teoria e prática de ensino de ciências e biologia 1
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Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curso Ciências Biológicas – Licenciatura
Campus Santa Helena
Teoria e Prática de Ensino de
Ciências e Biologia 1
Docente: Dra. Eduarda Maria Schneider
E-mail: [email protected]
Aula 23/03
A evolução do ensino de
ciências no Brasil: De 1950 aos
dias atuais
Questionamentos da última aula
• O ensino de Ciências sempre foi importante? Sempre
esteve presente nos currículos escolares?
• Ampliação e universalização da educação?
• O que impulsionou a inserção do ensino de Ciências
nas escolas?
Análise histórica do ensino
de Ciências:
• Transformações do currículo escolar
• Papel atribuído às disciplinas científicas na
formação dos alunos;
• CONTEXTO EM QUE SE INSEREM
Nosso modo de pensar sobre a escola e o currículo de ciências são ecos da história
impregnada em nós.
Eliane Ferreira Sá
Importância do ensino de
Ciências
• A Biologia, a Física e a Química, nem sempre
foram objeto de ensino nas escolas.
• Como vocês pensam que surgiu a necessidade
do ensino dessas ciências e especificamente da
disciplina Ciências?
Importância do ensino de
Ciências
• Espaço conquistado no ensino formal (e informal):
• Período histórico (a partir de 1950);
• Avanços sociais proporcionados pelo
desenvolvimento científico.
Importância do ensino de
Ciências
• Educação científica → tradição científica
(Delizoicov e Angotti, 1990).
• Contexto dos países com longa tradição científica
(Inglaterra, França, Alemanha e Itália): Ensino de
Ciências desde o século XVIII.
• Contexto do Brasil: Ensino de Ciências somente a
partir do século XX, principalmente após a década
de 50.
Importância do ensino de
Ciências
• Segundo Krasilchik (2000)
• Ciência e tecnologia
↓ • Desenvolvimento econômico, cultural, e social
↓
• Ensino de ciências em todos os níveis
Período 1950 – 1960
- Efeitos da Segunda Guerra Mundial
- Industrialização, desenvolvimento tecnológico e
científico e suas influências no currículo escolar.
- Desenvolvimento científico e tecnológico como meta
socioeconômica.
- Progresso científico:
-lançamento do Sputnik em 1957.
Período 1950 – 1960
- Sistema de ensino na situação brasileira
- ESTRUTURA DO SISTEMA EDUCACIONAL
BRASILEIRO ANTERIOR À REFORMA DE 1971
Período 1950 – 1960
-Disciplinas científicas:
- Três aulas semanais nas últimas séries do
curso ginasial
-Maior enfoque: latim
-Em biologia gênero, do latim ”genus”, é uma unidade de
taxonomia (um táxon) utilizada na classificação científica e
agrupamento de organismos.
-Pergunta básica: O que vocês estão aprendendo em ciências?
-R alunos: Latim!
Período 1950 – 1960
- Cenário educacional:
- Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932)
- Discussão do projeto de Lei Diretrizes e Bases da Educação
Nacional.
- Substituição dos métodos expositivos pelos métodos ativos
(laboratório), aprender fazendo/aulas práticas.
- Ensino de ciências – teórico, livresco, memorístico,
distante da realidade.
- Grandes Descobertas estavam distantes dos alunos das
escolas primária e média.
- Necessidades de incluir no currículo o que havia de mais
moderno (formação de elite).
-
Período 1950 – 1960
-Nos Estados Unidos surgiram os embriões dos grandes projetos
curriculares das ciências.
-Instituto Americano de Ciências Biológicas.
-BSCS – Biological Science Curriculum Study
- Brasil/São Paulo – IBECC – Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e
Cultura – melhoria do ensino de Ciências
- Atualização do conteúdo
-Preparação de material didático
- O problema: Professores improvisados (raros licenciados que se
dedicavam ao magistério) e a falta de relação entre ciência e o contexto
econômico, social e político, e tampouco os aspectos tecnológicos e suas
aplicações.
Período 1960 - 1970
-Confronto entre o ocidente e o mundo socialista – Guerra Fria.
-Vivência do método científico como necessário à formação do cidadão
(democratização do ensino)
-Cidadãos convivem com produtos da Ciência e da tecnologia.
-Debates, encontros, congressos destinados a elaborar projetos
curriculares para a melhoria do ensino das tradicionais disciplinas
científicas.
-Projetos americanos, traduzidos e adaptados ao Brasil pelo IBECC.
