textos sobre a utilização de metodologias em áreas industriais
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ESTUDO DO DESEMPENHO DE UMALINHA DE PRODUO ATRAVS DA
UTILIZAO DA FERRAMENTA KPIJulio Cezar Mairesse Siluk (UFSM )
[email protected] Tatiane Hupfer (UFSM )
[email protected] Luiz Neuenfeldt Junior (UFSM )
[email protected] Dalcol (UFSM )[email protected]
Deise Graziele Dickel (UFSM )[email protected]
O objetivo desse trabalho apresentar a importncia da utilizao de
um Sistema de Medio de Desempenho (SMD), e mostrar os
principais gargalos produtivos, analisando dados de uma linha de
produo referente ao ms de agosto de 2013 de umma empresa, onde
relacionaram-se dados estabelecidos em metas gerenciais com valores
efetivos de montagem do estudo, coletados em campo, semanalmente.
O estudo referente a uma indstria de produtos de limpeza localizada
na Regio Central do Rio Grande do Sul e seus dados so tratados
atravs de Indicadores Chave de Desempenho (Key Performance
Indicators - KPI), relevantes para a empresa para, dessa forma, poder
analisar o desempenho de uma linha de produo. A anlise de dados
foi realizada com a utilizao do modelo KPI e com o auxlio do
software Excel de propriedade da Microssoft, para avaliar a
eficincia da linha em estudo. O presente trabalho apresenta
problemas quanto falta de planejamento em termos de compra de
insumos, capital de investimento para melhoria de maquinrios e
tambm a dependncia da empresa ao comprometimento de seus
fornecedores.
Palavras-chaves: Indicadores Chave de Desempenho, Competitividade,
Sistemas de mensurao de desempenho, Sistemas de manufatura.
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1. Introduo
Um dos maiores desafios encontrados na era de competividade est na capacidade de
desenvolver uma viso holstica do empreendimento, inserindo a empresa s novas demandas
do pblico alvo, atravs do desenvolvimento de novas tecnologias, novos mercados e um
novo mtodo de gerenciamento, buscando a reformulao dos processos e adaptando a
empresa ao contexto atual do ramo de negcio, assim como uma maior integrao entre os
valores da empresa, clientes e fornecedores, criando uma relao de parceria e confiana antre
ambas as partes (SLACK et. al, 2009).
A literatura cita estratgias organizacionais para a constante busca pelo diferencial
competitivo, o qual est atrelado atitude organizacional e administrao das atividades
executadas pelas empresas (SANTOS; PAPODIUK, 2010). Dessa forma, para que uma
empresa seja competitiva, preciso que assimile muito bem o significado da expresso
flexibilidade, desenvolvendo a capacidade de reconfigurar-se conforme exigncias do
mercado.
Assim, qualquer medida pode ser incorporada ao processo de gesto, e posteriormente,
atravs de um modelo de avaliao de desempenho identificar sua eficincia e eficcia. Para
que seja possvel a obteno de resultados e para que esses sejam satisfatrios, a medio
deve ser compatvel com os objetivos estratgicos do negcio (HUBBARD, 2008).
Tendo como base esse contexto, o trabalho objetiva propor um Sistema de Mensurao de
Desempenho (SMD) para identificar problemas e sugerir melhorias no processo de
manufatura do produto. Nesse sentido, ser utilizado o modelo Keys Performance Indicators(KPI) para que seja possvel auxiliar as empresas a tomarem decises mais coerentes com a
sua realidade, diminuindo riscos e incertezas, obtendo um maior conhecimento dos fatores
que interferem no sucesso da organizao e possam desenvolver melhorias para alavancar seu
negcio e maximizar os lucros.
2. A Influncia da competitividade no desempenho empresarial
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Atualmente uma das principais preocupaes no mundo de negcios o processo de
competio que envolve as empresas. Possuir vantagens competitivas sustentveis o bsico
para que uma atividade possa se estabelecer ou se manter no mercado (CRUZ, 2009).
