tintas e vernizes

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CAPÍTULO 10 TINTAS, VERNIZES, ESMALTES E LACAS 1. DEFINIÇÃO DE TINTA Material de revestimento, de consistência líquida ou pastosa, apto a cobrir, proteger e colorir as superfícies de um objeto. Podem ser: Brilhantes ou opacos; Transparentes ou não; Coloridos ou incolores e resistentes a determinados tipos de agentes agressivos. Aplicação funcional da cor: - Vermelho, laranja, amarelo: cores quentes excitantes e vibrantes; - Verde, azul claro: cores frias sensação de tranquilidade e certa monotonia; - Azul escuro, cinza quietude e suavidade; - Cores escuras dão maior sensação de peso; - Cores claras dão maior dimensão às superfícies. Funções de uma pintura: - Proteção da base (Ex.: corrosão metálica); - Proteção do interior da edificação (estanqueidade, propriedades térmicas); - Estética: decoração interna e externa do edifício; - Higiene: facilidade de limpeza de paredes, pisos, forros. Requisitos básicos p/ obtenção de uma pintura durável: - A tinta deve ser de boa qualidade; - A tinta deve ser adequada ao fim a que se destina: tipo de base, meio ambiente, etc.; - A base deve ser corretamente preparada: limpeza adequada, fundo preparador, etc.; - A aplicação deve ser efetuada adequadamente. 2. TINTAS 2.1 Generalidades: Ö Composição:

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Page 1: Tintas e Vernizes

TINTAS, V

1. DEFINIÇÃO DE TINTA

Material de revestiment

e colorir as superfícies de u

ou não; Coloridos ou in

agressivos.

→ Aplicação funcional da

- Vermelho, laranja, am

- Verde, azul claro: cor

- Azul escuro, cinza → q

- Cores escuras dão mai

- Cores claras dão maior

→ Funções de uma pintura

- Proteção da base (Ex.

- Proteção do interior d

- Estética: decoração in

- Higiene: facilidade de

→ Requisitos básicos p/ ob

- A tinta deve ser de boa qu

- A tinta deve ser adequa

etc.;

- A base deve ser corretam

- A aplicação deve ser efet

2. TINTAS

2.1 Generalidades:

Composição:

CAPÍTULO 10

ERNIZES, ESMALTES E LACAS

o, de consistência líquida ou pastosa, apto a cobrir, proteger

m objeto. Podem ser: Brilhantes ou opacos; Transparentes

colores e resistentes a determinados tipos de agentes

cor:

arelo: cores quentes → excitantes e vibrantes;

es frias → sensação de tranquilidade e certa monotonia;

uietude e suavidade;

or sensação de peso;

dimensão às superfícies.

:

: corrosão metálica);

a edificação (estanqueidade, propriedades térmicas);

terna e externa do edifício;

limpeza de paredes, pisos, forros.

tenção de uma pintura durável:

alidade;

da ao fim a que se destina: tipo de base, meio ambiente,

ente preparada: limpeza adequada, fundo preparador, etc.;

uada adequadamente.

Page 2: Tintas e Vernizes

- Resina ou veículo não volátil: líquido espesso que ao secar forma uma película

sólida aglomerando, as partículas de pigmento.

→ Resinas naturais ou sintéticas (poliméricas), óleos secativos.

* Podem ser fornecidos sólidos ⇒ devem ser diluídos com um solvente

apropriado para ser incorporado às tintas.

* Podem ser fornecidos líquidos em soluções com solventes (devido ao processo

de fabricação).

- Solvente ou veículo volátil: líquidos orgânicos ou aquosos totalmente voláteis que

conferem viscosidade adequada para a aplicação da tinta, contribuir p/ o seu

nivelamento e secagem, e facilitar na formulação.

Após a secagem ou cura completa da tinta, os solventes devem ter deixado

totalmente a película.

→ Ex.: água (tintas látex), álcoois, acetona, toluol, etc.

- Pigmentos: partículas extremamente pequenas (sólidos microdivididos), insolúveis

no meio e totalmente não-voláteis.

→ Coloridos, não coloridos, anti-corrosivos.

- Aditivos: Proporcionam características especiais às tintas ou melhorias na suas

propriedades: agentes secantes, cargas, anti-mofo, dispersante, anti-espumantes, anti-

sedimentante, plastificantes, etc. Podem estar já presente na tinta ou adicionados na

hora da aplicação (Ex.: secantes).

Obs.: A formação do filme de tinta está relacionada com o mecanismo das reações

químicas do sistema polimérico, embora os outros componentes (solvente,

pigmentos e aditivos) podem ter influência no sentido de retardar, acelerar e até

inibir estas reações.

Processamento de uma pintura:

1) Preparação da superfície;

2) Aplicação eventual de fundos, massas, condicionadores (selador);

3) Aplicação da tinta de acabamento.

Page 3: Tintas e Vernizes

Selador (tinta de fundo, “primer”): Aplicado antes da tinta de acabamento.

