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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 46 Domingo, 15.11.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Terceiro domingo de novembro Dia da Educação Teológica Missões Nacionais CFC da Cristolândia RJ lança Centro de Estudos e Desenvolvimento Cultural Pág. 07 Notícias Pastor Iomael Sant’Anna: 52 anos à frente da PIB de Mesquita - RJ Págs. 08 e 09 Coluna Arte de Cultura O tema desta semana é “Musicalização infantil”; confira! Pág. 10

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Page 1: Terceiro domingo de novembro Dia da Educação Teoló · PDF filesolução humana é o caminho de Caim, ingrato para com Deus e autor do primeiro ... A cidade que marcou o início

????? 1o jornal batista – domingo, 15/11/15ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 46 Domingo, 15.11.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Terceiro domingo de novembroDia da Educação Teológica

Missões NacionaisCFC da Cristolândia RJ lança Centro de

Estudos e Desenvolvimento CulturalPág. 07

NotíciasPastor Iomael Sant’Anna: 52 anos à frente da PIB de Mesquita - RJ

Págs. 08 e 09

Coluna Arte de CulturaO tema desta semana é

“Musicalização infantil”; confira!Pág. 10

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2 o jornal batista – domingo, 15/11/15 reflexão

E D I T O R I A L

Queda e redenção da cidade

Falar de grandes cida-des hoje é lembrar de problemas, desventu-ras e calamidades. A

desumanização e a violência adquirem um colorido per-verso nas metrópoles moder-nas. A alta criminalidade, a pobreza degradante, o tráfico de drogas, os conflitos sociais são alguns dos exemplos da violência urbana.

Na Bíblia, o tema da cida-de se impõe. É interessante observar que o nascimento da cidade tem origem na arrogância e independência humana. É a linhagem de Caim que dá início à cidade: “Depois Caim fundou uma cidade, à qual deu o nome do seu filho Enoque” (Gn 4.17b). Caim aponta para a autossuficiência humana. Tendo perdido o Éden, o homem está diante da rup-tura ecológica da terra que agora produz “Espinhos e ervas daninhas” (Gn 3.18). A solução humana é o caminho de Caim, ingrato para com Deus e autor do primeiro assassinato na Bíblia. Caim amplia a ruptura com Deus, com o próximo e com a ter-ra. A solução para os seus problemas é uma só: “Fundar uma cidade”. Assim, a marca da cidade é a arrogância hu-mana contra Deus. Com ela surgem a ciência, a economia e a arte (Gn 4.20-22). O ápi-ce desse progresso perverso aparece quando Gênesis diz que o sétimo depois de Adão, pela linhagem de Caim, é Lameque, o primeiro bígamo da história, “precursor” dos

filmes violentos de hoje. Os “efeitos especiais” até fazem parte do seu discurso: “Ada e Zilá, ouçam-me; mulheres de Lameque, escutem minhas palavras: Eu matei um ho-mem porque me feriu, e um menino, porque me machu-cou”. O quadro é apavorante!

Pouco depois, a situação da cidade ainda vai piorar. Em Gênesis 11, os homens querem construir uma cida-de para invadir o céu. No mesmo espírito de Caim, eles agora aprofundam a arrogân-cia humana, dizendo: “Va-mos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus. Assim nosso nome será famoso e não seremos espalhados pela face da ter-ra” (Gn 11.4). Pela gramática hebraica, a expressão “ci-dade, com uma torre” quer dizer “cidade que cresce para o alto”. Como os antigos achavam que o céu estava bem próximo da terra, a ideia era “invadir o céu”. Era o mo-vimento dos “sem céu”, ou dos “invasores da morada ce-lestial”. Os homens já “sem terra” e “sem céu”, tornam-se agora “sem comunicação”!

Apesar disso, Deus vem salvar o enredo humano. De forma inesperada, Deus surge no cenário da história. Ele resolve dar início à redenção da cidade por sua própria ini-ciativa. É incrível, mas Deus age a partir da mais soberba rebeldia humana. A ação re-dentora de Deus na história tem seu centro de ação na monarquia davídica. A figura do rei de Israel é também sinal

da rebeldia e arrogância hu-mana contra Deus, de acordo com I Samuel 8.5-7. Ao pedir um rei, imitando os pagãos, o povo de Israel estava rejei-tando a Deus. Mas, surpre-endentemente, Deus não só escolhe um rei, Davi, como também elege uma cidade, Je-rusalém. Os símbolos maiores da autossuficiência e indepen-dência humanas tornam-se símbolos da redenção divina. A suprema derrota transforma--se em vitória plena. O texto bíblico é inequívoco: “Darei uma tribo ao seu filho a fim de que o meu servo Davi sempre tenha diante de mim um descendente no trono em Jerusalém, a cidade onde eu quis pôr o meu nome” (I Re 11.36) e: “Não jurem de for-ma alguma: nem pelos céus, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o estrado de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei (Mt 5.34,35). Como vemos, a monarquia davídica e a cidade de Jeru-salém tornam-se o palco da intervenção divina em favor do homem pecador.

Todavia, a história ainda não termina aqui. O mais surpreendente aparece no Apocalipse, quando o desfe-cho da história humana traz de novo a figura da cidade. O texto sagrado é de “parar a respiração”: “Então vi no-vos céus e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia. Vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte

de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu marido. Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: ‘Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o pró-prio Deus estará com eles e será o seu Deus. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já pas-sou’” (Ap 21.1-5). Que coisa. A Nova Jerusalém é o Éden “urbanizado”. Parece que o antigo jardim passou por um projeto de “arquitetura celes-tial”. O Éden da redenção é melhor do que o da criação. A cidade que marcou o início do pecado humano é agora marca máxima da redenção. A cidade humana sobe do chão, a cidade de Deus desce dos céus. A cidade humana é efêmera, a de cidade de Deus é eterna. A cidade humana trouxe fragmentação e dor, a cidade de Deus traz união e cura. Deus faz questão de mostrar sua vitória a partir do símbolo máximo do poderio e independência humanos. É surpreendente e verdadeiro: Deus traz a redenção a partir da pior desgraça humana. Diante de tanta esperança, olhe de novo a cidade e veja como o sol está mais brilhan-te, o céu está mais azul, e tudo parece tão lindo.

Luiz Sayão, diretor do Seminário Teológico Batista do

Sul do Brasil

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

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INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 15/11/15reflexão

Levir Perea Merlo, pastor da Primeira Igreja Batista em Belo Jardim - PE

“Portanto ide, fazei discí-pulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a ob-servar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias até a consu-mação dos séculos” (Mt 28.19-20).

Lourenço Stelio Rega, diretor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo

Como ter Igrejas for-tes, saudáveis, efe-tivas, participantes e influentes em seu

meio ambiente? Como ter Igrejas que testemunhem um Evangelho significativo e vi-vamente perceptível na vida dos seus membros? Como ter uma Igreja cujos mem-bros sejam emocionalmente equilibrados, espiritualmente maduros, estudiosos da Pala-vra de Deus, da sã doutrina; membros que conhecem o mundo presente e suas ide-ologias, que reagem a esse mundo sem Deus por meio de uma vida consagrada a Deus e à Sua Palavra; mem-bros que influenciam o meio ambiente em que vivem, estudam e trabalham como luzeiros, como sal, temperan-do a vida de modo a serem líderes onde vivem? Como ter uma Igreja onde todos conhecem seus dons de ser-viços, todos discipulam, são seguidos em palavra e vida concreta por seus discípulos como modelos de vida em íntimo relacionamento com

Estamos no mês da Educação Teológica. Teologia é a ciência que estuda e analisa

assuntos relacionados a Deus. Mas teologia não terá ne-nhum sentido e valor se não direcionar todo o seu objeti-vo para a obra de missões e evangelismo. Em tempo de Igreja Multiplicadora é essen-cial que o povo de Deus, ple-namente comprometido com o senhorio de Jesus Cristo, se envolva completamente com a Obra do Reino de Deus.

Deus; que possuem uma vida piedosa a toda prova?

Quem não gostaria de ser membro de uma Igreja com este perfil? Qual pastor em sã consciência de seu ministério não gostaria de conquistar tudo isso para sua Igreja? Qual líder não gostaria de liderar um ministério ou de-partamento com essas carac-terísticas?

Você pode ter eventos, pro-gramas, elaborar estratégias, criar publicidade se valendo das mais atualizadas desco-bertas de marketing, aplicar modernas técnicas de lide-rança, descentralizar as deci-sões de modo a desenvolver empenho colaborativo, mes-mo assim, sem conversão, sem oração, sem paixão por relacionamento íntimo com Deus, sem atitude de abne-gação aos princípios bíbli-cos, nada disso poderia se concretizar.

Muito empenho será ne-cessário para que tenhamos uma Igreja como aquela que mencionamos no início. Mas praticamente nada consegui-remos sem líderes e minis-tros que tenham uma vida exemplar diante de Deus e dos outros com elevada qualidade; que conheçam

A ordem do Mestre está mui-to clara. Ele preparou àqueles discípulos, trabalhou um pe-queno grupo piloto para que eles pudessem desenvolver a obra de maneira profunda, coerente e responsável. O Se-nhor Jesus investiu durante três anos na preparação daqueles discípulos para que eles assu-missem as características dEle, não era mais um só Jesus, mas onze, depois doze e, mais tar-de, milhares proclamando com ousadia, alegria, determinação e persistência o amor de Deus.

de fato a Bíblia, a teologia; que saibam analisar a cultura presente e os cenários que estão se formando que mui-to influenciarão a Igreja e a vida de seus membros; que ao conhecer estes cenários saibam, com competência bíblica e teológica, encontrar respostas seguras para o povo de Deus; que tenham uma fa-mília exemplar; que tenham experiência prática e concre-ta no ministério; que conhe-çam e priorizem sua agenda considerando seus dons de serviço; que saibam valori-zar o potencial das pessoas; que saibam gerenciar com criatividade e amor conflitos humanos; que tenham equilí-brio emocional e mental; que sejam envolvidos no meio ambiente em que vivem de modo a influenciá-lo por meio de uma vida calcada em princípios cristãos.