Segundo Slack et. al (2009), para que seja possvel alcanar um alto nvel competitivo
necessrio um bom desempenho da administrao da produo, a qual pode construir ou
quebrar qualquer empresa, no s porque a funo da produo representa para a maioria
delas a grande parte dos bens e dos funcionrios, mas tambm por ser a responsvel por
agregar competitividade empresa oferecendo maior habilidade de resposta aos consumidores
e ao desenvolver as capacitaes que a colocaro frente de seus concorrentes.
Neste cenrio, possvel afirmar que a estratgia competitiva se refere ao modo como a
empresa se posiciona para competir no mercado em relao s respostas, as estratgias e as
relaes externas, visando obter uma vantagem competitiva sustentvel. possvel
desenvolver a competitividade de duas formas distintas, explicitamente, por meio de um
processo de planejamento, ou implicitamente, desenvolvida mediante as atividades dos vrios
departamentos da organizao (SILUK; MARQUES, 2011).
Para tornar esses conceitos mais tangveis e saber o quanto uma empresa competitiva
preciso mensurar a contribuio de diversos indicadores no desempenho da organizao. Para
isso faz-se necessrio a utilizao de Sistemas de Medio de Desempenho, que podem ser
descritos como ferramentas gerenciais que permitem o alinhamento das atividades que esto
sendo desenvolvidas com os objetivos da organizao (GALON et. al, 2008). Oliveira (2006)
menciona que a melhor forma de garantir qualidade, tempo, flexibilidade e custo aos objetivos
estratgicos de uma empresa atravs da correta medio e avaliao do desempenho dos
processos e do sistema produtivo em geral.
Kaplan e Norton (2001) corroboram essa ideia quando citam que a medio do desempenho
empresarial apresenta relevada importncia, por envolver consequncias que vo alm do
simples relato do passado, pois os indicadores comunicam organizao o que realmente
importante. Conforme Resende (2005) preciso que as medidas encontram-se agrupada
estrategicamente em um sistema de indicadores de desempenho para possibilitar aos gestores
da organizao agirem de forma mais eficiente no sentido de alcanar os objetivos almejados.
Dessa forma, os indicadores tornam-se um ponto crucial para o sucesso da empresa, quando
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usados como ferramentas estratgicas nos vrios nveis e departamentos de um sistema
organizacional.
De acordo com Parmenter (2010), os KPIs representam um conjunto de medidas focadas no
desempenho organizacional, apresentando os pontos crticos para o sucesso da organizao,
sendo continuamente revisados e ajustados com base nas mudanas industriais, ambientais e
econmicas ou com a capacidade de recursos em suas cadeias de suprimentos, tambm
possvel acrescentar novos indicadores que respondam situao atual da organizao. De
forma geral os KPIs visam o melhoramento contnuo das atividades de negcio e levam ao
estabelecimento de metas mais elevadas (AL-JIBOURI, 2008).
3. Metodologia
Para analisar a eficincia de uma linha de produo de uma empresa qumica do setor de
saneantes, localizada na regio central do Rio Grande do Sul, realizou-se uma estudo de
carter quantitativo, que avalia matematicamente os indicadores mais significativos para o
sucesso da linha estudada. No que tange os objetivos trata-se de uma pesquisa exploratria
apresentada atravs de um estudo de caso, que busca a aproximao com o problema,
tornando-o menos complexo e de fcil compreeno, facilitando a construo de hipteses
adequadas para dimensionar a eficincia das atividades desempenhadas no setor de estudo
(VIEIRA, 2002). Nesse artigo sero utilizados Indicadores Chave de Desempenho (KPIs),
que podem ser considerados ferramentas de avaliao de desempenho, os quais apresentam
participao plausvel no resultado final da eficincia da linha de produo em questo.
A ferramenta KPI foi utilizada por apresentar-se satisfatria na anlise de dados quantitativos
e por ser possvel avaliar e compreender de forma clara a interferncia dos indicadores queapresentam maior relevncia no bom funcionamento da linha, alm de mostrar uma
perspectiva da eficincia da produo em relao as metas estabelecidas para o setor.
