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Direito Processual Civil Prof. Guilherme Koenig Transcrição | Aula 03 TJ-RS

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Direito Processual CivilProf. Guilherme Koenig

Transcrição | Aula 03

TJ-RS

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AULA 3

Olá pessoal!

Na última aula a gente falou um pouco sobre Petição Inicial e eu queria fazer uma correção, no material de vocês não está aparecendo, isso eu incluí porque eu acho que ficou de fora do slide. Ontem eu estava fazendo umas questões e aí caiu umas questões sobre essa parte e eu lembrei que eu não falei para vocês.

São só dois artigos que eu queria comentar, não deixar de fora, principalmente próximo slide.

A gente falou da citação do edital, a gente falou quando que vai ser feita a citação por edital, mas a gente não falou dos requisitos e as vezes aparece nas questões e nas questões que eu estava fazendo apareceu o inciso III, então eu não queria deixar de falar.

Esses dois primeiros incisos são mais genéricos, não vi ainda em questão, mas o III já vi.

Referente a citação por edital, quando a gente for fazer a citação a forma editalícia.

Direito Processual Civil

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Advertência também tem que estar no edital que vai ser nomeado curador especial em caso de revelia, hoje a gente vai reafirmar as formas de quando vai ser curador especial pela Defensoria Pública.

E o mais importante está aqui, que é campeão de cair nessas questões que tratam sobre o edital é o art. 258.

Quando a parte requerer a citação por edital de forma fraudulenta para dificultar a defesa a outra parte e for comprovado isso, quando ela alegar de forma dolosa que tinha que ser feito por edital, mas na verdade não precisava, ela tinha o endereço ou foi comprovado que ela sabia quem era o réu, enfim, ela tentou usar uma tática para dificultar a defesa ela vai incorrer em multa de 5 vezes o salário-mínimo, essa multa não é para o Estado, não é uma multa punitiva, é uma multa coercitiva.

O que é uma multa coercitiva? Quando vai em favor a outra parte a gente chama de coercitiva, quando vai em favor do Estado a gente chama de multa punitiva. Então para evitar isso tem essa multa coercitiva, a gente vai falar sobre a litigância de má fé e o ato atentatorio a dignida-de a justiça e isso é uma diferença que cai na prova direto que fala sobre as multas dos dois.

A litigância de má fé vai para a parte adversa e o ato atentatório a dignidade a justiça quando não é na execução ele vai para o Estado. Então quando vai para o Estado é uma multa punitiva e quando vai para a outra parte é uma multa coercitiva, esse nosso caso aqui é coercitivo para evitar que a parte trate dessa forma e utilize desse meio ardio aí.

Dito isso, outra coisa que me perguntaram bastante antes da gente entrar na primeira parte da matéria, me disseram que não entenderam aquela linha do tempo, preciso falar de novo para ficar uma forma bem clara, art. 331.

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Olha só:

Daqui a pouco isso já está batido, mas é importante a gente entender bem, que se vier na ques-tão vai vir com caso prático e a gente não pode confundir algumas coisas.

Petição inicial, entrei com a ação, o juiz indeferiu a minha ação de forma liminar por ela estar inepta, por exemplo, faltava interesse de agir, faltava legitimidade. O que vai acontecer? Quan-do ele indefere, se eu acho que ele estava errado, que aquele caso não era o indeferimento, eu pego e apelo, eu entro com o recurso de apelação. Recurso que vai caber dessa sentença vai ser uma apelação.

Quando eu apelo o juiz tem duas saídas, ele vai ter umas das exceções a preclusão para o pro-lator a sentença, é esse juízo de retratação.

Como assim? Como regra quando o juiz dá uma decisão a gente diz que aconteceu a preclusão acerca daquela decisão, ele não pode mais mudar aquela decisão. Mas ele pode em algumas exceções, se retratar, então se eu apelei e tem um prazo, e esse prazo é muito importante para a prova, de 5 dias para se retratar e aí tem dois caminhos. Se ele se retratar o que vai aconte-cer? Ele olha de novo a petição e fala assim: Não, realmente eu me passei aqui, o meu acessor se passou e eu vou dar prosseguimento ao processo, não era caso de indeferimento por inep-ta. Se ele se retratar ele vai citar o réu só que citar para contestar a ação, só que daí o processo vai ter o trâmite comum, porque ele se retratou, ok.

Agora se ele não se retratar, quando eu apelei, eu sou o autor, eu apelei e o juiz não se retrata, o que ele vai fazer? Ele vai citar o réu também, mas agora ele não cita o réu para contestar a ação, porque a ação não deu andamento. No princípio do contraditório e a ampla defesa que é obrigatório ouvir a outra parte ele vai citar o réu para contrarrazoar essa minha apelação aqui. Então cuida isso, quando ele cita nessa segunda oportunidade não é para a ação, a ação está suspensa, está trancada, ela já foi indeferida. Agora o Tribunal de Justiça, lá no 2º grau vai discutir esse recurso que está tratando sobre a ação ser inepta ou não ser inepta, se ela tem interesse de agir, se tem legitimidade ou outras funções. Cuidem esse caso, eu já vi aparecer em diversas questões e essa parte é mais cobrada, quando cita para contrarrazoar e não para continuar o processo.

Olha só, outra coisa importante, a gente tem duas possibilidades de que a parte pode desistir, alterar ou acrescentar pedidos. A gente tem que ler o art.329 junto com o art. 485 § 4º e 5º, fazer as duas comparações.

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O art. 329 vai falar do aditamento ou alteração do pedido, por exemplo, entrei com uma ação de danos materiais, durante a ação, antes do réu ser citado, antes de ele contestar, enfim, o prazo máximo que a gente vai ver antes do despacho saneador, eu descubro que esqueci de colocar um pedido importante e eu como advogado a parte autora, por exemplo, esqueci de colocar um pedido de lucros cessantes. Até quando eu posso incluir esse pedido, até quando eu posso aditar o meu pedido? Eu posso fazer isso, eu posso alterar até o despacho saneador, até o saneamento do processo, não estou falando de consentimento da outra parte eu estou falando de até quando eu posso. Tem que cuidar isso, quando as questões cobram aqui ou no art. 485 eles falam assim: “A parte pode desistir da ação até quando?” e muita gente marca que é até a contestação. Ou então quando fala de aditar é até a citação, não. A parte pode alterar o pedido até o saneamento e desistir da ação até a sentença. Olha só, se tu lembrar dessa linha do tempo tu não erra essa questão de 4 artigos e isso é muito importantes.

Quando eu falo de alterar ou aditar o pedido eu como autor eu posso aditar ou alterar até o saneamento do processo, então até esse momento que o juiz dá um despacho saneador depois da audiência de conciliação, antes a audiência de instrução, eu posso aditar ou alterar o meu pedido. Só que o mais importante para a prova é tu saber até quando que eu preciso do consentimento do réu. Do consentimento do réu eu vou precisar a partir a citação, então a citação até o saneamento eu preciso de consentimento do réu. A outra parte, depois que ela já foi citada ela vai precisar consentir para que eu altere o pedido, porque ela já recebeu uma citação. Imagina, ela já recebeu o processo com a petição inicial e aí depois eu vou alterar o pedido e ela tem receber esses novos fatos, esses novos pedidos para poder se defender, é bem tranquilo.

Agora quando eu vou desistir a citação tem diferença. Primeiro, a desistência a ação não é até o saneamento. Eu posso desistir a ação até a sentença, até o momento em que o juiz encerra o processo nos termos dos art. 485 e art. 487, sem resolução do mérito e com resolução do mérito. Só que aí a gente tem que saber quando que ele pode consentir, vai ter um paragrafo que é o paragrafo IV que vai dizer assim:

Art. 485 [...] §4º Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, DESISTIR da ação.

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Então aqui é diferente, não é a citação, aqui ele vai poder desistir do momento que ele contestar, então a partir a contestação até a sentença eu preciso de consentimento do réu. Aqui é réu porque o autor se ele desistir da ação o processo vai ser extinto, então tem que ser o autor desistindo da ação e não o réu, o réu não tem como desistir a ação senão o processo vai seguir a revelia. Então cuida isso.

Da citação até o saneamento é com consentimento, a petição inicial até a citação é sem consentimento para aditar ou alterar.

Da petição inicial, do protocolo a petição inicial até, mesmo que ele já tenha sido citado, mas se ele ainda não contestou, até a contestação é sem o consentimento do réu. Depois do autor decidir desistir da ação não preciso nem avisar o réu. Só desisto a ação e o juiz vai julgar a minha ação extinta com base no art. 485 que é sem resolução do mérito.

A nossa causa de pedir hoje a fundamentação jurídica, é importante anotar que o nosso CPC adota a teoria a Substanciação, já vi isso ser cobrado em questão.