Quem não gostaria de ser pastoreado por um ministro com estas qualidades? Qual Igreja não gostaria de ter um pastor assim? Qual ovelha não se sentiria acolhida por este modelo de pastoreio?

Só conseguiremos líderes e ministros com essa qualifi-cação quando conseguirmos priorizar a área de educação

Observem que o texto aci-ma nos leva a uma sequência lógica: “Portanto ide”, ou seja, não podemos nos acomodar, temos que invadir o espaço que o inimigo se apossou, assim como fizeram àqueles primeiros servos; “Fazei dis-cípulos de todas as nações”, é a conversão operada pela ação do Espírito Santo a todos os povos, línguas e nações; “Batizando-os”, que repre-senta, ou simboliza o morrer para o pecado e ressuscitar para viver em novidade de

teológica nos planos e inves-timentos denominacionais; quando tivermos seminários e faculdades teológicas que tenham docentes qualifica-dos com as mesmas caracte-rísticas; quando estas mesmas instituições adotarem uma pedagogia integral que ob-jetive não apenas informar, mas formar e transformar seus alunos; quando a teo-logia e os estudos bíblicos ensinados tenham sido já encarnados na vida de seus professores e professoras; quando os seminários pro-videnciarem espaço para a formação ministerial-prática para seus alunos; quando os currículos dos seminários forem construídos conside-rando também o “chão da Igreja”, a cultura contempo-rânea que afetará o modo de se viver o Evangelho; quando os seminários forem ambien-te de piedade, devoção e ora-ção; quando os seminários deixarem de ser trincheiras contra as Igrejas, ministério e denominação e passarem a ser formadores de líderes que saibam dialogar com estes ambientes de forma construtiva.

Mas tudo isso não será pos-sível se continuarmos a criar

vida com Cristo; “Ensinando--os”, esse é um dos pontos mais importantes na fé cristã, ensinar é tornar maduro e pronto para também ajudar na proclamação e na colheita.

E, por fim, a grande promes-sa daquele que é o Senhor dos céus e da terra. Nosso traba-lho não é em vão no Senhor. Ele está conosco sempre e estaremos para sempre com Ele na eternidade, e para isso nos resta sermos santos inte-gralmente submissos a serviço do Mestre.

seminários que pecam na qualidade do ensino. É ne-cessário investir na formação continuada de professores, em atualização das bibliote-cas, em educação contextu-alizada.

É necessário investir na formação pessoal dos alunos, mudança de vida, capacita-ção para serem não apenas obreiros, mas líderes exem-plares. Assim é necessário que o seminário ou faculda-de teológica possua matriz curricular (em vez “grade” curricular) equilibrada entre a formação acadêmica, mi-nisterial-prática, devocional e pessoal.

Nos últimos anos temos visto a criação sem critérios de seminários. Parece-nos que qualquer pessoa que de-seje criar um seminário teo-lógico inicia-o sem qualquer necessidade de dar contas à denominação, ao seu futuro e ao futuro das Igrejas.

Não podemos mais ficar parados como denomina-ção diante do cenário pre-ocupante pelo qual passa a educação teológica Batista no país. Onde chegaremos? Que futuro estamos dese-jando para nossas Igrejas e denominação?

Santos integralmente submissos a Cristo capacitando discípulos

Educação Teológica: O futuro das Igrejas e

denominação depende dela

A Igreja Batista Memorial da Tijuca – RJ convida pastores, irmãos e amigos para o Concílio de Exame VITOR ALEXIS GONZÁLIZ CONDORE, que se realizará no dia 28 de novembro de 2015, às 17h, na sede do templo,

situado à Rua Conde Bonfim, 789, Tijuca, Rio de Janeiro, RJ. Caso aprovado, Culto de Ordenação será às 19 h.

Pastor Valdemar Figueredo Filho

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4 o jornal batista – domingo, 15/11/15

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Ele sabe o que não sabemos

reflexão

“Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes” (Mt 6.7-8).

Em nosso relaciona-mento com Deus é es-sencial aceitar o fato óbvio de que o Cria-

dor conhece, em todos os detalhes, cada necessidade funcional de cada criatura. Por isso, Jesus nos declarou: “E quando orarem, não fi-quem sempre repetindo a mesma coisa, como fazem os pagãos. Eles pensam que por muito falarem serão ouvi-dos. Não sejam iguais a eles, porque o seu Pai sabe do que vocês precisam antes mesmo de o pedirem” (Mt 6.7-8).

O complicador das nossas orações, explicou Jesus, é nossa tendência de encará--las segundo a miopia da teologia “pagã”. Nas religiões humanizadas, a prática da oração é feita dentro de uma

perspectiva de barganha, na qual a divindade tem preci-são das nossas ofertas. Daí a crítica de Jesus: “Eles pensam que por muito falarem serão atendidos”. A conclusão do Mestre não deixa margem para discussão: “Não sejam iguais a eles”!

Para que orar, então, se não for para fazer pedidos? A resposta antecipada de Jesus se chama “Oração Do-minical” – a popularmente prece do “Pai Nosso”. No seu texto, há trechos de pedidos: o pão “nosso” de cada dia (lembram-se do maná diário, no deserto?); ajuda-nos na realidade das tentações (lem-bram-se de que “No mundo tereis aflições”?); perdoa as nossas faltas (na medida da nossa prática do perdão...). O conjunto da oração ensinada e incompreensível da nossa comunhão pessoal com o Senhor. Vale a pena então aprender de Jesus: Ele sabe o que não sabemos.

Há, na Bíblia, mui-tos textos que são, realmente, de difí-cil interpretação.

O texto de I Pedro 3.18-22, por exemplo, já recebeu, se-gundo um autor, mais de 115 interpretações. O apóstolo Pedro fala que Paulo tem, em suas epístolas, “Pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes tor-cem, como o fazem também com as outras Escrituras, para a própria perdição” (II Pe 3.16b).

Para se obter a interpreta-ção exata dos textos bíblicos é necessário:

1. Que o leitor busque a iluminação do Espírito Santo;

2. Que ore com fé ao Se-nhor para que o ilumine se-gundo a Sua vontade;

3. Que faça comparações entre textos;

4. Que ele procure conhe-cer o fundo histórico do tex-to;

5. Que ele procure saber a época em que foi o texto escrito;

6. Que procure saber quem é o autor e qual era sua pre-ocupação quando escreveu aquelas palavras;

7. Que procure, em muitos casos, o auxílio da arqueo-logia;

8. Que procure saber o que diz realmente o original (hebraico e grego);

9. Que, em muitos casos,

ele descubra que um texto isolado não pode firmar dou-trina. É preciso conhecer o contexto do texto em estudo.

Examinemos uma primeira das dificuldades bíblicas: Casamento dos ‘’filhos de Deus ‘’ com as ‘’filhas dos homens’’

Em Gênesis 6.1-4 lemos: “Como se foram multiplican-do os homens na terra, e lhes nasceram filhas, vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais lhes agradaram. Então, disse o Senhor: O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos. Ora, naquele tem-po havia gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos; estes foram valentes, varões de renome, na antiguidade” (Gn 6.1-4).

As interpretações que te-mos são as seguintes:

1. A expressão “filhos de Deus” é equivalente a anjos. Os que defendem essa inter-pretação citam os textos de Jó 1.6; 2.1; 38.7; Salmos 89.7; Daniel 3.25, onde ocorre a mesma expressão hebraica e que os tradutores gregos e alexandrinos da LXX tradu-ziam por “anjos”. Três livros adotam essa interpretação:

Livro de Enoc (6.7-8), Livro dos Jubileus (cap. 5) e o Tes-tamento dos Doze Patriarcas.

No Livro de Enoc lê-se: “E aconteceu que, quando os filhos dos homens se multi-plicaram, naqueles dias lhes nasceram filhas graciosas e belas. E viram-nas os anjos do céu, e desejaram-nas, e disseram uns aos outros: ‘Escolhamos mulheres de entre os homens e geremos filhos’ ”.

Justino, Tertuliano, Atená-goras, Ambrósio e Irineu sus-tentavam a mesma posição.

Mas essa interpretação ca-rece de fundamentos porque: 1) - Os nefilins já existiam antes de os filhos de Deus se unirem às filhas dos ho-mens; logo, não podem ser considerados produto do casamento de anjos. 2) - Os autores desconhecem a natu-reza dos anjos. Os anjos são assexuados (Mt 22.30).

Outras interpretações con-sideram “filhos de Deus” como descendentes de uma raça inferior que tinha pa-rentesco com os símios. É absurda a ideia.

Outros têm opinião de que “filhos de Deus” eram os homens que, pelo voto de castidade, se consagraram a Deus. Esta opinião peca por não ter base nenhuma.

A interpretação que me parece mais certa é esta: Os “filhos de Deus” são os des-

D. B. Riker, pastor, doutor, Ph.D., reitor e professor de Teologia Sistemática na Faculdade Teológica Batista Equatorial, Belém - PA

Vivemos um período de crise no meio evangélico, princi-palmente entre os

neopentecostais. Paulo avisa ao jovem pastor Timóteo que “Nos últimos tempos apostatarão alguns da fé” (I Tm 4.1). Porém, Timóteo de-veria exercitar-se “na pieda-de”, sendo um exemplo aos “Fiéis na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza”. Acima de tudo, Timóteo deveria cuidar de si “mesmo e da doutrina” (I Tm 4.7,12,16).

Infelizmente, o ministério pastoral vive dias escabrosos, com escândalos de natureza sexual, financeira e falta de humildade. Diariamente, temos notícias de pastores envolvidos em casos extra-conjugais, abusando das ver-bas da Igreja e dos fiéis, e ostentando títulos crescen-temente elevados (já se fala até em “patriarcas” no meio evangélico). Tal qual Paulo, Judas alerta sobre perigos que o nascente cristianis-mo enfrentava. Que perigos eram estes? Pelo menos três graves erros são listados: 1) - imoralidade; 2) - avareza e 3) – insubordinação.

