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Page 1: TGA TEORIA CLASSICA

Teoria clássica da administração

A Teoria Clássica da Administração foi idealizada por Henri Fayol. Caracteriza-se pela ênfase na estrutura organizacional, pela visão do Homem Econômico e pela busca da máxima eficiência.

Sofreu críticas como a manipulação dos trabalhadores através dos incentivos materiais e salariais e a excessiva unidade de comando e responsabilidade.

As funções básicas da empresa

Fayol salienta que toda empresa apresenta seis funções, a saber:

1 – Funções técnicas:, relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa.

2- Funções comerciais, relacionadas com compra,venda e permutação.

3- Funções financeiras, relacionadas com procura e gerências de capitais.

4- Funções de segurança, relacionadas com proteção e preservação dos bens e das pessoas.

5- Funções contábeis, relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.

6- Funções administrativas, relacionadas com a integração de cúpula das outras cinco funções. Funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da empresa, pairando sempre acima delas.

Para Fayol, nenhuma das cinco funções essenciais precedentes tem o encargo de furmular o programa de ação geral da empresa, de constituir o seu corpo social, de coordenar os esforços e de harmonizar os atos. Essas atribuições constituem outra função, designada pelo nome de administração.

Conceitos de administração

Fayol define o ato de administrar como: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. As funções adminstrativas envolvem os elementos da administração, isto é, as funções do administrador, a saber:

1 – Prever : visualizar o futuro e traçar o programa de ação.

2 – Orgnizar: constribuir o duplo organismo material e social da empresa.

3 – Comandar: dirigir e orientar o pessoal.

4 – Coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos.

5 – Controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com as vagas estabelecidas e as ordens dadas.

Funções Administrativas

Page 2: TGA TEORIA CLASSICA

• Planejar - Estabelece os objetivos da empresa, especificando a forma como serão alcançados. Parte de uma sondagem do futuro, desenvolvendo um plano de ações para atingir as metas traçadas. É a primeira das funções, já que servirá de base diretora à operacionalização das outras funções.

• Organizar - É a forma de coordenar todos os recursos da empresa, sejam humanos, financeiros ou materiais, alocando-os da melhor forma segundo o planejamento estabelecido.

• Comandar - Faz com que os subordinados executem o que deve ser feito. Pressupõe que as relações hierárquicas estejam claramente definidas, ou seja, que a forma como administradores e subordinados se influenciam esteja explícita, assim como o grau de participação e colaboração de cada um para a realização dos objetivos definidos.

• Coordenar - A implantação de qualquer planejamento seria inviável sem a coordenação das atitudes e esforços de toda a empresa, almejando as metas traçadas.

• Controlar - Controlar é estabelecer padrões e medidas de desempenho que permitam assegurar que as atitudes empregadas são as mais compatíveis com o que a empresa espera. O controle das atividades desenvolvidas permite maximizar a probabilidade de que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e ditadas.

Esses são os elementos da administração que constituem o chamado processo administrativo: sâo localizáveis no trabalho do administrador em qualquer nível ou área de atividade da empresa. Em outros termos, tanto o diretor, o gerente, o chefe, como o supervisor – cada qual em seu respectivo nível – desempenham atividades de previsão, organização, comando, coordenação e controle, como atividades administrativas essenciais.

Proporcionalidade das funções administrativas

Para Fayol uma proporcionalidade da função administrativa: ela se reparte por todos os níveis da hierarquia da empresa e não é privativa da alta cúpula. A função administrativa não se concentra exclusivamente no topo da empresa, nem é privilégio dos diretores, mas é distribuidas proporcionalmente entre os níveis hierarquicos.

Diferença entre administração e organização

Ainda que reconhecendo o emprego da palavra administração como sinônimo de organização, Fayol faz uma distinção entre ambas as palavras. Para ele, administração é um todo do qual a organização é uma das partes. O conceito amplo e compreensivo de administração – como um conjunto de processos entrosados e unificados- abrangee aspectos que a organização por si só não envolve, tais como previsão, comando e controle. A organização abrange apenas a definição de estrutura e da forma, sendo, portanto, estática e limitadas.

A partir daí, organização passa a ter dois significados diferentes:

1 -Organização como uma entidade social na qual as pessoas interagem entre si para alcançar objetivos específicos. Nesse sentido, a palavra organização significa um

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empreendimento humano moldado intencionalmente para atingir determinados objetivos. As empresas constituem um exemplo de organização social.

2 – Organização como função administrativa e parte do processo administrativo (como previsão, comando, coordenação e controle). Nesse sentido, organização significa o ato de organizar, estruturar e alocar os recursos, definir os órgãos incumbidos de sua administração e estabelecer as atribuções e relações entre eles.

Paralelamente aos estudos de Frederick Winslow Taylor, Henri Fayol defendia princípios semelhantes na Europa, baseado em sua experiência na alta administração. Enquanto os métodos de Taylor eram estudados por executivos Europeus, os seguidores da Administração Científica só deixaram de ignorar a obra de Fayol quando a mesma foi publicada nos Estados Unidos. O atraso na difusão generalizada das idéias de Fayol fez com que grandes contribuintes do pensamento administrativo desconhecessem seus princípios.

Princípios Básicos

Fayol relacionou 14 princípios básicos que podem ser estudados de forma complementar aos de Taylor:

• Divisão do trabalho - Especialização dos funcionários desde o topo da hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da produção aumentando a produtividade.

• Autoridade - Autoridade é o direito dos superiores darem ordens que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da autoridade.

• Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas pra todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na organização.

• Unidade de comando - Um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe, evitando contra-ordens.

• Unidade de direção - O controle único é possibilitado com a aplicação de um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos.

• Subordinação dos interesse individual(ao interesse geral) - Os interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os interesses individuais.

• Remuneração - Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da própria organização.

• Centralização(ou Descentralização) - As atividades vitais da organização e sua autoridade devem ser centralizadas.

• Linha de Comando(Hierarquia) - Defesa incondicional da estrutura hierárquica, respeitando à risca uma linha de autoridade fixa.

• Ordem - Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar pra cada coisa e cada coisa em seu lugar.

• Eqüidade - A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa. Direitos iguais.

• Estabilidade dos funcionários - Uma rotatividade alta tem conseqüências negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários.

• Iniciativa - Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo.

• Espírito de equipe - O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo precisam ter consciência de classe, para que defendam seus propósitos.

Teoria da Administrção

Page 4: TGA TEORIA CLASSICA

Os autores clássicos pretendediam criar uma teoria da administração baseada em divisão do trabalho, especialização, coordenação e atividades de linha e de staff.

1 – Administração como ciência

O ponto de partida dos autores da teoria clássica é o estudo ciêntifico da administração, substituindo o empirismo e a improvisação por técnicas científicas. Pretendia-se elaborar uma ciência da administração. Fayol defendia a necessidade de um ensino organizado e metódico da administração, de caráter geral para formar administradores. Em sua época, essa idéia era uma novidade.

2 – Teoria da organização

A teoria clássica concebe a organização como se fosse uma estrutura. Essa maneira de cenceber a estrutura organizacional é influenciada pelas concepções antigas de organização tradicionais, rígidas e hierarquizadas.

A estrutura organizacional constitui uma cadeia de comando, ou seja, uma linha de autoridade que interliga as posições da organização e define quem se subordina a quem. A cadeia de comanbdo também denominada cadeia escalar baseia-se no principio da unidade de comando, que significa que cada empregado deve se reportar a um só superior.

Para a teoria clássica, a estrutura organizacoinal é analisada de cima para baixo (da direção para a execução) e do todo para as partes (da sintise para a análise), ao contrário da abordagem da administração cientifica.

3 – Divisão do trabalho e especialização

A organização se caracteriza por uma divisão do trabalho claramente definida. A divisão do trabalho constitui a base da organização, na verdade, é a própria razão da organização. A divisão do trabalho conduz à especialização e à diferenciação das tarefas, ou seja, à heterogeneidade.

Para a teoria clássica, a divisão do trabalho pode dar-se em duas direções, a saber:

a) Vertical, segundo os níveis de autoridade e responsabilidade, definindo os escalões da organização que detêm diferentes níveis de autoridade.

b) Horizontal, segundo os diferentes tipos de atividades da organização. No mesmo nível hierarquico cada deptº ou seção passa a ser responsável por uma atividade específica e própria.

4 – Coordenação

Fayol incluíra a coordenação como um dos elementos da administração, enquanto outros autores clássicos a incluem nos princípios de administração. Para Fayol, a coordenação é a reunião, a unificação e a harmonização de toda a atividade e esforço, enquanto para Gulik, se a subdivisão do trabalho é indispensável, a coordenação é obrigatória.

5 – Conceito de linha e de staff

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Fayol dava preferência pela organização linear, que constitui um dos tipos mais simples de organizaçã. A organização linear se baseia nos principios de:

a) Unidade de comando ou supervisão única. Cada pessoa tem apenas um único e exclusivo chefe.

b) Unidade de direção. Todos os planos devem se integrar aos planos maiores que conduzam aos objetivos da organização.

c) Centralização da autoridade. Toda autoridade máxima de uma organização deve estar concentrada em seu topo.

d) Cadeia escalar. A autoridade deve estar disposta em uma hierarquisa, isto é, em escalões hierárquicos, de maneira que todo nível hierárquico esteja subordinado ao nível hierárquico superior (autoridade de comando)

6 – Organização linear

A organização linear é um tipo de estrutura organizacional que apresenta uma forma piramidal. Nela ocorre a supervisão linear (ou autoridade linear), baseada na unidade de comando e que é oposto da supervisão funcional proposta pela administração cientifica. Fayol e seus seguidores discordam da supervisão funcional por acharem que ela constitui uma negação da unidade de comando, princípio vital para a coordenação das atividades da organização.

1 – Elementos da administração para Urwick

Para Urwick, os elementos da administração, ou seja, as funções do administrador, são sete, a saber:

Investigação, Previsão, Planejamento, Organização, Coordenação, Comando e Controle.

2- Elementos da administração para Gulick.

Luther Gulik, considerado o autor mais erudito da teoria clássica, propõe sete elementos da administração:

Planejamento, Organização, Assessoria, Direção, Coordenação, Informação e Orçamento.

Os Principios de administrção para Urwick

Urwick propõe quatro princípios de administração:

Principios da especialização, Principio de autoridade, Principio da amplitude administrativa e Principio da definição.

Considerações sobre a Teoria Clássica

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• Obsessão pelo comando - Tendo como ótica a visão da empresa a partir da gerência administrativa, Fayol focou seus estudos na unidade do comando, autoridade e na responsabilidade. Em função disso, é visto como obcecado pelo comando.

• A empresa como sistema fechado - A partir do momento em que o planejamento é definido como sendo a pedra angular da gestão empresarial, é difícil imaginar que a organização seja vista como uma parte isolada do ambiente.

• Manipulação dos trabalhadores - Bem como a Administração Científica, fora tachada de tendenciosa, desenvolvendo princípios que buscavam explorar os trabalhadores.

Funções Gerenciais X Princípios Científicos

A Teoria da Administração Científica estudava a empresa privilegiando as tarefas de produção enquanto a Teoria Clássica da Administração a estudava privilegiando a estrutura da organização.

Ambas as teorias buscavam alcançar o mesmo objetivo: maior produtividade do trabalho e a busca da eficiência nas organizações. Se a Administração Científica se caracterizava pela ênfase na tarefa realizada pelo operário, a Teoria Clássica se caracterizava pela ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente. A conseqüência destas Teorias foi uma redução no custo dos bens manufaturados. Aquilo que fora um luxo acessível apenas aos ricos, como automóveis ou aparelhos domésticos, tornou-se disponível para as massas. Mais importante foi o fato de que tornaram possível o aumento dos salários, ao mesmo tempo em que reduziram o custo total dos produtos.

== A inexistência de fundamentação científica das concepções == : Não Existe fundamentação experimental dos métodos e técnicas estudados por F ayol , os principios que esta apresenta carecem de uma efetiva investigação , não resistindo ao teste de aplicação prática.