textos dos power points de mídias globais - luiz leo

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Arquivo: Aula0401.pps 4.1. O modelo global da informação: os novos atores do sistema Polarização comunicativa (efeito da expansão tecnológica do sistema) Planeta transformado em ambiente de ressonância uníssona Controle dos aparatos midiáticos = poder de influência sobre a sociedade “Rede sem Fim” (Louis Brandeis, no discurso de posse da presidência da Suprema Corte norteamericana, anos 80) "a prática de interligar diretorias é a raiz de muitos males... ofende leis humanas e divinas ... leva à deslealdade e viola a lei fundamental de que ninguém pode servir a dois senhores..." Sinergia corporativa: as mega mídias A prática tem demonstrado que, a medida que crescem, os conglomerados de mídia tendem a se integrar aos mais altos níveis da vida de bancos, indústrias e serviços do mercado convencional (seja como atividade subsidiária, seja como empreendimento principal, ligados por meio de seus boards) É o que evidencia a onda de fusões e incorporações que varre o planeta desde o início dos anos 80, quando acentuaramse as interligações das altas cúpulas de diretorias das grandes empresas, muitas delas originárias de ramos de atividades completamente distintos A lógica das concentrações A literatura especializada identifica os atos de concentração, ou seja, as operações que geram a combinação da participação de agentes diferentes e que, portanto, não podem mais ser vistos de forma independente, em três naturezas distintas: Concentração horizontal: modelo de concentração que envolve agentes econômicos distintos e competidores entre si, que ofertam o mesmo produto ou serviço em um determinado mercado relevante. Concentração (ou integração) vertical: modelo de concentração que envolve agentes econômicos distintos, que ofertam produtos ou serviços distintos e que fazem parte da mesma cadeia produtiva. Conglomeração: envolve agentes econômicos distintos, que ofertam produtos ou serviços distintos que podem ou não ser complementares entre si, mas que, certamente, não fazem parte da mesma cadeia produtiva Origem das fusões No mercado norteamericano, a onda de incorporações vem desenhando um quadro sintomático: em 1983 eram 50 as empresas que controlavam a mídia de massa no país. Dez anos depois (1993), este número já estava em 23 e diminuindo: atualmente (2013) os especialistas estimam que existam em torno de 05 megacorporações de mídia atuando mais fortemente no setor Com isso, a cada ano é cada vez mais provável que o cidadão americano, ao se voltar para qualquer meio de comunicação esteja recebendo informações

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Arquivo:  Aula0401.pps    4.1.  O  modelo  global  da  informação:  os  novos  atores  do  sistema      

• Polarização  comunicativa  (efeito  da  expansão  tecnológica  do  sistema)  •  Planeta  transformado  em  ambiente  de  ressonância  uníssona  •  Controle  dos  aparatos  midiáticos  =  poder  de  influência  sobre  a  sociedade  

“Rede  sem  Fim”    (Louis  Brandeis,  no  discurso  de  posse  da  presidência  da  Suprema  Corte  norte-­‐americana,  anos  80)    "a  prática  de  interligar  diretorias  é  a  raiz  de  muitos  males...  ofende  leis  humanas  e  divinas  ...  leva  à  deslealdade  e  viola  a  lei  fundamental  de  que  ninguém  pode  servir  a  dois  senhores..."      Sinergia  corporativa:  as  mega  mídias    A  prática  tem  demonstrado  que,  a  medida  que  crescem,  os  conglomerados  de  mídia  tendem  a  se  integrar  aos  mais  altos  níveis  da  vida  de  bancos,  indústrias  e  serviços  do  mercado  convencional  (seja  como  atividade  subsidiária,  seja  como  empreendimento  principal,  ligados  por  meio  de  seus  boards)    É  o  que  evidencia  a  onda  de  fusões  e  incorporações  que  varre  o  planeta  desde  o  início  dos  anos  80,  quando  acentuaram-­‐se  as  interligações  das  altas  cúpulas  de  diretorias  das  grandes  empresas,  muitas  delas  originárias  de  ramos  de  atividades  completamente  distintos    A  lógica  das  concentrações  A  literatura  especializada  identifica  os  atos  de  concentração,  ou  seja,  as  operações  que  geram  a  combinação  da  participação  de  agentes  diferentes  e  que,  portanto,  não  podem  mais  ser  vistos  de  forma  independente,  em  três  naturezas  distintas:    Concentração  horizontal:  modelo  de  concentração  que  envolve  agentes  econômicos  distintos  e  competidores  entre  si,  que  ofertam  o  mesmo  produto  ou  serviço  em  um  determinado  mercado  relevante.      Concentração  (ou  integração)  vertical:  modelo  de  concentração  que  envolve  agentes  econômicos  distintos,  que  ofertam  produtos  ou  serviços  distintos  e  que  fazem  parte  da  mesma  cadeia  produtiva.      Conglomeração:    envolve  agentes  econômicos  distintos,  que  ofertam  produtos  ou  serviços  distintos  que  podem  ou  não  ser  complementares  entre  si,  mas  que,  certamente,  não  fazem  parte  da  mesma  cadeia  produtiva      Origem  das  fusões  No  mercado  norte-­‐americano,  a  onda  de  incorporações  vem  desenhando  um  quadro  sintomático:  em  1983  eram  50  as  empresas  que  controlavam  a  mídia  de  massa  no  país.  Dez  anos  depois  (1993),  este  número  já  estava  em  23  e  diminuindo:  atualmente  (2013)  os  especialistas  estimam  que  existam  em  torno  de  05  mega-­‐corporações  de  mídia  atuando  mais  fortemente  no  setor    Com  isso,  a  cada  ano  é  cada  vez  mais  provável  que  o  cidadão  americano,  ao  se  voltar  para  qualquer  meio  de  comunicação  esteja  recebendo  informações  

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fornecidas  por  corporações,  que  ultimamente  são  detentoras  de  enormes  volumes  de  ações  e  poder  de  voto    Associações  históricas  A  história  das  incorporações  no  mercado  mundial  da  informação  começou  pelos  Estados  Unidos  e  rapidamente  se  expandiu  pelo  planeta:    

• 1989:  no  primeiro  movimento  de  peso  no  setor,  o  grupo  Time  Inc  (editora)  comprou  a  Warner  Communications  (estúdio  cinematográfico)  por  U$  15  bilhões  

•  2001:  em  janeiro,  o  grupo  AOL  adquiriu  o  consórcio  TW  por  U$  154  bilhões,  na  maior  operação  de  mídia  já  realizada  (pela  primeira  vez  por  um  grupo  da  nova  mídia)  

 Outras  fusões  Entre  1990  e  1993  houve  um  intenso  deslocamento  de  capital  nipônico  rumo  à  indústria  do  entretenimento  norte-­‐americana:    

• 1991:  a  Sony  comprou  a  Columbia  Pictures  por  U$  5  bilhões  •  1993:  a  Matsushita  adquiriu  os  estúdios  MCA-­‐Universal  por  U$  7,4  

bilhões  •  1994:  a  Viacom,  contra-­‐atacou  anunciando  uma  fusão  de  U$  8,4  bilhões  

com  a  Blockbuster  e  depois  outra  de  U$  9,6  bilhões  com  a  Paramount  Pictures  

 Nas  ondas  da  comunicação  Os  negócios  chegaram  ao  ano  de  1995  exibindo  cifras  impressionantes.  Em  agosto,  numa  transação  que  superou  as  estimativas  mais  otimistas,  a  Disney  anunciou  a  aquisição  da  Capital  Cities/ABC,  por  U$  19  bilhões,  na  (até  então)  maior  fusão  da  história  da  mídia.  No  dia  seguinte,  foi  a  vez  da  Westingwouse  oferecer  U$  5,4  bilhões  pela  rede  de  televisão  CBS    Além  disso,  outros  gigantes  formaram  joint-­‐ventures  no  mesmo  período:  a  MCI  Communications  com  a  News  Corporation  e  a  Microsoft,  do  todo  poderoso  Bill  Gates,  com  os  estúdios  da  Dreams  Works  (de  Steven  Spielberg,  David  Geffen  e  Jefrey  Katzenberg)      Quanto  “vale”  a  informação  ?  Outra  grande  fusão  do  período,  ocorrida  em  setembro  de  1999,  é  aquela  em  que  uniu  Viacom  (contraladora  da  cadeia  MTV  e  dos  estúdios  Paramount  Pictures)  e  CBS  numa  operação  de  U$  37  bilhões      No  mesmo  período  (1997),  o  governo  de  desfez  de  um  dos  maiores  patrimônios,  a  usina  Vale  do  Rio  Doce,  com  um  subsolo  riquíssimo  em  minerais,  pela  quantia  de  U$  3  bilhões  (equipamentos  inclusos)    Fusões  e  transgressões    Não  por  coincidência,  grande  parte  das  empresas  que  ocupam  as  primeiras  posições  do  ranking  das  maiores  corporações  do  planeta  acumulam  enorme  poder  de  influência.  Muitas  investem  indistintamente  (e  ao  mesmo  tempo)  em  

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agricultura,  linhas  aéreas,  carvão,  petróleo,  bancos,  seguros,  agropecuária,  comércio  de  automóveis,  engenharia  espacial,  energia  atômica  e  até  armas  nucleares    Grande  parte  dessas  outras  atividades  beneficiam-­‐se  do  braço  midiático  das  suas  operações,  pois  tem  espaço  garantido  para  divulgar  seus  produtos,  serviços  e  ideias!    Uma  via  de  mão  dupla  Para  Dênis  de  Moraes,  “As  corporações  de  mídia  exercem  um  duplo  papel  na  contemporaneidade”.  O  primeiro,  como  agentes  operacionais  da  enunciação  discursiva  (legitimando  o  ideário  global,  ao  transformá-­‐lo  no  discurso  social  hegemônico);  e  ao  mesmo  tempo,  como  agentes  econômicos,  contribuindo  para  revigorar  o  modo  de  produção  capitalista,  haja  visto  o  vigoroso  crescimento  das  indústrias  de  informação,  no  último  quarto  de  século,  ainda  que  em  meio  a  desaceleração  da  economia  internacional    Novas  liberdades?  O  resultado  da  concentração  midiática  não  é  tão  alentador  quanto  sugerem  os  proprietários  de  tais  operações  e/ou  seus  defensores:    

•  a  opinião  pública  passa  a  ser  “orientada”  por  um  pequeno  número  de  corporações  privadas,  cujo  poder  de  abrangência  é  cada  vez  mais  global  (em  paralelo  à  diminuição  do  número  de  operadores)  

•  o  papel  regulador  do  Estado  é  substituído  por  uma  nova  modalidade  de  controle,  mais  eficiente,  baseada  nos  critérios  privados  e  comerciais  de  liberdade  de  influência  (perda  de  diversidade  informativa)  

   A  exuberância  da  mídia  norte-­‐americana  Os  Estados  Unidos  reúnem  algum  dos  maiores  empreendimentos  de  midia  do  planeta,  dispersos  em  diversos  setores,  ora  concorrendo  entre  si,  ora  cooperando,  na  forma  de  parcerias  comerciais,  joint-­‐ventures,  dentre  outras  modalidades    Os  donos  do  papel  No  ambiente  de  mídia  impressa  são  lideranças  do  mercado  norte-­‐americano:    Hearst  Corporation  –  Fundado  por  um  dos  maiores  magnatas  da  comunicação  em  toda  a  história,  William  Randolph  Hearst,  a  Hearst  de  hoje  investe  fortemente  em  TV,  jornais  e  revistas.  Este  grupo  é  dono  de  marcas  importantes  como  “Cosmopolitan”  e  “Marie  Claire”,  além  de  ser  parceiro  da  apresentadora  Oprah  Winfrey    Tribune  Company  –  Grupo  de  mídia  com  duas  dezenas  de  emissoras  de  TV,  quase  uma  centena  de  sites,  emissoras  de  TV  a  cabo,  rádio,  grandes  jornais  em  inglês  e  espanhol  (como  “Los  Angeles  Times”  e  “Chicago  Tribune”),  revistas,  empresas  de  multimídia  e  o  time  de  basebol  Chicago  Cubs    Lideranças  regionais  