O que é a Teoria da Substanciação a Causa de Pedir? Na fundamentação jurídica o juiz sabe o direito, tu não precisa provar para ele o direito, não precisa demonstrar o artigo, fazer uma copia e cola lá do artigo do CPC. Essa é a teoria a substanciação, o juiz não precisa saber o direito e aí tu vai ter que provar o teor, a vigência em 4 oportunidades, direito consuetudinário que é o direito dos costumes, quando eu falar nos direitos dos costumes daqui a pouco, de uma população, de uma tribo, eu preciso como autor excepcionar e provar o direito, na verdade eu vou precisar cobrar o teor e a vigência do direito.

Então, direito consuetudinário, direito local precisa ser provado também, direito estadual e direito municipal. Tirando esses direitos o juiz tem o dever, a obrigação de saber o direito. Então pela teoria a consubstanciação a gente não precisa provar o direito, só trazer os fatos para ele e enquadrar o nosso caso.

Da Improcedência Liminar do Pedido

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Uma das exceções que eu acho que mais foi cobrado em prova sobre citação, eles adoram falar assim: A citação é indispensável ao processo sem nenhuma exceção. Está errado, porque a citação é sim indispensável ao processo, sem eu te chamar para o processo sem tu poder se defender o processo é nulo, tu tem que ter a ampla defesa e o contraditório. Só que tem duas exceções e uma delas está aqui. Quando tem improcedência liminar do pedido que pode ser com base em um desses 4 incisos eu não preciso citar o réu, eu vou depois intimar ele para dizer que teve um processo, mas eu não preciso citar o réu. Então é errado dizer que a citação é indispensável em um processo sempre. Assertivas assim estão erradas.

Na improcedência liminar do pedido ou então quando é indeferida a petição inicial, são essas duas formas apenas, a citação do réu não é obrigatória.

Na improcedência liminar do pedido que está no art. 332, quando for matéria apenas de direito, não precisa fazer prova, ou seja, não precisa fazer fase instrutória para ouvir testemunha, perito e tudo mais, aquela audiência de instrução. Independentemente a citação do réu, aí está a exceção que eu te falei, o juiz vai julgar de forma liminar improcedente o pedido que contrariar. Para quem não é do direito anote aí onde está escrito liminar, escreve no slide acima “inaudita altera parte” é uma expressão que vem muito em prova também, é um sinônimo de liminar, é sem ouvir a outra parte ou inaudita altera pars, está certo das duas formas.

De forma liminar vai ser improcedente o pedido quando? Quando ele contrariar o enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou Superior Tribunal de Justiça. Cuida, tem que ser súmula, não pode ser uma decisão qualquer do STF ou do STJ. Ou é súmula ou é uma decisão, um acórdão proferido em julgamento de recursos repetitivos senão não tem essa vinculação, não tem esse precedente tão forte.

Então Tribunais Superiores ou súmula ou julgamento de recursos repetitivos.

Sobre o parágrafo III, isso aqui é novo no CPC, a gente não vai trabalhar recursos, dificil a prova de vocês cobrar recurso, mas só para vocês terem uma ideia, isso aqui é o IRDR, incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência, quando tiver um assunto que já foi discutido várias vezes, um assunto só de direito e foi criado um IRDR e a causa que eu entrei já está se baseando em uma decisão que já teve um incidente de resolução de demandas repetitivas contraria a elas, o juiz pode dar uma decisão de improcedência liminar do pedido. Quando ele dá uma decisão de improcedência liminar do pedido ele está se baseando lá no art. 485 que é aquela decisão sem resolução do mérito e ela faz coisa julgada formal. Então daqui a

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pouco se a parte alterar alguma coisa, alterar um vício ou mudar ali o direito, demonstrar que não está se enquadrando em uma decisão ela pode entrar de novo com o pedido.

Tanto no IRDR quanto na assunção de competência vai ser também improcedência a liminar.

Cuidado que é improcedência a liminar, o juiz não pode dar nunca decisão de procedencia liminar porque ele precisa fazer a citação a outra parte, precisa dar oportunidade para ela se manifestar.

A improcedência sim, a improcedência eu entrei com o pedido e ele falou: “Tu não tem esse direito”, aí não precisa dar a citação, não precisa dar a oportunidade a outra parte falar.

Quando for enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local também, por exemplo, o Tribunal de Justiça aqui do Rio Grande do Sul ele edita algumas súmulas, quando estiver baseado, o pedido que eu estou fazendo está baseado em determinada súmula do tribunal daqui eles também podem fazer esse julgamento de procedencia liminar.

Quer ver um exemplo? Não é uma súmula, é só um exemplo, eu entro com um pedido só com provas documentais requerendo por danos materiais por ter me colocado no SPC por um dia. Me colocaram por um dia de forma indevida e me tiraram e aí tem uma súmula do tribunal daqui dizendo: Olha, dano moral só é caracterizado quando te colocarem no SPC por mais de 3 dias. Olha só, a gente não precisa fazer nenhuma prova sobre isso, isso vai ser uma ação só de direito, dispensa a fase instrutória. Então o juiz olhando e lembrando a súmula ele pode fazer a improcedência liminar do pedido.

Decadência e prescrição são matérias que vai tocar o mérito. Quando ele julgar com base na decadência ou prescrição ele vai estar julgando conforme o art. 487. Esse é um dos poucos artigos que eles cobram na prova só pelo número, então tu tens que saber que o art. 485 é sem resolução de mérito e o art. 487 é com resolução de mérito. Quando for o § 1º e tratar decadência ou prescrição mesmo que seja improcedência a liminar ele está adentrando ao mérito e a questão vai se basear no art. 487.

É quando o escrivão comunica a decisão, se eu não me engano o art. 241 é utilizado também quando a gente faz a citação por hora certa que o escrivão envia em 10 dias depois de ter sido feito a citação por hora certa, ele vai enviar uma carta para a pessoa, ou um correio eletrônico ou um telegrama, dizendo tudo o que aconteceu. Então quando não for interposta a apelação e for julgada improcedente de forma liminar o escrivão tem que enviar essa carta também dizendo tudo que aconteceu para o réu.

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Mais uma oportunidade que não se aplica a preclusão para o prolator a sentença quando tam-bém improcedência liminar interposta apelação o juiz pode se retratar em 5 dias, vai ser sem-pre 5 dias.

Esses 15 dias são úteis ou são corridos? Vocês sabem quando é uteis e quando são corridos? Sempre quando for direito processual é dias úteis. Quando é direito material é corrido.

Olha só, mais importante daqui além dos princípios que a gente vai ver dos mediadores e conciliadores é que a audiência de conciliação e mediação tem dois prazos importantes, ela tem que ser designada com antecedência mínima de 30 dias e o réu tem que ser cientificado a audiência, e isso vai ser importante para o oficial de justiça, que tem que cuidar esse prazo até para evitar uma nulidade, é que tu tem que citar ele no mínimo vinte dias de antecedência. Se o juiz respeitar o prazo mínimo e expedir um mandado, mandar para o escrivão no prazo mínimo, vai ficar bem complicado para o oficial de justiça.

Olha por que, a data que o juiz designou a audiência para o dia a audiência, esse prazo tem que ser de 30 dias. Mas esse prazo de quando o réu é citado com antecedência a audiência, esse prazo aqui tem que ser de no mínimo 20 dias e chove questão dizendo que é 10 dias, ele tem que ser citado com antecedência de 20 dias para dar tempo de ele se programar com advogado e tudo mais.

Se o juiz designar com no mínimo 30 dias o oficial de justiça vai ter um prazo só de 10 dias para cumprir o mandado, e não é barbada ter um prazo de 10 dias, primeiro porque a gente tem vários outros mandados que já estão ali para serem cumpridos, ordem de penhora, ordem de prisão que a gente vai ajustando numa rota, num itinerário. E outra, se fosse só chegar e largar a

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intimação ia ser fácil, a gente chega na casa, não está, deixa um aviso, não comparece no aviso, volta no outro dia em outro horário, não está de novo. Pergunta para o vizinho, “olha só chega no final de semana”, volta no final de semana. Então esses 10 dias é um prazo muito apertado. Tanto que nos mandados vem com validade de no mínimo 30 e às vezes até de 60 dias.

Olha o que diz na letra a lei:

Prazo é sempre importante para a Faurgs, quando eu divido as audiências de conciliação em mais de uma porque daqui a pouco o ato é muito complexo, não conseguiu chegar a um acordo, mas tem uma possibilidade de chegar em um acordo em uma próxima audiência esse prazo não pode exceder 2 meses.

Olha só, do autor, grifa no teu material, não é do réu. O réu vai ser citado pessoalmente, a cita-ção é pessoal, agora o autor que já entrou com o processo e já tem advogado constituído como regra ele vai ser intimado lá por nota de expediente, porque não é na hora que ele entra com a ação que ele sabe o dia a audiência.