- Melhorar a adesão da tinta,

- Isolar a superfície da tinta para aumentar seu rendimento (superfícies porosas e

absorventes);

- Inibir o desenvolvimento de ferrugem: uso de pigmentos anti-corrosivos (Ex.:

cromatos de zinco);

- Melhorar o acabamento ( Ex.: corrigir os defeitos de superfície);

- Alcali resistente (Ex.: estireno-butadieno).

Obs.: Cada fabricante tem seu selador apropriado p/ cada caso particular. Ex.:

Látex → selador: própria tinta diluída em um pouco de água.

Massa corrida (massas p/ ponsar, niveladores): Para dar à superfície a

aparência lisa ou rugosa desejada (as vezes preenchem o papel de selador).

- A base de resina alquídica ou nitrocelulose ou PVA ou óleo, plastificante, cargas

(gesso, talco, carbonato de cálcio, etc.)

⇒ Higroscópicos:

- Usar a massa recomendada pelo fabricante da tinta que se irá usar;

- Não podem ser usadas em exteriores ou se for o caso devem ficar ao abrigo do

sol e da umidade ⇒ Estalam;

- Aplicar tinta de fundo fosca antes de passar a massa.

⇒ Maior aderência:

- Depois de secar, lixar suavemente.

⇒ Uniformidade de absorção da tinta de acabamento:

- Em certos casos a massa é aplicada e depois tratada à escova,escovão, espatula,

pincel, etc.

Ex.: Crepi: massa corrida de gesso e farinha aplicada sobre a parede já selada e

impermeabilizada → É aplicado e batido a escovão.

2.2 Propriedades das resinas: Dureza, flexibilidade, resistência à abrasão,

resistências químicas, adesão, secagem e cura, durabilidade e aplicabilidade são

governadas pelas resinas.

→ Os filmes podem ser obtidos a partir de dois mecanismos básicos de secagem:

termoplástico e termofíxo.

Page 4: Tintas e Vernizes

→ Tabela 1: comparação de propriedades entre os sistemas de resinas existentes.

Tabela 1: comparação de propriedades entre os sistemas de resinas existentes

MECANISMOS EXEMPLOS APLICAÇÕES

Evaporação do solvente

de uma solução

Tintas vinílicas

Borracha clorada

Automóvel

Evaporação de uma das

fases de uma emulsão

Emulsões PVA

Emulsões acrílicas

Tintas residenciais

Polimerização

pelo calor

Alquídicas-melamina

Uréia-melamina

Acabamentos originais de

autos, eletrodomésticos

Polimerização por

oxidação ao ar

Tintas a óleo

Esmaltes alquídicos

Tintas residenciais

Polimerização

com catalizadores

Melamina-formol

Uréia-formol

Pisos em geral

Polimerização entre

dois componentes

Epóxi

Fenólicos

Pisos

Polimerização com o

próprio solvente

Resinas poliéster Pisos e acabamentos

especiais

→ Formação de filmes.

2.3 Principais tipos de tintas (resinas):

Óleos gliceridos: linhaça, tungue, mamona cru, etc.

→ Secagem lenta, baixa resistência à intempérie, amarelamento,

termoplasticidade (amolecimento pelo calor);

→ Recomendadas p/ madeiras e metais (formam um filme flexível e elástico que

resiste às variações dimensionais);para alvenaria usar um bom selador (sensíveis à

alcalinidade).

Resinas alquídicas (tintas sintéticas foscas ou a óleo foscas):

→ Polialcohol + poliácido → poliéster ⇒ Grande versatilidade;

→ Surgiram da necessidade de melhorar as propriedades físico-químicas dos

óleos usados em tintas: poliéster modificado por óleos;

Page 5: Tintas e Vernizes

→ Aplicadas sobre alvenaria e madeira em interiores e exteriores, somente em

interiores para metais.

Não devem ser usadas em paredes novas, a não ser que haja boa selagem

(atacadas pela cal).

Resinas celulósicas: ésteres celulósicos.

→ Filme se forma por evaporação de solvente;

→ Aplicação: spray, imersão, rolo.

Resinas hidrocabonadas:

→ Em tintas e vernizes são misturadas com resinas alquídicas :melhora dureza,

brilho e repelência à água.

Borracha clorada

→ Inércia química, baixa permeabilidade do oxigênio e gás carbónico.

- Proteção dos metais: tintas de fundo p/ tubulações;

- Revestimentos antichama;

- Tintas p/ demarcação de tráfego, alvenaria, piscinas.

→ Indicadas p/ ambientes com alta umidade ou imersas.

Resinas epoxídicas (epóxi)

→ Tintas protetoras de alto desempenho.

- para manutenção industrial;

- para revestimentos de alta resistência química, aderência e resistência à

abrasão;

- para formulação de tintas marítimas.

→ Comportamento insatisfatório ao intemperismo natural (racham, calcinação,

amarelamento) ⇒ Misturas com outras resinas.

Resinas melamínicas: estabilidade ao calor, durabilidade (resiste as intempéries),

dureza.

+ Resina alquídica: cura + rápida, resistência às intempéries, estabilidade da

cor

+ Resina epóxi: aderência, resistência química e mecânica

+ Resina acrílica: revestimento de automóveis, eletrodomésticos, chapas de fibra

de madeira prensada.