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Cox  Enterprises  –  Reúne  varias  emissoras  de  televisão,  dezenas  de  jornais  diáriso  e  não  diários,  empresas  de  Internet,  provedores  de  banda  larga,  mais  de  uma  centena  de  rádios  Ame  FM  (distribuídas  em  dezenas  de  mercados  mundiais).  Além  disso,  também  é  um  dos  maiores  prestadores  de  serviços  automotivos  dos  Estados  Unidos    Liberty  Media  –  seus  negócios  são  organizados  em  três  divisões:  Liberty  Interactive  (Internet),  Liberty  Starz  (TV  por  assinatura)  e  Liberty  Capital  (área  que  reúne  os  investimentos  que  não  se  enquadram  nas  outras  duas  divisões,  como,  por  exemplo,  o  controle  do  canal  de  vendas  QVC  e  as  participações  minoritárias  na  Viacom,  Time  Warner  e  Direct  TV  Group    Univision  –  A  maior  rede  de  TV  aberta  em  espanhol  dos  Estados  Unidos  também  atua  no  rádio,  música,  TV  paga  e  Internet.  Tem  como  meta  ser  a  principal  fornecedora  de  informação  e  entretenimento  para  a  grande  comunidade  hispânica  dos  Estados  Unidos  (que,  segundo  estimativas,  é  um  mercado  que  possui  números  equivalentes  à  economia  mexicana)    Crescendo  em  uma  terra  de  gigantes...  Com  pesados  investimentos  no  setor  a  cabo,  broadcasting,  telefonia  e  novas  mídias,  a  Comcast  tem  apresentado  uma  das  melhores  performances  dentre  as  gigantes  do  setor.  Reunindo  múltiplas  operações  em  diversos  segmentos  de  negócios,  começa  a  ameaçar  a  liderança  de  mais  de  uma  década  dos  seus  principais  concorrentes  no  mercado  global  da  informação    Comcast  Corporate  A  empresa  se  define  como  uma  empresa  global  de  mídia  e  tecnologia,  estruturada  em  duas  grandes  divisões  (negócios  primários):  Comcast  Cable  e  NBCUniversal.  A  partir  deles,  oferece  programação  de  vídeo,  acesso  rápido  à  internet  e  telefonia,  além  de  diversos  canais,  de  notícias  a  negócios,  passando  por  entretenimento,  esportes,  filmes  e  parques  temáticos,  com  atividades  estruturadas  em  quatros  segmentos  diferentes:    Os  velhos  pesos  pesados  The  Walt  Disney  Company  –  Organizada  em  cinco  divisões  (Studio  Entertainment,  Parks  and  Resorts,  Consumer  Products,  Media  Networks  e  Disney  Interactive),  esse  complexo  de  mídia  e  entretenimento,  fundado  pelo  gênio  da  animação,  Walt  Disney,  hoje  está  presente  em  diversas  áreas:  do  esporte  (com  a  ESPN)  às  telenovelas  (SOAPnet).  A  Disney,  além  de  seus  tradicionais  estúdios  e  parques,  também  é  proprietária  da  rede  de  TV  estadunidense  ABC    Os  velhos  pesos  pesados  Time  Warner  –  Grupo  que  materializou  as  maiores  fusões  da  história  da  mídia,  continua  sendo  um  dos  principais  operadores  do  mercado  global,  com  atuação  nos  cinco  continentes,  através  de  centenas  de  plataformas.  Estrutura-­‐se  em  torno  de  quatro  divisões:  Turner  Broadcasting  System,  Warner  Bros.  Entertainment,  Home  Box  Office  e  Time  Inc,  explorando  de  TV  ao  cinema,  passando  por  impressos,  música  e  internet.    

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Viacom  -­‐  Uma  das  mais  tradicionais  empresas  de  mídia  do  mundo,  promoveu  recente  cisão,  convertendo  uma  de  suas  principais  divisões  (a  CBS  Corporation)  em  um  negócio  multimídia  independente  (encabeçado  pela  CBS  Television  Network:  a  maior  rede  de  TV  aberta  dos  Estados  Unidos).  Continua  controlando  dezenas  de  plataformas,  principalmente  ligados  ao  entretenimento,  a  TV,  cinema,  online  e  mobile,  reunindo  cerca  de  160  emissoras  pelo  mundo,  que  alcançam  mais  de  700  milhões  de  usuários    Os  novos  colossos  Oriundos  do  novo  mercado  de  negócios  on  line,  três  empreendimentos  surgem  com  toda  a  força  na  última  década,  do  mercado  norte-­‐americano  para  o  mundo,  prometendo  “roubar”dos  operadores  tradicionais  o  lugar  de  destaque  que  sempre  ocuparam.  Fortalecendo-­‐se  nas  plataformas  digitais  e  além  delas...        Os  “novos/velhos”  gigantes  No  disputado  mercado  de  produção  e  distribuição  de  conteúdos  informativos  e  lazer,  empresas  de  tecnologia  e  prestadores  de  serviços  dos  mais  diversos  segmentos  de  mercado,  vem  se  dedicando  a  investir  com  apetite.  São  apontados  pelos  especialistas  como  possíveis  lideranças  de  um  mercado  que  não  tem  limites  para  crescer    Fusões  globais  Pelo  mundo,  a  lógica  da  concentração  não  é  diferente.  Grupos  gigantescos  de  mídia  passaram  a  se  formar  nos  cinco  continentes  nas  duas  últimas  décadas:    O  “cidadão  Kane”  contemporâneo  Na  ciranda  de  cifras  astronômicas  e  poderes  ilimitados,  um  nome  se  tornou  símbolo  da  era  das  concentrações  na  indústria  das  comunicações:  o  do  magnata  australiano  (naturalizado  americano)  Rupert  Murdoch      Midas  da  mídia,  Murdoch  expandiu  seu  império  pelos  quatro  cantos  do  planeta.  Sua  empresa,  a  News  Corporation,  se  tornou  um  dos  mais  importantes  grupos  de  comunicação  do  mundo,  com  redes  de  televisão,  canais  a  cabo,  serviços  de  satélites,  estúdios  de  cinema,  jornais,  revistas,  editoras  e  gravadoras,  serviços  de  telefonia  e  informática,  cujos  tentáculos  se  estendem  pelos  cinco  continentes      Fundado  e  liderado  por  Murdoch,  a  News  Corp.  é  um  dos  mega  grupos  planetários,  reunindo  os  estúdios  de  cinema  e  canais  de  TV  com  a  marca  Fox,  jornais  tradicionais  como  “The  Wall  Street  Journal”,  “New  York  Post”,  “The  Times”  e  “The  Sun”,  o  sistema  de  TV  por  assinatura  via  satélite  BSkyB,  entre  outros  negócios    Outros  barões  da  mídia  mundial  Como  no  jogo  da  mídia  o  que  manda  é  o  dinheiro,  além  da  News  Corp.,  há  outras  grandes  corporações,  pertencentes  a  influentes  personalidades  da  mídia  moderna,  que  aspiram  um  papel  mais  proeminente  na  área    Na  Europa,  após  a  morte  de  Robert  Maxwell,  do  grupo  britânico  Maxwell  Communication  Corporation  (ex  British  Printing  Co),  o  poder  se  dispersou  ,  passando  às  mãos  de  alguns  poucos,  mas  bem  abastados  “concorrentes”  

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 Padrões  de  concentração  europeu  (Reino  Unido)  No  concorrido  mercado  inglês  estão  situados  alguns  dos  mais  importantes  grupos  de  mídia  do  planeta.  Além  da  News  Corp,  tem  sede  em  Londres  o  poderoso  grupo  Pearson,  que  reúne  em  seu  complexo  editorial  a  divisão  Financial  Times  e  vem  empreendendo    esforços  na  aquisição  de  concorrentes:  a  Handom  House,  do  grupo  alemão  Bettersmann,  como  destaque  de  uma  corrida  sem  precedentes  no  mercado  editorial  internacional    Em  paralelo,  a  maior  rede  comercial  de  TV  do  Reino  Unido,  a  ITV  disputa  um  concorrido  mercado  de  produção  informativa  com  operadores  de  diversos  segmentos:  agências  de  informação,  de  publicidade,  telefonia  e  internet,  além  da  maior  rede  de  rádio  e  teledifusão  pública  do  mundo    Padrões  de  concentração  europeu  (Alemanha)  Na  Alemanha  há  pelo  menos  três  grupos  que  disputam  espaço  no  cenário  da  mídia.  Um  deles,  o  grupo  Beta-­‐Taurus  (KirchMedia),  que  integra  o  conglomerado  Kirchgruppe  *,  atualmente  em  delicado  processo  de  recuperação  judicial;  outro,  o  grupo  Axel  Springer,  com  forte  atuação  no  segmento  impresso,  reunindo  mais  de  200  jornais  e  revistas,  além  de  operações  on  line,  rádio  e  televisão      Com  ambições  maiores,  o    Bertelsmann  Media  Group,  que  atua  simultaneamente,  no  mercado  internacional,  nos  setores  fonográfico,  cinematográfico,  editorial,  fora  suas  participações  no  mercado  continental  europeu  em  televisão,  rádio  e  mídia  impressa  expande-­‐se  velozmente,  com  apetite  sempre  crescente      Padrões  de  concentração  europeu  (Itália)  Mediaset  –  De  propriedade  do  ex  primeiro-­‐ministro  italiano  Silvio  Berlusconi,  o  grupo  Mediaset  possui  três  redes  de  TV  aberta  na  Itália  e  uma  na  Espanha,  canais  por  assinatura,  agências  de  publicidade,  serviços  de  informação,  gravadoras,  produtoras  de  cinema,  dentre  outras  atividades.  A  Mediaset  faz  parte  do  Gruppo  Fininvest  que  também  é  dono  do  grupo  editorial  Mondadori,  do  tradicional  Teatro  Manzoni  e  do  clube  de  futebol  Milan    Padrões  de  concentração  europeu  (França)  Do  coração  da  Europa  ganha  força  o  mais  recente  fenômeno  da  comunicação  global.  Durante  os  abalos  gerados  pela  crise  dos  escândalos  contábeis,  nos  EUA,  em  2008,  o  grupo  Vivendi  cresceu  de  forma  acentuada,  ocupando  um  posto  de  destaque  dentre  os  maiores  complexos  de  mídia  do  mundo  Seu  crescimento  vem  desde  2000,  quando  adquiriu  o  canal  USA  Networks  se  tornando  um  importante  operador  de  mídia  no  concorrido  mercado  norte-­‐americano  (tendo  sido  também  proprietário  dos  estúdios  Universal),  além  de  controlador  do  maior  grupo  fonográfico  do  planeta:  a  Universal  Music    Concorrente  de  peso  No  mercado  francês,  o  Grupo  Legardère  (controlador  da  editora  Hachette  Livre)  investe  pesado  no  mercado  editorial  de  livros,  jornais  e  revistas,  estações  de  

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rádio  ,  produção  audiovisual,  conteúdo  online,  esporte  e  entretenimento,  direitos  de  transmissão,  lojas  de  varejo,  publicidade  ,  dentre  outros    Padrões  de  concentração  ibéricos  (Portugal)  Cofina  –  Um  dos  maiores  proprietários  de  jornais  e  revistas  de  Portugal.  A  Cofina  possui  marcas  tradicionais  como  “Correio  da  Manhã”,  “Record”,  “Máxima”  e  “Automotor”  Impresa  –  Grupo  fundado  pelo  empresário  e  político  Francisco  Pinto  Balsemão.  Possui  revistas  importantes  como  as  versões  portuguesas  da  “Exame”,  “Caras”  e  “Casa  Cláudia”,  além  de  uma  das  maiores  TVs  do  país:  a  SIC  (fundada  em  parceria  com  as  Organizações  Globo)    Padrões  de  concentração  ibéricos  (Espanha)  Grupo  Planeta  –  Maior  grupo  de  comunicação  da  Espanha  com  capital  100%  familiar.  Líder  no  mercado  de  livros,  o  Grupo  Planeta  também  está  no  setor  de  televisão  (Antena  3),  rádio,  Internet  e  jornais  (com  o  “La  Razón”,  por  exemplo)  Grupo  Prisa  –  Proprietário  do  tradicional  jornal  “El  País”,  além  de  dezenas  de  emissoras  de  rádio,  sites,  empresas  de  TV  por  assinatura,  além  de  importante  participação  no  grupo  português  Media  Capital  Media  Capital  –  Pertencente  ao  grupo  espanhol  Prisa,  o  Media  Capital  possui  um  fortíssimo  braço  de  produção  audiovisual  encabeçado  pela  NBP,  além  da  atual  líder  de  audiência  de  Portugal,  a  TVI.  Revistas,  gravadora,  outdoor,  rádios,  financeira  e  Internet  também  estão  no  portfólio  da  Media  Capital    A  periferia  no  jogo  da  mídia  Os  mercados  da  comunicação  fora  do  eixo  EUA-­‐Europa  apresentam  características  contrastantes.  Da  Ásia  ao  Oriente  Médio,  da  Oceania  ao  continente  africano,  passando  pelas  Américas,  toda  a  sorte  de  empreendimentos  voltados  a  produção  e  circulação  de  conteúdos  informativos  dão  forma  a  uma  nova  geopolítica  da  cultura  e  da  informação,  cujos  contornos  e  alcance  são  para  lá  de  imprevisíveis...    A  força  que  vem  do  oriente  Uma  das  cincos  maiores  economias  do  mundo,  o  Japão  marca  uma  posição  firme  no  segmento  de  mídia,  com  duas  fortes  operações  globais:    Sony  Corporation  –  O  grupo  fundado  por  Akio  Morita  acabou  se  convertendo  numa  espécie  de  keiretsu  (conglomerado),  afinal,  o  grupo  também  possui  (atuando  especialmente  no  Japão)  bancos,  seguradoras,  hospitais,  empresas  de  energia  e  engenharia,  além  das  suas  famosas  indústrias  de  eletroeletrônicos.  Na  área  de  mídia,  a  Sony  controla  a  Columbia/TriStar  e  a  MGM/UA,  além  de  produtoras  de  programas  para  TV  (Sony  Pictures  Television,  Jeopardy  Productions)  e  canais  por  assinatura  (como  AXN,  Animax  e  o  próprio  Sony  Entertainment  Television)    Fuji  Media  Holdings  –  A  Fuji  Television  Network  é  a  maior  rede  de  TV  do  Japão.  Para  se  adequar  a  nova  legislação  de  radiodifusão  adotada  no  país,  lançou  em  a  Fuji  Media  Holdings:  uma  empresa  que  congrega  19  negócios  e  que  são  organizados  em  seis  áreas:  radiodifusão,  produção,  vídeo  e  música,  “life  