1) - Alguns mestres “se intro-duziram com dissimulação”,

a fim de perverter a liberdade que fora dada aos crentes em Cristo. Os cristãos são livres da lei e vivem debaixo da graça, com o objetivo de agradar a Deus e crescer em santidade. Todavia, em vez de ensinar e viver a sã doutrina, estes imorais “Transformam em li-bertinagem a Graça do nosso Deus” (Jd 1.4). Como “Ondas bravias do mar, que espumam as suas próprias sujeiras”, as-sim também estes pervertidos andam “Segundo as suas pró-prias paixões” (Jd 1.13-18). A punição divina, a “Sodoma e Gomorra” é um crasso exem-plo do que acontecerá a estes pastores (Jd 1. 7).

2) - Outra característica dos falsos pastores é a cobi-

ça. A teologia da prosperi-dade não iniciou no século XX, pois mesmo na Igreja Primitiva já havia amantes do dinheiro, como há hoje “Pastores que a si mesmo se apascentam” (Jd 1.12). Ju-das nos mostra que mestres avarentos “São aduladores dos outros, por motivos in-teresseiros” (Jd 1.16). Ob-viamente, líderes deste tipo buscam popularidade, fama, dinheiro e aplauso. Em ter-mos atuais, eles prometem aos fiéis mansões, carros luxuosos, muita saúde, gran-des riquezas e outras tantas benesses, mas são “Como nuvens sem água impelidas pelos ventos; árvores em ple-na estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente

mortas” (Jd 1.12). Para este tipo de bispo está reservada “A negridão das trevas, para sempre” (Jd 1.13).

3) - Por fim, uma outra mar-ca destes mestres é a de não se submeter as autoridades constituídas, sejam civis ou eclesiásticas. Estes pastores orgulhosos, insatisfeitos e rebelados perecerão, tais quais os insubordinados “Pe-receram na revolta de Coré” (Jd 1.11). Aparentemente, os mestres a quem Judas se refere, fizeram oposição aos apóstolos de Cristo, tal qual Coré, Datã e Abirão fizeram oposição a Moisés e Arão. Que grande e grave lição de humildade e submissão a todos nós.

Alerta de Judas à liderança

cendentes de Sete, filho de Adão, que substituiu Abel. No tempo de Sete começou--se a buscar ao Senhor, e as “filhas dos homens” seriam

as mulheres descendentes de Caim.

Homens do porte de Cri-sóstomo, Agostinho e outros aceitavam essa interpretação.

Ebenézer Soares Ferreira Diretor-geral do Seminário

Teológico Batista de Niterói – RJ

DIFICULDADES BÍBLICAS E OUTROS ASSUNTOS

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5o jornal batista – domingo, 15/11/15

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vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

6 o jornal batista – domingo, 15/11/15

Caminhos da Mulher de DeusZENILDA REGGIANI CINTRA,

pastora e jornalista, Taguatinga, DF.

“Volve-te, pois, para a ora-ção de teu servo, e para a sua súplica, ó Senhor meu Deus, para ouvires o clamor e a oração que o teu servo hoje faz diante de ti” (I Re 8.28).

A palavra “clamor” neste verso pode ser traduzida por implorar. Entre al-

guns significados de implorar está: 1) - pedir com lágrimas ou em tom de súplica choro-sa; 2) - pedir humildemente a ajuda de; 3) - solicitar com insistência.

O desejo intenso de que Deus abençoasse aquela

nova etapa da vida do povo, com a construção do templo fazia com que Salomão se dirigisse ao Senhor Todo Poderoso com lágrimas, em humildade e, insistente-mente, traduzindo os senti-mentos do seu coração que anelava profundamente pela resposta de Deus.

Na Bíblia, temos vários exemplos de pessoas que clamaram, entre eles o de Ana, relatado em I Samuel 1.11-17; e o cego de Je-ricó, descrito em Marcos 10.47-52. Nenhum dos dois se deixou intimidar pelas forças das circunstâncias. Ana, mesmo sendo mal in-

terpretada por Eli, não se ofendeu, mas se entregou totalmente ao seu pedido crendo que seria ouvida. O cego não se deixou inti-midar pela multidão, pelo contrário, ele clamava cada vez mais alto, tendo fé que seria ouvido. O resultado é que ambos foram ouvidos. Ana teve o filho desejado e o cego Bartimeu a cura para os seus olhos.

Quanto é que você deseja realmente ser abençoado? A sua oração é rotineira e dis-plicente ou você realmente busca com intensidade de alma, com clamor, o que você deseja de Deus?

reflexão

Vivemos em um dos piores momentos da história para criar filhos. Fico muito

preocupado com a formação moral que meu neto terá. Esta preocupação, de forma alguma, está baseada nos ensinamentos que seus pais, minha filha Susanne e meu genro Elthom estão a lhe oferecer. Minha preocupação se deve ao fato de que uma criança, na sua formação, recebe informações de várias fontes, sendo que a família, claro, é a principal.

Sempre digo que não de-vemos nos preocupar muito com os filhos adultos que hoje estão na faixa dos seus 20 a 25 anos, mas com a ge-ração de meninos e meninas que estão nos lares cristãos hoje e frequentam nossas Igrejas.

As crianças hoje estão sen-do bombardeadas, por todos os lados, com mensagens con-trárias aos princípios cristãos. Ficaria menos preocupado se os pais dessas crianças não estivessem tão envolvidos com tantos afazeres e tão absortos na área profissional de suas vidas.

As crianças estão sendo atacadas em suas estruturas morais, especialmente atra-vés da mídia. A televisão bra-sileira, os filmes e desenhos animados estão repletos de ideologias contrárias a tudo o que foi ensinado nos la-res cristãos de duas décadas atrás. É impressionante como encontramos mensagens pró ideologia de gênero nos con-teúdos televisivos, nos filmes e nos desenhos animados.

Por outro lado, de tanto ver e ouvir mensagens desse tipo, temo que os jovens que se casam hoje e terão filhos dentro de alguns anos, não

terão tanta firmeza em rela-ção aos pilares dos valores cristãos referentes à sexuali-dade, casamento e família.

Para aumentar o meu temor temo por uma flexibilização futura por parte da Igreja em relação a estes temas. Isso já não é mais novidade em algumas regiões do planeta, especialmente na Europa e Estados Unidos.

O que podemos fazer hoje para que estes meus temores não se tornem realidade?

Precisamos, como Igreja, trabalhar forte com os pais jovens. A ação da Igreja junto aos pais deverá dar-se na ca-pacitação para que ensinem, de maneira disciplinada, fir-me, metódica, didática e bíblica, os valores cristãos aos seus filhos. Pais e mães cristãos precisam ser alerta-dos sobre os perigos de dei-xarem seus filhos entregues à televisão de canais abertos, fechados ou de aplicativos tipo Netflix.

Em contrapartida, temos visto por parte dos pais jo-vens uma certa negligência em relação a importância da Igreja como aliada neste processo de formação das crianças.

A Igreja, por sua vez, deve manter-se firme, sem jamais contemporizar com pensa-mentos e práticas contrárias aos valores sagrados consa-grados nas Escrituras.

Os seminários também de-vem estar atentos na forma-ção da futura liderança para que, no futuro, não tenhamos uma Igreja leniente e frouxa em relação, por exemplo, a ideologia de gênero, família e casamento.

Deus tenha misericórdia desta geração que corre hoje pelos corredores das nossas Igrejas e dos jovens pais.

Mundo cruelBusca

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7o jornal batista – domingo, 15/11/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Na Cidade Batista Cristolândia hou-ve a inauguração do Centro de Es-

tudos e Desenvolvimento Cultural do Centro de Forma-ção Cristã (CFC) de Campo Grande, no Rio de Janeiro. Este programa faz parte do Projeto Cristolândia RJ, e contribuirá para o processo de recuperação dos alunos que estão em tratamento con-tra a dependência química.

Além do apoio na área es-piritual, os alunos do Projeto poderão ter aulas de informá-tica, de alfabetização, curso de padaria, e técnicas para garçom. Um dos prédios, onde serão realizados os cur-sos, foi reformado pela Igreja Batista Atitude, do Rio de Janeiro. Além do curso de padaria, há espaço para aulas de elétrica e também um au-ditório que poderá ser usado para palestras e formaturas. A IB Atitude também está levando profissionais para ministrarem os cursos, que

terão curta duração. Outras Igrejas e voluntários também estão apoiando o Projeto de diversas formas.

O culto de gratidão a Deus pelo novo espaço reuniu missionários, alunos do Pro-jeto, parceiros e pastores, incluindo o coordenador da Cristolândia Rio de Janeiro, pastor Exequias Santos, e o pastor Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais, que parabenizou a equipe da Cristolândia.

Segundo Anair Bragança, gerente executiva de ação social da JMN, a inauguração representou um momento muito significativo. “É um novo tempo, preparando nos-sos alunos Cristolândia para a reinserção social, proporcio-nando uma vida nova com dignidade e oportunidade”, afirma Anair.

Muitas vidas que estão em tratamento nesta, e em outras unidades do Projeto, foram primeiro alcançadas pela equipe que atua na Missão Batista Cristolândia, que fica no Centro da cidade do Rio de Janeiro. O espaço da mis-

são, próximo a Central do Brasil - RJ, foi cedido pela Escola Bíblia do Ar (EBAR), por meio de uma parceria, e tem servido como base de triagem e atendimentos como refeição, doação de roupas, entre outros serviços.

O apoio de cada parceiro tem sido de grande impor-tância para a manutenção e expansão do Projeto Cris-tolândia. Missões Nacionais agradece a Deus por cada vida envolvida com este Pro-jeto, que é um grande exem-plo de Ação de Compaixão e Graça, uma das propostas da visão de Igreja Multipli-cadora.

Para apoiar este Projeto por meio do PAM Brasil, escreva para [email protected] ou faça contato com a Central de Atendimen-to de Missões Nacionais: 2107-1818 (Rio de Janeiro), 4007-1075 (outras capitais) e 0800-707-1818 (demais localidades). Também é pos-sível fazer parceria por meio de mensagem SMS. Envie a palavra #MISSOES para o número 28908.

CFC da Cristolândia RJ lança Centro de Estudos e Desenvolvimento Cultural

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8 o jornal batista – domingo, 15/11/15 notícias do brasil batista

Zaly B. Machado, professora, dirigente do culto

Desde que o pastor Iomael Sant’Anna anunciou que dei-xaria o ministério

da nossa Igreja, um misto de curiosidade e euforia domi-nou a membresia da Primeira Igreja Batista de Mesquita - RJ. Afinal, muitos dos que congregam ali foram apresen-tados a Deus por ele, quando levados pela primeira vez ao templo, e assim também de-dicou seus filhos e netos ao Senhor. Outros que tiveram o privilégio de serem batiza-dos por ele viram o mesmo

acontecer com filhos e netos, e casais cujo matrimônio foi oficiado por ele tiveram a alegria de vê-lo oficiando suas Bodas de Prata e até de Ouro; assim, não sabiam como se daria o processo de sucessão pastoral.

Na terça-feira, 11 de agosto de 2015, a Igreja realizou o culto de gratidão pelos 52 anos de ministério do pastor Iomael Sant’Anna na nossa Igreja e uma mistura de gra-tidão e tristeza nos dominou. Gratidão, porque estávamos nos despedindo daquele que aprendemos a respeitar e com quem aprendemos a Palavra de Deus, solidifica-mos nossas doutrinas por 52

anos, e que estava se jubi-lando como pastor emérito, no tempo de Deus e por sua própria vontade, sem qual-quer constrangimento entre ele e a Igreja. Tristeza, porque aprendemos a amá-lo e a sua família, e agora estávamos efetivamente nos despedindo dele, como nosso pastor, e da doce irmã Rachel, sua esposa.

Autoridades civis e eclesi-ásticas, membros de outras Igrejas Batistas e evangélicas do município e de muni-cípios vizinhos, amigos da família Sant’Anna que atuam na Igreja Católica, o prefeito da cidade, Rogelson Santos Fontoura, e o vice-prefeito, Valter Paixão, amigo particu-

lar do pastor, vereador Max, vereadora Adna Louzada, amiga do pastor, doutor Cel-so Pereira, doutor Domingos Pusiol, Farid Abraão, depu-tado estadual, representan-tes da Academia de Letras & Artes de Mesquita, e 43 pastores (dentre eles muitos ex-alunos) lotaram o templo. Esteve também presente o jornalista Othon Ávila Ama-ral, profundo conhecedor da História dos Batistas do Bra-sil, que afirma estar o pastor Iomael entre os dez pastores no Brasil que permaneceram durante tantos anos à frente de uma Igreja Batista.

No culto, cujo tema foi “Rendamos Graças ao Se-nhor!”, nosso Deus foi ado-rado com hinos que exaltam Sua santidade, força, e poder, sob direção da ministra de Música da Igreja, Lindalva Moreira da Costa. A mensa-gem musical foi apresentada pelo Coro Louvarte, da Igreja local, que abrilhantou o culto apresentando, sob regência da ministra de Música, as peças “Deus Poderoso”, de Barfoot, Mathena e Peck e “Jerusalém”, de Stefanovich. Tivemos também a participa-ção especial da irmã Lidiane Macedo, mestre em Música e Artes pela Universidade Campbellsville, no Kentu-cky, EUA, que, emocionada, lembrou que o pastor fez a dedicação de sua vida a Deus, quando ela nasceu. Cantou “Quão Magnifico”, de Fettke .

A mensagem da Palavra de Deus foi-nos trazida pelo professor de História do Cristianismo Carlos César Novaes, pastor da Primeira Igreja Batista de Barão de Taquara – RJ, que iniciou sua fala dizendo respeitar os pastorados longos, pois assumiu Igrejas abençoadas por eles: PIB de Inhaúma,

PIB de Teresópolis e Barão de Taquara. Fez referência ao texto de Eclesiastes que diz ser o terminar bem mais importante do que como começamos. Com maestria, conhecimento da Palavra e unção de Deus, tomou como base para a mensagem um único versículo: I Coríntios 15.10, enfatizando a Graça de Deus.

Bom professor, ensinou que todo texto tem força a partir de dois fatores: O con-texto e as palavras usadas para escrever o que o autor quer dizer, esclarecendo que a carta do apóstolo Paulo foi escrita para ajudar os Co-ríntios e para defender seu ministério, que veio de Deus. A seguir teceu considerações sobre a palavra graça e desta-cou o que a Graça de Deus deu ao Apóstolo dos Gentios: a) - Uma identidade - ele foi o que foi pela Graça de Deus; b) - Um sentido- “Sua graça para comigo não foi vã”; c) - Realização; d) - Capacidade. Fez referência à guerra do povo de Deus com os midia-nitas, fazendo uma belíssima aplicação do poder capaci-tador de Deus emanando da chama contida nos vasos “quebrem os vasos, deixem a chama brilhar” e concluiu dizendo que o Evangelho é o melhor capacitador, pois, Jesus, Singular, Único incom-parável, enviou-nos o Espírito Santo e nos chama unge, capacita. E concluiu dizendo: “Pastor Iomael, eu creio de coração que o que o apóstolo Paulo disse a respeito dele descreve, com perfeição, o espírito do seu ministério e de sua chamada. O irmão re-cebeu tudo isto por causa da maravilhosa Graça de Deus”.

Concluída a mensagem, a palavra foi dada ao diácono Olívio Freitas Vieira, atual presidente da Igreja, que pas-

Pastor Iomael Sant’Anna: 52 anos à frente da PIB de Mesquita - RJSolene despedida: 1963 – 2015

Biografia de Iomael Sant’Anna

Nasceu em Três Rios - RJ, em l4 de novembro de l938, mas foi registrado em 01 de dezembro, filho de Manoel Juventino Sant’Anna e de Iolanda da Cruz Sant’Anna.

Submeteu-se ao batismo em 3l de dezembro de l946, aos oito anos de idade, ministrado pelo pastor Aristóteles Fontes de Queiroz, na Primeira Igreja Batista de Três Rios, onde passou pelas várias organizações, desde a Sociedade de Crianças (Hoje Amigos de Missões) até a União de Jovens. Aos 16 anos era secretário da Igreja, diretor da EBD, e pregador em cultos nos lares e ao ar-livre.

Seus estudos até o nível médio aconteceram na cidade natal (Escola Aparecida, Colégios Entre Rios e Ruy Barbosa). Com 19 anos de idade ingressou no Seminário do Sul, onde recebeu o grau de Bacharel em Teologia, e foi o orador de sua turma na colação de grau. Cursou também Comunicação na UFRJ.

Ordenado ao Ministério em 2l de outubro de l96l, ainda na PIB de Três Rios, pastoreou em Campo Grande e Aquidauana - MS, e desde ll de agosto de l963 até agora esteve na PIB de Mesquita, tendo auxiliado também as Igrejas de Banco de Areia, Cosmorama e Boas Novas (Mesquita). Foi redator de revistas de educação religiosa, escrevendo centenas de estudos bíblicos e de treinamento (Pontos Salientes, inclusive), e artigos para jornais evan-gélicos e seculares. Presidente e orador oficial nas associações Iguaçuana e Mesquitense, também exerceu a presidência das respectivas subseções da Ordem dos Pastores. Ensinou Homilética, Ministério Pastoral e Administração Eclesiástica no Seminário do Sul (Campus de Nova Iguaçu). Na Convenção Fluminense foi orador oficial, vice-presidente, membro de juntas, do Conselho, relator de Educação Religiosa. Na Brasileira atuou no Conselho, como relator de Educação Religiosa, de Ingresso de Igrejas, em juntas, e presidiu a Associação Evangélica Denominada Batista do Rio de Janeiro, durante seis anos. Cidadão Iguaçuano e Mesquitense em títulos honoríficos dados pelas edilidades de Nova Iguaçu e Mesquita. Autor de Mário Barreto França – Príncipe dos poetas evangélicos brasileiros.

Casou-se em 23 de dezembro de 1961 com Rachel Silva Sant’Anna, e são seus filhos: Élcio (Pastor, professor na Faculdade Teológica Batista, e coordenador de pós-graduação, em Belém - PA, casado com Olga); Eline (Que o Senhor já levou); Elen (Professora, formada em Biologia e Psicanálise, casada com Júlio Cesar); e Elis (Designer gráfica, casada com Anderson, e mãe de Matheus e Gabrielle).

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9o jornal batista – domingo, 15/11/15notícias do brasil batista

sou às mãos do pastor Iomael a placa de pastor Emérito, em reconhecimento por sua de-dicação ao ministério da PIB de Mesquita por 52 anos, e o vice-presidente, Antero Volo-tão, entregou-lhe o livro com a biografia e depoimentos das famílias da Igreja.

O pastor Edgar Barreto An-tunes, representando a CBB, destacou a preciosidade da vida do homenageado como patrimônio dos Batistas brasi-leiros e disse possuir ele duas virtudes: Ser um gigante, pela sua cultura, e um pigmeu, pela sua humildade.

O coordenador Regional da JMM em Nova Iguaçu, pastor Paulo Gonzaga, entre-gou uma placa em reconhe-cimento pela participação do pastor e sua Igreja na obra missionária, destacando que ele foi voz de Deus para seu ministério. Representando a JMN, o pastor Valdir Soares destacou a capacidade de síntese do pastor Iomael e a contribuição do seu trabalho à Junta.

O pastor Mauro Sanches, representando os mais de dez mil pastores da OPBB home-nageou o pastor relembrando sua máxima ”Quanto menos eu falo, menos eu erro”. Os dois mil pastores da OPBF se fizeram representar pelo pastor Marcos Lopes, que também elogiou as publica-ções do homenageado nas revistas da EBD.

O pastor Genival Jorge dos Santos, secretário-executivo da ABIG representou os ve-readores Henrique Neves e Carlos Ferreira, entregando uma Moção de Aplausos ao pastor. O pastor Amilton Vargas, representando a CBF, fez a saudação ao pastor em nome das 1571 Igrejas do campo fluminense. O pastor Carlos Renato Teixeira de Andrade, presidente da ABA-

MES, destacou a emerência do pastor Iomael também na Associação que ele preside, entregando-lhe uma placa.

Em nome do maestro João Carlos Duarte da Costa, o representante do COMAVER entregou ao pastor o diplo-ma de honra ao mérito por sua participação na primeira reunião pela emancipação de Mesquita, como representan-te dos evangélicos.

Encerrando o momento de homenagens, o Trio Louvor, constituído pelas irmãs Dor-cas Lopes Anunciação da Sil-va, Adalgisa Lopes dos Santos e Druzila Lopes Vieira, can-tou o hino “Deus não Falha-rá”, de Luther, destacando o fato de o pastor Iomael lhes haver ensinado a adorar a Deus através da música, já que formou o trio há 52 anos, acompanhando-as no velho órgão da Igreja.

Profundamente emociona-do o pastor Iomael, dizendo--se triste e já saudoso, contou um pouco a respeito da che-gada do casal com o filho Élcio à Igreja em 11/08/1963, agradeceu aos presentes, a sua Igreja pelo longo minis-tério, e disse que o tempo de deixar o pastorado chegou.

O pastor Marco Barbosa, atual pastor da Igreja, fez os agradecimentos finais, orou, e com a bênção apostólica encerrou o culto, convidando a congregação a permanecer de pé, enquanto os vice-pre-sidentes da Igreja, irmãos An-tero Volotão e Jansen Soares, conduziram o pastor Iomael e a irmã Rachel ao saguão para fazerem o descerramen-to da placa de inauguração da galeria dos pastores da PIB de Mesquita.

Enquanto o casal pastoral se retirava, a congregação cantava como poslúdio o Hino 422-HCC “Como Agra-decer a Jesus?”.

Pastor Iomael Sant’Anna: 52 anos à frente da PIB de Mesquita - RJSolene despedida: 1963 – 2015

Testemunho de Clemir FernandesQue privilégio raro o seu de, em vida - plena vida, participar da bela, abençoada, concor-

rida, relevante celebração a Deus, que foi o culto de sua emerência e despedida da Primeira Igreja Batista de Mesquita, após exatos 52 anos de ministério, além dos demais dois anos em outras Igrejas. Alegre-se no Senhor, celebre sempre com alegria, curta muito tudo o que aconteceu o senhor merece todo o carinho, respeito, reconhecimento, aplausos que recebeu na terça 11 de agosto de 2015. Glória ao Senhor, seu Senhor e Senhor nosso!

Reiterando suas palavras, que excelentes músicas coral, solo e congregacional. O solo e palavras de sua ovelha musicista me emocionaram também. O sermão e elegância do Carlos Novaes são dignos de retumbante louvor e glória a Deus. Justaposta a associação das palavras de Paulo com o ministério e vida de Iomael! Ao dizer “Sou o que sou” Paulo se aproxima da expressão a qual o próprio Deus se refere a si mesmo, como lembrou o Alexandre Castro. Que relacionando isso com o Salmo 8 cantado pela solista, lembramos que fomos feitos “pouco abaixo de Deus”. Alguns de ‘nosotros’ nem tanto, mas o Iomael, certamente, é pouco abaixo de Deus! Para a glória dEle.

O senhor estava sentado na plataforma, com o templo superlotado - pelo menos umas 500 pessoas - mas precisava ter visto a movimentação na rua. A cidade parou para celebrar a Deus por sua vida. Viaturas da policia, da guarda municipal, ambulância do SAMU, es-tava tudo lá. Pois além dos cerca de 50 pastores - lideres que representaram e falaram em nome da diretoria da CBB, da Junta de Missões Mundiais, da Junta de Missões Nacionais, da CBF, da Associação Mesquitense, da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, da OPBF, estavam também as autoridades públicas da cidade de Mesquita: O prefeito, o vice-prefeito, vereadores e outros lideres civis da cidade. Além de vereadores e homenagens da Câmara Municipal de Nova Iguaçu.

O senhor viveu tudo isso do seu jeito, quieto, discreto, às vezes até com uma ponta de constrangimento, mas alegre, como se pode ver em seu semblante e sobretudo de sua bela cara-metade, a querida dona Rachel. Que parecia uma pluma de tamanha leveza e alegria. Nunca vi alguém bater palmas com tanta beleza e elegância como d. Rachel! Feliz por ver as homenagens e carinho de sua Igreja, cujo vice-presidente reiterou que o senhor estava “se jubilando”, pois saiu por vontade própria, não da Igreja. E aqui lembro Novaes: “Sabe-doria para começar e para terminar”. Você é um homem sábio, um sábio homem de Deus!

Que bonito ver a alegria contagiante de sua comunidade, de ver a felicidade de seus filhos, genros, netos. E lamentei muito por Elcio e Olga, no Pará, não terem conseguido vir (Quero registrar que lembrei de Eline também...). Deus seja louvado por tudo!

Grato a Deus por sua vida preciosa, rendo aqui minha singela homenagem. Conhecia o senhor de ouvi falar, por meus pais, que liam e apreciavam o “Ponto Salientes”, escrito pelo senhor, quando eu era ainda bem criança lá nos confins de Goiás (Tocantins). Quando vim para o STBSB conheci seus filhos, que se tornaram meus amigos e tive o privilégio e a honra de ter participado do culto de seus 25 anos de ministério em 1988, em Mesquita. Guardo o programa-boletim até hoje. O belo programa do culto agora dos 52 não consegui um exemplar. Acho que compareceu mais gente do que se esperava (Risos).

Participar deste momento único de sua vida, família, Igreja, amigos, denominação e ci-dade, na companhia dos amigos Sergio Dusilek e Alexandre Castro é algo de que jamais esquecerei. Grandes coisas tem feito o Senhor por nós e por isso estamos alegres!

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10 o jornal batista – domingo, 15/11/15 notícias do brasil batista

Não posso conter a minha alegria de poder encontrar artistas totalmente

consagrados a servir a Deus e a comunidade. Certamente você será bastante edificado com esta matéria. Que o Es-pírito Santo de Deus te ajude a propagar as Boas Novas através da prática dos seus dons e talentos. Pronto para a leitura desta matéria? Então vamos lá!

Nome Completo e formação:Meu nome é Amélia Cruz,

sou casada com Paulo Zini e sou mãe do André. Sou bacharel em música Sacra pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil com especialização em regência e, atualmente, mestranda em Educação musical. Fui profes-sora de regência e ministério de Música na Faculdade Te-ológica Batista de São Paulo por 15 anos. Sou educadora musical com 24 anos de ex-periência. Sou diretora do Centro de Cultura Musical de São Paulo, que neste ano completa seus 15 anos e tem o privilégio de ter no seu cor-po docente nove ministros de Música e com todo seu professorado evangélico re-conhecido pela OMB como músicos profissionais. Sou maestrina da Orquestra Escola Infanto Juvenil, um projeto so-cial que atende 132 crianças com incentivo da Lei Rouanet e do Ministério da Cultura. E também idealizadora do Projeto Sinfonia na Creche, que envolve 90 crianças de baixa renda em um trabalho de musicalização infantil.

Pertence a qual Igreja? Sou membro da igreja Ba-

tista da Penha, onde atuo junto ao ministério de música através do coro de juniores em uma prática de orques-tra e musicalização infantil. Também sou colaboradora e professora da Orquestra da Igreja Batista de Perdízes.

Como surgiu o amor pela arte?

Fui criada em um lar cristão e desde pequena estimula-da pelos meus pais a viven-ciar a música. Minha Igreja de origem - Primeira Igreja Batista de São Fidelis -, em determinado momento sem um líder na música, levou--me além querer colaborar, a buscar um ensino qualifi-cado que pudesse atender as necessidades do Reino de Deus. Senti meu chamado e fui estimulada pelo pastor Vanderlei Batista Marins, meu pastor naquele período, que encaminhou-me ao Se-minário. Com o coração no ministério, conduzi a música da Igreja Batista de Acari por 4 anos e a Igreja Batista de Perdizes por 3 anos.

O que te marca como edu-cadora, quando tem a músi-ca como profissão?

Tenho a melhor profissão do mundo! Primeiro, porque ela é divina: Única que existe no céu, onde a Bíblia cita o coro dos remidos, regente e que anjos cantam. A música está no coração de Deus, criada por Ele. Segundo, úni-ca linguagem universal. Uma língua que une a raça huma-na. O mesmo si, dó e ré to-cados aqui serão as mesmas notas e linguagem tocadas e entendidas em qualquer lu-gar do mundo. Terceiro, mi-nha profissão tem o poder de transformar meu semelhan-te, torná-lo mais inteligente.

Quais os benefícios que a musicalização Infantil pode trazer a uma criança?