Entrei com a ação, o juiz vai ver se a ação não é caso de indeferimento liminar, não é caso de inépcia a inicial, vai dar um despacho citatório mandando citar o réu e designando já a data de audiência e conciliação. Como isso não é no ato, isso as vezes demora, tem comarca que demo-ra até 3 meses para ter um despacho de citação, quando sair essa citação o autor recebe essa citação de quando foi a designada audiência pelo seu advogado.

A audiência de conciliação hoje é a regra no processo civil, se um dos dois não falarem ou se um dos tres ou um dos quatro, quando tem em litisconsórcio, falar que não quer audiência de mediação, falar que acha que não é um caso para conciliar a audiência vai ter. Ela só não vai

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acontecer se as duas partes se manifestarem e tem que ser de forma expressa, não é de forma tácita, se ela ficar silente entende-se que ela quer.

Vamos lembrar, vocês lembram quando que é conciliação e quando se usa mediação? Conciliação é quando as partes não tem vínculo, por exemplo em uma ação de transito. Mediação elas já têm um vínculo preexistente ao processo e a gente usa muito nas ações de família.

Quando for um direito indisponível, por exemplo, que não pode ser negociado, um direito fundamental como o direito a vida, um direito a personalidade, aí também não vai ser realizada a audiência de conciliação.

O mais importante aqui é que quando o réu indica antes mesmo de apresentar a defesa dele, ele fala que não quer, ele tem que respeitar o prazo de 10 dias de antecedência. Esses 10 dias que tanto falam nas questões é referente ao protocolo de pedido de cancelamento. Se eu não quero mediar, se eu não quero conciliar, antes mesmo de eu me defender eu preciso pedir para o meu advogado que ele chegue lá e protocole uma petição dizendo assim: “Olha, no processo tal que o réu foi citado a gente não tem interesse em conciliar”, quando ele faz isso o que acontece? Esse protocolo que ele pede o cancelamento da audiência de conciliação e mediação vai gerar o início do prazo para ele contestar, só nesse caso. Porque senão com a regra vai contar lá da audiência de conciliação. Tive audiência de conciliação e não teve êxito em conciliar, a gente não entrou em nenhum acordo, o prazo para se defender começa a contar do dia seguinte a audiência de conciliação que não foi exitosa, mas se ele veio e desistiu antes com 10 dias de antecedência ou 20 dias de antecedência e ele vem e fala que não quer conciliar, que não quer mediar e o autor também fala isso na petição inicial, no outro dia do protocolo começa o prazo para ele contestar. Aí como não vai ter audiência de conciliação e mediação, a gente vai pular essa parte, vai ser a partir do protocolo, vai ter 15 dias para contestar. E aí depois a gente vai ver que se ele contestar e trouxer fatos novos a parte autora vai ter prazo de 15 dias úteis de novo para fazer a réplica, para se manifestar sobre a contestação e aí o processo segue naquela linha.

E também é importante destacar que se tem litisconsórcio o desinteresse na realização a audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes, senão vai ter.

Agora os fóruns estão fazendo umas salas de videoconferência, está em implantação ainda, mas já estão utilizando para ouvir testemunha, para fazer audiência de forma eletrônica.

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Isso é bem importante, só que a gente tem 3 atos atentatórios à dignidade da justiça, nesse caso é a menor condenação. A condenação é de até 2% da vantagem ou do valor da causa e nesse caso vai ser em favor da União ou do Estado, é uma multa punitiva.

Isso aqui também é campeão de prova quando eles cobram isso no edital sempre vem uma questão no meio de uma assertiva.

Litigância de má-fé versus ato atentatório a dignidade da justiça

Ato atentatório à dignidade da justiça – podemos dizer que a gente tem 3 espécies, é tudo a mesma coisa, tem 3 formas de serem cobradas diferentes. O primeiro que é o clássico que vai dizer assim: “Quando não cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, criar embaraços à sua efetivação ou praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso” que é o clássico, que é no processo de conhecimento, esse ato atentatório a dignidade à justiça é multa de 20% e em favor do Estado, multa punitiva, se o valor for irrisório pode fixar em até 10 vezes o salário mínimo. Só que vai ter outro ato atentatório à dignidade da justiça, só que daí vai ser lá na execução, e só muda onde diz que é em favor do Estado. Se é um ato atentatório à dignidade da justiça na execução a multa vai ser em favor do exequente. Quando eu estou, por exemplo, tentando fraudar a execução, escondendo os bens, vendo os bens depois de já ter sido citado ação de execução eu estou tentando fraudar a execução, eu estou tentando fazer com que o credor não receba aquele dinheiro, nesse caso eu posso receber uma multa por ato atentatório à dignidade da justiça também, mas aí não vai para o Estado vai para a parte exequente.

E a terceira possibilidade é o § 8º que já vimos:

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Litigância de má-fé – acontece litigância de má-fé quando a parte deduzir defesa contra texto legal, quando alterar a verdade dos fatos,quando usar do processo para conseguir algo ilegal, opor resistência injustificada ao andamento do processo, proceder de modo temerário, inter-puser recurso manifestamente protelatório.

Pessoal, advogado, defensor público e agente do Ministério Público não podem ser condena-dos por litigância de má-fé, isso está no CPC, por que essa litigância de má-fé é uma condena-ção para a parte, quando a parte age de má-fé. Se foi o advogado vai ser representado na via administrativa perante a OAB, se for a Defensoria Pública a mesma coisa e se for o Ministério Público a mesma coisa.

A litigância de má-fé temos sempre que ver junto com o ato atentatório à dignidade da justiça porque quando eles te cobram eles acabam invertendo um e outro.

Ato atentatório à dignidade da justiça X Litigância de má-fé

Ainda a audiência de conciliação e mediação a regra é que:

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Isso aqui é novidade do CPC de 2015, já falei várias vezes que a gente está buscando no nosso ordenamento atual cada vez mais alto compor a lide, isso aqui são formas de autocomposição não confunda com autotutela é diferente, e é também diferente de heterocomposição. Autocomposição é sempre quando as partes entram em um consenso, heterocomposição é quando alguém vai lá e dá uma decisão a ela, terceiro imparcial como por exemplo a arbitragem.

A gente tem os princípios a conciliação e mediação:

Temos esse macete para decorar, as vezes vem uma questão e é uma questão bem clássica e eles perguntam assim: São princípios da conciliação e a mediação? E aí tu lembrando do mace-te tu consegue matar várias questões com isso.

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Então os princípios são: Independência, confidencialidade que é um dos princípios mais importantes, o que tratar lá na audiência de conciliação e mediação é confidencial. Inclusive pela confidencialidade, pela independência não pode ser usado o que foi trazido dentro da conciliação e da mediação para o processo. Se eu por exemplo, ofereci um acordo na mediação, sou réu, “eu acho que a gente pode acordar em 10 mil”, e a outra parte não aceita, depois ela não pode levar isso para o processo e trazer junto dentro das razões dela dizendo que “como é que agora ele está dizendo que não tem que me pagar se ele queria fazer um acordo de 10 mil”, é presumida a culpa dele, não, não pode. Tudo que está disposto na conciliação e na mediação não pode ser levado para o processo depois.

Oralidade, decisão informada, imparcialidade e autonomia de vontade, beleza.

Contestação

A gente tem duas principais respostas do réu que é a contestação e a reconvenção. A gente vai falar da reconvenção acho que ainda em seguida, não me lembro se tem mais alguma coisa no meio, mas acho que é em seguida que a reconvenção é como se fosse o contra ataque e a contestação é a defesa.

Olha só:

Esse prazo de 15 dias a gente já sabe que é útil. A regra geral, prazo geral para contestar é da audiência de conciliação ou de mediação e o mais importante é que se tiver mais de uma é da última. “Cheguei na audiência de conciliação e mediação e não teve sucesso, mas eles decidiram fazer mais uma, tentar de novo”. Teve duas audiência, não é do termino a primeira, vai ser sempre do término a última sessão de conciliação, não deu para conciliar, não deu para mediar, esquece aquele dia e começa o prazo de 15 dias a partir a audiência.

Também vai ser do protocolo de cancelamento, a gente já tinha falado, quando o réu pede o protocolo de cancelamento e o autor já manifestou os desinteresses, vai começar a contar do dia do protocolo de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação.

O art. 231 eu acho que não estava na minha matéria, mas é importante a gente ver as formas que é cobrado a contagem de prazo. Questão de contagem de prazo não tem como errar, é fá-cil, depois que a gente aprende uma vez fica muito fácil.

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O que tu tem que saber é essas nuances aqui do art. 231:

Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:

I – a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio;

II – a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça;

III – a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria;

IV – o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital;

V – o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;

VI – a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em cumprimento de carta;

VII – a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrô-nico;

VIII – o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da secretaria.

§ 1º Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à última das datas a que se referem os incisos I a VI do caput.

§ 2º Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente.

§ 3º Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem, de qualquer for-ma, participe do processo, sem a intermediação de representante judicial, o dia do começo do prazo para cumprimento da determinação judicial corresponderá à data em que se der a comu-nicação.

§ 4º Aplica-se o disposto no inciso II do caput à citação com hora certa.