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information”,  publicidade  e  outros.  As  empresas  afiliadas  são  colocadas  à  parte  no  portifólio  e,  dentre  elas,  está  o  “Sankei  Shimbum”,  um  dos  maiores  jornais  do  Japão.  A  Fuji  é  parte  do  keiretsu  Fujisankei  Communications  Group,  composto  por  quase  80  empresas  e  3  museus  de  arte    A  força  dos  emergentes  (Índia)  No  contexto  dos  BRICs,  poderosos  grupos  de  comunicação  tem  demonstrado  sua  força  e  disposição  de  marcar  novas  posições  (de  destaque)  no  mercado  internacional  da  informação.  Deles,  destaca-­‐se:    Reliance  Big  Entertainment–  A  reboque  da  poderosa  indústria  de  filmes  de  Bombaim  (a  Bollywood  indiana)  o  grupo  de  cinema  e  TV  comandado  por  Amit  Khanna  não  para  de  crescer.    A  última  aquisição  foi  uma  generosa  participação  acionária  no  emblemático  estúdio  de  cinema  norte-­‐americano  DreamWorks,  de  Steven  Spilberg.  Estruturado  em  três  divisões  de  negócios  (Internet  &  Novas  Mídias,  Broadcasting  e  Entretenimento)  concentra  algumas  das  mais  importantes  empresas  de  mídia  da  Ásia    O  outro  gigante  da  Ásia  (China)  CCTV  -­‐  China  Central  Television  ou  Chinese  Central  Television,  é  a  maior  estação  de  televisão  nacional  da  China.  Pertencente  e  controlada  pelo  Ministério  de  Rádio,  Televisão  e  Filme  da  China,  tornou-­‐se  um  ativo  produtor  e  exportador  de  conteúdo  audio-­‐visual  da  Ásia.  Vem  estabelecendo  acordos  operacionais  com  grupos  de  mídias  internacionais,  como  forma  de  ampliar  sua  atuação  no  cenário  global  –o  mais  recente  (2007)  com  o  Grupo  Cisneros,  venezuelano    O  governo  chinês  ainda  é  um  forte  operador  de  outros  segmentos  da  atividade  comunicativa,  quando  não  exercendo  um  monopólio  de  Estado  absoluto  (casos  da  imprensa,  editoras  e  internet)  com  ambições  regionais  incontidas:    A  força  das  savanas  e  das  estepes  (África  do  Sul  e  Rússia)    Naspers  Limited  -­‐  O  maior  grupo  de  comunicação  da  África  do  Sul  (que  integra  o  conglomerado  sul-­‐africano  HML  Group),  possui  editoras  e  empresas  de  tecnologia  e  TV  por  assinatura  também  em  outros  países  africanos  e  europeus,  além  da  China.  Recentemente  (2006),  efetivou  uma  primeira  participação  (aporte)  de  capital  internacional  em  uma  grande  empresa  de  comunicação  brasileira:  o  Grupo  Abril    Gazprom  Media  -­‐  Subsidiária  (divisão  de  mídia)  do  maior  conglomerado  Russo,  o  grupo  Gazprom.  Tem  atividades  em  diversos  setores  da  comunicação  do  país  (TV,  rádio,  editoras,  publicidade,  internet,  cinema,  tecnologias  digitais,  etc).  É  um  dos  maiores  grupos  de  comunição  não  europeu,  tendo  como  acionista  majoritário  o  próprio  governo  do  país    Concentração  fora  “de  fora”  do  eixo  (Oriente  Médio)  Middle  East  Broadcasting  Center  (MBC)  -­‐  Primeiro  grupo  privado  de  comunicação  aberta  do  Mundo  Árabe.  Concentra  suas  atividades  nos  segmentos  de  TV,  rádio  e  internet  (novas  mídias),  com  dezenas  de  estações  e  sites  alinhados  em  torno  de  sua  programação,  francamente  pan-­‐árabe.  Tem  sua  sede  em  Dubai,  

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nos  Emirados  Árabes,  mas  o  empreendimento  conta  com  forte  participação  acionária  da  Árabia  Saudita.    Al  Jazeera  -­‐  Maior  emissora  fechada  de  TV  do  Oriente  Médio,  controlada  pelo  grupo  Al  Jazeera  Network  (anteriormente  Qatar  Media  Corporation),  sediado  em  Doha,  no  Qatar.  Tem  como  Chairman  Hamad  bin  Thamer  Al  Thani,  que  comandou  a  expansão  dcãos  negócios  envolvendo  a  rede  de  TV  e  a  multiplicação  das  plataformas  de  operação  da  Al  Jazeera  (sobretudo  na  internet),  com  um  conteúdo  de  programação  veiculado  em  diversas  línguas  e  países.    Padrões  de  concentração  latino-­‐americanos  Consolidação  parece  ser  a  palavra  chave  no  setor  de  mídia,  depois  do  processo  de  fusões  e  aquisições  que  tomou  conta  do  mercado  de  comunicações  na  década  de  noventa.  E  o  resultado  foi  uma  redução  dramática  no  número  de  operadores  do  setor.    Mais  perto  dos  trópicos,  o  padrão  de  concentração  se  repete:  da  Venezuela  emerge  o  portentoso  grupo  Cisneros,  no  México  localiza-­‐se  o  maior  complexo  de  TV  do  planeta,  a  Televisa  e,  da  Argentina,  vem  um  dos  grupos  editoriais  mais  fortes  do  continente:  Clarin    A  mídia  mexicana  Grupo  Televisa  (México)  –  Maior  grupo  de  comunicação  em  espanhol  do  mundo,  Televisa  é  líder  em  praticamente  todos  os  setores  em  que  atua.  Dirige  5  redes  de  TV,  dezenas  de  rádio,  três  times  de  futebol  da  primeira  divisão,  o  maior  estádio  do  país  (o  Estádio  Azteca),  bingos,  loterias,  companhia  aérea,  gravadora,  produtora  de  filmes  e  muitos  outros  negócios    Grupo  Salinas  –  Nascido  no  varejo  através  da  rede  de  lojas  Elektra  (a  Casas  Bahia  do  México),  esse  conglomerado  expandiu-­‐se  para  TV  com  a  aquisição,  no  início  dos  anos  1990,  dos  canais  de  TV  do  governo  mexicano  e  transformando-­‐os  na  TV  Azteca.  Hoje,  possui  banco  (Banco  Azteca)  e  seguradora,  time  de  futebol  (Monarcas  Morelia),  além  da  rede  de  TV  latina  Azteca  América,  presente  (em  TV  aberta)  em  diversas  praças  importantes.    A  mídia  na  Venezuela/Colômbia  Da  Venezuela  emerge  o  poderoso  grupo  Cisneros,  que  reúne  mais  de  70  companhias  espalhadas  por  mais  de  90  países,  com  um  faturamento  da  ordem  de  U$  4  bilhões.  Comandante  do  grupo,  Gustavo  Cisneros  sócio  da  AOL  Latino-­‐Americana,  lidera  o  mundo  hispânico  das  comunicações  ampliando  seus  domínios  orientado  por  um  dogma:  "só  queremos  alcançar  o  céu"  (comentado  após  adquirir,  em  1997,  a  Imagen  Satellital)  Organización  Cisneros  –  Com  experiência  em  praticamente  todos  os  setores  da  economia  (de  mostarda  à  TI,  passando  por  petrolíferas,  graxa  para  sapato,  mineração,  rádios  e  supermercados),  Cisneros  é  dono  de  redes  de  TV  na  Venezuela  e  Colômbia,  além  de  canais  com  alcance  internacional  como  a  Venevision  International  Valorem  –  Nascido  do  Grupo  Empresarial  Bavaria,  líder  no  ramo  cervejeiro  colombiano,  Valorem  é  um  grupo  administrado  como  se  fosse  um  fundo  de  

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investimentos  e  que  possui  participações  na  Caracol  Televisión  (Colômbia),  líder  de  audiência  naquele  país    A  mídia  argentina  Grupo  Clarín  –  Maior  grupo  de  comunicações  da  Argentina.  Possui  o  mais  importante  diário  do  país,  “Clarín”,  além  do  jornal  esportivo  “Olé”.  Comanda  a  Artear,  maior  grupo  de  canais  da  TV  argentina,  além  de  operadoras  de  TV  por  assinatura,  rádios,  revistas,  gráficas,  fábrica  de  papel  e  empresas  de  Internet  e  eventos  Grupo  Uno  Medios  -­‐  Um  dos  maiores  conglomerados  de  mídia  da  Argentina,  reunindo  empresas  de  TV  por  Assinatura,  diversos  canais  abertos  em  todo  o  país  (liderados  pela  America  2  de  Buenos  Aires),  empresa  de  telecomunicações,  diversas  rádios  AM  e  FM,  outdoors,  revistas  e  jornais  Pramer  -­‐  Produtora  de  conteúdo  voltada  exclusivamente  para  a  criação  e  gestão  de  canais  de  TV  abertos  e  por  assinatura.  Sua  base  de  atuação  é  na  Argentina,  mas  seus  canais  alcançam  toda  a  América  Latina,  inclusive  o  Brasil  (como  é  o  caso  do  Film&Arts).  A  Pramer,  uma  empresa  do  grupo  norte-­‐americano  Liberty  Global,  é  proprietária  de  dois  canais  de  TV  aberta  argentinos    

Arquivo:  Aula0402.pps  4.2.  Os  atores  da  comunicação  brasileira  Um  dos  fatores  decisivos  na  análise  da  realidade  comunicativa  do  Brasil  é  o  reduzido  número  de  players  efetivamente  importantes  para  o  setor  Apesar  de  serem  em  pequeno  número,  tais  operadores  conservam  para  si  mais  de  2/3  do  faturamento  de  toda  a  indústria,  possibilitando  aos  demais  operadores  (de  menor  escala)  uma  parcela  desproporcional  das  receitas    Oligopólio:  uma  mídia  de  poucos  Até  o  início  dos  anos  90,  havia  pelo  menos  dez  grandes  grupos  de  comunicação  centralizando  as  atenções  no  setor:  as  famílias  Bloch,  Frias,  Levy,  Mesquista,  Brito,  Saad  concorrendo  em  condições  relativamente  favoráveis  com  os  Marinho,  Abravanel  e  Civita    Os  maiores  grupos  brasileiros  Na  última  década  e  meia,  a  liderança  do  setor  se  concentrou  em  menos  grupos,  com  diferentes  perfis  corporativos  e  pesos  estratégicos,  respondendo  pelos  principais  faturamentos  do  negócio    A  força  da  mídia  nacional  Apesar  da  crise  que  acompanhou  o  ambiente  das  comunicações  brasileiras  na  primeira  parte  da  década  de  2000,  os  grandes  grupos  mantiveram-­‐se  fortes,  seja  diversificando  suas  atividades,  contraindo  créditos  no  mercado  de  investimentos  ou  reestruturando  seus  ativos.  E  já  ao  final  da  década,  refletindo  o  ótimo  momento  da  economia  brasileira,  recuperaram  grande  parte  dos  seus  resultados    Os  donos  da  mídia  brasileira  Na  tentativa  de  refletir  o  mapa  da  concentração  da  mídia  no  Brasil,  o  projeto  Donos  da  Mídia  passou  a  reunir  dados  públicos  e  informações  fornecidas  pelos  grupos  de  mídia  para  montar  um  panorama  completo  da  mídia  brasileira.  Nele  

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estão  detalhadas  diversas  informações  sobre  os  seguintes  tipos  de  veículos:  emissoras  e  retransmissoras  de  TV;  rádios  AM,  FM,  Comunitárias,  OT  e  OC;  operadoras  de  TV  a  cabo,  MMDS  e  DTH;  canais  de  TV  por  assinatura;  e  as  principais  revistas  e  jornais  impressos    Organizações  Globo  A  maior  empresa  de  comunicação  brasileira  é  também  a  que  responde  pelas  maiores  dívidas  do  setor  (atualmente).  Constituída  por  uma  série  de  operações  (empresas)  interligadas,  atua  também  no  sistema  de  parcerias  (sociedades)  distribuídas  por  todo  o  território  nacional.  A  Globopar  (Globo  Comunicações  e  Participações)  é  a  holding  do  grupo,  que  controla  direta  ou  indiretamente,  vários  negócios:    Organizações  Globo  Atualmente  a  empresa  adota  um  sistema  de  gestão  descentralizado,  por  segmento  de  negócios,  com  os  executivos  reportando-­‐se  a  um  colegiado  formado  pelos  acionistas.  O  organograma  da  empresa  tem  no  topo  a  família  Marinho.  Tendo  superado  uma  forte  instabilidade  que  abateu  parte  dos  empreendimentos  da  família  nos  últimos  dez  anos,  a  empresa  procura  novos  rumos  concentrando  seus  negócios  em  comunicação  *    Historicamente  ,  as  empresas  do  grupo  respondem,  em  média  por  50  a  75%  das  verbas  destinadas  ao  setor  de  mídia  no  Brasil  Paralelamente,  as  operações  mantêm  relações  estratégicas  com  grandes  players  do  mercado  global:  Microsoft,  de  Bill  Gates,  News  Corporation,  de  Rupert  Murdoch,  Telecom  (TIM  Itália),  dentre  outros    Grupo  Abril  Tradicional  vice-­‐líder  do  setor  de  mídia  no  Brasil,  o  Grupo  Abril  ainda  ocupa  um  espaço  de  destaque,  porém,  cada  vez  mais  distante  da  liderança  do  setor.  Já  foi  um  dos  cinqüenta  maiores  grupos  empresariais  do  país,  desenvolvendo  uma  série  de  operações  nos  principais  segmentos  da  indústria  da  comunicação  nacional  Com  o  negócio  dividido  em  quatro  setores  (Abril  Mídia,  Abril  Gráfica,  Abril  Educação  e  Distribuição  e  Logística)  atua  na  produção  e  distribuição  de  revistas,  livros,  obras  didáticas,  vídeos,  CD’s,  conteúdos  e  serviços  on-­‐line,  multimídia,  TV  por  assinatura...      Todas  estas  operações  garantiram  ao  grupo  um  crescimento  expressivo,  sobretudo  na  década  de  noventa,  seguido  de  um  forte  declínio  nos  últimos  dez  anos      Grupo  Abril  Fundada  em  1950  por  Victor  Civita,  com  o  lançamento  da  revista  "O  Pato  Donald",  a  Abril  chegou  ao  ano  de  seu  cinqüentenário  como  um  dos  maiores  grupos  editoriais  da  América  Latina    Em  2005,  a  Abril  iniciou  uma  significativa  mudança  no  seu  perfil  corporativo,  descontinuando  atividades  e  abrindo  novas  frentes.  Formalizou  sociedade  com  o  grupo  de  mídia  sul-­‐africano  Naspers,  que  passou  a  deter  30%  do  capital  do  GA,  