Page 6: Tintas e Vernizes

Resinas poliuretânicas

→ Mono-componente de cura através da umidade do ar: dureza, resistência a

abrasão (mas, evitar a umidade após enlatamento) → Vernizes p/ pisos;

→ Mono-componente de cura através da ação do calor (150 °C);

→ Bi-componente (mistura antes da aplicação): excelente resistência química e

aderência sobre plásticos, madeiras, metais e concreto.

Resinas fenólicas

→ Usadas em combinação com resinas alquídicas ou epoxídicas;

⇒ Aderência e resistência química.

→ Uso em tintas de fundo (primer)

- Epóxi-fenol: fundos p/ indústria automóvel, revestimentos internos de latas para

alimentos e bebidas;

- Alquídica-fenol: manutenção anticorrosão, construção naval.

Resinas acrílicas

→ Lacas acrílicas em substituição das lacas nitrocelulósicas (automóvel);

→ Tintas: resistentes às intempéries, alta dureza, resistência química, excelente

aspecto.

Dispersões aquosas (emulsões): Látex acrílicos e vinílicos (PVA, PVC)

→ Mesmas propriedades que as tintas acrílicas, mas o solvente é a água ⇒

Economia, segurança, não poluídora (sem odor), facilidade de aplicação;

→ Recomendadas p/ paredes novas (boa resistência à alcalinidade,umidade e

deixam a parede “respirar”);

→ Látex acrílico: interiores e exteriores

Látex PVA: interiores

Látex PVA p/ exteriores: PVA plastificado por copolímeros

Tintas a cal

→ Mais econômicas, dão à superfície aparência fosca, lisa, são de fácil aplicação

e deixam a parede respirar

→ Qualidade inferior, pouco aderente à madeira e metais

⇒ Uso p/ pintura de alvenaria.

→ Preparação

Cal pura + água suficiente p/ conseguir uma consistência leitosa e não aquosa +

0,5 % em volume de óleo de linhaça.

Page 7: Tintas e Vernizes

→ Processo de pintura

- Selador: cal + água

- Tinta de acabamento: cal + água + pigmento + cola (Ex.: alúmen 1:5 em

volume / água).

Tintas de cimento

→ Melhor qualidade que as tintas a cal (secagem + rápido) mas inferiores as

tintas de plástico (mas mais económicas);

→ Pouco aderente à madeira e metais → Uso p/ alvenaria;

→ Aplicação em internas e externas (+ aditivos impermeabilizantes);

→ Preparação:

- Dependendo do tipo, deve ser feita entre 2 e 48 horas antes da aplicação;

- 1 kg de pó p/ 2-3 litros de água + 10 g de óleo de linhaça;

- Para superfícies externas: molhar a superfície antes da aplicação.

Tintas anti-oxidantes

→ Proteção contra ferrugem aplicada com primer;

→ Zarção (sequióxido de chumbo) + óleo de linhaça;

→ Plumbato de cálcio, cromato de zinco, tintas asfalticas, Fosfato de zinco (não

perigoso para saude).

Tintas hidrofúgas: repelem a água sem selar a parede → Silicone

Tintas luminescentes

→ Fluorescentes: só brilham quando recebem luz UV

→ Fosforescentes: continuam brilhar depois que a radiação cessou por algumas

horas.

2.4 Propriedades dos pigmentos

→ Dão a cor e a opacidade do filme de tinta:

* Ativos ou opacos: conferem cor, tingimento e poder de cobertura, opacidade ou

durabilidade à tinta.

* Inertes ou cargas: conferem maior consistência, melhor flexibilidade, diminuição

do brilho, impermeabilidade, estabilidade, etc.

→ Resistência ao intemperismo;

→ Poder de tingimento;

→ Solidez à luz;

Page 8: Tintas e Vernizes

→ Poder de cobertura: capacidade que um pigmento possui de obliterar o fundo;

→ Dispersibilidade no veículo.

2.5 Características de uma tinta:

→ Espalhamento: deve espalhar-se com facilidade, sem resistir ao deslizamento do

pincel ou rolo;

→ Nivelamento: marcas do pincel ou rolo devem desaparecer pouco tempo após a

aplicação da tinta deixando uma película uniforme;

→ Tixotropia

→ Secagem:

- Não deve ser muito rápida para permitir o espalhamento e o repasse uniformes;

- Não tão lenta p/ não adiar muito tempo as demãos posteriores.

→ Poder de cobertura: cobrir completamente a base com o menor número de

demãos;

→ Rendimento: terá maior rendimento a tinta que cobrir a maior área por galão e por

demão com igual poder de cobertura;

→ Estabilidade durante o armazenamento

- Formação de sedimentos: deve ser fácil de dispersar;

- Nata na superfície: não deve ser muito grossa (remover).

→ Outras características da película de pintura (laboratório): flexibilidade,

aderência, resistência ao impacto, permeabilidade ao vapor de água.

3. VERNIZES, ESMALTES E LACAS

3.1 Vernizes: Os vernizes são soluções de gomas ou resinas, naturais ou sintéticas, em

um veículo (óleo secativo ou solvente volátil), soluções estas que são convertidas em

uma película útil transparente ou translúcida, após aplicação em camadas finas, com a

finalidade de proteger a superfície por muito tempo.

