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1 TERCEIRA IDADE ATIVA: os benefícios da prática da hidroginástica na capacidade funcional de idosos do grupo “BEM-VIVER” SESC/PA. Rose Paula Dias Carvalho Acadêmica CEDF/UEPA E-mail: [email protected] Professora Gláucia Lobato Kaneko Orientadora do CEDF/UEPA E-mail: [email protected] RESUMO O presente trabalho teve como objetivo analisar a capacidade funcional/força de membros inferiores, de idosos independentes, na realização das atividades da vida diária (AVDs), capacidades essas potencializadas a partir da prática da hidroginástica. A não realização de exercício físico contribui no idoso para redução na aptidão funcional e sua dependência em realizar as atividades do dia-a-dia. A hidroginástica é um exercício físico aquático baseado no aproveitamento da resistência da água como sobrecarga e do empuxo como redutor de impacto, e fortalece os elementos das capacidades funcionais, particularmente a força, que estão diretamente ligados à independência e autonomia dos idosos, tornando-os ativos e, assim, aumentando seus desempenhos nas execuções das AVDs. A pesquisa foi realizada no SESC – DOCA/PA, no grupo “BEM-VIVER” com idosos que praticam duas vezes na semana, a hidroginástica. A pesquisa de campo utilizou como instrumentos os acervos bibliográficos e um questionário com perguntas específicas relacionadas à capacidade funcional/força dos membros inferiores dos idosos e seus desempenhos em realizar as AVDs. Através da analise do questionário e das informações adquiridas durante a pesquisa, confirmamos que a prática da hidroginástica contribui na melhoria da capacidade funcional/força dos idosos ao realizarem as atividades da vida diária. Palavras-Chave: Idoso. Hidroginástica. AVDs. Capacidade Funcional/Força. INTRODUÇÃO O aumento da expectativa de vida provoca um crescimento do número de pessoas com idade acima de 65 anos. A população passa por um processo de envelhecimento, no qual conduz uma redução progressiva das capacidades funcionais do organismo, colocando em risco a qualidade de vida do idoso, limitando sua autonomia e ocasionando maior vulnerabilidade a sua saúde. Os benefícios inerentes à prática regular de exercício físico (EF) na terceira idade tem sido objeto de estudo de diversas áreas de pesquisa, que comprovam que o estilo de vida ativo promove a manutenção da capacidade funcional (CF) destes indivíduos por um período mais longo, e consequentemente eleva a qualidade de

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TERCEIRA IDADE ATIVA: os benefícios da prática da h idroginástica na capacidade funcional de idosos do grupo “BEM-VIVER” SESC/PA.

Rose Paula Dias Carvalho Acadêmica CEDF/UEPA

E-mail: [email protected]

Professora Gláucia Lobato Kaneko Orientadora do CEDF/UEPA

E-mail: [email protected]

RESUMO O presente trabalho teve como objetivo analisar a capacidade funcional/força de membros inferiores, de idosos independentes, na realização das atividades da vida diária (AVDs), capacidades essas potencializadas a partir da prática da hidroginástica. A não realização de exercício físico contribui no idoso para redução na aptidão funcional e sua dependência em realizar as atividades do dia-a-dia. A hidroginástica é um exercício físico aquático baseado no aproveitamento da resistência da água como sobrecarga e do empuxo como redutor de impacto, e fortalece os elementos das capacidades funcionais, particularmente a força, que estão diretamente ligados à independência e autonomia dos idosos, tornando-os ativos e, assim, aumentando seus desempenhos nas execuções das AVDs. A pesquisa foi realizada no SESC – DOCA/PA, no grupo “BEM-VIVER” com idosos que praticam duas vezes na semana, a hidroginástica. A pesquisa de campo utilizou como instrumentos os acervos bibliográficos e um questionário com perguntas específicas relacionadas à capacidade funcional/força dos membros inferiores dos idosos e seus desempenhos em realizar as AVDs. Através da analise do questionário e das informações adquiridas durante a pesquisa, confirmamos que a prática da hidroginástica contribui na melhoria da capacidade funcional/força dos idosos ao realizarem as atividades da vida diária. Palavras-Chave: Idoso. Hidroginástica. AVDs. Capacidade Funcional/Força.

INTRODUÇÃO

O aumento da expectativa de vida provoca um crescimento do número de

pessoas com idade acima de 65 anos. A população passa por um processo de

envelhecimento, no qual conduz uma redução progressiva das capacidades

funcionais do organismo, colocando em risco a qualidade de vida do idoso, limitando

sua autonomia e ocasionando maior vulnerabilidade a sua saúde.