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por  US$  422  milhões.  Ratificando  seu  perfil  pioneiro  (já  havia  sido  a  primeira  empresa  de  mídia  a  celebrar  parceria  com  um  operador  estrangeiro,  a  Disney,  nos  anos  50),  tornou-­‐se  também  a  primeira  o  fechar  acordo  com  um  sócio  estratégico  de  seu  próprio  ramo    Grupo  Silvio  Santos  O  Grupo  Silvio  Santos  reúne  um  conjunto  de  mais  de  30  empresas,  atuando  em  áreas  distintas  (mas  buscando  resultados  comuns),  que  o  tornaram  um  dos  100  principais  conglomerados  empresariais  do  Brasil.    É  organizado  em  torno  de  três  divisões  operacionais:        COMÉRCIO  E  SERVIÇOS  (Baú,  Liderança  Capitalização  –  Tele  Sena);  FINANCEIRA  (Banco,  Distribuidora  de  Títulos,  Leasing,  Seguros,  Veículos  e  Consórcios)  DIVISÃO  DE  COMUNICAÇÃO  (SBT,  rádios,  jornais,  revistas,  sites,  etc)    O  grupo  ainda  tem  investimentos  nos  setores  de  comércio  varejista,  distribuidora  de  peças  e  veículos,  corretora  de  valores  e  arrendamento  mercantil,  agricultura,  passando  por  cosméticos,  alimentos,  produção  teatral  e  agricultura    Novo  concorrente  de  peso  O  principal  acionista  da  Record,  Edir  Macedo,  líder  da  Igreja  Universal  do  Reino  de  Deus,  começou  a  construir  seu  grupo  de  comunicação  nos  anos  1980,  quando  adquiriu  a  Rádio  Copacabana.  Em  1992,  a  Rádio  e  Televisão  Record  foi  incorporada  e  não  parou  mais  de  crescer.    Hoje,  a  TV  Record  cobre  todo  o  Brasil  e,  através  da  Record  Internacional,  está  também  em  aproximadamente  130  países.  O  grupo  inaugurou  recentemente  o  canal  Record  News  (24  horas  de  noticiário)  e  está  presente  no  rádio  (Record  AM),  no  jornalismo  impresso  “Correio  do  Povo”  (RS),  “Hoje  em  Dia”  (MG)  e  “Folha  Universal”,  nas  revistas  “Plenitude”,  “A  Visão  da  Fé”,  gravadora  Line  Records  e  a  Universal  Produções,  que  reúne  agência  de  propaganda,  escritório  de  design,  estúdio  de  fotografia,  gráfica,  editora  de  livros  e  revistas,  agência  de  notícias  internacional,  produtos  infantis,  televendas  e  o  portal  Arca  Universal  (internet),  dentre  outros.    Outros  grupos  importantes  –  Sudeste  (SP)  Grupo  Bandeirantes  de  Comunicação  -­‐  Fundado  por  João  Saad,    a  partir  da  Rádio  Bandeirantes,  tornou-­‐se  um  grande  conglomerado  que  possui  o  maior  grupo  de  rádio  do  país,  duas  redes  abertas  de  TV,  três  canais  segmentados,  dois  jornais,  uma  operadora  de  TV  por  assinatura,  um  selo  musical  e  uma  grande  plataforma  de  interatividade.  A  família  Saad  também  está  presente  no  ramo  imobiliário  através  da  Aricanduva  SA  e  na  agropecuária  com  o  Simental  da  Band  Grupo  Folha:  fundado  por  Octavio  Frias,  é  um  conglomerado  de  mídia,  que  atua  fortemente  no  setor  de  jornalismo  impresso,  mas  operando  ainda  com  editoras,  gráficas,  acesso  à  Internet  e  agência  de  notícias.  O  Grupo  Folha  é  um  dos  grupos  de  jornais  mais  lido  na  Região  Sul  e  sudeste  do  Brasil,  mas  não  tão  popular  

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noutras  regiões  do  país,  embora  o  jornal,  Folha  de  São  Paulo  seja  uma  das  maiores  circulações  diárias  do  país    Grupo  OESP:  controlado  pela  família  Mesquita,  tem  enorme  importância  no  setor  de  notícias,  com  diversos  jornais  e  revistas,  estendendo  sua  atuação,  ainda,  para  os  segmentos  editorial  e  radiofônico    Outros  grupos  importantes  –  Sudeste  (RJ  –  ES  -­‐  MG)  Companhia  Brasileira  de  Multimídia  (CBM)  –  Componente  da  Docas  Investimentos,  a  CBM  surgiu  a  partir  da  Editora  JB,  responsável  pela  marca  “Jornal  do  Brasil”.  Hoje,  a  CBM  reúne,  além  do  JB,  a  Editora  Peixes,  a  “Gazeta  Mercantil”  e  os  portais  JB  Online  e  InvestNews  Rede  Gazeta    -­‐maior  grupo  de  mídia  do  Espírito  Santo,  a  Rede  Gazeta  de  Comunicação  é  composta  por  16  negócios  integrados.  São  três  jornais  (liderados  pelo  “A  Gazeta”,  fundado  em  1928),  quatro  emissoras  de  rádio,  três  portais,  uma  rede  de  emissoras  de  TV  que  cobre  todo  o  Estado,  além  de  um  canal  por  assinatura  voltado  só  para  o  ES.  A  Rede  Gazeta  também  conta  com  um  importante  braço  de  eventos  e  marketing  promocional  Rede  Itatiaia  -­‐  maior  operadora  de  rádio  de  Minas  Gerais,  o  grupo  é  liderado  pela  tradicional  Rádio  Itatiaia  AM/FM.  Composto  por  10  estações  de  rádio,  uma  rede  de  rádio  via  satélite  (Itasat)  e  uma  emissora  de  TV    Outros  grupos  importantes  –  Sul  (RS  e  PR)  Grupo  RBS  -­‐  maior  grupo  de  comunicação  regional,  a  RBS  (Rede  Brasil  Sul)  é  composta  por  18  emissoras  de  TV  aberta,  2  canais  regionais  e  um  por  assinatura,  26  rádios,  8  jornais,  dois  portais  na  Internet,  editora,  gravadora,  empresa  de  logística,  uma  empresa  de  marketing  e  relacionamento  com  o  público  jovem,  além  da  Fundação  Maurício  Sirotsky  Sobrinho.  Controlada  pela  Família  Sirotsky    Grupo  Massa  -­‐  controlado  pelo  apresentador  Carlos  Massa  (Ratinho),  está  sediado  no  Paraná  e  conta  com  forte  presença  nos  setores  alimentício,  cervejeiro,  hoteleiro,  agropecuário  e  comunicação  através  das  rádios  Massa  AM  e  FM,  além  da  recém-­‐lançada  Rede  Massa  de  Televisão,  afiliada  paranaense  do  SBT  e  da  TV  Massa  Litoral      Outros  grupos  importantes  –  Centro  Oeste  (DF)  Diários  Associados  –  Fundado  por  Assis  Chateaubriand  há  85  anos,  quando  adquiriu  “O  Jornal”  do  Rio  de  Janeiro,  os  Diários  Associados  são,  até  hoje,  um  dos  maiores  complexos  de  comunicação  da  América  Latina  e  reúnem  15  jornais,  12  emissoras  de  rádio,  8  emissoras  de  televisão  (mídia  trazida  para  o  Brasil  pelos  Associados  em  1950  através  da  TV  Tupi),  9  portais,  5  sites,  fazendas,  produtora  de  vídeo,  agência  de  notícias,  teatro,  empresa  de  logística  e  imobiliária    Outros  grupos  importantes  –  Nordeste  Rede  Bahia  –  atualmente  um  complexo  de  mídia  regional,  mas  com  origem  no  ramo  de  construção  civil  através  da  Construtora  Santa  Helena.  Iniciada  por  Antônio  Carlos  Magalhães,  em  1978,  com  o  “Correio  da  Bahia”,  expandiu-­‐se  com  a  fundação  da  TV  Bahia  (1985),  transformando-­‐se  na  principal  rede  televisiva  do  nordeste.  Atualmente,  a  Rede  Bahia  é  composta  por  14  empresas  distribuídas  em  

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quatro  segmentos:  Mídia,  Conteúdo  &  Entretenimento,  Desenvolvimento  de  Novos  Negócios  e  Construção  Civil.  Grupo  JCPM  -­‐  o  começo  foi  no  varejo  através  da  grande  rede  de  supermercados  Bompreço.  Em  1987,  o  Grupo  JCPM  (iniciais  do  nome  do  fundador  do  grupo,  João  Carlos  Paes  Mendonça)  adquiriu  o  Sistema  Jornal  do  Commercio  de  Comunicação,  que  enfrentava  graves  problemas  financeiros.  Hoje,  o  grupo  é  o  maior  na  mídia  pernambucana  e  possui,  além  do  Jornal  do  Commercio,  as  Rádios  Jornal  Recife  e  JC/CBN,  além  da  TV  Jornal  e  do  portal  JC  Online    Outros  grupos  importantes  –  Norte  Rede  Amazônica  -­‐  Nascida  da  agência  Amazonas  Publicidade,  criada  em  1968,  tornou-­‐se  um  grupo  de  comunicação  em  1972  com  a  inauguração  da  Rádio  TV  do  Amazonas.  Hoje,  é  formado  por  várias  emissoras  de  rádio  e  TV  em  todos  os  estados  da  região  norte,  além  de  portal  na  Internet,  shopping,  centro  de  convenções,  fábrica  de  produtos  de  limpeza,  empresa  de  energia  solar  e  serviços  de  comunicação      Sistema  Mirante  de  Comunicação  –  Detém  a  Rede  Mirante,  afiliada  à  Rede  Globo  no  Maranhão,  com  sede  na  região  metropolitana  de  São  Luís.  Controlada  pela  Família  Sarney,  juntamente  com:  as  rádios  Mirante  AM  e  Mirante  FM,  o  jornal  O  Estado  do  Maranhão,  a  TV  Upaon  Açu,  dentre  outros  ativos    O  Estado  na  comunicação  Fundação  Padre  Anchieta  -­‐  No  final  dos  anos  1960,  o  Governo  do  Estado  de  São  Paulo  adquiriu,  dos  Diários  Associados,  a  Rádio  e  Televisão  Cultura.  A  partir  daí,  nasceu  a  Fundação  Padre  Anchieta  –  Centro  Paulista  de  Rádio  e  TV  educativas,  que  hoje  reúne:  Televisão  Cultura,  Cultura  AM,  Cultura  FM,  Cultura  Marcas,  Cultura  Serviços,  Cultura  Data  e  o  site  RadarCultura  Empresa  Brasileira  de  Comunicação  (EBC)  –  iniciativa  da  União  (2007),  o  empreendimento  visa  integrar  as  estruturas  comunicativas  do  Estado  brasileiro,  através  da  centralização  de  pelo  menos  quadro  unidades  operacionais:  TV  Brasil,  Agência  Brasil,  Radio  MEC  e  Rádio  Nacional,  dentre  outras,  que  irão  se  criar      Gigantes  do  setor  público  (Internacionais)  Na  operação  midiática  global,  os  agentes  públicos,  fomentados  pelo  Estado,  também  demonstram  apetite  para  concorrer  no  negócio  global  da  comunicação,  com  alguns  representantes  de  peso    Novos  cenários  midiáticos  (Mundo)  Segundo  os  analistas  do  setor,  em  um  horizonte  de  cinco  a  dez  anos,  estará  se  desenhando  um  cenário  singular  para  o  universo  da  comunicação  pelo  mundo,  sobretudo  pela  presença  cada  vez  mais  acentuada  de  novos  operadores  (de  setores  conexos  ao  universo  da  mídia  tradicional,  como  empresas  de  telefonia,  internet  e  tecnologia)...        

