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SECRETARIA EXECUTIVA DE DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL - SEDAS GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO, PROJETOS E CAPACITAÇÃO Av. Cruz Cabugá, 665 – Santo Amaro – Recife/PE CEP 50.040.00 – FONE: 3183 3045 / 3043 TEXTO 2 - OPERACIONALIZAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL : FERRAMENTAS DE GESTÃO , FINANCIAMENTO E MECANISMOS DE CONTROLE SOCIALi CONSIDERAÇÕES INICIAIS O Estado contemporâneo, moldado sob a denominação de Estado de Direito Democrático, consagra a proteção dos direitos fundamentais dos homens e da dignidade da pessoa humana, verdadeiros pilares que perfazem o núcleo essencial da Constituição da República de 1988. Na era do Estado de Direito Democrático, e com a implementação da reforma administrativa, vigora a preeminência da concertação sobre a imposição nas relações de poder entre a sociedade e o Estado. Assiste-se, pois, à passagem da Gestão unilateral à Administração consensual, de modo a assegurar o pleno desenvolvimento das potencialidades individuais, bem como garantir maior eficiência na consecução do interesse público; há, portanto, maior inquietude e necessidade de conciliar a eficiência do agir estatal com a preservação dos direitos fundamentais da pessoa humana. Contudo, no Estado de Direito Democrático, já é possível reconhecer um princípio do consenso em edificação; figura nas relações de poder entre a sociedade e o Estado o primado da concertação sobre a imposição. Inaugura-se, desse modo, era de relações paritárias entre os cidadãos e a Administração. (MOREIRA NETO, 2003). Urge considerar que, a partir desse momento, o Estado passa a preocupar-se com o ser humano, com o cidadão. Almeja-se, pois, a consagração de estrutura notadamente participativa, com vistas à realização do ideal democrático e em plena sintonia com os princípios que consagram a Gestão Pública Democrática. O recurso à consensualidade permite uma administração flexível e, sobretudo, capaz de solucionar casos atípicos. Responde, em particular, ao que se espera de uma Gestão moderna, conforme os ditames do Estado de Direito Democrático que não vê apenas no cidadão um simples súdito, mas um titular de direitos e um parceiro da gestão e que, por isso, o reconhece como corresponsável. Nesse sentido, o regime de consenso somente pode ser aplicado onde houver autorização legal que ateste as benesses de seu emprego diante de circunstâncias particulares específicas. Ademais, o consenso não pode levar à abdicação de funções pela gestão nem à eliminação de poderes públicos, mantendo-se nos limites admitidos constitucionalmente. Não se pode ignorar que, com a ascensão de fenômenos como a Governança Pública[7], emerge nova forma de gerenciar, cujas referências são o diálogo, a negociação, o acordo, a coordenação, a descentralização, a cooperação e a colaboração. Este texto discorre sobre a operacionalização da Gestão e Financiamento da Assistência social tendo como referência as conquistas sociais no campo da participação e os desafios de emplacar o protagonismo consolidando assim o Controle Social.

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SECRETARIA EXECUTIVA DE DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL - SEDAS

GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO, PROJETOS E CAPACITAÇÃO

Av. Cruz Cabugá, 665 – Santo Amaro – Recife/PE CEP 50.040.00 – FONE: 3183 3045 / 3043

TEXTO 2 - OPERACIONALIZAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL : FERRAMENTAS DE

GESTÃO , FINANCIAMENTO E MECANISMOS DE CONTROLE SOCIALi

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O Estado contemporâneo, moldado sob a denominação de Estado de Direito Democrático, consagra a

proteção dos direitos fundamentais dos homens e da dignidade da pessoa humana, verdadeiros pilares que

perfazem o núcleo essencial da Constituição da República de 1988.

Na era do Estado de Direito Democrático, e com a implementação da reforma administrativa, vigora a

preeminência da concertação sobre a imposição nas relações de poder entre a sociedade e o Estado.

Assiste-se, pois, à passagem da Gestão unilateral à Administração consensual, de modo a assegurar o pleno

desenvolvimento das potencialidades individuais, bem como garantir maior eficiência na consecução do

interesse público; há, portanto, maior inquietude e necessidade de conciliar a eficiência do agir estatal com a

preservação dos direitos fundamentais da pessoa humana. Contudo, no Estado de Direito Democrático, já é

possível reconhecer um princípio do consenso em edificação; figura nas relações de poder entre a sociedade e

o Estado o primado da concertação sobre a imposição. Inaugura-se, desse modo, era de relações paritárias

entre os cidadãos e a Administração. (MOREIRA NETO, 2003). Urge considerar que, a partir desse momento, o

Estado passa a preocupar-se com o ser humano, com o cidadão. Almeja-se, pois, a consagração de estrutura

notadamente participativa, com vistas à realização do ideal democrático e em plena sintonia com os

princípios que consagram a Gestão Pública Democrática.

O recurso à consensualidade permite uma administração flexível e, sobretudo, capaz de solucionar casos

atípicos. Responde, em particular, ao que se espera de uma Gestão moderna, conforme os ditames do Estado

de Direito Democrático que não vê apenas no cidadão um simples súdito, mas um titular de direitos e um

parceiro da gestão e que, por isso, o reconhece como corresponsável. Nesse sentido, o regime de consenso

somente pode ser aplicado onde houver autorização legal que ateste as benesses de seu emprego diante de

circunstâncias particulares específicas. Ademais, o consenso não pode levar à abdicação de funções pela

gestão nem à eliminação de poderes públicos, mantendo-se nos limites admitidos constitucionalmente.

