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Aula 2 Tipos de Mecanismos Prof.: Ricardo Humberto de Oliveira Filho

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Cinematica e Dinamica de Mecanismos / Tipos de Mecanismos

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  • Aula 2 Tipos de Mecanismos

    Prof.: Ricardo Humberto de Oliveira Filho

  • MECANISMOS

    Levando-se em conta os mecanismos em sua totalidade, estes podem ser divididos

    conforme representado no diagrama.

  • MECANISMOS

    Dentre os mecanismos mecnicos destacam-se:

    Mecanismos de movimento uniforme: engrenagens, rodas de atrito, mecanismo de

    rosca e os de acoplamento flexvel.

    Esto comumente fornecidos como completas unidades de montagem, muitas vezes

    como itens de prateleira.

    Neste ramo, do ponto de vista cinemtico no h muito o que mudar, e a atual

    pesquisa centraliza-se, principalmente, nos problemas de aperfeioamento do

    material e da manufatura, como tambm no desenvolvimento de um uniforme e

    completo clculo fundamental, onde tenta-se incorporar todos os fatores de

    influncia.

  • MECANISMOS

    Mecanismo de movimento peridico: mecanismos de barras, cames, engrenagens

    no-circulares e mecanismos intermitentes.

    Os mecanismos de movimento peridico, so elementos de mquinas que no so

    fornecidos como unidades pr-fabricadas e devem ser projetados para cada caso.

    Em todas as mquinas que usam esses mecanismos peridicos, o desempenho

    global e a eficincia dependem principalmente de inventividade e aprimoramento

    do projeto destes mecanismos.

  • MECANISMOS

    Mecanismos planos e mecanismos tridimensionais: Uma outra classificao

    distingue, tambm, mecanismos planos, com os membros localizados nos planos

    paralelos, e mecanismos tridimensionais.

    Nos tridimensionais destacam-se os mecanismos esfricos, cujos eixos de rotao

    interceptam num ponto, e os espaciais com os eixos em posies arbitrrias.

    As figuras a seguir mostram alguns exemplos de mecanismos de movimento

    peridico, classificados em mecanismos planos, esfricos e espaciais.

  • MECANISMOS

  • MECANISMOS

  • MECANISMOS

  • MECANISMOS

    Mecanismo de 4 barras

    O mecanismo de quatro barras, chamado tambm quadriltero articulado, o mais

    usado graas a sua extrema simplicidade e robustez.

    Todavia, os mecanismos de mais barras tm sido extensamente utilizados,

    principalmente nos casos onde as exigncias so maiores, e o de quatro barras no

    satisfaz os requisitos tcnicos.

    Somente em casos muito espordicos, o desejado movimento pode ser reproduzido

    de maneira teoricamente exata. Na maioria dos casos, uma reproduo aproximada

    h de satisfazer as condies predeterminadas.

  • MECANISMOS

    A reproduo ser exata somente em um nmero limitado de pontos, chamados

    pontos de preciso, diferindo no espaamento entre eles de uma grandeza

    geralmente com efeito desprezvel na prtica.

    Embora, de um modo geral, sua configurao geomtrica seja muito simples, o

    projeto de um mecanismo de barras pode apresentar srios problemas e requer,

    muitas vezes, sofisticao matemtica.

  • MECANISMOS

    A pea 1 representa o suporte ou estrutura, geralmente estacionria. A manivela 2

    a pea acionadora que pode girar ou apenas oscilar. Em ambos os casos, a pea 4

    (balancim) ir oscilar. Se a pea 2 gira, o mecanismo transforma movimento de

    rotao em oscilao. Se a manivela oscila, o mecanismo ento multiplica o

    movimento de oscilao, atravs da pea 3 (biela).

  • MECANISMOS

    Enquanto a manivela 2 gira, no h perigo de travamento do mecanismo.

    Entretanto, se esta oscila, deve-se tomar cuidado no dimensionamento dos

    comprimentos das peas para evitar pontos mortos de modo que o mecanismo no

    pare em suas posies extremas (travamento). Estes pontos mortos ocorrero

    quando a linha de ao da fora acionadora tiver a mesma direo da pea 4,

    conforme indicado na linha tracejadaAB.

  • MECANISMOS

    Alm dos possveis pontos mortos em um mecanismo de quatro barras, necessrio

    verificar se o ngulo de transmisso entre as peas 3 e 4, representado por , atende

    s recomendaes de projeto.

    Uma equao para o clculo do ngulo de transmisso pode ser deduzida aplicando

    a Lei dos cossenos aos tringulos AO2O4 e ABO4:

  • MECANISMOS

  • MECANISMOS

    Em geral, o ngulo de transmisso mximo no deve ser maior do que 140 e o

    mnimo no deve ser inferior a 40 se o mecanismo for empregado para transmitir

    grandes foras.