A secagem pode operar-se:

- Por evaporação do solvente;

- Por reação química: oxidação, polimerização, etc.

Os vernizes subdividem-se em dois grandes grupos:

Page 9: Tintas e Vernizes

Vernizes à base de óleo: são aqueles que contém uma resina e óleo

secativo como componentes básicos de formação da película útil

principalmente por reações químicas.

Vernizes à base de solventes: são aqueles que são convertidos em

película útil principalmente pela evaporação do solvente.

→ Usados principalmente para madeiras e para tijolos a vista, telhas.

Cuidados com a aplicação:

Em relação ao tipo de verniz ou laca utilizado devemos empregá-lo para cada

caso particular. Um verniz que possua alta resistência à água pode ser muito

quebradiço para ser utilizado em assoalhos, ou um verniz utilizado em interiores pode

ser inadequado para uso em exteriores.

As propriedades de um verniz dependem da natureza da resina e do óleo no

qual ela se dissolve. Uma resina dura misturada com óleo de soja fornecerá uma

película com propriedades similares a obtida com uma resina mole e óleo de tungue.

Um verniz contendo alta proporção de óleo em relação à resina apresenta maior

flexibilidade do que o que contém porcentagem menor de óleo.

Com a variedade de resinas sintéticas existentes atualmente e as modificações

que se podem introduzir com os diversos tipos de óleos, os vernizes e as lacas podem

ser preparados para atender às mais variadas finalidades.

3.2 Esmaltes: Adiciona-se pigmentos aos vernizes ou às lacas. Tinta caracterizada por

formar um filme excepcionalmente liso.

3.3 Lacas: As lacas são compostas de um veículo volátil, uma resina sintética, um

plastificante, cargas e corante (ocasionalmente). Os solventes usualmente empregados

são ésteres tais como óleo de banana, cetonas, dioxano, um diéter cíclico e álcoois. As

cargas são líquidos de baixo custo, geralmente não solventes das resinas. Elas são

adicionadas para diminuir a viscosidade do meio. São utilizados comumente álcoois e

hidrocarbonetos como cargas. Os plastificantes são adicionados para dar películas

flexíveis, agindo como lubrificantes internos das macromoléculas do polímero (ou

resina). São aplicados como plastificantes o dibutilftalato, óleo de mamona,

poliésteres de determinadas massas moleculares e o triortocresol.

Algumas aplicações das lacas:

Page 10: Tintas e Vernizes

- A primeira laca fabricada em grande escala trouxe grandes benefícios a

indústria automobilística, pois conseguiram obter uma cobertura resistente, brilhante,

que pode ser facilmente aplicada e seca em tempo relativamente curto.

- Utilização de lacas à base de metacrilato de metila para automóveis, que

apresentam alto brilho e não são extinguíveis ao tempo.

→ Só possuem 50 % de sólidos ⇒ Aplicar muitas demãos.

4. PROPRIEDADES DAS SUPERFÍCIES

→ Permeabilidade : propriedade que tem o substrato de permitir a passagem de

gases ou líquidos que poderão resultar em diversas combinações químicas;

→ Porosidade : influenciará no grau de absorção dos compostos líquidos das

tintas;

→ Resistência a radiações energéticas (calor, UV);

→ Plasticidade / Fragilidade (tensões diferenciais);

→ Reatividade química : combinação com agentes químicos ambientais;

→ Materiais de alvenaria:

- Porosos;

- Absorvem e podem reter água;

- Podem desenvolver e abrigar fungos;

- São alcalinos.

→ Madeiras:

- Porosas;

- Sofrem decomposição superficial sob efeito dos fungos e radiações solares;

- Sofrem alterações dimensionais (umidade ⇒ empenamentos).

→ Metais (ligas ferrosas):

- Sensíveis à corrosão quando em contato com a umidade, oxigênio e elementos

poluentes.

Obs.: A especificação de pintura na construção civil deve ser feita mediante pleno

conhecimento das condições ambientais e dos diversos tipos de substratos .

Page 11: Tintas e Vernizes

5. PINTURA DE ALVENARIA

Estruturas, paredes e forros de concreto, tijolos, blocos revestidos com argamassa

ou reboco, em ambientes internos ou externos.

Função estética

Função protetora

- Substituindo o reboco em alvenaria aparente (exterior) → Tinta estanque à água.

- Substituindo o revestimento cerâmico em áreas molháveis → Tinta estanque à

água e resistente aos produtos químicos comuns em uso doméstico.

5.1 Generalidades:

Após sua secagem, as pinturas internas e externas devem satisfazer as seguintes

condições:

→ Propiciar recobrimento uniforme da base;

→ Não apresentar escorrimento de tinta sobre a superfície pintada;

→ Não apresentar fissuras, trincas, formação de bolhas ou pulverulência ao

contato;

→ Prevenir o desenvolvimento de organismos biológicos;

→ Possuir estabilidade química em relação à base (Ex.: alcalinidade);

→ Possuir resistência mecânica a pequenos impactos e riscamentos provenientes da

ação normal dos usuários;

→ Vedar adequadamente as bases porosas p/ impedir a penetração de água pluviais;

deve, contudo, permitir a passagem da umidade (na forma de vapor) eventualmente

existente no interior da base;

→ Resistir aos esforços mecânicos provenientes dos serviços de limpeza;

→ Apresentar resistência à ação de agentes químicos comuns em uso doméstico

(hidróxido e hipoclorito de sódio, detergentes, ácido acético, hidróxido de amônio e

álcool etílico) em áreas molháveis;

→ Apresentar resistência à temperatura e umidade (áreas molháveis).

