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Extraído do DVD – INVENTÁRIO CULTURAL DOS MARACATUS NAÇÃO- 2012 MARACATU CARNAVALESCO ALMIRANTE DO FORTE O MARACATU NAÇÃO ALMIRANTE DO FORTE, foi criado no dia 07 de setembro de 1931, originário de desdobramento do maracatu de baque solto Cruzeiro do Forte, e está localizado na comunidade do Bongi, Recife, desde a sua fundação. O grupo é composto, principalmente pelas pessoas da própria comunidade, de comunidade arredores, familiares do senhor Antonio Jose da Silva Neto, conhecido como Mestre Tete e também por pessoas de classe média que resolveram colaborar com o maracatu. O azul e o branco são as cores oficiais da nação, que se destacam nos instrumentos do batuque e na vestimenta dos batuqueiros. O grupo tem como madrinhas os orixás Oxum e Iemanjá e o mestre Zé Pelintra de Santana, entidade da jurema. As calungas do grupo são duas, D. Creuza e D. Menininha, que representam os eguns (termo utilizado pelas religiões dos orixás para denominar os espíritos dos antepassados mortos). Em meados da primeira década do século XXI, o referido maracatu passava por serias dificuldades, possuindo pouco número de batuqueiros. A situação mudou quando algumas pessoas de classe média resolveram colaborar para o fortalecimento do grupo. A iniciativa deu certo, hoje o maracatu conta com número de batuqueiros suficiente para desfilar no carnaval, além de ter se tornado em 2009, um Ponto de Cultura, recebendo auxilio financeiro do governo federal, no intuito de realizar projetos de inclusão social atrelados ao maracatu. Com a verba. A sede foi reformada e hoje abriga oficinas voltadas para a comunidade. O maracatu tem, aos poucos, atraído a atenção de estrangeiros, que já desfilam com o grupo em alguns carnavais. As toadas do maracatu Almirante do Forte são o diferencial dessa nação, pois nelas residem traços de sua

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Extraído do DVD – INVENTÁRIO CULTURAL DOS MARACATUS NAÇÃO- 2012

MARACATU CARNAVALESCO ALMIRANTE DO FORTE

O MARACATU NAÇÃO ALMIRANTE DO FORTE, foi criado no dia 07 de setembro de 1931, originário de desdobramento do maracatu de baque solto Cruzeiro do Forte, e está localizado na comunidade do Bongi, Recife, desde a sua fundação.

O grupo é composto, principalmente pelas pessoas da própria comunidade, de comunidade arredores, familiares do senhor Antonio Jose da Silva Neto, conhecido como Mestre Tete e também por pessoas de classe média que resolveram colaborar com o maracatu.

O azul e o branco são as cores oficiais da nação, que se destacam nos instrumentos do batuque e na vestimenta dos batuqueiros. O grupo tem como madrinhas os orixás Oxum e Iemanjá e o mestre Zé Pelintra de Santana, entidade da jurema.

As calungas do grupo são duas, D. Creuza e D. Menininha, que representam os eguns (termo utilizado pelas religiões dos orixás para denominar os espíritos dos antepassados mortos). Em meados da primeira década do século XXI, o referido maracatu passava por serias dificuldades, possuindo pouco número de batuqueiros.

A situação mudou quando algumas pessoas de classe média resolveram colaborar para o fortalecimento do grupo. A iniciativa deu certo, hoje o maracatu conta com número de batuqueiros suficiente para desfilar no carnaval, além de ter se tornado em 2009, um Ponto de Cultura, recebendo auxilio financeiro do governo federal, no intuito de realizar projetos de inclusão social atrelados ao maracatu.

Com a verba. A sede foi reformada e hoje abriga oficinas voltadas para a comunidade. O maracatu tem, aos poucos, atraído a atenção de estrangeiros, que já desfilam com o grupo em alguns carnavais. As toadas do maracatu Almirante do Forte são o diferencial dessa nação, pois nelas residem traços de sua vinculação com o s maracatus de baque solto, bem como suas raízes na jurema.