Hoje o governo brasileiro, entendendo a importância da música no desenvolvimento integral da criança, obriga o ensino da música no ensino fundamental através da lei 11.769 de 18 de agosto de 2008 entendendo os benefí-cios trazidos pela inserção da prática musical na formação básica da criança. A ciência tem comprovado estes be-nefícios: 1) - A música pode desenvolver a sensibilidade e musicalidade da criança; 2) - A educação musical dis-

ciplina a criança de forma física e psíquica; 3) - A mú-sica desperta emoções, onde a execução e a descoberta proporcionam prazer; 4) - Desenvolve a disciplina e a atenção; 5) - A música age como agente na formação da personalidade, estimulando a criatividade, as emoções e os estados sociais e afetivos; 6) - A música também in-fluencia na vontade, ou seja, no querer que rege e conduz a atitude do indivíduo, que é o caráter; 7) - A prática da música é revelada como forma e expressão; 8) – A música, seja pelo aprendi-zado de um instrumento, seja pela apreciação ativa, potencializa a aprendizagem cognitiva, particularmente no campo do raciocínio lógico, da memória, do espaço e do raciocínio abstrato; 9) - O ritmo auxilia na formação e no equilíbrio do sistema nervoso. Todas as atividades duplas como cantar e bater palmas ao mesmo tempo estimulam o senso rítmico e a coordenação motora que trazem benefícios à leitura e à escrita da criança; 10) - A música é importante do pon-to de vista da maturação indi-vidual, isto é, do aprendizado das regras sociais por parte da criança. Quando uma criança brinca de roda, por exemplo, ela tem a oportunidade de vivenciar, de forma lúdica, situações de perda, de esco-lha, de decepção, de dúvida, de afirmação; 11) - Outra característica importante é o papel da coletividade no de-senvolvimento das habilida-des e da motivação da crian-ça; 12) - No caráter social, a música é uma importante ferramenta de integração; 13) – Desenvolve, além do raciocionio lógico matemáti-co, a atenção, concentração, reação, coordenação motora, lateralidade, disciplina, sen-sibilidade e muitos outros benefícios; 14) - A ciência tem comprovado que a mú-sica age como prevenção de doenças como a dislexia, Al-zheimer e mal de Parkinson.

Como a Igreja poderia par-ticipar neste processo de ensino e aprendizagem?

Este tem sido o tema da mi-nha dissertação de mestrado: “A Importância da educação musical em espaços eclesi-ásticos”. Entendo que atual-mente as Igrejas têm andado na contramão no ensino da música. Hoje, o governo brasileiro torna lei, enquanto as Igrejas abandonam esta oportunidade que eram vi-venciadas em gerações pas-sadas. Podemos observar que músicos profissionais que hoje atuam na música secular vieram das Igrejas evangélicas e tiveram como base a música na Igreja.

O que a Igreja poderia que fazer?

Pode-se dizer que a criança é um livro que contém mui-tas páginas em branco onde é possível escrever o que qui-ser e como quiser. Cabe aos pais e aos educadores ensinar e plantar em suas vidas con-ceitos e experiências boas e proveitosas. A Igreja também pode exercer esse papel de auxiliar no crescimento hu-mano integral das pessoas e a música pode muito auxiliar nesse processo educativo e transformador.

Sabendo que a música traz benefícios importantes para a vida da criança e, consequen-temente, para o adulto que ela será um dia, a Igreja ganha ativamente com isso, pois lá é o lugar onde as pessoas que-rem se encontrar com Deus e é onde elas buscam receber carinho, apoio e por que não, também uma educação musi-cal de qualidade?

Além desses benefícios apresentados para a vida da criança, ela pode agir como meio de evangeliza-ção, como facilitadora que ganhará não somente a crian-ça, como também todos os seus familiares. Ela serve de ponte, serve como meio de evangelização e como meio de capacitação de futuros ministros do Rei Jesus. Se

essas verdades forem conhe-cidas e praticadas nas Igrejas, brevemente poderemos ter crianças, jovens e adultos melhores em sua totalidade humana, física e espiritual.

Meu ponto de vista: Utili-zando-se desses benefícios, a Igreja pode agregar outros valores à vida da criança e sua família. Valores espiri-tuais onde a música pode ser utilizada como forma de evangelismo; valores morais e emocionais que moldarão o caráter e a personalidade; valores intelectuais e sociais que ajudarão na disciplina e na vivência familiar e habili-dades motoras que vão auxi-liar a criança no decorrer de toda a sua vida. Além disso, o Reino de Deus ganha com as vidas transformadas, e com pessoas cada vez mais capa-citadas espiritual e tecnica-mente para prestar um louvor que agrade o coração do Rei Jesus, seja no culto congre-gacional, seja nos momentos diários devocionais ou até mesmo sendo encaminhadas para a área profissional da vida.

Que mensagem você gos-taria de deixar?

Lembrar aos adultos, aos pais, aos líderes infantis, aos pastores, aos educadores de modo geral: As janelas das habilidades específicas se fecham na vida de uma criança. Por isso a ciência comprova que quanto mais cedo iniciar o ensino da música, mais benefícios ela terá. Invista, gaste tempo, dê prioridade! Entre o plantar e colher existe o regar, uma fase preciosa que precisamos pedir a Deus capacitação, sabedoria, amor, dedicação e investimento.

Gostou? Espero que sim! Eu fui bastante edificado, e quero saber da sua história também. Deixe Deus usar a sua vida. Escreva para: [email protected].

Roberto MaranhaoArte e Cultura-CBB

Musicalização infantil

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11o jornal batista – domingo, 15/11/15missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Uma semana in-tensa de ativida-des evangelísticas aconteceu recen-

temente no Equador. Uma cruzada evangelística foi re-alizada em apoio ao cres-cimento das Igrejas locais, inclusive a missão Batista liderada por nossa missioná-ria Joseane Lima, que agora tem o desafio de discipular as dezenas de pessoas da sua região que aceitaram a Cristo para que cresçam e se fortaleçam no Senhor.

“Recebemos dois missioná-rios peruanos, e foi uma bên-ção tê-los em nosso campo de atuação, na Missão Rios de Água Viva. Como resulta-do desse trabalho com todas as Igrejas que participaram, tivemos uma colheita de 790 pessoas convertidas e mais de 30 reconciliações em Cris-

to”, conta Joseane. “Em nossa área de atuação foram 29 conversões e reconciliações”, destaca a missionária. “Ore para que possamos cuidar com muito amor e dedicação dessas almas, e que elas, por sua vez, sejam fortalecidas e permaneçam firmes na de-cisão que tomaram”, pede Joseane.

Esse não é um simples pedido da missionária. Se-gundo ela, muita gente no Equador apenas diz ‘sim’ para agradar e, quando ela e outros irmãos chegam para uma visita, não os recebem e apresentam muitas descul-pas para não deixar entrar em suas casas.

“O trabalho é árduo, mas Jesus nunca disse que seria diferente. Ele disse para que tenhamos ânimo porque Ele venceu e, com Ele, somos mais do que vencedores”, afirma.

Apesar dos percalços que

possam ou podem aparecer, os dias de evangelismo foram de muitas bênçãos e ricas experiências na província de Manabí, principalmente nas cidades de Montecristi e San Vicente, onde funciona a Missão Rios de Água Viva.

A cruzada evangelística permitiu a expansão para ou-

tras localidades. Em Briceño, um casal se entregou a Jesus; em Muyuyal, vidas foram fortalecidas com a mensagem do Evangelho, assim como em Sendero Azul.

“Foram realizados cultos em três dias seguidos em San Vicente, mas pela du-reza de coração do povo daquela região, não tive-mos a Igreja cheia. Ali a idolatria é muito forte, há muita rebeldia. Sei que isso se passa em todo o mundo, pois a maldade tem crescido e a fé de muitos tem enfra-quecido, e já podemos ver os sinais da vinda de Jesus. É urgente que preguemos, ensinemos e batizemos”, enfatiza a missionária.

Joseane ressalta a importân-cia de se orar por essas vidas que tomaram a decisão por Cristo. Na missão, há apenas quatro irmãos, inclusive ela.

“Às vezes, temos mais de 20 pessoas no culto, e por

outras, somente quatro. A cada dia, eu examino mi-nha vida e pergunto a Deus onde está o que me impede de crescermos e o que tem nos impedido de avançar. Sigo examinando minha vida para não ser tropeço porque aquele que semeia quer ver o resultado da semeadura em sua terra, e eu gostaria de poder colher das sementes que tenho plantado para o Reino”, reflete Joseane, que agradece a contribuição de seus mantenedores e suas orações por vida e minis-tério.

“O terreno que foi adqui-rido para a construção do templo da Igreja em Monte-cristi está sendo pago a cada mês com a ajuda das Igrejas, apesar de aqui no Equador os preços também terem subido. Com fé, os irmãos estão firmes na construção do tão esperado templo”, conclui.

Discipulado de novos convertidos no Equador

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Você tem medo de usar sua vocação e, de repente, sentir o chamado para ser

missionário? Bom, pelo que Missões Mundiais tem per-cebido, isso parece ser mais comum do que se imagina. Mas temos buscado ajudar você que está passando por um dilema na hora de dizer

‘sim’ para Deus através da série de eventos “Quem tem medo de ser missionário?”. Quatro edições já foram re-alizadas, a última delas em outubro, na Primeira Igreja Batista de Bauru - SP. Em breve, novos eventos serão realizados em outras regiões do Brasil.

Promovido pelo Com.Vo-cação, de Missões Mundiais, o “Quem tem medo de ser missionário?” tem como prin-

cipal objetivo reunir pessoas com os mesmos anseios de servir a Deus neste mundo, dando esclarecimentos so-bre a carreira missionária e ajudando-as a tomar uma decisão.

“Andando por esse Brasil, ouço muitas brincadeiras dos jovens do tipo: ‘Eis-me aqui, Senhor. Envia o meu vizinho’. As pessoas têm tantos questionamentos so-bre carreira, vocação…E

medo de entregar a vida para Deus”, conta a coordenado-ra do Com.Vocação, missio-nária Analzira Nascimento. “Tem gente que tem medo de fazer aquela oração ma-ravilhosa: ‘Senhor, aqui está minha vida nas tuas mãos’”, ressalta.

Você pode entrar em con-tato com Missões Mundiais através do e-mail [email protected] para saber sobre a possibilidade de a sua

região receber um Congresso “Quem tem medo de ser missionário?”. Mas se você já sabe a resposta para essa pergunta e quer usar sua vo-cação em uma viagem volun-tária, em uma das turmas do Programa Radical ou como missionário de longo termo, escreva para [email protected]. Certamente você receberá uma orientação sobre como melhor servir e sinalizar o Reino de Deus.