• 5  a  10  mega-­‐corporações  dominando  o  mercado  global  de  mídia  •  10  a  30  grandes  empresas  atuando  no  nível  regional  (continental)  •  As  demais  empresas  relegadas  papéis  nacionais  ou  local  (secundários)  

 

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Padrões  de  concentração  (Global)  Teoria  do  Big  Ten  –  Até  a  entrada  do  milênio,  a  liderança  das  comunicações  estava  entregue  a  uma  dezena  de  mega  grupos  de  mídia  globais    Hoje,  os  gigantes  tem  perfis  cada  vez  mais  diferenciados  e  desafiadores  aos  tradicionais  operadores  do  mercado    

Arquivo:  Aula0501.pps  Análise  setorial  da  indústria  da  comunicação  Vinculadas  à  área  mais  tradicional  da  indústria  da  comunicação,  as  atividades  editoriais  estão  relacionadas  as  origens  da  mídia  enquanto  empreendimento  econômico.  Sua  estruturação  decorre  dos  primeiros  aparatos  técnicos  voltados  para  a  impressão  gráfica.  Revolucionários,  promoveram  transformações  radicais  na  sociedade  moderna,  com  base  na  produção  de  informação  em  escala    Mídias  impressas  

! Mercado  editorial  de  livros  !  Mercado  editorial  de  jornais  !  Mercado  editorial  de  revistas  

 Mídia  impressa  Abrange  todas  as  formas  de  produção  e  distribuição  de  mídia  no  formato  papel,  sendo  seus  principais  “ativos”  os  livros,  os  jornais  e  as  revistas.  Cada  um  destes  segmentos,  constitui  parte  importante  da  cadeia  de  produção  da  indústria  de  comunicação    O  mercado  editorial  de  livros  O  livro  ocupa  uma  posição  de  destaque  na  vida  do  homem.  Meio  que  nos  acompanha  há  séculos,  experimentou  diversas  inovações  tecnológicas  ao  longo  dos  anos,  consolidando-­‐se  como  instrumento  por  excelência  na  transmissão  do  saber  formal  Além  de  necessidade  primordial,  o  livro  é  a  prova  maior  da  civilização  e  do  progresso  alcançados  por  nossa  espécie.  Com  o  aumento  dos  níveis  de  educação  global,  o  mercado  editorial  de  livros  torna-­‐se  indispensável  como  fator  de  desenvolvimento  humano  Classificação:  •  Profissional  (Science,  Technical  and  Medical)    •  Didáticos  (Educational)  •  Paradidáticos  (Trade)  

Cadeia  produtiva  do  setor  •  Autor  (criação)  •  Editor/Publisher  (seleção,  produção  e  financiamento)  •  Gráficas/Produtores  de  Papel  e  Equipamentos  (fabricação  e  insumos)  •  Distribuidor/Atacadista/Livreiro  (comercialização)  •  Bibliotecas/Escolas  (acesso  público)  

   

 Conjuntura  do  livro  (impresso!)  

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A  questão  mais  fundamental  da  “economia  do  livro”  está  na  imensa  diversidade  de  oferta  de  títulos,  em  meio  a  dispersão  do  público  leitor  virtualmente  interessado  em  leitura  +  2  milhões  de  títulos  NOVOS  são  lançados  anualmente  no  mundo  +  500  títulos  disponíveis  para  cada  milhão  de  habitantes  O  descompasso  entre  a  larga  produção  (além  de  um  bem  relativamente  acessível,  pode  ser  produzido  em  baixa  escalada)  e  a  incapacidade  de  absorção  pelo  público  não  é  o  único  problema:  

•  mercado  de  nichos  com  graves  entraves  na  logística  de  distribuição    •  dificuldade  de  formação  de  público  leitor  (questões  culturais,  

econômicas,  políticas)  •  influência  das  novas  tecnologias  concorrentes  (esvaziamento  do  hábito  

leitura)  •  desafio  da  sustentabilidade  (produto  ecologicamente  complexo)  

 Os  contrastes  do  setor  Os  maiores  grupos  editoriais  do  mundo  têm  receitas  anuais  na  casa  dos  bilhões  de  dólares.  Em  contrapartida,  em  países  periféricos  a  realidade  do  livro  no  contexto  da  vida  da  sociedade  ainda  é  marcada  por  limitações  (políticas,  financeiras,  culturais...)  O  Ranking  Global  da  Indústria  Editorial,  realizado  desde  2006  por  iniciativa  de  organizações  setoriais  como  Livres  Hebdo  (França),  The  Bookseller  (UK),  Buchreport  (Alemanha)  e  Publishers  Weekly  (EUA),  analisa  os  maiores  grupos  editoriais  do  mundo,  com  faturamento  acima  de  150  milhões  de  euros  (baseados  no  volume  de  vendas  livros,  periódicos  e  produtos  digitais)    A  concentração  do  papel  No  mundo  destacam-­‐se  cerca  de  60  grupos  editoriais  que  movimentam  mais  de  50  bilhões  de  euros.  A  metade  desse  valor  fica  nas  mãos  das  primeiras  10  empresas  da  lista.  Entre  elas,    figuram  as  brasileiras  Abril  Educação,  na  40ª  posição;  Saraiva,  na  50ª  e  FTD,  na  58ª    Os  maiores  mercados  do  livro  A  presença  do  livro  nos  principais  mercados  do  mundo  tem  sofrido  transformações  sucessivas.  Trata-­‐se  de  um  negócio  bilionário  (mais  de  €  100  bilhões),  em  que  os  principais  operadores  não  medem  esforços  para  ampliar  sua  penetração  e  aumento  do  domínio  comercial    Mercado  editorial  brasileiro  Os  dados  do  mercado  de  livros  no  Brasil  são  contrastantes:  há  pouco  mais  de  1.500  editoras  no  país  e  menos  de  20%  (IBGE)  dos  municípios  brasileiros  contam  com  estabelecimentos  comerciais  (menos  de  3.000  mil  livrarias)  dedicadas  exclusivamente  a  venda  de  livros  (a  Unesco  recomenda  que  haja  ao  menos  1  livraria  para  cada  10  mil  pessoas)  ou  públicos  (menos  de  5.000  bibliotecas  municipais)  Porém,  com  um  volume  de  vendas  na  casa  dos  R$  6  bilhões  e  mais  de  50  mil  títulos  publicados  anualmente,  o  Brasil  está  entre  os  dez  maiores  mercados  do  mundo,  apesar  do  baixo  índice  de  densidade  demográfica  de  leitores  (2,5  livros  por  habitante/ano)  

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 Perspectivas  do  setor  Há  boas  possibilidades  para  o  livro  impresso  no  mundo,  que  ainda  conserva  um  significativo  potencial  de  crescimento.  O  futuro  dos  livros  ainda  está  reservado  ao  papel,  embora  as  plataformas  eletrônicas  (e-­‐books)  estejam  cada  vez  mais  presentes  Em  grande  parte,  sua  importância  ainda  reside  na:  •  Tradição  (como  forma  de  transmissão  de  saber)  •  Níveis  educacionais  em  elevação  •  Mercado  de  nichos,  que  “relativiza”  a  concentração  (diversidade  de  

agentes)  •  Compradores  institucionais,  garantindo  a  produção  •  Combate  à  pirataria  e  valorização  do  direito  autoral  

 Mercado  editorial  de  jornais  É  a  forma  de  publicação  voltada  (em  regra)  para  um  público  heterogêneo,  constituindo  fonte  primária  de  informação  acerca  de  fatos  socialmente  mais  relevantes.  Sua  função  é  levar,  através  da  combinação  de  textos  e  imagens,  o  cidadão  a  espaços  que  ele  não  pode  acessar  diretamente  Quanto  a  periodicidade  *    a)  Diários:  com  cobertura  dos  fatos  de  até  vinte  e  quatro  horas  anteriores  (publicados  ao  menos  4  vezes  por  semana)  b)  Não  diários:  dedicados  à  cobertura  de  fatos  abrangidos  em  períodos  mais  longos  (publicados  três  vezes  por  semana  ou  menos)  Quanto  a  circulação  *  

a)  Vendas  diretas  b)  Vendas  por  assinaturas  c)  Gratuitos  

 Formatos  

•  Standart  (o  maior  e  mais  antigo  deles,  presente  em  todos  os  países)  •  Tablóide  (criado  na  Inglaterra  e  muito  popular  nos  EUA)    •  Berliner  (tablóide  europeu,  é    ligeiramente  maior  do  que  o  inglês)  

 Circulação  de  jornais  pelo  mundo  A  indústria  dos  jornais  é  um  dos  negócios  mais  importantes  da  mídia  planetária.  Tanto  na  sua  manifestação  impressa  quanto  multimídia  movimenta  mais  de  U$  200  bilhões  em  vendas,  alcancando  pelo  menos  3  bilhões  de  pessoas  (ou  72%  dos  adultos  letrados  dispostos  pelo  mundo),  dos  quais,  2,5  bilhões  lêem  jornais  impressos  e  600  milhões  edições  digitais    Conjuntura  do  jornal  Considerando  a  forte  presença  do  jornal  no  cotidiano  das  sociedades  contemporâneas,  seus  principais  desafios  estão  relacionados  a  transformação  de  hábitos  das  pessoas,  em  um  contexto  tecnológico  novo  (mais  integrado  e  interativo)    Neste  cenário,  apesar  de  relevante  social  e  acessível  economicamente,  enfrenta  forte  concorrência:  

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•  com  a  dificuldade  de  formação  de  novos  públicos  e  fuga  de  antigos  leitores  

•  pela  influência  das  novas  tecnologias  concorrentes  (esvaziamento  do  hábito  leitura)  

•  pelo  desafio  da  sustentabilidade  (produto  ecologicamente  complexo)    A  redução  das  tiragens  Apesar  do  tamanho  da  indústria  dos  jornais,  a  queda  na  circulação  é  um  dado  que  desafia  gestores  da  área,  após  um  breve  período  de  recuperação.  O  setor  vem  encolhendo  nos  principais  centros,  com  queda  mais  acentuada  nos  EUA  e  Europa    Quem  lê  jornal  sabe  mais...  será  ?  O  consumo  de  jornais  é  mais  difundido  nos  países  desenvolvidos,  porém,  vem  registrando  maior  nível  de  crescimento  justamente  nos  centros  menos  desenvolvidos,  como  algumas  regiões  da  Ásia  e  da  América  Latina    O  prestígio  dos  jornais  internacionais  Análise  elaborada  pela  4  International  Media  &  Newspapers,  que  mapeia  sete  mil  jornais  em  200  países  pelo  mundo,  classifica-­‐os  em  um  ranking  dos  periódicos  mais  populares  do  planeta:    Os  maiores  do  mundo  No  contexto  dos  maiores  períodos  planetários,  o  Japão  destaca-­‐se  como  o  país  que  reúne  a  menor  quantidade  de  publicações,  porém,  com  as  maiores  tiragens  do  mundo    Entidades  importantes  do  setor  de  impressos  World  Editors  Forum,  (WEF),  International  Publishers  Association  (IPA),  the  International  Federation  of  the  Periodical  Press  (FIPP),  the  European  Federation  of  Magazine  Publishers  (ENPA),  the  European  Publishers  Council  (EPC),  the  European  Magazine  Publishers  Association  (FAEP)  and  SPMI  (French  association  for  magazine  publishers,  the  association  of  French  national  newspapers,  SPP,  French  regional  daily  newspaper  association,  SPQR  A  WAN,  baseada  em  Paris,  é  a  principal  organização  global  da  indústria  de  jornais,  representando  mais  de  18.000  publicações,  tendo  entre  seus  membros  73  associações  nacionais  e  executivos  do  setor  distribuídos  por  102  países,  11  agências  de  notícias  e  09  grupos  de  imprensa  de  atuação  regional  e  global  (no  Brasil  tem  como  órgão  representativo  a  ANJ).    O  jornal  no  Brasil  O  jornalismo  impresso  brasileiro  tem  andado  na  contramão  do  mundo,  ao  reverter  uma  tendência  de  queda  nas  tiragens  dos  seus  principais  periódicos  de  alcance  nacional  e  regional    Principais  jornais  brasileiros  O  mercado  de  jornais  brasileiros  é  marcado  pela  forte  concorrência.  Novos  títulos  surgem  com  alguma  frequência,  sobretudo  relacionados  à  ascensão  das  classes  econômicas  menos  favorecidas  

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 O  mercado  editorial  das  revistas  A  revista  é  um  meio  de  comunicação  diferenciado.  Situa-­‐se  numa  zona  intermediária  entre  os  jornais  e  os  livros,  embora  não  possua  nem  a  profundidade  literária  destes  últimos  nem  a  atualidade  informativa  de  um  jornal.  Caracteriza-­‐se  pela  maior  amplitude  no  tratamento  dos  conteúdos  abordados  e  intensa  segmentação  dos  assuntos  existentes    Comporta  três  grupos  de  publicações  principais:  

•  Revistas  de  interesse  geral:  focadas  em  notícias  mais  genéricas  •  Revistas  segmentadas  por  público:    dirigidas  a  públicos  determinados  •  Revistas  segmentadas  por  interesses:    dirigidas  a  assuntos  específicos  

 A  circulação  mundial  de  revistas  A  indústria  das  revistas  representa  um  significativo  negócio  para  a  mídia,  movimentando  um  volume  de  receitas  da  ordem  de  U$  100  bilhões  anuais.  Os  Estados  Unidos  são  o  principal  mercado  do  mundo,  junto  com  a  Europa  (30%  do  share)  e  a  venda  de  edições  digitais  já  representa  15%  da  fatia  do  setor  Entretanto,  os  efeitos  da  tecnologia  digital  afetam  cada  vez  mais  o  negócio,  implicando  redução  de  receitas  e,  consequentemente,  diminuição  de  exemplares  em  circulação,  com  exceção  de  mercados  em  desenvolvimento  (como  Brasil  e  China),  onde  crescem  as  tiragens,  em  termos  absolutos    Revistas  no  Brasil:  em  mercado  em  mutação  Nos  mercados  mais  desenvolvidos,  a  indústria  de  revistas  vem  sendo  obrigada  a  promover  uma  rápida  mudança  de  plataforma  em  função  das  transformações  dos  hábitos  de  consumo  do  leitor  Na  via  inversa  a  esta  tendência,  mercados  de  consumo  mais  periféricos,  como  Brasil,  ampliam  sua  participação  no  mercado,  com  lançamento  de  novos  títulos,  a  despeito  da  queda  de  tiragens  e  faturamento    Revistas  no  Brasil  –  Contrastes  do  setor  O  quadro  mais  contrastante  do  segmento  de  revistas  no  Brasil  é  o  aumento  de  títulos  lançados  por  ano,  face  a  queda  das  tiragens    Jornais  e  periódicos:  a  crise  no  setor  A  crise  dos  jornais  impressos  (e  revistas),  que  começou  nos  Estados  Unidos,  instalou-­‐se  na  Europa  e  vem  chegando  ao  Brasil,  continua  causando  grandes  preocupações  e  incertezas  sobre  o  futuro  dos  veículos  impressos  em  todo  o  mundo  Importância  