Os benefícios inerentes à prática regular de exercício físico (EF) na terceira

idade tem sido objeto de estudo de diversas áreas de pesquisa, que comprovam que

o estilo de vida ativo promove a manutenção da capacidade funcional (CF) destes

indivíduos por um período mais longo, e consequentemente eleva a qualidade de

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vida tornando-os mais independentes na realização das atividades da vida diária

(AVD). Segundo Matsudo (2006) não se pode pensar hoje em dia em garantir um

envelhecimento com qualidade sem que além das medidas gerais de saúde se

inclua o Exercício Físico.

Por isso, praticar exercícios físicos regularmente, particularmente a

hidroginástica, melhora os níveis das capacidades físicas, tais como: força muscular,

coordenação, agilidade, sinestesia, percepção, esquema corporal, flexibilidade,

velocidade de ação e reação, e equilíbrio (MAZINI FILHO et.al., 2009). Promovendo

melhorias das capacidades funcionais e suas variáveis, diminuindo o efeito da

sarcopenia, proporcionando melhor qualidade de vida aos idosos e sua

independência.

O objetivo principal deste trabalho consiste em analisar a capacidade

funcional/força dos membros inferiores de idosos independentes na realização das

atividades da vida diária (AVDs), potencializados a partir da prática da

hidroginástica. Tendo como objetivos específicos: avaliar os efeitos da hidroginástica

sobre os níveis de capacidade funcional e analisar os efeitos da hidroginástica sobre

a força muscular dos membros inferiores em idosos. No idoso, essa capacidade

funcional está inversamente associada ao declínio na habilidade para desempenhar

as atividades do dia a dia, estando diretamente ligada a redução das funções

musculares e o aumento de quedas e fraturas.

Neste contexto supracitado gera a seguinte questão norteadora: A

hidroginástica melhora de fato a força física e consequentemente elevação da

capacidade funcional e qualidade de vida do idoso?

A idealização deste trabalho partiu da observação da independência dos

idosos do grupo “BEM-VIVER” do SESC Doca Pará ao realizarem as atividades da

vida diária. Como estagiaria, observei que estes idosos realizavam algumas AVDs

(como subir escadas, subir degraus de ônibus e outras) com certa segurança, por

isso questionei-me se realmente existe melhoria da capacidade funcional/força dos

membros inferiores em idosos praticantes de hidroginástica. Propõe-se então uma

investigação com a seguinte indagação: A hidroginástica melhora o nível de

autonomia de idosos na realização das atividades da vida diária?

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1 ENVELHECIMENTO

A Organização Mundial de Saúde (OMS, 2005) define a população idosa

como aquela a partir dos 60 anos de idade. Esta idade é válida para os países em

desenvolvimento, subindo para 65 anos de idade quando se trata de países

desenvolvidos.

O envelhecimento populacional é uma realidade em nosso país, segundo o

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010) o Brasil possui 7,4% da

sua população com idade acima de 65 anos, e este número tende aumentar nos

próximos anos. A expectativa de vida chegou à média de 73,4 anos, o que nos

remete a preocupação de como devemos proporcionar maior qualidade de vida para

os idosos através da realização dos exercícios físicos.

Embora a determinação do envelhecimento segundo a idade cronológica seja

a mais usual, essa tem significado apenas legal ou social, não sendo o melhor

critério para determinar em qual estágio do processo de envelhecimento se encontra

o indivíduo, pois as fases cronológicas do ser humano nem sempre correspondem

ao processo de envelhecimento natural (OMS, 2005).

O envelhecimento pode conter os aspectos segundo a idade; biológica,

psicológica e sociológica. Pode-se dizer que a idade biológica está ligada ao

envelhecimento orgânico. “Cada órgão sofre modificações que diminuem o seu

funcionamento durante a vida” (CANCELA, 2008 p.02). A idade psicológica

relaciona-se com as consequências comportamentais em resposta às mudanças do

ambiente em que vive. Já idade social é determinada pela cultura e pela história de

um país.

O envelhecimento deve ser entendido como uma fase de redução das

capacidades de sobrevivência, constituindo-se em um processo dinâmico e

progressivo, no qual ocorrem modificações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e

psicológicas segundo Papaléo Neto (2006), na qual trazem consigo diminuição das

capacidades funcionais, alterando a força, a resistência e flexibilidade, ocasionando

uma progressiva redução da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio

ambiente (MATSUDO, 2006).