Não se pode ignorar que, com a ascensão de fenômenos como a Governança Pública[7], emerge nova forma

de gerenciar, cujas referências são o diálogo, a negociação, o acordo, a coordenação, a descentralização, a

cooperação e a colaboração. Este texto discorre sobre a operacionalização da Gestão e Financiamento da

Assistência social tendo como referência as conquistas sociais no campo da participação e os desafios de

emplacar o protagonismo consolidando assim o Controle Social.

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A gestão de Assistência Social, portanto, tem como referência a Constituição, com ênfase nos direitos

fundamentais, na democracia e na dignidade da pessoa humana. Desse modo, a consensualidade está

estritamente atrelada ao princípio da eficiência. Nesse sentido, os instrumentos de gestão se caracterizam

como ferramentas de planejamento estratégico à participação e conduz a abordagem técnico e financeiro da

Política de Assistência Social e do Sistema Único de Assistência Social – a reflexão/ação/reflexão sobre a

realidade reconhecendo nestas mudanças necessárias para a garantia da dignidade humana.

“A Gestão não deve se limitar ao cumprimento literal da lei no exercício da função pública.

É preciso mais; há que se descobrir a forma mais eficiente de cumpri-la, elegendo para

tanto, dentre as escolhas teoricamente possíveis, aquela que permita atingir os resultados

indispensáveis para a consecução do interesse público. Nessa esteira, enfatiza Moreira

(2003, p.181), quanto à eficiência, que “não basta a inconsciente busca dos fins legais.

Estes sempre devem ostentar qualidades humanas e sociais positivas”.

Conforme a Norma Operacional Básica da Assistência Social - NOB/SUAS, os instrumentos de gestão se

caracterizam como ferramentas de planejamento técnico e

financeiro da Política de Assistência Social e do Sistema Único de Assistência Social - SUAS, nas três esferas de

governo, tendo como parâmetro o diagnóstico social e os eixos de proteção social, básica e especial, sendo

eles: Plano de Assistência Social; Orçamento; Monitoramento, Avaliação e Gestão da Informação; e Relatório

de Gestão.

Os instrumentos de Gestão fortalecem a descentralização político administrativa e ampliam a capacidade

gerencial na perspectiva da participação do(a) usuário(a). Por sua vez, a descentralização político

administrativa só se concretiza com a Implantação do Conselho de Assistência Social , do Plano de Assistência

Social elaborado e do Fundo devidamente organizado e implementado. No entanto, o que tem predominado

no nosso país, de acordo com Brant de Carvalho (2006), não é a descentralização, mas sim a centralização de

uma cultura política. Tal prática é reconhecida pela Norma Operacional Básica/2005. Impera ainda no país

uma cultura política fortemente centralizadora. Essa cultura impede uma real descentralização e

municipalização da Política pública de Assistência Social. Na prática, ainda há municípios que não conseguem

converter políticas/programas/recursos federais em políticas municipais calcadas em suas prioridades,

particularidades e demandas locais. Exemplo mais gritante deste fato está no próprio programa bolsa-família,

em que os municípios não se apropriaram deste programa pra convertê-lo e inscrevê-lo em políticas locais de

redução efetiva da pobreza resultando, no mais das vezes, em medida apenas compensatória.

INSTRUMENTOS DE GESTÃO CONSOLIDANDO A DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA

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“ Municipalização é a passagem de serviços e encargos que possam ser desenvolvidos mais

satisfatoriamente pelos municípios. É a descentralização das ações político-administrativas

com a adequada distribuição de poderes político e financeiro. É desburocratizante,

participativa, não autoritária, democrática e desconcentradora de poder” (Jovchelovitch

1998, p.40).

Neste processo é importante não confundir municipalização com prefeiturização, pois a municipalização é

mais ampla que a figura do prefeito e seus assessores, ela envolve o coletivo local. Exige a partilha do poder

entre governo e coletividades locais e, assim sendo, carrega a ideia de avanço democrático e de

fortalecimento da cidadania dos habitantes do município. Como estratégia de consolidação democrática, a

descentralização e a municipalização estão sempre ligadas à ideia de participação popular e mostram, assim,

que a força da cidadania está no próprio município, no qual o cidadão nasce, vive e constrói sua história. É lá

no município que ele fiscaliza e pode exercitar o controle social. Sob a ótica da descentralização, a PNAS

considera o Conselho, o Plano e o Fundo de Assistência Social como elementos fundamentais na gestão da

Política Pública de Assistência Social.

Um dos instrumentos estratégicos para a descentralização das ações de Assistência Social baseia-se na

participação popular nos espaços organizados previstos na LOAS, quais sejam, os Conselhos constituídos nas

três esferas do governo: Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS, Conselhos Estaduais de Assistência

Social - CEAS e Conselhos Municipais de Assistência Social – CMAS. Os Conselhos são, particularmente,

importantes no âmbito dos municípios, uma vez que proporcionam um novo arranjo das instâncias

deliberativas e propositivas de diretrizes e de articulação política, com o intuito de controlar e flexibilizar os

processos sociais. Nestes Conselhos, a relação entre o público e o privado se materializa pelas próprias

características destes órgãos, que os apresentam como permanentes, colegiados, paritários, deliberativos,

fiscalizadores, espaços de diálogo, pautando-se pelos princípios da democracia participativa e representativa.

No entanto é importante destacar elementos que ainda ameaçam as características dos Conselhos com

espaço de controle social:

Apesar de ser paritário, ou seja, composto por 50% de representantes do poder público, e 50% por

representantes da sociedade civil, deliberativo e fiscalizador, alguns indicadores provocam a contestação da

paridade como fator de representatividade popular. O primeiro diz respeito a sua composição que nem

Conselhos de Assistência Social

Paritário

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sempre é paritária, se considerarmos que, no município, o prefeito pode ter influência sobre a gestão das

entidades não governamentais e indicar de forma não ostensiva o nome do representante de determinada

entidade não governamental no Conselho. Outro indicador advém do fato de que o município pode ter um

funcionário público concursado como integrante da diretoria de entidade não governamental e, nesta última

categoria, ser considerado apto a participar do Conselho.

