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1 TERMO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DE PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PMGIRS 1. OBJETO Contratação de Pessoa Jurídica para elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos dos Municípios de Anchieta, Guarapari e Piúma, situado na Região Metropolitana da Grande Vitória - RMGV (PMGIRS) em todas as suas fases, desde a mobilização dos atores envolvidos, até a elaboração do documento final contendo diagnósticos, diretrizes e metas de implementação do Plano, bem como Minuta de Projeto de Lei para sua instituição legal, em consonância com os objetivos de integração da Gestão de Resíduos Sólidos na RMGV e ainda com atenção aos Planos Estadual e Nacional de Resíduos Sólidos que se encontram em processo de elaboração, em paralelo a construção desse instrumento de gestão ora em contratação. 2. BASE CONCEITUAL E LEGAL A Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, instituída pela Lei Federal nº 12.305 de 02 de agosto de 2010, foi fruto de uma discussão de quase 20 anos no Congresso Nacional, apresentando-se como um marco jurídico e importante instrumento no enfrentamento de um dos maiores problemas ambientais da atualidade. Na seqüência, a União Federal editou o Decreto Regulamentar nº 7.404/2010 e instituiu um Comitê Interministerial com a missão de elaborar um Plano Nacional de Gestão de Resíduos Sólidos, que encontra-se em estágio de debate popular. O Lixo, produto de todo ato de consumo, é tratado na atual legislação como resíduos sólidos: Art. 3º, inc. XVI - resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível [...].

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TERMO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DE PLANO

MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PMGIRS

1. OBJETO

Contratação de Pessoa Jurídica para elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos dos Municípios de Anchieta, Guarapari e Piúma, situado na Região

Metropolitana da Grande Vitória - RMGV (PMGIRS) em todas as suas fases, desde a

mobilização dos atores envolvidos, até a elaboração do documento final contendo

diagnósticos, diretrizes e metas de implementação do Plano, bem como Minuta de Projeto

de Lei para sua instituição legal, em consonância com os objetivos de integração da Gestão

de Resíduos Sólidos na RMGV e ainda com atenção aos Planos Estadual e Nacional de

Resíduos Sólidos que se encontram em processo de elaboração, em paralelo a construção

desse instrumento de gestão ora em contratação.

2. BASE CONCEITUAL E LEGAL

A Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, instituída pela Lei Federal nº 12.305 de 02 de

agosto de 2010, foi fruto de uma discussão de quase 20 anos no Congresso Nacional,

apresentando-se como um marco jurídico e importante instrumento no enfrentamento de

um dos maiores problemas ambientais da atualidade. Na seqüência, a União Federal editou

o Decreto Regulamentar nº 7.404/2010 e instituiu um Comitê Interministerial com a missão

de elaborar um Plano Nacional de Gestão de Resíduos Sólidos, que encontra-se em estágio

de debate popular.

O Lixo, produto de todo ato de consumo, é tratado na atual legislação como resíduos sólidos:

Art. 3º, inc. XVI - resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem

descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação

final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos

estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e

líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede

pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica

ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível [...].

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Além da definição acima, a nova legislação federal trouxe uma extensa lista de conceitos e

novos institutos jurídicos que alteram significativamente o panorama jurídico da matéria,

impondo um trabalho de revisão e atualização de toda a legislação anterior. Ademais, trouxe

em seu texto uma “Agenda Pública”, na qual são impostos deveres aos Estados e Municípios

de elaboração de seus planos de gestão integrada de resíduos sólidos, adequação de seus

procedimentos de licenciamento, implementação da coleta seletiva e da logística reversa,

aplicação de um sistema de responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos

e embalagens, a inserção social dos catadores de materiais recicláveis e utilizáveis, além de

outros deveres com os respectivos prazos para cumprimento.

Não obstante tais prazos estejam sendo objeto de discussão no processo participativo de

elaboração do Plano Nacional, o fato é que deverão ser cumpridos, sob pena de

responsabilidade do ente público, além da responsabilidade civil, penal e administrativa dos

Gestores.

A PNRS, outrossim, traz uma série de estímulos jurídicos e financeiros para a adoção de

modelos de gestão compartilhada e coordenada, razão pela qual os Municípios integrantes

da RMGV (Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra, Viana, Guarapari e Fundão) optaram por

trazer o debate para a esfera metropolitana, bem como pela atualização do Plano Diretor de

Resíduos Sólidos da RMGV com vistas à elaboração de um plano intermunicipal, que

comporte as ações conjuntas e possa trazer mais eficiência e economia de escala à gestão

integrada do serviço, sem descumprir a exigência legal de elaboração de seus respectivos

PMGIRS, especificando-se nestes as peculiaridades e os aspectos locais da gestão, cuidando

para manutenção nestes da necessária correlação e harmonia com as diretrizes do Plano

Intermunicipal, em fase de construção.

A base conceitual e legal deste PMGIRS deve ainda considerar os acúmulos de experiências e

discussões da Gestão de Resíduos Sólidos no Estado do Espírito Santo que serviu de base a

instituição da Política Estadual de Resíduos Sólidos (Lei nº 9.264/2009), bem como as etapas

seguintes para sua implementação no âmbito do Comitê Estadual de Resíduos Sólidos do

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Espírito Santo – COGERES e em seus subcomitês e câmaras técnicas especializadas, além do

contexto específico da RMGV em face dos trabalhos desenvolvidos e em desenvolvimento

no âmbito do COMDEVIT e do Programa Capixaba de Materiais Reaproveitáveis – PCMR.