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1.1 ENVELHECIMENTO E OS EFEITOS FISIOLÓGICOS

As mudanças físicas são visíveis com o envelhecimento e com isso provoca:

a diminuição das capacidades físicas como força muscular, agilidade, flexibilidade,

coordenação, equilíbrio entre outras; as modificações anátomo-fisiológicas como

hipotrofia cerebral e muscular, diminuição da elasticidade vascular e muscular,

concentração de tecido adiposo, tendência à redução de cálcio pelos ossos, desvios

de coluna, altura, densidade óssea, volume respiratório, frequência cardíaca

máxima, débito cardíaco, consumo máximo de oxigênio (Vo2máx) e as alterações

psicossociais que provocam depressão, isolamento social e baixa autoestima

(MAZINI FILHO et. al., 2009).

FIGURA 01 – Efeitos no processo de envelhecimento.1

Para Matsudo (2006) a redução da força e da massa musculoesquelética

(sarcopenia) são os principais fatores responsáveis pela diminuição da mobilidade e

funcionalidade do indivíduo que está envelhecendo. A figura 01 simplifica os efeitos

que ocorrem no processo de envelhecimento, de acordo com o Colégio Americano

de Medicina Esportiva (ACSM, 2003).

1 Fonte Colégio Americano de Medicina Esporte (ACSM,2003)

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2 EXERCÍCIO FÍSICO E A QUALIDADE DE VIDA NO IDOSO

Guiselini (2006) conceitua exercício físico como uma prática sistemática de

um ou mais movimentos básicos para atingir um objetivo pré-estabelecido. Estes

exercícios físicos são importantes para que atinja um padrão desejado em certos

aspectos da qualidade de vida e da capacidade funcional dos idosos (Matsudo,

2001).

A participação do idoso em programas de exercício físico regular influência

mais diretamente no processo de envelhecimento. Dessa forma, com um impacto

positivo sobre a qualidade e expectativa de vida, melhoria das funções orgânicas,

garantia de maior independência pessoal e grande benefícios no controle,

tratamento e prevenção de várias doenças (RAHL, 2007).

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2005), qualidade de vida é a

percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistemas de

valores em que vive em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e

preocupações. Segundo Guiselini (2006) qualidade de vida é ter uma vida ativa,

saudável, prazerosa e harmoniosa. Porém a qualidade de vida depende

fundamentalmente da prática de hábitos saudáveis ou práticas básicas de saúde.

De acordo com Fleck e col., (2006), o Grupo de Qualidade de Vida da

Organização Mundial de Saúde (Grupo WHOQOL) define qualidade de vida como o

entendimento que uma pessoa tem de sua posição na vida, considerando seu

contexto cultural e os valores da sociedade em que está inserido.

O grupo WHOQOL desenvolveu uma escala para avaliar a qualidade de vida

do idoso. Esta escala aborda questões relativas ao funcionamento sensorial;

autonomia; atividades passadas, presentes e futuras; a participação social; as

inquietações e temores de morte; intimidade do idoso (FLECK e col., 2006).

Portanto, a prática de exercício físico promove além da prevenção, a

reabilitação da saúde do idoso, pois acrescentam melhoras a aptidão física, e

consequentemente, facilita a manutenção de bons níveis de independência e

autonomia para as atividades da vida diária (SIMÃO, 2004). Praticar exercício físico

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na melhor idade melhora a capacidade funcional, deixando os idosos mais ativos, e

consequentemente eleva sua qualidade de vida.

3 A CAPACIDADE FUNCIONAL DO IDOSO

Durante o envelhecimento são observados declínios nos componentes da

capacidade funcional em particularmente, na força muscular, causando a perda da

autonomia do idoso em realizar atividades do cotidiano. De acordo com Matsudo

(2004) as atividades da vida diária (AVD) determinam se o idoso é capaz de viver

independentemente. As AVDs são classificadas em: atividades básicas da vida

diária (ABVD) que consiste em tomar banho, vestir-se, sentar-se, levantar-se, ou

seja, atividades de cuidados pessoais básicos, as atividades instrumentais da vida

diária (AIVD) que são atividades mais complexas da vida cotidiana como limpar a

casa, fazer compras e, as atividades avançadas da vida diária (AAVD) que estão

relacionadas a uma necessidade maior de independência (MATSUDO, 2004).

Para Matsudo (2001) capacidade funcional define-se no potencial que os

idosos apresentam para decidir e atuar em suas vidas de forma independente. As

informações geradas pela avaliação da capacidade funcional possibilitam conhecer

o perfil dos idosos utilizando-se ferramenta simples e útil, que pode auxiliar na

definição de estratégias de promoção de saúde para os idosos, visando retardar ou

prevenir as incapacidades. Segundo Guimarães et. al., (2004) o idoso que busca a

manutenção e preservação de suas capacidades, para desenvolver sozinho as

AVDs, pode prolongar consideravelmente o tempo de sua independência.

As capacidades físicas, como força, flexibilidade, equilíbrio, agilidade e

coordenação tendem a sofrer decréscimos nos idosos (SANTAREM, 2007, RAIOL;

RAIOL; ARAÚJO, 2010).

3.1 DECLÍNIO DA FORÇA MUSCULAR NO IDOSO

Segundo Weineck (2003, p.23) força muscular “é a força máxima que pode

ser exercida por um músculo, ou grupo muscular, contra uma resistência”. O autor

dividiu a força em três tipos distintos: força máxima, força rápida e resistência de

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força. A perda da força muscular ocorre devido principalmente, ao declínio de massa

muscular; processo chamado de sarcopenia (SILVA et. al., 2006).

O declínio da massa muscular (sarcopenia) e como consequência, da força, é

a principal responsável pela alteração na qualidade de vida e na capacidade

funcional do ser humano em processo de envelhecimento. Sendo que o

envelhecimento acarreta uma serie de alterações fisiológicas que, progressivamente

diminuem a capacidade funcional dos indivíduos (SIMÃO, 2004).

A força muscular é a adaptação funcional que sempre acompanha os níveis

de massa muscular, sendo importante no dia-a-dia de todas as pessoas para a

realização das mais diversas tarefas. A diminuição da força muscular é a principal

responsável pela deterioração da mobilidade e da capacidade funcional do indivíduo

que está envelhecendo (MATSUDO et al., 2006).

Matsudo et. al., (2003) citam que o declínio da força muscular tem como

consequência as perdas das capacidades funcionais no andar e no equilíbrio

causando queda e perda da independência física.

Para Farinatti (2008) há necessidade da preservação e/ou conservação da

força muscular, já que a mesma não trabalhada diminui a capacidade funcional e

consequentemente a perda da autonomia em realizar atividades do dia – dia.

4 HIDROGINÁSTICA

4.1 HISTÓRICO DA HIDROGINÁSTICA

Os exercícios realizados na água já existem desde a antiguidade e eram

usados com a finalidade de cura e recreação. Surgiu na Alemanha para ajudar os

soldados de guerra a se recuperarem de lesões e traumas físicos. Ainda na

Alemanha os médicos começaram a constatar os benefícios da atividade na água

nos tratamentos e reduções de dores de um grupo de pessoas idosas.

(BONACHELA, 2001).

Passando a existir nos Estados Unidos, com propósitos terapêuticos,

conhecida como hidroterapia, foi desenvolvida e aperfeiçoada por cientistas,

médicos e professores (MAZINI FILHO et. al., 2009). De acordo com Bonachela

(2001) a água vem sendo utilizada há vários séculos e de diversas formas, visando

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melhorar a qualidade de vida. No Brasil, esta modalidade surgiu nos anos 70 e hoje

é largamente conhecida e procurada por diversos públicos.

4.2 PROPRIEDADES FÍSICAS DA ÁGUA

As propriedades físicas da água são classificadas em: densidade, flutuação,

pressão hidrostática e viscosidade (BONACHELA, 2001)

Densidade : é a relação entre a massa e o volume de um corpo (D= m/v). A

densidade relativa é a relação da massa de um corpo e a unidade de massa de igual

de volume deslocado na água.

Flutuação : é regida pelo princípio de Arquimedes, onde um corpo imerso

completo ou parcialmente em um líquido sofre um empuxo para cima igual ao peso

deslocado, atuando no sentido oposto a força de gravidade.

Pressão Hidrostática : é regida pela lei de Pascal. É uma pressão que os

líquidos exercem sobre todas as partes do corpo que estiverem imersas na água.

Essa pressão vai aumentando quando a densidade e a profundidade do líquido

aumentarem.

Viscosidade : as moléculas de um fluido estão sempre em atrito, oferecendo

resistência ao movimento em qualquer direção. O movimento na água em

velocidade aumenta o arrasto.

4.3 BENEFÍCIOS DA HIDROGINÁSTICA NA FUNCIONALIDADE NO IDOSO

A hidroginástica é um exercício físico aquático baseado no aproveitamento da

resistência da água como sobrecarga e do empuxo como redutor de impacto, o que

permite que esta atividade mesmo praticada em intensidades altas diminua os riscos

de lesões. Para Bonachela (2001) a hidroginástica é uma forma alternativa de

condicionamento físico, constituídas de exercícios aquáticos, baseados no

aproveitamento da resistência da água como sobrecarga.

Praticar hidroginástica proporciona benefícios que estarão ajudando os idosos

a potencializar suas capacidades físicas tornando-os independentes e elevando sua

qualidade de vida. Segundo BONACHELA (2004, p. 47):

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[...] a hidroginástica é um conjunto de exercício que tem como objetivo melhorar a força muscular, a resistência muscular, a capacidade respiratória e a amplitude articular, utilizando-se a resistência da água como sobrecarga, visando a melhor qualidade de vida e o bem-estar físico de seus praticantes.

Bonachela (2004) afirma que a prática da hidroginástica proporciona

qualidade de vida ao idoso devido aos vários benefícios que ela oferece, tais como:

o aumento da força muscular, da coordenação, da agilidade, do equilíbrio, um

controle do peso corporal, uma melhora dos sistemas: respiratório, circulatório e

cardíaco, acréscimo da autoestima, autoconfiança, independência nas atividades

diárias, reintegração, bem-estar físico e mental.

Para Mazini Filho et. al., (2009) a hidroginástica em relação às capacidades

funcionais melhora: força muscular, coordenação, equilíbrio, agilidade. De acordo

com o autor, a hidroginástica trabalha os componentes das capacidades funcionais

do idoso que estão diretamente ligada a sua autonomia em realizar atividades da

vida diária melhorando sua qualidade de vida. O exercício da hidroginástica usa da

flutuabilidade da água para facilitar os movimentos, diminuindo o impacto e

reduzindo o peso corporal aliviando a tensão nas articulações, melhorando assim o

sistema cardiorrespiratório.

No caso deste artigo, buscamos compreender a importância da hidroginástica

na capacidade funcional/força de idosos na realização das AVDs. O trabalho de

força na água vai trabalhar a força muscular combatendo a sarcopenia, mantendo os

níveis de massa magra, fazendo com que o idoso possa manter a funcionalidade

necessária para as atividades da vida diária sem risco de quedas.

Para Mazini Filho et. al., (2009) a hidroginástica é um exercício feito dentro da

água que potencializa o aeróbico, a força muscular, a flexibilidade e o equilíbrio. A

elaboração de um programa de hidroginástica para a terceira idade deve preparar os

idosos para cumprirem suas atividades da vida diárias, ou seja, tentar impedir que

estes percam a autonomia, tornando-os mais ativos e independentes.

A hidroginástica tem sido apontada como uma forma de exercício muito

indicada para os idosos, estudos têm mostrado seus benefícios sobre aspectos

funcionais. Apesar disso, a literatura especializada ainda é restrita e carecem de

mais estudos na área.

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5 METODOLOGIA

5.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Esta pesquisa caracterizou-se como explicativa com abordagem qualitativa. A

pesquisa explicativa preocupa-se em identificar os fatores que determinam ou que

contribuem para a ocorrência dos fenômenos (GIL, 2007). Ou seja, este tipo de

pesquisa explica o porquê das coisas através dos resultados oferecidos. Para

Fonseca (2002), a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados,

motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço

mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser

reduzidos à operacionalização de variáveis. O enfoque desta pesquisa é a

Fenomenologia, para Gil (2007) neste tipo de pesquisa há uma preocupação central

no dado em si (fenômeno, fato, etc.) e não tendo em vista algo desconhecido que se

encontre por trás do fenômeno. O autor ainda afirma que o sujeito da pesquisa é

reconhecido como importante no processo de construção do conhecimento.

O procedimento deste estudo consiste em uma pesquisa de campo, que

caracteriza-se pelas investigações da pesquisa bibliográfica e/ou documental e a

realização de coleta de dados junto a pessoas (FONSECA, 2002). Para Andrade

(2005), a pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir

informações e conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procure uma

resposta, descobrir novos fenômenos ou relações entre elas.