•  Credibilidade  •  Formação  de  pensamento  crítico  

Desafios  •  Perdas  maciças  das  receitas  de  publicidade    •  Concorrência  com  novas  mídias  (paradigma  digital)  •  Mudanças  nos  hábitos  de  leitura  •  Custo  elevado  (e  paradigma  ambiental)  •  Distribuição  física  (nos  países  periféricos)  

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 Arquivo:  Aula0501.ppt  

Por  uma  reengenharia  comunicativa  A  mídia  (bem  como  suas  extensões)  tornou-­‐se  uma  indústria  tão  influente,  que  pode  ser  comparável  à  siderurgia  da  segunda  metade  do  século  XIX,  ou  à  do  automóvel  na  década  de  1920.  É  neste  segmento  que  são  feitos  os  investimentos  mais  importantes  da  economia  global  de  hoje  Nele,  empresas  de  eletrônicos  fundem-­‐se  com  empresas  de  telefonia,  estas  com  empreendimentos  de  transmissão  a  cabo  e  por  satélite,  que  por  sua  vez  estão  associados  a  editoras,  redes  de  televisão,  estúdios  de  cinema,  gravadoras,  parques  gráficos,  dentre  outros,  constituindo,  enfim,  mega-­‐grupos  empresariais  que  integram  ambiente  inteiros  O  alcance  e  a  rentabilidade  dos  negócios  relacionados  à  produção  e  distribuição  de  conteúdos  informativos,  em  seu  sentido  mais  abrangente,  crescem  em  ritmo  exponencial,  instituindo  uma  nova  cartografia  de  poder  em  um  mundo  crescentemente  interdependente.  Desta  verdadeira  revolução  em  curso,  resulta  uma  nova  batalha  mundial  por  conteúdos    O  tamanho  do  capital  informativo  Enquanto  a  economia  internacional  desacelerou,  o  mercado  de  Tecnologia  de  informação  e  comunicação  (TIC)  vem  crescendo.  O  desenvolvimento  do  comércio  de  conteúdos  criativos  passou  a  ter  uma  importância  maior  no  dia  a  dia  das  sociedades  (pessoas,  empresas,  Estados)      De  um  setor  para  a  economia  inteira  Com  a  ampliação  da  economia  da  informação,  distinguem-­‐se  dois  domínios  da  economia:  o  da  matéria  e  da  energia  e  o  da  informação  No  primeiro  estão  incluídas  a  agricultura  e  a  indústria.  O  setor  de  informação  passa  a  englobar  uma  enorme  gama  de  atividades  tangenciadas  pela  informação  modificando-­‐as  de  um  padrão  para  outro    Uma  indústria  remodelada  A  importância  da  informação  para  o  mundo  atual  impõe  um  remodelamento  do  clássico  conceito  de  indústria  cultural.  Em  seu  lugar,  afirma-­‐se  um  modelo  de  indústria  muito  mais  amplo  e  complexo,  fundado  na  economia  criativa  ou  de  conteúdos,  que  inclui  os  meios  de  comunicação,  mas  também  o  desafiador  universo  digital,  a  alta  e  a  “baixa”  cultura  e  ainda  a  oferta  de  serviços,  com  repertórios  e  formatos  cada  vez  mais  variados    Indústrias  Criativas  Abrange  processos  que  envolvem  a  criação,  produção  e  distribuição  de  produtos  e  serviços,  usando  o  conhecimento,  a  criatividade  e  o  capital  intelectual  como  principais  recursos  produtivos    Atuais  cenários  midiáticos  As  mudanças  aceleradas  potencializam  um  quadro  de  crescente  sinergia  corporativa,  no  qual  a  existência  de  sistemas  de  mídia  de  caráter  estritamente  nacional  torna-­‐se  ultrapassado.  As  realidades  domésticas  se  reconfiguram  velozmente,  no  ritmo  da  afirmação  de  um  mercado  global  de  mídia  comercial  

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 Neste  novo  ambiente  econômico,  a  mídia  desperta  cada  vez  mais  interesse  como  plataforma  de  negócios,  atraindo  todo  tipo  de  investimentos  –e  tornando  bastante  mais  complexa  a  lógica  de  organização  dos  empreendimentos  que  se  formam  a  partir  daí    Para  entender  a  mídia  enquanto  indústria  Com  a  convergência  das  tecnologias  de  comunicação  e  informação,  a  análise  da  mídia,  enquanto  setor,  torna-­‐se  mais  complexa,  pois  imprecisa.  Para  compreendê-­‐la  é  necessário  ultrapassar  as  divisões  tradicionais  em  que  se  organizava  a  atividade    Mídia  cruzada:    as  organizações  passam  a  se  apoiar  em  diversas  plataformas  de  comunicação  diferentes,  de  forma  coordenada,  simultânea  e  integrada,  evoluindo  para  uma  elaboração,  a  priori,  dos  conteúdos,  independente  da  plataforma  a  serem  aplicados    Visão  clássica  da  indústria  da  mídia  Para  pensar  a  mídia  no  seu  conjunto,  necessário  considerá-­‐la,  primeiramente,  a  partir  de  suas  organização  tradicional,  em  que  o  modelo  do  negócio  está  estruturado  em  torno  de  pelo  menos  três  áreas  nucleares:  

"  Mídia  Impressa:  jornais,  revistas  e  editoras  "  Mídia  de  Áudio-­‐visual:  rádio,  gravadoras,  TV  e  cinema    "  Mídias  de  Nova  Geração:  telefonia  e  informática  

Reflexo  da  incidência  da  lógica  da  convergência,  alinham-­‐se  a  estes  segmentos  outras  áreas  correlatas,  que  empreendem  esforços  conjuntos  com  o  core  business  desta  indústria,  no  sentido  de  sua  viabilização:  publicidade,  moda,  artes,  games,  esportes,  shows,  etc...      Organismos  multinacionais  e  a  mídia  As  maiores  dificuldades  para  entender  a  nova  organização  da  mídia,  enquanto  indústria,  começam  pela  limitada  capacidade  das  instituições  se  definirem  e  pensarem  além  dos  seus  próprios  limites  originais  de  atuação,  sendo,  neste  caso,  importante,  a  adoção  de  fontes  de  referências  externas  ao  negócio    

Aula-­‐0501  –  Setores  (b).ppt    Análise  setorial  da  indústria  da  comunicação  O  advento  da  eletricidade,  no  século  XVIII,  seguido  dos  primeiros  experimentos  eletrônicos,  como  o  telégrafo  (1837)  e  o  telefone  (1876)  possibilitaram  o  ingresso  da  comunicação  em  uma  nova  era  de  organização  da  indústria.  O  aperfeiçoamento  contínuo  da  técnica  ampliou  o  alcance  e  acelerou  o  processo  de  geração  e  distribuição  de  conteúdos  (mais  dinâmicos  e  sedutores,  pois  pautados  em  sons  e  imagens)  para  novos  mercados,  a  partir  de  então,  regidos  pela  lógica  da  produção  voltada  para  as  massas      Mídias  áudio-­‐visuais  Mercado  radiofônico  Mercado  fonográfico  

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Mercado  cinematográfico  Mercado  televisivo  Setor  Áudio  Abrange  eminentemente  as  formas  de  distribuição  de  mídia  no  formato  sonoro.  Principais  áreas  de  atividade:  o  rádio  e  a  indústria  fonográfica,  que  desenvolveram  uma  relação  muito  estreita  entre  si,  ao  longo  dos  anos    Rádio:  o  meio  mais  universal  Meio  de  comunicação  baseado  na  difusão  de  informação  sonora  por  meio  de  ondas  eletromagnéticas  (hertzianas).  Constitui  a  mídia  de  alcance  mais  universal,  por  exigir  tecnologia  barata  e  relativamente  simples.  Cumpre,  ainda,  um  papel  social  importante,  alcançando  comunidades  remotas  e  marginalizadas,  com  eficiência,  amplitude  e  confiabilidade  na  transmissão  de  conteúdos.  A  internet  e  o  celular  estão  ajudando  a  ampliar  a  disponibilidade  de  programas  de  rádio  e  aumentar  o  potencial  do  meio    O  mercado  do  rádio  O  rádio  convencional  é  baseado  na  propagação  de  ondas  no  espaço,  em  comprimentos  diferentes,  classificando-­‐se  em  curtas  (alta  frequência)  e  longas  (baixa  frequência),  sendo  explorado  tanto  em  caráter  público,  quanto  comercial  e  comunitário  As  receitas  de  publicidade  respondem  pela  quase  totalidade  dos  recursos  necessários  às  operações,  tornando  o  meio  mais  vulnerável  as  oscilações  da  economia  internacional  Ainda  assim,  as  projeções  para  o  futuro  são  otimistas,  devendo  se  manter  o  patamar  de  U$  50  bilhões  de  faturamento  global,  com  leve  crescimento  até  o  final  da  década        Atributos  de  sucesso  A  característica  mais  importante  do  rádio  é  que  não  há  barreiras  geográficas  e/ou  de  nacionalidade  que  interfiram  na  transmissão  eficaz  de  sua  mensagem.  Seu  alcance  é  ilimitado.  Potencialmente,  o  meio  radiofônico  ultrapassa  também  fronteiras  econômicas,  políticas  e  culturais,  instalando-­‐se  na  rotina  de  um  número  maior  de  pessoas  do  que  aquelas  atraídas  por  outros  meios  de  comunicação  Em  grande  parte,  o  rádio  encontra  sua  força  na:  

• Oralidade  (sensorialidade)  •  Individualidade/intimidade  •  Baixo  custo  •  Mídia  de  “fundo”  •  Simplicidade  técnica  •  Imediatismo  •  Segmentação  

 O  cenário  do  rádio  no  Brasil  De  acordo  com  o  INTERMEIOS,  o  faturamento  do  rádio  no  Brasil  foi  de  R$  1,184  bilhões  em  2012.  Apesar  de  representar  apenas  3,93%  do  share  das  receitas  do  setor  de  comunicação  do  país,  a  última  década  tem  sido  de  crescimento  para  o  meio  (de  2011  para  2012  aumentou  sua  participação  em  4,87%)  

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   O  rádio  e  a  mídia  Embora  decisivo  na  vida  de  uma  parcela  considerável  da  população  (sobretudo  a  mais  desfavorecida  economicamente,  privada  de  outros  meios  de  informação),  o  rádio  enfrenta  grave  crise  na  concorrência  com  as  novas  mídias  Importância  

•  Veículo  tradicional    •  Público  cativo  •  Força  como  instrumento  social  •  Ampla  presença  (audiência  integral  ao  longo  do  dia)  •  Largo  alcance  (cobertura  AM/FM  e  facilidade  de  segmentação)  

Desafios  •  Concorrência  com  novas  mídias  (como  mídia  de  apoio  mais  perde  do  que  

ganha)  •  Crise  econômica  (diminuição  sensível  de  receitas  nas  últimas  décadas)  •  Transição  para  formato  digital  (Podcast,  rádio  digital,  por  satélite,  pelo  

celular)    Desafio  digital  Na  radiodifusão  tradicional  (rádios  AM  e  FM)  a  informação  é  transmitida  na  forma  de  sinais  analógicos.  Com  o  rádio  digital  os  sinais  de  áudio  são  digitalizados  antes  de  serem  transmitidos,  o  que  torna  possível  obter  uma  melhor  qualidade  de  som  e  aumentar  o  número  de  estações.  As  rádios  AM  passam  a  ter  uma  qualidade  de  som  semelhante  às  rádio  FM  e  as  FM  uma  qualidade  semelhantes  aos  CDs    O  maior  problema,  no  entanto,  são  as  dificuldades  de  implantação  do  sistema.  Estados  Unidos  e  Europa  estão  mais  avançados  no  processo,  mas  ainda  longe  do  planejado.  Entre  os  obstáculos  estão  o  alto  custo  dos  receptores  (o  mais  barato  custa  cerca  de  US$  80,00),  problemas  na  qualidade  de  transmissão  e  baixa  adesão  da  população  Por  outro  lado,  entre  as  vantagens  do  mecanismo  estão  o  maior  número  de  recursos  para  os  ouvintes,  como  a  incorporação  de  textos  e  imagens  com  informações  adicionais,  uso  mais  eficiente  do  espectro,  interatividade,  menor  consumo  de  energia  elétrica,  possibilidades  de  novos  modelos  de  negócios  e  maior  participação  no  mercado  publicitário    Mercado  fonográfico  Trata-­‐se  de  um  dos  setores  mais  organizados  da  indústria  da  comunicação.  Grande  parte  dos  operadores  está  articulado  à  International  Federation  of  the  Phonographic  Industry  (IFPI),  que  representa  cerca  de  1.400  das  principais  companhias  gravadoras  em  73  países,  além  de  associações  afiliadas  em  outros  78,  entre  elas  a  Associação  Brasileira  de  Produtores  de  Discos  (ABPD)    Uma  revolução  digital  O  mercado  de  música  começa  a  enxergar  novos  caminhos  para  se  transformar,  apostando  na  era  digital  e  na  capacidade  de  monetizacão  trazida  pela  nova  geração  de  artistas  emergidos  das  novas  plataformas  tecnológicas.  

