as relações que usam em pela ideia de lugar. Então o onde sempre pode ser trocado por em que, é louco isso porque assim tu sempre pode trocar o onde por em que, agora o em que por onde depende, por que isso aqui é um uso genérico.

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Por exemplo: Aqui na PUC tem um restaurante que se chama Panorâmico, a Puc é um shopping na horizontal, tem muitas coisas legais aqui dentro a Puc e tem um restaurante chamado Panorâmico e a comida é muito boa, é um bifezão que tu não pode ter aula de tarde, se tu vai no Panorâmico tu não pode ter aula, tu tem que comer e ir pra casa. E aí eu vou te dizer assim: O lugar onde fica o Panorâmico é no prédio 40.

Então, lugar onde fica, parado, estático é um prédio. O lugar em que fica o Panorâmico é no prédio 40, o lugar em que, lugar parado.

Pessoal, o lugar onde vocês podem tomar um café é aqui na entrada do curso, parado. O em que vocês podem tomar um café é aqui na frente do curso, parado.

Vamos pegar o exemplo de Brumadinho, aí eu vou dizer assim: A situação dos moradores de Brumadinho é tão constrangedora onde as pessoas não sabem nem para que lado ir. Errado, porque situação não é um lugar parado, constrangedora não é um lugar parado então a gente não usa onde. É uma situação tão constrangedora em que as pessoas não sabem para onde ir. Aí tu usa o genérico que é o em que, faz sentido?

Então vamos de novo, se eu botar assim: Brumadinho é um caso horrível a história do Brasil é uma situação onde todo o Brasil é afetado, não é uma situação em que todo o Brasil é afetado. Porque situação não é um lugar parado, é abstrato, então o onde é só para lugar parado.

É o lugar onde eu almoço, um lugar onde eu estudo, parado, a escola onde estudo, o curso onde faço preparação, parado. Que pode ser trocado por em que, o em que é o curinga, nesses casos, então assim: Vamos imaginar que caia redação nesse concurso, se cair redação tu nunca mais usa onde, porque o onde é um uso muito exclusivo, tu vai usar em que, se tu usar em que tu vai sempre acertar. Se cabe onde, cabe em que e o rolo é que nem todo lugar que cabe em que cabe onde, porque o onde é parado e o em que é qualquer coisa.

E o aonde? Aí é movimento, porque quem vai, vai a. Por isso que é aonde. As pessoas dizem assim: Onde tu pensa que vai? A pessoa para ou a pessoa segue? Segue, ela não vai falar com uma pessoa que não sabe regência. Agora como é que é a pergunta certa? Se ela pensa que vai tem movimento, então é: Aonde tu pensa que vai? Porque vai pede o a.

Onde tu almoça? Aonde tu corre? Faz sentido? É isso.

Nas frases os lugares são parados.

Existe uma derivação que é de onde ou também conhecido como donde que é lugar de origem, é difícil de aparecer, mas existe. O que é lugar de origem? De onde você é? Lugar. Aí pode ser que na fronteira se usa muito o: Donde você é? Tá certo, agora sabe o que não existe e a gente usa mais? Da onde. Vocês já viram as pessoas falando isso? Tu conta uma história para alguém e a pessoa fala: Meu, da onde tu tirou isso? Por que não existe da onde? Porque o de é a origem e o a é movimento então tu não usa duas preposições.

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Quando o cara está me perguntando isso ele está me dizendo qual é a origem dessa história, então é: De onde você tirou isso? Não existe da onde.

Esse aqui eu vou falar para vocês, ele nasceu para servir o que. Que é o qual e suas derivações, ou seja, as quais, os quais, enfim, as derivações dele, serve igual o que.

Na frase a qual retoma noite de estudo.

Ouvido falar sobre, sobre o quê? Sobre o qual.

O qual é esse uso aí, coitadinho, mal serve para alguma coisa.

E aí o cara que surge sempre nas provas pra dar uma avacalhada legal na prova que é o cujo. Esse cara é muito diferente, esse vocês vão gostar. Esse cujo liga dois substantivos e ele sempre estabelece uma relação de posse, cujo é posse. Só que olha que legal, ele nunca concorda com o dono, então vamos pensar assim: Tu tem um sapato e o sapato é a coisa possuída, tu é a possuidora, faz sentido? Ele nunca concorda contigo, ele concorda com sapato. Esse pronome concorra com a coisa possuída.

Então olha só:

As médias são dos caras, percebem isso? Médias deles, só que o dono são os alunos e as médias são a coisa possuída, ele não concorda com dono, ele concorda com a coisa possuída.

