textos com gramatica contextualizada

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Texto Em dezembro do ano passado, milhares de pessoas tomaram as ruas de Seattle nos Estados Unidos, para protestar contra uma reunião da Organização Mundial de Comércio, que tentava aprovar mais uma rodada de liberalização comercial (a chamada Rodada do Milênio). Conseguiram barrar a negociação, que ficou para um futuro para lá de incerto, e, de quebra, ridicularizaram ninguém menos que o presidente americano Bill Clinton, o anfitrião do encontro. Há poucas semanas, o novo alvo da fúria antiglobalizante foi o Fundo Monetário Internacional, que realizava sua reunião anual em Praga, a bela capital da República Tcheca. Mais

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Gramatica portugues

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Texto Em dezembro do ano passado, milhares de pessoas tomaram as ruas de Seattle nos Estados Unidos, para protestar contra uma reunio da Organizao Mundial de Comrcio, que tentava aprovar mais uma rodada de liberalizao comercial (a chamada Rodada do Milnio). Conseguiram barrar a negociao, que ficou para um futuro para l de incerto, e, de quebra, ridicularizaram ningum menos que o presidente americano Bill Clinton, o anfitrio do encontro. H poucas semanas, o novo alvo da fria antiglobalizante foi o Fundo Monetrio Internacional, que realizava sua reunio anual em Praga, a bela capital da Repblica Tcheca. Mais uma vez, milhares de pessoas ganharam as ruas e foraram os organizadores do encontro a antecipar o fim da reunio. A voz rouca das ruas parece gritar em unssono um sonoro no globalizao e ao liberalismo. 01. (ESAF) Quanto s estruturas sintticas do texto, assinale a opo incorreta. a) O sujeito de conseguiram e de ridicularizaram milhares de pessoas b) a antecipar o fim da reunio funciona como objeto indireto. c) A expresso a bela capital da Repblica Tchecatem a funo de aposto de Praga d) os organizadores do encontro tem a funo de objeto direto. e) o anfitrio do encontro tem a funo de objetodireto. 02. (FAPEU) Na frase A urna eletrnica foi recebida pelo cidado o termo em destaque classificado como: a) adjunto adverbial de modo b) objeto direto c) agente da passiva d) aposto e) sujeito paciente 03. (FAPEU) Em O Brasil, um pas maior que a parte continental dos Estados Unidos, realizou..., a parte em destaque corresponde a um: a) predicativo b) vocativo c) sujeito simples d) aposto 04. (FCC) As leis muulmanas so rigorosas, mas muitos julgam as leis muulmanas especialmente draconianas com as mulheres, j que se reflete nas leismuulmanas a hierarquia entre os sexos, hierarquia que deriva de fundamentos religiosos. Evitam-se as repeties do perodo acima substituindo-se os elementos sublinhados por, respectivamente: a) julgam-as - se lhes reflete - a qual b) julgam-nas - se reflete nesta - o que c))julgam-nas - naquelas se reflete - a qual d) julgam-lhes - nas quais se reflete - a qual e) julgam-lhes - naquelas se reflete - qual 05. (FAPEU) Na frase Afinal uma das tartarugas murmurou: a palavra sublinhada exerce a funo de:a) sujeito. b) complemento. c) adjunto nominal. d) complemento nominal. 06. (FAPEU) Classifique, quanto predicao, os verbos das frases abaixo e assinale a alternativa que aponta a resposta CORRETA. 1. Muitos presidirios fugiram da cadeia. 2. A pobreza e a preguia andam sempre em companhia. 3. Trabalho honesto produz riqueza honrada. 4. Lcio no atinava com essa mudana instantnea. 5. Ensinamos tcnicas agrcolas aos camponeses. Verbo Transitivo Direto: VTD; Verbo Transitivo Indireto: VTI; Verbo Transitivo Direto e Indireto: VTDI Verbo Intransitivo: VI. a) VI, VI, VTD, VTI, VTDI. b) VTI, VI, VTD, VTDI, VTI. c) VTI, VTD, VI, VTDI, VTI. d) VTI, VTD, VTDI, VTI, VI. 07. (FCC) H um excesso de leis, e quando h leis em excesso deve-se reconhecer nessas leis o vcio da excessiva particularizao, excessiva particularizao que s revela a fragilidade dos princpios morais. Evitam-se as desagradveis repeties do perodo acima substituindo-se os seguimentos sublinhados, respectivamente, por: a) as h reconhecer nelas a qual b) h as mesmas reconhec-las a qual c) h elas reconhecer-lhes cuja d) as h reconhecer a elas cuja e) h estas reconhec-las onde 1) Como voc faz para identificar o sujeito e o predicado de uma orao? 2) Quais so os tipos de sujeito que existem? 3) Identifique e classifique os sujeitos das seguintes oraes: a) A notcia chegou muito cedo. b) Os jogadores fizeram uma exibio muito boa. c) Eu fiz uma cano. d) Nevou no Rio Grande. e) A couve mineira tem gosto de bife ingls. f) Nossos encontros eram decepcionantes. g) Fiquei ouvindo aquilo por um longo tempo. h) Ningum tinha visto o espetculo. i) Roubaram minha bolsa. j) Eu e voc vamos juntos. k) Trovejou durante o dia. l) Prenderam os ladres. m) Havia gente em sua casa. n) Faz anos... o) Dizem coisas maravilhosas sobre o Rio de Janeiro. p) Fala-se de voc. q) Chegaram notcias de longe. r) Chegaram a multar veculos inexistentes. s) Narramos histrias para enganar o tempo. t) A noite caiu sobre a cidade. u) Disseram muitas coisas lindas. v) Falou-se de tudo na reunio. w) Ningum tinha visto o espetculo. x) Jorge e seu pai serviam bebidas a todos 1.Na orao: Foram chamados s pressas todos os vaqueiros da fazenda vizinha, o ncleo do sujeito : a) todos; b) fazenda; c) vizinha; d) vaqueiros; e) pressas. 2. Assinale a alternativa em que o sujeito est incorretamente classificado: a) chegaram, de manh, o mensageiro e o guia (sujeito composto); b) fala-se muito neste assunto (sujeito indeterminado); c) vai fazer frio noite (sujeito inexistente); d) haver oportunidade para todos (sujeito inexistente); e) no existem flores no vaso (sujeito inexistente). 3.Em ramos trs velhos amigos, na praia quase deserta, o sujeito desta orao : a) subentendido; b) claro, composto e determinado; c) indeterminado; d) inexistente; e) claro, simples e determinado. 4.Marque a orao em que o termo destacado sujeito: a) houve muitas brigas no jogo; b) Ia haver mortes, se a polcia no interviesse; c) faz dois anos que h bons espetculos; d) existem muitas pessoas desonestas; e) h muitas pessoas desonestas. 5. Indique a nica frase que no tem verbo de ligao: a) o sol estava muito quente; b) nossa amizade continua firme; c) suas palavras pareciam sinceras; d) ele andava triste; e) ele andava rapidamente. 6. Considere a frase: Ele andava triste porque no encontrava a companheira, os verbos grifados so respectivamente: a) transitivo direto - de ligao; b) de ligao - intransitivo; c) de ligao - transitivo - indireto; d) transitivo direto - transitivo indireto; e) de ligao - transitivo direto. 7.Na praa deserta um homem caminhava - o sujeito : a) indeterminado; b) inexistente; c) simples; d) oculto por elipse; e) composto. 8.Na orao:Anunciaram grandes novidades - o sujeito : a) simples; b) composto; c) indeterminado; d) elptico; e) inexistente. 9. O toque dos sinos ao cair da noite era trazido l da cidade pelo vento. O termo grifado : a) sujeito; b) objeto direto; c) objeto indireto; d) complemento nominal; e) agente da passiva. 10.Eu andava satisfeito com o mundo e comigo mesmo, o perodo : a) simples; b) composto por coordenao; c) composto por subordinao; d) composto por coordenao e subordinao; e) composto de duas oraes. 11. Na orao Mestre Reginaldo, o impoluto, uma sumidade no campo das cincias - o termo grifado : a) adjunto adnominal; b) vocativo; c) predicativo; d) aposto; e) sujeito simples. 12.Na expresso: por todos era apedrejado o Luizinho, o termo grifado : a) objeto direto; b) objeto indireto; c) sujeito; d) complemento nominal; e) agente da passiva. 13. Dentre as oraes abaixo, uma contm complemento nominal. Qual? a) Meu pensamento subordinado ao seu. b) Voc no deve faltar ao encontro. c) Irei sua casa amanh. d) Venho da cidade s trs horas. e) Voltaremos pela rua escura ... 14. Assinale a alternativa em que o termo grifado adjunto adnominal: a) Sua falta aos encontros sufocava o nosso amor. b) Ela uma fera maluca. c) Ela maluca por lambada nacional. d) No tenho medo da louca. e) O amor de Deus o primeiro mandamento. 15.Em a linguagem do amor est nos olhos os termos grifados so respectivamente: a) complemento nominal e predicativo do sujeito; b) adjunto adnominal e predicativo do sujeito; c) adjunto adnominal e objeto direto; d) complemento nominal e adjunto adverbial; e) adjunto adnominal e adjunto adverbial. 16. Diga ao povo que fico um perodo: a) simples; b) composto por coordenao; c) composto por subordinao; d) composto por coordenao e subordinao; e) composto de trs oraes. 17. Sade e felicidade so as minhas aspiraes navida nessa expresso o sujeito : a) simples; b) composto; c) indeterminado; d) oculto; e) orao sem sujeito. 18.Na expresso: Ordem e progresso, esse o nosso lema o sujeito : a) simples; b) composto; c) indeterminado; d) oculto; e) inexistente. 19. J na expresso O prefeito Odorico nomeou Dirceu Borboleta ajudante de ordens as palavras grifadas funcionam como: a) objeto direto; b) objeto indireto; c) predicativo do sujeito; d) aposto; e) predicativo do objeto 20.O verbo de confio este carro distino dos senhores passageiros : a) transitivo direto; b) transitivo indireto; c) transitivo direto e indireto; d) intransitivo; e) de ligao. 21. Em: Era inverno e fazia frio h duas oraes cujos sujeitos so respectivamente: a) inexistente e indeterminado; b) indeterminado e inexistente; c) inexistente e inexistente; d) indeterminado e indeterminado; e) N. R. A. porque ambos so compostos. 22. Qual o perodo simples? a) Encontrar, talvez, no caminho da vida, asperezas, ingratides, grosserias, injustias, brutalidades. . .; b) Quem sabe se no encontrar inimigos cruis e amigos prfidos; c) Dorme, dorme meu anjinho, que a Mam vela por ti . . .; d) Ela defende-o e protege-o; e) Faz cinco anos que o procuro. 23.Confiamos no futuro Desconhecemos as coisas do futuro. Temos confiana no futuro- Nas expresses acima, os termos grifados funcionam respectivamente, como: a) objeto indireto; adjunto adnominal; complemento nominal; b) objeto indireto; complemento nominal; objeto indireto; c) objeto indireto; objeto indireto; complemento nominal; d) objeto direto; adjunto adnominal; objeto indireto; e) objeto direto; sujeito; complemento nominal. 24. Em: faz anos que no chove no serto h duas oraes com sujeito: a) simples; b) composto; c) indeterminado; d) inexistente; e) elptico. 25.Em: pediram-me papai e mame que eu fosse mais audacioso: a) o sujeito da primeira orao simples e o da segunda inexistente; b) o sujeito da primeira orao composto e o da segunda, simples; c) o sujeito da primeira orao indeterminado e oda segunda, inexistente; d) o sujeito da primeira orao inexistente e o da segunda indeterminado; e) o sujeito da primeira orao composto e o da segunda inexistente. 26. Em: boca da noite a cata-piolhos rezava baixinho . . . , o sujeito : a) simples; b) composto; c) indeterminado; d) inexistente; e) oculto. 27.Em qual das alternativas o verbo grifado de ligao? a) Quando voc pra, eu continuo. b) Amlia continua mulher de verdade. c) Esta droga de relgio no anda.d) Andei dois quilmetros a p. e) Nos primeiros dias aprendi as notas musicais. 28.O predicado nominal em: I - Voc acha Cristina bonita, mame? II - O mundo podia ser tranqilo. III - Z Man no estava embriagado. IV - O guarda noturno permanece atento a todos os perigos. V - Os transeuntes ficaram assustados. a) I - II - III; b) II - III; c) II - IV; d) III - IV - V - II; e) I - II - IV. 29. Dentre as oraes abaixo, uma tem sujeito indeterminado. Qual? a) A nossa casa parecia uma arca de No. b) No iria alm de um vice-campeonato. c) As guas trafegam furiosas. d) Atropelaram um boi l na gentil. e) No lugar s ficou a surpresa. 30.Na orao: Diziam que ele era igualzinho a meu pai, o sujeito da primeira orao : a) simples; b) composto; c) indeterminado; d) inexistente; e) oculto. .