-Fazer o Aluno pesquisar, elaborar hipóteses, identificar problemas,
analisar dados, participando da descoberta – pensar lógica e
racionalmente.
Período 1960 - 1970
-Dificuldades – editoração dos livros didáticos.
- Brasil seis Centros de Ciências:
-Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do
Sul.
-Traduções dos projetos curriculares americanos.
-Influência da psicologia comportamentalista e cognitivista – representando
concepções, objetivos e metodologias diferentes.
-Universidades públicas e particulares proliferaram de forma indisciplinada,
formação de professores precariamente instituídos, isso devido às pressões que
sofriam.
-Nova comunidade acadêmica – educadores em ciências – pesquisa em ensino de
ciências
-Promulgada a LEI n.4.024 de 21/12/1961, ampliando o escopo de ciências. Projeto
Iniciação à Ciência.
Período 1970 - 1980
-Principal problema mundial para o desenvolvimento:
- crise energética.
-Aparecimento da ferida aberta pelo desenvolvimento
industrial agressivo:
- Educação Ambiental.
-A decisão da não-neutralidade da ciência. Implicações sociais
do desenvolvimento científico.
-Projetos específicos para as classes com baixo poder
aquisitivo (alunos carentes e de diferentes etnias).
-Expansão dos sistemas educativos, o dilema, qualidade
versus quantidade.
-Promulgação da Lei LDB 5.692/71
ESTRUTURA DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO
APÓS A REFORMA DE 1971
Período 1970 - 1980
- Apesar do texto da lei valorizar as disciplinas científicas na
prática isso não ocorreu.
- Formar para o trabalho – benefício na formação
profissional
- Uso de livros didáticos como peça chave para o ensino.
- Criação do PREMEN (Programa de Expansão e melhoria
do Ensino 1972).
- A resolução da CFE nº. 30/74 regulamenta a modalidade
licenciatura.
Período 1980 - 1990
-Crise econômica e social.
-Diploma de ensino superior não garante emprego.
-Transformações sociais +e+e+ funções impostas às escolas.
-Desvalorização “Depredação” do profissional professor.
-Dois extremos da tomada de decisão sobre os currículos: A
delegação das decisões curriculares a cada escola e o outro
extremo, a centralização nas autoridades superiores.
-Principal interesse nos currículos de licenciatura – formação
do professor.
Período 2000 – 2016
• E agora?
• Qual o papel do professor na reorientação curricular?
• Qual a visão de ciências que estamos formando em
nossos alunos?
• Qual a forma de trabalhar ciências nas salas de aula?
• Qual a melhor metodologia a ser utilizada frente a
estrutura que a escola possui?
• Quais as orientações curriculares?
Fases do Ensino
de Ciências no Brasil
Início do século - década de 50
1950 - 1970
1970 em diante
Elitista, aulas expositivas, valorização do pensamento
positivista da Ciência.
Expansão do ensino público, incorporação de projetos de Ciência,
inserção de novas tendências da educação (ex: tecnicista e escola-novista)
A ciência passa a ser vista como uma atividade social e incorpora-se
a discussão entre Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS)
1996 – LDB - Lei n. 9.394: Educação para o trabalho e
formação do cidadão.
1997 – PCN: Temas Transversais, interdisciplinaridade
entre os saberes científicos, diversificação das práticas
pedagógicas.
Importância das TICs
Alfabetização Científica
1990 - Atualmente
Ensino por investigação Pluralismo Metodológico
ESTRUTURA DO SISTEMA
EDUCACIONAL APÓS A LEI N.º
9.394/96
Estrutura do Sistema Educacional Brasileiro
após A LEI N. 11.274 de 2006
Níveis e subdivisões Duração Faixa etária
Educação
Básica
Educação
Infantil
Creche 3 anos De 0 a 3 anos
Pré-escola 2 anos De 4 a 5 anos
Ensino
Fundamental
Anos Iniciais 5 anos De 6 a 10
anos
Anos Finais 4 anos De 11 a 14
anos
Ensino Médio 3 anos De 15 a 17
anos
Educação
Superior
Cursos por área Variável Acima de 17
• https://www.youtube.com/watch?v=knLWctoarkk
Filmes:
Referências
• BIZZO, NÉLIO. Ciências: Fácil ou Difícil? 1ª ed. – São
Paulo: Biruta, 2009.
• BORGES, R. M. R.; LIMA, V. M. do R. (2007):
Tendências contemporâneas do ensino de Biologia no
Brasil. Revista Electrónica de Enseñanza de las
Ciências, vol. 6, n.º 1.
• KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das
ciências. São Paulo, EPU/Edusp, 1987.