3. OBJETIVO

O objetivo geral do presente Termo de Referência é o atendimento ao que dispõe a Política

Nacional de Resíduos Sólidos. O PMGIRS, então deverá apontar e descrever as ações

relativas ao manejo de resíduos sólidos, contemplando os aspectos referentes a não

geração, redução, reutilização, reciclagem dos materiais pós consumo e disposição final

ambientalmente adequada do rejeito.

O PMGIRS deverá conter ainda a estratégia a ser adotada pelos geradores dos resíduos, a

fim de proteger a saúde humana e o meio ambiente, conforme dispõe a Lei 12.305, de 2 de

agosto de 2010 e o Decreto Federal que a regulamenta.

Ao final, a contratada deverá produzir documento indicando as diretrizes essenciais a serem

observadas nas contratações ou adequações nos contratos de serviços de limpeza urbana,

bem como fornecer minutas de legislação municipal necessária, ambos instrumentos

essenciais à efetiva implementação do PMGIRS, em consonância com o Plano Intermunicipal

onde esteja inserido o Município e com definições de atribuições, responsabilidades, metas

e instrumentos adicionais exigíveis.

4. ETAPAS

4.1. Plano de Trabalho

A contratada deverá apresentar Plano de Trabalho descrevendo detalhadamente as etapas:

Projeto de Mobilização Social – PMS, Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos Sólidos,

Proposta de Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e Implementação do

Plano, Estratégias de Implementação, Programas de Acompanhamento e Controle, Produtos

a Serem Entregues, Forma de Apresentação dos Produtos, Equipe Técnica e Cronograma

Físico e Financeiro discriminando todas as etapas do processo. Devem se apresentadas as

metodologias adotadas e justificar sua escolha em detrimento de outras.

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O Plano de Trabalho será submetido à apreciação da comissão de acompanhamento do

Termo de Compromisso Socioambiental – TCSA, composta por integrantes da Samarco,

IEMA, Ministério Público e dos Municípios em questão.

4.2. Projeto de Mobilização Social - PMS

A elaboração do PMGIRS requer a formatação de um modelo de planejamento participativo

e de caráter permanente. A participação e o envolvimento da sociedade deve ser a mais

ampla e heterogênea possível, com destaque para os catadores de materiais reaproveitáveis

ao longo de todo processo de elaboração do Plano.

O Projeto de Mobilização Social e Divulgação - PMS deve definir a metodologia, mecanismos

e procedimentos que permitam sensibilizar o maior número de atores para o trabalho a ser

realizado, mobilizando-os para contribuir e se co-responsabilizar pelo processo.

Deverá se buscar a cooperação com outros processos locais de mobilização e ação para

assuntos de interesse convergente com a gestão de resíduos sólidos, tais como: Agenda 21

local, Coletivos Educadores Ambientais, Conselho Estadual de Meio Ambiente, Conselhos

Municipais, Conselhos Comunitários e Câmaras Técnicas de Comitês de Bacia Hidrográfica,

entre outros.

A participação social no processo de elaboração do PMGIRS ocorre a partir da mobilização

social e inclui divulgação de estudos e propostas e a discussão de problemas, alternativas e

soluções relativas à gestão de resíduos sólidos, além da capacitação para a participação em

todas as etapas do processo.

Após a aprovação, por ato normativo, da Proposta do PMGIRS, inicia-se a etapa de ampla

divulgação do Plano, devendo ser realizadas no mínimo quatro reuniões (sendo uma em

cada município e uma geral nos moldes de um seminário), de modo a envolver e preparar

todos os atores para sua implementação. As reuniões devem contar com coffee break para

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setenta pessoas, quando for especifica para um município, e para cento e cinquenta

pessoas, quando for geral para os três municípios (seminário).

O PMGIRS deve contemplar os objetivos, metas e atividades da mobilização, cronogramas e

principais atividades a serem desenvolvidas nas seguintes etapas:

I. Diagnóstico participativo;

II. Propostas de intervenções;

III. Apresentação das proposições e validação do PMGIRS;

IV. Divulgação do PMGIRS.

O PMGIRS deve conter ainda a programação detalhada e o cronograma das principais

atividades, tais como:

I. Identificação de atores sociais envolvidos no processo de elaboração do PMGIRS;

II. Capacitação dos atores interessados;

III. Definição da estratégia de divulgação, disponibilização dos conteúdos e demais

informações pertinentes e respectivos meios de comunicação local;

IV. Divulgação da elaboração do PMGIRS junto à comunidade, tanto rural como urbana;

V. Realização dos eventos visando a identificação e discussão da realidade dos resíduos

sólidos no município;

VI. Definição da metodologia das plenárias, utilizando dinâmica e instrumentos didáticos

com linguagem apropriada.

4.3. Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos Sólidos

Conforme a disponibilidade das fontes de dados (secundários e primários) e necessidade de

informações para dimensionar e caracterizar os investimentos necessários para uma eficaz

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gestão dos resíduos sólidos, deverá ser realizada uma ampla pesquisa dos dados disponíveis

em instituições governamentais (municipais, regionais, estaduais e federais) e não

governamentais, bem como pesquisa de campo.