O mistrio da caneta BIC.Acredito que sempre que pensamos em caneta, temos uma imagem projetada em nossa mente, a qual diz respeito s famosas canetas BIC. Esta marca de canetas, que investe pouqussimo em propaganda, fixou uma imagem muito forte diante a tantas outras marcas e modelos. Voc j se perguntou como isso aconteceu?Certamente responder que, por esta ser uma caneta barata,simples e de fcil acesso, tornou-se convencional o seu uso no dia-a-dia, desde a escola at a empresa onde trabalha. Pois bem, a resposta no assim to simples!Documentos secretos encontrados no final do ano de 2001 indicam um envolvimento direto da NASA com a BIC. Tambm foram encontrados documentos oficiais da NASA, onde estavam registrados estudos sobre uma possvel invaso de sondas extraterrestres no Planeta Terra.Acredite ou no, estamos sendo vigiados a anos sem percepo alguma. De fato conclui-se que as canetas BIC so, sem sombra de dvida, sondas extraterrestres que nos inspecionam diariamente, desde nossa infncia at hoje, em casa, na escola, na universidade, nos hospitais, no trabalho, em tudo. Certamente voc est exposto a uma caneta BIC neste exato momento;Olhe ao seu lado, dificilmente num raio de 15 metros no haver uma sonda. Agora pense comigo:Ao nascer voc registrado com uma caneta, ao entrar para a escola/universidade tambm, tudo o que voc escreve, desde estudos at cartas de amor escrito com uma caneta, ou seja, estes seres que nos observam sabem de absolutamente TUDO sobre TODOS. O verdadeiro significado da marca BIC : Big Inspections Center (ou Centro de Grandes Inspees). No logotipo da BIC notamos um alien tentando esconder atrs dele seu maior segredo: uma caneta que pode contar toda a histria de todos os tempos (simbolizado pelo trao preto atrs do alien).Vejamos agora algumas dicas que nos levam a propor esta idia:- As canetas BIC so facilmente encontradas para serem vendidas, porm depois que voc j a possui, ela sempre aparece em diferentes locais e voc nunca se questiona se realmente havia deixado onde encontrou.- Mesmo que voc compre apenas uma caneta BIC, certamente encontrar vrias no local onde a deixar.- Elas se multiplicam rapidamente, sem ser perceptvel a ns dotados de uma viso banal para a viso aliengena.- Aps poucos meses, a caneta que voc havia comprado, simplesmente desaparece. Isso facilmente decifrvel se pensarmos da seguinte maneira: tudo necessita de energia para sobreviver (o homem, o carro, as plantas, sua TV), e ao acabar esta energia, ela precisa ser reposta.Assim, as sondas BIC tm um perodo de vida curto, visto que quando se encontram gastas, elas simplesmente se desintegram para uma possvel recarga.A mensagem que quero deixar que voc tenha muito cuidado ao se deparar com estas canetas-sondas, principalmente com as Sondas mais avanadas, vulgarmente chamadas de BIC 4 Cores, BIC 2 CORES ou mesmo a to temida e perigosa BIC VERDE! Esta ltima jamais deve ser colocada (presa) em cima da orelha, pois alm de enviar dados e formaes sobre voc para os aliengenas consegue influenciar de maneira drstica sua forma de pensar, tornando-o um escravo a servio aliengena.Torno a repetir: CUIDADO COM A MANIPULAO ALIEN! J estamos todos envolvidos nisso. Tentar qualquer forma de fuga ou apatia no aconselhvel. Saiba lidar com elas! Desta forma acredito que no mais estaremos expostos a uma ideologia alien, e poderemos defender o que realmente pertence a ns: o Planeta Terra!A) No basta pensar na preveno; exercer-lhe o dever que nos compete. (B) Se a violncia indiscriminada, devemos repudi-la, submetendo-a execrao pblica. (C) Quem aceita a barbrie, legitima-lhe; quem lhe rejeita, pede a punio do responsvel. (D) Diante das autoridades, devemos cobr-las as providncias para, nos casos de iminente violncia, prevenir-lhes. (E) Se te prevines, no precisars preocupar-se com as situaes sem remdio. Questo 23: (TRF 4 - Analista 2007) Est correto o emprego da forma sublinhada na frase: (A) Na famlia do autor, romances eram lidos livremente; quanto aos filmes, todos tambm assistiam-nos com grande interesse. (B) Quando o autor leu o romance O Caador de Pipas, de cujaspginas tanto se agradou, absorveu o sentido universal da histria narrada. (C) Muitos depreciam as fices no o autor do texto, que lhesconsidera essenciais para a formao de um indivduo. (D) Admirar um romance de Dostoivski, de cujo valor ningum contesta, no exclui a possibilidade de se admirar o gnero policial. (E) Rememorando os hbitos de sua famlia, louva-lhes o autor como estmulos essenciais para a sua formao de leitor. Questo 24: (TRE/PB - Analista 2007) Sim, a Terra bela, mas tLeia atentamente o texto abaixo para responder ao que se pede. Estruture resposta completa. GENTE BICHO E BICHO GENTEQuerido Dirio, no tenho mais dvida de que este mundo est virado ao avesso! Fui ontem cidade com minha me e voc no faz idia do que eu vi. Uma coisa horrvel,horripilante, escabrosa, assustadora, triste, estranha, diferente, desumana... E eu fiquei chateada. Eu vi um homem, um ser humano, igual a ns, remexendo na lata de lixo. E sabe o que ele estava procurando? Ele buscava, no lixo, restos de alimento. Ele procurava comida! Querido Dirio, como pode isso? Algum revirando uma lata cheia de coisas imundas e retirar dela algo para comer? Pois foi assim mesmo, do jeitinho que estou contando. Ele colocou num saco de plstico enorme um monto de comida que um restaurante havia jogado fora. Aarghh!!! Devia estar horrvel! Mas o homem parecia bastante satisfeito por ter encontrado aqueles restos. Na mesma hora, querido Dirio, olhei assustadssima para a mame. Ela compreendeu o meu assombro. Virei para ela e perguntei: Me, aquele homem vai comer aquilo? Mame fez um sim com a cabea e, em seguida, continuou: Viu, entende por que eu fico brava quando voc reclama da comida?. verdade! Muitas vezes, eu me recuso a comer chuchu, quiabo, abobrinha e moranga. E larguei no prato, duas vezes, um monto de repolho, que eu odeio! Puxa vida! Eu me senti muito envergonhada! Vendo aquela cena, ainda me lembrei do P, nosso cachorro. Nem ele come uma comida igual quela que o homem buscou do lixo. Engraado, querido Dirio, o nosso co vive bem melhor do que aquele homem. Tem alguma coisa errada nessa histria, voc no acha? Como pode um ser humano comer comida do lixo e o meu cachorro comer comida limpinha? Como pode, querido Dirio, bicho tratado como gente e gente vivendo como bicho? Naquela noite eu rezei, pedindo que Deus conserte logo este mundo. Ele nunca falha. E jamais deixa de atender os meus pedidos. S assim, eu consegui adormecer um pouquinho mais feliz. (OLIVEIRA, Pedro Antnio. Gente bicho e bicho gente. Dirio da Tarde. Belo Horizonte, 16 out. 1999). 01. O texto lido do gnero Relato Pessoal, do tipo Dirio. Que marcas textuais comprovam essa afirmativa? 02. A narradora inicia seu relato afirmando no ter mais dvida de que o mundo est virado ao avesso? Por que ela afirma isso? 03. O texto aborda uma problemtica social muito especfica. Indique tal problemtica e justifique sua resposta. 04. Em certo trecho, a narradora se diz muito envergonhada? Do que ela se envergonha? 05. A narradora compara a vida de seu cachorro vida do homem que buscava comida no lixo. A partir dessa comparao, pode-se afirmar que o autor do texto quer mostrar a vida humana, muitas vezes, sendo menosvalorizada que a vida de um animal? Justifique seus comentrios. . 07. Em sua opinio, o que pode ser feito para diminuir o sofrimento de pessoas como o homem retratado no relato? Justifique. Gramtica aplicada ao texto01. Nos trechos Querido Dirio, no tenho mais dvida de que este mundo est virado ao avesso! e Uma coisa horrvel, horripilante, escabrosa, assustadora, triste, estranha, diferente, desumana..., a vrgula foi utilizada, respectivamente, para separar ( ) o aposto e os termos de uma enumerao. ( ) o vocativo e o adjunto adverbial de modo. ( ) o aposto e o adjunto adverbial de modo. ( ) o vocativo e os termos de uma enumerao. 02. A nica opo em que a vrgula foi utilizada pelo mesmo motivo que no trecho Ele buscava, no lixo, restos de alimento. ( ) Antnio, sem que eu visse, entrou no salo.( ) Joaquina, av de Isadora, vir nos visitar hoje. ( ) Ao entrar no amplo salo, Marcela chamou a ateno de todos. ( ) Em Bzios, conheci um agradvel grupo de jovens. 03. Em Querido Dirio, no tenho mais dvida de que este mundo est virado ao avesso!, as palavras destacadas so acentuadas, respectivamente, por se enquadrarem nas regras das ( ) paroxtonas, proparoxtonas, oxtonas. ( ) proparoxtonas, proparoxtonas, oxtonas. ( ) paroxtonas, paroxtonas, oxtonas. ( ) proparoxtonas, paroxtonas, oxtonas. 04. Em Eu vi um homem, um ser humano, igual a ns, remexendo na lata de lixo., as preposies destacadas, respectivamente, tm valor semntico de ( ) lugar / matria. ( ) definio / lugar. ( ) lugar / definio. ( ) lugar / lugar. Gramtica Contextualizada01. Complete aOS QUE FAZEM A DIFERENA! Conta-se que aps um feriado prolongado, o professor entrou na sala da Universidade para dar sua aula, mas os alunos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitao era geral. Depois de tentar,educadamente, por vrias vezes, conseguir a ateno dos alunos para a aula, o professor perdeu a pacincia e disse: Prestem ateno porque eu vou falar isso uma nica vez. Um silncio carregado de culpa se instalou na sala e o professor continuou.Desde que comecei a lecionar, e isso j faz muitos anos, descobri que nsprofessores trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos essesanos observei que, de cada cem alunos apenas cinco fazem realmente alguma diferena no futuro. Apenas cinco se tornam profissionais brilhantes econtribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os outros 95% servem apenas para fazer volume; so medocres e passam pela vida sem deixar nada de til.