5.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A população deste estudo são idosos do grupo “BEM-VIVER” do Serviço

Social do Comércio (SESC) localizado no município de Belém polo SESC DOCA,

que praticam hidroginástica regularmente duas vezes por semana. Este projeto é

composto por 170 idosos sendo 20 do sexo masculino e 150 do sexo feminino, com

faixa etária que vária em 60 a 90 anos. Para este estudo utilizou uma amostra de 31

idosos sendo 05 do sexo masculino e 26 do sexo feminino com uma faixa etária

entre 65 e 85 anos, todos fisicamente e mentalmente independentes.

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5.3 INSTRUMENTOS DE PESQUISA

A pesquisa foi realizada em dois dias da semana, terça-feira e quinta-feira,

que são os dias que acontecem as aulas de hidroginástica do grupo “BEM-VIVER”

SESC DOCA/PA. Após o termino das aulas, os idosos foram acomodados numa

sala (com boa iluminação e contendo cadeiras suficientes a todos os participantes) e

esclarecidos sobre a pesquisa em questão. Após os devidos esclarecimentos foi

solicitado a cada participante a assinatura do TCLE (Termo de Consentimento Livre

Esclarecido) autorizando sua participação na referida pesquisa. Lembrando que os

idosos não foram submetidos a nenhum esforço físico e a nenhum risco à sua

saúde, tendo cuidado com suas informações relatas e sua imagem. A identificação

dos idosos nesta pesquisa foi feita por números de 1 à 31.

Logo após, entregamos o questionário semiestruturado que contem perguntas

fechadas e uma pergunta aberta. A primeira parte do questionário contem dados

pessoais (nome, sexo e data de nascimento), a segunda é referente ao histórico

médico pessoal do idoso, a terceira parte corresponde propriamente dito ao

questionário que subdivide em: item 1 - refere-se ao tempo que os idosos praticam

hidroginástica no grupo, item 2 - contem o quadro sobre as atividades da vida diária

onde os idosos marcaram se houve melhoria no desempenho das AVDs depois de

estar praticando hidroginástica, e o item 3 - uma pergunta aberta onde o idoso

poderia dar sua opinião sobre os benefícios da hidroginásticas na realização das

atividades do dia-dia.

6 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Dos 170 idosos que participam do Grupo “BEM-VIVER” no SESC/Doca-PA,

apenas 50 praticam hidroginástica, tivemos a oportunidade de conversar com 31

destes idosos. Dos 31 entrevistados 05 eram do gênero masculino e 26 do gênero

feminino. De acordo com o gráfico 01, 16% (05) dos idosos praticam hidroginástica

há no máximo dois anos, 39% (12) praticam hidroginástica entre três e cinco anos,

13% (04) praticam a hidroginástica entre seis e nove anos e 32% (10) praticam

hidroginástica há dez anos ou mais.

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GRÁFICO 01 – Tempo de prática da Hidroginástica

Dos idosos entrevistados fizemos um levantamento do histórico médico

pessoal e, listamos algumas doenças pertinentes à debilidade da saúde. Pedimos

para que os idosos marcassem sim ou não para ausência ou presença de

determinada doença. Na analise dos dados desta pesquisa, dos 31 idosos 05

possuem diabetes, 02 problemas cardiovasculares, 19 possuí problemas articulares

(entre reumatismo, artrite e artrose), 16 sofre com osteoporose, 01 é obeso e 03 tem

problemas na coluna.

Rocha (2001) citado por Nakagava e Rabelo (2007) relata a importância da

prática da hidroginástica na melhoria de algumas doenças: melhora a execução de

exercícios sem sobrecarregar as articulações de base e eixo do movimento; facilita

no aumento gradativo da amplitude articular; fortalece as musculaturas articulares

sem riscos (quando aplicado corretamente); ameniza expressivamente a artrite

reumática; oferece maior resposta muscular através das diversas posições

expressas nos exercícios e por resistência oferecida pela água; diminui os

problemas de hipertensão e hipotensão; melhora expressivamente a condição

cardiorrespiratória e auxilia o trabalho aeróbico e anaeróbico.

Pinho et. al., (2006) afirmam que a natação e a hidroginástica são

recomendadas para indivíduos com problemas ósseos, entre estes, osteoporose e

artrose.