O segundo aspecto a ser considerado diz respeito ao fato de que muitos Conselhos não são deliberativos, mas

apenas consultivos, pois o órgão gestor, a mando do prefeito, já vem com as decisões tomadas. Desta forma,

o Conselho acaba não decidindo e tampouco fiscalizando, pois não se sente responsável por tal tarefa. Cabe

ainda dizer que, muitas vezes, aquele(a) conselheiro(a) que se manifesta contra o poder vigente, pode vir a

ser estigmatizado e perseguido politicamente, o que faz presente um fator, ainda que velado, de coerção

política.

O terceiro aspecto se refere ao fato de que o mesmo conselheiro pode fazer parte de vários outros Conselhos

existentes no município e, muitas vezes, não tem tempo, perde-se com as datas em meio a tantas reuniões e

acaba por não comparecer a elas. A reunião, para ser realizada, deve ter um quorum mínimo de conselheiros

que nem sempre é alcançado. O presidente do conselho, então, acaba por fazer a ata e levá-la até à casa dos

conselheiros que faltaram à reunião para colher suas assinaturas, causando a falsa impressão de que aquele

Conselho está em pleno e regular funcionamento.

O quarto aspecto diz respeito à elaboração dos Planos Municipais de Assistência Social. O Plano Municipal de

Assistência Social deve garantir o envolvimento das entidades e organizações da sociedade civil em todas as

suas etapas, inclusive, privilegiando a participação de organizações populares e associações coletivas de

usuários, tradicionalmente excluídas de representação nas decisões desta política. Tal envolvimento, na

elaboração do Plano, deveria ser controlado por alguma instância do governo, caso contrário tornar-se-á mais

Deliberativo

Fiscalizador

Espaço de diálogo

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um documento de arquivo, conforme identificado por Sposati (2006, p. 108), “Os planos (pouco ou nada

discutidos) não foram também controlados pelos estados ou pela União como forma de registro e

acompanhamento entre previsto e realizado”.

Desta forma, os Conselhos Municipais e o processo de elaboração dos planos, a partir das situações acima

mencionadas, acabam por não se constituir em espaços democráticos de proposições e avaliações da política

pública, pois estas têm que ser propostas e validadas pela soberania popular e não podem ser legitimadas

dentro de um Estado tecnocrata.

Os desafios para o funcionamento dos Conselhos está em, sobretudo, compreender-se governo seja

representando o movimento social organizado seja representando uma gestão pública produzindo assim

reflexões sobre a realidade , discutindo divergências e construindo consensos.

O Plano Municipal de Assistência Social constitui-se em importante instrumento democrático para os

municípios no sentido de diagnosticar, planejar e indicar ações que, de fato, contribuam para efetivação da

política de Assistência Social como direito de cidadania e dever do Estado e para as quais cabem

investimentos em recursos públicos. Em sendo assim, torna-se fundamental que, no momento de sua

elaboração, os dados sejam, de fato, os mais próximos possíveis da realidade utilizando-se, para tal, o

diagnóstico social do município.

Plano Municipal de Assistência Social - PMAS

PMAS

•“O Plano de Assistência Social é um instrumento de planejamento estratégico que organiza, regula e norteia a execução da Política Nacional de Assistência Social –PNAS/2004 na perspectiva do Sistema Único de Assistência Social - SUAS. Sua elaboração é de responsabilidade do órgão gestor da política, que o submete à aprovação do Conselho de Assistência Social, reafirmando o princípio democrático e participativo”. PNAS / 04:119

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A estrutura do plano comporta, em especial, os objetivos gerais e específicos; as diretrizes e prioridades

deliberadas; as ações e estratégias correspondentes para sua implementação; as metas estabelecidas; os

resultados e impactos esperados; os recursos materiais humanos e financeiros disponíveis e necessários; os

mecanismos e fontes de financiamento; a cobertura da rede prestadora de serviços; os indicadores de

monitoramento e avaliação e o espaço temporal de execução.

A formatação do PMAS precisa contemplar fundamentalmente :

1. Apresentação do documento;

1.1. Aprovação do Plano pelo Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS (número e data da ata e/ou número e data da resolução);

1.2. Processo de elaboração do Plano Municipal de Assistência Social – PMAS detalhando a metodologia que possibilitou a participação do usuário e da Rede intersetorial;

2. Identificação do órgão gestor da Assistência Social

2.1. Nome do Órgão Gestor:

Município:

Endereço:

Bairro: CEP:

DDD: Telefone: Fax:

E-mail:

Responsável:

2.2. Composição da equipe do Órgão Gestor (Informar função e escolaridade dos servidores do órgão gestor).

3. Conselho Municipal de Assistência Social - CMAS

3.1. Identificação

Nome do Presidente:

Representação (governamental / não governamental / usuários):

Número de conselheiros:

Endereço:

Bairro: CEP:

DDD: Telefone: Fax:

E-mail do CMAS:

Secretário(a) Executiva

3.2. Ações desenvolvidas pelo Conselho Municipal de Assistência Social de acordo com suas atribuições 3 (discorrer sobre ações sistemáticas de incumbência do Conselho Municipal de Assistência Social do Município).