O advogado a parte ré tem o dever de fazer a impugnação específica de tudo que o autor ale-gou, se eu entrar com uma ação contra a Simone dizendo A, B e C e o advogado dela impugnar dizendo: Não, o Guilherme não tem direito a A e B. E o que ele fez com o C? Ele deixou aquele fato incontroverso, quando tem um fato incontroverso, inclusive na parte de provas que a gente vai ver, nem é necessário fazer prova sobre aquilo, porque a parte A não alegou e a parte B não falou nada, entende-se que a parte A está correta, claro que se não for um direito indisponível, mas entende-se que a parte A está correta. Então esse art. 336 consigna um princípio no pro-cesso civil que é o princípio a impugnação específica para o advogado a parte ré. Não vai ser aplicado esse princípio a impugnação específica para a Defensoria Pública. A Defensoria Pública pode fazer uma impugnação geral, ela pode dizer que de uma forma geral, todos os fatos não

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condizem, a parte não tem direito, os advogados particulares não tem essa prerrogativa. Isso é uma prerrogativa só a Defensoria, o advogado tem que fazer a impugnação de item a item.

Um exemplo, para a gente entender bem:

Um cliente de um amigo meu bateu o carro e a parte tinha pedido um valor exorbitante, na época foi 10 mil reais e juntou uns 3 orçamentos lá e com certeza eram fajutos e na hora a defesa ele em vez de impugnar o valor do orçamento e dizer que a parte não tinha direito, que não tinha colidido, que o direito era do outro, ele foi lá e disse assim: Olha, o meu cliente não bateu, a culpa não foi dele, a culpa foi do outro. E se baseou só nisso e o juiz no momento a sentença, deu uma sentença dizendo: A culpa era do teu cliente, inclusive, em que pese o valor ser exorbitante, como não teve uma impugnação sobre o valor eu condeno no valor pedido pelo réu.

Então uma ação que era 500 reais para consertar saiu 10 mil reais porque impugnação específica do autor, ele chupou bala e acabou não fazendo, essa impugnação específica é importante.

Olha que complicado, entrei contra duas pessoas, elas não foram citadas ainda, só que daí no meio antes de ser citados eu me arrependo e acabo querendo entrar apenas contra só uma dessas pessoas. Se eu desisto dessa ação contra os réus que estão em litisconsórcios o prazo para a resposta vai correr a intimação, porque daí vai sair um novo mandado de intimação para aquele réu, dizendo que o autor desistiu do outro réu. E quando juntar esse mandado de intimação dizendo que eu desisti aí vai começar a contar o prazo para a resposta. Prazo para a contestação do réu do litisconsorte que sobrou.

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A gente tinha antes no CPC de 73 a exceção de competência relativa, por exemplo, tinha umas peças de exceção. Hoje a gente não tem mais essas exceções, hoje a gente alega tudo na con-testação. Tanto, inclusive a gente vai ver mais na frente, a reconvenção vai junto na mesma peça que a contestação.

Antes a gente fazia uma exceção de incompetência relativa, por exemplo, que não é mais válido e era feita exceção de incompetência relativa ou absoluta. Enfim, hoje não, hoje quando tu vai te defender, recebeu a petição inicial, o advogado tem que fazer a defesa, tem que contestar, inicialmente no início a defesa ele vai se for o caso alegar uma dessas matérias, mas é em preli-minar de mérito.

Então, quando ele fala no art.337 o teu CPC não vai dizer, mas a tua prova às vezes coloca isso porque está bastante na doutrina.

Preliminar de mérito pode ser:

Inexistência ou nulidade a citação, quando a parte chega num prazo do processo, no meio do processo e ela não foi citada ou foi citada de forma errada, foi citada com prazo errado ou esta-va no casamento dela que não pode, enfim, isso ela alega na preliminar de mérito.

Incompetência absoluta e relativa também. Incompetência absoluta em razão a pessoa ou a matéria, importante destacar isso, o juiz ele pode reconhecer de ofício a relativa não.

A relativa principal dela é a incompetência em função do foro e a incompetência territorial. Um exemplo, ação de dissolução de contrato como regra quem está requerendo vai ter que entrar com a ação no foro de domicílio do réu, se no próprio contrato tinha uma cláusula que dizia: Se a gente for discutir na justiça a gente vai discutir na comarca de Porto Alegre, e aí o autor no momento de discutir ele esquece essa cláusula e no momento entra com processo em Canoas, o réu pode ir lá na comarca de Porto Alegre, mesmo que o processo esteja tramitando na co-marca de Canoas, se defende em Porto Alegre, alega em preliminar de mérito incompetência relativa na outra comarca que não está tramitando, o juiz a comarca de Porto Alegre vai avisar o juiz a comarca de Canoas, de preferência por meio eletrônico, que foi feita essa incompetência relativa e se for o caso o processo vai vir lá de Porto Alegre e o réu, desse exemplo, ele não pre-cisa nem sair de Canoas, essa é uma novidade importante também.

Os mais cobrados são do V ao VIII:

Perempção é quando o autor abandona o processo por mais de 3 vezes ele não pode entrar de novo.

A litispendência é quando já tem uma ação idêntica a anteriormente ajuizada, é aquele exem-plo a ação de trânsito que o foro do domicílio é do autor, se eu correr e entrar hoje com uma ação de transito porque eu me envolvi em um acidente e no outro dia a parte entrar, o outro entrar com a mesma ação, ele como autor lá e eu como autor aqui, essas duas ações vai ter acontecido a litispendência. Como a competência para o foro referente a uma ação de trânsito é domicílio do autor a minha ação que vai ser julgada e a dele vai vir para cá com conexão. A litispendência quer dizer que tem mais de uma ação junto, quando tem mais de uma ação, lá na contestação o réu vai ter que alegar em preliminar de mérito.

Coisa julgada a ação já foi decidida por decisão que transitou em julgado tem que ser alegado em preliminar de mérito.

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Conexão também quando tem duas ações que são conexas pela parte ou pela fundamentação ou pelo pedido.

Incapacidade a parte, defeito de representação ou falta de autorização.

Convenção de arbitragem, essa aqui é a mais importante porque se a parte não alegar convenção de arbitragem no primeiro momento, qual que é o primeiro momento? Para o autor é quando entra com a petição inicial, para o réu é quando está se defendendo, esses são os dois primeiro momentos. Momento de falar do autor é lá na petição inicial, se tinha uma cláusula arbitral que tinha assim: Se a gente for discutir o contrato, a gente vai discutir na arbitragem. Isso estava lá no contrato deles e aí o autor entrou com a petição inicial e não falou nada dessa cláusula arbitral, então para o autor precluiu, entende-se que ele renunciou a convenção de arbitragem. Para o réu quando ele for citado ele se defender, ele é obrigado na preliminar de contestação dizer: Olha só, só um pouquinho, o autor entrou com a contestação aqui, mas na verdade era uma causa de arbitragem porque a gente tem uma cláusula, o contrato está aqui dizendo que é arbitragem. Se o réu não falar na contestação entende-se também que vai precluir esse direito para ele, entendê-se que ele renunciou o juízo arbitral e automaticamente de forma tácita aceitou a jurisdição comum.

Ausência de legitimidade ou interesse processual – condições a ação, isso vem bastante nas questões, porque é uma novidade, no CPC de 73 eram 3 condições a ação, era falta de interesse processual, ilegitimidade e possibilidade jurídica do pedido. Hoje não é mais, hoje as condições a ação são duas: falta de interesse processual ou ausência de legitimidade.

A possibilidade jurídica do pedido que antes era uma condição, que era analisado no início do processo, hoje passou para o mérito e é analisada junto com o mérito. Então quando o juiz dá uma sentença referente a uma falta de possibilidade jurídica do pedido ele está dando uma sentença com base lá no art. 487, está julgando o mérito.

Se ele dá uma sentença de forma inicial por ausência de legitimidade ou de interesse pessoal, por uma dessas duas condições a ação ele está dando como regra uma decisão formal do art. 485 que faz extinguir sem resolução do mérito.

Acerca do inciso XI a gente tem uma teoria no STJ que é muito aplicada hoje pela doutrina e pelo STJ, que é clássica e que daqui a pouco vai estar no CPC que é a Teoria da Asserção.

A Teoria a Asserção funciona mais ou menos assim: O juiz se ele precisar analisar essa ausência de legitimidade ou interesse processual e precisar adentrar o processo, verificar uma prova ou fazer um procedimento mais específico do processo, entende-se que esse processo mesmo sendo condição da ação, essa decisão julgou o mérito. Agora se ele não precisou, se ele fez uma cognição liminar, ele só olhou e viu que tinha ausência de legitimidade, como querer um direito que não é dela? Se ele não precisou entrar na prova, pela Teoria Asserção aí sim, decisão sem julgamento do mérito.

Falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar isso tudo vai no início da petição inicial.

Indevida a concessão do benefício de gratuidade de justiça.