O interessante que esta porcentagem vale para todo o mundo. Se vocs prestarem ateno notaro que, de cem professores, apenas cinco so aquelesque fazem a diferena. De cem garons, apenas cinco so excelentes; de cem motoristas de txi, apenas cinco so verdadeiros profissionais; de 100 conhecidos, quando muito, 5 so verdadeiros amigos, fraternos e de absoluta confiana. E podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cincoso verdadeiramente especiais.

uma pena no termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possvel eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria osdemais para fora. Assim, ento, teria o silncio necessrio para dar uma boa aula e dormiria tranqilo, sabendo ter investido nos melhores. Mas,infelizmente no h como saber quais de vocs so estes alunos. S o tempo capaz de mostrar isso. Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confuso que estar sendo feita pelo resto.

Claro que cada um de vocs sempre pode escolher a qual grupo pertencer. Obrigado pela ateno e vamos aula de hoje. O silncio se instalou na sala e o nvel de ateno foi total. Afinal, nenhum dos alunos desejava fazer parte do resto, e sim, do grupo daqueles que realmente fazem a diferena. Mas, como bem lembrou o sbio professor, s o tempo dir a que grupo cada um pertencer. S a atuao diria de cada pessoa aclassificar, de fato, num ou noutro grupo.

Pense nisso! Se voc deseja pertencer ao grupo dos que realmente fazem a diferena, procure ser especial em tudo o que faz. Desde um simples bilhete que escreve, s coisas mais importantes, faa com excelncia. Seja fazendo uma faxina, atendendo um cliente, cuidando de uma criana ou de um idoso, limpando um jardim ou fazendo uma cirurgia, seja especial. Para ser algum que faz a diferena, no importa o que voc faz, mas como faz. Ou voc faz tudo da melhor forma possvel, ou far parte do resto.

Pense nisso e seja algum que faz a diferena Algum que com sua ao torna a vida das pessoas melhores.

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Share this:DiggRedditGostar disso:GosteiSeja o primeiro a gostar disso.Publicado em De tudo um pouco, Educao, Palavras, Prosa | Tags: aprender, Comportamento, fazer a diferena, Reflexo, Relacionamentos, texto, Textos

Como usar a virgula.Alma incoerente. RESPOSTAS

Gostei desta lio de moral. rs

Estava lendo o discurso de graduao de Neil Postman (que pode ser encontrado por a na internet um dia eu divulgo) e ele mencionava a pssima qualidade dos discursos dos formandos que tinha visto por anos e anos de estudo Dos professores que no eram como ele esperava, do sistema de ensino que no era como ele esperava, dos alunos que no se interessavam como ele esperava enfim.

Dito isto, penso que a vontade deve partir de cada um, no da sociedade, no da cultura do dinheiro, no pelo reconhecimento mas pela vontade que vem l do fundo. Do interesse que quanto mais alimentamos, mais quer devorar deste mundo. A diferena est em cada um e s estes podem, atravs de si, mudar o que est a sua volta.

NTERPRETAO DE TEXTOS E EXERCCIOS

LEIA, INTERPRETE E FAA OS EXERCCIOS

DROGAS: A MDIA EST DENTRO

H poucos dias, assistindo a um desses debates universitrios que a gente pensa que no vo dar em nada, ouvi um raciocnio que no me saiu mais da cabea. Ouvi-o de um professor - um professor brilhante, bom que se diga. Ele se saa muito bem, tecendo consideraes crticas sobre o provo. Alis, o debate era sobre o provo, mas isso no vem ao caso. O que me interessou foi um comentrio marginal que ele fez - e o exemplo que escolheu para ilustrar seu comentrio. Primeiro, ele disse que a publicidade no pode tudo, ou melhor, que nem todas as atitudes humanas so ditadas pela propaganda. Sim, a tese bvia, ningum discorda disso, mas o mais interessante veio depois. Para corroborar sua constatao, o professor lembrou que muita gente cheira cocana e, no entanto, no h propaganda de cocana na TV. Qual a concluso lgica? Isso mesmo: nem todo hbito de consumo ditado pela publicidade.

A favor da mesma tese, poderamos dizer que, muitas vezes, a publicidade tenta e no consegue mudar os hbitos do pblico. Inmeros esforos publicitrios no resultam em nada. Continuemos no campo das substncias ilcitas. Existem insistentes campanhas antidrogas nos meios de comunicao, algumas um tanto soporferas, outras mais terroristas, e todas fracassam. Moral da histria? Nem que seja para consumir produtos qumicos ilegais, ainda somos minimamente livres diante do poder da mdia. Temos alguma autonomia para formar nossas decises.

Tudo certo? Creio que no. Concordo que a mdia no pode tudo, concordo que as pessoas conseguem guardar alguma independncia em sua relao com a publicidade, mas acho que o professor cometeu duas impropriedades: anunciou uma tese fcil demais e, para demonstr-la, escolheu um exemplo ingnuo demais. Embora no vejamos um comercial promovendo explicitamente o consumo de cocana, ou de maconha, ou de herona, ou de crack, a verdade que os meios de comunicao nos bombardeiam, durante 24 horas por dia, com a propaganda no de drogas, mas do efeito das drogas. A publicidade, nesse sentido, no refreia, mas refora o desejo pelo efeito das drogas. Por favor, no se pode culpar os publicitrios por isso - eles, assim como todo mundo, no sabem o que fazem.

Exerccios

1. (INTERPRETAO DE TEXTOS) DROGAS: A MDIA EST DENTRO; com esse ttulo o autor:

A) condena a mdia por sua participao na difuso do consumo de drogas;

B) mostra que a mdia se envolve, de algum modo, com o tema das drogas;

C) faz um jogo de palavras, denunciando o incentivo ao consumo de drogas pela mdia;

D) demonstra a utilidade da mdia em campanhas antidrogas;

E) indica que a mdia bastante conhecedora do tema das drogas.

2. (INTERPRETAO DE TEXTOS) ''H poucos dias...''; h verbos denominados impessoais (como o verbo haver, nesta frase) que permanecem com a forma equivalente terceira pessoa do singular, no concordando com qualquer termo da frase. O item abaixo que apresenta um outro verbo empregado impessoalmente :

A) A droga nunca traz bons resultados;

B) Choveu dinheiro na premiao da loteria;

C) Iniciei a campanha na semana passada;

D) O homem no deve ter medo de nada;

E) Nesta rua tem um bosque.

3. (INTERPRETAO DE TEXTOS) ''H poucos dias, assistindo a um desses debates universitrios...''; se desenvolvermos a forma do gerndio assistindo de forma adequada ao texto, teremos:

A) depois de assistir;

B) assim que assisti;

C) enquanto assistia;

D) logo que assisti;

E) porque assisti.

4. ''...assistindo a um desses debates universitrios...''; a regncia cuida do emprego correto das preposies aps certos nomes ou verbos. A frase a seguir em que h erro de regncia :

A) O pblico acompanha a novela que gosta;

B) A publicidade lembra ao consumidor o que deve comprar;

C) As pessoas preferem TV a teatro;

D) Nem todos aspiram cocana;

E) A publicidade nunca se esquece de seu dever.

5. (INTERPRETAO DE TEXTOS) ''Ele se saa muito bem tecendo consideraes crticas sobre o provo,...''; o gerndio tecendo mostra uma ao:

A) que antecede a do verbo da orao anterior;

B) posterior do verbo da orao anterior;

C) que a conseqncia da ao da orao anterior;

D) simultnea do verbo da orao anterior;

E) que mostra oposio ao da orao anterior.

6. (INTERPRETAO DE TEXTOS) ''H poucos dias, assistindo a um desses debates universitrios que a gente pensa que no vo dar em nada, ouvi um raciocnio que no me saiu mais da cabea.''; o comentrio correto sobre esse segmento do texto :

A) os trs qus do texto pertencem idntica classe gramatical;

B) a expresso a gente, por dar idia de quantidade, deve levar o verbo para o plural;

C) a forma verbal vo deveria ser substituda pela forma vai;

D) a forma verbal vo dar transmite idia de possibilidade;

E) a ltima orao do texto restringe o sentido do substantivo raciocnio.

7. ''Ouvi-o de um professor...''; o item abaixo em que houve um mau emprego do verbo com o pronome oblquo :

A) Os comentrios, escutei-os de um professor;

B) As revistas, compramo-las no jornaleiro;

C) Ao professor, dei-o um conselho;

D) Os debates, assistiram-nos muitas pessoas;

E) Os resultados, discuti-os com a turma.

8. A expresso destacada que tem seu significado corretamente expresso :

A) ''...que a gente pensa que no vo dar em nada.''- que no vo chegar a ser publicados;

B) ''...ouvi um raciocnio que no me saiu mais da cabea.''-que me deixou com dor de cabea;

C) ''...o debate era sobre o provo, mas isso no vem ao caso.''- tem pouca importncia;

D) ''...um professor brilhante, bom que se diga.'' - importante destacar isso;

E) ''Ele se saa muito bem...''- ele desviava do assunto principal.

9. ''O que me interessou foi um comentrio marginal...''; o vocbulo destacado significa:

A) subliminar;

B) maldoso;

C) anormal;

D) desprezvel;

E) paralelo.

10. (INTERPRETAO DE TEXTOS) ''O que me interessou foi um comentrio marginal que ele fez - e o exemplo que escolheu para ilustrar seu comentrio.'' ; a forma menos adequada de reescrevermos o texto acima, respeitando-se o sentido original, :

A) Interessou-me um comentrio marginal que ele fez - e o exemplo escolhido para ilustrar seu comentrio;

B) Interessaram-me no s um comentrio marginal que ele fez, como tambm o exemplo que escolheu para a ilustrao de seu comentrio;

C) O que me interessou foram um comentrio marginal (que ele fez) e o exemplo (que escolheu para ilustrar seu comentrio);

D) Um comentrio marginal que ele fez e o exemplo que escolheu para ilustrar seu comentrio foi o que me interessou;

E) Um comentrio marginal feito por ele e o exemplo escolhido para a ilustrao de seu comentrio foi o que me interessou.