    O mecanismo de quatro barras ainda pode assumir vrias formas de montagem:

  • MECANISMOS

    Manivela e balancim

    Os apoios 1 consistem numa carcaa ou base geralmente estacionria. O elemento

    2 gira completamente, e o elemento 4 oscilar. O mecanismo transforma rotao

    em oscilao. Neste caso, quando o elemento 2 o motor e apto rotao

    completa, no h possibilidade de ponto morto.

  • MECANISMOS

    Duplo balancim

    Ambos elementos, 2 e 4, oscilam, deve-se evitar pontos mortos que podem paralisar

    o mecanismo. Estes pontos mortos ocorrero quando a linha de ao da fora

    motora coincidir com o eixo do elemento 4.

  • MECANISMOS

    O mesmo poder ocorrer no caso em que, embora o elemento 2 possa girar

    completamente, o elemento 4 seja o motor, neste caso o ponto morto combatido

    com a utilizao de um volante de inrcia.

  • MECANISMOS

    Dupla manivela com retorno rpido

    uma inverso do mecanismo anterior onde a base passou de AD para AB. Se a

    manivela AD for a condutora com AD= cte, a manivela BC conduzida ter uma

    BC (MDIA) ,que numa determinada parte do ciclo menor do que AD e em outra

    maior ou de retorno rpido.

    Esta alterao ocorre sempre que a biela CD

    for paralela base AB.

    Condies para evitar pontos mortos no

    mecanismo:

    1) AD >AB 2) BC >AB;

    3) CD < BC+AD AB 4) CD >AB + BC - AD

  • MECANISMOS

    Paralelogramo articulado

    Neste mecanismo o elemento AB igual e paralelo ao elemento DC, o mesmo

    acontece com o elemento AD e BC. Assim BC tem seu deslocamento sempre

    paralelo base AD.

    Independente do elemento condutor, tem-se dois pontos mortos, a figura mostra um

    deles no alinhamento das manivelas e biela, pontos A, BM , D e CM,.

    Tem-se ainda 4= 2 , pois

    AM = DN

    Ou seja 4 . DN = 2 . AM

  • MECANISMOS

    Exemplo: Rodas motrizes de locomotivas, sempre em pares, sendo os mecanismos

    defasados e em rodas opostas para vencer os pontos mortos.

  • MECANISMOS

    Manivelas anti-rotativas

    Neste mecanismo AB = DC e AD = BC, mas no so paralelos como no exemplo

    anterior. Neste caso as manivelas giram em sentidos opostos e com isto AM

    diferente de DN e 4 diferente de 2. Se AB condutora (entrada), a

    conduzida DC deve possuir um dispositivo para ultrapassar os pontos mortos,

    por exemplo, um volante de inrcia acoplado ao eixo.

  • MECANISMOS

    Sistema biela-manivela (Mecanismo com par deslizante)

    Esse mecanismo largamente usado e sua maior aplicao em motores de

    combusto interna. A figura mostra a base, a manivela, a biela e o pisto. No motor

    de combusto interna, os gases exercem sua presso sobre o pisto, transmitida

    manivela por intermdio da biela.

  • MECANISMOS

    Os dois pontos mortos PMS e PMI ocorrem nas posies extremas do pisto

    (alinhamento da biela com a manivela) e so superados pela instalao de um

    volante de inrcia no eixo da manivela.

  • MECANISMOS

    Mecanismo de retorno rpido

    Esses mecanismos so usados em mquinas-ferramentas para dar-lhes um curso de

    corte lento e um retorno rpido com a utilizao de uma manivela motora com

    velocidade angular constante.

    No projeto de um sistema de retorno

    rpido, importante que a razo entre

    tempo de avano e tempo de retorno seja

    maior que a unidade.

  • MECANISMOS

    Exemplo: Mecanismo de Plaina Limadora

    Na figura observa-se a rotao completa da manivela b e a oscilao do balancim d,

    comandado pelo par deslizante c que percorre um ngulo de retorno menor do que

    o ngulo de trabalho (corte).

  • MECANISMOS

    Mecanismo de alavanca articulada

    Este mecanismo tem muitas aplicaes onde se necessita vencer uma grande

    resistncia com uma pequena fora motriz, como no caso das prensas mecnicas. A

    figura mostra um exemplo onde as peas 4 e 5 tm o mesmo comprimento.

  • MECANISMOS

    medida que os ngulos diminuem e as peas 4 e 5 se tornam quase alinhadas, a

    fora F necessria para vencer uma dada resistncia P decresce conforme a relao:

    F/P =2tg .

    Um britador ou uma prensa utilizam este mecanismo para vencer uma grande

    resistncia com uma pequena fora.

  • MECANISMOS

    Mecanismo garfo escocs

    Este mecanismo capaz de gerar movimento harmnico simples (MHS).

    Inicialmente era empregado em bombas a vapor, mas atualmente usado como

    mecanismo de mesas vibratrias e gerador de seno e cosseno.

  • MECANISMOS

    O raio r da manivela girando a uma velocidade angular constante r e a projeo do

    ponto P sobre o eixo x (ou eixo y) se deslocam com movimento harmnico simples.

