teorias e instrumentos de medida satisfaÇÃo no trabalho gestão de recursos humanos 2007-2008...

TEORIAS E INSTRUMENTOS DE MEDIDA

SATISFAÇÃO NO TRABALHO

Gestão de Recursos Humanos • 2007-2008 • Comportamento Organizacional I

Conceito

“Atitude de satisfação do emprego com o desejo de possuir a vontade de lutar pelos fins de um grupo ou uma organização.”

Viteles, 1953

“Um estado afectivo positivo resultante da apreciação do emprego ou das experiências ligadas ao emprego.”

Locke, 1976

Satisfação no TrabalhoEvolução do Conceito

Taylor (1947) Não existência de perspectiva sociológica;

Preocupação na atitude de cooperação entre trabalhador e organização;

Fadiga e salário relacionavam-se com a satisfação e produtividade.

Mais importante que o salário

Grupos informais Pausas para descanso


Elton Mayo Escola das Relações Humanas;

Experiência de Hawthorne;


Durante a 2ª Guerra Mundial Redefinição do trabalho;Crescimento do movimento das Relações

Humanas;Responsabilidade, protecção da empresa

em relação ao trabalhador;

SATISFAÇÃO


ActualmenteSatisfação no trabalho é uma variável de

natureza afectiva.

Herzberg (Década de 50)

Teoria dos dois factores:

- Factores Higiénicos (status, segurança, condições de trabalho, políticas da empresa, relações interpessoais).

Satisfação no TrabalhoTeorias

Relacionados com contexto do trabalho


Herzberg (Década de 50)

Teoria dos dois factores:

- Factores Motivacionais (realização pessoal, reconhecimento/desenvolvimento, crescimento da responsabilidade, o próprio trabalho).

Relacionados com conteúdo do trabalho


Vromm (1964) – Teoria da Expectativa

Satisfação é produzida por variáveis situacionais e de personalidade.

Sensação de satisfação advém de reacções afectivas agradáveis e a insatisfação advém de expectativas negativas.

CONCLUSÃO: A satisfação é o resultado de uma reacção antecipada (expectativa).

A expectativa funciona como variável moderadora no processo de avaliação.


Lofquist e Davis (1969), Porter (1962) e Wofford (1971)

Teoria da Necessidade de Realização.

Visão altruísta – trabalhador sente-se satisfeito quando o seu trabalho atende às necessidades de realização do indivíduo


Locke (1976)

Apresenta 3 Etapas:

- Escola Psico-económica;- Escola Psico-sociológica;- Escola do Desenvolvimento.

ETAPAS


Locke (1976) Identifica 9 dimensões:- Satisfação com o trabalho;- Satisfação com o salário (equidade)- Satisfação com as promoções- Satisfação com o reconhecimento- Satisfação com os beneficios- Satisfação com a chefia

- Satisfação com os colegas de trabalho- Satisfação com as condições de trabalho - Satisfação com a Organização e com a Direcção

EVENTOS

AGENTES


Locke (1976)

Escola Psico-económica

Elevada produtividade depende da OCT.

(Taylor e Organização Científica do Trabalho)


Locke (1976)

Escola Psico-Sociológica

Factores de ordem psico-sociais influenciam as atitudes negativas dos trabalhadores.

Relação com a organização, ambiente de grupo, relações humanas, relacionamento com as chefias.Satisfação no trabalho atribuída excessivamente nas relações

humanas.


Locke (1976)

Escola do Desenvolvimento

A satisfação não depende exclusivamente de variáveis (exteriores - estímulos de ordem diversa

manipuláveis) mas e também da personalidade individual.


Hackman e Oldham (1974)

A satisfação é determinada por estados psicológicos.

- Variedade, - Identidade, - Significância, - Autonomia de tarefa, - Feedback recebido

CaracterísticasCentrais do

trabalho

Moderado pela necessidade de crescimento do trabalhador.


Teoria de Orpen (1981)

Valores do individuo quando não respeitados

INSATISFAÇÃO


Quarstein, Mcafee e Glassman (1992)

Características (aspectos mais estáveis):- pagamento, - condições de trabalho.

Ocorrências situacionais (aspectos transitórios):- acontecimentos inesperados.


Actualmente

A satisfação no trabalho é uma variável de natureza afectiva.

Origina estados agradáveis ou desagradáveis.


Actualmente

A satisfação é influenciada por:- Crenças; - Valores;- Factores disposicionais;- Moral;- Possibilidade de desenvolvimento no trabalho.