A infraestrutura atual do sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos deverá ser

diagnosticada, considerando sua adequabilidade e eventuais problemas. Nesse diagnóstico

deverão constar os critérios estabelecidos no Art. 19 da Lei Federal n°. 12.305/2010, bem

como as seguintes informações:

a) Identificação da Prefeitura e de seu titular, bem como dos titulares das pastas

envolvidas, responsáveis pelo fornecimento de dados e por futuras tarefas necessárias à

implementação do PMGIRS, sendo estas tarefas devidamente especificadas na

qualificação do agente público responsável pela realização, ou pela coordenação dos

trabalhos com vistas a sua realização. Cada responsável por quaisquer das tarefas

indicadas no plano deverá ser identificado e cadastrado com seu endereço completo e

meio de contato;

b) Análise crítica dos programas existentes relacionados com a gestão de resíduos no

município, tais como: Programa de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil – RCC;

Programa de Reciclagem do Coco Verde Consumido no Município; Programa de Coleta

de Pneus Inservíveis; Programa de Coleta de Óleo de Fritura (Lei Municipal nº.

3.013/2099); Programa coleta de Pilhas e Baterias;

c) Caracterização dos resíduos sólidos do município, com base em dados secundários,

entrevistas qualificadas e inspeções locais, conforme relação abaixo.

Observação: Para os efeitos do plano, os resíduos sólidos devem seguir a seguinte

classificação:

I - quanto à origem:

I.a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em

residências e comércios geradores de pequenos volumes;

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I.b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de

logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;

I.c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”;

I.d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os

gerados nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas “a”,“b”, “e”,

“g”, “h” e “j”;

I.e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas

atividades, excetuados os referidos na alínea “c”;

I.f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações

industriais;

I.g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos estabelecimentos de saúde,

conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos

do SISNAMA e do SNVS;

I.h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas,

reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da

preparação e escavação de terrenos para obras civis;

I.i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e

silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas

atividades;

I.j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos,

terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;

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I.k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou

beneficiamento de minérios;

I.l) resíduos agroindustriais: os gerados na industrialização de produtos

agropecuários;

I.m) resíduos pneumáticos: aquele que não mais se presta a processo de

reforma que permita condição de rodagem adicional.

I.n) resíduos eletroeletrônicos;

I.o) resíduos de pilhas e baterias;

I.p) resíduos de lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio ou vapor de

mercúrio;

I.q) resíduos de óleo vegetal ou animal;

I.r) resíduos de atividades pesqueiras e de beneficiamento de mariscos;

I.s)resíduos consistentes de cascas e outras partes de produtos naturais

consumidos;

I.t) outros resíduos relevantes gerados em território municipal.

II - quanto à periculosidade:

II.a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade,

corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade

e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental,

de acordo com lei, regulamento ou norma técnica;

II.b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea “a”.

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III- quanto a demanda no mercado dos recicláveis para o estado do ES:

III.a) resíduos com alta demanda;

III.b) resíduos com demanda mediana;

III.c) resíduos com demanda insignificante.

d) Descrição dos sistemas de varrição, acondicionamento, coleta, transporte, disposição final

dos resíduos sólidos e eventuais problemas operacionais. Esta descrição deverá englobar

desenhos, fluxogramas, fotografias e planilhas que permitam um perfeito entendimento dos

sistemas em operação;

e) Identificação de áreas de disposição inadequada de resíduos e áreas contaminadas e

respectivas medidas saneadoras;

f) Identificação de carência do poder público para o atendimento adequado da população;

g) Identificar as quantidades geradas de cada tipo de resíduo e sua destinação, inclusive

modelo de gestão e tecnologia empregada no reaproveitamento;

h) Identificar as quantidades geradas de rejeitos que chegam aos locais de disposição final,

bem como modelo de gestão e as tecnologias empregadas nesta etapa do processo;

f) Formas utilizadas para a destinação e/ou disposição final dos rejeitos, considerando

operação atual dos sítios, vida útil, projetos a curto e médio prazo, estudos realizados ou em

andamento, impactos ambientais e situação perante a legislação vigente;

g) Atividades atuais de reutilização, reaproveitamento e reciclagem levando em conta as

quantidades, tipos de materiais, benefícios socioeconômicos, mercado existente, canais de

comercialização, distribuição, logística de transporte e armazenagem, grupos sociais

envolvidos, problemas organizacionais, urbanísticos, infra-estruturais, logísticos, de

regularidade ambiental, de vulnerabilidade social, de fragilidade nas relações comerciais e

demais informações relevantes; e

h) Levantamento das práticas atuais e dos problemas existentes associados à infraestrutura

dos sistemas de limpeza urbana;

i) Organograma do prestador de serviço, incluindo a administração direta e terceirizados;

j) Descrição do corpo funcional (números de servidores por cargo) e identificação de

possíveis necessidades de capacitação, remanejamento, realocação, redução ou ampliação

da mão-de-obra utilizada nos serviços;

k) Receitas operacionais e despesas de custeio e investimento;

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l) Relatório analítico de indicadores operacionais, econômico-financeiros, administrativos e

de qualidade dos serviços prestados;

k) Identificação e avaliação dos programas de educação ambiental, em saúde e em

comunicação e mobilização social;

l) Identificação da existência de programas especiais (reciclagem de resíduos da construção

civil, coleta seletiva, compostagem, cooperativas e/ou associações de catadores e outros).

m) Levantamento dos aspectos sociais relativos à inclusão social no manejo de resíduos

sólidos, conforme prevê a Lei n°. 12.305/2010 e Decreto n°. 7.404/2010.

4.4. Conteúdo da Proposta de Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

I – Definição do Âmbito Territorial Ótimo ao Reaproveitamento de Materiais Pós

Consumo - Levantamento e análise de disponibilidade de áreas e infra-estruturas disponíveis

em território municipal ou na RMGV, potencialmente adequadas para abrigar etapas de

gradativa revalorização de materiais pós consumo gerados no município, por cada tipo ou

grupo de materiais, desde as mais próximas às fontes geradoras que permitam a triagem

preliminar e ganhos logísticos nas etapas subseqüentes de transporte, até aquelas áreas de

maiores proporções necessárias e adequadas para etapas mais avançadas de revalorização,

ou simplesmente para armazenamento pré-comercialização, com vistas a obtenção de maior

escala ou agregação de valor para melhor desempenho do negócio de comercialização dos

materiais recicláveis;

II – Análise e proposição do modelo de gestão mais adequado a cada espaço e a cada

etapa de revalorização identificada como necessária no levantamento referido no item I,

correlacionando-os às interações de melhor desempenho socioeconômico com os grupos

sociais presentes em cada âmbito territorial ótimo, inclusive considerando as características

e possibilidades de relacionamento simbiótico, produtivo e harmônico entre os prestadores

de serviços de limpeza urbana e estes grupos sociais, onde o melhor resultado indique a

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melhor relação custo-benefício para a municipalidade, aí contabilizados os benefícios da

inclusão social promovida.

III - Identificar as áreas favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de

rejeitos, observado o plano diretor de que trata o § 1º do art. 182 da Constituição Federal e

o zoneamento ambiental, quando houver;

IV - Identificar a possibilidade de implantação de soluções consorciadas ou

compartilhadas com outros Municípios, considerando a economia de escala, a proximidade

dos locais estabelecidos e as formas de prevenção dos riscos ambientais;

V – Identificar e propor estratégias de gestão dos resíduos sólidos e os geradores

sujeitos ao plano de gerenciamento ou ao sistema de logística reversa, conforme os Arts. 20

e 33 da Lei nº 12.305, de 2010, observadas as disposições do PMGIRS e as normas editadas

pelos órgãos do SISNAMA e do SNVS;

VI - Estabelecer Procedimentos operacionais e especificações mínimas a serem adotadas

nos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, incluída a coleta

seletiva e as etapas de agregação de valor a recicláveis, os armazenamentos intermediários e

a disposição final ambientalmente adequada de rejeitos, em consonância com o disposto

nas Leis nº 11.445, de 2007 e nº 12.305, de 2010, e seus respectivos decretos

regulamentadores;

VII - Estabelecer Regras para transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos

sólidos de que trata o Art. 20 da Lei nº 12.305, de 2010, observadas as normas editadas

pelos órgãos do SISNAMA e do SNVS, bem como as demais disposições previstas na

legislação federal e estadual;

VIII - Estabelecer critérios de escolha da área para localização do bota-fora,

intermediário ou final, dos resíduos inertes (excedente de terra dos serviços de

terraplenagem, entulhos etc.) gerados, tanto da fase de instalação (implantação de infra-

estrutura), como de operação (construção de imóveis etc);

IX - Estabelecer critérios de escolha para localização de centrais de triagem e reciclagem

de materiais inertes oriundos da construção civil;

X - Definição das responsabilidades, individuais e compartilhadas, quanto a

implementação e operacionalização pelo Poder Público de todas as etapas do PMGIRS,

incluídas as etapas de exigir e monitorar a execução dos planos de gerenciamento de

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resíduos sólidos de responsabilidade privada, gerados, transportados, armazenados ou

destinados em território do município;

XI - Propostas de Programas de Educação Ambiental, nas redes formais de ensino,

públicas e privadas, e nas comunidades, voltados a sensibilização de cidadãos quanto às suas

responsabilidades e oportunidades com relação à gestão ecológica e econômica dos

materiais pós consumo, inclusive quanto às decisões contidas nas Políticas Estadual e

Nacional de Resíduos Sólidos relativas à promoção de inclusão social, a não geração, a

redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos, além do consumo sustentável.

XII - Propostas de linhas de base e estratégias para realização de uma campanha de

comunicação para educação e mobilização da sociedade, com vistas a efetiva participação da

população, para sucesso de todas as etapas de implementação do PMGIRS.

XIII - Estabelecer programas e ações voltadas à participação de cooperativas e

associações de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, inclusive avaliando os

instrumentos econômicos previstos nos Art. 80 do Decreto n°. 7.404/2010 e Art. 42 da Lei n°.

12.305/2010, para o caso de cooperativas formadas por pessoas de baixa renda;

XIV - Estabelecer sistema de cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de

limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, bem como a forma de cobrança desses

serviços, observado o disposto na Lei nº 11.445, de 2007;

XV- Estabelecer metas progressivas de coleta seletiva e reciclagem dos resíduos;

A. Metas de não geração, redução, reutilização, reciclagem, entre outras, com vistas

a reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos encaminhados para disposição final;

B. Metas para o aproveitamento energético dos rejeitos, ou, no mínimo, quando a

tecnologia aplicada for o aterro sanitário, metas para aproveitamento dos gases

gerados nas unidades de disposição final desses rejeitos;

C. Metas para a eliminação e recuperação de lixões ou pontos de disposição

irregular de resíduos, associadas à inclusão social e à emancipação econômica de

catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, quando couber.