O que as provas mais cobram nesses casos? Eles cobram a tentativa de botar um artigo entre cujas e médias. Escolheram os alunos cujas as médias foram diferenciadas. Posso escrever assim? Nunca, nunca se repete o artigo depois desse pronome.

Não existe cujo o, cujos os, cujas as, cuja a, não existe é sempre pronome direto, liga dois substantivos.

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Vocês entendem que o comprometimento é deles? Então estabeleci uma relação possessiva.

Olha que pergunta legal: Esse cujo concorda com candidato? Não, concorda com o nome, porque ele não concorda contigo ele concorda com sapato. Lembra? É a mesma ideia.

Regência Verbal, agora vai começar então. Alguns verbos a língua portuguesa podem ter mais de um sentido e aí dependendo do sentido ele altera a sua transitividade, de maneira geral é assim e aí existem casos especiais que a gente vai ver.

Por exemplo:

Aspirar é um verbo que tem mais de um sentido, eu posso aspirar cheirando que é inalar, aí ele é VTD e eu posso ter o aspirar no sentido de desejar, pretender como meta e aí ele passa a ser VTI, como os exemplos.

O verbo assistir é o mais clássico de todos. Assistir eu posso ver e aí ele pede a preposição a, só lembrando que o ver é VTD, é só a semântica, é só o sentido que eu estou olhando.

E ele pode ajudar, VTD.

Então olha só que louco:

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A menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida. Então ela viu a relação.

Agora:

Você costuma assistir as pessoas? Sem crase , porque ele ajuda as pessoas.

Vamos misturar um pouco a matéria, se eu colocar assim:

A série que assisti nas férias chama-se Merli.

Apareceu um que, esse que é pronome relativo ou conjunção integrante? É pronome relativo, porque a gente troca a qual, a série a qual. Te liga no que vai acontecer. Lembra que essa história do pronome eu identifico o pronome e olho para o verbo, só que quem assiste no sentido de ver, assiste a, então esse verbo pede a preposição. E se ele pede a preposição eu assisto a. Te liga, A série a que assisti nas férias chama-se Merli e A série à qual assisti nas férias chama-se Merli. Os dois estão certos, só que no a qual gera crase e numa pergunta de prova poderia ser exatamente isso. A pergunta mais desgraçada a prova seria: Poderíamos trocar a que por a qual sem prejuízo para o sentido e a correção? Não porque esses as são diferentes, um deles é o artigo do qual e o outro é a preposição que veio do verbo, então em a qual tem que ter crase. Essa pergunta é do mal.

E se eu colocar assim: A série ____ vi. E a prova pergunta: Poderíamos trocar o verbo assisti pela expressão vi sem prejuízo para o sentido e para a correção? Tira um e põe o outro, fica certo? Não, porque o vi é VTD. Se eu botar o vi tem que tirar a preposição a. Aí vai ser: A série que vi nas férias e A série a que assisti nas férias, dizem a mesma coisa e se organizam com coisas diferentes.

Essas duas frases com assisti e com vi semanticamente são equivalentes? Sim, semanticamente são iguais, sintaticamente são diferentes. Porque um pede preposição, OI e o outro não pede preposição, OD. Dizem a mesma coisa e se organizam com coisas diferentes.

Esquecer e lembrar, esses verbos não vão mudar o sentido, esses verbos são iguais só que a gente chama de verbos pronominais. É assim: Se eu der o pronome para o cara ele vira VTI e se eu tirar o pronome do cara ele vira VTD, então:

Eu esqueci. O quê? A senha do banco, a senha do banco é OD.

Agora se eu pegar essa mesma frase e colocar um pronome junto ao verbo: Esqueci-me da senha do banco. Aí esse verbo, esqueci, pede a preposição da. É louco, é chamado de verbo pronominal, quando ele ganha o pronome ele troca a transitividade só que olha que louco, o sentido é igual. O sentido é o mesmo, não muda. Quem se esquece, se esquece, não vai alterar a semântica do negócio.

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Olha essa:

O problema é OD.

Lembro-me do problema daquela triste história. Então, se eu der o pronome, gera a preposição, sem pronome, sem preposição.

O verbo implicar no sentido de ter birra, no sentido de ter implicância, no sentido de brincadeira, a gente implica com. Então é isso: Implica com teus colegas.

Esse é o único caso que pede preposição, mas o caso que se destaca para as provas é o caso a. Porque o caso a é no sentido de acarretar, é no sentido de ter como consequência e aí esse cara é VTD, turma. A gente não usa a preposição em como a gente está acostumado a ver por aí.

Então é: Essa atitude implica algumas desavenças. Algumas desavenças é OD, ele não implica em algumas desavenças, ele implica alguma coisa, então ele é VTD.

A prova pode perguntar se poderíamos colocar um em antes da palavra algumas sem prejuízo para o sentido e para a correção?

Essa atitude implica em algumas desavenças. Desconfia, o cara não tem preposição, como é que tu vai enfiar uma preposição ali? Então isso aqui tornaria a frase errada.

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O verbo preferir também é um clássico> Lembra a história do verbo haver que ele é um convite ao clube? Quem sabe o verbo haver se reconhece. Lembra que eu falei isso para vocês? Se o cara usa o verbo haver direitinho tu já procura o cara no olhar para ver o cara que sabe. Esse é outro verbo, esse é o cara do clube, quando vocês escutarem esse cara falando certo passa o olho na galera, que é assim: Tu tá ligado que esse verbo usa a preposição a, né?

Verbo preferir usa a, nunca do que, só que na vida as pessoas usam do que.

Ah, vai ter Português e Penal. E o que tu prefere? Prefiro Português do que Penal. É o que a gente fala, é a vida.

Vai ter aula de manha ou de tarde. O que tu prefere? Ah, prefiro de manha do que de tarde. Isso é o que a gente fala, na prova é o a.

Então:

Ele utiliza a preposição a, e a loucura a prova é que eles vão pedir para a gente fazer isto daqui: Poderíamos acrescentar um mais antes do este sem prejuízo para o sentido e para a correção?

Prefiro mais este concurso de banco a este a polícia. Olha que viagem, se tu prefere já é mais, então não pode. O preferir já está embutido o sentido de ser mais, se preferir já é mais, não precisa colocar mais.

E a pergunta clássica é da para trocar esse a por do que sem prejuízo para o sentido e para a correção?

Prefiro este concurso de banco do que este a polícia. Não, essa é a pergunta a prova, se cair preferir vai ser essa pergunta. É sempre a algo e nunca do que algo.

Por que a gente erra esse cara? Porque a gente confunde com o verbo gostar.

Exemplo. Olha só, vocês vão fazer um almoço coletivo e então vai ter pizza ou sushi. O que vocês preferem? Aí as pessoas vão me dizer: Eu prefiro pizza a sushi. Então eu entendi que pizza é o mais.

Agora se eu digo assim: Qual que vocês preferem? E vocês curtem os dois e aí vocês me diriam: Olha, pra mim tanto faz, eu gosto de pizza e de sushi.

Gostar pode ser mais de uma coisa, mas quando tu gosta mais de uma tu usa o quê? Eu gosto mais de pizza do que de sushi. Então como a gente usa no gostar, a gente tenta enfiar no preferir e aí que dá o rolo porque o preferir é muito mais evoluído do que o gostar.

Gostar tu pode gostar de tudo e o preferir já faz uma hierarquia na hora.

Então: Eu gosto mais do que, gosto. Preferir uma coisa a outra. Dizem a mesma coisa e se organizam de maneira diferente.

No gostar eu posso usar o mais do que.

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Vamos treinar agora:

Gabarito:

a) o – àb) oc) ad) oe) aof) o – àg) -h) dei) -j) comk) aol) am) aon) o – sobre do / ao – oo) o – àp) a – àsq) à

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Aí a gente já podia ir para o exercício 3. O 3 também vai treinar a análise sintática, mas pensando que “o” é OD e “lhe” OI. Então tu vai ter que ver qual é a transitividade e já ver o que está na frase para ver qual é o pronome.

Vamos fazer o exercício 2 e o exercício 3 então.

Correção:

A FASE precisa visar à recuperação do menor, permitindo-lhe retornar à escola, à família e ao trabalho. Esse projeto parece inatingível, pois em geral, considera-se que, se esses menores desobedeceram à lei, devem pagar à sociedade. A maioria das pessoas não se lembra de que tais crianças só receberam maus exemplos, e cuidá-las implica X dedicação e responsabilidade. Afinal, elas aspiram a uma vida normal.

Gabarito:

a) lhe b) oc) od) lhee) oh) oi) lhej) ok) lhel) lhem) lhen) o

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Vamos fazer o exercício 4.

Gabarito:

a) ab) xc) ded) ae) comf) ag) xh) ai) x – aj) ak) em – coml) a

Próxima aula a gente vai fusionar a matéria de regência com a matéria de morfologia e vai ser a matéria chamada de crase e depois dessa a gente passa para uma nova etapa. Legal? É isso aí, pessoal não desiste, me segue lá no Instagram carloszambeli, tamo junto, não deiste.