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Isso aqui está diretamente ligado com o princípio a primazia do mérito. A gente sempre busca antes de indeferir o processo por uma formalidade, daqui a pouco por ele ter colocado o réu errado, por uma confusão. Ele dá oportunidade do autor de auditar, de alterar essa petição inicial.

A gente vai ver, ou vocês já viram, eu não lembro os honorários advocatícios do patrono das partes vão ser fixados em percentual de 10% a 20%. O CPC delimitou os honorários conforme o caso vão ser entre 10% e 20%, nesse caso como o advogado não teve muito trabalho, teve que fazer uma contestação, mas a parte era legítima então teve um trabalho pequeno dentro do processo, vai ter uma exceção a regra lá do art. 85 e os honorários vão ser de 3% a 5% do valor a causa.

Se o valor a causa é irrisório o juiz pode apreciar de forma equitativa, ele não precisa se basear nesse percentual de 3% a 5%.

Referente ao art. 339 essa regra é uma regra cogente, se eu recebi uma petição inicial, fui ci-tado em um processo como réu, mas eu sei que na verdade não tinha que ser citado eu, tinha que ser citado o Juliano, se eu sabia disso e não indiquei o réu correto, só aleguei legitimidade, falei: Olha, eu não sou o titular a ação, o titular por isso, isso e isso. E não indiquei o Juliano eu vou ter que arcar com as despesas processuais e indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes a falta de indicação. Aí sim eu vou virar réu em função desse fato, dessa omissão minha.

Se vocês forem chutar um prazo na prova, chutem 15 dias, é quase sempre 15 dias, é grande parte dos prazos.

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Aquela incompetência que a gente falou ali, relativa ou absoluta, antes era feito por exceção e hoje não é mais, não tem mais exceção, se vier na tua prova exceção de incompetência relativa, exceção de incompetência absoluta, não existe.

Se tiver alegação dessa incompetência tanto relativa quanto absoluta a contestação pode ser protocolada como eu tinha dado naquele exemplo lá de Canoas e Porto Alegre, ela pode ser protocolada no foro de domicílio do réu. Imagina, eu fui citado por uma ação, eu fiz um con-trato quando eu fui no verão, passar um tempo em Garopaba, eu fiz um contrato de aluguel de imóvel e aí esse contrato como regra, se não tinha nada no contrato, vai ser resolvido no foro de domicílio do réu. Então se o hotel, se a pousada entrar contra mim eles tem que entrar na comarca onde eu resido. Se eles resolvem entrar lá em Garopaba e passa na primeira olhada do juiz ali, ele não verifica, na verdade incompetência relativa ele nem pode verificar de ofício, o que ele vai fazer? Ele vai dar o despacho saneador e vai mandar me citar. Quando ele manda me citar chega uma carta lá com aviso de recebimento para eu comparecer a audiência de con-ciliação ou mediação, por exemplo, no dia tal em Garopaba, eu não preciso ir até lá e distribuir a minha defesa e dizer assim: Não, olha só a comarca que tramitar não é lá, é aqui. A gente até vai discutir esse processo, mas é aqui.

O que eu faço? Eu venho aqui na minha comarca, foro de domicílio do réu, eu sou réu nesse caso, interponho a contestação, essa comunicação vai ser imediatamente indicada ao juiz a causa, preferencialmente por meio eletrônico, pode ser que o juiz mande um ofício, pode ser de outra forma. O juiz vai avisar: Olha, o Guilherme que tinha que ir na audiência tal dia, ele contestou aqui e alegou a incompetência relativa. O juiz de lá vai analisar essa minha petição, vai analisar o caso.

Se eu for citado por carta precatória ao invés de ser pelo correio, por exemplo, quando for juntada essa carta precatória no juízo deprecante que é quem está emitindo, quem emitiu a carta precatória é que vai o juiz ficar sabendo de que eu aleguei esse foro sem competência relativa e aí vai dar andamento na minha comarca.

Ou seja, vai aplicar aquela regra a prevenção, agora o juízo que ficar prevento para julgar a ação ou outras ações que sejam sobre o mesmo fato, não só aquela, mas daqui a pouco a gente terminou de discutir isso e eu vou lá e me hospedo de novo e ele quer discutir de novo, o juízo prevento é aqui. Vai ter a prevenção operacionalizada.

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Como regra, petição inicial, o autor entrou lá em Garopaba e o juiz quando manda citar ele já designa um dia de audiência, porque na citação que eu vou receber, o mandado de citação já vai estar o dia de audiência de citação ou mediação. Como foi incompetente e a audiência ia ser lá, automaticamente essa audiência ia ser suspensa e depois o juízo daqui vai deferir uma nova data de audiência daqui e aí vai mandar intimar o autor, aí não é citar, ele já faz parte a relação processual. O autor nunca vai ser citado, o autor vai ser intimado de que a audiência foi designada para o dia tal no foro competente do réu.

Da reconvenção

Na Reconvenção o primeiro termo que você tem que cuidar é o seguinte, eu tenho o autor na ação inicial e eu tenho o réu. Entrei com uma ação eu sou o autor, o réu ele pode se defender, ele pode contestar ou ele pode reconvir que é o que a gente vai ver agora. Se ele faz uma reconvenção que é uma espécie de contra ataque é como se ele entrasse com uma outra ação contra mim. Ele se defende, ele diz lá: Eu não devo nada para o Guilherme, mas o Guilherme me deve. Então ele entra com uma reconvenção. Quando ele entra com essa reconvenção a gente tem uma adaptação na nomenclatura, na reconvenção o réu vira reconvinte e o autor vai virar reconvindo. Então eles podem fazer na sua prova uma menção somente com essa nomenclatura quando estiver tratando de reconvenção. Se eles falarem de em reconvinte e reconvindo, saiba que eles estão falando a reconvenção que está disposto a partir do art. 343.

Um exemplo clássico é aquele de um contrato né? Eu estou com alegando no contrato, eu en-tro com uma ação dizendo que a pessoa me deve 10 mil reais, além a contestação me dizendo que ela não me deve 10 mil reais ela entra com uma reconvenção dizendo: Olha eu não devo 10 mil reais e na verdade quem tem que me entregar um carro é o autor, é o reconvindo. Então eu fiz a reconvenção e a partir desse momento eu sou réu na ação principal e reconvinte na ação de reconvenção. O autor, a parte que entrou com a ação, ele é autor principal e reconvindo na reconvenção.

Hoje a reconvenção é junto, na mesma peça processual, o advogado que for se defender e for reconvir ele se defende ou até não se defende, não é obrigatório ele se defender.

Nesse meu exemplo, contrato, eu digo que a parte me deve 5 mil, ela não fala nada, ela sabe que me deve 5 mil, mas ela fala assim: Olha, sobre 5 mil eu não vou discutir, eu até devo e pago quando sair a sentença, mas o Guilherme me deve um carro, tem que me entregar um carro de 20 mil reais. Aí ela só entra com a reconvenção.

Aí vai ter um dispositivo que vai dizer assim:

Não é obrigado a vinculação, eu não preciso me defender para depois reconvir eu posso só reconvir, pode ser separado do processo.

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Olha só, na reconvenção que é uma outra ação a gente pode botar que é como se fosse uma 2 ação, vai ter um número de processo distinto, mesmo sendo no mesmo processo vai ter um número de processo distinto. Nessa 2ª ação o autor não vai ser citado porque ele já faz parte a relação processual, ele vai ser intimado na pessoa do seu advogado.

O mesmo prazo que o réu vai ter para se defender o autor vai ter para se defender na ação de reconvenção, 15 dias.

Eu sou réu, o autor entrou contra mim e eu entrei com a reconvenção, e ele viu a reconvenção e pensa: Puxa vida, vou perder um dinheiro aqui, vou desistir da ação que a reconvenção também sai junto. Não são atrelados, se o autor desistir a ação isso não impede que a reconvenção continue, por isso que ela é uma espécie de reconvenção autônoma, mesmo ela indo junto ela vai ter um número de processos distintos, vai ser uma ação autônoma.

Ví muitas questões desses dois parágrafos §3º, §4º. Olha só no meu exemplo, o autor entrou contra mim, contrato ok, a gente vai discutir o contrato, mas eu quero aquele carro. Só que aquele carro não é só ele que me deve, é o autor e mais um 3º, um primo dele que tiveram outro contato comigo dizendo que iam me entregar um carro dia X e não entregaram. Eu posso na reconvenção não entrar só contra o autor, como as questões dizem, na reconvenção eu posso chamar um litisconsorte para integrar a relação processual.

Ai na relação processual, na primeira ação vai ficar autor contra o réu, na segunda ação vai ficar reconvinte contra reconvindos em litisconsórcio, vai ficar dois réus na ação de reconvenção.

Isso vale também para o polo ativo, autor da reconvenção da ação originária, polo passivo nesse caso é o réu. Na reconvenção muda, o reconvinte é o polo ativo e o reconvindo é o polo passivo da reconvenção.