D. Programas, projetos e ações para o atendimento das metas previstas;

E. Normas e condicionantes técnicas para o acesso a recursos da União, para a

obtenção de seu aval ou para o acesso a recursos administrados, direta ou

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indiretamente, por entidade federal, quando destinados a ações e programas de

interesse dos resíduos sólidos;

F. Medidas para incentivar e viabilizar a gestão regionalizada dos resíduos sólidos;

G. Diretrizes para o planejamento e demais atividades de gestão de resíduos sólidos

das regiões integradas de desenvolvimento instituídas por lei complementar, bem

como para as áreas de especial interesse turístico;

H. Normas e diretrizes para a disposição final de rejeitos e, quando couber, de

resíduos;

I. Meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito municipal e,

regional quando couber, da implementação e operacionalização do PMGIRS,

assegurado o pleno controle social.

XVI - Descrever as formas e os limites legais da participação do Poder Público local na

coleta seletiva e na logística reversa, respeitado o disposto no art. 33 da Lei nº 12.305, de

2010, e de outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos

produtos, para todos os casos prevendo-se as regras de transição;

XVII - Elaborar planta de situação do(s) destino(s) final(is) dos resíduos sólidos, sobre

mapa básico em escala adequada, e indicar o itinerário entre a unidade geográfica de

planejamento escolhida (bairro, regional administrativa, etc) e um dos destinos finais ou o

destino final, conforme o caso;

XVIII - Prever eventos de emergência e contingência, inclusive matriz de

responsabilidades;

XIX - Estabelecer a periodicidade de sua revisão.

XX - Estabelecer indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços

públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos;

XXI – Propor programas e ações de capacitação técnica das equipes internas de gestão e

de gerenciamento, dos prestadores de serviços, de lideranças comunitárias e do público alvo

da inclusão social, voltados para sua implementação e operacionalização;

XXII – Propor mecanismos para a criação de fontes de negócios, emprego e renda,

mediante a valorização dos resíduos sólidos, inclusive com avaliação da indicação de

fomento para surgimento de empreendimentos de reciclagem de materiais em território

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municipal ou na região, de modo a vencer os gargalos de comercialização de alguns

materiais;

XXIII – Propor meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito local,

da implementação e operacionalização dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos de

que trata o art. 20 e dos sistemas de logística reversa previstos no Art. 33 da Lei n°.

12.305/2010;

XXIV - Propor ações preventivas e corretivas a serem praticadas, incluindo programa de

monitoramento;

XXV - Estabelecer Sistemas de Informação referente ao manejo de Resíduos Sólidos, dos

órgãos municipais por meio de software compatível com sistemas utilizados pelos órgãos

estaduais e federais, visando fornecer informações necessárias aos órgãos do SISNAMA e

compatível com o SINIR (Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos

Sólidos). Este deverá atender os seguintes objetivos:

A. Informatizar os dados prestados aos municípios pelos geradores de resíduos sólidos

localizados no Município, por meio de relatórios de movimentação de resíduos,

exigidos ou não como condicionantes de licenças ambientais;

B. Conter um banco de dados com as informações dos geradores, coleta, transporte,

tratamento, destinação e reaproveitamento de resíduos sólidos, possibilitando a

rastreabilidade dos resíduos;

C. Conter um inventário de forma sistematizada e informatizada que possibilite ter

informações em tempo real e elaboração de séries históricas;

D. Conter uma ferramenta que reduza o tempo de análise dos Relatórios de

Movimentação de Resíduos atualmente encaminhados pelas empresas;

E. Conter uma ferramenta que possibilite aos órgãos ambientais melhorar o controle

ambiental e a fiscalização das empresas/atividades geradoras de resíduos sólidos,

bem como as que realizam o manejo de resíduos;

F. Colaborar com a redução da atuação clandestina de empresas não licenciadas

ambientalmente para o manejo de resíduos sólidos (coleta, transporte, tratamento e

destinação);

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G. Conter uma ferramenta que possibilite a espacialização dos dados de forma a

visualizar as áreas e fluxos de resíduos gerados, manejados e destinados no

município;

H. Possibilitar a discussão de proposições de políticas públicas baseada em dados e

informações reais;

I. Possibilitar a redução de tempo e de custos para elaboração de diagnósticos

qualitativos de resíduos.

J. Caracterizar e monitorar as condições da prestação dos serviços públicos de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos;

K. Caracterizar a oferta de serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos;

L. Caracterizar a demanda de serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos tendo em vista a universalização desses serviços;

M. Monitorar a prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

N. Avaliar a eficiência dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

O. Avaliar a eficácia dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

P. Avaliar os resultados e os impactos sociais, econômicos e ambientais dos planos de

resíduos sólidos;

Q. Comparar com padrões e indicadores de qualidade da entidade reguladora;

R. Monitorar custos;

S. Monitorar a sustentabilidade econômico-financeira, social e ambiental da prestação

dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

T. Caracterizar anualmente os resíduos dispostos em aterro(s) sanitário(s) no município

ou por ele utilizado, para fins de monitoramento dos produtos constrangidos à

logística reversa;

U. Monitorar os passivos ambientais;

V. Monitorar os serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos por

meio de indicadores ambientais;

W. Monitorar as condições e tendências em relação às metas de redução, reutilização,

coleta seletiva e reciclagem de resíduos sólidos, conforme o Plano Nacional de

Resíduos Sólidos.

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X. Fomentar a cooperação técnica e financeira entre os setores público e privado para o

desenvolvimento de pesquisas de novos produtos, métodos, processos e tecnologias

de gestão, reciclagem, reutilização, tratamento de resíduos e disposição final

ambientalmente adequada de rejeitos;

XXVI - Propor meios de implantação e operacionalização do Sistema Municipal de

Informação em Resíduos Sólidos em consonância com os Sistemas Estadual e Nacional.

4.5. Implementação do Plano

4.5.1. Estratégias de Implementação

Definir as estratégias de prazos: imediato (1 ano), curto (5 anos), médio (10 anos) e longo

(20 anos), para implementação do PMGIRS, em consonância com o Plano Intermunicipal de

Resíduos Sólidos, definindo as responsabilidades e competências em nível municipal e

regional, e a participação das empresas e entidades privadas, em especial as empresas

operadoras e prestadoras de serviço de manejo e limpeza urbana.

Além dos mecanismos para efetuar a implementação gradual, também se deve formular a

estratégia e o programa de difusão e promoção dos resultados, desenvolvendo plano de

ação eficaz no cumprimento de todas as metas aduzidas pelo Plano Nacional, Estadual,

Intermunicipal da RMGV de Resíduos Sólidos, inclusive estabelecendo metas intermediárias

que possibilitem sua execução nos prazos propostos. O plano de ação aqui referido deverá

indicar os responsáveis pelo desempenho de cada etapa.

4.5.2. Programas de Acompanhamento e Controle

Definir os programas de acompanhamento e controle do PMGIRS, e estabelecer os

indicadores que permitam medir os estágios de progresso que devem incluir, dentre outros,

os indicadores de gestão e desempenho das entidades encarregadas do plano municipal,

assim como a clara determinação das instituições responsáveis pelo acompanhamento.

5. PRODUTOS ESPERADOS

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O PMGIRS deverá apresentar os seguintes produtos:

I. Plano de Trabalho;

II. Projeto de mobilização social

III. Diagnóstico completo da situação atual da gestão e gerenciamento de resíduos

sólidos no município, conforme diretrizes estabelecidas neste Termo de

Referência;

IV. Documento Preliminar do PMGIRS;

V. Realização de Audiência Pública e Relatório de Contribuições Obtidas;

VI. Documento final do PMGIRS;

VII. Realização de Seminário Municipal de apresentação do PMGIRS;

VIII. Documento com proposta para desenvolvimento da economia dos resíduos

sólidos, abordando a organização das instituições envolvidas, propostas de

processos de beneficiamento economicamente viáveis, sugestão de formas de

circulação de produtos, indicações para atração de investimentos para o setor e

identificação das estruturas disponíveis no mercado de reaproveitáveis;

IX. Identificação dos métodos, técnicas e estratégias de implementação da logística

reversa e do sistema de responsabilidade compartilhada, propondo modelo de

gestão;

X. Identificação de alternativas para captação de recursos para infra-estrutura,

operação e ampliação do sistema de gestão de resíduos sólidos;

XI. Minutas de Projeto de Lei para instituição legal do PMGIRS e das demais

normativas pertinentes para garantia e segurança jurídica na implementação do

plano;

XII. Proposta de Termo de Referência para o desenvolvimento de um programa de

comunicação social e educação ambiental municipal.

6. FORMA DE APRESENTAÇÃO DOS PRODUTOS

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I. Todas as Planilhas numéricas deverão ser apresentadas em forma de planilha

eletrônica.

II. O gerenciamento do projeto, por exemplo: os cronogramas, seus gráficos e

indicadores deverão ser desenvolvidos com a utilização de software de gerenciamento

de projetos a fim de facilitar e agilizar o acompanhamento das etapas.

III. Documentos consolidados em cinco vias, em meio físico e em meio digital (CD com

arquivo aberto).

IV. Documentos consolidados e resumidos, para divulgação por meio de data show, nas

apresentações ao público.

V. Relatórios quinzenais do andamento dos trabalhos.

VI. Relatório de realização das reuniões e do seminário: fotográfico e arquivo digital em

CD, com a gravação integral dos eventos.

VII. Os mapas deverão ser apresentados em arquivos DWG ou SHP na forma de cartas

imagem, georeferenciadas. Em todos os estudos deverão ser utilizados os layers do

Sistema de Base Georeferenciada do Estado do Espírito Santo - GEOBASES, cuja utilização

devera seguir as normas pré estabelecidas. As bases cartográficas estão no sistema UTM,

DATUM SIRGAS2000, com referencias altimétricas referenciadas ao IBGE.

VIII. Documento síntese, organizado para publicação,·em arquivos digitais (CD)

7. EQUIPE TÉCNICA

A equipe técnica que desenvolverá os trabalhos devera ser formada, pelo menos, pelos

profissionais relacionados a seguir:

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I. Coordenador de Projeto: profissional com especialização, experiência na coordenação

de projetos nas áreas relacionadas com a elaboração de planos de saneamento e/ou

gestão de resíduos sólidos e em projetos relacionados com o manejo de resíduos sólidos,

comprovadas através de certidão de acervo técnico e certidão de que os trabalhos foram

executados a contento.

II. Especialista em manejo de resíduos sólidos: um profissional de engenharia com

especialização em área afim ou similar a do projeto, com experiência nas áreas

relacionadas com projetos e/ou operações de armazenamento, logística de sistemas de

coleta, transporte, transferência, tratamento e sistemas de disposição final de resíduos

sólidos, comprovadas por meio de certidão de acervo técnico e certidão de que os

trabalhos foram executados a contento.