GABARITO

1 - C

2 - D

3 - C

4 - D

5 - B

6 - B

7 - D

8 - A

9 - A

10 - A

Leia o texto com ateno e faa os exerccios

Leia Por: Professor Frana01. Considere o seguinte trecho:

Em vez do mdico do Milan, o doutor Jos Luiz Runco, da Seleo, quem dever ser o responsvel pela cirurgia de Cafu. Foi ele quem operou o volante Edu e o atacante Ricardo Oliveira, dois jogadores que tiveram problemas semelhantes no ano passado.O termo ele, em destaque no texto, refere-se:

a) Ao mdico do Milan.b) A Cafu.c) Ao doutor Jos Luiz Runco.d) Ao volante Edu.e) Ao atacante Ricardo Oliveira.

02. Considere o seguinte dilogo:

I. A: Por que voc est triste?II. B: Porque ela me deixou.III. A: E ela fez isso por qu?IV. B: No sei o porqu. Tentei acabar com as causas da crise por que passvamos.V. A: Ah! Voc se perdeu nos porqus.Do ponto de vista gramatical, os termos sublinhados esto corretamente empregados em:

a) IV somente.b) I, III e V somente.c) II e IV somente.d) I, II, III, IV e V.e) II e V somente.

03. Voc s precisa comprar a pipoca. O DVD grtis.Assinale a alternativa que apresenta a forma correta para juntar os dois perodos da propaganda acima num s.

a) Voc s precisa comprar a pipoca, entretanto o DVD grtis.b) Voc s precisa comprar a pipoca, j que o DVD grtis.c) Voc s precisa comprar a pipoca, inclusive o DVD grtis.d) Voc s precisa comprar a pipoca e o DVD grtis.e) Voc s precisa comprar a pipoca, cujo DVD grtis.

04. Das alternativas abaixo, assinale aquela que NO est de acordo com a norma culta.

a) Foi ele quem comprou o carro.b) Alguns de ns seremos vitoriosos.c) A maior parte das pessoas faltou ao encontro.d) Os Estados Unidos importa muitos produtos brasileiros.e) Cada um de ns fez o que pde. Caindo na gandaia

O ex-campeo mundial dos pesos pesados Mike Tyson se esbaldou na noite paulistana. Em duas noites, foi ao Caf Photo e ao Bahamas, casas freqentadas por garotas de programa. Na madrugada da quinta-feira, foi barrado com seis delas no hotel onde estava hospedado, deu gorjeta de US$ 100 a cada uma e foi terminar a noite na boate Love Story. Irritado com o assdio, Tyson agrediu um cinegrafista e foi levado para a delegacia. Ele vai responder por leses corporais, danos materiais e exerccio arbitrrio das prprias razes.(poca, n 391, nov. 2005.)

05. Segundo o texto, correto afirmar:

a) Mike Tyson estava irritado com o assdio das garotas de programa.b) Mike Tyson foi preso em companhia das garotas.c) Tyson foi liberado da delegacia por demonstrar exerccio arbitrrio de suas razes.d) Mike Tyson, em duas noites, esteve em trs boates e uma delegacia.e) Mike Tyson distribuiu US$ 100 em gorjetas e se esbaldou na noite paulistana.

06. Considere as seguintes sentenas:

I. Ele sempre falou por meias palavras.II. meio-dia e meio.III. Estava meia nervosa por causa da me.IV. Quero meia ma para a sobremesa.V. Ficaram meio revoltados com a situao.

Do ponto de vista da gramtica normativa, esto corretas as sentenas:

a) III e IV somente.b) II e V somente.c) I, II e III somente.d) II e IV somente.e) I, IV e V somente.

07. _____________ fbricas _________ produtos so _________ feitos.Assinale a alternativa cujos termos completam as lacunas de acordo com a norma culta.

a) Existe, aonde, mal.b) Existem, onde, mau.c) H, aonde, mau.d) H, onde, mal.e) H, onde, mau.

08. Considere as seguintes previses astrolgicas:

I. Tanto a Lua como Vnus _______ a semana mais propcia a negociaes. (deixar)II. Calma e tranqilidade _______ em seus relacionamentos. (ajudar)III. Discusses, contratempos financeiros, problemas sentimentais, nada o ________ nesta semana. (atrapalhar)

Assinale a alternativa em que os verbos entre parnteses completam o texto do horscopo acima de acordo com a norma culta.

a) deixar, ajudar, atrapalhar.b) deixaro, ajudar, atrapalhar.c) deixar, ajudaro, atrapalharo.d) deixaro, ajudaro, atrapalharo.e) deixaro, ajudaro, atrapalhar.

09. Considere o seguinte anncio de jornal:

No prximo dia 20/03, s 7 horas, desembarcam no aeroporto de Guarulhos a dupla sertaneja Antenor e Secundino, onde excursionaram pela Europa, que fizeram grande sucesso se divulgando a nossa msica sertaneja.Assinale a alternativa que reescreve o texto acima de acordo com a norma culta.

a) No prximo dia 20/03, s 7 horas, desembarca no aeroporto de Guarulhos a dupla de cantores Antenor e Secundino,que excursionou pela Europa, com grande sucesso na divulgao da nossa msica sertaneja.b) No prximo dia 20/03, s 7 horas, desembarcam no aeroporto de Guarulhos a dupla de cantores Antenor e Secundino,onde excursionaram pela Europa, em que fizeram grande sucesso e divulgando a nossa msica sertaneja.c) No prximo dia 20/03, s 7 horas, desembarcam no aeroporto de Guarulhos a dupla de cantores Antenor e Secundino,cujos excursionaram pela Europa e fizeram grande sucesso, onde divulgaram a nossa msica sertaneja.d) No prximo dia 20/03, s 7 horas, desembarcam no aeroporto de Guarulhos a dupla de cantores Antenor e Secundino, os quais excursionaram pela Europa com grande sucesso, se divulgando a nossa msica sertaneja.e) No prximo dia 20/03, s 7 horas, desembarca no aeroporto de Guarulhos a dupla de cantores Antenor e Secundino, que excursionaram pela Europa, inclusive que fizeram grande sucesso, onde divulgou a nossa msica sertaneja.

10. Enquanto na fala muitas vezes nem todos os verbos e substantivos so flexionados, na escrita isso pode ser considerado um erro. Considere as seguintes sentenas:

I. Saram os resultados.II. Foi inaugurado as usina.III. Apareceu cinqenta pessoas na festa.IV. O time apresentou os jogadores.V. Saiu os nomes dos jogadores.VI. Tambm vieram os juzes.

Seguem as normas da escrita padro as sentenas:

a) I, IV e VI apenas.b) II, III e V apenas.c) I, II e III apenas.d) IV, V e VI apenas.e) I, III e V apenas.

11. Assinale a alternativa que NO est de acordo com a norma culta.

a) Vitamina bom para o adequado funcionamento do organismo.b) necessria a contribuio de todas as pessoas.c) necessrio autorizao para entrar na festa.d) Embora fossem belos, os moos estavam s.e) Anexas ao documento, vo as fotos da criana.

12. Considere as seguintes sentenas:

I. Eu ___ f em suas promessas. (pr)II. Os ministros ____ as decises. (manter)III. Ficar tudo bem, se voc ____ o estoque. (repor)

Assinale a alternativa em que os verbos entre parnteses foram empregados de acordo com a norma culta.

a) ponhei, manteram, repuser.b) pus, mantiveram, repuser.c) pus, manteram, repor.d) ponhei, mantiveram, repor.e) ponhei, mantm, repuser.

Aparecem novos casosCinco novos casos de febre maculosa foram identificados no Rio de Janeiro depois que a doena foi confirmada como causa da morte do superintendente da Vigilncia Sanitria Fernando Villas-Boas. A doena tambm provocou a morte do jornalista Roberto Moura e a internao de um professor aposentado, um menino de 8 anos e uma turista. Em So Paulo, uma garota de 12 anos morreu em decorrncia da doena. Ela foi picada por um carrapato quando passeava em um parque.(poca, n 391, nov. 2005.)

13. De acordo com as informaes do texto acima, assinale a alternativa correta.

a) O texto no aponta a forma provvel como a vtima paulista contraiu a febre maculosa.b) Todas as vtimas da febre maculosa morreram.c) As vtimas fatais da febre maculosa foram infectadas no Rio de Janeiro.d) Dos seis infectados, apenas dois sobreviveram.e) O texto inclui Fernando Villas-Boas na contagem de casos de febre maculosa no Rio de Janeiro.

14. O Projeto Genoma, que envolve centenas de cientistas de todos os cantos do globo, s vezes tem de competir com laboratrios privados na corrida pelo desenvolvimento de novos conhecimentos que possam promover avanos em diversas reas.

Assinale a alternativa em que o termo privado foi usado no mesmo sentido que apresenta acima.

a) Muitos laboratrios acabam privados de participar da concorrncia pelos obstculos legais que se impem aos participantes.b) Nem sempre os projetos que envolvem cincia bsica podem contar com a injeo de recursos privados, que privilegiam as pesquisas com perspectivas de retorno econmico no curto prazo.c) Mesmo alguns dos grandes laboratrios que atuam no mercado vem-se privados de condies materiais para investir em pesquisa de ponta.d) Os laboratrios privados da licena para desenvolver pesquisas com clonagem de seres humanos prometem recorrer da deciso.e) Muitos projetos desenvolvidos em centros universitrios, privados de recursos, acabam sendo engavetados.

O texto a seguir referncia para as questes 15 a 18.

Reduzir a poluio causada pelos aerossis partculas em suspenso na atmosfera, compostas principalmente por fuligem e enxofre pode virar um enorme tiro pela culatra. Estudo de pesquisadores britnicos e alemes revelou que os aerossis, na verdade, seguravam o aquecimento global. Isso porque eles rebatem a luz solar para o espao, estimulando a formao de nuvens (que tambm funcionam como barreiras para a energia do sol). Ainda difcil quantificar a influncia exata dos aerossis nesse processo todo, mas as estimativas mais otimistas indicam que, sem eles, a temperatura global poderia subir 4 C at 2100 as pessimistas falam em um aumento de at 10, o que nos colocaria dentro de uma churrasqueira. Como os aerossis podem causar doenas respiratrias, o nico jeito de lutar contra a alta dos termmetros diminuir as emisses de gs carbnico, o verdadeiro vilo da histria.(Superinteressante, dez. 2005, p. 16.)

15. Assinale a alternativa cujo sentido NO est de acordo com o sentido que a expresso pode virar um enorme tiro pela culatra apresenta no texto.

a) Pode ter o efeito contrrio do que se pretende.b) Pode aumentar ainda mais o problema que se quer combater.c) Pode fazer com que o aquecimento global aumente.d) Pode provocar diminuio na formao de nuvens.e) Pode aumentar a ocorrncia de doenas respiratrias.