O réu quando ele vai entrar com a reconvenção se ele tem um direito que é um direito dele e mais alguém, por exemplo, cônjuge, um direito real imobiliário, quando ele vai propor uma ação a gente viu que quando é direito real imobiliário e não for regime de separação absoluta de bens eu tenho que propor junto com o meu cônjuge. Então o meu cônjuge ele pode entrar junto em litisconsórcio. Esse réu que ele fala lá §4º, esse réu na verdade ele é réu na principal, mas ele é autor na reconvenção, então aqui também pode ter litisconsórcio com 3º , é válido os dois.

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Então quando o autor estiver pleiteando um direito alheio em nome dele, tem uma legitimida-de extraordinária, ele tem uma substituição processual, o reconvinte quando entrar com a ação ele tem que aceitar essa substituição. Se ele entrar contra o autor na reconvenção e não fizer um litisconsórcio e não chamar o 3º que ele entende que seja a parte que é, que tem o direito, ele entrou contra o autor, entrou contra o reconvindo, entende-se que ele aceitou na recon-venção essa substituição processual, é isso que está querendo dizer. A substituição processual depois não vai poder ser discutida mais para a frente, lá no meio do processo.

A Revelia a gente já conversou um pouco antes, tem aquela presunção relativa que eles falam na prova de juris tantum, de que vai ser presumido verdadeiro todas as alegações formuladas pelo autor.

Por que é relativa? Porque é conforme o art. 345, essa presunção ela pode ser flexibilizada e quando é que não vai ser presumido as alegações trazidas pelo réu na revelia?

Só para a gente lembrar que revel é aquele que não manifesta a sua defesa no processo, fui citado, devidamente citado e não me manifestei no processo eu sou revel.

Essa presunção do que o autor disse é verdade ela vai ser flexibilizada quando:

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Tiver mais de um réu e algum deles contestar a ação, aí não se aplica a revelia a todo mundo, vai ter essa flexibilidade, a revelia não vai ser aplicada.

Quando a ação versar em direitos indisponíveis, como por exemplo um direito de personalidade, um direito a vida, esses direitos mais protegidos pelo ordenamento jurídico.

O autor alegou que tinha um contrato que o réu devia o valor X, mas não juntou o contrato, é um documento essencial, mesmo que ele seja revel, mesmo que o réu não se manifeste, o autor não tem a prova essencial ao direito, então a revelia não vai se aplicar a presunção de que ele está falando a verdade.

Trouxe um contrato dizendo que o réu devia 10 mil e está pedindo uma dissolução de contrato e uma perdas e danos de 20 mil baseado só no contrato, está errado, ele trouxe uma prova diferente do que ele está pedindo.

A revelia nunca pode prejudicar o réu, ela vai ter esse efeito jurídico mas ela não pode prejudicar de forma excessiva o réu.

Esse art. 346 vi várias questões de prova sobre isso e entrava dentro das assertivas ali dizendo que o prazo contra o revel ia contar a intimação, a nova intimação enviada para o endereço, algo do tipo, não, está errado. Quando ele for revel ele não contestou a ação e ele não tem um advogado, ele não tem um patrono constituído nos autos os prazos vão iniciar do momento que estiver disponibilizado lá no Diário Oficial da Justiça, cuida isso.

Essa regra não vai valer no momento de intimação para o cumprimento de sentença. Lembra que eu falei que quando ele é citado por edital, não contestou a ação, revel. Lá no momento de cumprir a sen-tença tem que fazer a intimação de novo só que daí faz a intimação por edital, não vai se aplicar aqui.

Referente ao paragrafo único, não contestou a ação, não se defendeu, mas daí está lá na au-diência de instrução e julgamento e ele decide entrar no processo para tentar se defender. Ele vai pegar o processo como está, ele vai continuar dali, não vai voltar nenhum ato, não vai ter possibilidade de contestar, a contestação já precluiu. Vai pegar o processo como está, vai poder participar a audiência, vai poder produzir uma prova testemunhal se for o caso, enfim, quando ele entra em qualquer fase ele pega o processo como ele está.

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Então no caso de por exemplo, de ele querer que seja ouvida uma prova testemunhal ele tem que pegar o processo, tem que sair dessa revelia e vir até o processo, constituir um advogado até a data a audiência que é o momento a fase instrutória.

Isso aqui provavelmente o Gil deve ter tratado com vocês, mas é campeão de prova.

Curador especial, barbadinha. Quatro possibilidades possibilidades de curador especial. Pri-meiro, incapaz. Incapaz tem duas possibilidades, vai ser nomeado um curador especial para o incapaz quando ele não tiver representante legal ou então quando os interesses do represen-tante legal colidir com os interesses do incapaz, aí vai ser nomeado um curador especial que é a Defensoria Pública. As duas primeiras possibilidades vai para o incapaz, as outras duas pos-sibilidades vai para a revelia. Vai ser nomeado curador especial quando houver revelia de réu citado de forma ficta, é uma outra forma de falar. Se o réu for citado de forma ficta e ele é revel é nomeado um curador especial.

Se tu foi citado por edital ou por hora certa não é que vai ser nomeado um curador especial para ti, não é isso, se eles te falarem isso na prova está errado. Só vai ser nomeado um curador se tu for citado por edital ou por hora certa e não constituiu um patrono nos autos, não fez a tua defesa, revel, aí sim é hora certa.

E o outro caso a revelia é quando o réu estiver preso, foi citado de um outro processo que ele tinha se envolvido antes ou lá na cadeia mesmo, foi citado, não constituiu advogado, é revel e aí vai ser nomeado um curador especial. Réu preso não é obrigatório curadoria especial, o réu preso pode constituir um advogado particular, agora se ele for revel ai vai ser nomeado um curador especial.

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Então a gente tem duas no incapaz e na revelia a gente tem três.

Enquanto não constitui advogado, essa curadoria especial vai acabar no momento que o réu preso revel constituir advogado, está lá preso, foi citado, não se defendeu, revel, nomeado um curador especial, Defensoria Pública. No meio do processo a família dele decide que vai colocar um advogado particular para cuidar a causa dele. No momento que a família nomeia um advo-gado particular, a curadoria especial acaba, é enquanto ele não constituiu advogado.

Das alegações do réu

Ação sem reconvenção, ação normal aqui, o autor entrou contra o réu, na sua contestação, na sua defesa o prazo para contestar é de 15 dias, nessa contestação ele veio aqui e alegou que tinha um fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, por exemplo o contrato. O autor disse que devo para ele 5 mil reais em função de um contrato, na minha defesa eu digo que aquele contrato já foi adimplido, já foi pago, o que eu fiz? Eu aleguei um fato extintivo do direito, eu vou lá e junto um comprovante de pagamento, só que é um comprovante à mão, um recibo à mão e quando eu faço isso o juiz tem que abrir um prazo para o autor se manifestar e esse prazo também vai ser de 15 dias em função a paridade das armas de defesa, tem que ter os mesmos prazos e isso aqui é chamado tanto no processo quanto nas questões de réplica. Se eu tivesse só me defendido e não alegado nenhum desses fatos não ia ter a réplica. Esses prazos são direitos processuais, então são dias úteis.

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Pode ser feito, por exemplo, ou um julgamento antecipado do mérito e esse julgamento antecipado vai julgar todo o processo de forma antecipada, todos os pedidos. Esse julgamento antecipado do processo vai se basear nos art. 485 (sem mérito) e art. 487 (com mérito).

Ele pode julgar de forma antecipada então, essa decisão é muito importante, a gente não tem recurso né? Talvez tenha no novo edital, mas hoje como regra não cai recurso para nós.

Quando tem julgamento parcial de mérito, caso clássico, pedi dano moral e pedi dano material. O dano material está devidamente comprovado, a parte não controverteu, é incontroverso no processo, o juiz já está pronto para julgar mesmo antes de ter audiência de instrução e julgamento, por exemplo, ele pode ir lá e dar uma decisão antecipada parcial de mérito só sobre o dano material. O que ele fez? Ele não extinguiu o processo, ele não acabou com o processo porque o dano moral vai ser discutido, vai ter prova em audiência, vai juntar mais documentos, vai continuar o processo sobre o dano moral. Quando ele faz isso, e ele julga parcialmente o mérito o recurso cabível é agravo de instrumento, se ele fizer a mesma coisa e jogar totalmente o mérito não é mais agravo de instrumento, ai é apelação. Grava isso, isso resolve muitas questões, toda a vez que tiver uma decisão interlocutória, ou seja, não colocou fim ao processo, pode ser de mérito, pode ser sem entrar no mérito, uma causa, uma preliminar de mérito por exemplo, decisão interlocutória que não bota fim ao processo, agravo de instrumento ao recurso. Esse agravo de instrumento que a gente não vai estudar aqui a princípio está lá no art. 1.015 e ele tem um rol e ele diz assim: Cabe agravo de instrumento nesse, nesse e nesse caso. E aí agora o STJ veio e disse assim: Cabe agravo de instrumento mesmo não estando nesse rol se estiver comprovado a urgência. O que ele fez? Esse rol que agora era taxativo, agora pelo STJ tem uma taxatividade mitigada e isso a gente não vai entrar por que isso é só de recurso, se cair recurso a gente volta a falar nisso.