Nas analises das capacidades funcionais/ força dos membros inferiores,

perguntamos aos idosos se depois da prática da hidroginástica eles tiveram melhoria

no desempenho das AVDs listadas no questionário. Com isso os idosos poderiam

realizar as AVDs com autonomia, tornando-se mais ativos.

16%

39%13%

32%0 A 2 ANOS

3 A 5 ANOS

6 A 9 ANOS

10 ANOS EM DIANTE

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GRÁFICO 02 – Desempenho físico em relação às AVDs I

O gráfico 02 retrata a melhoria declarada pelos idosos na realização das

atividades da vida diária (sentar e levantar da cadeira, deitar e levantar da cama e

pegar um objeto do chão). Aproximadamente 68% alegaram uma grande melhoria

no desempenho das AVDs relatadas, em média 32% afirmaram que tiveram uma

melhoria razoável, os demais ou assumiram uma pequena melhoria ou disseram que

não houve melhoria na realização das AVDs mesmo após a prática da

hidroginástica.

Bonachela (2004) afirma que a pratica de hidroginástica pelos idosos torna-os

mais ativos e mais saudáveis proporcionando-lhes uma melhor qualidade de vida,

devido a um aumento da amplitude articular, do acréscimo da autoestima e da

independência nas atividades da vida diária.

Em relação aos benefícios da prática da hidroginástica pelos idosos, Sova

(1998) citado por Moreira (2009) registra que praticar hidroginástica de forma regular

melhora os cinco componentes do condicionamento físico: condicionamento aeróbio,

força muscular, resistência muscular, flexibilidade e composição corporal.

GRÁFICO 03 – Desempenho físico em relação às AVDs II

MELHORIA

GRANDE

MELHORIA

RAZOAVEL

MELHORIA

PEQUENA

NÃO HOUVE

MELHORIA

20

9

0 2

21

8

1 1

20

10

0 1

SENTAR E LEVANTAR DA CADEIRADEITAR E LEVANTAR DA CAMAPEGAR UM OBJETO DO CHÃO

MELHORIA

GRANDE

MELHORIA

RAZOAVEL

MELHORIA

PEQUENA

NÃO HOUVE

MELHORIA

17

8

24

19

12

0 0

22

6

1 2

SUBIR E DESCER ESCADAS

ANDAR PELAS RUAS

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O gráfico 03 mostra os desempenho na realização das AVDs (subir e descer

escada, andar pelas ruas e ficar em pé). Em média 61% idoso sentiram uma

melhoria grande, 25% relataram melhoria razoável na realização das atividades, os

demais afirmam que a melhoria foi pequena ou não houve melhoria.

GRÁFICO 04 – Desempenho físico em relação às AVDs III

A análise da AVD “subir e descer do ônibus” foi feita separadamente por

averiguarmos que a maioria dos idosos relatou a existência da dificuldade não só na

realização desta atividade, mas também um efeito psicológico por se tratar de um

automóvel que pode se mover, causando maior instabilidade na realização da

mesma. Portanto, no Gráfico 04 sentimos um deslocamento no percentual de idosos

que tinham sentido grande melhoria com a prática da hidroginástica para percentual

de pessoas que sentiram apenas uma melhoria razoável. Assim sendo, 19% dos

idosos declararam sentir melhoria grande, 55% sentiram melhoria razoável, 10%

sentiram pequena melhoria e 16% não sentiram melhoria alguma.

O último item do questionário semiestruturado consiste em o idoso dar sua

opinião quanto os benefícios da hidroginástica no desempenho das atividades do

dia-dia. Dos 31 idosos, 20 aceitaram relatar os benefícios inerentes da hidroginástica

e 11 idosos não quiseram dar sua opinião. Dentre os que aceitaram, transcrevemos

a fala de cinco idosos:

“Depois que comecei a praticar hidroginástica deixei de sentir dores nas minhas pernas e melhorei nos meus afazeres de casa”.(Idoso 5).

“Antes eu sentia muita dor e depois que comecei a fazer hidro parou com as dores”.(Idosa 25).

“A hidro melhorou a força das minhas pernas na hora de praticar os exercícios e as coisas do dia-dia”. (Idosa 30).

MELHORIA

GRANDE

MELHORIA

RAZOAVEL

MELHORIA

PEQUENA

NÃO HOUVE

MELHORIA

6

17

35

SUBIR E DESCER DO ONIBUS

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“Ah! A hidro me deixa mais disposta e com mais pique em realizar os afazeres de casa, sem contar que me deixa mais alegre e posso conversar com as minhas colegas”. (Idosa 10).

“A hidro fez com que eu sentisse minhas pernas mais fortes e através da hidro pude ter um desempenho em subir as escadas de casa”. (Idosa 19).

Notamos com as opiniões dos idosos que a hidroginástica melhorou no

desempenho das atividades da vida diária, na capacidade funcional/força dos

mesmos, no bem-estar social e qualidade de vida.

Alves et. al., (2004), realizaram um estudo em Niterói-RJ, em 74 mulheres

idosas, sem atividade física regular. Um grupo de 37 mulheres recebeu duas aulas

semanais de hidroginástica durante três meses e outras 37 mulheres serviram como

controle e não praticaram o exercício. O grupo submetido ao treinamento de

hidroginástica apresentou melhor resultado no teste "levantar e sentar", que avalia a

força e a resistência do segmento corporal inferior. Em outro estudo, os mesmos

autores, utilizando a hidroginástica como principal atividade física por três meses,

em idosas de Niterói-RJ, observaram uma diminuição significativa do peso corporal

e melhoria na força e na coordenação motora.

Mazini Filho et. al., (2009) realizou um estudo com 20 idosos de ambos os

sexos que praticavam hidroginástica no mínimo há três meses. Obteve em seus

resultados os efeitos da hidroginástica sobre as degenerações fisiológicas do idoso,

sendo capaz de promover uma melhoria muscular, flexibilidade, resistência

cardiorrespiratória, composição corporal e beneficiar a ativação da circulação, maior

incremento na autoestima, na postura, capacitando à redução da frequência

cardíaca de repouso e reduzir os riscos de lesões articulares. Estes achados

corroboram os resultados encontrados no presente estudo e reforçam que a

hidroginástica pode ajudar a melhorar os níveis de capacidades funcionais dos

idosos, dentre elas a força, e consequentemente torna-los ativos e dependentes em

realizara as atividades da vida diária.

CONSIDERÇÕES FINAIS

Através dos resultados apresentados pode-se constatar que a hidroginástica

foi eficiente na melhoria das capacidades funcionais dos idosos do grupo “BEM-

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VIVER”, dentre elas a força dos membros inferiores é uma das variáveis que sofre

melhorias, proporcionando a autonomia dos movimentos físicos destes idosos.

Mantendo-os ativos e dependentes em realizar as atividades da vida diária.

Por outro lado, é necessário salientar as limitações deste trabalho, que consistiu em

apenas analisar, através de um questionário semiestruturado, a melhoria da

capacidade funciona/força dos membros inferiores através da prática da

hidroginástica proporcionando a autonomia dos idosos em suas atividades diárias.

Levando em consideração aos estudos levantados e a analise desta pesquisa

pode-se concluir que a hidroginástica, como uma prática, exercida de maneira

regular, corrobora para a melhoria da capacidade funcional/força dos membros

inferiores na realização das AVDs, como sentar e levantar da cadeira, subir e descer

as escadas. Entretanto, há necessidade de um número maior de estudos, que

avaliem os efeitos aqui abordados e outros, da hidroginástica sobre a aptidão física

dos idosos com a aplicação de avaliações específicas para a terceira idade.

ACTIVE SENIORS: the benefits of practicing aquarobi cs in functional capacity of elderly in group "BEM-VIVER" SESC/PA.

ABSTRACT This paper aims to analyze the functional capability/strength of independent elderly in performing activities of daily life (ADL) maximized from the practice of aquarobics. Not performing physical exercise contributes to reduction in functional fitness in the elderly and their dependence in performing daily activities. The aquarobics is a water exercise based on the use of water resistance as overload and thrust as reducing impact, and strengthens the elements of functional capabilities, particularly the strength, that are directly linked to the independence and autonomy of the elderly, making them actives and increasing their performance in the execution of ADL. The research was conducted at SESC – DOCA/PA in the group "BEM-VIVER" with elderly people who practice aquarobics twice a week. The fieldwork used as instruments bibliographic collections and a questionnaire with specific questions related to functional capacity/strength of the lower limbs of the elderly and their performance in performing ADL. Through the analysis of the questionnaire and the information acquired during the research, we confirm that the practice of aquarobics contributed to the increase and/or maintenance of functional capability/strength of the elderly in performing activities of daily life. Key Words: Functional capability/strength. Elderly. ADL’s. Aquarobics.

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