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   Mercado  fonográfico  O  mundo  da  música  tem  sofrido  seriamente  com  a  difusão  das  novas  tecnologias.  Enfrenta  uma  crise  sem  precedentes,  que  tem  no  combate  à  pirataria  seu  maior  pilar  Segundo  estimativas  da  IFPI,  em  2006  (em  seu  último  relatório  sobre  o  tema)  foram  vendidos  1,2  bilhões  de  discos  fonográficos  piratas,  o  que  representou  34%  de  todos  os  discos  vendidos  no  mundo  (fora  outras  20  bilhões  de  músicas  “baixadas  indevidamente).  Um  em  cada  três  discos  musicais  vendidos  no  mundo  era  ilegal,  um  mercado  paralelo  que  movimentou  mais  de  US$  4,6  bilhões.    Importância  

•  Geração  de  empregos  •  Difusão  de  valores  culturais  

Desafios  •  Pirataria  •  Custos  elevados  •  Majors  x  Indies    

 Áudio-­‐Visual  Abrange  as  formas  de  distribuição  de  mídia  no  formato  imagético,  tendo  como  seus  principais  segmentos  a  indústria  do  cinema  e  da  televisão  (convencional),  que  caminham  em  paralelo,  porém,  complementando-­‐se  mutuamente    Mercado  de  filmes  para  cinema  O  cinema  é  uma  das  expressões  culturais  mais  populares  do  mundo,  com  uma  audiência  acumulada  de  bilhões  de  pessoas  anualmente.  No  entanto,  nos  últimos  anos,  o  setor  enfrenta  mudanças  estruturais  significativas  na  produção  de  filmes  e  de  uma  maior  diversificação  de  suas  formas  de  acesso.  As  audiências  estão  cada  vez  mais  usando  uma  ampla  variedade  de  mídias  (smartphone,  tablet,  video-­‐on-­‐demand)  para  usufruir  da  experiência  cinematográfica    Um  negócio  bilionário  A  movimentação  econômica  gerada  pela  indústria  de  filmes  ultrapassa  o  patamar  de  U$  100  bilhões  com  a  venda  de  seus  produtos  principais;  incide  também  sobre  outros  setores,  ampliando  o  nível  de  geração  de  receitas  significativamente...    Uma  indústria  global  ?  A  produção  de  filmes  para  salas  de  projeção  apropriadas  para  tal  fim  é  o  primeira  manifestação  orquestrada,  no  sentido  da  formação  de  uma  indústria,  no  mundo  das  imagens.    Aparece  no  contexto  do  florescimento  dos  mass  media,  iniciado  com  a  imprensa  e  posteriormente  com  a  rádio.  O  setor  é  fortemente  marcado  pela  presença  (e  influência  cultural)  norte-­‐americana,  desde  seus  primórdios  Com  base  nesta  influência,  a  maioria  dos  filmes  produzidos  hoje  são  orientados  para  o  consumo  do  mercado  de  massa,  em  particular,  o  mercado  jovem.  Blockbusters,  muitos  baseados  em  histórias  em  quadrinhos  e  em  sequências,  são  

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suportados  pelo  poderoso  marketing  de  massa  global  e  formam  um  gargalo  nacional  para  as  produções  não-­‐Hollywoodianos,  com  poucas  e  circunstânciais  exceções    Panorama  do  cinema  mundial  A  exceção  do  cinema  norte-­‐americano  (que  se  organizou  como  indústria,  em  parte  aproveitando-­‐se    vantagem  adquirida  durante  as  duas  guerras  mundiais,  quando  os  concorrentes  europeus  foram  fortemente  afetados),  todos  os  demais  mercados  de  cinema  nacionais  dependem  de  políticas  de  fomento  público,  para  viabilizar  o  setor  Sendo  uma  atividade  fortemente  marcada  pela  ação  de  Estados,  o  cinema  avançou  dividido  por  uma  tênue  fronteira  entre  interesses  do  mercado  e  de  governos,  embora  nos  últimos  anos  o  modelo  privado  de  incremento  da  indústria  venha  prevalecendo    O  declínio  de  público  do  cinema  mundial  O  cinema  vem  perdendo  espaço,  desde  a  década  de  1970,  inclusive  no  Brasil,  em  função  do  aparecimento  de  formas  alternativas  de  entretenimento.  Dentre  elas  destacam-­‐se  outros  suportes  para  a  exibição  de  filmes  –o  maior  número  de  canais  de  TV  aberta  e  fechada,  o  VHS,  o  DVD,  a  internet  (download)  e  o  vídeo  game,  principalmente.  A  queda  dramática  na  demanda  não  é  propriamente  na  preferência  do  público  por  filmes,  e  sim  na  sua  frequência  às  salas  de  cinema    Fator  Índia  A  perda  de  espectadores  tem  sido  particularmente  mais  sensível  na  Índia,  em  função  das  mudanças  das  condições  sócio-­‐econômicas  da  população  local  (e  suas  novas  possibilidades).  Entretanto,  nos  outros  BRICs  e  em  parte  da  Europa,  há  crescimento  de  audiência...    Equação  da  crise  Para  minimizar  as  perdas  com  a  fuga  de  público  das  salas,  o  preço  de  acesso  às  salas  de  cinema  tem  sofrido  um  incremento  nos  últimos  anos    Quantidade  de  salas  Pelo  mundo  inteiro  crescem  e  são  reaparelhados  os  espaços  de  exibição  cinematográfica.  Das  mais  de  120  mil  telas  espalhadas  pelo  mundo,  mais  da  metade  já  é  digital    A  força  do  cinema  brasileiro  não  restringe-­‐se  ao  aumento  da  produção  de  filmes  nacionais.  Poucos  tem  espaço  no  circuito  exibidor  e  a  distribuição  ainda  é  um  obstáculo  real.  Apesar  disso,  os  Estado  tem  estimulado  enormemente  o  setor,  com  a  elaboração  de  medidas  legais  de  incentivo  e  fomento  para  a  indústria,  que  começam  a  trazer  seus  primeiros  resultados  mais  concretos  (em  termos  quantitativos  e  qualitativos),  nesta  segunda  década  de  2000    Cinema  BR  O  mercado  cinematográfico  brasileiro  tem  avançado  com  força  na  última  metade  da  década.  O  incremento  das  receitas,  do  público  e  da  presença  da  produção  nacional  nas  salas  é  uma  realidade  

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 O  mercado  de  filmes  nacionais  O  aumento  da  presença  de  público  nas  salas  de  exibição  não  corresponde  a  um  maior  prestigio  do  filme  brasileiro  que,  não  obstante,  tem  tido  crescente  reconhecimento  em  festivais  internacionais    Mudança  de  paradigma  A  indústria  cinematográfica  experimenta  uma  transição  para  a  era  digital,  que  implica  em  grandes  desafios  futuros.  A  digitalização  das  salas  de  projeção  (ambientes  multiplex)  abre  uma  série  de  perspectivas  para  se  repensar  a  relevância  do  cinema  no  mundo  e  sua  sobrevivência  junto  as  massas.  Até  aqui,  a  transformação  tecnológica  tem  sido  um  das  principais  razões  de  atração  do  público  para  os  cinemas  em  várias  partes  do  mundo.  Ao  mesmo  tempo,  o  setor  cinematográfico  tem  sido  obrigado  a  enfrentar  os  impactos  da  crise  financeira  2008,  que  desacelerou  o  crescimento  em  muitos  setores  da  economia    Importância  

•  Meio  de  expressão  cultural  e  representação  social    • Forte  pólo  econômico  e  de  geração  de  empregos  •  Área  de  importância  estratégica  (para  Estados)  

 Desafios  

•  Crescente  elitização  dos  acessos  •  Novas  opções  de  consumo  (perda  de  público)  •  Pirataria  x  migração  digital  

 Televisão  (aberta)  A  televisão  concorre  com  o  rádio  como  meio  de  maior  alcance  global,  mas  leva  larga  vantagem  na  capacidade  de  movimentação  financeira.  Experimentou  um  crescimento  sem  precedentes  históricos  (que  talvez  só  venha  a  ser  superado  pela  internet),  com  uma  acelerada  e  intensa  penetração,  em  escala  global,  nas  últimas  cinco  décadas  A  marcante  presença  da  televisão  na  vida  da  população  mundial  levou  Marshall  McLuhan  a  consagrar  a  clássica  expressão:  “Aldeia  Global”,  para  definir  o  mundo,  a  partir  do  advento  do  meio  (em  associação  com  a  tecnologia  dos  satélites)  Trata-­‐se  da  grande  matriz  da  indústria  cultural  global,  gozando  de  prestígio  e  popularidade  inabaláveis,  a  despeito  do  surgimento  de  outros  meios  e  formas  de  lazer  contemporâneas    A  onipresença  da  TV  no  planeta  O  crescimento  da  TV,  como  meio  presente  na  rotina  das  populações  tem  mantido-­‐se  de  ano  para  ano  (ainda  que  o  hábito  de  assistir  TV  venha  declinando,  sobretudo,  nas  sociedades  mais  avançadas  tecnologicamente)    Aparelhos  de  TV  por  região  As  audiências  de  TV  estão  fortemente  concentradas  na  Ásia  (principalmente  na  China)  e  o  crescimento  tem  forte  relação  com  a  transição  para  a  TV  digital  e  ao  aumento  do  acesso  às  TVs  por  assinatura.  Entre  600  a  700  milhões  de  lares  com  TVs  estão  situados  na  região  da  Ásia/Pacífico  (60%  deles  na  China).  

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 Principais  networks  em  operação  no  sistema  broadcasting    As  principais  emissoras  do  planeta  (combinando  audiência  com  movimentação  de  receitas  e  alcance  geográfico)  são  as  norte  americanas.  Na  Europa,  ganham  destaque  os  sistemas  públicos  de  TV.  E  na  América  Latina,  Ásia  e  Oceania,  prevalecem  operadores  de  âmbito  regional    Maiores  audiências  globais  As  principais  críticas  feitas  à  televisão  relacionam-­‐se  a  ser  um  meio  de  comunicação  mais  interessado  em  atrair  audiência  do  que  difundir  informação  e  conhecimento.  Indiscutível,  porém,  é  a  relevância  e  a  popularidade  que  seus  principais  veículos  conquistaram  mundo  afora.  Em  grande  parte  dos  países  a  TV  é  tomada  como  um  membro  na  família,  entretendo,  criando  hábitos,  mudando  comportamentos  e  impulsionando  o  consumo.  Nas  atuais  grades  de  programação,  o  esporte  e  o  entretenimento  cultural  destacam-­‐se:      A  performance  econômica  da  TV  no  mundo  O  mercado  de  TV  movimenta  entre  250  e  300  bilhões  de  euros  pelo  mundo.  Os  EUA,  são  o  maior  mercado  nacional,  respondendo  por  mais  de  um  terço  das  receitas.  Apesar  das  perdas  residuais  enfrentadas  entre  2008  e  2009,  há  boas  perspectivas  de  retomada  do  crescimento      Descompasso  das  receitas  com  publicidade    A  TV  vem  enfrentando  oscilações  na  capacidade  de  geração  de  receitas  com  publicidade,  a  principal  fonte  de  arrecadação  dos  sistemas  abertos  (os  principais  motivos  são  a  crise  econômica,  mas  também  a  diminuição  de  audiência,  em  função  da  concorrência  com  outras  mídias)    A  TV  aberta  (TV  terrestre)  tem  enfrentado  forte  concorrência  das  TVs  pagas.  Além  disso,  está  passando  por  um  delicado  momento  de  transição  técnica  para  o  formato  digital.    A  migração  da  plataforma  da  TV  do  formato  analógico  para  o  digital  é  a  promessa  de  uma  grande  transformação  para  o  mercado  radiodifusão  de  TV  (TV  Digital  Terrestre).  A  sua    implantação  passará  por  um  período  de  transição,  que  deve  durar  de  10  a  15  anos,  no  qual  as  emissoras  transmitirão  simultaneamente  em  dois  canais  (um  analógico  e  o  outro  digital)    Padrões  tecnológicos  A  tecnologia  digital  consiste  na  transmissão  de  dados  digitais  usando  uma  modulação  mais  elástica,  baseada  em  extrema  compressão  para  enviar  sinais  de  vídeo,  áudio  e  dados,  aos  receptores  compatíveis,  ampliando  a  potência  e  a  qualidade  dos  conteúdos  transportados  Padrões  tecnológicos  A  grande  disputa  neste  setor  é  pela  consagração  de  um  dos  três    sistemas  mundiais  em  vigência:    

•  ATSC  ou  Advanced  Television  System  Committee  (norte-­‐americano)  •  DVB-­‐T  ou  Digital  Video  Broadcast  Terrestrial  (europeu)  •  ISDB  ou  Integrated  Services  Digital  Broadcasting  Terrestrial  (japonês)    