Mas lembra disso que a decisão é interlocutória, não colocou fim no processo, agravo de instrumento. Colocou fim no processo ai é apelação, não é agravo.

Esse caso como ele julgou parcial o mérito, apenas parcela do processo, julgou só o dano material e não o dano moral, agravo de instrumento.

Tudo que a parte juntou de forma documental está suficiente para ele ter uma convicção daquele direito, ele não precisa fazer uma audiência de instrução e ouvir testemunha, perícia, ele está satisfeito para julgar o processo, então ele pode fazer isso, ele pode julgar antecipadamente o mérito, antecipadamente o pedido.

O que mais cai em prova é esse aqui quando o réu for revel o efeito do art. 344 que é a presunção de que o autor falou é verdade, porque não estava naquelas exceções lá e não houver requerimento de prova pelo autor, ele só vai juntar documento mesmo. É um caso por exemplo, de que a parte entrou requerendo dano moral por inscrição indevida no SPC ou no Serasa, não precisa ouvir testemunha para isso é só levar documentalmente, o juiz não precisa

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dar andamento na fase instrutória. O banco, a operadora do cartão não contestou, foi revel o juiz não precisa esperar todo o trâmite, ele pode dar esse julgamento antecipado de mérito e esse julgamento antecipado de mérito com base na revelia, vai ser com resolução do mérito, ou seja, com base no art. 487.

O julgamento pode ser antecipado parcial de mérito. Quando que ele vai julgar parcialmente o mérito? Quando um ou mais dos pedidos mostrar-se incontroverso, como eu já falei anteriormente, o autor alegou, o réu não contestou, não falou nada ou então confessou mesmo na contestação ele disse que realmente deve isso, não precisa ficar discutindo mais, o autor falou que tem direito, o réu aceitou, é incontroverso. Então o juiz pode julgar antecipadamente de forma parcial o processo ou então quando ele estiver em condições de imediato julgamento na forma do art. 355 como a gente viu anteriormente.

A decisão quando julga parcialmente o mérito vai ser sempre líquida, não precisa ter um valor pré-determinado, a decisão pode ser uma decisão ilíquida para depois no momento a liquidação de sentença, lá no final do processo ela ser liquidada e api ter os cálculos dos valores certinhos, juros e correção e tudo mais.

Isso aqui é importante, não precisa dar uma caução, não precisa garantir o juízo como eles falam na prova, ainda que haja recurso contra esse interposto. Já pode sair executando de forma provisória.

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Passou o prazo para recorrer e a parte não recorreu, transitou em julgado, fez coisa julgada material, a execução será definitiva. Nesse caso aqui está pendente de recurso, pode sair executando, mas é execução provisória. Transitou em julgado passou o prazo lá, a parte não agravou, que é o caso do julgamento parcial, transitou em julgado, precluiu a possibilidade de se defender aí a execução vai ser definitiva, porque ela fez coisa julgada.

Fica em anexo lá no processo.

Não é por apelação, porque por apelação só cabe quando tem uma sentença e a sentença conforme a gente já viu lá, ela põe fim ao processo com base no art. 485 e art. 487.

O saneamento é o momento que o juiz organiza o processo, esse saneamento ocorre depois da audiência de conciliação e antes a audiência de instrução. Naquela linha do tempo nossa lá, ele pega e para e fala assim: Olha, a gente tentou conciliar, não deu para conciliar, o autor veio com a petição inicial dizendo A, B e C. O réu se defendeu de A e B e não se defendeu de C. Então C é incontroverso, eu vou julgar C agora ou então vou julgar depois, mas a matéria que a gente vai discutir nesse processo a partir de agora vai ser A e B.

Então o que ele faz no saneamento? Ele delimita o processo, faz todas as alegações, coloca as delegações que teve do autor e do réu e delimita o processo para o que vai ser discutido em audiência e o que ele vai sentenciar depois que está sendo controvertido no processo, ele delimita o que a gente vai discutir.

A gente chama isso aqui de despacho saneador.

Isso aqui o saneamento é mais importante por causa disso.

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A gente já vai ver em seguida, do ônus probatório que o autor tem o dever provar o fato constitutivo do seu direito. Se eu falar que tu me deve eu tenho que demonstrar esse fato através de provas, juntar um contrato, juntar alguma coisa. Agora o réu como regra, essa regra geral depois pode ser mudada, o réu ele tem o dever de trazer aqueles fatos modificativos ou extintivos do seu direito, por exemplo.

A fundamentação jurídica que está sendo importante para o processo.

Essa audiência pode ser suprimida se for um caso somente de direito e não for um caso de precisar de provas sobre os fatos.

Quando a gente faz uma audiência de instrução e julgamento ela serve como base para discutir e provar fatos, nunca vou ouvir uma testemunha para falar sobre o direito.

É um prazo só para ela se manifestar aí do despacho saneador ou de uma delimitação ou daqui a pouco sobre um ônus a prova se elas não concordam como foi delimitado no processo. Findo o qual a decisão vai se tornar estável, vai precluir para as partes o direito deles poderem alegar alguma manifestação contra esse despacho.

Lembra que eu falei para vocês que temos o princípio da cooperação e da colaboração? Então ele vai designar uma audiência só para discutir, não é uma audiência de instrução e julgamento é uma audiência só para discutir o que vai ser provado no processo, o que vai ser delimitado nesse saneamento.

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Então é o momento que as partes vai juntar as testemunhas, não é na conciliação como às vezes vem na questão.

Esse desenho a gente já tinha feito, as cinco fases do processo, aqui faltou, não coube, mas faltou a fase executória, mas só para a gente entender onde estamos agora no processo.

A gente viu a fase postulatória lá, que ela entra pelos atos processuais, depois fala um pouco a petição inicial, indeferimento, liminar, nulidades e tudo mais. No momento da fase postulatória a gente viu hoje audiência de conciliação e audiência de mediação. Aquela audiência prévia ali, lembrar dos 30/20, 30 para designar e 20 para citar.

Respostas do réu, duas respostas do réu contestação e reconvenção, vimos tudo isso aqui, depois que o réu responde vai ter o direito a réplica, mas vai ter a réplica naqueles 4 casos. Que a réplica não é reconvenção, é diferente. A reconvenção é uma coisa e a réplica é o autor se manifestando a contestação. Se o réu entrasse com uma reconvenção na contestação o autor teria direito a réplica e teria o direito a contestar a ação do réu, são coisas distintas, não confunde.

Passou a réplica vai ter o despacho saneador, parte de organização do processo que a gente estava falando agora a pouco, o juiz vai delimitar a matéria fática que vai ser provado que se for o caso vai designar a audiência de instrução e julgamento. Essa fase instrutória aqui dependendo em alguns processos não tem, porque a matéria é toda do direito. E depois a gente vai ter a fase decisória e a gente vai começar a entrar mais para frente, logo em seguida, a gente vai entrar na parte decisória, no cumprimento de sentença, na execução que é uma das principais e importantes matérias para o oficial de justiça.

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Isso aqui também é objeto direto em prova, quem é que é ouvido primeiro, quem é que é ouvido na frente de quem?

Olha só o resuminho aqui:

É importante destacar que o advogado do autor não pode pedir o depoimento pessoal do autor, quem pode pedir o depoimento pessoal é sempre o inverso. O advogado do autor pode pedir o depoimento pessoal do réu e o advogado do réu o do autor. Por que? Porque o autor, o momento de ele falar no processo é na petição inicial, então tudo que ele tinha para falar ele vai falar na petição inicial, o réu também, na contestação, então o advogado do réu não pode pedir na audiência o depoimento pessoal do seu cliente, ele pode pedir do outro, quem pode pedir é o juiz ou o advogado a parte contrária, essa regra é importante.

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Se eu chego lá como réu, por exemplo, e eu queria ouvir duas testemunhas, trouxe comigo duas testemunhas, dois conhecidos meus que conheciam o fato que estávamos discutindo ali. Se meu advogado não comparece a audiência, como regra eu não posso mais ouvir essas teste-munhas, o § 2º diz isso.

Isso eu sempre falo quando eu vou fazer a intimação a pessoa para a audiência, se ela não com-parecer e o juiz entender que ela precisa ouvir, principalmente com testemunha, testemunha odeia ir em audiência e aí se eu vou lá e faço uma intimação e ela não comparece e o juiz enten-de que ela precisa ser ouvida naquele processo, o que ele vai fazer? Ela vai adiar a audiência e por ela ter adiado a audiência ela vai cobrar as custas daquela audiência, todo mundo que teve que movimentar o processo, todo mundo que estava ali junto, na próxima audiência ele vai pedir um mandado de condução coercitiva e aí eu vou ter que voltar lá e conduzir aquela pes-soa, inclusive ela vai ter que pagar uma condução que vai para o Estado, que é uma condução do oficial de justiça, então ela vai ter prejuízo financeiro e dependendo do caso ela pode até responder por crime de desobediência. Então a gente sempre alerta isso até para não ter um retrabalho, para não ter que voltar lá na mesma intimação.