5.2 Tipos de tintas:

a) Para superfície exterior:

- Tintas em emulsão à base de resina vinílica (PVA p/ exteriores) ou acrílicas (látex);

- Tintas à base de resina epóxi e alquídica;

Page 12: Tintas e Vernizes

- Tintas à base de cimento.

b) Para superfície interior:

b.1) Em áreas secas:

- Tintas à base de cal;

- Tintas à base de cimento;

- Tintas em emulsão PVA (látex PVA interno) e acrílica.

b.2) Em área molháveis:

- Tintas à base de resina alquídica, epóxi, borracha clorada.

b.3) Em paredes de banheiro, cozinha e área de serviço, sem contato direto com a

água no estado líquido:

- Tintas à base de cal;

- Tintas à base de cimento;

- Tintas em emulsão PVA, acrílica.

5.3 Avaliação de pintura:

a) Tintas p/ superfície exterior:

- Exposição ao intemperismo artificial acelerado: após exposição durante 300 horas a

ação de radiações ultra-violeta, temperatura e umidade, a pintura não deve apresentar:

Fissuras, trincas, bolhas ou descascamento; Resistência de aderência por tração <

1500 N e Absorção de água superior a 20 %.

- Estanqueidade à água: após 7 horas de exposição à incidência da água a pintura não

deve permitir o aparecimento de mais uma mancha de umidade com área > a 1 % em

relação à área da face exposta à água.

- Resistência ao desenvolvimento de bolor: a pintura sobre um papel filtro não deve

apresentar desenvolvimento de bolor quando exposta em meio de cultura à suspensão

de esporos de fungo embolador.

b) Tintas p/ superfície interior (áreas molháveis):

- Exposição à ação do calor e umidade: após exposição 7 dias à ação do calor (60

°C) e umidade (95 %), a pintura não deve apresentar: Fissuras, trincas, bolhas ou

descascamento; Resistência de aderência por tração < 1500 N e Absorção de água >

30 %.

- Resistência à ação de agentes químicos: após ser submetida 48 horas à ação de

soluções de hidróxido de Na, hipoclórito de Na, detergente, fosfato de Na, hidróxido

Page 13: Tintas e Vernizes

de amônio e álcool etílico, a pintura não deve apresentar bolhas, descascamento,

amolecimento ou alteração da cor.

- Resistência ao desenvolvimento de bolor: quando exposta em câmara climatizada a

uma suspensão de esporos de fungos, a pintura não deve apresentar desenvolvimento

de bolor.

5.4 Condições p/ recebimento de tintas em obras:

Na abertura da embalagem, a tinta deve:

- Não apresentar sedimentação em excesso, coagulação ou formação de película

(nata);

- Por meio de agitação manual se tornar uniforme, homogênea e livre de partículas

sedimentadas;

- Não apresentar odor desagradável;

- Não haver sinais de corrosão na superfície interior da embalagem;

- Não expelir vapores tóxicos;

- Apresentar valores de massa específica, viscosidade, teor de pigmento, material

não volátil com variação admissível em relação aos valores obtidos por ocasião da

seleção da tinta.

5.5 Preparação da superfície:

- Imperfeições profundas na alvenaria (externa ou interna) deverão ser corrigidas com

reboco;

- Eliminar totalmente as partes soltas ou mal aderidas, raspando ou escovando;

- Deve estar limpa, seca e isenta de poeiras, gorduras e óleos (detergente + água), mofo

(água sanitária + água);

- Imperfeições rasas deverão ser corrigidas externamente com massa acrílicas para

exteriores e internamente com massa PVA para interiores

→ Paredes novas:

- Carbonatação : reação química que ocorre entre a cal hidratada e o gás carbônico

do ar. Processo lento ⇒ aguardar no mínimo 30 dias antes da pintura.

- Excesso de alcalinidade: Fazer aplicação prévia de fundo preparador álcali-

resistente ou aplicar selador acrílico à base de água.

Page 14: Tintas e Vernizes

- Falta de coesão: Firmeza com a qual a superfície reage diante de uma ação

mecânica. Fazer aplicação prévia de fundo preparador álcali-resistente, com alto

poder ligante e penetrante à base de solvente.

- Umidade: Causada por vazamentos nas tubulações, infiltração de água do solo,

falhas nas lajes de cobertura ou telhados, má ventilação dos locais. Eliminar a causa

e aguardar a secagem.

5.6 Aplicação das tintas:

Tintas em emulsão (látex)

→ Superfícies muito porosas: Aplicação de tinta de fundo (selador) para

homogeneizar a porosidade da base (pode ser usada a tinta de acabamento diluída em

água).

→ Aplicação:

- pelo menos 30 dias após a construção da alvenaria ou de componente em

concreto;

- pelo menos 60 dias no caso de revestimento com argamassa com cal.

Tintas à base de óleo ou resina alquídica (sintéticas)

→ Devem ser aplicadas sobre base inteiramente seca com idade > 60 dias;

→ Usar selador resistente a àlcalis

Tintas especiais (à base de epóxi, borracha clorada, poliuretano, etc.)

→ Devem ser aplicadas sobre base seca e isenta de cal.

Tintas à base de cimento

→ Devem ser aplicadas sobre superfície endurecida, não havendo necessidade da

superfície estar seca;

→ A base deve ser uniformemente umedecida.

Tinta à base de cal

→ Devem ser aplicadas sobre superfície endurecida e seca.

6. PINTURA SOBRE MADEIRA

→ Preparação da superfície:

- Deve ser escovada para eliminar o pó;

- Eliminação das gorduras ou óleo com aguarrás;

- Lixar para eliminar as imperfeições;

Page 15: Tintas e Vernizes

- Calafetar pequenas rachaduras com massa a óleo.

7. PINTURA SOBRE METAIS

7.1 Proteção de metais por meio de pinturas:

Combate à corrosão: método mais antigo e mais usado → Impedir o contato do

metal com o eletrólito.

Para conseguir eficiência da proteção, a pintura deve:

- ser uniforme;

- ser resistente aos agentes do meio ambiente;

- ter baixa porosidade;

- ter boa aderência.

Obtenção dessas qualidades depende principalmente de:

- seleção correta do tipo de pintura;

- limpeza e preparo da superfície metálica;

- modo de aplicação;

- espessura e demãos de pintura.

7.2 Composição do sistema de pintura: A aplicação de um sistema de pintura de

qualidade inferior ou inadequado pode diminuir a vida útil de uma obra.

Sistema de pintura:

a)Tinta de fundo anti-corrosiva (“Primer”) → Possui pigmentos anti-corrosivos.

b) Tinta de fundo intermediária (“Primer” intermediário) → Conferem espessura ao

revestimento (melhor nivelamento e aspecto à superfície pintada).

c) Tinta de acabamento → Confere o aspecto final e também proteção.

7.3 Mecanismos de proteção pela pintura:

Proteção por inibição

→ Uso de primers com pigmentos anti-corrosivos inibidores. (Ex.: zarcão, cromato

de zinco, fosfatos de zinco):

- Podem produzir condições alcalinas que retardam as reações de corrosão;

- Podem reagir com ácidos graxos do veículo ⇒ Sabões repelentes à água;

- Tem ação oxidante e confere proteção anódica.

Page 16: Tintas e Vernizes

Proteção por barreira

→ Impedir o contato do metal com a umidade (eletrólito) e o oxigênio:

- Espessura: 120 µm p/ ambientes normais;

300 µm p/ ambientes industriais

- Impermeabilidade da tinta adequadas.

Tipo de resina Carácter

Vinílica (PVA) + permeável

Alquídica

Epoxídica

Borracha clorada - permeável

→ Ex.: borracha clorada, resinas epóxis e fenólicas com pigmentos anticorrosivos.

Proteção catódica

→ Tornar o aço catodo;

→ Primers com alto teor de zinco (92-95 % de zinco metâlico na película seca) ⇒

Princípio da galvanização ou anôdo de sacrifício.

7.4 Agressividade dos ambientes:

Ambientes normais

→ As peças pintadas estão livres de elementos contaminantes da atmosfera ⇒

Raios solares, umidade média e variações de temperatura serão os fatores deletérios.

→ Primers à base de zarcão com óleo de linhaça e ou resina alquídica ou primer a

base de cromato de zinco ou zarcão misto epóxi.

→ Acabamento com esmalte alquídico alumínio, fenólico alumínio.

Ambientes úmidos

→ Revestimento atuando com barreira (aliado eventualmente com produtos

pigmentados com mecanismo de passivação anódica);

→ Primer: zarcão borracha clorada ou óxido de ferro borracha clorada;

Tinta de acabamento: borracha clorada.

→ Primer: epóxi rico em zinco (2 componentes) ou zarcão misto epóxi (2

componentes);

Page 17: Tintas e Vernizes

Tinta de acabamento: epóxi betuminosa, borracha clorada, esmalte poliamido.

→ Revestimentos devem ser resistentes a hidrólise ⇒ Não usar produtos

alquídicos (saponificação).

Ambientes severos

→ Sujeitos a sujeiras (poeiras, fumaças), emanações gasosas, umidade, etc.

→ Sistemas de pintura com maior resistência: borracha clorada, epóxi:

Primer: zarcão misto epóxi (2 componentes);

Tinta de acabamento: esmalte epóxi (2 comp.) ou borracha clorada.

Primer: zarcão borracha clorada ou óxido de ferro borracha clorada

Tinta de acabamento: borracha clorada

Ambientes agressivos

→ Sujeitam as estruturas e equipamentos a severos efeitos naturais ou artificiais

físicos, químicos ou biológicos. ⇒ Impõem as piores condições para o combate à

corrosão;

→ Definir o sistema de pintura caso por caso.

→ Ex.: superfícies na orla marítima não submersas.

Primer: epóxi rico em zinco (2 comp.)

Tinta de acabamento: tinta epóxi betuminosa

Primer: zarcão misto epóxi (2 comp.)

Tinta de acabamento: esmalte epóxi (2 comp.)

Primer: silicato inorgânico rico em zinco ou zarcão borracha

clorada ou óxido de ferro borracha clorada

Tinta de acabamento: tinta de borracha clorada

7.5 Preparação da superfície metálica:

Não adianta aplicar uma tinta se o substrato estiver contaminado com graxas, óleos,

ferrugem, incrustações, etc.

Remoção de óleos, gorduras e graxas

→ Usar solventes de petróleo isento de óleo com pano, escovas, etc.

(PRODUTOS INFLAMÁVEIS).

Page 18: Tintas e Vernizes

→ Evitar gasolina e benzol (altamente inflamáveis e tóxicos), detergentes

alcalinos (remoção difícil, podem degradar a pintura).

Remoção de materiais soltos (ferrugem, incrustações, casca de laminação)

→ Por processos mecânicos

- Limpeza manual (raspadeira, lixas, escova com fios de aço, etc.);

- Limpeza com ferramentas mecânicas como escovas rotativas, lixadeira, etc.;

- Limpeza com jato abrasivo.

→ Remoção das poeiras: jato de ar, escova de fibras

→ Remoção da ferrugem ou casca de laminação: evitar uso de decapantes

químicos à base de ácidos ou fosfatizantes a frio.

⇒ Oclusão de produtos ácidos que futuramente provocarão a corrosão

→ Remoção das pinturas anteriores inadequadas e não aderentes (raspagem)

→ Aplicação da tinta de fundo (primer) deve ser realizada sobre superfície seca e

logo após o preparo da mesma

→ Após aplicação do primer, as superfícies devem ser niveladas por meio de

massa: riscos, cabeças de parafusos, pregos e rebites devem ser cobertos

adequadamente (a tinta perde aderência ou forma películas mais finas nesta zonas ⇒

pontos de corrosão).

Fosfatização

→ Preparação da superfície p/ receber a tinta de fundo;

→ Aplicação na superfície por imersão ou aspersão compostos a base de ácido

fosfórico, fosfatos de ferro, manganês, zinco ou sódio

⇒ Formação de uma camada de fosfato complexo de Fe, Mn ou Zn

→ Melhora a aderência das tintas;

Retarda a corrosão da peça;

Multiplica a proteção anti-corrosiva do revestimento;

Elimina pequenos vestígios de ferrugem residuais na peça.

Wash primer vinílico cromato de zinco

→ Resina polivinil butiral, cromato de zinco e solvente;

→ Age como protetor anti-corrosivo p/ chapas de aço e promove adesão sobre

peças de alumínio ou galvanizadas.

Page 19: Tintas e Vernizes

Preparação da superfícies Metais Tipo de tratamento Descrição Tratamento

AnteriorTratamento

SubsequenteAtaque alcalino(corrosão alcalina)

Imersão em solução desoda cáustica emtemperatura elevada;permite obter umasuperfíc ie limpa, c laraeacetinada.

Desnecessário Lavagem com soluçãode ác ido crômico.

Ataque crômico-sulfúrico

A imersão em ácido sul-fúrico e crômicoconcentrados permiteobter uma superfíc ielimpa e uniforme, sempartes corroídas emdemasia.

Desnecessário Primer

Alum

ínio

Anodização Tratamento etrolíticoem meio ácido quepermite obter umasuperfíc ie "gelatinosa" e aderente de óx ido.

Limpeza porsolventes ouimersão emsolução nãocorros iva.

Lavagem em água ouselagem com soluçãode dicromato a 98°C,seguida por Wash-Primer

Fosfatização oupelícula deconversão

Películas de fosfato oucromato obtidas porimersão ou nebulizaçãoem temperaturaselevadas(80°C)

Limpeza porsolventes oubanho alcalinopouco concentrado

Tratamento passivante

Limpeza alcoólico-fosfórica

Imersão em soluçãoágua-álcool com 10-15% de ácido fosfóricopor volume. Removeóleos e sujidades eforma uma película defosfato

Nenhum Lacas ou Primers intético de cromatode z inco

Page 20: Tintas e Vernizes

Metais Tipo de Tratamento

Descrição Tratamento Anterior Tratamento Subsequente

Tratamento porcarbonato-cromato

Imersão em solução diluídade carbonato de sódio ecromato de potássio a 82-88°C. Produz uma camadade conversão de grandeaderência.

Nenhum, todaviaum levedesengraxamento éútil.