III. Especialista em manejo de resíduos sólidos: um profissional com especialização na

área de resíduos sólidos, com experiência geral em áreas relacionadas com projetos e/ou

operações de recuperação, reciclagem, aproveitamento, comercialização de resíduos

sólidos urbanos, processos de beneficiamento de resíduos sólidos industriais ou

atividades relacionadas com estas áreas, comprovadas por meio de certidão de acervo

técnico e certidão de que os trabalhos foram executados a contento.

IV. Especialista em gestão do meio ambiente: um profissional com especialização na área

ambiental, com experiência nas áreas relacionadas com manejo de recursos naturais,

estudos de impacto ambiental no campo de resíduos sólidos, gestão ambiental para o

desenvolvimento sustentável, monitoramento ambiental e/ou similar, legislação

ambiental e planejamento ambiental, comprovadas através de certidão de acervo

técnico e certidão de que os trabalhos foram executados a contento.

V. Economista e/ou especialista em avaliação financeira de projetos: um profissional com

especialização em ciências econômicas ou administrativas, e experiência especifica em

avaliação econômica e financeira de projetos, operação financeira de projetos públicos,

analises tarifarias de serviço de limpeza e atividades relacionadas com estas áreas,

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comprovadas através de certidão de acervo técnico e certidão de que os trabalhos foram

executados a contento.

VI. Profissional em gestão administrativa: profissional com especialização em ciências

administrativas, com experiência nas áreas relacionadas com implantação de processos

de otimização da gestão de empresas de serviços públicos e, em geral, de sua

especialidade dentro do projeto, comprovadas através de certidão de acervo técnico e

certidão de que os trabalhos foram executados a contento.

VII. Profissional de sistemas de informação geográfica: um profissional com experiência

em área afim ou similar ao projeto, relacionada com manejo de sistemas de informação

geográfica, locação de áreas e analise de ordenamento territorial, comprovadas através

de certidão de acervo técnico e certidão de que os trabalhos foram executados a

contento.

VIII. Profissional de Direito: profissional com experiência em áreas relacionadas com

gestão legal e jurídica na área de serviços públicos essenciais e contratação do setor

publico e privado brasileiro, comprovadas por meio de certidão de acervo técnico e

certidão de que os trabalhos foram executados a contento.

IX. Profissional de Ciências Humanas: profissional especialista na área ambiental com

experiência específica em áreas relacionadas com avaliação de impacto social, gestão de

resíduos sólidos, participação comunitária e gestão de relações com comunidades, com

organizações não governamentais e com associações de catadores, comprovadas por

meio de certidão de que os trabalhos foram executados a contento.

X. Especialista em Educação Ambiental: um profissional com especialização em Educação

Ambiental, com experiência nas áreas relacionadas com manejo de resíduos sólidos,

estudos de impacto ambiental no campo de resíduos sólidos, participação comunitária e

gestão de relações com comunidades, comprovadas por meio de certidão de acervo

técnico e certidão de que os trabalhos foram executados a contento.

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XI. Profissional de Comunicação Social: um profissional com especialização na área

ambiental, com experiência nas áreas relacionadas com manejo de resíduos sólidos,

participação comunitária e gestão de relações com comunidades, comprovadas por meio

de certidão de acervo técnico e certidão de que os trabalhos foram executados a

contento.

XII. Equipe Adicional: assessores ou profissionais de diferentes áreas, necessárias para

cobrir todas as áreas que o projeto requeira, assim como para os diferentes tipos de

resíduos envolvidos e o pessoal técnico, operativo e auxiliar administrativo requerido

para o desenvolvimento do projeto e cujas tarefas regulares tenham relação com os

objetivos e alcance do projeto.

8. PRAZOS DE ENTREGA E FORMA DE PAGAMENTO

O cronograma apresentado a seguir devera servir de referencia para execução dos trabalhos.

Etapa Descrição da Etapa Produtos Prazo de entrega (meses)

1º 2º 3º 4º 5º 6º

01 Plano de Trabalho I X

02 Projeto de mobilização social II X

03 Diagnóstico III X

04 Documento preliminar

PMGIRS IV X

05 Audiência Pública - PMGIRS V X

06 Documento final PMGIRS VI X

07 Seminário VII X

08 Documentos complementares VIII, IX,

X, XI e

XII

X

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Os serviços serão medidos obedecendo ao cronograma de entrega dos produtos

apresentados em forma de percentual, tendo como referencia o valor global do contrato,

sendo o pagamento efetuado mediante a apresentação e aprovação dos produtos, conforme

discriminado no quadro a seguir:

DISCRIMINAÇÃO DE PRODUTOS PRAZO DE ENTREGA

(acumulado) CONDIÇÃO DE PAGAMENTO

%

I – Plano de Trabalho 1ª quinzena

Após apreciação da comissão do TCSA e posteriores ajustes sugeridos pela mesma

15%

II – Projeto de mobilização social.