Vocação para ser missionário

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12 o jornal batista – domingo, 15/11/15 notícias do brasil batista

Departamento de Educação Cristã da Igreja Batista do Fonseca - RJ

O primeiro Encon-tro surgiu do de-sejo de propor-cionar às crianças

um dia inteiro vivenciando o amor de Deus em suas vidas. Foram momentos especiais que ficaram marcados nas nossas vidas e nas vidas das nossas crianças. Pensando no Segundo Encontro, pedíamos a Deus que nos mostrasse so-bre o que deveríamos abor-dar neste novo evento.

Marcos Monte, membro da Igreja Batista Betel – Maceió - AL

Significativa represen-tação da liderança Batista alagoana, fa-miliares e amigos lo-

taram no dia 26 de setembro o templo da Igreja Batista de Bebedouro, em Maceió - AL, para a celebração das bodas de ouro do casal Maria Ma-dalena Chaves Pimentel e pastor Israel Pinto Pimentel.

O culto de gratidão a Deus pelos 50 anos de vida matri-monial do casal foi iniciado às 19h30. Após os acordes iniciais dos instrumentos, o casal adentrou ao templo postando-se no altar. As lei-turas bíblicas foram baseadas em I Coríntios 13.1-8, Pro-vérbios 31.10-12 e Cantares 8. 6-7, processadas de forma responsiva e alternada. Os hinos 380 do Cantor Cristão e 52 e 422 do HCC foram entoados pelos presentes, em uma clara demonstração de alegria e gratidão por tão singular acontecimento. A mensagem bíblica, proferida pelo pastor Zaqueu Moreira

Então, Ele foi trabalhando em nossos corações a neces-sidade de apresentarmos às nossas crianças que devemos e podemos pensar diferente em meio a tantas dificuldades e desafios que afetam o nosso caminhar do dia a dia. Com o tema “Pense diferente” ar-dendo em nossos corações, preparamos toda a programa-ção do dia motivando-as a se-rem diferentes, baseados no texto de Romanos 12.2, onde encontramos a afirmativa que a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita. Tudo isso foi abordado, logo cedo,

de Oliveira, vindo da cidade do Recife especialmente para o evento, foi baseada em Marcos 10. 7-9 e teve como tema “Unidade na Diversida-de”. Três pontos nortearam a prédica: Harmonia, respeito e amor. O mensageiro en-fatizou que somente o amor pode unir o casal e que é de Deus que parte a centelha para ligar e soldar os dois em uma só carne e em um só espírito. Sendo assim, não pode separar ou desmoronar a família constituída. Pastor Zaqueu enfatizou, também, que uma vez unidos pelo amor pode-se dizer: “O que Deus ajuntou não separe o homem”.

A renovação de votos do casal, dirigida pelo pastor José Benzeval de Oliveira, da Igreja anfitriã, foi uma das sequências da celebração que mais emocionou aos presentes. O pastor Evilásio Rodrigues Prado, da Igreja Batista do Vergel, proce-deu a bênção das alianças, levando todos a relembrar tão significativa celebração acontecida cinco décadas passadas.

com um delicioso café da manhã, seguido de história, cânticos, versículos e oficinas de Musicalização, Culinária e Corpo & Movimento.

Após as oficinas, as crian-ças passaram pela Sala de Oração, onde ali, com a aju-da e o acolhimento do pas-tor José Wellington (amigo das nossas crianças), tiveram um momento de comunhão com Deus, reconhecendo os seus pecados, desejando não mais cometê-los e também de colocar os seus pedidos, anseios e dificuldades diante de Deus.

Luciana Costa, Ângela Ma-rinho e o Trio formado por Euclides Lima, Gilson de Oliveira e Elias Barbosa abri-lhantaram a celebração com belíssimos hinos.

Encerrando o culto, pastor Israel fez uso da palavra para agradecer a todos que se fi-zeram presentes. Destacou, entre outros, seus familiares, colegas de ministério e ove-lhas que teve a oportunidade de apascentar, entre outros.

O casal jubilarO alagoano Israel Pin-

to Pimentel conheceu a pernambucana Maria Ma-dalena de Albuquerque Chaves quando ainda era seminaris ta na Primeira Igreja Batista de Vitória de Santo Antão - PE. O namoro começou no dia 07 de se-tembro de 1963. Após 11 meses de noivado, resolve-ram unir-se pelos laços do matrimônio. A Capela do

Seminário Teológico Batis-ta do Norte do Brasil, em Recife - PE, foi aberta para receber os convidados, ten-do como celebrantes os pastores Lívio Cavalcante Lindoso (cerimônia religio-sa) e Zaqueu Moreira de Oliveira (cerimônia civil). Desta feliz união nasceram Irland, Irisson e Irene. Ma-ísa, Isabelle, Mariana, Iana e Igor são netos do casal.

Confira os detalhes do 2o Encontro de Crianças da IB do Fonseca, em Niterói - RJ

Casal Pimentel celebra bodas de ouro

O casal Maria Madalena e pastor Israel Pimentel

Momento da renovação de votos

Passaram também por um momento muito especial, onde a participação dos pais e responsáveis das crian-ças foi essencial. Receberam mensagens dos familiares e amigos e um álbum de fotos que mostrava o crescimento da criança e uma oração ao final com o desejo que cres-çam a cada dia pensando diferente para honrar o nome do nosso Deus.

Após esse momento espe-cial, organizamos uma gran-de roda no pátio da Igreja, quando o pastor Eduardo Luis de Carvalho Faria, pastor da

Igreja, fez o encerramento deste 2º Encontro. As crian-ças “queimaram seus peca-dos” em uma “pira” e, após uma oração, visualizaram seus pedidos indo aos céus, simbolicamente, em bolas de gás. Logo após esse mo-mento, foram saborear uma deliciosa pizza.

Muitas foram as dificulda-des, problemas, desgastes, desafios ao longo de todo o planejamento, mas Deus cuidou de cada um deles. Podemos dizer em alta voz que “Até aqui nos ajudou o Senhor!”. (I Sm 7.12).

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13o jornal batista – domingo, 15/11/15notícias do brasil batista

Romildo Nunes Mendes, pastor da Igreja Batista Sião em São José dos Campos - SP

“Grandes coisas fez o Senhor por nós, pelas quais estamos alegres” (Sl 126.3).

Há 60 anos nascia em São José dos Campos a Igreja Batista Sião, fru-

to da visão de um grande missionário que veio para o estado de São Paulo, se esta-beleceu no Vale do Paraíba e em São José dos Campos iniciou uma nova Igreja. Em março do ano de 1955, o missionário Eduardo Mc Lain uniu-se às primeiras campa-nhas evangelísticas do pastor Rafael Gioia Martins, da Igre-ja Batista do Brás, e iniciou o trabalho de evangelismo na avenida Doutor Mário Gal-vão, 555, perto da Estação Ferroviária na Vila Maria.

No dia 23 de outubro de 1955, há apenas sete meses do início dos trabalhos, or-ganizou a Igreja Batista Sião. Os irmãos que se reuniam na Tenda, denominada Taberná-culo Batista, realizaram uma assembleia, com a presença

de 28 irmãos, para se organi-zarem como Igreja que passou a se chamar Igreja Batista de Sião. Logo, a Igreja adquiriu uma propriedade na mesma avenida onde ficava a Tenda, no nº 210. Tendo adquirido uma propriedade melhor no bairro Urbanova, na rua Albi-no dos Anjos Conrado, nº 80, transferiu-se para este endere-ço no seu Jubileu de Ouro.

Durante seus 60 anos a Igreja contou com os mi-nistérios dos pastores: Edu-ardo Mc Lain, Humberto de Oliveira, David Vernon Stowell, Dynes Mc Cullou-gh, Donald Hoover Bennett, Albino Faustino, Orivaldo Pi-mentel Lopes, Ilgonis Janait, Cornélio Dorta Bernardes, Jorge Schütz Dias, Jessé Espe-rança Martins, José Roberto Thiago Leite, Marcelo Narci-zo, Humberto Maia Aragão, Aderbal de Oliveira Filho e Romildo Nunes Mendes.

A IB Sião está integrada na denominação, participando do plano cooperativo de Mis-sões Nacionais e Mundiais, integrada na Convenção do estado de São Paulo e na As-sociação regional. Praticamos a doutrina, a declaração de fé e os princípios e valores da

CBB. Temos convicção de que somos uma Igreja Batis-ta; servindo ao Senhor nosso Deus com total consciência e propósito de ser uma bênção no Reino de Deus.

Celebramos nos dias 24 e 25 de outubro o nosso Jubi-leu de Diamante. E tivemos como conferencista o pastor Sócrates Oliveira de Souza, diretor executivo da Con-venção Batista Brasileira. O pastor Sócrates e sua esposa, a professora Lucia, muito nos abençoou com sua presença. Foi uma grande honra recebe--lo e poder ouvir mensagens maravilhosas de uma das au-toridades da nossa denomina-ção. Foram cultos graciosos e arrebatadores. Contamos com a participação do coro do Ju-bileu, composto de membros e ex-membros da IB Sião, conduzido pelo ministro Joel M. de Macedo Oliveira.

Um fato marcante na cele-bração foi a presença da irmã Elza Martinolli Guska que se converteu há 60 anoss, na se-gunda noite da primeira série de conferências evangelísti-cas da Igreja, quando ainda se reuniam em uma tenda, sendo batizada no dia 15 de maio. Na ocasião pregou o

pastor Rafael Gioia Martins, sobre o tema: “Jesus, nosso advogado”. A irmã que parti-cipou do culto do Jubileu de Diamante foi homenageada pela Igreja.

Também estiveram conos-co vários pastores e irmãos de outras Igrejas e amigos. O pastor Júlio Barros, executivo da Associação das Igrejas Batistas do Cone Leste do Estado de São Paulo (AIBA-COLESP) trouxe presentes para a Igreja e falou em nome da Associação, exaltando a importância da IB Sião na AIBACOLESP.