Lacas ou primersintético de cromato dezinco

Densegraxamen-to por imersãoou vapores desolvente

A imersão direta ou emvapores do solvente quecondensam na superfíciefria do metal retira os óleos.São empregados ossolventes clorados

Nenhum 1) Tratamento porfosfato ou cromato2)Anodização 3)Wash-primer

Wash-primer É um filme de vinilbutiralcromato de zinco eácido fosfórico aplicado porimersão ou pulverização

Limpeza acalina oupor solvente ouanodização

Lacas ou primer sintéicode cromato de zino

Desengraxamen-to por solventesou vapores

Imersão direta ou emvapores de solventesclorados

Nenhum 1) Geralmente nenhumem superfícieescovadas 2) Lacaclara para reter o lustroou brilho

Eletrodecapa-gem

Limpeza eletrolitica brandaem temperatura elevada

Nenhum Ácido crômico diluídotorna a peça opaca ebastante clara

Limpeza comareia

Jatos ou esmeril removem aferrugem e sujidades

Desengraxamento por imersão ou porvapores desolventes

Primer à base dezarcão, óxido de ferroou cromato de zinco

Decapagem eletrolítica

Limpeza catódicaeletrolítica em temperaturasaltas

Ataque ácido pararemover ferrugem;esmerilhamento

Fosfarização ou wash-primer

Fosfatização Tratamento fosfatizante porimersão ou nebulização

Limpeza alcalina,por solventes ou porvapores

Zarcão, óxido de ferrovermelho, laca à basede cromato de zinco ouprimer sintético

Alum

ínio

Cob

re d

e La

tão

Ferro

ou

aço

Page 21: Tintas e Vernizes

7.6 Aplicação da tinta de acabamento:

Deve ser aplicada em superfície limpa, seca e sem imperfeições

Deve ter baixa porosidade

Espessuras mínimas padrão recomendadas p/ diferentes condições de exposição.

Condição de exposição, zonas: Espessura mínima padrão µm

Rural 125

Urbana 180

Marítima 250

Industrial 300

Características dos diversos sistemas de pintura

7.7 Pintura de superfície metálicas não-ferrosas

7.7.1 Alumínio:

Preparação da superfície

- Limpeza com solvente p/ remoção de todo o óleo e graxa

- Métodos mecânicos não recomendados

⇒ destruição da camada de alumina

Exemplo de aplicação (secagem a temperatura ambiente)

→ Primer

- wash primer bicomponente à base de PVB-ácido fosfórico ou

- primer alquídico-fenolado à base de cromato de zinco ou

- primer epoxiisocianato

Não usar zarcão

→ Tinta de acabamento: grande variedade desde que seja compatível com o primer

Aplicação direta sobre o alumínio:

- Resinas à base de resina epoxipoliamida ou poliaminas

- Resinas nitrocelulose alquídicas com componente ácido

7.7.2 Galvanizados

Limpeza

Primer: - wash primer à base de PVB e ácido fosfórico

Page 22: Tintas e Vernizes

- cromato de zinco alquídica

Acabamento: - esmalte alquídico

- esmalte epóxi poliamido

8. PATOLOGIAS

Causas do aparecimento dos problemas na aplicação do verniz ou laca: A. Inerentes as condições da construção e/ou meio ambiente:

Seleção inadequada do verniz ou laca: exposição e condições muito

agressivas em relação à qualidade normal do produto, ou por incompatibilidade com o

substrato.

Condições meteorológicas inadequadas: aplicação em ambientes de

temperatura e umidade relativamente baixa ou elevada ou ocorrência de vento forte.

Ausência de preparação da superfície ou preparação de modo inadequado

,provocando perda de adesão: deposição de materiais pulvurulentos, contaminados de

sujeira, óleo, graxa, bolor e materiais soltos ou base muito porosa.

Substrato que não apresenta estabilidade: aplicação sobre alvenaria e

concreto insuficientemente curados, superfície deteriorada ou facilmente friável.

Umidade excessiva no substrato, com a formação de bolhas: quando

lentamente, pode haver troca gasosa através dos filmes de verniz; quando ocorre

abruptamente, provocam bolhas.

B. Inerentes à película de pintura

O verniz se converte num produto geleificado ( ainda dentro da lata):

quando é exposto a temperaturas superiores a do ambiente.

Existência de sedimento duro : após mexer-se o conteúdo de uma lata, o

sedimento ainda permanece.

Não mexer suficiente o verniz.

Diluição em demasia, baixando a viscosidade do verniz, não permitindo

uma cobertura adequada.

Verniz ou laca muito grosso, não permitindo um espalhamento adequado,

uma boa adesão ou bom acabamento.

Aplicação de uma nova demão sobre outra ainda por secar, ou aplicação

de uma tinta muito grossa: a tinta enruga.

Page 23: Tintas e Vernizes

Falta de secante ou por ter sido este absorvido pelo pigmento: a tinta não

seca.

Calcinação: ocorre naturalmente no fim da vida de um filme de verniz,

devido a ação dos raios ultravioletas.

Gretamento: provocado por aplicação de um filme menos elástico sobre

outro mais elástico.

Perda de brilho: ao fim da vida útil os vernizes perdem o brilho, podendo

servir de suporte para a aplicação de novas demãos. No entanto, quando a perda do

brilho ocorre prematuramente, pode ter havido absorção intensa do veículo do verniz (

caso de materiais muito porosos).

Desenvolvimento de mofo ou bolor: ausência de antimofos (sais fenólicos e

mercuriais), que protegem o filme do verniz ou laca.