títuloabstractintroduçãométodoresultadodiscussão partes de um manuscrito helena martins, 2008

Título Abstract Introdução Método Resultado Discussão

Partes de um Manuscrito

Helena Martins, 2008


Título da Página

Deve sumarizar o conteúdo com simplicidade e estilo: deve, por si só, dar uma ideia do conteúdo do artigo;

Um bom título é fácil de “comprimir” no título usado para fins editoriais (running head);

Os títulos são indexados em diferentes bases de dados: evitar palavras sem nenhum propósito útil (“métodos”, “resultados”, “Um estudo”, etc.). Não usar abreviaturas (para facilitar a indexação!)

Running head –título abreviado, usado no topo de um paper para o identificar para os leitores;


Título da Página

Nome(s) do(s) Autor(es) e afiliação institucionalNome, Inicial do nome do meio e Sobrenome;Usar sempre a mesma forma nominal ao longo

da carreira, para evitar confusões;


Abstract

O Abstract pode ser o parágrafo mais importante do artigo inteiro;

Serve essencialmente para ajudar a decidir o leitor se vai ler o artigo ou não, perante uma situação de pesquisa bibliográfica, por exemplo.

Inserir palavras chave;


Abstract

Um bom Abstract éRigorosoAuto-contidoConciso e EspecíficoNão emite juízos de valorCoerente e legível


Abstract

No caso de um estudo empírico, deve descrever:O problema a ser investigado, se possível em

apenas uma frase;Os sujeitos.


Introdução

Ajude os leitores a compreender a potencial contribuição do seu estudo. Por exemplo, em cerca de duas páginas deve:Especificar o domínio de interesse Indicar em que aspecto específico do domínio se

pretende contribuir;Especifique porque é que o seu estudo vai trazer um

valor acrescentado à literatura existente (essencialmente através explicitação de lacunas ou omissões da literatura até agora)


Fazer a Introdução

O primeiro parágrafo precisa de definir claramente o(s) propósito(s) do estudo e a sua relevância.Não deixar essa tarefa para os leitores (revisores!)

Certique-se que define os construtos-chave. Os leitores até podem não concordar com a sua

definição, mas se definir e citar outros trabalhos que usem essa definição, é mais difícil para eles discordar.



Colocar a hipótese de forma explícita.É útil para os leitores (revisores) que as

hipóteses sejam numeradas e colocadas no texto. Por exemplo:

H1: Os revisores criticam as hipóteses sem desenvolvimento e justificação teórica suficiente.



Citar descobertas empíricas prévias:Não exclui a necessidade de encontrar uma

justificação teórica para a hipótese. É importante para demonstrar que se leu a

literatura.Quando se citam estudos empíricos para todas

as hipóteses, isso sugere que se trata de uma replicação de investigação prévia, e portanto a sua contribuição pode ser vista como minimal.



Fornecer os modelos aos leitores, tendo atenção às sugestões de relação causal, a menos que o estudo aponte para inferências causais.

Comparar modelos é uma coisa útil, mas o design deve cumprir critérios de justiça e transparência.


Método

Descrever com acuidade:Participantes;Medidas;Procedimentos para a recolha de dados;O Contexto (cada vez mais valorizado)

Tamanho do artigo


Método

Secção de Análise Obrigatória numas revistas, mas não noutras.Quando em dúvida, incluir: pelo menos não

será a sua falta o motivo da rejeição do artigo.

O Estilo APA não requer uma secção de análise, a menos que haja alguma mudança ou novidade metodológica, etc.


Método

Grau de detalhe na descrição metodológica:A regra-base é permitir aos leitores compreender

aquilo que realmente foi feito, para que tenham uma ideia da qualidade dos dados e mais ou menos confiança nas descobertas.

Usar artigos recentemente publicados na revista-alvo como um guia do nível de detalhe a usar.


Resultados

Não esquecer a tabela 1, com a estatística descritiva básica ;

Incluir todos os dados estatísticos relevantes e não apenas os significativos;

Em geral, incluir effect sizes, bem como as estatísticas de teste. Algumas revistas também requerem intervalos de confiança.


Resultados

Mais uma vez, o melhor guia é um artigo publicado recentemente na revista-alvo, usando os mesmos procedimentos estatísticos.

A ordem de apresentação na secção dos resultados deve ser consistente com a da secção da hipóteses, incluindo a referência aos números das mesmas.


Resultados

Todas as tabelas têm de ser compreensíveis sem a leitura do texto.

Embora uma imagem valha mais que mil palavras, estas são mais caras de reproduzir que o texto.


Discussão

Fazer um breve sumário dos resultados do estudo.

Espera-se uma secção que comece com “As nossas conclusões extendem a investigação anterior nesta área das seguintes formas. Primeiro…, Segundo…, Terceiro…”

Esta secção será um paralelo com a Introdução.


Discussão

Incluir esta secção permite aos leitores perceber se as contribuições esperadas, descritas na introdução se verificaram ou não, pelos dados obtidos.

É necessária alguma redundância. Os leitores não têm de se recordar de todas as hipóteses nem de todos os resultados.

Mas é preciso ir além da hipótese e dos resultados.


DiscussãoO que é que significa – relativamente à teoria,

compreensão do fenómeno em questão? Associar as descobertas com os argumentos da introdução.

Quais são as implicações práticas e aplicadas? (Especialmente nas revistas americanas)

O que é preciso fazer a seguir?Expandir o pensamento sem ir além dos dados (é

uma linha muito ténue…)


DiscussãoReconhecer as maiores limitações do

estudo reconhecendo que não há estudos perfeitos.Ser honesto;Fornecer evidência e um racional relativamente à

seriedade das limitações;Don’t shoot yourself in the foot.Não terminar a discussão (e o manuscrito) com

as limitações.

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