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O conhecimento da realidade é a base fundamental à construção do Plano de Assistência Social, que visa

responder efetivamente a necessidade e anseios da população e obter impactos positivos nos grupos

familiares e sociais nos seus territórios de vida. Decorrem da investigação, reflexão e análise da realidade

com fim operativo e programático. Exige o levantamento de um conjunto de informações básicas que

justificarão e direcionarão o Plano e deverão ser constantemente ampliadas e processadas, trazendo novas

variáveis para a correção e ajuste do planejamento e monitoramento da execução. Enquanto fonte de

conhecimento constitui-se em instrumento norteador indispensável para identificar objetivos, estabelecer

prioridades, metas e proceder a escolhas metodológicas. É ainda, um meio de identificação de

potencialidades, ativos e condições básicas para a intervenção prevista. Nesse sentido, a metodologia

aplicada para alcançar o diagnóstico deve contemplar a participação do(a) usuário(a) no seu contexto

territorial favorecendo assim a análise sobre necessidades, demandas e ofertas .

Com a justificativa da “Democracia representativa” pode acontecer dos planos serem elaborados pelo órgão

gestor distante da participação coletiva. Os planos devem ser elaborados com base nas prioridades, diretrizes

e estratégias apontadas no estudo da situação social e deliberadas pela Conferência Municipal de Assistência

Social, oportunidade na qual a discussão é amplamente partilhada pelos segmentos envolvidos. Planejar

participativamente é estruturar as ações com propostas, objetivos e formas de aplicação definidas claramente

com o entendimento e a participação efetiva do grupo que executará, assim como dos usuários dos serviços.

(OLIVEIRA, 1999). A elaboração do plano sem esta condição, pode levar ao seu “engavetamento”, após sua

suposta aprovação pelo Conselho. Tal plano só será lembrado no ano seguinte quando for solicitada

novamente a sua elaboração, o que o torna muito distante de ser um instrumento que favoreça o

protagonismo social.

(...) A prática comunicativa tem, de forma imanente, a possibilidade de que os participantes

entrem num processo argumentativo, apresentem boas razões e examinem criticamente a

verdade dos enunciados, a retidão das ações e normas e a autenticidade das manifestações

expressivas. Se há contestação das mesmas, é possível reiniciar o processo argumentativo

até que o consenso venha a ser obtido. Como tudo que é apresentado é passível de crítica,

esse processo permite que se identifiquem erros e que se aprenda com eles. O consenso só

é possível de ser estabelecido porque ele se apoia no reconhecimento intersubjetivo de

pretensões de validade suscetíveis de crítica. (HERMANN, 1997, p. 127).

Diagnóstico Social (estudos e conhecimento da realidade)

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� Conhecimento da realidade local;

� Informações sobre a população destinatária, demandas expressas, emergentes e potenciais ;

Análise do órgão gestor (finalidade/missão, objetivos, área de abrangência, estrutura organizacional e

administrativa, parcerias...). Dados gerais sobre recursos disponíveis:

materiais, físicos, financeiros, humanos;

� Índices e indicadores sociais como IPEA, IBGE, PNAD, IDH, Censo Escolar/MEC, assim como o acesso

ao GEO-SUAS, ferramenta informacional da REDE SUAS, para obter informações sobre os territórios

do ponto de vista da situação socioeconômica, cobertura das proteções sociais, bem como para a

geração de relatório, gráficos e mapas temáticos;

� Indicadores relevantes como índices de analfabetismo, evasão/reprovação/anos de permanência na

escola , os índices de natalidade / mortalidade / morbidade, por faixa etária, sexo, grupo de causas

mais frequentes, coeficientes de desnutrição, doenças prevalentes, leito por habitante, médico por

habitante.

� Taxa de crescimento populacional;

� Faixa de renda familiar na área urbana e rural;

� Índice de pobreza;

� Total de famílias em situação de pobreza;

� Arrecadação municipal per capita;

� Investimento público na Política de Assistência Social, transferido para o Fundo Municipal de

Assistência Social;

� Proporção da receita total do município aplicada na Política de Assistência Social;

� Identificação de comunidades indígenas, quilombolas, assentamentos rurais e irregulares urbanos;

� Localização em região de fronteira ou portuária;

� Percentual de população por área (urbana e rural) e sexo;

� Município polo de atração populacional ou município com perda populacional pelo fluxo migratório,

etc.

ATENTE PARA

Elementos que estruturam o PMAS

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Identificados problemas e demandas, cabe relacionar o conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios

oferecidos pela assistência social e demais políticas sociais públicas. A malha de serviços deve ser mapeada e

analisada quanto à localização, natureza das atenções oferecidas, cobertura, padrões de qualidade, quadro

profissional disponibilizado e níveis de desempenho. Merece análise, também, a capacidade operativa dos

órgãos gestores destes serviços, recursos aplicados, fontes de arrecadação, relação custo-benefício,

fundamentada o máximo possível em indicadores.

O Plano deve detalhar as modalidades de relação adotadas entre a administração pública e as entidades de

assistência social, se convênio ou outras formas de articulação, como contrato, acordo de cooperação técnica,

etc.

Uma caracterização abrangente das instituições parceiras, sua capacitação institucional e competência técnica

demonstradas publicamente para cumprir os compromissos firmados, o tipo, a natureza e o alcance da

cooperação, as competências a serem assumidos, o padrão de atendimento e a especificação das ações

conveniadas são elementos imprescindíveis a serem contemplados no Plano.

A adequada caracterização da questão social possibilita a formulação de um Plano consistente. A análise da

realidade local, dos problemas e das necessidades sociais são pré-condições para identificar as situações que

devem ser superadas. Os objetivos traduzem os resultados que se pretende atingir com a execução do Plano.

Os objetivos contemplam aspectos gerais e específicos.

Objetivo Geral - defini de forma abrangente o que se pretende alcançar com o Plano.

Objetivos Específicos - expressam o detalhamento do objetivo geral apontando resultados a serem alcançados

em áreas determinadas com relação às demandas sociais territoriais, por eixo da Política de Assistência Social:

Proteção Social Básica, Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade e eixo de Aprimoramento da

Gestão e da Rede Socioassistencial.