Satisfação no TrabalhoMensuração da Satisfação no Trabalho

Tema bastante subjectivo;Dificuldade em medir a satisfação;Não existe uma utilização “universal” de um

tipo de escala.


Mais utilizados:

Escala de Lickert

- Perguntas objectivas;- Respostas “sim” , “não” e “em dúvida”.


Mais utilizados:

Escala de Thurstone- Apresenta um conjunto de frases pré-valorizadas numa escala

de 0 a 11, em relação à atitude a estudar;

- Individuo apenas selecciona a frase com a qual se identifica mais e com a qual se revê;

- É trabalhada e serve de comparação entre indivíduos na sua perspectiva de satisfação no trabalho.

Satisfação no Trabalho

Satisfação no trabalho versus Vida Profissional e Vida Pessoal

A satisfação no trabalho está relacionada como algo de natureza afectiva:

Uma atitude determinável por variáveis de nível individual, grupal e organizacional.


Porter e Steer (1973)

- Factores gerais de organização (salário e promoções);

- Factores imediatos no circulo do trabalho (tipos de chefia, forma das equipas, interacções com o trabalho);

- Factores individuais (idade, tempo de serviço, interesses profissionais).


Vida Pessoal

- Modelo de Difusão – o pessimismo e optimismo no local de trabalho ou relacionado com a função laboral, difunde-se para a vida pessoal e vice-versa.

- Modelo de Compensação – quando o emprego não é satisfatório, é-se tanto mais feliz, quanto menos importância se lhe atribui.

Satisfação no TrabalhoMedidas da Satisfação

MÉTODOS DIRECTOS E MÉTODOS INDIRECTOS (Harpaz, 1983)

-Métodos directos

Utilização do questionário (permite recolher informação ao nível das atitudes do inquiridos em relação a multiplas dimensões do trabalho. Os individuos podem responder escolhendo uma de várias alternativas apresentadas sob a forma de uma escala de cotação).

Satisfação no TrabalhoMedidas da Satisfação

MÉTODOS DIRECTOS E MÉTODOS INDIRECTOS (Harpaz, 1983)

Métodos indirectos

- Procuram minimizar os enviesamentos e obter a informação mais precisa quanto às verdadeiras atitudes dos indivíduos, contrapondo-se ao formalismo da estrutura patente nos métodos directos (Peiró e Pietro, 1996).

- Apresentam uma série de inconvenientes significativos (subjectividade das interpretações e dificuldade de quantificar as respostas dos sujeitos.

- Os métodos indirectos mais utilizados assentam em técnicas projectivas (escala de rostos de pessoas, interpretação de desenhos,

completar frases.


Concluiu-se:

Existe estreita relação entre a satisfação (ou falta dela) e os problemas organizacionais (absentismo, demissões, doenças físicas ou mentais, etc.).

A analise da satisfação como processo revela, portanto, a tendência para a estabilidade bem como para um constante “diálogo”entre factores cognitivos e afectivos. A satisfação com o trabalho deve ser entendida como a resposta a um conjunto de factores percepcionados pelos indivíduos como mais ou menos ajustados às suas expectativas. Nesse sentido as causas da satisfação podem ser divididas em pessoais e organizacionais:


Concluiu-se: PESSOAIS:

-Factores Demográficos-Diferenças Individuais (Aptidão positiva)

ORGANIZACIONAIS: - O Salário- O Trabalho (em si mesmo)- O perspectiva de carreira- Estilo de chefia- Colegas- Condições físicas


Vida Pessoal

- Modelo de Difusão – o pessimismo e optimismo no local de trabalho ou relacionado com a função laboral, difunde-se para a vida pessoal e vice-versa.

- Modelo de Compensação – quando o emprego não é satisfatório, é-se tanto mais feliz, quanto menos importância se lhe atribui.


Bibliografia:-Dicionário de língua portuguesa 2006 , Porto Editora-Manual de Psicossociologia das Organizações, McGraw-

Hill-Satisfação no trabalho e no emprego, Robert Francès

prof. Univ.de Paris XInternet:-XXV Encontro Engenheiros de produção brasileiros(2005)

sob o tema “Adaptação de um instrumento de avaliação da satisfação no trabalho a partir de uma pequena amostra”, Sandro Alves Medeiros (UFAL) e Anderson de Barros Dantas (UFAL)

-Adaptação e validação de construção da escala de satisfação no trabalho, Maria do Carmo Fernandes Martins e Gisele Emídio Santos (Jul/Dez 2006)


Trabalho apresentado e realizado por:

- Carla Tirapicos- Margarida Bonito- Pedro Costa- Rodrigo Cristóvão

Torres Vedras, Maio de 2008

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