Após o culto do sábado, a Igreja recepcionou a to-dos com um saboroso bolo de aniversário em seu salão

social. Foi tudo preparado com muito carinho. Foram momentos de alegria e co-munhão. A IB Sião e todos os convidados se alegraram no Senhor. A alegria da Igreja continuou durante todo o fim de semana, ouvindo o pastor Sócrates Oliveira de Souza, diretor executivo da CBB; uma pessoa maravilhosa, ser-vo dedicado, executivo fiel e amigo das nossas Igrejas.

Regozijamo-nos pela dire-toria da Igreja: Pastor Romil-do Nunes Mendes, Ander-son Ribeiro Correia, Marco Antônio Iazbeck, Nelson Salustiano de Lima Filho, Si-las Camargo de Matos, Clovis Conrado Seitz e Fernando Luiz Ferreira.

Igreja Batista Sião em São José dos Campos - SP celebra Jubileu de Diamante

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14 o jornal batista – domingo, 15/11/15 ponto de vista

Christian Gillis, pastor da Igreja Batista da Redenção, Belo Horizonte - MG, membro do Conselho Gestor da Aliança Evangélica

O trabalho que Je-sus realizou entre os israelitas é o modelo de traba-

lho a ser desenvolvido pelos Seus seguidores em cada cidade ou nação onde esti-verem (Rm 15.8-9). O povo de Deus é chamado a servir ao Senhor na obra de restau-ração de todas as coisas em Cristo (Ef 1.10), sendo cada Igreja uma agência que pro-move a reconciliação com Deus pelo Evangelho, e pelo poder do mesmo Evangelho, de uns com os outros, de cônjuges e famílias entre si,

de trabalhadores e patrões, de etnias, enfim, revelando a sabedoria divina e o reorde-nando o caos estabelecido pelo pecado, transformando positivamente as pessoas e sociedades (Ef 2-6).

A dimensão social da mis-são é, portanto, um aspecto constituinte e fundacional do mandato divino dado a Igreja, segundo o padrão da obra realizado por Jesus.

A base bíblica e o fun-damento teológico para o ministério social evangélico estão amplamente estabele-cidos. A perspectiva abran-gente de missão amadurece e o entendimento reducio-nista na tarefa da Igreja pa-rece refluir. Não sendo o trabalho social ameaça ao ministério evangelístico das Igrejas, jamais deveria ser

relegado ou a segundo plano ou apenas a organizações auxiliares das Igrejas. Agora já se percebe que a incidên-cia em políticas públicas é uma agenda importantíssima para as Igrejas, departamen-tos, comitês e organizações de ação social. Há, inclusi-ve, a consciência da necessi-dade de ir além e pressionar governos e legisladores, em todas as esferas, para que estes atuem conforme a Jus-tiça.

O fortalecimento do mi-nistério social das Igrejas é modo para o cumprimento da obra confiada à Igreja. Urge, então, descobrir as rotas que permitem uma adequada presença e par-ticipação da Igreja na cena pública. É preciso discernir as propostas, possibilidades

e métodos condizentes com a ética bíblica, ao mesmo tempo em que se realiza uma avaliação crítica da contribuição que o ministé-rio social tem para a Igreja local, para a sociedade e para a relação da Igreja com a sociedade.

Há muitos desafios no campo pastoral e missio-lógico para as Igrejas no cenário brasileiro, cada um constituindo oportunidades de serviço aos mais vulnerá-veis. De fato, muitas Igrejas locais já estão sensibilizadas, tanto para a inteireza da missão que tem como para a absurda realidade de injusti-ça e pobreza no seu entorno. Estas Igrejas também já estão respondendo às demandas sociais que as cercam, de modo que atuam para servir

em seus contextos locais, indo além de assistencialis-mo elementar ou de ativismo social apenas como meio de evangelização.

Precisamos, agora, desen-volver a reflexão sobre tal prática social das Igrejas, para aprimorar a atuação das mesmas e ampliar as perspectivas missionais, de modo que haja aprofunda-mento na incidência pública das Igrejas. Será necessá-rio estudar e combater as causas que fazem surgir as desigualdades e construir propostas e agendas para mudanças significativas nas estruturas que causam injus-tiça, o que resultará em gra-dual conquista da simpatia do povo, por causa do bom serviço que a Igreja presta onde está.

Departamento de Ação Social da CBB

Novas perspectivas no ministério Social

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15o jornal batista – domingo, 15/11/15ponto de vista

Elias Gomes de Oliveira, pastor da Primeira Igreja Batista Missionária em Parque das Missões - Duque de Caxias - RJ

“Fiel é a palavra: se alguém almeja o episcopado, exce-lente obra almeja” (I Tm 3.1).

Diante de tantas dis-torções que temos visto na atuação pastoral de alguns

“colegas” de ministério pre-cisamos buscar entender o significado e sentido bíblico do ministério pastoral, par-tindo da premissa de que se trata de uma missão especí-fica, tendo como respaldo o chamado divino e como instrumentos dons e talentos naturais e espirituais dados por Deus. Portanto, torna--se relevante ter respostas para as seguintes perguntas: Quem são as pessoas que estão sendo influenciadas pela sua vida? Pela convi-vência espiritual com você? Quais os lugares, ambientes que você frequenta e pessoas com quem se relaciona que facilitam sua ação como sal da terra e luz do mundo?

Quando alguém é chama-do por Deus para exercer o ministério pastoral recebe uma responsabilidade, um desafio e um trabalho muito maior que toda sua capacida-de física, emocional ou inte-lectual poderiam conseguir

realizar. A pessoa terá que es-tar preparada para lidar com pessoas de todos os tipos de temperamentos, histórias e atitudes. Além disso, terá que cuidar e liderar de forma que essas pessoas busquem o crescimento e maturidade espiritual. É um trabalho ár-duo, difícil, diário, constante e, muitas vezes, solitário.

Além de pregar, ensinar, treinar, discipular, visitar, administrar, liderar, aconse-lhar e estar presente em ati-vidades diversas terá que se preparar sempre em oração, consagração, meditação e estudo da Palavra de Deus.

As ovelhas do Senhor de-vem ser tratadas com o má-ximo de cuidado, responsa-bilidade e amor. Por isso, o pastor terá muitas vezes que renunciar seus próprios interesses em prol da edifica-ção da congregação da qual Deus permitiu que apascen-tasse.

Apesar destas atividades deve-se ter uma observa-ção importante a respeito do tempo pastoral. Registro aqui uma respeitosa observação aos meus colegas pastores de tempo parcial. Sabemos que existem vários motivos ou causas que impedem de exer-cer as atividades em tempo integral, mesmo diante das demandas e necessidades es-pirituais que a Igreja local de-manda. Por isso, notifico aqui o meu respeito a todos eles

por tentar conseguir tama-nho feito. É um trabalho que requer saúde mental, física, emocional e espiritual. É um serviço que requer esforço, dedicação, responsabilidade e renúncia.

O livro de Atos registra: “Vai, porque este é para mim um instrumento para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel, pois Eu lhe mostrarei quanto lhe impor-ta sofrer pelo meu nome” (At 9.15-16). Logo, a missão pastoral de pregar e levar o Evangelho de salvação para os gentios é uma das prin-cipais funções pastorais e que precisa ter primazia na agenda do pastor.

O sucesso do ministé-rio pastoral não é medido pelo tamanho da Igreja ou mesmo pela quantidade de membros ativos e, sim, pe-las atribuições pastorais que são preenchidas de acordo com I Timóteo 3 e sua qua-lidade em ganhar e fazer discípulos.

Uma outra questão con-cernente a vida pessoal do obreiro é sobre a ajuda que recebe da Igreja. Engana-se quem pensa que o salário que um pastor possa receber de uma Igreja é a paga por esse trabalho que exerce, cumprindo sua missão de-terminada pelo seu patrão, Deus. Quem pensa que o trabalho do pastor pode ser

remunerado está fora dos padrões bíblicos. O trabalho pastoral não pode ser pago por dinheiro algum. O valor desse trabalho não é mate-rial, visível ou palpável.

Se o pastor precisar dimi-nuir seu tempo para o pasto-rado por causa de outras ati-vidades extra-pastorais para poder sustentar seu lar, não pode ser cobrado se suas atividades não estiverem dando os frutos desejados, se sua pregação não estiver sendo bem preparada, se não faz visitas regularmente, se não é encontrado quando se precisa de um aconselha-mento ou em um momento marcante ou ainda porque sua presença não é constante nos trabalhos e programa-ções da Igreja. Simplesmen-te, torna-se quase impossível estar apoiando todos os tra-balhos.

É claro que a presença do pastor nos trabalhos da Igreja são importantes, po-rém, nem sempre isso será possível, sendo necessário a compreensão por parte da congregação. Conforme diz as Escrituras: “(…) O traba-lhador é digno de seu salário” (I Tm 5.18); “Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o Evangelho que vivam do Evangelho (…)” (I Co 9.14).

Costumo dizer na Igreja, que não sou pastor da PIB Missões e, sim, pastor do

Reino de Deus. Não posso exercer o trabalho ministerial só quando estou na Igreja ou dentro dos honorários de “trabalhos” na Igreja. Isso sim significa buscar ser um líder servo. Temos observados muitos lideres pregarem só quando sobem em púlpitos e nunca saindo pelas ruas e vielas para ajudar aos neces-sitados.

Pastoreio uma Igreja em uma comunidade carente onde observamos o precon-ceito que existe em nosso meio, até mesmo por parte de alguns colegas de minis-térios que ficam com medo de entrar na comunidade. Aí pergunto: Será que acreditam no Deus que pregam? Será que acreditam no Ide de Je-sus dizendo que pregaria o Evangelho em qualquer lugar do mundo? Será que teriam disponibilidade de pastorear uma Igreja com restrição de recursos?

Creio que nem todos po-deriam dizer que sim. Nossa oração têm sido de miseri-córdia para Deus transformar os corações ambiciosos e gananciosos por dinheiro e riqueza em detrimento do evangelho. Devemos pregar para todos, sem esquecer dos que se encontram a margem da sociedade: Pobres, miserá-veis, dependentes químicos, prostitutas e todos aqueles que possuem estigmas pela sociedade.

Sucesso do Ministério Pastoral

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