16. Assinale a alternativa cuja afirmativa mantm relaes lgicas de acordo com o texto.

a) Os aerossis seguram o aquecimento global porm estimulam a formao de nuvens.b) Os aerossis seguram o aquecimento global mas estimulam a formao de nuvens.c) Os aerossis seguram o aquecimento global pois estimulam a formao de nuvens.d) Os aerossis seguram o aquecimento global e estimulam a formao de nuvens.e) Os aerossis seguram o aquecimento global entretanto estimulam a formao de nuvens.

17. Segundo o texto, o verdadeiro vilo da histria (so):

a) o aquecimento global.b) as emisses de gs carbnico.c) a formao de nuvens.d) as doenas respiratrias.e) as barreiras para a energia do sol.

18. O termo pessimistas, em destaque no texto, est se referindo s:a) temperaturas.b) pessoas.c) influncias.d) estimativas.e) barreiras.

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O rubi uma jia que encanta meus olhos. Aquele vaso, provavelmente chins, uma jia de raro acabamento. A palavra jia, presente nas trs frases citadas, foi empregada em seus sentidos reais, primitivos. A isso se d o nome de denotao. II) Conotao Voltando ao dicionrio citado, encontramos na seqncia da leitura o seguinte: 4 fig. pessoa ou coisa muito boa e querida (sua sobrinha uma jia. O prprio dicionarista nos d um exemplo. Vejamos outras frases abaixo. Ela uma jia de menina. Que jia esse cachorrinho! Minha irm se tornou uma jia muito especial. Observe que, em todas as frases, a palavra jia extrapolou o sentido original de objeto caro. Ela est se referindo a pessoas e animais, que, na realidade, no podem ser jias, se levarmos em conta o sentido denotativo do termo. H uma comparao implcita em cada frase: bonito ou bonita como uma jia. Dizemos ento que se trata de conotao. Vamos comparar as duas frases abaixo: Comi uma fruta deliciosa. Ela escreveu uma frase deliciosa. Na primeira, o adjetivo deliciosa est empregado denotativamente, pois indica o gostoagradvel da fruta; trata-se do sentido real do termo. Na segunda, o adjetivo no pode ser entendido ao p da letra, uma vez que frase no tem gosto, no tem sabor. um emprego especial, estilstico da palavra deliciosa. Assim, ela est usada conotativamente. Muitas vezes, as perguntas de interpretao se voltam para o emprego denotativo ou conotativo dos vocbulos. E mais: o entendimento global do texto pode depender disso. Leia-o, pois, com ateno. A leitura atenta tudo. III) Figuras de linguagem As figuras constituem um recurso especial de construo, valorizando e embelezando o texto. H questes de provas, inclusive em concursos pblicos, que cobram, direta ou indiretamente, o emprego adequado da linguagem figurada. Vejamos as mais importantes, que 37 voc no pode desconhecer. Elas no sero, aqui, agrupadas de acordo com sua natureza: de palavras, de pensamento e de sintaxe. No h importncia nessa distino, para interpretarmosum texto. 1) Comparao ou simile Consiste, como o prprio nome indica, em comparar dois seres, fazendo uso de conectivos apropriados. Ex.: Esse liqido azedo como limo. A jovem estava branca qual uma vela. 2) Metfora Tipo de comparao em que no aparecem o conectivo nem o elemento comum aos seres comparados. Ex.: Minha vida era um palco iluminado... (Minha vida era alegre, bonita etc. como um palco iluminado.) Tuas mos so de veludo. (Entenda-se: mos macias como o veludo) A vida, manso lago azul... (Jlio Salusse) (Neste exemplo, nem o verbo aparece, mas clara a idia da comparao: a vida suave, calma como um manso lago azul.) 3) Metonmia Troca de uma palavra por outra, havendo entre elas uma relao real, concreta, objetiva. H vrios tipos de metonmia. Ex.: Sempre li rico Verssimo, (o autor pela obra) Ele nunca teve o seu prprio teto. (a parte pelo todo) Cuidemos da infncia. (o abstrato pelo concreto: infncia / crianas) Comerei mais um prato. (o continente pelo contedo)Ganho a vida com meu suor. (o efeito pela causa) 4) Hiprbole Consiste em exagerar as coisas, extrapolando a realidade. Ex.: Tenho milhares de coisas para fazer. Estava quase estourando de tanto rir. Vive inundado de lgrimas. 5) Eufemismo a suavizao de uma idia desagradvel. Chamado de linguagem diplomtica. Ex.: Minha avozinha descansou. (morreu) Ele tem aquela doena. (cncer) Voc no foi feliz com suas palavras. (foi estpido, grosseiro) 6) Prosopopia ou personificao Consiste em se atribuir a um ser inanimado ou a um animal aes prprias dos seres humanos. Ex. A areia chorava por causa do calor. As flores sorriam para ela. 7) Pleonasmo Repetio enftica de um termo ou de uma idia. Ex.: O ptio, ningum pensou em lav-lo. (lo = O ptio) Vi o acidente com olhos bem atentos. (Ver s pode ser com os olhos.) 8) Anacoluto a quebra da estruturao sinttica, de que resulta ficar um termo sem funo sinttica no perodo. parecido com um dos tipos de pleonasmo. Ex.: O jovem, algum precisa falar com ele. Observe que o termo O jovem pode ser retirado do texto. Ele no se encaixa sintaticamente no perodo. Caso dissssemos Com o jovem, teramos um pleonasmo: com o jovem = com ele. 9) Anttese Emprego de palavras ou expresses de sentido oposto. Ex.: Era cedo para alguns e tarde para outros. No s bom, nem s mau: s triste e humano. (Olavo Bilac) 10) Sinestesia Consiste numa fuso de sentidos. Ex.: Despertou-me um som colorido. (audio e viso) Era uma beleza fria. (viso e tato) 11) Catacrese 38 a extenso de sentido que sofrem determinadas palavras na falta ou desconhecimento do termo apropriado. Essa extenso ocorre com base na analogia. Por isso, ela uma variao da metfora. Ex.: Leito do rio. Dente de alho. Barriga da perna. Cu da boca.Curiosas so as catacreses constitudas por verbos: embarcar num trem, enterrar uma agulha no dedo etc. Embarcar entrar no barco, no no trem; enterrar entrar na terra, no no dedo. 12) Hiplage Adjetivao de um termo em vez de outro. Ex.: O nado branco dos cisnes o fascinou, (brancos so os cisnes) Acompanhava o vo negro dos urubus, (negros so os urubus) 13) Quiasmo Ao mesmo tempo repetio e inverso de termos, podendo haver algumas alteraes. Ex.: No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho (C. D. Andrade) Vinhas fatigada e triste, e triste e fatigado eu vinha. (Olavo Bilac) 14) Silepse Concordncia anormal feita com a idia que se faz do termo e no com o prprio termo. Pode ser: a) de gnero Ex.: V Sa bondoso. A concordncia normal seria bondosa, j que V. Sa do gnero feminino. Fez-se a concordncia com a idia que se possui, ou seja, trata-se de um homem. b) de nmero Ex.: O grupo chegou apressado e conversavam em voz alta.O segundo verbo do perodo deveria concordar com grupo. Mas a idia de plural contida no coletivo leva o falante a botar o verbo no plural: conversavam. Tal concordncia anormal no deve ser feita com o primeiro verbo. c) de pessoa. Ex.: Os brasileiros somos otimistas. Em princpio, dir-se-ia so, pois o sujeito de terceira pessoa do plural. Mas, por estar includo entre os brasileiros, possvel colocar o verbo na primeira pessoa: somos. 15) Perfrase Emprego de vrias palavras no lugar de poucas ou de uma s. Ex.: Se l no assento etreo onde subiste... (Cames) assento etreo = cu. Morei na Veneza brasileira. Veneza brasileira = Recife No provoque o rei dos animais. rei dos animais = leo. Obs.: Questes que envolvem perfrase pedem, freqentemente, conhecimento independente do texto. 16) Assndeto Ausncia de conectivo. um tipo especial de elipse, que a omisso de qualquer termo. Ex.: Entrei, peguei o livro, fui para a rede. Ligando as duas ltimas oraes, deveria aparecer a conjuno e. 17) Polissndeto Repetio da conjuno, geralmente e. Ex.: Trejeita, e canta, e ri nervosamente. (Padre Antnio Toms) E treme, e cresce, e brilha, e afia o ouvido, e escuta. (Olavo Bilac) 18) Zeugma Omisso de um termo, geralmente verbo, empregado anteriormente. Variao da elipse. Ex.: A moral legisla para o homem; o direito, para o cidado. (Toms Ribeiro) So estas as tradies das nossas linhagens; estes os exemplos de nossos avs. (Herculano) 39 Obs.:Na primeira frase, est subentendida a forma verbal legisla; na segunda, so. 19) Apstrofe Chamamento, invocao de algum ou algo, presente ou ausente. Corresponde ao vocativo da anlise sinttica. Ex.: Deus! Deus! onde ests que no respondes?! (Castro Alves) Erguei-vos, menestris, das prpuras do leito! (Guerra Junqueiro) 20) Ironia Consiste em dizer-se o contrrio do que se quer. figura muito importante para a interpretao de textos. Ex.: Moa linda bem tratada, trs sculos de famlia, burra como uma porta, um amor. (Mrio de Andrade) Observe que, aps chamar a moa de burra, o poeta encerra a estrofe com um aparente elogio: um amor. 21) Hiprbato a inverso da ordem dos termos na orao ou das oraes no perodo. Ex.: Aberta em par estava a porta. (Almeida Garrett) Essas que ao vento vm Belas chuvas de junho! (Joaquim Cardozo) 22) Anstrofe Variante do hiprbato. Consiste em se inverter a ordem natural existente entre o termo determinado (principal) e o determinante (acessrio). Ex.: Sentimos do vento a carcia. Determinado: a carcia Determinante: do vento Obs.: Nem sempre simples a distino entre hiprbato e anstrofe. H certa discordncia entre os especialistas do assunto. 23) Onomatopia Palavra que imita sons da natureza. Ex.: O ribombar dos canhes nos assustava. No agentava mais aquele tique-taque insistente. No se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. (Machado de Assis) 24) Aliterao Repetio de fonemas consonantais. Ex.: Nem toda tarefa to tranqila. Ruem por terra as emperradas portas. (Bocage) Os teus grilhes estrdulos estalam. (Raimundo Correia) Obs.: Nos dois ltimos exemplos, as aliteraes procuram reproduzir, sons naturais, constituindo-se tambm em onomatopias. 