    O deslocamento, medido da direita para a esquerda, a partir da interseo da

    trajetria de P com o eixo x dado por: ondecos rx r r r rt

  • MECANISMOS

    Mecanismos traadores de retas

    So mecanismos projetados de modo que um ponto de uma das peas se mova em

    linha reta. Dependendo do mecanismo, esta linha reta poder ser aproximada ou

    teoricamente exata.

    Um exemplo de um mecanismo traador de retas aproximadas o mecanismo de

    Watt.

  • MECANISMOS

    O ponto P est localizado de tal modo que os segmentos AP e BP so inversamente

    proporcionais aos comprimentos O2A e O4B. Portanto, se as peas 2 e 4 tiverem o

    mesmo comprimento, o ponto P dever estar no meio da pea 3.

  • MECANISMOS

    Mecanismo Peaucellier

    um mecanismo que pode gerar uma linha reta exata. A figura mostra um exemplo

    onde as peas 3 e 4 so iguais. As peas 5, 6, 7 e 8 tambm so iguais e a pea 2

    tem seu comprimento igual distncia O2O4.

  • MECANISMOS

    Mecanismos came-seguidor

    Vrios so os critrios que possibilitam a classificao do mecanismo came-

    seguidor.

    Se o critrio for a forma do came, consideram-se trs grupos principais, a saber:

    cames de translao, cames de disco e cames cilndricas.

  • MECANISMOS

  • MECANISMOS

    Outra forma de agrupamento do mecanismo came-seguidor o que se baseia no

    tipo do seguidor, o qual pode classificar-se segundo trs critrios bsicos: quanto

    ao movimento, quanto trajetria e quanto ao contato. Deste modo, relativamente

    ao movimento permitido pode haver seguidores translacionais ou seguidores

    oscilantes.

  • MECANISMOS

    Se classificarmos a trajetria do seguidor em relao ao eixo da came pode-se ter

    seguidores radiais ou seguidores transversais (axiais).

  • MECANISMOS

    Se classificarmos o seguidor pela forma como este faz contato com a superfcie da

    came, pode haver seguidores de faca, de rolete, de prato (ou plano) e esfrico.

    Neste caso, as escolhas sero em funo da rea de contato e restries de

    lubrificao.

  • MECANISMOS

  • TRANSMISSO DO MOVIMENTO

    A transmisso de movimento entre duas ligaes de um mecanismo pode ser

    efetuada de trs formas diferentes, a saber:

    - Contato direto: como nos casos das cames e das engrenagens

    - Ligao intermediria: como no caso da biela do sistema biela-manivela

    - Ligao flexvel: caso das transmisses por correia e por corrente

  • TRANSMISSO DO MOVIMENTO

    Contato Direto

    Na Figura, o elemento 2 o came, sendo ento o rgo motor, e o elemento 3 o

    seguidor, sendo ento movido.

    O contato se d no ponto P, no

    instante representado.

  • TRANSMISSO DO MOVIMENTO

    [PM2] a velocidade da came no ponto P, ou seja, a velocidade do ponto P

    determinvel atravs do conhecimento da velocidade angular do came 2 e da

    distncia PO2.

    Por sua vez [PM2] pode ser decomposto

    segundo as direes normal e tangencial ao

    ponto de contato.

  • TRANSMISSO DO MOVIMENTO

    Por outro lado, supondo que as duas superfcies no perdem o contato, a

    componente normal da velocidade no ponto P, enquanto pertencente ao came, ser

    igual componente normal da velocidade desse mesmo ponto, enquanto

    pertencente ao seguidor.

    Conhecida a componente normal, e

    como a direo de [PM3]

    perpendicular a [O3P], pode-se calcular

    o valor de [PM3]. Assim, torna-se

    possvel determinar o valor da

    velocidade de rotao do seguidor,3.

  • TRANSMISSO DO MOVIMENTO

    Geometricamente tambm possvel relacionar 2 com 3. Para isso a traagem de

    paralelas linha de ao T, passando pelos centros de rotao O2 e O3, definem os

    pontos e e f por intercepo com a normal comum.

  • TRANSMISSO DO MOVIMENTO

    Sabendo que:

  • TRANSMISSO DO MOVIMENTO

  • TRANSMISSO DO MOVIMENTO

  • TRANSMISSO DO MOVIMENTO

    Assim, para um par de superfcies curvas em contato direto, as respectivas

    velocidades angulares so inversamente proporcionais aos segmentos determinados

    na linha de centros pela normal comum.

    Conclui-se que, para dois corpos em contato direto terem razes de velocidade

    constante, a normal comum deve interceptar a linha de centros num ponto fixo.

    Isso acontece, por exemplo, nas rodas dentadas.

  • TRANSMISSO DO MOVIMENTO

    Transmisso por Ligao Intermdia

    Atravs de um mtodo anlogo ao anterior, pode-se determinar a relao de

    velocidades angulares entre ligao motora e movida.

    Onde:

  • TRANSMISSO DO MOVIMENTO

    Transmisso por Ligao Flexvel

    Considerando a transmisso por correia: