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i MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS UAECIA ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ - EAJ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS TESTE DE CLASSIFICAÇÃO DE PLÂNTULAS NORMAIS FORTES PARA AS ESPÉCIES Enterolobium contortisiliquum, Pityrocarpa moniliformis e Poincianella pyramidalis SARAH PATRÍCIA LIMA NUNES Macaíba/RN Fevereiro de 2018

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i

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO

UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS – UAECIA

ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ - EAJ

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS

TESTE DE CLASSIFICAÇÃO DE PLÂNTULAS NORMAIS FORTES PARA AS

ESPÉCIES Enterolobium contortisiliquum, Pityrocarpa moniliformis e Poincianella

pyramidalis

SARAH PATRÍCIA LIMA NUNES

Macaíba/RN

Fevereiro de 2018

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SARAH PATRÍCIA LIMA NUNES

TESTE DE CLASSIFICAÇÃO DE PLÂNTULAS NORMAIS FORTES PARA AS

ESPÉCIES Enterolobium contortisiliquum, Pityrocarpa moniliformis e Poincianella

pyramidalis

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Ciências Florestais da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte, como parte das

exigências para obtenção do título de Mestre em

Ciências Florestais (Área de Concentração em Ciências

Florestais - Linha de Pesquisa: Sementes, Propagação e

Fisiologia de Espécies Florestais).

Orientador:

Prof. Dr. Mauro Vasconcelos Pacheco

Coorientadora:

Drª Cibele dos Santos Ferrari

Macaíba/ RN

Fevereiro de 2018

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Nunes, Sarah Patrícia Lima. Teste de classificação de Plântulas normais fortes para asespécies Enterolobium contortisiliquum, Pityrocarpa moniliformise Poincianella pyramidalis / Sarah Patrícia Lima Nunes. - 2018. 62f.: il.

Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Rio Grande doNorte. Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias.Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais, Macaíba, 2018. Orientador:Prof. Dr. Mauro Vasconcelos Pacheco. Coorientador: Profa. Cibele dos Santos Ferrari.

1. Teste de vigor - Dissertação. 2. Qualidade fisiológica -Dissertação. 3. Sementes florestais - Dissertação. 4. Florestassecas - Dissertação. I. Pacheco, Mauro Vasconcelos. II. Ferrari,Cibele dos Santos. III. Título.

RN/UF/BSPRH CDU 631.53.02

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRNSistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Rodolfo Helinski - Escola Agrícola de Jundiaí -EAJ

Elaborado por Valéria Maria Lima da Silva - CRB-15/451

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Dedico este trabalho a Deus, aos meus pais, pelo

incentivo e apoio em todos os momentos, aos

meus irmãos e aos meus avós paternos (in

memorian).

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AGRADECIMENTOS

Modestamente agradeço às instituições e às pessoas que me ajudaram na elaboração e

execução deste trabalho, que me deram forças nesse período difícil e confiaram mesmo que

por um instante, em minha capacidade.

Agradeço especialmente:

À Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), pelas oportunidades.

À Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias (UAECIA) e ao Programa

de Pós-Graduação em Ciências Florestais (PPGCFL), pela excelência na realização do

programa.

À CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), pela

bolsa de estudos concedida.

À Floresta Nacional de Nísia Floresta (FLONA), pelo apoio e por fornecer alguns

lotes de sementes utilizados nessa pesquisa.

Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais, pelo

aprendizado e ensinamentos transmitidos. Em especial ao meu comitê de orientação, professor

Dr. Mauro Vasconcelos Pacheco e a Drª Cibele dos Santos Ferrari, que me orientaram e

proporcionaram essa oportunidade, compartilhando seus conhecimentos com paciência e

disponibilidade.

Aos membros da banca examinadora, Katiane da Rosa Gomes da Silva e Márcio Dias

Pereira, pelas sugestões.

À equipe do Laboratório de Sementes Florestais (LSF): Ana Luiza, Francival,

Guilherme, Josenilda, Maria Luiza e Wendy.

Aos meus pais, Paulo Nunes e Elizete Lima, por todo apoio, amor e por acreditarem

no meu sonho.

Aos meus colegas de turma, em especial a Katarine Diesel, por sua amizade, apoio e

ajuda nesse período.

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SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS ............................................................................................................... ii

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................ v

LISTA DE TABELAS ............................................................................................................. vii

LISTAS DE ABREVIATURAS ............................................................................................. viii

RESUMO ................................................................................................................................... 9

ABSTRACT ............................................................................................................................. 10

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 11

1.1. Caatinga: bioma onde as espécies estudadas estão inseridas ..................................... 12

1.2. Espécies estudadas ..................................................................................................... 13

1.2.1. Enterolobium contortisiliquum .............................................................................. 13

1.2.2. Pityrocarpa moniliformis ....................................................................................... 13

1.2.3. Poincianella pyramidalis ....................................................................................... 14

1.3. Importância da semente ............................................................................................. 14

1.4. Morfologia de plântulas e a análise de sementes ....................................................... 15

1.4.1 Classificação do vigor de plântulas fortes .............................................................. 17

2. OBJETIVOS ......................................................................................................................... 20

2.1. Objetivo geral .................................................................................................................... 20

2.2. Objetivos específicos ......................................................................................................... 20

3. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................. 21

3.1. Descrição morfológica ....................................................................................................... 21

3.1.1 Enterolobium contortisiliquum e Pityrocarpa moniliformis ........................................... 21

3.1.2 Poincianella pyramidalis ................................................................................................. 22

3.2. Caracterização fisiológica dos lotes .................................................................................. 22

3.3. Adequação do teste de plântulas normais fortes ................................................................ 24

3.4. Delineamento estatístico .................................................................................................... 24

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 24

4.1. Descrição morfológica ....................................................................................................... 24

4.1.1. Descrição morfológica de plântulas de Enterolobium contortisiliquum ........................ 24

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4.1.2. Descrição morfológica de plântulas de Pityrocarpa moniliformis ................................. 29

4.1.3 Descrição morfológica de Poincianella pyramidalis ...................................................... 34

4.2. Caracterização fisiológica dos lotes de sementes de Enterolobium contortisiliquum,

Pityrocarpa moniliformis e Poincianella pyramidalis. ........................................................ 38

4.3. Correlação entre a classificação de vigor de plântulas e os testes de vigor para as

espécies: Enterolobium contortisiliquum, Pityrocarpa moniliformis e Poincianella

pyramidalis. ............................................................................................................................ 42

6. CONCLUSÕES .................................................................................................................... 44

7. LITERATURA CITADA ..................................................................................................... 46

8. ANEXO I .............................................................................................................................. 55

9. ANEXO II ............................................................................................................................ 57

10. ANEXO II .......................................................................................................................... 59

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v

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Desenvolvimento radicular de espécie Enterolobium contortisiliquum, ilustrando a

presença de coifa. ................................................................................................................... 255

Figura 2: Plântula normal forte de Enterolobium contortisiliquum, em que: R: raiz primária;

C: cotilédones; H: hipocótilo; EP: epicótilo e EO: eófilo. ..................................................... 266

Figura 3: Plântulas normais fracas de Enterolobium contortisiliquum, em que: R: raiz

primária; C: cotilédones; H: hipocótilo; EO – eófilo: T: Tegumento preso aos cotilédones; A:

Raízes pouco desenvolvidas e B: Tortuosidade do hipocótilo. .............................................. 277

Figura 4: Plântulas anormais de Enterolobium contortisiliquum com raízes atrofiadas e não

desenvolvidas, que apresentam: A: raízes atrofiadas; B: Cotilédones danificados, C:

Coloração amarelada dos cotilédones..................................................................................... 288

Figura 5: Plântulas anormais (albinas) de Enterolobium contortisiliquum: R: raiz primária; C:

cotilédones; H: hipocótilo; e EO – eófilo. ................................................................................ 28

Figura 6: Plântula normal forte de Pityrocarpa moniliformis, em que: R: raiz primária; C:

cotilédone; H: hipocótilo; EP: epicótilo e EO – eófilo. ............................................................ 30

Figura 7: Cotilédone (A), hipocótilo (B), e epicótilos (C e D) das plântulas de P.

moniliformis, em que: R: raiz primária; C: cotilédones; H: hipocótilo; EP: epicótilo e EO:

eófilo. ........................................................................................................................................ 30

Figura 8: Eófilo de plântulas de Pityrocarpa moniliformis. ................................................... 31

Figura 9: Plântulas normais fracas de Pityrocarpa moniliformis, em que: T: tegumento; R:

raiz primária; C: cotilédones; H: hipocótilo; EP: epicótilo; EO – eófilo; A: Raízes atrofiadas;

B:Tegumento preso aos cotilédones e eófilos. ......................................................................... 32

Figura 10: Plântulas normais fracas, pouco desenvolvidas e com três cotilédones de

Pityrocarpa moniliformis, em que: R: raiz primária; C: cotilédones; H: hipocótilo; EP:

epicótilo e EO: eófilo. ............................................................................................................... 33

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Figura 11: Plântulas anormais (albinas e com raízes atrofiadas) de Pityrocarpa moniliformis,

em que: R: raízes atrofiadas; C: cotilédones; H: hipocótilo; EO: eófilo e A: plântula albina. . 33

Figura 12: Plântula anormal de Pityrocarpa moniliformis, com raiz atrofiada e sem

desenvolvimento de eófilos, em que: R: raiz primária; C: cotilédones; H: hipocótilo. ............ 34

Figura 13: Plântula normal forte de Poincianella pyramidalis, em que: R: raiz primária; C:

cotilédones; H: hipocótilo; EP: epicótilo; EO: eófilo e L: lenticelas no hipocótilo da plântula.

.................................................................................................................................................. 35

Figura 14: Plântulas normais fracas de Poincianella pyramidalis com três cotilédones e

epicótilo e hipocótilos tortuoso, em que: R: raiz primária; C: cotilédone; C2: Três cotilédones

H: hipocótilo; EP: epicótilo e EO: eófilo.................................................................................. 36

Figura 15: Plântula normal fraca de Poincianella pyramidalis, com pouco desenvolvimento

radicular, em que: R: raiz primária; C: cotilédones; H: hipocótilo; EP: epicótilo e EO: eófilo.

.................................................................................................................................................. 36

Figura 16: Plântulas anormais de Poincianella pyramidalis. A: Raízes atrofiadas e pouco

desenvolvidas, B: Eófilos não desenvolvidos; C: coloração amarelada. .................................. 37

Figura 17: Plântula anormal de Poincianella pyramidalis, evidenciando o albinismo, em que

T: tegumento; R: raiz primária e H: hipocótilo. ....................................................................... 37

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Estatística descritiva para critérios morfométricos das plântulas de Enterolobium

contortisiliquum ........................................................................................................................ 25

Tabela 2: Estatística descritiva para parâmetros morfométricos das plântulas de P.

moniliformis .............................................................................................................................. 29

Tabela 3: Teor de água (T. A.), germinação (G), emergência (E), porcentagem de plântulas

normais fortes (PNF), índice de velocidade de germinação (IVG), índice de velocidade de

emergência (IVE), massa seca de plântula (MSP) comprimento (CP) de sementes de

Enterolobium contortisiliquum. ................................................................................................ 39

Tabela 4: Teor de água (T. A.), germinação (G), emergência (E), porcentagem de plântulas

normais fortes (PNF), índice de velocidade de germinação (IVG), índice de velocidade de

emergência (IVE), massa seca de plântula (MSP) comprimento (CP) de sementes de

Pityrocarpa moniliformis. ........................................................................................................ 40

Tabela 5: Teor de água (T. A.), germinação (G), emergência (E), porcentagem de plântulas

normais fortes (PNF), índice de velocidade de germinação (IVG), índice de velocidade de

emergência (IVE), massa seca de plântula (MSP) comprimento (CP) de sementes de

Poincianella pyramidalis. ......................................................................................................... 41

Tabela 6: Correlação entre a porcentagem de plântulas normais fortes de E. contortisiliquum

e as variáveis fisiológicas. ........................................................................................................ 42

Tabela 7: Correlação entre a porcentagem de plântulas normais fortes de P. moniliformis e as

variáveis fisiológicas. ............................................................................................................... 43

Tabela 8: Correlação entre a porcentagem de plântulas normais fortes de P. pyramidalis e as

variáveis fisiológicas. ............................................................................................................... 43

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LISTAS DE ABREVIATURAS

CAPES: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior;

CER: cripto-epígeo-armazenador;

CHR: cripto-hipógeo-armazenador;

CNPq: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico;

CP: Comprimento de plântula;

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística;

INSA: Instituto Nacional do Semiárido;

IVE: Índice de velocidade de emergência;

IVG: Índice de velocidade de germinação;

LSF: Laboratório de Sementes Florestais;

MSP: Massa seca de plântulas;

PEF: fânero-epígeo-foliáceo;

PER: fânero-epígeo-armazenador;

PHR: fânero-hipógeo-armazenador;

PNF: Plântula Normal Forte;

RAS: Regras para análise de sementes;

Flona: Floresta Nacional de Nísia Floresta

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RESUMO

Os testes de vigor de sementes que complementam as informações obtidas pelo teste de

germinação são classificados como físicos, fisiológicos, bioquímicos e de resistência ao

estresse. Inserido nos testes fisiológicos, o teste de classificação de vigor de plântulas para a

avaliação de lotes de sementes tem sido pouco utilizado, principalmente com espécies

florestais nativas. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi adequar a metodologia do teste

de plântulas normais fortes para três espécies florestais nativas da Caatinga (Enterolobium

contortisiliquum, Pityrocarpa moniliformis e Poincianella pyramidalis). O estudo foi dividido

em três etapas: caracterização morfológica das plântulas, realizada a partir de teste de

germinação; caracterização fisiológica dos lotes de sementes, através dos testes de vigor e a

classificação de vigor de plântulas, correlacionando-se os resultados obtidos nos testes

fisiológicos com a porcentagem de plântulas normais “fortes” obtidas em cada lote de

sementes. Os resultados demonstraram que houve diferenciação na qualidade fisiológica das

sementes dos lotes de E. contortisiliquum, P. moniliformis e P. pyramidalis. Os parâmetros

específicos adotados na caracterização morfológica de plântulas normais fortes são eficientes

na classificação do vigor de sementes para as espécies em estudo.

Palavras-chave: teste de vigor, qualidade fisiológica, sementes florestais, florestas

secas

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Test of classification of seedlings normal strong for species Enterolobium

contortisiliquum, Pityrocarpa moniliformis and Poincianella pyramidalis

ABSTRACT

The seeds vigor tests that complement the information obtained by the germination test are

used to evaluate the vigor in seeds, are classified as physical, physiological, biochemical and

resistance to stress. Inserted in the physiological tests, the seedling vigor classification test for

the evaluation of seed lots has been little used, mainly with native forest species. Thus, the

objective of this work was to adapt the methodology of the test of strong normal seedlings for

three forest species native to Caatinga (Enterolobium contortisiliquum, Pityrocarpa

moniliformis and Poincianella pyramidalis). The study was divided in three stages:

morphological characterization of the seedlings, carried out from germination test;

physiological characterization of the seed lots by the vigor test and seedling vigor

classification, correlating the results obtained in the physiological tests with the percentage of

normal "strong" seedlings obtained in each seed lot. The results showed that there was a

difference in the physiological quality of the seeds of the lots of E. contortisiliquum, P.

moniliformis and P. pyramidalis. The specific parameters adopted in the morphological

characterization of strong normal seedlings are efficient in the classification of seed vigor for

the species under study.

Key words: vigor test, physiological quality, forest seeds, dry forests

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1. INTRODUÇÃO

A tecnologia de sementes vem procurando aperfeiçoar os testes usados para aferir o

potencial fisiológico das mesmas, objetivando resultados que mostrem o desempenho e

potencial de lotes de sementes sob condições adversas de campo (DUTRA e VIEIRA, 2004).

A utilização de sementes de boa qualidade é um elemento essencial para o

desempenho satisfatório de um plantio. A qualidade fisiológica de sementes é estimada pelo

teste de germinação, conduzido sob condições ótimas para a germinação das sementes, o qual

fornece o potencial máximo de germinação (BRASIL, 2009). Contudo, em razão da menor

sensibilidade para a diferenciação da qualidade fisiológica de lotes de sementes e a diferença

dos resultados entre esse teste e a emergência das plântulas em campo, são necessários

também os resultados obtidos com os testes de vigor (AMARO et al, 2015).

O vigor é tido como soma das propriedades que determinam o nível de atividade e

desempenho de um lote de sementes durante a germinação e emergência da plântula

(AMARO et al, 2015). O vigor infere sobre o conjunto de características que determinam o

potencial para a emergência rápida e uniforme de plântulas expostas as mais variadas

situações do ambiente (MARCOS FILHO, 2005). Sendo assim, os testes de vigor têm como

objetivo obter informações complementares para o teste de germinação, possibilitando a

aquisição de dados consistentes em pesquisas e para comercialização (OHLSON et al., 2010).

Portanto, o emprego de testes que viabilizam a classificação dos lotes em diferentes

níveis de vigor representa um subsídio importante para tomada de decisões para a escolha de

sementes utilizadas em reflorestamentos, recuperação de áreas que passaram por algum tipo

de supressão florestal, ou até mesmo para empresas que comercializam sementes,

direcionando-os para locais em que poderiam apresentar maior potencial de desempenho.

Nesse contexto, o teste de vigor de plântulas fortes para a classificação de lotes de

sementes pode ser utilizado para complementar informações sobre a qualidade fisiológica de

sementes florestais, tendo em vista carência de informações nesse ramo, principalmente se

tratando de espécies florestais nativas.

As vantagens deste teste se baseiam no baixo custo para a execução, no fato de não

necessitar de equipamentos especiais e de ser relativamente rápido, porém, demanda

treinamento específico sobre a técnica, tendo em vista que é um teste subjetivo e requer

atenção do avaliador. Para minimizar a subjetividade do teste é possível implementar

parâmetros morfométricos obtidos a partir de características morfológicas específicas das

plântulas.

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12

Existem várias espécies florestais com potencial ecológico e madeireiro no Bioma

Caatinga, dentre essas as espécies Enterolobium contortisiliquum, Pityrocarpa moniliformis e

Poincianella pyramidalis se destacam pela vasta utilização pela população local, porém, não

existem estudos que façam relação da utilização do teste de classificação de plântulas normais

fortes para essas espécies utilizando critérios específicos da morfologia de suas plântulas.

1.1. Caatinga: bioma onde as espécies estudadas estão inseridas

A Caatinga, que na linguagem indígena corresponde à expressão “mata branca”, é um

dos maiores biomas brasileiros, abrange grande parte do território da região Nordeste do país,

e nela ocorrem as florestas secas, cuja vegetação típica de regiões semiáridas perde a

folhagem durante a estação seca e rebrota na estação chuvosa. De acordo com o Instituto

Nacional do Semiárido (INSA) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o

semiárido tem uma área que equivale a 980.133 km² (FURTADO, 2014). Abrange os Estados

de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e

Sergipe (MAIA, 2004).

O bioma expõe ampla diversidade fitofisionômica, em função dos diferentes modelos

de solo e má distribuição na precipitação no bioma, caracterizando-se como vegetação de

floresta arbórea arbustiva (adaptada ao clima semiárido), com ocorrência de cactos e

bromélias e ainda extrato herbáceo abundante durante a estação chuvosa (MMA, 2008).

O clima da região é classificado como semiárido quente, com a pluviosidade média

que varia de 250 e 800 mm anuais, porém, existem registros da precipitação anual ter

alcançado 1000 mm. Há duas estações distintas anualmente na região: uma chuvosa (inverno)

e outra seca (verão), sendo que tanto as plantas quanto os animais que vivem neste ambiente

apresentam características que permitem a sua sobrevivência (MAIA, 2004).

O tipo de vegetação do semiárido do Nordeste brasileiro também apresenta

singularidades; a vegetação predominante basicamente é composta por espécies caducifólias,

onde a restrição do período chuvoso concentrado em meses específicos (de três a cinco meses

durante o ano) são fatores limitantes nesse ambiente, os quais afetam os eventos fenológicos

das espécies. As altas temperaturas e luminosidade intensa também influenciam no estresse

vegetal.

Diante destas variações climáticas do bioma, torna-se difícil identificar espécies

vegetais ainda em seus estágios juvenis, uma vez que os aspectos morfológicos dos primeiros

estágios do crescimento de plantas têm sido pouco estudados em diversas famílias (FEITOZA

et al., 2014).

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1.2. Espécies estudadas

1.2.1. Enterolobium contortisiliquum

A espécie Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong, pertencente à família

Fabaceae; possui ampla distribuição no Brasil, sendo também encontrada em outros países da

América do Sul; é identificada popularmente como tamboril, timbaúba, orelha-de-macaco e

orelha-de-negro (LORENZI, 2008). Ainda segundo este autor, sua madeira pode ser utilizada

para fabricar barcos ou canoas de tronco inteiro, brinquedos, compensados e armações de

móveis.

É uma espécie indicada para o reflorestamento de áreas degradadas, de preservação

permanente e em plantios mistos, por conta do rápido crescimento inicial, podendo chegar a

mais de 4 m em dois anos (ARAÚJO e PAIVA, 2011). Seus frutos possuem saponina,

substância importante para a produção de cosméticos e produtos naturais (LORENZI e

MATOS, 2008; MEDEIROS, et al, 2016).

É uma planta heliófita, decídua, com distribuição espacial dispersa, quase sempre

sendo encontrada em áreas úmidas ou capoeiras com estágios mais adiantados da sucessão

secundária (ARAÚJO e PAIVA, 2011).

Existem estudos realizados por Barretto e Ferreira, (2011) referentes aos aspectos

morfológicos dessa espécie, porém, ainda há carência em elucidar pontos importantes durante

a germinação e o desenvolvimento pós-seminal.

1.2.2. Pityrocarpa moniliformis

A Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & R. W. Jobson., também pertence a

família Fabaceae, com ocorrência na Caatinga, Mata Atlântica e em áreas de transições entre

esses dois biomas. Sua altura varia entre quatro e nove metros; possui utilidades para a

produção de mel, recuperação de áreas degradadas, produção de energia (lenha e carvão),

alimentação animal e construção civil (LIMA, 2012).

A P. moniliformis se destaca entre as árvores nativas da Caatinga pelo seu potencial

ecológico sendo conhecida popularmente por catanduva, catanduba, rama-de-bezerro e

angico-de-bezerro. Possui característica pioneira, rústica, crescimento rápido, portanto, sendo

indicada para plantios em reflorestamento (PEREIRA et al., 2016). A espécie não apresenta

espinhos, possui copa arredonda e fuste tortuoso, com casca levemente rugosa, fina e de

coloração esbranquiçada. As folhas são compostas, bipinadas, pinas de 1-4 pares, cada pina

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com variação de seis a doze pares de folíolos em formato oval e tamanho variando de 0,5 a 2

cm de comprimento (MAIA, 2004).

Anualmente, P. moniliformis produz quantidade significativa de sementes (MAIA,

2004). Os frutos de P. moniliformis têm a forma de vagem plana, são deiscentes, podendo

atingir até 13 cm de comprimento, com coloração marrom, textura coriácea, forma curvada e

contraída; as sementes são de coloração branca e com formato oval (CORREIA et al., 2017).

Apesar da importância ecológica da P. moniliformis, não é descrito na literatura de

forma detalhada o desenvolvimento durante o processo germinativo e pós-seminal, havendo a

necessidade do conhecimento das estruturas essenciais, com a finalidade de subsidiar

pesquisas tanto no ambiente laboratorial como em campo.

1.2.3. Poincianella pyramidalis

A Poincianella pyramidalis (Tul.) L.P. Queiroz, é bastante representativa do bioma

Caatinga, sendo conhecida popularmente como catingueira ou caatinga-de-porco e rato

(GIULITTI et al., 2004). Pertence à família Fabaceae, cuja distribuição abrange toda a região

Nordeste e uma porção da região Norte do país; pode ser utilizada para fins de

reflorestamento, forragem, medicinais, madeireiro (confecção de postes, construções próximo

a áreas úmidas, lenha e carvão) e energético (LIMA, 2012). A espécie também apresenta

possível potencial no uso veterinário, em reflorestamento, em agroflorestas e forragem para

alimentação de animais (MAIA, 2004; SOUZA et al., 2016).

A espécie possui hábito arbóreo, porte médio, com altura estimada entre quatro a seis

metros, ausência de espinhos, copa ramificada e irregular; sua casca quando adulta é cinza

claro, podendo variar para marrom com manchas esbranquiçadas (MAIA, 2004; SOUZA et

al., 2016). Além disso, é considerada uma espécie rústica por adapta-se aos solos e climas de

regiões mais secas, sendo considerada tolerante ao déficit hídrico.

Existem pesquisas realizadas por Silva e Matos (1998) e Mendonça, et al (2016) que

caracterizam a morfologia da P. pyramidalis na fase de plântula, porém tais estudos não

utilizam a morfologia de plântulas como parâmetro para a classificação em níveis de vigor em

lotes de sementes desta espécie.

1.3. Utilização de sementes florestais

Embora o interesse humano pelas sementes seja associado ao ponto de vista

alimentício, a verdadeira funcionalidade biológica da semente é germinar e estabelecer um

novo indivíduo (FERREIRA & BORGHETTI, 2004). Para Marcos Filho (2005), a semente

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15

tem dupla função, uma vez que é a fonte usada para a multiplicação de plantas e a estrutura

colhida para a comercialização (grão para o consumo), além de ter papel importante como

matéria-prima na produção de óleos, roupas, bebidas, substâncias medicinais, madeira, papel,

bioplásticos, sabões, detergentes e combustíveis.

Aproximadamente 80% das culturas economicamente significativas são implantadas

utilizando sementes, desse modo, a emergência rápida, o desenvolvimento uniforme gerando

bom rendimento e a qualidade do produto são fatores importantes para escolher lotes de

sementes com qualidade superior (MARCOS FILHO, 2015).

Quando se trata de espécies florestais, em muitos países são indicadas técnicas de

reflorestamento a partir de sementes, porém, nesta atividade florestal um dos grandes entraves

é a escassez de sementes de boa procedência, sendo um fator limitante para as atividades de

reflorestamento e restauração de áreas que passaram por algum processo de supressão vegetal

(DEDEFO et al., 2017).

Desta forma, as sementes de espécies florestais simbolizam relevante importância para

a produção de mudas, programas de recomposição florestal, recuperação de áreas degradadas,

arborização urbana, reflorestamento, preservação de espécies nativas, entre outras atividades

(VIEIRA et al., 2001). A principal forma de regeneração natural das espécies tropicais é

realizada através da chuva de sementes, do banco de sementes do solo, do banco de plântulas

e da formação de bosque (GARWOOD, 1989; CALDATO et al., 1996).

1.4. Morfologia de plântulas e a análise de sementes

O aspecto morfológico de plantas tem sido pouco estudado em diversas famílias,

sobretudo, quando relacionado com a estrutura dos órgãos vegetativos de indivíduos adultos

(FEITOZA et al., 2014). Da caracterização de sementes até o completo desenvolvimento de

uma planta jovem, há informações que podem facilitar a identificação mais apropriada para

espécies, principalmente àquelas pertencentes aos ecossistemas florestais (GURGEL et al.,

2012).

A caracterização morfológica de plântulas pode indicar fatores reguladores da

dinâmica ecológica, além de auxiliar em estudos silviculturais e ecológicos, especialmente em

regiões tropicais onde ocorre heterogeneidade na composição florística, além de que estes

parâmetros ainda podem atuar como índices para determinar o estágio sucessional no qual se

encontra a vegetação (MONTORO, 2008).

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16

A plântula é um organismo vegetal desenvolvido a partir de semente, que basicamente

apresenta as seguintes estruturas: radícula; hipocótilo, cotilédone(s) e gema plumonar, que

darão origem à raiz, caule e folhas (FERREIRA e BORGHETTI, 2004).

O teste de germinação determina principalmente a viabilidade de sementes, no

entanto, é conduzido sob condições ótimas e favoráveis para a espécie, sendo útil para avaliar

sobre a capacidade germinativa, porém, não garante informações sobre o vigor, por não

detectar o estágios de deterioração das sementes (BEWLEY e BLACK, 1994; GUEDES et al.,

2009).

São consideradas plântulas normais àquelas que apresentam potencial para prosseguir

seu desenvolvimento, dando origem a plantas normais, quando manejadas em condições

favoráveis (BRASIL, 2013). Ainda segundo este autor, as plântulas normais são separadas em

três categorias de acordo com as regras para análise de sementes: a) plântulas intactas - com

todas as suas estruturas essenciais desenvolvidas, completas, proporcionais e saudáveis; b)

plântulas com pequenos defeitos - exibem poucas deformidades em suas estruturas, o

crescimento é satisfatório e equilibrado; e c) plântulas com infecção secundária - são aquelas

que estão deterioradas devido à presença de patógenos, mas que mesmo assim são

classificadas como normais se for evidente que a semente não é a fonte da infecção e que seja

possível visualizar as estruturas essenciais de uma plântula.

As plântulas que não possuem potencial para manter seu desenvolvimento e dar

origem a um indivíduo adulto normal, mesmo crescendo em um ambiente favorável, são

classificadas como plântulas anormais e são separadas em quatro categorias: a) plântulas

danificadas - apresentam alguma de suas estruturas essenciais ausentes ou muito danificadas e

que não possibilitam o desenvolvimento proporcional; b) plântulas deformadas - plântulas

com fraco desenvolvimento, com distúrbios fisiológicos, com estruturas deformadas ou

desproporcionais; c) plântulas deterioradas - uma das suas estruturas essenciais está infectada

ou muito deteriorada, que seja resultado de uma infecção primária (da própria semente) e que

comprometa o seu desenvolvimento natural; e d) plântulas albinas - sem a capacidade de

produzir clorofila (BRASIL, 2013).

As plântulas são estudadas principalmente sobre as perspectivas ecológicas e

morfológicas, as quais representam uma fase crítica no ciclo de vida das plantas. Fatores

abióticos e bióticos variados podem influenciar o seu crescimento e desenvolvimento,

interferindo na variação morfológica das plântulas (GARWOOD, 1996; LECK et al., 2008;

BARBOSA 2015). Os estudos nessa fase de plântula podem elucidar ou documentar

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alterações de características morfológicas desde estádios iniciais até adultos (COMPTON,

1912; TOMLINSON, 1960; FOGLIANI et al., 2009; BARBOSA, 2015).

Em ambientes semiáridos, a sobrevivência das plantas depende da combinação de

características morfológicas, anatômicas e fisiológicas que se refletem na capacidade de

absorver água, reduzir sua perda e suportar a desidratação. Consequentemente, as plantas

existentes nas florestas tropicais secas, selecionam adaptações associadas com evitar, resistir

ou tolerar o estresse hídrico durante a sazonalidade do período seco (BARROS e SOARES,

2013).

Fatores ambientais (temperatura, radiação, oferta de água e umidade) desempenham

papel importante na evolução adaptativa das plantas. Em regiões áridas e semiáridas, os

vegetais apresentam características adaptativas, tais como: folhas mais finas, cutícula e

paredes periclinais externas das células epidérmicas espessadas, presença de ceras, indumento

denso, estômatos protegidos, calotas de esclerênquima, tecidos armazenadores de água, etc.

BURROWS, 2001; FAHMY, 1997; FAHN; CUTLER, 1992; ROTONDI et al., 2003;

(BARROS e SOARES, 2013). Tais modificações influenciam diretamente a morfologia dos

indivíduos vegetais em um ecossistema.

A união dos estudos morfológicos relacionados a sementes e plântulas auxilia na

interpretação de testes laboratoriais, além de permitirem a identificação botânica de espécies,

sendo importante para reconhecê-las em banco de sementes na fase de plântula ou em

formações florestais (MELO et al., 2004; PIMENTA et al., 2013).

Além de ser necessário para a avaliação fisiológica de lotes de sementes, o

conhecimento de características morfológicas de plântulas é parâmetro importante para

identificar níveis de estresses de condicionamento (temperatura, luminosidade e irrigação) e

toxidade do substrato.

1.4.1 Classificação do vigor de plântulas fortes

A rapidez na avaliação da qualidade fisiológica das sementes contribui para a tomada

de decisão nas etapas finais da produção, armazenamento e comercialização das mesmas.

De forma a complementar as informações obtidas pelo teste de germinação, utilizam-

se testes para avaliar o vigor em sementes, os quais podem detectar diferenças sutis no

potencial fisiológico entres lotes, discriminando-os como de alto ou baixo vigor, estando esta

característica associada, respectivamente, à maior ou menor tolerância às condições

ambientais adversas.

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Os testes de vigor podem ser do tipo físico, que estudam as características

morfológicas e físicas de sementes; testes fisiológicos, os quais procuram determinar a

atividade fisiológica; testes bioquímicos, que buscam entender as atividades bioquímicas

associadas ao vigor e, por último, o teste de resistência ao estresse, que avalia a exposição de

sementes em condições desfavoráveis do ambiente (MARCOS FILHO, 2005).

Dentre os testes fisiológicos, pode-se classificar o vigor de plântulas através de

observações visuais, a respeito do desenvolvimento e integridade de suas estruturas

essenciais, nas quais as plântulas intactas (estruturas essenciais bem desenvolvidas,

completas, proporcionais e sadias) são consideradas plântulas normais fortes, mas as plântulas

que apresentarem pequenos defeitos ou infestações secundárias são categorizadas como

normais fracas. No entanto, quando é visível na plântula algum dano como deformidade,

infecção primária ou plântula sem clorofila (albinas) aquela é considerada como anormal.

O objetivo do teste de plântulas normais fortes é informar o potencial do lote

avaliando o percentual de plântulas normais consideradas fortes (vigorosas) obtidas pela

classificação das plântulas normais do teste de germinação (KRZYZANOSWKI et al., 1999).

Para a interpretação deste teste, são necessárias informações detalhadas quanto à morfologia

de plântulas normais e anormais, como aquelas descritas por Krzyzanoswki, et al., (1999) para

grandes culturas.

Todas as plântulas normais que se apresentam bem desenvolvidas e morfologicamente

perfeitas, sem rachaduras ou lesões, são computadas como normais fortes (vigorosas).

Plântulas que não se enquadram nos critérios estabelecidos para plântulas normais fortes são

classificadas como normais fracas (pouco vigorosas); essas são as que apresentam algum

problema em sua estrutura ou possuem lesões, mas que não caracterizam anormalidade à

plântula (OLIVEIRA, 2009).

Os lotes de sementes que produzirem maior porcentagem de plântulas normais fortes

serão considerados mais vigorosos, ou seja, terão maiores possibilidades de emergir e

produzir plantas normais em condições adversas de campo (OLIVEIRA, 2009).

Existem estudos que caracterizam a morfologia de plântula de espécies florestais do

bioma Caatinga, como aqueles realizados com Poincianella pyramidalis, Ziziphus joazeiro

(SILVA e MATOS, 1998), Bauhinia forficata (SILVA et al., 2003), Erythrina velutina

(SILVA et al., 2008) e Enterolobium schomburgkii (RAMOS e FERRAZ, 2008), Dalbergia

cearensis (NOGUEIRA et al., 2010), Anadenanthera colubrina, Enterolobium

contortisiliquum (BARRETTO e FERREIRA, 2011), Amburana cearensis (LOUREIRO et

al., 2013), Diplopterys pubipetala e Barnebya harleyi (COUTINHO et al., 2017).

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Porém, estes ensaios não relacionam os estudos morfológicos e a caracterização de

plântulas normais fortes aos testes de classificação da qualidade fisiológica de lotes de

sementes. Além disso, as RAS descrevem de forma generalizada os parâmetros que

caracterizam plântulas intactas (equivalente a plântulas normais fortes), não havendo na

literatura registro que descrevam detalhadamente a morfologia de plântulas normais fortes,

normais fracas ou anormais para espécies florestais. Uma vez que disponha de uma

caracterização mais específica destas classificações de plântulas, será possível melhorar a

eficiência do teste de vigor de plântulas fortes no nivelamento de lotes de sementes florestais.

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2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo geral

Adequar a metodologia do teste de plântulas normais fortes para as espécies

Enterolobium contortisiliquum, Pityrocarpa moniliformis e Poincianella pyramidalis.

2.2. Objetivos específicos

Caracterizar morfologicamente plântulas normais e anormais de Enterolobium

contortisiliquum, Pityrocarpa moniliformis e Poincianella pyramidalis;

Classificar plântulas conforme a posição dos cotilédones, o tipo de cotilédone e a

persistência do tegumento;

Definir parâmetros morfométricos a serem utilizados no teste de classificação de vigor

de plântulas das espécies em estudos;

Avaliar o vigor de diferentes lotes de sementes de Enterolobium contortisiliquum,

Pityrocarpa moniliformis e Poincianella pyramidalis, de acordo com as características

morfológicas de suas plântulas.

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3. MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa foi dividida em três etapas: caracterização morfológica das espécies e

elaboração de planilha avaliativa de parâmetros morfológicos de uma plântula normal forte;

caracterização fisiológica dos lotes de sementes e, por fim, a adequação do teste de plântulas

normais fortes para as espécies estudadas.

3.1. Descrição morfológica

3.1.1 Enterolobium contortisiliquum e Pityrocarpa moniliformis

Para o teste de germinação, foram utilizadas quatro repetições de 25 sementes cada,

tanto no sistema de rolos de papel toalha (tipo Germitest®), como em bandejas com areia

previamente lavada e esterilizada, com o intuito de acompanhar todas as fases do processo de

germinação e do crescimento inicial da plântula.

As sementes utilizadas nesta etapa foram amostradas de cinco lotes, provenientes de

diferentes localidades e épocas de coletas. As sementes passaram por assepsia seguindo a

metodologia indicada para sementes florestais, após, foram semeadas e condicionadas em

germinador do tipo Biochemical Oxigen Demand (B.O.D.) à temperatura de 25 ºC e

fotoperíodo de 12 h (BRASIL, 2013).

O processo germinativo das sementes foi descrito através de observações diárias e

registro de imagens, desde a protrusão da raiz até o surgimento dos primórdios foliares,

observando-se o tempo médio necessário para a ocorrência de cada evento (protrusão da raiz

primária, desenvolvimento da parte aérea e formação das primeiras folhas) (OLIVEIRA,

2014).

As plântulas foram classificadas conforme o proposto por Miquel em 1987 (GURGEL

et al., 2012), sendo diferenciadas quanto à posição dos cotilédones na germinação, o tipo de

cotilédone da plântula que apresenta e a persistência do tegumento, sendo empregada para a

classificação a seguinte nomenclatura: fânero-epígeo-foliáceo (PEF), fânero-epígeo-

armazenador (PER), fânero-hipógeo-armazenador (PHR), cripto-hipógeo-armazenador (CHR)

e cripto-epígeo-armazenador (CER). A coloração de cada estrutura foi descrita com referência

na carta de coloração de Munsell (2012).

Ao final do teste de germinação (14º dia para Enterolobium contortisiliquum e no 21º

dia para Pityrocarpa moniliformis), foi descrita a morfologia de plântulas, cujas

características observadas foram utilizadas para elaborar uma planilha avaliativa,

possibilitando uma caracterização mais especifica de plântulas normais fortes dessas espécies

(Anexos I e II, respectivamente).

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A caracterização completa das estruturas essenciais de uma plântula foi realizada da

seguinte forma: descrição da parte radicular, do hipocótilo, dos cotilédones, do epicótilo e dos

eófilos, observando-se para cada estrutura as dimensões (cm), o formato, a coloração, a

posição da estrutura na plântula e a presença de pelos, estrias e lenticelas. Além disso,

caracterizou-se o tipo de nervação foliar, filotaxia de eófilos e a proporção entre a parte aérea

e o sistema radicular.

As plântulas foram caracterizadas como normais, a partir da identificação de suas

estruturas (SOUZA, 2009). As plântulas que não apresentaram conformidade para serem

consideradas normais, apresentando as estruturas essenciais danificadas, deformadas,

deterioradas, ou plântulas albinas, foram classificadas como anormais (BRASIL, 2013).

Fotografias das estruturas das plântulas foram utilizadas para retratar sua morfologia.

3.1.2 Poincianella pyramidalis

Para a caracterização morfológica das plântulas foi utilizado como referência o estudo

realizado por Silva e Matos (1998), no qual foi descrita a morfologia de plântulas normais

fortes para a espécie. A partir dessa literatura, foi desenvolvida uma planilha avaliativa

(Anexo III) para uso no teste de germinação.

3.2. Caracterização fisiológica dos lotes

Na pesquisa, foram utilizados seis lotes de sementes de E. contortisiliquum e seis lotes

de P. moniliformis, onde três lotes de cada espécie foram fornecidos pela Floresta Nacional de

Nísia Floresta (FLONA) (6°05'20.1"S; 35°11'06.7"W) e os demais, coletados em áreas

próximas da Área de Experimentação Florestal da Escola Agrícola de Jundiaí, Macaíba - RN

(5°53'36.7"S; 35°21'46.6"W).

Os setes lotes das sementes de P. pyramidalis foram coletados em setembro de 2014,

na Fazenda Açude, Soledade - PB (7º 07’ 20,9’’ S; 36º 19’ 40’’ W).

Foi determinado o teor de água inicial das sementes, por meio de duas subamostras de

sementes de 4,5 g para cada lote, utilizando o método da estufa a 105 °C/24 horas (BRASIL,

2009). Para a avaliação da qualidade fisiológica dos lotes, foi instalado o teste de germinação

utilizando-se 200 sementes, com quatro repetições de 50 sementes para cada lote das três

espécies. As sementes passaram por assepsia seguindo a metodologia indicada para espécies

florestais (BRASIL, 2013).

Após, as sementes das espécies P. moniliformis e P. pyramidalis foram semeadas em

caixas para germinação (tipo gerbox) com areia previamente lavada e esterilizada umedecida

com 60% de sua capacidade de retenção de água. As sementes de E. contortisiliquum foram

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semeadas em papel toalha (tipo Germitest®), umedecido com água destilada na proporção

equivalente a 2,5 vezes o seu peso seco e disposto na forma de rolos (BRASIL, 2013). Em

seguida, as caixas plásticas e os rolos foram condicionados em germinador do tipo

Biochemical Oxigen Demand (B.O.D.) às temperaturas de 25 °C para E. contortisiliquum e P.

moniliformis e 30 ºC para a P. pyramidalis, em fotoperíodo de 12 h.

As sementes de cada lote foram caracterizadas quanto à sua qualidade fisiológica de

acordo com as seguintes variáveis:

Germinação: no 14º (E. contortisiliquum), no 21º (P. moniliformis) e no 13º (P.

pyramidalis) dia após a semeadura foram contabilizadas as sementes germinadas que

originaram plântulas normais (BRASIL, 2013);

Índice de velocidade de germinação (IVG): conjuntamente ao teste de germinação,

realizou-se a contabilização diária de sementes que originaram plântulas normais,

calculado de acordo com a equação proposta por Maguire (1962): IVG = E1/N1 +

E2/N2 + ... En/Nn.;

Comprimento (cm.plântula-1

) e massa seca de plântulas (mg.plântula1): ao final do

experimento foi mensurado o comprimento total da plântulas normais com o auxílio

de uma régua graduada em milímetros. Após, foram levadas à estufa de ventilação

forçada de ar a 80 ºC, sem os cotilédones, em sacos de papel do tipo Kraft por 24

horas (NAKAGAWA, 1999).

Teste de emergência (%E): para E. contortisiliquum o teste de emergência foi

realizado em canteiro (solo enriquecido com composto orgânico) a pleno sol e em casa

de vegetação com as espécies P. moniliformis e P. pyramidalis (semeadas em bandejas

plásticas contendo areia previamente lavada e esterilizada, umedecida a 60% de sua

capacidade de retenção de água), seguindo o delineamento de quatro repetições de 50

sementes para cada lote. As sementes usadas neste teste passaram por assepsia e os

substratos foram umedecidos diariamente. Computou-se a porcentagem de plântulas

normais emersas, no 14º, 21º e 13º dia para E. contortisiliquum, P. moniliformis e P.

pyramidalis, respectivamente;

Índice de velocidade de emergência (IVE): realizou-se conjuntamente ao teste de

emergência, por meio da contagem diária de plântulas normais emersas durante o

teste; os cálculos foram executados conforme equação proposta por Maguire (1962).

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3.3. Adequação do teste de plântulas normais fortes

A classificação de vigor de plântulas foi realizada ao final do teste de geminação (ao

14º, 21º e 13º respectivamente para as espécies E. contortisiliquum, P. moniliformis e P.

pyramidalis), seguindo a metodologia proposta por Krzyzanowski e Nakagawa (1999),

obedecendo aos critérios sugeridos pelas Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 2009) e

das Instruções Para Análise de Sementes de Espécies Florestais (BRASIL, 2013), acrescidos

pelas especificidades descritas nas planilhas avaliativas de cada espécie (anexos I, II e III).

Para cada lote, foram contabilizadas aquelas plântulas normais intactas, as quais

atendiam a todos os critérios definidos na planilha avaliativa para cada espécie. Estas

plântulas foram consideradas como “normais fortes” e os dados foram expressos em

porcentagem. Estes resultados foram correlacionados com os demais testes de vigor, a fim de

verificar a adequação e a eficiência do teste de plântulas normais fortes.

3.4. Delineamento estatístico

Os dados morfométricos das estruturas pertencentes às plântulas durante a

caracterização morfológica de E. contortisiliquum e P. moniliformis foram submetidos à

análise estatística descritiva, definindo o intervalo para cada dimensão em que a plântula é

considerada “normal forte”.

O delineamento para a caracterização fisiológica dos lotes foi inteiramente

casualizado. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey (E. contortisiliquum e P.

moniliformis) e Scott Knott (P. pyramidalis) ao nível de 1% de probabilidade (p < 0.01). Para

a correlação entre as variáveis que determinam o vigor dos lotes e o teste de plântulas normais

fortes, utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson. As análises foram realizadas com os

softwares estatísticos Bioestat 5.3. e Assistat versão 7.7.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Descrição morfológica

A seguir, são descritos os critérios morfológicos para classificação de plântulas

normais fortes para as três espécies em estudo: Enterolobium contortisiliquum, Pityrocarpa

moniliformis e Poincianella pyramidalis.

4.1.1. Descrição morfológica de plântulas de Enterolobium contortisiliquum

Os parâmetros morfométricos avaliados para as plântulas “normais fortes” de E.

contortisiliquum são apresentados na Tabela 1.

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Tabela 1. Estatística descritiva para parâmetros morfométricos das plântulas de Enterolobium

contortisiliquum. (Comp.: comprimento; Diam.: Diâmetro)

Estatística descritiva

Cotilédones Epicótilo Hipocótilo Raiz Eófilo Nº de

folíolos Comp. Diam Comp. Comp. Comp. Comp.

(cm)

Tamanho da amostra 100 100 100 100 100 100 100

Mínimo 1,5 0,9 1,5 9 3,5 3,5 10

Máximo 2,3 1,2 2,4 12,8 10,6 5,5 12

Amplitude Total 0,8 0,3 0,9 3,8 7,1 2 2

Mediana 1,85 1,1 2,1 9,8 6,5 4,6 10

Média Aritmética 1,88 1,06 2,01 10,47 6,53 4,46 10,96

Variância 0,06 0,01 0,09 1,53 4,71 16,66 1,01

Desvio Padrão 0,24 0,11 0,29 1,24 21,71 12,91 1

Erro Padrão 0,02 0,01 0,03 0,12 0,22 0,13 0,1

Coeficiente de

Variação 13% 11% 15% 12% 33% 29% 9%

As plântulas normais fortes da espécie apresentam como principais características:

após 24 horas da semeadura, intumescimento das sementes; emissão da raiz primária ao

quarto dia (96 horas) após a semeadura, com coloração cinza claro (5Y 8/1), rompendo o

tegumento na base da semente, próximo ao hilo; a partir do sexto dia, foi possível observar a

diferenciação morfológica entre a estrutura radicular e parte aérea; a raiz primária pivotante

(3,5-10,5 cm) mostrou-se de coloração amarelo claro (2.5Y 8/4), sinuosa, flexuosa e com

presença de pelos simples, poucos visíveis e esparsos, também foi observada a presença de

coifa (Figura 1); ao final da avaliação (14 dias), notam-se poucas raízes secundárias.

Coifa

1 C

m1

cm

Figura 1: Desenvolvimento radicular de espécie Enterolobium contortisiliquum, ilustrando a

presença de coifa.

Embora não tenha sido descrita a presença de coifa para a espécie no trabalho

realizado por Barretto e Ferreira (2011), as plântulas de E. contortisiliquum apresentam coifa

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em sua fase inicial de desenvolvimento. Essa estrutura foi observada no presente estudo

através do método de registro de imagens diárias; a coifa envolve o ápice da raiz e protege o

meristema do atrito com o substrato (GONÇALVES e LORENZI, 2007), como é possível

observar na Figura 1.

A partir do sexto dia, os cotilédones emergiram acima do nível do substrato. A partir

do sétimo dia, ocorreu o desprendimento do tegumento, deixando os cotilédones carnosos

livres, evidenciando uma germinação do tipo epígea (PER). Os cotilédones são de coloração

verde acinzentado amarelo (7.5 GY 5/4), sem nervuras aparentes; quando rompem o

tegumento, são opostos, unilaterais, isófilos; têm variação de tamanho entre 1,5-2,3 cm de

comprimento e de 0,9-1,2 cm de largura (Figura 2).

1cm

Figura 2: Plântula normal forte de Enterolobium contortisiliquum, em que: R: raiz primária;

C: cotilédones; H: hipocótilo; EP: epicótilo e EO: eófilo.

O hipocótilo é alongado variando de 9,0 a 12,8 cm de comprimento, retilíneo, com

coloração verde acinzentado amarelo claro (2.5 GY 6/4), cilíndrico e sem a presença de pelos

(Figura 2).

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27

O epicótilo, visível a partir do 9º dia após a semeadura, menos desenvolvido que o

hipocótilo, apresentou variação no comprimento de 1,5 – 2,4 cm, também com a coloração 2.5

verde acinzentado amarelo (GY 6/4) (Figura 2).

Os eófilos são compostos, opostos, bipinados (3,5 a 5,5 cm de comprimento), com

folíolos (10 a 12) variando 0,8-1,5 cm de comprimento e de 0,3-0,1 cm de largura; possuem

coloração verde acinzentado amarelo escuro (10 GY 4/2), com formato oblongo e borda

inteira e lisa e com nervação peninérvea (Figura 2).

As plântulas normais fracas apresentam desenvolvimento mais lento de suas

estruturas, assim como pequenas deformações nos cotilédones, coloração mais clara do que a

encontrada nas plântulas normais fortes e algumas tortuosidades no hipocótilo e no epicótilo

(Figura 3).

1 c

m

16

cm

EO

C

H

R

B

T

A

Figura 3: Plântulas normais fracas de Enterolobium contortisiliquum, em que: R: raiz

primária; C: cotilédones; H: hipocótilo; EO: eófilo: T: Tegumento preso aos cotilédones; A:

Raízes pouco desenvolvidas e B: Tortuosidade do hipocótilo.

As principais anormalidades identificadas nas plântulas de E. contortisiliquum foram

as raízes atrofiadas, mau desenvolvimento da parte aérea e o albinismo (Figuras 4 e 5).

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28

1 cm

A

BC

Figura 4: Plântulas anormais de Enterolobium contortisiliquum com raízes atrofiadas e não

desenvolvidas, que apresentam: A: raízes atrofiadas; B: Cotilédones danificados, C:

Coloração amarelada dos cotilédones.

1 c

m

18

cm

EO

C

H

R

Plântula anormal

Figura 5: Plântulas anormais (albinas) de Enterolobium contortisiliquum: R: raiz primária; C:

cotilédones; H: hipocótilo; e EO: eófilo.

Com base na planilha avaliativa para a espécie E. contortisiliquum (anexo I) elaborada

através da estatística descritiva dos dados morfométrico e das observações do

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desenvolvimento e coloração das estruturas das plântulas, os parâmetros que mais diferem

uma plântula “normal forte” de uma plântula “normal fraca” para essa espécie foram o

desenvolvimento da parte aérea, onde para as plântulas normais fortes o hipocótilo variou

entre 9 e 12,8 cm, o epicótilo entre 1,5 e 2,4 cm e os eófilos entre 3,5 e 5,5 cm. A coloração

da parte aérea das plântulas também é um bom critério para essa diferenciação entre plântulas

normais fortes e normais fracas, sendo que estas últimas fracas apresentaram uma cor

amarelada (Figura 3), resultado do déficit de pigmentação.

4.1.2. Descrição morfológica de plântulas de Pityrocarpa moniliformis

Os dados morfométricos apresentados na Tabela 4 foram o subsídio para a elaboração

da planilha avaliativa da espécie.

Tabela 2: Estatística descritiva para parâmetros morfométricos das plântulas de P.

moniliformis (Comp.: comprimento; Diam.: Diâmetro).

Estatística

descritiva

Cotilédone Epicótilo Hipocótilo Raiz Folíolo

Comp. Diam. Comp. Diam. Comp. Comp. Diam.

Cm

Tamanho da amostra 100 100 100 100 100 100 100

Mínimo 0,7 0,8 0,5 3,9 4,0 0,5 0,4

Máximo 1,7 1,3 1,2 5,5 6,8 1,7 1,2

Amplitude Total 1,0 0,5 0,7 1,6 2,8 1,2 0,8

Mediana 1,3 0,9 0,8 4,8 5,5 0,8 0,8

Média Aritmética 1,2 1,1 0,9 4,7 5,4 0,8 0,8

Variância 0,10 0,06 0,05 0,27 0,68 0,08 0,07

Desvio Padrão 0,32 0,25 0,21 0,52 0,82 0,29 0,27

Erro Padrão 0,03 0,02 0,02 0,05 0,08 0,03 0,03 Coeficiente de

Variação 26,0% 22,5% 24.93% 10,9% 15,3% 34,3% 33,2%

Após 24 horas da semeadura, as sementes encontravam-se totalmente intumescidas; a

emissão de raiz primária ocorreu no segundo dias após a semeadura, com coloração variando

do branco para o amarelo claro (2.5Y 8/4), rompendo o tegumento na base da semente,

próximo ao hilo; a partir do quarto dia foi possível observar a diferenciação morfológica entre

a estrutura radicular e parte aérea; a raiz primária (4 - 6,7 cm) mostrou-se sinuosa e com

presença de pelos simples, pouco visíveis e esparsos, com coloração variando entre as cores

branco ao marrom claro (2.5Y 8/1- 2.5Y 4/4) flexuosa e fina; ao final do teste (21 dias após a

semeadura), notaram-se poucas raízes secundárias (Figura 6).

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Figura 6: Plântula normal forte de Pityrocarpa moniliformis, em que: R: raiz primária; C:

cotilédone; H: hipocótilo; EP: epicótilo e EO – eófilo.

Os cotilédones emergem acima do nível do substrato e a partir do quarto dia ocorreu o

desprendimento do tegumento, deixando livres os cotilédones foliáceos, caracterizando uma

germinação do tipo fânero-epígeo-foliáceo (PEF). Os cotilédones são de coloração verde

amarelado forte (10 Y 5/10), com nervuras mais claras; quando rompem o tegumento são

opostos, unilaterais, isófilos e assemelham-se ao formato cordiforme, variam entre 0,7 - 1,7

cm de comprimento e de 0,8 - 1,3 cm de largura (Figura 7 A).

H

C

R

1 c

m 1 c

m

EO

C

EP

1 c

m

1 c

m

EPA B C D

Figura 7: Cotilédone (A), hipocótilo (B), e epicótilos (C e D) das plântulas de P.

moniliformis, em que: R: raiz primária; C: cotilédones; H: hipocótilo; EP: epicótilo e EO:

eófilo.

O hipocótilo é alongado (3,9 - 5,5 cm de comprimento) e retilíneo, porém pode

apresentar leve tortuosidade próxima aos cotilédones, com coloração variando do branco ao

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verde claro (2.5 G 6/8), cilíndrico e com a presença de pequenos pelos brancos (apenas

visíveis com o auxílio de lupa) (Figura 7 B).

O epicótilo, visível a partir do sexto dia após a semeadura, apresentou variação no

comprimento de 0,5 - 1,2 cm, sendo menos desenvolvido que o hipocótilo. Inicialmente,

apresentou coloração verde amarelo claro (2.5 GY 7/8), formato cilíndrico, com presença de

pequenos pelos brancos visíveis a olho nu; quando se iniciou a formação dos eófilos adquiriu

coloração verde amarelado brilhante mais escuro (5 GY 6/8), com densa pilosidade

esbranquiçada (Figura 7 C e D).

A presença de tricomas nas partes aéreas de uma planta, conforme verificado nas

plântulas de P. moniliformis no epicótilo e eófilos, está diretamente ligada a restringir perdas

hídricas, afastar predadores ou secretar substâncias atrativas para polinizadores

(GONÇALVES; LORENZI, 2007). É comprovado que, em plantas de ambientes áridos, os

tricomas foliares são comumente observados e existem evidências de que o indumento denso

representa uma adaptação à baixa disponibilidade de água e altas temperaturas

(SANDQUIST; EHLERINGER, 1997; BARROS e SOARES, 2013).

O eófilo é uma folha composta com dois folíolos pequenos opostos que variam entre

0,5 - 1,7 cm de comprimento e de 0,4 - 1,2 cm de largura, possuem coloração verde amarelo

forte (5 GY 7/8), com formato ovado e com a borda do tipo repanda com presença de

tricomas (semelhantes a pelos) em sua extensão, possuem nervação do tipo cladódroma

(Figura 8).

Figura 8: Eófilo de plântulas de Pityrocarpa moniliformis.

Algumas espécies podem apresentar uma característica chamada de heterofilia, como

ocorre com os eófilos das plântulas de Pityrocarpa moniliformis, os quais apresentam

morfologia distinta, quando comparados com a morfologia da folha em um exemplar da

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espécie adulta. Nesta fase, a espécie apresenta folhas compostas, bipinadas (1 - 4 pares de

pinas), cada pina variando de 6 - 12 de folíolos (MAIA, 2004).

As plântulas consideradas normais fracas (Figuras 9 e 10) não se enquadraram em

todos os quesitos descritos anteriormente para plântulas normais fortes, apresentando: raiz

deformada e/ou em tamanho reduzido, presença de três cotilédones, ou estes com algum tipo

de lesão, tortuosidade do hipocótilo ou epicótilo, coloração do epicótilo esbranquiçada e

eófilos sem o completo desenvolvimento. Outra característica relevante foi o fato do

tegumento não desprender completamente dos cotilédones, dificultando assim o

desenvolvimento da plântula.

1 c

m

8 c

m

EO

C

EP

T

R

H

A

B

Figura 9: Plântulas normais fracas de Pityrocarpa moniliformis, em que: T: tegumento; R:

raiz primária; C: cotilédones; H: hipocótilo; EP: epicótilo; EO – eófilo; A: Raízes atrofiadas;

B:Tegumento preso aos cotilédones e eófilos.

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R

1 c

m

EO

C

C

H

8 c

m

Figura 10: Plântulas normais fracas, pouco desenvolvidas e com três cotilédones de

Pityrocarpa moniliformis, em que: R: raiz primária; C: cotilédones; H: hipocótilo; EP:

epicótilo e EO: eófilo.

Segundo as RAS, plântulas de espécies de dicotiledôneas que apresentem três

cotilédones são consideradas plântulas normais fracas, desde que não tenham danos

superiores a 50% (BRASIL, 2009). Quanto às plântulas albinas, as Instruções para Análises

de Sementes de Espécies Florestais esclarecem que são identificadas como plântulas anormais

(BRASIL, 2013), como identificado para as três espécies estudadas.

Aquelas consideradas como plântulas anormais (Figuras 11 e 12), apresentaram raízes

atrofiadas, não desenvolvimento da parte aérea e déficit de pigmentação, características estas

que são essenciais para o desenvolvimento de plântulas expostas às condições de campo.

5 c

m

EOC

H

R

1 c

m

A

Figura 11: Plântulas anormais (albinas e com raízes atrofiadas) de Pityrocarpa moniliformis,

em que: R: raízes atrofiadas; C: cotilédones; H: hipocótilo; EO: eófilo e A: plântula albina.

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3 c

m

C

H

R1

cm

Figura 12: Plântula anormal de Pityrocarpa moniliformis, com raiz atrofiada e sem

desenvolvimento de eófilos, em que: R: raiz primária; C: cotilédones; H: hipocótilo.

Assim como para espécie anterior, foram descritos para a espécie P. moniliformis os

principais critérios que diferem uma plântula “normal forte” de uma plântula “normal fraca”

com base na planilha avaliativa (anexo II), na estatística descritiva dos dados morfométricos e

dos registros de imagens. As principais diferenças entre as plântulas normais fortes e plântulas

normais fracas estão ligadas ao comprimento radicular variando entre 4 – 6,8 cm para

plântulas normais fortes, o comprimento do hipocótilo (3,9 - 5,5 cm) e sanidade dos

cotilédones, o não desprendimento do tegumento dos cotilédones após a germinação,

dificultando assim o desenvolvimento dos eófilos é uma das principais características

encontradas nas plântulas normais fracas, assim com também a existência de três cotilédones.

4.1.3 Descrição morfológica de Poincianella pyramidalis

Durante o teste de germinação, foi possível observar que a morfologia das plântulas de

P. pyramidalis foi similar à observada por Silva e Matos (1998), o que a possibilitou ser

utilizada com referencial para a elaboração da planilha avaliativa para os critérios

morfológicos.

Os parâmetros que possibilitam diferenciar plântulas normais fortes de fracas para a

espécie estão relacionados com o desenvolvimento radicular (raiz principal variando entre 10

-14 cm de comprimento) para plântulas normais fortes, presença de três cotilédones e déficit

na coloração das plântulas (plântulas amareladas) para plântulas normais fracas.

A germinação é do tipo fânero-epígeo-foliáceo (PEF), raiz principal flexuosa fina

entre 10 e 14 cm, com coloração variando do marrom escuro (5 YR 3/4) ao castanho claro

iluminado (5 YR 7/1); hipocótilo com coloração amarelo esverdeada (10 Y 6/7), variando

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ente 3 e 4,2 cm de comprimento, presença de estrias e de pelos finos, escassos com coloração

cinza claro (5 Y 8/1); cotilédones de formato cordiformes, subcarnosos, com coloração verde

clara (10 Y 6/7); epicótilo com comprimento ente 3,0 e 4,2 cm, coloração verde escura (10 Y

6/4) e presença de pelos finos de coloração marrom; eófilos compostos, alternos, espiralados e

trifoliados (Figura 13).

1 c

m

20

cm

Plântula normal forte

EO

C

H

EP

R

L

Figura 13: Plântula normal forte de Poincianella pyramidalis, em que: R: raiz primária; C:

cotilédones; H: hipocótilo; EP: epicótilo; EO: eófilo e L: lenticelas no hipocótilo da plântula.

O tipo de germinação é uma das características mais importantes para a diferenciação

de espécies. A germinação epígea fanerocotiledonar (observada para as três espécies),

caracterizada pelos cotilédones emergirem acima do nível do substrato, é o tipo de

germinação mais comum para várias espécies de leguminosas (SILVA et al., 2008). O mesmo

tipo foi descrito por outros autores em trabalhos semelhantes realizados com espécies

pertencentes à família Fabaceae: Erythrina speciosa (OLIVEIRA, 2001), Senna multijuga

(AMORIM et al., 2008) e Guibourtia hymenifolia (BATTILANI et al., 2011).

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As plântulas normais fracas (Figuras 14 e 15) apresentaram como principais

características: raízes menores que 10 cm, hipocótilo levemente tortuoso ou com coloração

amarelada, presença de três cotilédones, cotilédones com defeitos menores que 50% do seu

tamanho e com manchas escuras, o epicótilo levemente tortuoso ou com coloração amarelada,

e por fim, os eófilos amarelados.

1 c

mEO

C

EP

R

H

C 2

Figura 14: Plântulas normais fracas de Poincianella pyramidalis com três cotilédones e

epicótilo e hipocótilos tortuoso, em que: R: raiz primária; C: cotilédone; C2: Três cotilédones

H: hipocótilo; EP: epicótilo e EO: eófilo.

1 c

m

C

H

EO

R

EP

Plântula normal fraca

Figura 15: Plântula normal fraca de Poincianella pyramidalis, com pouco desenvolvimento

radicular, em que: R: raiz primária; C: cotilédones; H: hipocótilo; EP: epicótilo e EO: eófilo.

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37

As plântulas anormais (Figuras 16 e 17) foram diagnosticadas como as albinas, as que

apresentaram raízes primárias atrofiadas e sem a presença de raízes secundárias ou com má

formação da parte aérea (hipocótilo, epicótilo e eófilos).

1 c

m

A

1 c

m

1 c

m

B

C

Figura 16: Plântulas anormais de Poincianella pyramidalis. A: Raízes atrofiadas e pouco

desenvolvidas, B: Eófilos não desenvolvidos; C: coloração amarelada.

1 c

m

T

H

R

Plântula anormal

Figura 17: Plântula anormal de Poincianella pyramidalis, evidenciando o albinismo, em que

T: tegumento; R: raiz primária e H: hipocótilo.

As principais anormalidades detectadas por pesquisa realizada com Pterodon

pubescens (Fabaceae) foram relacionadas com a má formação de raízes ou raízes

estranguladas, má formação do hipocótilo e epicótilo, cotilédones atrofiados e plântulas que

não desenvolveram a parte aérea (FERREIRA et al., 2001). Similar ao encontrado com as

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espécies estudadas nesta pesquisa, onde na maioria das plântulas anormais das espécies do

ensaio foi observado o comprometimento severo da parte radicular.

De forma geral os parâmetros que mais diferenciam plântulas normais “fortes” de

plântulas normais “fracas” estão relacionados com a coloração, tamanho de raiz e

desenvolvimento de eófilos.