A pesquisa foi realizada em campo, atravs de coleta de dados dirios obtidos da linha de
produo em estudo. Aps a coleta dessas informaes os dados foram tratados atravs da
ferramenta Excel de propriedade da Microsoft, para uma posterior anlise e comparao
com a meta global da empresa.
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4. Elaborao do modelo
Aps a verificao do cenrio interno e externo da empresa preciso definir um objetivo geral
para que, a partir disso, possam ser elaborados os indicadores organizacionais que
influenciam diretamente no setor de produo, conduzindo para a construo de um modelo
que mensure o seu desempenho. No possvel saber se uma operao bem sucedida, se os
objetivos de desempenho que levaro ao sucesso da empresa no esto bem defenidos
(SLACK et. al, 2009).
Dessa maneira, a estratgia central est definida como sendo a anlise de uma linha de
produo para que seja possvel o atingimento das metas estabelecidas pela empresa, partindo
da avaliao de quatro KPIs que representam os possveis gargalos e que esto diretamente
vinculados ao clculo do objetivo proposto, estabelecido pela equao (1) a seguir:
(1)
onde espera-se que a determinao represente o ndice de eficincia de produo,
considerando o seu comparativo em relao a um alvo , no qual definido conforme a
caracterizao proposta para o sistema produtivo encontrado na empresa, sendo ambos
caracterizados por uma nica unidade de medida. Os so propostos a partir da
padronizao da mensurao de cada um dos quatro , originados dos indicadores chave
escolhidos para representar o desempenho empresarial, originados da busca de prticas que
conduzem a obteno de um desempenho superior quando da competitividade existente entre
as empresas consideradas do mesmo setor, sendo eles: a produtividade do setor (KPI1), falta
de insumos (KPI2), paradas de mquinas para ajustes (KPI3) e tempo de setup da mquina
(KPI4).
Na sequncia sero descritos os quatro indicadores para uma melhor compreenso da
metodologia aplicada.
4.1. Produtividade do setor (KPI1)
A produtividade de um setor tem impacto diretamente no custo dos seus produtos, de acordo
com Slack et. al (2009), quando menciona que o custo de uma operao derivado de muitosfatores, como por exemplo a eficincia com a qual ela converte os materiais, a produtividade,
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a proporo entre pessoal direto e indireto. Todos esses fatores quando estudados
individualmente do uma viso parcial do desempenho de custos da produo, isso pode ser
til para identificar reas de melhoramento ou para monitorar a exteno do melhoramento.Sob a mesma tica Ferreira e Torres (2005) mencionam a importncia da produtividade
quando citam que essa tem sido considerada uma medida de eficincia nas empresas,
argumentando que a produtividade, a par da qualidade e rentabilidade, permite aos gestores
avaliar se esto caminhando em direo excelncia empresarial. Logo, o KPI1 referente a
produtividade do setor est definido de acordo com a Equao (2):
(2)
OKPI1 resultado do somatrio da produtividade semanal, onde a determinao representa
as possbilidade de tempo a ser analisado e remete ao nmero de dias de dados coletados
para a anlise, j a produtividade, para uma unidade de medida em Litros do produto
final.
4.2. Escassez de insumos (KPI2)
Grande parte das empresas possuem fornecedores terceirizados e dependem da pontualidade e
rapidez desses para o bom funcionamento de sua produo, podendo atender seus clientes de
forma satisfatria e cumprir os prazos pr estabelecidos. Dessa forma se estabelece uma rede
de suprimentos entre fornecedores, empresas e clientes (SLACK et. al, 2009).