25) Enlage Troca de tempos verbais. Ex.: Se voc viesse, ganhava minha vida mais entusiasmo,Agora que murcharam teus loureiros Fora doce em teu seio amar de novo. (lvares de Azevedo) Obs.: Na primeira frase, ganhava est no lugar de ganharia; na segunda, fora substitui seria. CAPTULO 3. ORTOGRAFIA, ORTOEPIA E PROSDIA A ORTOGRAFIA A competncia para grafar corretamente as palavras est diretamente ligada ao contato ntimo com essas mesmas palavras. Isso significa que a freqncia do uso que acaba trazendo a memorizao da grafia correta. Alm disso, deve-se criar o hbito de esclarecer as dvidas com as necessrias consultas ao dicionrio. Trata-se de um processo constante, que produz resultados a longo prazo." (Pasquale Cipro Neto & Ulisses Infante, Gramtica da Lngua Portuguesa) Orientaes Gerais 40 1) Devemos empregar "ss" em todos os substantivos derivados de verbos terminados em "gredir", "mitir", "ceder" e "cutir". Exemplos: AGREDIR / AGRESSO PROGREDIR / PROGRESSO REGREDIR / REGRESSO TRANSGREDIR / TRANSGRESSO ADMITIR / ADMISSO DEMITIR / DEMISSO OMITIR / OMISSO PERMITIR / PERMISSO TRANSMITIR / TRANSMISSO ACEDER / ACESSO CEDER / CESSO CONCEDER / CONCESSO EXCEDER / EXCESSO, EXCESSIVO SUCEDER / SUCESSO DISCUTIR / DISCUSSO PERCUTIR / PERCUSSO REPERCUTIR / REPERCUSSO 2) Devemos empregar "s" em todos os substantivos derivados de verbos terminados em "ender", "verter" e "pelir". Exemplos: APREENDER / APREENSO ASCENDER / ASCENSO COMPREENDER / COMPREENSO DISTENDER / DISTENSO ESTENDER / EXTENSO PRETENDER / PRETENSO SUSPENDER / SUSPENSO TENDER / TENSO VERTER / VERSO REVERTER / REVERSO CONVERTER / CONVERSO SUBVERTER / SUBVERSO EXPELIR / EXPULSO REPELIR / REPULSO 3) Devemos empregar "" em todos os substantivos derivados dos verbos "TER" e "TORCER", mais seus derivados. Exemplos: ABSTER / ABSTENO ATER / ATENO DETER / DETENO MANTER / MANUTENO RETER / RETENO TORCER / TORO DISTORCER / DISTORO CONTORCER / CONTORO Emprego do S ou do Z EMPREGO DO S OU DO Z 1. Os sufixos "s" e "esa" so empregados na formao de nomes que designam profisso, ttulos honorficos de posio social, assim como em palavras que indicam origem, nacionalidade. Exemplos: burgus, campons, marqus, portugus, japons, francs, burguesa, camponesa, marquesa, princesa, portuguesa, japonesa, francesa etc. 2. So grafadas com o sufixo "isa" as palavras que indicam ocupaes femininas: poetisa, profetisa, papisa, sacerdotisa, pitonisa. 3. Os sufixos "ez" e "eza" so empregados para formar nomes abstratos que derivam de adjetivos. Exemplos: ADJETIVOS / DERIVADOS agudo / agudez escasso / escassez estpido / estupidez lmpido / limpidez gago / gaguez honra / honradez invlido / invalidez intrpido / intrepidez macio / maciez rgido / rigidez sensato / sensatez sisudo / sisudez surdo / surdez avaro / avareza belo / beleza certo / certeza duro / dureza esperto / esperteza justo / justeza nobre / nobreza pobre / pobreza rico / riqueza rijo / rijeza singelo / singeleza 4. Com "z", normalmente, so grafadas palavras derivadas de outras em que j existe o "z", e verbos terminados pelo sufixo "izar", em cujos radicais das palavras que lhes deram origem possuam ou no a letra z. Exemplos: balizado (baliza), arrazoado, razovel (razo), canalizar, finalizar, industrializar, organizar, utilizar, arborizar, dinamizar, regularizar, cicatrizar (cicatriz), envernizar (verniz), enraizar (raiz), deslizar (deslize) etc. Observao: Os verbos terminados em "isar", com "s", tm apenas como sufixo as letras "ar", pois as letras "is", neste caso, fazem parte do radical da palavra que deu origem ao verbo. 41 Exemplos: anlise / analisar aviso / avisar improviso / improvisar pesquisa / pesquisar EXCEO: Apesar de originar-se da palavra "catequese", que possui um "s" em seu radical, o verbo catequizar deve ser grafado com "z", pois a slaba tona final de catequese foi suprimida para se inserir o sufixo "izar" na formao do verbo. 5. Grafam-se com "z" as palavras derivadas com os sufixos "zada, zal, zarro, zeiro, zinho, zito, zona, zorra, zudo". O "z", neste caso, um infixo. Exemplos: pazada, cafezal, canzarro, aaizeiro, papelzinho, cozito, mezona, mozorra, pezudo etc. Observao: Em palavras como "asinha, risinho, risada, casinha, caseiro, casebre", o "s" pertence ao radical dos vocbulos de origem (asa, riso, casa). 6. Tambm grafa-se com "s": _ Aps os ditongos; Exemplos: lousa, coisa, causa, Neusa, ausncia, Eusbio, nusea. _ Nas formas dos verbos "pr" (e derivados) e "querer"; Exemplos: pus, pusera, pusesse, pusssemos; repus, repusera, repusesse, repusssemos; quis, quisera, quisesse, quisssemos. Emprego do C e do QU EMPREGO DO C E DO QU Existem palavras que podemos escrever com "c" e tambm com "qu". Exemplos: catorze / quatorze cociente / quociente cota / quota cotidiano / quotidiano cotizar / quotizar Observao: As palavras a seguir, porm, possuem uma s grafia: "cinqenta, cinqentenrio, cinqento, cinqentona." EMPREGO DO X E DO CH Deve-se empregar o "x" aps os ditongos (encontros voclicos = vogal + semivogal em uma mesma slaba). Exemplos: ameixa, feixe, caixa, trouxa, frouxo, gueixa, peixe, peixada, queixo, queixada, eixo, baixo, encaixar, paixo, rebaixar etc. EXCEO: recauchutar (mais seus derivados) e caucho (espcie de rvore que produz o ltex). Emprega-se tambm o x: _ Aps as slabas "en" e "me"; Exemplos: enxada, enxurrada, enxame, enxaqueca, enxerido, enxovalho, enxugar, mexer, mexilho, mexerico, mexerica, mexicano etc. Observao: Palavras como "enchente, encharcar, enchiqueirar, enchapelar, enchumaar", embora se iniciem pela slaba "en", so grafadas com "ch", porque so palavras formadas por prefixao, ou seja, pelo prefixo en + o radical de palavras que tenham o ch (enchente, encher e seus derivados = prefixo en + radical de cheio; encharcar = en + radical de charco; enchiqueirar = en + radical de chiqueiro; enchapelar = en + radical de chapu; enchu- maar = en + radical de chumao). EXCEO: Em relao regra da slaba "me", uma exceo O SUBSTANTIVO "mecha"; no confundir com a forma verbal "mexa" do verbo mexer que deve ser grafada com x. _ Nas palavras de origem indgena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas. Exemplos: xavante, xingar, xique-xique, xar, xerife, xampu. Outras palavras com X: bexiga, bruxa, caxumba, laxativo, laxante, maxixe, pax, muxoxo, quixotesco, rixa, xarope, xcara, xucro, xereta, capixaba, faxina, lixo, graxa, praxe, puxar, relaxar, roxo, xaxim, xenofobia. Outras palavras com CH: charque, chiste, chicria, chimarro, ficha, cochicho, cochichar, estrebuchar, fantoche, flecha, inchar, pechincha, pechinchar, penacho, salsicha, broche, arrocho, apetrecho, bochecha, brecha, chuchu, cachimbo, comicho, chope, chute, debochar, fachada, fechar, linchar, mochila, piche, pichar, tchau. Existem vrios casos de palavras homfonas, isto , palavras que possuem a mesma pronncia, mas a grafia diferente. Nelas a grafia se distingue pelo contraste entre o x e o ch. Exemplos: - brocha (pequeno prego) - broxa (pincel para caiao de paredes) - ch (planta para preparo de bebida) - x (ttulo do antigo soberano do Ir) 42 - chal (casa campestre de estilo suo) - xale (cobertura para os ombros) - chcara (propriedade rural) - xcara (narrativa popular em versos) - cheque (ordem de pagamento) - xeque (jogada do xadrez) - cocho (vasilha para alimentar animais) - coxo (capenga, imperfeito) - tacha (mancha, defeito; pequeno prego); da "tachar": colocar defeito ou ndoa em algum ou em algo. - taxa (imposto, tributo); da "taxar": cobrar impostos. DICAS QUANTO A GRAFIA 1 DIVISO SILBICA Para escanso silbica ou no fim da linha, deve ser feita pelas slabas pronunciadas, e no por elementos morfolgicos. Por princpio geral, separam-se as letras pelas slabas e nunca partindo o que se pronuncia no mesmo impulso da voz. Como normas particulares, a lngua portuguesa registra as seguintes: 1) nunca se partem ditongos nem tritongos: flui-do, heri-co, sa-gues. 2) encontros de duas consoantes que no sejam iniciais ou isoladas: assar, con-vic-o, ter-ra. 3) encontros de mais de duas consoantes so partidos antes da ltima ou antes de encontro consonantal perfeito: ist-mo, cir-cuns-cre-ver, com-prar. 4) consoantes iniciais e isoladas, encontros consonantais iniciais e perfeitos terminados em i ou r, ch, ih, nh, gu, qu, formam slaba com a vogal seguinte: ba-se, a-guar-dar, cin-qen-ta. As excees so bl, br, dl. Como orientaes finais, nunca parta o vocbulo de tal forma que no final ou no incio da linha aparea uma palavra obscena ou ridcula e, caso coincida um hfen com a repartio da palavra, no ser, necessariamente, preciso repetir aquele que sai no incio da linha seguinte. 2 ESTE, ESSE, AQUELE Este algo que est prximo, ao nosso lado. "Este lpis meu", voc diria, segurando seu prprio lpis. Esse est ao largo da pessoa, no perto mas no muito longe. "Esse lpis seu?", voc perguntaria pessoa da mesa ao lado. Aquele est longe: "Aquele lpis de algum aqui?", qualquer um de ns perguntaria, apontando o final da sala. Esta mesma regra serve para "neste", "nesse" e "naquele". 3 ETC Este termo, etectera, quer dizer "e mais outros". Deve ser usado homeopaticamente e jamais em ttulos. Evite-o por se tratar de uma abreviao. 4 QUE Evite o excesso, para tornar o texto mais leve. Se for necessrio o uso de muito "que", utilize ponto e divida o perodo em dois ou trs. O "qu" acentuado existe da mesma forma que o "por qu" com acento: "Ela tem um qu de Snia Braga". Neste caso, ele se transforma em substantivo. 5 SE preciso ter cuidado aqui. Ele pode ter nove funes diferentes, mas jamais ser sujeito. Portanto, errado dizer: aluga-se casas; no se podia evitar os aumentos". Nos dois casos, os sujeitos so casas e aumentos. Ento, os verbos tm que concordar com eles: alugam-se casas; no se podiam evitar os aumentos. O termo tambm costuma causar problemas em mais dois tipos de construo; a) - partcula apassivadora (voz passiva): alugamse casas (casas so alugadas). b) - ndice de indeterminao do sujeito (sujeito indeterminado): aqui passeia-se muito. Tome cuidado tambm com construes onde o se perfeitamente dispensvel e at absurdo: possvel se dizer que a lngua difcil; Por se falar nisso; A confuso tornou difcil se perceber quem estava por perto. Nestes casos, basta tirar a partcula e os textos ficam corretos. 