Sempre primeiro o autor depois do réu, inclusive nessa parte final. Já produzimos todas as pro-vas, já foi ouvido perito, depoimento pessoal do autor, depoimento pessoal do réu, testemu-nha do autor, testemunha do réu, nessa ordem, parte final, razões finais. Essas razões finais vão ter um prazo de 20 minutos para cada um. Primeiro 20 minutos para o advogado do autor,

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falar, fazer um resumo do que aconteceu naquela audiência para constar em ata e depois 20 minutos para o réu.

Esse prazo de 20 minutos tu tem que ver duas coisas importantes aqui o prazo das razões finais, mas se o juiz por ser complexas essas razões finais, a audiência foi muito longa, tem muita pro-va produzida, ele pode dar um prazo para ao invés de razões finais virar memoriais. Se vira me-moriais é porque a s partes vão fazer por escrito depois a audiência e protocolar no processo, então memoriais é por escrito.

Até aí tudo bem, o problema é os prazos, essas razões finais vão ter um prazo de 20 minutos podendo ser prorrogado por mais 10 minutos. Só que o problema é que se tem vários réus e vários autores, se têm litisconsórcio, digamos que tenha 3 réus, esse prazo aí não é de 20 para cada um, se tem mais de um réu a gente soma o total aqui e fica 30 minutos e a regra é que divide de forma igualitária para cada, fica 10 minutos para cada nesse meu exemplo. Mas essa regra pode ser convencionada entre as partes e aí por exemplo o réu primeiro não quer falar, o segundo precisa só de 5 minutos, então o terceiro fica com 25 minutos.

Quando tem litisconsórcio tu não pode esquecer que eu somo esse prazo a prorrogação.

Olha o que diz o artigo:

Então as razões finais chamadas de memoriais vão ser apresentadas depois a audiência de instrução e julgamento, quando for complexo o fato, seja o fato ou o direito que está sendo controvertido como por exemplo, uma das ações mais complexas que tem é a ação de reparação por dano médico, dano por erro médico, essas ações que são bem complexas normalmente têm memorial no final a audiência, são ações de valores normalmente muito altos e que no final vai ter normalmente memoriais.

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Como regra a gente vai ter uma audiência só, ela vai ser contínua, mesmo que tenha que ser prorrogada ela vai continuar como sendo a mesma audiência.

Exemplo do art. 365, o autor chega lá na audiência e alega que estava presente no fato a pessoa X. A pessoa X que está lá como testemunha no momento de seu depoimento, quando ela está falando lá como testemunha ela diz: Não, realmente eu estava lá no caso, mas também estava comigo o fulano de tal. Tá, mas o fulano de tal não foi arrolado como testemunha, se o juiz entender que é imprescindível ouvir a outra testemunha que não estava arrolada, que veio pelo depoimento a testemunha, ele pode incidir a audiência e mandar fazer uma nova audiência de instrução para ouvir essa nova testemunha.

Olha só, quando que vocês viram isso? Eu particularmente nunca vi, só em exemplo de faculda-de mesmo o juiz proferia a sentença em audiência. normalmente ele pega o processo, vai com o processo e tem que proferir a sentença. Esse prazo que é um dos prazos importantes só para a prova também, é difícil ser cumprido pela realidade do processo. Mas ele teria que proferir a sentença em audiência ou então se ele não está apto e ele quer levar o processo mais um tem-po ele teria 30 dias para proferir a sentença. E se ele não proferir, nada, não tem nenhuma co-minação legal para o juiz que não proferir em 30 dias. Inclusive na prática a gente vê muito isso, às vezes a sentença demora meses para ser proferida. Então esse prazo é um prazo importante só para a tua prova, eles podem dizer: Sentenças são proferidas em quantos dias? 30 dias. Mas na prática não tenha nenhuma cominação legal.

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Quem faz isso normalmente é o oficial escrevente ou técnico judiciário agora.

Por que é dispensada as partes? Porque o próprio advogado que vai assinar está representando as partes.

Como regra o procurador tem amplo poderes só que tem determinadas disposições na procuração, se não for uma procuração com poderes especiais, como por exemplo para transigir, para aceitar um acordo, para dispor de um direito, nesses casos específicos que na audiência a parte aceitou uma transação, por exemplo, só o advogado só assinar não vai bastar. O advogado vai poder assinar também nessa exceção se naquela procuração inicial que ele juntou o processo ele tinha esse poder, se ele não tinha esse poder é uma exceção que a parte também vai ter que assinar o termo a audiência.

Algumas disposições sobre as provas, eu falei para vocês que não vamos entrar em todas as provas, porque eu acho que não é o critério a aula. Mas alguns pontos importantes principalmente no que toca às questões eu preciso te falar.

Várias questões podem vir daqui, primeiro, quando ele fala assim: Todos os meios legais, aqui são provas típicas. Quando ele fala: bem como os moralmente legítimos, não especificados no código, são provas atípicas.

Questão de prova: No processo civil é permitido prova atípica? É. Não é permitido prova ilícita, cuida para não confundir isso. Provas ilícitas são vedadas, inclusives as que advêm de prova ilícita. Tem uma teoria que é uma teoria do fruto a árvore envenenada, quando a prova vem de uma prova ilícita, por exemplo, a prova vem de uma tortura, a tortura é ilícita, não pode e a prova vem de uma tortura, não pode ser usado no processo. Então nem as que vierem de uma prova ilícita, nem a própria prova ilícita.

Mas a prova atípica ela pode, hoje prova atípica no CPC, tem uma só e não me lembro agora, antes era considerado prova atípica fotos e imagens, áudios, essas que não tinham disposição, agora o código já elencou, ele trouxe, então quando tu tem uma disposição de por exemplo, áudio no whatsapp tu pode chegar, fazer uma ata notarial disso, levar no cartório, mostrar o áu-dio para o escrivão, ele vai transcrever e aquilo vai virar uma prova típica, está previsto no CPC. Agora provas atípicas não vem aqui para nós o caso e eu até não me lembro, mas elas também são aceitas quando moralmente legítimas.

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Para provar a verdade dos fatos, isso é uma outra questão importante, a prova ela não é sobre o direito como regra, a prova é sempre sobre os fatos, eu não preciso provar o direito para o juiz, só naqueles 4 casos que a gente já falou. E por fim vai influir eficazmente na convicção do juiz e aí as questões aqui vem cobrando um princípio importantíssimo do processo que é o princípio a persuasão racional. O vai decidir de forma fundamentada com base nas provas, mas as partes têm o direito, o dever de persuadir o juiz só que essa persuasão dele quando ele for decidir ele vai se basear nessa persuasão racional personalizada, então é para isso que as provas servem, para provar os fatos e influir ou influenciar de forma eficaz a convicção do juiz sobre aqueles fatos alegados.

Aqui eu só grifaria que pode também de ofício, não precisa ser necessariamente só requerida pela parte, pode ser de ofício.

Princípio a fundamentação de todas as decisões, ele precisa fundamentar quando ele indeferir as diligências inúteis ou meramente protelatórias. Por exemplo, não quer ouvir uma testemunha, acha que não é preciso, ele já está bem convicto do direito a parte autora, ele não quer ouvir uma testemunha, ele pode indeferi, mas ele não pode dar só um canetaço dizendo apenas que a testemunha não irá ser ouvida, ele tem que fundamentar o porquê de não ouvir a testemunha.

Ele vai valorar a prova de uma forma fundamentada depois na decisão, a forma que ele melhor entender por processo, essa valoração vai ser o juiz que vai fazer.

Isso a gente chama de prova emprestada, quando ele fizer uma prova emprestada, por exemplo, teve um processo: Eu entrei com um processo contra a Simone, aqui no processo civil, mas esse processo que eu entrei contra ela é em razão de uma reparação por danos materiais em função de uma agressão e eu entrei com o mesmo processo na justiça criminal e lá na justiça criminal a gente teve uma audiência, fez uma prova, uma perícia, um corpo delito, alguma coisa assim. Se eu quiser usar aquela perícia, aquela prova o requisito mais importante para utilizar da prova emprestada é que tenha o contraditório lá nas mesmas partes e se forem partes diferentes e eu quiser usar as provas aqui eu tenho que ter o contraditório aqui também. O contraditório a gente chama de contraditório de duplo grau, tanto na prova que foi produzida no processo, tem que ter o contraditório lá e assim no contraditório no processo que eu estou trazendo a prova aqui.

Feito pessoal, até a próxima aula.