Quando os suprimentos se fazem escassos podem gerar atrasos significativos no processo de
fabricao, ocasionando perodos de mquina ociosa, reduzindo assim a produo. Nesse
sentido observa-se a grande necessidade de monitorar o tempo em que a mquina pemanece
parada devido a falta de insumos, para que seja possvel tomar providncias que visam
eliminar essa ocorrncia. Da mesma forma Gaither e Frazier (2005) citam que uma boa
administrao dos materiais cada vez mais, vista como a chave para uma produtividade mais
elevada em muitas empresas. Nesse sentido a mtrica utilizada ser relativa ao tempo de
mquina parada, conforme a equao (3),
(3)
onde o KPI2 resultado do somatrio do tempo em que a mquina permaneceu parada porfalta de insumos, refere-se a quantidade de dias de dados coletados, equivalentes a uma
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semana, e a escasses de insumo registrada diariamente no local de estudo. A anlise foi
realizada semanalmente com o propsito de monitoramento dos insumos para que a carncia
desses no prejudique o bom funcionamento da linha de produo.
4.3. Ociosidade de mquina para ajustes (KPI3)
Todas as instalaes esto sujeitas a falhas, o defeito pode ser parcial ou uma interrupo
repentina e total da produo, em qualquer caso os efeitos da paralizao so importantes,
pois sero responsveis por atrasos na produo, acarretando no no cumprimento de
entregas, diminuindo a credibilidade da empresa (SLACK et. al, 2009), da mesma formareduzir defeitos, sucatas e retrabalho aumenta diretamente a produtividade de todos os fatores
de produo (GAITHER; FRAZIER, 2005).
A fim de representar esse tempo ocioso de mquina devido a ajustes necessrios para o seu
bom funcionamento, apresenta-se a seguinte equao (4),
(4)
no qualKPI3refere-se ao somatrio dos dias de funcionamento da linha de produo, os quais
so representados por , sendo o tempo em horas em que a linha permaneceu parada
devido ajustes que venham a surgir nos equipamentos. Para esse indicador o perodo utilizado
semanal, tendo como propsito monitorar as paradas de mquinas e posteriormente buscar
alternativas para a reduo do tempo gasto para ajustes nos maquinrios.
4.4 Tempo de setupda mquina (KPI4)
A forma como so gerenciados os recursos humanos tem impacto profundo sobre a eficcia
das funes operacionais, pois a maior parte das tarefas exige uma interface entre pessoas e
tecnologia, mesmo que esta no seja sofisticada, a escolha pela forma mais eficaz de inter-
relacionar esses dois fatores pode trazer uma resposta mais rpida atividade desempenhada
(SLACK et. al, 2009). A partir disso observa-se a importncia do bom treinamento do
funcionrio para operar um equipamento e o comprometimento com as tarefas
desempenhadas no manuseio do equipamento.
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Um colaborador gil e devidamente capacitado para operar um equipamento reduz
significativamente o tempo desperdiado no momento do start,aumentando o rendimento da
linha de produo. Isto tambem observado por Reis e Alves (2010) quando citam que areduo do tempo de setup possibilita trabalharem pequenos lotes, diminuindo estoques,
aumentar a flexibilidade e atender com maior rapidez os cliente.
Para representar o KPI4 que referente ao tempo desperdiado no setup da mquina
utilizada a equao a seguir:
(5)
O tempo de setup o nmero de horas desperdiadas para que a linha entre em plenas
condies de funcionamento, o somatrio desse tempo no perodo representa o quarto
Indicador. Os dados para desse indicador foram coletados semanalmente com o propsito de
determinar o tempo gasto nosetup do equipamento.
4.5 Normalizao dos indicadores
Ao definir-se os indicadores que faro parte da metodologia aplicada para avaliar o
desempenho, sua mtrica deve estar de acordo com os dados coletados em campo, sendo que
cada indicador apresenta uma unidade de medida distinta. Para que seja possvel uma anlise
desses indicadores com a meta global da empresa, necessrio que os valores dos indicadores
chave de desempenho estajam todos na mesma medida.
Para tanto, a metodologia de normalizao proposta est baseada de acordo com a aplicada
pelo software Excel, ocorrendo atravs da elaborao de seis etapas sequenciais de
tratamento dos dados, descritas pela Figura (1).