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 Evolução  da  implementação  da  TV  digital  no  mundo  O  processo  tem  sido  mais  acelerado  nos  mercados  economicamente  mais  ativos:  EUA  &  Canadá  Os  EUA  encerraram  as  transmissões  analógicas  em  12  de  junho  de  2009  O  Canadá  conduziu  seu  switch-­‐off  em  2011      Europa    A  transmissão  digital  já  foi  total  ou  parcialmente  implementada  em  21  países  membros  da  UE  (Áustria,  Bélgica,  Bulgária,  República  Tcheca,  Dinamarca,  Alemanha,  Estônia,  Grécia,  Espanha,  França,  Hungria,  Itália,  Lituânia,  Luxemburgo,  Malta,  Países  Baixos,  Letônia,  Finlândia,  Suécia,  Eslovênia  e  Reino  Unido)      Japão    A  TV  Digital  terrestre  se  tornou  integralmente  disponível  em  dezembro  de  2006.    Por  que  mudar?  As  principais  vantagens  da  mudança  do  paradigma  tecnológico  da  TV  são  a  enorme  flexibilidade,  mobilidade  e  interatividade  que  a  nova  TV  irá  proporcionar.  O  impacto  social  e  econômico  promete  ser  significativo  Quase  todos  os  Estados  já  selecionaram  o  padrão  de  TV  digital  a  ser  adotado.  Entre  os  fatores  que  mais  pesam  na  hora  da  escolha  estão  os  aspectos  técnicos,  serviços  providos,  considerações  de  ordem  política,  questões  econômicas,  produtivas  e  comerciais,  riscos  envolvidos,  universalização  e  impacto  social  Apesar  das  expectativas  criadas  em  torno  da  tecnologia,  o  ritmo  de  implantação  da  TV  Digital  é  considerado  lento  no  mundo  inteiro  por  alguns  especialistas  Há,  sobretudo,  limitações  técnicas  (uso  da  banda)  ou  de  custo,  que  inviabilizam  uma  mudança  da  matriz  tecnológica  em  grande  escala  e  velocidade    Avanços  da  TV  digital  A  despeito  das  disparidades  existentes,  a  TV  digital  segue  seu  ritmo  de  penetração  internacional,  já  estando  presente  em  perto  de  50%  dos  lares  (do  mundo)    Brasil:  TV  Continente  A  presença  da  TV  no  Brasil  é  quase  absoluta  (96,9%  de  penetração  no  território  ou  quase  60  milhões  de  lares  com  TV).  Meio  de  maior  prestigio  entre  a  população,  ocupa  papel  de  destaque  na  cadeia  econômica  da  mídia  brasileira    Mercado  brasileiro  de  TV  A  TV  aberta  permanece  como  o  destino  do  maior  volume  de  investimentos,  com  o  total  de  R$  18,01  bilhões,  9,17%  a  mais  que  2010  e  63,3%  do  bolo  publicitário  de  2011.  Nos  últimos  dez  anos,  o  faturamento  da  TV  aberta  mais  que  triplicou,  já  que  em  2002  era  de  R$  5,65  bilhões.  A  TV  Globo,  sozinha,  movimentou  perto  de  50%  das  receitas  de  todo  o  setor,  situando-­‐se  como  uma  das  três  maiores  emissoras  (em  faturamento)  do  mundo  *    Um  “velho-­‐novo”  mercado  dentro  do  mercado  de  TV:      

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mídias  multicanal  ou  redes  de  cabo  e  por  satélite  Abrange  as  formas  de  distribuição  de  conteúdo  sob  demanda,  que  levam  múltiplos  canais  de  informação  ao  consumidor,  através  de  um  serviço  de  acesso  condicionado,  mediante  pagamento,  com  um  franco  predomínio  das  operadoras  que  oferecem  programação  televisiva  (mas  também  rádio,  conteúdo  de  voz,  acesso  à  rede,  etc...)    A  TV  fechada  ou  por  assinatura  (paga)  Como  regra  geral,  os  sinais  convencionais  de  transmissão  de  TV  (eletromagnéticos)  são  emitidos  em  linha  reta,  tornando  muito  difícil  a  recepção  em  áreas  montanhosas,  vales  e  lugares  cercados  por  prédios.  A  solução  para  obter  melhor  qualidade  de  sinal  foi  a  colocação  de  uma  antena  no  topo  das  montanhas  e  a  distribuição  de  sinais  através  de  cabos,  o  que  começou  a  acontecer  nos  EUA,  na  entrada  dos  anos  50,  quando  pequenas  comunidades  se  uniram  para    instalar  antenas  de  alta  sensibilidade.  Os  sinais,  então,  eram  distribuídos  até  as  residências  por  meio  de  cabos  coaxiais,  que  ficaram  conhecidos  como  CATV,  sigla  da  expressão,  em  inglês,  Community  Antenna  Television,  termo  que  até  hoje  identifica  as  operações  de  TV  a  cabo    A  plataforma  criada  possuía  um  enorme  potencial  comercial  e  transformou-­‐se  em  sistemas  de  TV  a  cabo.  Para  se  diferenciar,  o  sistema  a  cabo  passou  a  oferecer  mais  canais  e  grande  variedade  de  programação  (segmentada  e  exclusiva)      Experimentou  uma  fase  de  intenso  desenvolvimento  comercial  quanto  incorporou  a  tecnologia  dos  satélites,  nos  anos  70,  e  passou  a  desenvolver  estratégias  de  internacionalização  do  mercado  de  assinantes  Atualmente,  a  TV  fechada  é  uma  das  atividades  mais  organizadas  do  mundo,  englobando  mais  500  canais  internacionais,  que  atendem  a  um  universo  superior  a  600  milhões  de  assinantes  e  movimentando  quantias  acima  de  100  bilhões  de  dólares  anuais.    Com  uma  movimentação  financeira  acima  dos  100  bilhões  de  euros,  a  TV  por  assinatura  é  peça  chave  da  engrenagem  na  mídia  global,  respondendo  com  mais  de  40%  do  total  das  receitas  da  indústria  da  TV  no  mundo  Além  disso,  o  setor  tem  registrado  um  crescimento  sustentável  e  consistente,  na  venda  de  pacotes  se  assinaturas,  a  despeito  da  crise  nos  EUA  e  Europa  (e  embora  neste  mercados  esteja  próxima  da  saturação),  mas  principalmente  nos  países  em  desenvolvimento.    A  despeito  da  significativa  limitação  imposta  por  critérios  legais,  de  país  para  país,  são  poucos  os  domínios  da  comunicação  em  que  se  percebe  tamanha  concentração  nas  mãos  de  um  tão  poucos  operadores.    A  propriedade  cruzada  de  diversos  canais,  embora  cada  vez  mais  segmentados,  não  traduz  a  aparente  liberdade  de  escolha,  ensejada  pela  própria  característica  do  meio  em  questão  O  esvaziamento  das  programações  comunitárias,  razão  de  ser  da  TV  fechada,  na  sua  origem,  em  face  da  universalização  dos  programas  comerciais  e  de  alcance  internacional  é  a  maior  marca  da  expansão  imposta  pelos  global  players  do  setor.      

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 TV  fechada:  desafios  

• Expansão  da  TV  digital  (melhora  da  qualidade  de  programação  dos  sistemas  abertos)  

• Crescimento  da  Web  TV  digital  (concorrência  com  as  novas  mídias)    

O  desafio  da  convergência  O  maior  desafio  para  a  TV  por  assinatura  (assim  como  da  aberta)  é  sobreviver  a  transição  para  a  experiência  da  TV  nas  plataformas  de  rede  interativa.  As  condições  para  esta  migração  (TV-­‐Internet)  já  estão  colocados:  

•  os  consumidores  estão  confortáveis  com  o  consumo  visual  on-­‐line;  •  as  soluções  técnicas  que  dão  aos  usuários  acesso  a  conteúdo  da  internet  

em  seus  televisores  já  estão  sendo  incorporadas  (conexão  a  rede);  •  o  acesso  à  internet  aberta  é  cada  vez  mais  possível  a  partir  de  telefones  

celulares;  •  o  conteúdo  premium  está  largamente  disponível  na  web;  •  a  qualidade  de  vídeo  on-­‐line  de  serviços  está  melhorando;  •  novos  players  de  indústrias  relacionadas  com  a  TV  alinham  suas  

estratégias.    Mas,  ao  contrário  da  música  e  indústrias  de  impressão  de  mídia,  a  indústria  da  TV  está  ganhando  uma  posição  forte  na  web.  Como  resultado,  a  televisão  está  pronta  para  desempenhar  um  papel  central  em  serviços  de  vídeo.  Esta  estratégia  ofensiva,  não  elimina  os  riscos,  porém,  dá  uma  sobrevida  ao  meio,  como  importante  eixo  da  indústria    TV  fechada  brasileira  Após  um  longo  hiato,  de  mais  de  15  anos  (1990-­‐2005),  em  que  o  número  de  assinantes  brasileiros  não  ultrapassava  5  milhões  de  clientes,  os  últimos  5  anos  foram  de  enorme  mudança  Em  abril  de  2013    já  havia  perto  de  17  milhões  de  assinantes,  um  crescimento  de  30%  apenas  em  relação  ao  ano  anterior  Com  a  melhoria  da  infra-­‐estrutura,  aumento  do  poder  aquisitivo  e  diversificação  do  pacote  de  ofertas,  existe  forte  expectativa  de  duplicação  da  quantidade  de  assinantes  até  2016  Os  números  demonstram  mais  uma  vez  o  potencial  existente  para  a  TV  por  assinatura  no  país,  que  diferente  do  resto  do  mundo,  tem  tido  um  forte  incremento  nos  serviços  de  assinatura  por  satélite,  que  já  superam  os  serviços  por  cabo  Em  termos  de  densidade,  a  TV  por  assinatura  atinge  28%  dos  domicílios  com  televisão  no  país.    Televisão  A  televisão  é  um  dos  mais  importantes  meios  de  difusão  de  informações  e  entretenimento  para  grande  parte  da  população  do  planeta.  Mas,  ao  mesmo  tempo,  convive  com  enormes  desafios  para  o  futuro    Importância  

•  Caráter  democrático  (informação  e  entretenimento)  

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•  Amplitude  da  penetração  Desafios  

•  Declínio  –  perda  de  audiência      (grades  de  programação  repetitivas  e  sem  qualidade)  

•  Convergência  digital  –novos  rumos  ?    O  futuro  da  TV  A  TV  irá  passar  por  dramáticas  mudanças,  após  70  anos  de  relativa  estabilidade.  As  tradicionais  networks  começam  a  encontrar  fortes  resistências  junto  ao  mercado  consumidor,  decorrente  de  uma  nova  concorrência  de  operadores  não  tradicionais,  formatos  inovadores  e  plataformas  tecnológicas  envolventes.  O  resultado  das  transformações  ocasionará  o  advento  de  uma  nova  TV    -­‐-­‐  Uma  indústria  global?  A  produção  de  filmes  para  salas  de  projeção  apropriadas  para  tal  fim  é  o  primeira  manifestação  orquestrada,  no  sentido  da  formação  de  uma  indústria,  no  mundo  das  imagens.    Aparece  no  contexto  do  florescimento  dos  mass  media,  iniciado  com  a  imprensa  e  posteriormente  com  a  rádio.  O  setor  é  fortemente  marcado  pela  presença  (e  influência  cultural)  norte-­‐americana,  desde  seus  primórdios  Com  base  nesta  influência,  a  maioria  dos  filmes  produzidos  hoje  são  orientados  para  o  consumo  do  mercado  de  massa,  em  particular,  o  mercado  jovem.  Blockbusters,  muitos  baseados  em  histórias  em  quadrinhos  e  em  sequências,  são  suportados  pelo  poderoso  marketing  de  massa  global  e  formam  um  gargalo  nacional  para  as  produções  não-­‐Hollywoodianos,  com  poucas  e  circunstânciais  exceções  Panorama  do  cinema  mundial  A  exceção  do  cinema  norte-­‐americano  (que  se  organizou  como  indústria,  em  parte  aproveitando-­‐se  vantagem  adquirida  durante  as  duas  guerras  mundiais,  quando  os  concorrentes  europeus  foram  fortemente  afetados),  todos  os  demais  mercados  de  cinema  nacionais  dependem  de  políticas  de  fomento  público,  para  viabilizar  o  setor  Sendo  uma  atividade  fortemente  marcada  pela  ação  de  Estados,  o  cinema  avançou  dividido  por  uma  tênue  fronteira  entre  interesses  do  mercado  e  de  governos,  embora  nos  últimos  anos  o  modelo  privado  de  incremento  da  indústria  venha  prevalecendo    A  televisão  é  um  dos  mais  importantes  meios  de  difusão  de  informações  e  entretenimento  para  grande  parte  da  população  do  planeta.  Mas,  ao  mesmo  tempo,  convive  com  enormes  desafios  para  o  futuro    Mudança  de  paradigma  A  indústria  cinematográfica  experimenta  uma  transição  para  a  era  digital,  que  implica  em  grandes  desafios  futuros.  A  digitalização  das  salas  de  projeção  (ambientes  multiplex)  abre  uma  série  de  perspectivas  para  se  repensar  a  relevância  do  cinema  no  mundo  e  sua  sobrevivência  junto  as  massas.  Até  aqui,  a  transformação  tecnológica  tem  sido  um  das  principais  razões  de  atração  do  público  para  os  cinemas  em  várias  partes  do  mundo.  Ao  mesmo  tempo,  o  setor  

Page 32: Textos dos Power Points de Mídias Globais - Luiz Leo

cinematográfico  tem  sido  obrigado  a  enfrentar  os  impactos  da  crise  financeira  2008,  que  desacelerou  o  crescimento  em  muitos  setores  da  economia    Importância  

•  Meio  de  expressão  cultural  e  representação  social    • Forte  pólo  econômico  e  de  geração  de  empregos  •  Área  de  importância  estratégica  (para  Estados)  

 Desafios  

•  Crescente  elitização  dos  acessos  •  Novas  opções  de  consumo  (perda  de  público)  •  Pirataria  x  migração  digital  

 Televisão  Importância  

•  Caráter  democrático  (informação  e  entretenimento)  •  Amplitude  da  penetração  

Desafios  •  Declínio  –  perda  de  audiência    

 (grades  de  programação  repetitivas  e  sem  qualidade)  •  Convergência  digital  –novos  rumos  ?