O Plano Municipal de Assistência Social deve estar coerente e compatibilizado às diretrizes que orientam a

administração pública, expressas nos planos de governo – Plano Diretor, Plano Plurianual, Plano Estratégico,

Rede de serviços e ofertas

Objetivos

Diretrizes

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Plano Decenal e outros, para que se obtenha expressão nas propostas do executivo e legitimação para sua

execução. O Plano deve considerar ainda as diretrizes e propostas das políticas setoriais que mantenham

interfaces com a Assistência Social, visando à integração e complementação de ações, tendo em vista reforçar

respostas globais do governo local às demandas sociais, otimizando recursos e potencializando o trabalho

social.

As diretrizes que orientam o Plano Municipal partem da análise do diagnóstico territorial elaborado, em

relação às demandas sociais, aos indicadores sociais, econômicos e demográficos; à rede social existente; aos

investimentos públicos e à capacidade de gestão e devem ser desenvolvidas de acordo com os eixos de

Proteção Social e de Aprimoramento de Gestão e da Rede Socioassistencial.

As metas são a quantificação dos objetivos. Ao se prever as metas, há que se considerar o número de famílias

e territórios que já vêm sendo atendidos, bem como a ampliação necessária, levando em conta os recursos

disponíveis – humanos, materiais e financeiros, e aqueles que podem ser mobilizados.

Descrever os serviços (conforme Resolução/CNAS 109/2009 – Tipificação Nacional dos Serviços

Socioassistenciais) programas, projetos e benefícios (permanentes e eventuais) a serem executados

diretamente pelo município ou através da rede prestadora de serviços, por níveis de proteção: Proteção

Social Básica e Proteção Social Especial: Média Complexidade e Alta Complexidade. A proposta de ação

deverá ser definida através do estabelecimento de prioridades hierarquicamente elencadas por ordem de

necessidade, viabilidade e potencial estratégico, expressas através de programas, projetos, serviços e

benefícios (permanentes e eventuais), conforme definidos na NOB/SUAS.

É fundamental superar abordagens pontuais, focadas em indivíduos com particularidades ou faixa etária

específica, que deslocam cidadãos do seu grupo familiar/comunitário/social, isolando-os no processo de

atenção. A hierarquização da proteção social entre a atenção básica e a atenção especial rompe com a noção

da segmentação de cidadãos-usuários como um grupo homogêneo de ‘necessitados’. Opera, ao invés, a partir

das vulnerabilidades, riscos sociais e potencialidades que diferem entre si e, portanto, exigem atendimentos

específicos.

A proteção socioassistencial opera levando em consideração três situações: proteção às vulnerabilidades

próprias do ciclo de vida; proteção às fragilidades da convivência familiar; proteção à dignidade humana às

Metas

Ações

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suas violações. É sempre recomendável que os Planos Municipais de Assistência Social prevejam a localização

dos serviços e programas em micro territórios próximos à vida cotidiana dos indivíduos e grupos, facilitando-

lhes o acesso.

Ao longo dos treze anos de promulgação da LOAS, algumas bandeiras têm sido levantadas em prol do

Financiamento da Assistência Social, buscando-se a vinculação constitucional de um percentual de recursos

para o financiamento desta política nas três esferas de governo. Esse desafio demanda a implantação de

Fundos de Assistência Social condizentes com os marcos legais que regem a PNAS.

Fundo é um conjunto de recursos públicos voltados para atender direitos específicos da população, tipo

educação, saúde, assistência social, dentre outros, conforme o caso. Esses recursos públicos podem ser

financeiros, materiais e humanos. No artigo 30 da Loas-Lei Orgânica de Assistência Social fica determinado

que a União só vai repassar recursos financeiros para a assistência social nos municípios se estes tiverem:

� Um Conselho, em pleno funcionamento;

� Um Fundo Municipal de Assistência Social

� Um Plano de assistência social.

Em cumprimento ao art. 6º da Lei nº 8.742/93, o Fundo Municipal de Assistência Social deve ter sua própria

gestão, seus recursos e seu patrimônio, além uma conta bancária só para ele, diferente da conta corrente da

Secretaria Municipal de Assistência Social e da Prefeitura Municipal. A Prefeitura Municipal também deve

repassar recursos todo mês ao Fundo, a título de cofinanciamento da assistência social, conforme Lei nº

8.742/93, art. 15 e art. 30, parágrafo único. O percentual de repasse deve ser fixado na lei que cria o Fundo ou

na Lei Orçamentária Anual, conforme arts. 71 e 72 da Lei nº 4.320/64. O Fundo Municipal de Assistência Social

terá prestação de contas própria, separada da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Assistência Social. O

gestor e ordenador de despesas do Fundo deve ser o Secretário Municipal de Assistência Social, para dar

maior agilidade na implementação de atividades e projetos e maior visibilidade ao gerenciamento dos

recursos, facilitando assim o controle social.

Conforme a origem, os recursos podem ser aplicados:

1) No financiamento total ou parcial de programas, projetos, benefícios e serviços de assistência social,

desenvolvidos sob a responsabilidade do Fundo, de acordo com o plano de trabalho ou objetivo do

programa;

2) No pagamento pela prestação de serviço a entidades conveniadas para execução de programas e

projetos específicos da assistência social;

Financiamento

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3) Na aquisição de material permanente e de consumo, necessários ao desenvolvimento dos programas;

4) Construção, reforma, ampliação, aquisição e locação de imóveis para prestação de serviços de

assistência social;

5) Treinamento e desenvolvimento de recursos humanos;

6) Pagamento de benefícios eventuais, conforme está no art. 15, inciso I, da LOAS.

7) Outros financiamentos necessários a peculiaridades locais, desde que previstos em Lei Municipal.