Figura1 - Etapas para o processo de normalizao dos KPIs
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Fonte: Baseado em PerformancePoint Server (2007)
A primeira etapa denominada de pontuao bruta refere-se a comparao dos valores reais da
linha de produo com as metas estabelecidas pela empresa, os limites e faixas so intervalos
caracterizados qualitativamente de acordo com a realidade da empresa. Em seguida
realizado o clculo da pontuao convertida que relaciona a pontuao bruta com o fator
limite, para posteriormente esse valor ser ajustado dentro das faixas establecidas para obter-seao final o valor normalizado para cada um dos quatro Indicadores selecionados, esse
representar todas as variveis dos indicadores em uma nica unidade de medida para faciltar
a anlise, e por fim oKPIobj resultado do somatrio dessa normalizao, conforme mostrado
anteriormente na equao (1).
5. Aplicao do modelo
O modelo descrito no tem anterior recebeu a aplicao em uma empresa de produtos
saneantes cituada na regio central do Rio Grande do Sul. A empresa considerada de mdio
porte e conta com 30 colaboradores diretos, incorporados em todos os departamentos da
fbrica. O principal produto de comercializao a gua sanitria e o alvejante, contando
tambm com outros produtos como amaciantes de roupa, desinfetantes, detergentes e
limpadores multiuso.
O estudo de caso se baseou na linha de produo mais significativa em termos de quantidade
produzida e automatizao. Esse enquadramento refere-se a linha 03, responsvel pelo envase
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da gua sanitria e alvejante. Nessa linha aplicou-se a metodologia KPI para identificar os
principais agravantes para o seu mau funcionamento.
De acordo com o porte e a realidade da empresa estabeleceu-se as faixas que representam um
intervalo de valores entre dois pontos extremos chamados limites, essas faixas so utilizadas
no processo de normalizao dos indicadores.
Neste cenrio estabeleceu-se trs faixas:
a) Faixa 1: Esta faixa caracteriza um mau desempenho. As pontuaes KPI vo de Pior
(0,0%) at o Limite 1 (50%);
b) Faixa 2: Esta faixa representa desempenho moderadas. As pontuaoes nesta faixa vodo Limite 1 (50%) at o Limite 2 (100%);
c) Faixa 3: Esta faixa representa desempenho excelente. As pontuaes KPI nesta faixa
vo do Limite 2 (100%) at Melhor (120%).
Os limites foram definidos levando-se em conta a capacidade da empresa, seu porte e a
tecnologia utilizada nos processos.
Atravs de dados coletados em campo diariamente, durante o perodo referente s semanas 31
a 35 de 2012 e de um diagnstico sobre as metas da empresa fornecido pela gerncia,
desenvolveu-se os clculos do KPIobjcom o auxlio da ferramenta Excel. A tabela a seguir
apresenta os resulatdos obtidos para os KPIs citados anteriormente.
Tabela 1: Resultados do KPIobjpara os KPIs em anlise na linha 03
Fonte: Elaborado pelos autores
No que se refere ao KPI1, a semana 33 apresenta o melhor desempenho no quesito
produtividade com um percentual de efetividade de 89,4, j na semana 31 ocorreu o pior
desempenho com uma efetividade de 30,49%. Na semana em que oKPI1apresentou-se menos
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favorvel, a produo esperada era menor que nos outros meses, devido a menor demanda, a
qual no tem comportamento regular. Por esse motivo a produo real ficou afastada da meta.
Ao analisar-se o segundo KPI em questo possvel a constatao de duas semanas que
apresentan-se favorveis, com um ndice de efetividade de 100%, demonstrando a eficincia
na compra e entrega de insumos para as semanas 31 e 34, nas demais semanas o resultado foi
muito insatisfatrio devido ao mal planejamento de compras e atrasos nas emtregas de
insumos pelos fornecedores.
Para o KPI3 que representa o tempo perdido em ajuste de mquinas devido o mau
funcionamento dos equipamentos ou para ajustes de rotina, as semanas 32 e 34 foram as que
apresentaram um melhor desempenho, sendo seu ndice de efetividade de 100% e
apresentando a semana 35 como a semana mais preocupante em questo ao tempo
desperdiado com reparos.