Algumas espécies da Caatinga apresentam taxonomia similar na fase inicial do

desenvolvimento. O conhecimento morfológico das estruturas de uma plântula (forma do

limbo, da margem, do ápice de folhas, posição dos eófilos, presença de substâncias como

resina ou látex, relação comprimento/largura dos cotilédones, tamanho e número de pinas,

presença ou não de indumento como tricomas e/ou glândulas, etc.) permite caracterizar

famílias, gêneros e até mesmo espécies (DUKE, 1965; GURGEL et al., 2012; MENDONÇA

et al., 2016; QUEIROZ, 2009). Desta forma, a descrição detalhada das plântulas auxiliará na

identificação das espécies em estudo, além de fornecer subsídios para amplos trabalhos de

campo e científicos, como na área de Ciência e Tecnologia de sementes.

4.2. Caracterização fisiológica dos lotes de sementes de Enterolobium contortisiliquum,

Pityrocarpa moniliformis e Poincianella pyramidalis.

Para o teor de água inicial (Tabela 3) dos lotes de sementes de Enterolobium

contortisiliquum, houve variação entre os seis lotes, sendo que o lote 3 apresentou menor teor

de água (5,6 %) e o lote 4, o teor mais elevado (7,4%).

O teor de água dos lotes de sementes interfere diretamente em variados aspectos da

qualidade fisiológica dos mesmos, sendo assim, sua determinação se faz fundamental em

testes para investigar a qualidade de lotes de sementes (SARMENTO et al., 2015).

A similaridade para os valores do teor de água entre os lotes de sementes é primordial

quando se está comparando sua qualidade fisiológica, para que os testes não sofram alterações

provocadas por diferenças na atividade metabólica. Recomenda-se que não haja diferenças

superiores a 2% no teor de água das sementes das amostras avaliadas (MARCOS FILHO,

2005; STEINER, 2011), como observamos nos lotes da espécie.

No que diz respeito a germinação das sementes de E. contortisiliquum, todos os lotes

foram considerados viáveis, apresentando germinação superior a 50%. Observaram-se

diferenças entre os lotes, sendo que o lote 5 destacou-se como o lote de alta viabilidade. Os

demais lotes foram considerados como de viabilidade intermediária, sendo que a germinação

destas sementes variou entre 50 e 78% (Tabela 3).

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39

Tabela 3: Teor de água (T.A.), germinação (G), emergência (E), porcentagem de plântulas

normais fortes (PNF), índice de velocidade de germinação (IVG), índice de velocidade de

emergência (IVE), massa seca de plântula (MSP) comprimento (CP) de sementes de

Enterolobium contortisiliquum.

Lotes T. A. G E PNF

IVG IVE MSP

(mg.plântula-1

)

CP

(cm.plântula-1

) (%)

1 6,8 53 d 24 d 32 c 3,02 de 1,30 d 24,5 cd 11,5 a

2 6,9 60 cd 50 c 36 c 3,64 cd 2,65c 37,8 bc 11,9 a

3 5,6 78 b 71 ab 52, b 4,41 b 3,68 ab 51,3 b 11,8 a

4 6,9 68 bc 54 bc 35 c 3,83 bc 2,78 bc 48,7 b 11,9 a

5 7,4 98 a 84 a 59 a 5,79 a 4,51 a 68,0 a 12,5 a

6 7,3 50 d 47 c 22 d 2,91 e 2,53 c 12,8 d 7,9 b

CV (%) - 7,5 16,8 6,5 7,2 16,2 15,3 6,2

Pelos resultados dos testes apresentados na Tabela 3, observaram-se diferenças

significativas entre a qualidade fisiológica das sementes dos seis lotes. Pelos testes de IVG,

emergência (E), IVE e PNF, as sementes dos lotes 3 e 5 foram as mais vigorosas, com alto

desempenho fisiológico. Nas sementes dos lotes 1, 2 e 6, observou-se uma redução na

emergência de plântulas em campo, indicando o efeito do vigor reduzido, com menor

população de plântulas, desempenho este esperado uma vez que a viabilidade dos mesmos

lotes também mostrou-se baixa. Desempenho semelhante também foi observado nos

resultados de MSP, em que os lotes 3, 4 e 5 foram considerados de alto vigor e os lotes 1, 2 e

6, de qualidade fisiológica inferior.

Para a espécie P. moniliformis o teor de água dos lotes variou entre 9,4 e 11, 8%

(Tabela 4). Quando se compara níveis de vigor de lotes, é necessário que a diferença do teor

de água dos mesmos seja a menor possível, para que os lotes de maior teor não tenham

avaliação superestimada pela aceleração do processo germinativo.

A partir dos testes realizados com P. moniliformis (Tabela 4), foi possível observar

diferenças significativas entre os seis lotes de sementes a respeito de sua qualidade

fisiológica. O teste de germinação propiciou a identificação de três níveis distintos, sendo que

os lotes 5 foi o de melhor desempenho, os lotes 2 e 3 foram os desempenho inferior. Nos

demais testes utilizados, observou-se a mesma tendência de ranqueamento dos lotes, com

destaque, na maioria dos casos, para a superioridade do lote 5, o qual apresentou o maior

potencial de germinação (57%), entretanto, os demais lotes apresentaram germinação abaixo

de 49%. O teste de CP foi capaz de diferenciar os lotes em poucos níveis de vigor.

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40

Tabela 4: Teor de água (T.A.), germinação (G), emergência (E), porcentagem de plântulas

normais fortes (PNF), índice de velocidade de germinação (IVG), índice de velocidade de

emergência (IVE), massa seca de plântula (MSP) comprimento (CP) de sementes de

Pityrocarpa moniliformis.

Lotes T. A. G E PNF

IVG IVE MSP

(mg.plântula-1

)

CP

(cm.plântula-1

) (%)

1 11,4 49 ab 38 a 41 b 5,79 a 2,56 ab 3,91 b 7,2 a

2 11,3 23 c 22 d 19 c 2,38 b 2,07 b 1,05 d 5,1 b

3 11,5 32 c 32 bc 28 c 3,64 b 2,72 c 1,91 cd 6,0 ab

4 9,6 49 ab 36 b 28 c 4,06 b 2,98 bc 2,39 c 6,6 a

5 9,4 57 a 44 a 52 a 5,65 a 4,48 a 4,99 a 5,9 ab

6 11,8 44 ab 26 c 42 b 4,47 b 3,55 bc 5,1 a 6,2 ab

CV (%) - 11,8 11,5 12,4 9,1 12,8 13,1 10,1

Para espécies agronômicas uma taxa de germinação superior a 75%, pode ser

considerada adequada para comercialização (Instrução Normativa n˚ 45, 2013), porém, para

espécies florestais se esse valor não for alcançado não implica que não possa ocorrer a

comercialização dos lotes de sementes, tendo em vista que estas espécies possuem

especificidades diferentes das agronômicas, tais como: dormência, período de coleta, oferta

no mercado e produção. A instrução normativa MAPA nº 17, de 26 de abril de 2017 que

regulamentar a Produção, a Comercialização e a Utilização de Sementes e Mudas de Espécies

Florestais ou de Interesse Ambiental ou Medicinal também não indica uma taxa de

germinação específica para comercialização de sementes florestais.

Para a P. moniliformis foi observado o mesmo padrão para os testes de E, IVE e MSP.

Existem relatos na literatura de que nem sempre o teste de IVG consegue inferir sobre a

diferença entre o vigor de lotes de sementes ou tratamentos aplicados, tendo em vista que é

conduzido em condições ótimas para a espécie, podendo obter respostas semelhantes às

encontradas no teste de germinação (ALVES et al., 2005).

O teor de água inicial dos lotes de P. pyramidalis (Tabela 5) não apresentou variação

superior a 1,1%, ficando dentro do padrão estabelecido para o teor de água em sementes.

É possível observar (Tabela 5) que todos os lotes apresentam alta viabilidade, tendo

em vista que a porcentagem de germinação variou de 71,5 a 93,5 %. Sendo assim, os lotes 1,

2, 3, 6 e 7 apresentaram germinação superior aos demais e não diferiram entre si.

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41

Tabela 5: Teor de água (T.A.), germinação (G), emergência (E), porcentagem de plântulas

normais fortes (PNF), índice de velocidade de germinação (IVG), índice de velocidade de

emergência (IVE), massa seca de plântula (MSP) comprimento (CP) de sementes de

Poincianella pyramidalis.

Lotes T. A. G E PNF

IVG IVE MSP

(mg.plântula-1

)

CP

(cm.plântula-1

) (%)

1 7,3 94 a 82 a 59 a 9,05 a 7,17 a 38,2 a 19,5 a

2 7,3 88 a 74 a 63,5 a 6,83 b 5,70 b 37,5 a 18,4 a

3 7,7 86 a 71 a 65 a 6,60 b 5,21b 42,4 a 18,7 a

4 8,4 76 b 57 b 52 b 6,35 c 4,67 c 27,4 b 17,7 a

5 7,6 71 b 64 b 30 c 6,01 c 3,91 c 36,1 a 17,5 a

6 7,4 85 a 63 b 49 b 6,79 b 4,96 b 32,2 b 18,3 a

7 7,4 91 a 77 a 55 b 7,31 b 6,63 a 33,1 b 18,8 a

CV% - 5,7 10,7 10,3 6 11,4 13,6 8,1

O teste de germinação é realizado para inferir sobre a viabilidade e qualidade

fisiológica de lotes das sementes para muitas espécies, realiza-se o teste sob condições ótimas,

o que pode não expressar com exatidão o desempenho das mesmas em situação de campo

(LIMA et al., 2014). Desta forma, apesar da alta viabilidade, os lotes de P. pyramidalis

avaliados neste estudo apresentaram diferenças sutis no seu potencial fisiológico reveladas

pelos testes de vigor descritos a seguir.

Pelos resultados dos testes de percentual de PNF, IVE e porcentagem de emergência

em campo, as sementes dos lotes 1 e 7 foram as mais vigorosas. O CP não diferenciou os lotes

em diferentes níveis (Tabela 5).

As sementes de algumas espécies características do semiárido podem apresentar alta

taxa de germinação, aproximadamente 90% (BARBOSA, 2003; ARRUDA et al., 2015),

como foi observado para as espécies E. contortisiliquum e P. pyramidalis (Tabelas 3 e 5,

respectivamente). Os resultados de geminação para P. pyramidalis encontrados neste estudo

foram superiores aos encontrados por Lima et al (2014) em trabalho realizado com sementes

da mesma espécie e procedência.

A variação do vigor dos lotes de sementes para as espécies E. contortisiliquum e P.

moniliformis e a baixa taxa de germinação para a espécie P. moniliformis podem ser

atribuídas à procedência dos lotes, tendo em vista que são de locais e épocas diferentes de

coletas.

O comprimento de plântula (CP) não foi um teste eficiente na detecção de diferenças

sutis no vigor dos lotes das espécies estudadas, observando-se que para P. pyramidalis, não

houve diferentes níveis de vigor como os observados no teste de germinação (Tabela 7).

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Embora o CP seja um dos critérios utilizados para caracterizar uma plântula normal

forte, nota-se como a combinação de os vários parâmetros específicos permitiu que o teste de

PNF fosse um teste mais eficiente que o CP no nivelamento de lotes.