“Os fundos, em grande parte, com destinação simbólica de recursos, atuaram mais como

formalidade institucional para obter transferência de recursos federais”. Apesar de avanços

significativos não é prática corrente ainda colocar os recursos da assistência social nos

fundos. (SPOSATI, 2006, p. 108)

A construção do Sistema Único de Assistência Social, nos moldes do Sistema Único de Saúde – SUS, há que se

ter um percentual de recursos financeiros destinado ao fundo proveniente de cada uma das três esferas de

governo, constante em Lei Federal. Caso contrário, de nada adianta elaborar planos, ou formar Conselhos,

sem a garantia de recursos financeiros para operacionalizá-los.

É fundamental a elaboração de planilha (quadro), por ano de execução, com previsão, identificação e

definição em cada modalidade de ação: a população, o tipo de atendimento, prazos, metas, recursos

orçamentários, fontes de financiamento.

O modelo de gestão proposto pelo Sistema Único de Assistência Social - SUAS, do ponto de vista do

cofinanciamento entre os entes federados, deve considerar como referência a família e seus membros nos

territórios de pertencimento e o nível de complexidade do risco social ao qual estão submetidos.

A associação entre aporte financeiro e complexidade de proteção social a ser afiançada significa o

reconhecimento do grau de heterogeneidade das vulnerabilidades e riscos sociais a ser considerado na

elaboração do Plano Municipal de Assistência Social – PMAS. Implica, ainda, assegurar, de forma gradativa,

melhor adequação e racionalidade na redistribuição dos recursos públicos.

O financiamento da assistência social exige o estabelecimento de alianças, negociações e acordos com o

poder legislativo em torno da proposta orçamentária, que possam contemplar a ampliação de metas e a

garantia de recursos para a execução do Plano de Assistência Social.

O gestor municipal deve definir com clareza os recursos disponíveis para a consecução do Plano, explicitando

as fontes de financiamento que subsidiarão as ações, sejam do orçamento próprio, das transferências

estaduais, federais ou de apoios privados. O Plano de Assistência Social é um instrumento valioso de

captação de recursos. É preciso divulgá-lo e utilizá-lo nos processos políticos de negociação para garantir seu

financiamento.

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Outra estratégia para o financiamento das ações de Assistência social é o Índice de Gestão descentralizada

Municipal – IGDM.

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) repassa aos municípios os recursos para a

gestão do Programa Bolsa Família a partir das informações o IGD-M é calculado por meio de quatro fatores:

É a média aritmética das seguintes variáveis: qualidade e integridade das informações constantes no Cadastro

Único para Programas Sociais (taxa de cobertura de cadastros); atualização da base de dados do Cadastro

Único (taxa de atualização de cadastros); informações sobre o cumprimento das condicionalidades da área de

educação (taxa de crianças com informações de frequência escolar); informações sobre o cumprimento

das condicionalidades da área de saúde (taxa de famílias com acompanhamento das condicionalidades de

saúde).

Expressa se o município aderiu ao SUAS, de acordo com a Norma Operacional Básica (NOB/Suas);

Que indica se o gestor do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) registrou no SUASWEB a mencionada

comprovação de gastos ao Conselho Municipal de Assistência Social e informação da aprovação total da

comprovação de gastos dos recursos do IGD-M pelo Conselho Municipal de Assistência Social, que indica se

este colegiado registrou no SUASWEB a aprovação integral das contas apresentadas pelo gestor do Fundo

Municipal de Assistência Social.

Fator de Operação

Fator de adesão ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS)

Fator de informação da apresentação da comprovação de gastosdos recursos do IGD-M

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Só recebem IGD-M os municípios que, nos termos da portaria nº 754/2010:

Os municípios que não atingirem os valores necessários nos quatro fatores terão o repasse interrompido até a

regularização de suas situações, e não receberão os recursos dos meses em que houve a interrupção. O valor

mensal a ser transferido pelo MDS aos municípios é calculado da seguinte forma: Multiplica-se o resultado

do IGD-M alcançado pelo município pelo valor de referência de R$ 2,50 (dois reais e cinquenta centavos) por

família beneficiária incluída na folha de pagamento do PBF do mês anterior ao do mês de referência do

cálculo, até o limite da estimativa de famílias pobres no município, publicada pelo MDS, e, soma-se a esse

resultado o valor resultante da apuração dos seguintes incentivos financeiros:

� 3% (três por cento) do valor apurado no item 1, proporcionais ao acompanhamento das famílias

beneficiárias em situação de descumprimento de condicionalidades, que estejam em processo de

acompanhamento familiar;

� 3% (três por cento) do valor apurado no item 1, quando o município atender, nos prazos fixados

estipulados, a demandas da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania – SENARC referentes à

apuração de eventuais irregularidades na execução local do PBF.

� 2% (dois por cento) do valor apurado no item 1, quando o município tiver 100% (cem por cento) dos

dados referentes à gestão municipal atualizados há menos de um ano, registrados em sistema

disponibilizado pelo MDS; e

� 2% (dois por cento) do valor apurado no item 1, quando o município apresentar ao menos 96%

(noventa e seis por cento) de cartões entregues, na data de apuração do IGD-M.

Atinjam o valor mínimo de 0,55 no cálculo do Fator de Operação tendo, além disso, o valor mínimo de 0,2 em cada

um dos quatro indicadores que o compõem;

Estejam aderidos ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS) (Fator de Adesão = 1);

Estejam em dia com a apresentação da comprovação de gastos (Fator de Apresentação = 1);

Estejam em dia com a aprovação total da comprovação de gastos (Fator de aprovação = 1).

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Fica assegurado aos municípios que atingirem os índices estabelecidos o repasse do valor mínimo de R$ 687,501 (seiscentos e oitenta e sete reais e cinquenta centavos).