2a quinzena Após a revisão dos relatórios e aprovação do documento final

20%

III – Diagnóstico 6a quinzena Após a revisão dos relatórios e aprovação do documento final

20%

IV – Documento Preliminar do PMGIRS

8a quinzena Após a revisão dos relatórios e aprovação do documento final

10%

V – Audiência Pública;

3a quinzena Após a revisão dos relatórios e aprovação do documento final

10%

VI – Documento final do PMGIRS 12a quinzena Após a revisão dos relatórios e aprovação do documento final

10%

VI – Relatório do seminário metropolitano

12ª quinzena Após a revisão dos relatórios e aprovação do documento final

10%

VIII, IX, X, XI e XII – Documentos complementares

12ª quinzena Após a revisão dos relatórios e aprovação do documento final

5%

TOTAL 6 meses 100%

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9. AVALIAÇÃO E JULGAMENTO DAS PROPOSTAS

As propostas serão avaliadas e julgadas conforme os critérios apresentados no quadro abaixo:

Critérios Distribuição dos Pontos

Aderência da metodologia proposta ao termo de referência 50

Experiência na área (planos similares) 25

Equipe técnica 25

Total Geral 100

10. CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS

Como subsídio à elaboração do Plano, sugere-se complementarmente, consultar as normas

e referências bibliográficas sobre o assunto, destacando-se as aqui selecionadas.

- Lei Federal 9605, de 12 de fevereiro de 1998: Dispõe sobre as sanções penais e

administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras

providências;

- Lei Federal 12.305, de 2 de agosto de 2010. Dispõe sobre a Política Nacional de Resíduos

Sólidos;

- Decreto Federal n°. 7404/2010 que regulamenta a Lei nº 12.305, de 2010

- LEI ES Nº 9.264, DE 16/07/2009 que institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos do

Espírito Santo;

- Decreto n. 1730-R de 01 de setembro de 2006 que institui o COGERES;

- Decreto nº 2362-R, de 24 de setembro de 2009 que reestrutura o COGERES;

- Decreto nº 2.363-R, DE 24/09/2009 que institui o Programa Capixaba de Materiais

Reaproveitáveis – PCMR;

- Lei Municipal nº. 1.258/1990 (Código de Posturas)

- Lei Municipal nº. 1.224/1989 – Dispõe Sobre a Política de Proteção do Controle e da

Conservação do Meio Ambiente e da Melhoria da qualidade de Vida no Município de

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Guarapari.

- Decreto Municipal nº. 243/1994 – Regulamenta a Lei Municipal nº. 1.224/1989.

- Lei Complementar Municipal nº. 007/2007 - Plano Diretor Municipal.

- Lei Municipal nº. 3.013/2009 – Institui o Plano Municipal de Destinação Adequada de Óleo

de Fritura e da outras Providências.

- Resolução CONAMA 257 de 30 de junho de 1999: Pilhas e baterias – Dispõe sobre a

destinação final de pilhas e baterias;

- Resolução CONAMA 416 de 30 de setembro de 2009: Dispõe sobre a prevenção à

degradação ambienta causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente

adequada;

- Resolução CONAMA 263 de 12 de novembro de 1999: Pilhas e baterias – Inclui o inciso IV

no Artigo 6º da Resolução CONAMA 257 de 30 de junho de 1999;

- Resolução CONAMA 275 de 25 de abril de 2001: Estabelece o código de cores para

diferentes tipos de resíduos;

- Resolução CONAMA 313 de 29 de outubro de 2002: Inventário Nacional de Resíduos

Sólidos Industriais;

- Resolução CONAMA 316 de 29 de outubro de 2002: Procedimentos e critérios para o

funcionamento de sistemas de tratamento térmico dos resíduos;

- Resolução CONAMA 404, de 11 de novembro de 2008. Estabelece critérios e diretrizes para

o licenciamento ambiental de aterro sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos

urbanos.

- Norma da ABNT – NBR 1.183 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos;

- Norma da ABNT – NBR 7.500 – Símbolos de risco e manuseio para o transporte e

armazenamento de materiais;

- Norma da ABNT – NBR 9.190 – Classificação de sacos plásticos para acondicionamento de

lixo;

- Norma da ABNT – NBR 9.191 – Especificação de sacos plásticos para acondicionamento de

lixo;

- Norma da ABNT – NBR 10.004 – Resíduos Sólidos – Classificação;

- Norma da ABNT – NBR 10.005 – Lixiviação de Resíduos – Procedimento;

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- Norma da ABNT – NBR 10.006 – Solubilização de Resíduos – Procedimento;

- Norma da ABNT – NBR 10.007 – Amostragem de Resíduos – Procedimento;

- Norma da ABNT – NBR 10.703 – Degradação do Solo - Terminologia;

- Norma da ABNT – NBR 11.174 – Armazenamento de resíduos classe II – não inertes e III -

inertes;

- Norma da ABNT – NBR 12.235 – Procedimentos para o Armazenamento de Resíduos

Sólidos Perigosos;

- Norma da ABNT – NBR 13.221 – Transporte de resíduos.;

- Norma da ABNT 8418 - Apresentação de Projetos de Aterros de Resíduos Industriais

Perigosos;

- Norma ABNT 8419 - Apresentação de Projetos de Aterros Sanitários de Resíduos Sólidos

Urbanos;

- Norma ABNT 10.157 - Aterros de Resíduos Perigosos - Critérios para Projeto, Construção e

Operação;

- Norma ABNT 13.896 - Aterros de Resíduos Não Perigosos - Critérios para Projeto,

Implantação e Operação.

OBS: As normas não têm força de lei, porém, indicam as ações e parâmetros a serem

observados em situações específicas. As principais normas são editadas pela ABNT.