Neste trabalho, para as três espécies estudadas, a porcentagem de plântulas normais

fortes (PNF) foi um teste adequado para ranquear os lotes em diferentes níveis de vigor.

Sendo assim, para o E. contortisiliquum os lotes 3 e 5 foram os mais vigorosos, para a P.

moniliformis o lote 5 foi o de melhor qualidade fisiológica e para a P. pyramidalis o lote 1 foi

o de melhor vigor.

Observando a percentagem de germinação e de emergência, bem como o IVG e o IVE

das sementes para as três espécies, nota-se que lotes com maior vigor também apresentaram

os maiores valores para o percentual de plântulas normais fortes, possivelmente devido às

melhores condições fisiológicas dos lotes. Isso também foi verificado por Oliveira (2016),

adequando o teste de condutividade elétrica para Acacia mangium (Fabaceae).

4.3. Correlação entre a classificação de vigor de plântulas e os testes de vigor para as

espécies: Enterolobium contortisiliquum, Pityrocarpa moniliformis e Poincianella

pyramidalis.

A partir da correlação dos resultados dos testes fisiológicos com a porcentagem de

plântulas normais fortes para a espécie Enterolobium contortisiliquum (Tabela 6), foi possível

observar que todas as correlações entre as variáveis foram positivas, os maiores valores são

observados entre a correlação da porcentagem de PNF com os testes de IVG e MSP.

Tabela 6: Correlação entre a porcentagem de plântulas normais fortes de E. contortisiliquum

e as variáveis fisiológicas.

Correlações R P Correlação

Plântulas normais fortes (%) x IVG 0,909 < 0,0001 Positiva forte

Plântulas normais fortes (%) x CP (cm.plântula-1) 0,642 < 0,0001 Positiva moderada

Plântulas normais fortes (%) x MSP (mg.plântula-1) 0,869 < 0,0001 Positiva forte

Plântulas normais fortes (%) x E (%) 0,750 < 0,0001 Positiva forte

Plântulas normais fortes (%) x IVE (%) 0,740 < 0,0001 Positiva forte

Para a correlação, o valor de r pode variar de -1 a 1, para qualquer conjunto de dados.

Dessa forma, quanto mais próximo r estiver de um mais forte será a correlação e quanto mais

perto de zero, mais fraca ela será considerada (LEVIN, 2004).

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O valor de r entre 0,01 e 0,39 indica correlação positiva fraca, de 0,40 a 0,69

correlação positiva moderada, já a variação de 0,70 a 1 demonstra uma correlação positiva

forte. (STEVENSON 1981; MIRANDA, 2008). Os mesmos critérios para classificação dos

valores e níveis de correlações foram utilizados por Jesus (2017) para a espécie E.

contortisiliquum avaliando o crescimento e nodulação da espécies cultivada em solos de

diferentes sistemas de uso.

Na correlação dos resultados dos testes fisiológicos com a porcentagem de plântulas

normais fortes da espécie P. moniliformis (Tabela 7) foi possível observar que todas as

correlações entre as variáveis foram positivas. Os maiores valores foram encontrados entre a

as correlações do percentual de PNF com os testes de IVG, MSP e porcentagem de

emergência em campo.

Tabela 7: Correlação entre a porcentagem de plântulas normais fortes de P. moniliformis e as

variáveis fisiológicas.

Correlações R P Correlação

Plântulas normais fortes (%) x IVG 0,8453 < 0,0001 Positiva forte

Plântulas normais fortes (%) x CP 0,3694 < 0,0001 Positiva fraca

Plântulas normais fortes (%) x MSP 0,8669 < 0,0001 Positiva forte

Plântulas normais fortes (%) x E (%) 0,4541 < 0,0001 Positiva moderada

Plântulas normais fortes (%) x IVE (%) 0,3589 < 0,0001 Positiva fraca

As correlações entre os testes fisiológicos e o percentual de plântulas normais fortes

para a P. pyramidalis mostraram-se positivas (Tabela 8), sendo considerada uma correlação

forte entre teste de MSP e o PNF.

Tabela 8: Correlação entre a porcentagem de plântulas normais fortes de P. pyramidalis e as

variáveis fisiológicas.

Correlações R P Correlação

Plântulas normais fortes (%) x IVG 0,3921 < 0,0001 Positiva fraca

Plântulas normais fortes (%) x CP 0,6851 < 0,0001 Positiva moderada

Plântulas normais fortes (%) x MSP 0,7819 < 0,0001 Positiva forte

Plântulas normais fortes (%) x E (%) 0,6285 < 0,0001 Positiva moderada

Plântulas normais fortes (%) x IVE (%) 0,5248 < 0,0001 Positiva moderada

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Ao relacionar a porcentagem de plântulas normais fortes (PNF) com os resultados dos

testes de vigor obtidos neste trabalho (Tabelas 3, 6 e 8), foi possível verificar que houve

correlação. Os lotes com melhor qualidade fisiológica apresentaram maiores valores para

porcentagem de PNF, esta mesma relação foi constatada nas correlações, em que todas foram

consideradas positivas.

A correlação positiva entre o percentual de PNF com os teste de E e IVE é um bom

parâmetro para subsidiar a utilização do teste de classificação do vigor de plântulas para as

espécies. Tendo em vista que estes testes complementam e auxiliam na definição do potencial

fisiológico dos lotes, pois estima o desempenho das sementes em condições variadas do

ambiente (MENEZES et al., 2007; ROCHA, et al., 2015).

Para as três espécies a correlações entre a porcentagem de PNF e a MSP foram

positivas fortes. A literatura explica que o teste matéria seca de plântulas considera os lotes

que produzirem plântulas com maior ganho de massa como os mais vigorosos, em função das

sementes apresentarem maior capacidade de transformação dos tecidos e suprimento das

reservas armazenadas, sendo considerado um teste eficiente na avaliação do vigor de lotes de

sementes (AMARO, et al., 2015).

Uma vez que, para se avaliar vigor de lotes é necessário executar um conjunto de

testes, o teste de plântulas normais fortes pode ser incorporado às analises realizadas em

ambiente laboratorial com o intuito de completar os demais testes realizados com espécies

florestais. Além disso, o estabelecimento de parâmetros morfológicos específicos proporciona

ao teste maior robustez.

Deste modo, o teste de classificação de plântulas normais fortes pode ser utilizado para

classificação da qualidade fisiológica de lotes de sementes e que a prévia caracterização

morfológica de plântulas estabelece parâmetros que torna este método seguro na avaliação do

vigor de um lote de sementes das espécies estudadas.

6. CONCLUSÕES

Para as plântulas das espécies Enterolobium contortisiliquum e Poincianella

pyramidalis os principais critérios que as classificam como normais fortes estão ligados a o

desenvolvimento da parte aérea, para a espécie Pityrocarpa moniliformis esses critérios estão

relacionados ao desenvolvimento radicular das plântulas.

As principais anormalidades encontradas para as espécies Enterolobium

contortisiliquum, Pityrocarpa moniliformis e Poincianella pyramidalis estão ligadas a má

formação de raízes, déficit de pigmentação e desenvolvimento de eófilos.

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As três espécies apresentaram germinação do fânero-epígeo-foliáceo (PEF).

O uso dos parâmetros morfométricos na identificação de uma plântula normal forte

permite maior exatidão no momento da classificação das mesmas, identificando-se os lotes 3

e 5 de Enterolobium contortisiliquum como os mais vigorosos, para a Pityrocarpa

moniliformis, o lote 5 foi o que mais se destacou e para a Poincianella pyramidalis, o lote 1

foi o de melhor qualidade fisiológica.

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8. ANEXO I

Planilha avaliativa de parâmetros morfológicos do Tamboril/ Lote: Repetição:

Características da plântula 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

Comprimento total da plântula

Raiz - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Raiz primária pivotante e com poucos

pelos simples

Comprimento entre 5-10,5 cm

Coloração: amarelo claro

Hipocótilo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Cilíndrico, levemente curvo.

Comprimento de 9 – 12,8 cm

Coloração: verde acinzentado amarelado

Cilíndrico e sem pelos

Cotilédones - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

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cotilédones carnosos

Pecíolos opostos e isófilos

1,5 - 2,3 cm de comprimento e de 0,9-

1,2cm de largura

Coloração: verde acinzentado amarelo

Epicótilo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Comprimento entre 1,5 – 2,4 cm

Coloração: verde acinzentado amarelado

Eófilos - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Compostos, opostos e bipinados

3,5 a 5,5 cm de comprimento

Folíolos (10 a 12 pinas ) variando entre

0,8 e 1,5 cm de comprimento e de 0,1 a

0,3cm de largura.

Coloração: verde acinzentado amarelo

escuro

Formato: oblongo

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9. ANEXO II

Planilha avaliativa de parâmetros morfológicos da catanduva/ Lote: Repetição:

Características da plântula 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

Comprimento total da plântula

Raiz - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Raiz axial flexuosa fina

Comprimento entre 4-6,7 cm

Coloração cinza esverdeado claro ao amarelo

claro

Hipocótilo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Cilíndrico, levemente curvo.

Comprimento de 3,9-5,5 cm

Coloração do branco ao verde claro

Presença de pelos finos, escassos com coloração

branca

Cotilédones - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Cordiformes

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Pecíolos opostos

Cotilédones foliáceos

0,7-1,7 cm de comprimento e de 0,8-1,3cm de

largura

Coloração verde amarelado forte

Epicótilo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Comprimento entre 0,5 – 1,2 cm

Coloração verde amarelado brilhante

Presença densa pilosidade esbranquiçada

Eófilos - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Duas folhas simples (opostas)

0,5-1,7 cm de comprimento e de 0,4-1,2cm de

largura

Coloração verde amarelo forte

Ovado e com a borda do tipo repanda e presença

de pelos em sua extensão

Nervação do tipo cladódroma

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10. ANEXO II

Planilha avaliativa de parâmetros morfológicos da catingueira/ Lote: Repetição:

Características da plântula 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

Comprimento total da plântula

Raiz - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Raiz axial flexuosa fina

Comprimento entre 10-14 cm

Coloração marrom-escura

Hipocótilo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Cilíndrico, levemente curvo.

Comprimento entre 3-4,2

Coloração esverdeada

Presença de pelos finos, escassos com

coloração branca

Presença de estrias

Presença de lenticelas circulares de

coloração ferrugínea

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Cotilédones - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Cordiformes

Pecíolos opostos

Subcarnosos

1,5 cm de comprimento por 1,1 cm

(médio)

Coloração verde clara

Epicótilo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Comprimento entre 3,0-4,2 cm

Lenticelado

De formato cilíndrico e reto

Coloração verde escura

Presença de pelos finos de coloração

marrom

Eófilos - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Compostos

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Alternos

Espiralados

Trifoliados

Pecíolo com 0,6-1,2 cm

Pecíolo de coloração verde clara

Pulvino de coloração verde escura

Estípulas avermelhadas, setáceas e com

pelos

Folíolo com de 2 a 5 folíolulos

Foliólulos

Alternos

Coloração verde clara ou escura

Comprimento entre 0,5-0,9

Comprimento da nervação entre 0,4-0,6

Nervação peninérvea

** alguns folíolulos apresentam

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coloração vermelho carmim