Os recursos são repassados mensalmente do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) ao Fundo Municipal

de Assistência Social (FMAS), de forma obrigatória, nos termos do art. 8º da Lei nº 10.836/04, na modalidade

“fundo a fundo”, sendo depositados em conta corrente aberta pelo FNAS no Banco do Brasil especialmente

para fins de execução das atividades vinculadas à gestão do Bolsa Família.

Os recursos do IGD-M devem ser aplicados nas seguintes atividades:

I. Gestão de condicionalidades de saúde e de educação;

II. Gestão de benefícios;

III. Acompanhamento das famílias inscritas no CadÚnico, em especial as beneficiárias do PBF e do

remanescente Programa Cartão Alimentação - PCA;

IV. Cadastramento de novas famílias, de atualização das informações das famílias incluídas no CadÚnico

e de revisão dos dados de famílias beneficiárias do PBF;

V. Implementação de programas complementares ao PBF e ao PCA, considerados como ações voltadas

ao desenvolvimento das famílias beneficiárias, especialmente nas áreas de:

a) alfabetização e educação de jovens e adultos;

b) capacitação profissional;

c) geração de trabalho e renda;

d) acesso ao microcrédito produtivo orientado;

e) desenvolvimento comunitário e territorial;

VI. Demandas de acompanhamento da gestão e fiscalização do PBF e do CadÚnico, formuladas pelo

MDS.

IMPORTANTE DESTACAR: A prestação de contas da transferência de recursos do IGDM deve compor a

prestação de contas anual do (FMAS), ser incluída no SUAS Web para análise do Conselho Municipal de

Assistência Social e estar disponível e acessível no município para averiguações pelo MDS e pelos órgãos de

controle interno e externo.

O Plano Municipal de Assistência Social requer avaliação e reajuste constantes, seja em face de novos

acontecimentos ou situações, seja para a correção dos objetivos e estratégias anteriormente definidos ou

redefinidos, ao longo de sua implementação.

1 Informação junho 2012

Monitoramento e Vigilância Social

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O monitoramento e a avaliação são instrumentos estratégicos para a vigilância social e a execução do Plano,

identificando seus ganhos e dificuldades, além de prover os agentes sociais de informações que levem ao seu

contínuo ajuste e aperfeiçoamento, bem como possibilitar o exercício do controle social pela sociedade. A

Vigilância Social á uma área vinculada à Gestão do SUAS que tem como responsabilidade precípua a

produção, sistematização e análise de informações territorializadas sobre as situações de risco e

vulnerabilidade que incidem sobre famílias e indivíduos, assim como, de informações relativas ao tipo, volume

e padrões de qualidade dos serviços ofertados pela rede socioassistencial. Deve produzir e disseminar

informações e conhecimentos que contribuam para efetivação do caráter preventivo e proativo da política de

assistência social, assim como para a redução dos agravos. Na vigilância social a ação do monitoramento e

avaliação é efetivada em um processo contínuo e dinâmico de acompanhamento da execução programada e,

também, em momentos definidos de verificação (mensal, semanal, anual, ao final de determinada etapa,

etc.), os quais variam de acordo com a natureza da ação e com o objetivo daquele acompanhamento. Deve

ser previsto um sistema de acompanhamento e avaliação para o Plano como um todo, através de indicadores

comuns a todos os programas, como por exemplo, acesso a serviços, protagonismo, autonomização,

participação, engajamento comunitário, etc., e indicadores específicos para cada serviço e ações, adequados

aos objetivos que se quer atingir em cada um, como ganho de habilidades específicas, ampliação de renda e

outros. É importante definir claramente o objeto da avaliação e seus focos de concentração, ou seja, sob que

ângulos, espaços e temporalidade serão avaliados. Cumpre verificar se os produtos e resultados previstos

foram alcançados, se as demandas priorizadas e suas metas foram devidamente atendidas. Faz-se necessário

apreender os fluxos e nexos estabelecidos entre a seleção de estratégias, sua implementação, execução,

resultados produzidos e custos financeiros. Além de mensurar quantitativamente os ganhos e alcance social

das ações, devem-se acompanhar decisões, procedimentos dos agentes sociais, integração intersetorial e da

rede socioassistencial, protagonismo dos parceiros, participação dos beneficiários, adesão ao

serviço/programa, avaliando mudanças de comportamento pessoal, grupal, e cultura, no âmbito institucional

e do território trabalhado.

O plano de ação é consequência do Plano Municipal de Assistência Social e remete a operacionalização dos

processos previstos frente aos objetivos propostos. Independente de exigências de financiadores o Plano de

Ação é peça fundamental para o monitoramento dos processos deflagrados revisando-os conforme as

conclusões em relação aos resultados. Para a execução do plano de ação se faz necessário definição de etapas

complementares e simultâneas que favoreçam a otimização de recursos e combatam ações sobrepostas. O

Plano de Ação

• Planejamento anual para cofinanciamento de recursos e prestação de contas:

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plano de ação possibilita a visualização do processo reconhecendo ameaças, oportunidades, forças e

fragilidades presentes nos contextos em que as ações estão inseridas.

O SUAS apresenta também o Plano de Ação como instrumento eletrônico de planejamento utilizado pela

Secretaria Nacional de Assistência Social – SNAS. Esta estratégia, relacionada diretamente ao cofinanciamento

federal, possibilita ordenar e garantir o lançamento e validação anual das informações necessárias ao início ou

à continuidade da transferência regular automática de recursos. As informações contidas

no Plano de Ação deverão estar coerentes com o Plano de Assistência Social dos respectivos Estados,

Municípios e Distrito Federal. Os repasses federais adicionais para financiar novas ações ou fortalecer as

existentes, instituídos durante o exercício fiscal, passam a fazer parte integrante do Plano de Ação.