6 SEO/SESSO/CESSO Eis nova fonte de erros: seo quer dizer parte, diviso: seo de pessoal; sesso significa tempo de durao de alguma coisa: sesso de cinema; finalmente, cesso quer dizer o ato de ceder: fazer cesso de seus direitos. 7 SE NO/SENO 43 Se no deve ser usado quando a expresso puder ser substituda por caso no ou quando no. Ou ento quando introduzir orao como conjuno integrante: Perguntou se no era tarde demais. Seno deve ser usado nos demais casos: Corre, seno a polcia te pega. 7 PALAVRAS COMPOSTAS As palavras compostas podem ser estruturadas destas maneiras: substantivo + substantivo: navio-fantasma; substantivo + de + substantivo: gua-de-colnia; substantivo + adjetivo: amor-perfeito; adjetivo + substantivo: belas-artes; forma verbal + substantivo: portaestandarte; adjetivo + adjetivo: amarelo-escuro; forma verbal + forma verbal: corre-corre; advrbio + advrbio: menos-mal; advrbio + adjetivo: meio-morto; advrbio + particpio: bemfeito. H, ainda, outras combinaes bem mais complexas: deus-nos-acuda, chove-no-molha. PLURAL DE PALAVRAS COMPOSTAS : A regra prtica esta: flexione os elementos variveis (substantivos e adjetivos) e no flexione os que no forem (verbos, advrbios e prefixos). Exemplos: dois termos variveis - cirurgies-dentistas, curtas-metragens; o segundo varivel - sempre-vivas, mal-educados; o primeiro varivel - ps-de-moleque, canetas-tinteiro; nenhum varia - os leva-e-traz, os bota-fora; casos especiais - os louvaa-deus, os diz-que-diz, os bem-te-vis, os bem-me-queres e os malmequeres. Outros casos: adjetivos. Quando h dois adjetivos, s o segundo vai para o plural - polticosociais, castanho-claros. As excees so trs: surdos-mudos, azul-marinho e azulceleste, os dois ltimos invariveis. Quando a primeira palavra um adjetivo e a segunda um substantivo, o adjetivo composto no tem forma especial de plural: vestidos verde-musgo, salas cor-de-rosa. 8 REGNCIA Eis um dos mais extensos e difceis captulos da sintaxe. E que provoca muitos erros. Como a maioria das gramticas aborda s em parte o tema, dvidas tm que ser tiradas caso a caso, com o uso do dicionrio ou livros disposio. Vamos dar s trs regras bsicas: a) - no ligue duas ou mais palavras com regimes diferentes a um mesmo complemento. No escreva: Gostei e recitei o poema; o correto : Gostei do poema e o recitei. B) - evite construes com infinitivo precedido das contraes do e da. No escreva: J hora do ministro se demitir. O certo : J hora de o ministro se demitir. C) - no omita preposies necessrias, embora alguns puristas faam isso: Ambos concordaram (em) que essas idias no tinham senso comum (Machado de Assis). PARA TREINAR ... A / H - O Flamengo foi campeo estadual ___H___ seis meses. (= FAZ) - O Fluminense ser campeo nacional outra vez daqui ___A___23 anos. - O Oiapoque fica ___A___ 4370 quilmetros do Chu. * Eu nasci ___H___ dez mil anos atrs. (= REDUNDNCIA) CERCA DE / ACERCA DE - O Brasil ganhou __CERCA DE__ 250 medalhas de ouro em jogos do Pan. = aproximadamente - Luciana Gimenes fala __ACERCA DE__questes importantes para a sociedade. = sobre ENCONTRO - Chepeuzinho Vermelho foi __AO ENCONTRO DE__ sua av. = unio / concordncia - Depois de beber muito, o rapaz foi __DE ENCONTRO AO__ poste. = coliso / discordncia - Suas idias vo __AO ENCONTRO DAS / DE ENCONTRO S__ minhas EM VEZ / AO INVS DE - Sorri __AO INVS__ de chorar. = oposio - No caf da manh, Zeca Pagodinho bebeu cerveja __ EM VEZ DE __ suco. = substituio SENO / SE NO - __SE NO__ chover, Maria vai com as outras. = caso no chova - Estudem, __SENO__ estaro aqui de novo no ano que vem. = do contrrio - Ela no disse um __SENO__. = substantivo LEMBRAR / ESQUECER - O poltico __ESQUECEU__ o dinheiro na cueca - O sol __SE ESQUECEU__ de esquentar a cidade. = verbo pronominal 44 SE partcula integrante do verbo ONDE - Fiz uma prova ONDE todos se deram mal. = na qual / em que ("onde" deve ser usado apenas para fazer referncia a lugares) __ONDE__ voc mora? (proposio EM) __AONDE__ voc vai? (preposio A) __ONDE___ voc foi morar? (preposio EM) TER / VIR / VER - He-man __TEM__ a fora e invencvel. - Vascanos no __TM__ motivo para comemorar. - Acho que Dunga no __VEM__ mais ao Maracan. - H males que __ VM __ para o bem. - O que os olhos no __VEM__, o corao no sente. IMPLICAR / ACARRETAR - O projeto olmpico implica EM um investimento elevado. = Verbo transitivo direto MEDIDA - __ MEDIDA QUE__ o tempo passa, o corpo cai. = proporo - __NA MEDIDA EM QUE__ estudei, passarei. = j que ATRAVS - A luz passa __ATRAVS__ do espelho. (= atravessar) - Passarei __POR MEIO__ do estudo. AFIM / A FIM - Gumercindo Bessa argumentou __A FIM DE__ convencer seus opositores. = para, com a finalidade de - Esse remdio __AFIM DO__ outro. = semelhante OS PORQUS 1) PORQUE - Estudei, __PORQUE__ quero passar no vestibular. = conjuno (= j que, pois) 2) PORQU - No sei o __PORQU__ do seu silncio. = o artigo, logo o porqu substantivo 3) POR QUE - Este o time __POR QUE__ toro. - __POR QUE__ voc se foi? - No sei __POR QUE__ Giba se casou com uma baranga. - Voc se foi __POR QU__? (por que motivo) = tnico REFORMA ORTOGRFICA 2009 O Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa de 2009 foi elaborado para uniformizar a grafia das palavras dos pases lusfonos, ou seja, os que tm o portugus como lngua oficial. Ele entrar em vigor a partir de janeiro de 2009. Os brasileiros tero quatro anos para se adequar s novas regras. Durante esse tempo, tanto a grafia hoje vigente como a nova sero aceitas oficialmente. A partir de 1 de janeiro de 2013, a grafia correta da lngua portuguesa ser a prevista no Novo Acordo Ortogrfico. Confira todas as mudanas da Reforma Ortogrfica 2009:// Alfabeto da lngua portuguesa A lngua portuguesa passa a reconhecer o K, W e o Y como letras do nosso alfabeto, aumentando o nmero para 26 letras. Esta regra servir para regularizar o uso dessas letras no nosso idioma. Exemplo: km e watt.// Regra das Tremas As saudosas tremas foram abolidas da lngua portuguesa. Voc nunca mais precisar us-las, a no ser para casos especficos, como o uso em nomes prprios. Exemplo: tranquilo e cinquenta.// Regra da Acentuao - Hiatos terminados em oo e ee no so mais acentuados. Exemplo: leem e voo.- Ditongos abertos em paroxtonas no so mais acentuados. Exemplo: ideia e jiboia.- Ditongos com u e i tnicos no so mais acentuados. 45 Exemplo: feiura.- O acento continua em ditongos abertos em monosslabas, oxtonas e terminados em eu. Exemplo: chapu.- O acento em palavras homgrafas foram eliminados, com exceo no verbo poder (no passado) e pr. Exemplo: pelo, para, pde.- No acentua-se mais o u em formas verbais rozotnicas precedido de g ou q antes de e ou i. Exemplo: apaziguar e averiguar.// Regra das Grafias Duplas Para palavras onde a fontica ambgua, como o caso de Roraima, pode-se usar acentos da melhor forma que lhe convm. Exemplo: Rorima e/ou Rorima.// Regra das Consoantes Mudas Todas consoantes que no so pronunciadas, tais como exacto e ptimo, no sero mais usadas. O Brasil j adora esta regra h vrias dcadas. Exemplo: ptimo e objectivo.// Regra do Hfen - No utiliza-se mais hfens em palavras compostas cujos prefixos terminam em vogal seguida de palavras iniciadas com r ou s. A mesma regra serve para prefixos que terminam em vogal e palavras que comeam com vogal. Exemplo: contrassenha e autorretrato.- Mantem-se o hfen para prefixos terminados em r onde a outra palavra tambm comea com r. Exemplo: super-racional.- Utiliza-se hfen quando a palavra comea com a mesma vogal que o prefixo termina, com exceo do prefixo co. Exemplo: anti-inflamatrio.- O hfen mantem-se em palavras que no possuem ligao em comum. A mesma regra aplicase para prefixos vice, ex, pr, pr e ps. Exemplo: beija-flor.- No utiliza-se mais hfens em palavras compostas por substantivos, adjetivos, verbais, pronomes, etc. Exemplo: sala de jantar.CAPTULO 10A PRTICA Neste captulo, vamos treinar um pouco, mostrando variados tipos de questes de interpretao e compreenso de texto. Texto I Salustiano era um bom garfo. Mas o jantar que lhe haviam oferecido nada teve de abundante. - Quando voltar a jantar conosco? - perguntou-lhe a dona da casa. - Agora mesmo, se quiser. (Baro de Itarar, in Mximas e Mnimas do Baro de Itarar) 1) A figura de linguagem presente no primeiro perodo do texto : a) hiprbole b) eufemismo c) prosopopia d) metonmia e) anttese 2) Deduz-se do texto que Salustiano: a) come pouco. b) uma pessoa educada. c) no ficou satisfeito com o jantar. d) um grande amigo da dona da casa. 46 e) decidiu que no mais comeria naquela casa. 3) O adjetivo que no substitui sem alterao de sentido a palavra abundante : a) copiosa b) frugal c) oppara d) lauta e) abundosa Respostas 1) O gabarito a letra d. Temos aqui um tipo de metonmia. H uma troca: ser um bom garfo / comer bem. H muitas questes hoje em dia envolvendo as figuras de linguagem. Estude bem o segundo captulo, onde elas aparecem. Note que este tipo de metonmia no fcil, porm, conhecendo bem as outras figuras, d para fazer por eliminao. 2) A resposta a letra c. A letra a eliminada, pois ser um bom garfo comer muito. A letra b errada, pois, se ele fosse realmente educado, no teria dado aquela resposta no final do texto, evidenciando asua insatisfao. Nada no texto sugere que ele seja um grande amigo da dona da casa, o que descarta a alternativa d. A opo e pode ser desconsiderada, uma vez que, embora insatisfeito, ele no diz que jamais comer naquela casa; alis, chega mesmo a aceitar o novo convite. O gabarito s pode ser a letra c, pois ele era um bom garfo e a comida era pouca, o que o levou a querer repeti-la, aceitando o convite. 