Com relao ao quarto Indicador Chave de Desempenho analisado, a semana 34 mostra um
bom desempenho nesse quesito, tendo a semana 35 como a que apresenta o menor ndice de
desempenho do ms. Se os equipamentos encontram-se em plenas condies de uso e os
operadores devidamento treinados, o tempo de setup deve ser igual em todas as semanas,
porm isso no acontece devido a precariedade e falta de tecnologia das mquinas da linha de
envase e possvelmente por problemas de operao.
Uma anlise mais abrangente feita atravs dos KPIs objetivo que representam a mdia
aritmtica dos quatro Indicadores em estudo, mostrando o desempenho semanal da linha de
produo.
O melhor desempenho ocorreu na semana 34 onde o ndice de efetividade ultrapassou ao
valor estipulado pela meta, mostrando que nessa semana todos os Indicadores em anliseaproximaram-se ou superaram as espectativas dos gestores em termos de eficincia. Essa
situao tem seus mritos atribudos a vrios fatores, que em conjunto contribuiram para esse
resultado. Apesar de a produtividade no apresentar um desempenho mximo, as compras de
insumos foram devidamente planejadas e entregues dentro dos prazos estipulados, os
equipamentos no apresentaram problemas significativos para que fosse necessrio a
interupo do processo produtivo.
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O pior desempenho ocorreu na semana 35, onde observa-se que o ndice de efetividade esteve
muito a baixo do esperado em todos os Indicadores Chave analisados, apresentando um KPI
objetivo muito afastado da meta global estabelecida pela empresa. Alguns fatores queinterferem no sistema produtivo so fcilmente detectados e solucionados, como o mau
planejamento das compras de insumos e a falta de treinamento dos operadores. J questes
como atrasos na data de entrega de produtos por fornecedores e falta de tecnologia adequado
so fatores mais difceis de serem solucionados, pois dependem da eficincia e ficcia de
terceiros ou exigem o despreendimento de alto capital de investimento, muitas vezes
indisponvel para empresas de pequeno porte.
6. Consideraes finais
A partir da anlise realizada torna-se notria a necessidade de melhoramentos no
planejamento de produo e posterior execuo, fazendo com que este seja cumprido,
garantindo os prazos de entrega aos clientes, para que dessa forma seja possvel obter ganhos
em produtividade e qualidade dos produtos, aumentando consequentemente a competitividade
frente ao mercado e conquistando maior confiana do mercado consumidor.
Para que se tenha uma viso abrangente do setor ou mesmo de toda empresa, a aplicao da
ferramenta de medio de desempenho utilizada, KPI, teve uma contribuio relevante por
permitir uma avaliao mais consistente dos principais indicadores de desempenho da linha
de produo, cumprindo assim o objetivo do trabalho.
Por se tratar de uma empresa de mdio porte, as limitaes quanto ao capital de investimento
tambm so responsveis por muitas das falhas encontradas na organizao, a falta de
recursos financeiros apresenta-se como o principal agravante para tomadas de decises quepossam intervir na melhoria do sistema produtivo da empresa. No que se refere eficincia
dos equipamentos, pode-se constatar a falta de tecnologia e qualidade para que o processo
ocorra uniformemente e sem interrupes.
Dessa forma cabe aos gestores analisarem esses gargalos produtivos e buscarem formas de
minimizar seus efeitos, para que a organizao possa crescer e alcanar as metas
estabelecidas. Quanto aos fornecedores necessrio que se faa uma reviso quanto sua
credibilidade e se busque fornecedores que consigam atrelar preo condizente com a realidadeda empresa, qualidade e pontualidade nas entregas. Futuramente, sugere-se que seja feita uma
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anlise mais abrangente, englobando todos os setores da empresa para que se tenha uma viso
holstica do negcio atravs da utilizao de ferramentas de avaliao de desempenho e assim,
tome-se medidas que contribuam para o crescimento de toda organizao, tornando-a maiscompetitiva.
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