O Plano de Ação é acessado pelo Sistema de Autenticação e Autorização – SAA por meio do CPF e Senha. O

SAA redirecionará o acesso ao sistema SUASWEB onde o Plano de Ação pode ser acessado. Após acesso ao

sistema, bastar clicar no menu “Plano de Ação”, e em seguida em “Plano de Ação”.

O acesso ao Plano de Ação só será possível com o CPF e senhas do Titular e/ou do Adjunto seja do Gestor ou

do Conselho, sendo que o Conselho somente emitirá seu parecer após o preenchimento do Plano pelo Gestor.

Portanto no SUAS o Plano de Ação é um importante instrumento eletrônico de planejamento utilizado pela

Secretaria Nacional de Assistência Social para lançamento e validação anual das informações necessárias ao

início ou à continuidade da transferência regular e automática de recursos do cofinanciamento federal.

A prestação de contas é etapa obrigatória em todos os processos de financiamento estabelecidos pelo

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) – sejam os de transferência automática fundo

a fundo ou os viabilizados por convênios e contratos de repasse. As informações sobre a efetivação das

prestações de contas relativas às transferências fundo a fundo ficam disponíveis no SUAS Web, sistema

integrante da Rede Suas, cujo acesso é restrito aos gestores do Distrito Federal, estaduais e

municipais de assistência social, aos conselhos de Assistência Social, ao MDS e aos órgãos de controle interno

e externo.

O Demonstrativo Sintético Anual de Execução Físico-Financeira do Sistema Único de Assistência Social ,

disponível no SuasWeb, é o instrumento de prestação de contas do cofinanciamento federal dos serviços

continuados. Tal instrumento é elaborado pelos gestores da assistência social nas três instâncias de governo e

submetido à avaliação dos seus respectivos conselhos – bimestralmente (de forma sintética) e anualmente

(de forma analítica) –, que verificam o cumprimento das metas financeiras dos planos de ação.

O prazo para finalização do Demonstrativo Sintético é divulgado no Portal do MDS. Durante seu

preenchimento e aprovação, os repasses não são suspensos. No caso da não prestação de contas no prazo

solicitado, o Distrito Federal e os estados e municípios devem apresentar as justificativas, juntamente com as

prestações de contas, em no máximo 10 dias a partir do encerramento do preenchimento do documento.

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A cada exercício financeiro, o MDS realiza análise do Demonstrativo ou da documentação recebida, podendo

ainda requisitar o encaminhamento de documentos e outros elementos que julgar necessários. As

fiscalizações in loco são determinadas após a verificação da necessidade.

Os órgãos e entidades que recebem recursos federais na forma de convênios ou contratos de repasse

prestam contas no prazo máximo de 30 dias após o término da vigência do instrumento firmado ou do último

pagamento efetuado. Nesses casos, a regularidade da aplicação dos recursos transferidos é avaliada pelo

MDS, que emite pareceres técnicos e financeiros.

A prestação de contas de convênios e contratos de repasse é composta de Relatório de Cumprimento do

Objeto; declaração de realização dos objetivos a que se propunha o instrumento; relação de bens adquiridos,

produzidos ou construídos, quando for o caso; relação de treinados ou capacitados, quando for o caso;

relação dos serviços prestados, quando for o caso; comprovante de recolhimento do saldo de recursos,

quando houver; entre outros.

Caso a prestação de contas não seja encaminhada no prazo estabelecido, fica definido um novo prazo para

sua apresentação (de no máximo 30 dias) ou é realizada a solicitação da devolução dos recursos – atualizados

e acrescidos de juros de mora, na forma da lei. Quando os convênios e contratos de repasse são concluídos,

rescindidos ou extintos, os saldos financeiros remanescentes são devolvidos ao MDS.

O Relatório de Gestão é um instrumento de verificação da execução da Política de Assistência Social, das

ações previstas no Plano de Assistência Social, sua efetividade, orçamento, financiamento, investimento em

recursos humanos, entre outros.

O Relatório de Gestão permite também a sistematização de processos contínuos possibilitando análises

comparativas de diferentes conjunturas. O Relatório revisita o Plano Municipal de Assistência Social sendo

uma conferência dos resultados, redirecionamentos e possíveis impactos na perspectiva da efetividade das

ações.

A organização das informações para compor o Relatório de Gestão anual deve considerar o material

produzido pela Vigilância Social durante o período. A Vigilância Social, enquanto área específica vinculada à

gestão, deve estar estruturada e ativa em nível municipal, estadual e federal, tendo como principais

atividades inerentes às suas

Relatório de Gestão

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competências e responsabilidades: organizar, normatizar e gerir, no âmbito da Política de Assistência Social, o

sistema de notificações para eventos de violação de direitos, estabelecendo instrumentos e fluxos necessários

à sua implementação e funcionamento; orientar quanto aos procedimentos de registro das informações

referentes aos atendimentos realizados pelas unidades da rede socioassistencial, zelando pela padronização e

qualidade dos mesmos, uma vez que tais informações são de fundamental relevância para a caracterização da

oferta de serviços e para a notificação dos eventos de violação de direitos; acompanhar a alimentação dos

sistemas de informação que provêm dados sobre a rede socioassistencial e sobre os atendimentos por ela

realizados, mantendo permanente diálogo com as áreas de Proteção Social Básica e de Proteção Social

Especial, que são diretamente responsáveis pela alimentação dos sistemas do seu âmbito de atuação. São

esses alguns dos elementos que devem compor o Relatório de Gestão tornando-o analítico e propositivo.

O Relatório de Gestão deve ser aprovado pelo CMAS e apresentado a equipe que implementa a PNAS no

município, a Rede socioassistencial (intersetorial), ao Ministério Público e , de forma didática de fácil

compreensão, aos(as) usuários(as) de Assistência Social.

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i i Texto organizado por Lídia de Oliveira Lira a partir de pesquisa bibliográfica