3) Questo de sinonmia. A palavra frugal o oposto de abundante. As outras quatro so sinnimas de abundante. Da o gabarito ser a letra b. Texto II A mulher foi passear na capital. Dias depois o marido dela recebeu um telegrama: Envie quinhentos cruzeiros. Preciso comprar uma capa de chuva. Aqui est chovendo sem parar. E ele respondeu: Regresse. Aqui chove mais barato. (Ziraldo, in As Anedotas do Pasquim) 1) A resposta do homem se deu por razes: a) econmicas b) sentimentais c) ldicas d) de segurana e) de machismo 2) Com relao tipologia textual, pode-se afirmar que: a) se trata de uma dissertao. b) se trata de uma descrio com alguns traos narrativos. c) o autor preferiu o discurso direto. d) o segundo perodo exemplo de discurso indireto livre. e) no se detecta a presena de personagens. 3) Com relao aos elementos conectores do texto, no se pode dizer que: a) dela tem como referente mulher. b) o referente do pronome ele marido. c) a preposio de tem valor semntico de finalidade. d) A orao Aqui est chovendo sem parar poderia ligar-se anterior, sem alterao de sentido, pela conjuno conquanto. e) O advrbio aqui, em seus dois empregos, no possui os mesmos referentes. Respostas 1) Letra a. Ao pedir mulher que regresse logo, ele pensava que no precisaria comprar uma capa de chuva porque eles j possuem uma, ou que gastaria menos, j que em sua cidade a capa mais barata. O risco da questo a presena do adjetivo ldicas, menos conhecido. necessrio melhorar o vocabulrio. Ldicas quer dizer relativas a jogos, brinquedos, divertimentos. 2) A resposta s pode ser a letra c. As duas primeiras esto eliminadas, pois o texto narrativo. Tanto a fala da mulher quanto a do marido so integrais, ou seja, exemplificam o que se conhece como discurso direto. O autor no usou o travesso, mais comum, preferindo as aspas. A letra d no tem cabimento, para quem conhece o discurso indireto livre. No poderia ser a opo e, uma vez que o homem e a mulher so as personagens do texto. 3) Gabarito: letra d. As duas primeiras alternativas so evidentes, dispensam comentrios. A letra c est perfeita, pois se trata de uma capa para chuva, ou seja, com a finalidade de proteger a pessoa da chuva. A ltima alternativa tambm est correta, pois o primeiro aqui refere-se capital, onde ela est 47 passeando, e o segundo cidade do interior, onde se encontra o marido. A resposta s pode ser a letrad porque o relacionamento entre as duas oraes de causa e efeito, pedindo conjunes como pois, porque, porquanto etc. Conquanto significa embora, tem valor concessivo, de oposio. Alm disso, seu emprego acarretaria erro de flexo verbal, pois o verbo deveria estar no subjuntivo (esteja), o que no ocorre no texto original. Texto III Uma nao j no brbara quando tem historiadores. (Marqus de Maric, in Mximas) 1) O texto : a) uma apologia barbrie b) um tributo ao desenvolvimento das naes c) uma valorizao dos historiadores d) uma reprovao da selvageria e) um canto de louvor liberdade 2) S no constitui parfrase do texto: a) Um pas j no brbaro, desde que nele existem historiadores. b) Quando tem historiadores, uma nao j civilizada. c) Uma nao deixa de ser brbara quando h nela historiadores. d) Quando possui historiadores, uma nao no mais pode ser considerada brbara. e) Desde que tenha historiadores, uma nao j no mais brbara. Respostas 1) O gabarito a letra c. A opo a absurda por si mesma. A letra b no cabe, pois o texto no fala de homenagem nao. No pode ser a letra d, porque nada no texto reprova a barbrie (o leitor precisa aterse ao texto). A ltima opo totalmente sem propsito. Na realidade, o autor valoriza os historiadores, uma vez que a sua presena que garante estar a nao livre da barbrie. 2) Letra e. O que responde questo o valor dos conectivos. A palavra quando introduz uma orao temporal. O mesmo ocorre com o desde que da letra a. (observe que o verbo se encontra no modo indicativo: existem.) Na letra e, a conjuno desde que (o verbo da orao est no subjuntivo: tenha) inicia orao com valor de condio, havendo, pois, alterao de sentido. Texto IV A maior alegria do brasileiro hospedar algum, mesmo um desconhecido que lhe pea pouso, numa noite de chuva. (Cassiano Ricardo, in O Homem Cordial) 1) Segundo as idias contidas no texto, o brasileiro: a) pe a hospitalidade acima da prudncia. b) hospeda qualquer um, mas somente em noites chuvosas. c) d preferncia a hospedar pessoas desconhecidas.d) no tem outra alegria seno a de hospedar pessoas, conhecidas ou no. e) no prudente, por aceitar hspedes no perodo da noite. 2) A palavra mesmo pode ser trocada no texto, sem alterao de sentido, por: a) certamente b) at c) talvez d) como e) no 3) A expresso A maior alegria do brasileiro pode ser entendida como: a) uma personificao b) uma ironia c) uma metfora d) uma hiprbole e) uma catacrese 4) O trecho que poderia dar seqncia lgica e coesa ao texto : a) No obstante isso, ele uma pessoa gentil. b) Dessa forma, qualquer um que o procurar ser atendido. c) A solidariedade, pois, ainda precisa ser conquistada. d) E o brasileiro ganhou fama de intolerante. e) Por conseguinte, se chover, ele dar hospedagem aos desconhecidos. 48 Respostas 1) Letra a. Na nsia de ser hospitaleiro, o brasileiro hospeda, imprudentemente, em sua casa, pessoas desconhecidas. A letra b condiciona a hospedagem s noites chuvosas. A opo c no tem nenhum apoio no texto, que no fala em preferncias. A letra d no cabe como resposta, pois o texto nos fala de maior alegria, ou seja, h outras, menores. A letra e poderia realmente confundir. Na verdade a falta de prudncia no existe por aceitar hspedes durante a noite, mas aceit-los sendo eles desconhecidos. 2) A resposta a letra b. Mesmo palavra denotativa de incluso, da mesma forma que at. 3) O gabarito a letra d. Trata-se de um evidente exagero do autor. A figura do exagero chama-se hiprbole. 4) Letra b. Na opo a, no obstante isso tem valor concessivo. Deveria ser por isso ou semelhantes. Na letra c, a conjuno pois conclusiva, no pode estar seguida de ainda precisa, pois o texto diz que o brasileiro j conquistou a solidariedade. A alternativa d contraria inteiramente o texto. A letra e no d seqncia ao texto, pois este no condiciona a hospedagem chuva. CONTINUAO DA INTERPRETAO I TEXTO I No existe essa coisa de um ano sem Senna, dois anos sem Senna...No h calendrio para a saudade. (Adriane Galisteu, no Jornal do Brasil) 1) Segundo o texto, a saudade: a) aumenta a cada ano. b) maior no primeiro ano. c) maior na data do falecimento. d) constante. e) incomoda muito. 2) A segunda orao do texto tem um claro valor: a) concessivo b) temporal c) causal d) condicional e) proporcional 3) A repetio da palavra no exprime: a) dvida b) convico c) tristeza d) confiana e) esperana 4) A figura que consiste na repetio de uma palavra no incio de cada membro da frase, como no caso da palavra no, chama-se: a) anfora b) silepse c) sinestesia d) pleonasmo e) metonmia TEXTO II Passei a vida atrs de eleitores e agora busco os leitores. (Jos Sarney, na Veja, dez/97) 5) Deduz-se pelo texto uma mudana na vida: a) esportiva b) intelectual c) profissional d) sentimental e) religiosa 6) O autor do texto sugere estar passando de: a) escritor a poltico b) poltico a jornalista c) poltico a romancista d) senador a escritor e) poltico a escritor 7) Infere-se do texto que a atividade inicial do autor foi: a) agradvel b) duradoura c) simples d) honesta e) coerente 8) O trecho que justifica a resposta ao item anterior : a) e agora b) os leitores c) passei a vida d) atrs de eleitores e) busco 9) A palavra ou expresso que no pode substituir o termo agora : a) no momento b) ora c) presentemente d) neste instante e) recentemente TEXTO III Os animais que eu treino no sao obrigados a fazer o que vai contra a natureza deles. (Gilberto Miranda, na Folha de So Paulo, 23/2/96) 10) O sentimento que melhor define a posio do autor perante os animais : a) f b) respeito c) solidariedade d) amor e) tolerncia 11) O autor do texto : a) um treinador atento b) um adestrador frio c) um treinador qualificado d) um adestrador consciente 49 e) um adestrador filantropo 12) Segundo o texto, os animais: a) so obrigados a todo tipo de treinamento. b) fazem o que no lhes permite a natureza. c) no fazem o que lhes permite a natureza. d) no so objeto de qualquer preocupao para o autor. e) so treinados dentro de determinados limites. TEXTO IV Estou com saudade de ficar bom. Escrever conseqncia natural. (Jorge Amado, na Folha de So Paulo, 22/10/96) 13) Segundo o texto: a) o autor esteve doente e voltou a escrever. b) o autor est doente e continua escrevendo. c) O autor no escreve porque est doente. d) o autor est doente porque no escreve. e) o autor ficou bom, mas no voltou a escrever. 14) O autor na verdade tem saudade: a) de trabalhar b) da sade c) de conversar d) de escrever e) da doena 15) Escrever conseqncia natural. Conseqncia de: a) voltar a trabalhar. b) recuperar a sade. c) ter ficado muito tempo doente. d) estar enfermo. e) ter sade. TEXTO V A mente de Deus como a Internet: ela pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo. (Amrico Barbosa, na Folha de So Paulo) 16) No texto, o autor compara: a) Deus e internet b) Deus e mundo todo c) internet e qualquer um d) mente e internet e) mente e qualquer um 17) O que justifica a comparao do texto : a) a modernidade da informtica b) a bondade de Deus c) a acessibilidade da mente de Deus e da internet d) a globalizao das comunicaes e) O desejo que todos tm de se comunicar com o mundo. 18) O conectivo comparativo presente no texto s no pode ser substitudo por: a) tal qual b) que nem c) qual d) para e) feito 19) S no constitui parfrase do texto: a) A mente de Deus, bem como a internet, pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo. b) No mundo todo, qualquer um pode acessar a mente de Deus e a internet. c) A mente de Deus pode ser acessada, no mundo todo, por qualquer um, da mesma forma que a internet. d) Tanto a internet quanto a mente de Deus podem ser acessadas, no mundo todo, por