teologia do vt - divino henrique ferreira santana - convalidacao 2015

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  • Curso de bacharel em teologia

    Programa de integralizao de crditos em teologia

    Teologia bblica do velho testamento

    Prof Jeov Rodrigues dos Santos

    Aluno Divino Henrique Ferreira Santana

    Captulo 5

    Prolegmenos promessa: a era pr-patriarcal

    O autor comea este captulo procurando estabelecer um fio condutor da ao de

    Deus em sua criao. Fica ntido o esforo do autor de afirmar que a promessa de

    da parte de Deus de abenoar todos os seres vivos que promove os

    desdobramentos das aes de Deus.

    A promessa de Deus, segundo o autor, que d forma e estrutura para ateologia de

    Gnesis de 1 a 11. Esta estrutura est entrelaada deste o comeo entre a ddiva

    da beno divina com a revolta humana. Esta sequncia de beno e maldio, de

    esperana e condenao determina a estrutura bsica da teologia nesta passagem

    de Genesis, onde verifica o fracasso do homem e a palavra de Deus oferecendo

    graa ou beno. Do fracasso do homem veio a Queda (Gen 3),a o Dilvio ( Gen 6-

    8) e Disperso ( Gen 6-11) e da beno de Deus veio a promessa de uma semente

    (Gen 3:15); a promessa de que Deus habitaria nas tendas de Sem (Gen 9:25-27) e a

    promessa de bnos em escala mundial (Gn 12: 1-3).

    A Palavra da Criao

    Aqui o autor procura esclarecer que Deus o autor da criao, e que a criou do

    nada pelo poder de Sua Palavra atravs de um plano pr-determinado na eternidade

    passada. E a criao do homem vem ser o auge da obra divina no ltimo dia de

    trabalho. Para o autor, o autor sacro aplica um conceito elstico na definio de

    dia. Podendo representar a luz do dia; representar o dia civil que forma o ano e a

    extenso total da criao. Por fim, Deus cria o homem e o faz segundo a imagem de

    Deus. O conceito de imagem como a capacidade de comunho e comunicao com

    Deus e o exerccio de domnio e liderana sobre a criao.

    A Palavra de Beno

  • Aps a criao, esta foi abenoada com a capacidade reprodutiva e o homem tinha

    tambm uma misso: subjugar e dominar a natureza. Mas esta misso de dominar

    no inclua o direito de abusar dela. O homem era apenas o co-regente de Deus e a

    Ele tinha que presta contas.

    E por fim, Deus abenoou o stimo dia e o fez dia de descanso, um dia santo como

    memorial da sua obra criadora.

    A Primeira Palavra de Promessa: O Descendente

    Deus colocou no meio do den a rvore do conhecimento do bem e do mal e proibiu

    Ado e Eva de comerem do seu fruto. Deus fez isto para testar a obedincia deles. A

    rvore no tinha nada de especial, ela representava meramente a possibilidade de o

    homem se rebelar contra Deus. Neste cenrio, aparece a serpente que o Novo

    Testamento o identifica como Satans.

    A Serpente conseguiu xito em lograr Eva e ela comeu do fruto proibido e levou a

    Ado fazer o mesmo. Assim ocorre a primeira tragdia que ficou conhecida como a

    queda do homem. Assim, diante deste cenrio de fracasso completo, surge uma

    palavra de beno de Deus. Aps declarado o juzo sobre ado, Eva e a Serpente,

    Deus surpreendentemente cria uma nova esperana proftica: deus levantaria um

    descendente da mulher que, mesmo ferido pela Serpente, esmagaria o calcanhar da

    Serpente. Deus no revelou de imediato quem seria este descendente, no entanto,

    mesmo sob a Queda, permaneceu uma linhagem fiel a Ele.

    A Segunda Palavra de Promessa: o Deus de Sem

    Com a multiplicao do homem na terra, aumentou tambm a maldade na terra ao

    ponto de Deus no mais querer a raa humana. Apesar da maldade reinante nos

    coraes dos homens, ainda havia alguns que andavam com Deus. No foi um

    deles. Deus decidiu acabar com a humanidade atravs de um dilvio universal,

    ento Ele chamou a No e o mandou construir um arca para a famlia de No e uma

    leva de animais. Aps o fim do Dilvio, Sem, um dos filhos de No, foi abenoada

    com a promessa de que Deus habitaria na tendas de Sem, desta forma, ficou

    evidente que o Descendente prometido viria de dele.

    A Terceira Palavra de Promessa: uma beno para todas as Naces

    Mesmo Deus cumprindo todas as promessas aos homens, estes continuaram se

    desviando do caminho de Deus at que chegou ao ponto de reunirem para construir

    um torre para uni-los e tornar. o seu nome clebre. Deus interviu, criou vria lnguas

    e espelhou-os por toda a terra. Passado algum tempo, Deus chamou Abro e o

  • abenoou e prometeu que toda a terra seria abenoada atravs dele. Esta beno

    seria concedida pela graa mediante a f.

    Desta forma, o autor demonstra que h em estrutura teolgica que comea com

    uma palavra de poder criador e termina com uma palavra de promessa.

    CAPTULO 06

    PROVISES NA PROMESSA: A ERA PATRIARCAL

    O autor continua o seu argumento afirmando que a partir de Gnesis 12 comea um

    novo estgio na revelao divina. Agora h uma sucesso de indivduos como meio

    escolhido por Deus para cumprir a Sua promessa de abenoar toda a humanidade.

    A Palavra de Revelao

    neste novo estgio de revelao, a Palavra de Deus ainda continua a ser o principal

    meio. A partir da chamada de Abrao e depois de Isaque e Jac, conhecidos como

    os Patriarcas, eles se tornaram os recipientes frequentes e imediatos da revelao

    divina. Seja atravs de falas, vises, epifanias e sonhos. A teofania, alm de trazer

    as revelaes divinas, tornava o relacionamento muito estreito e impactava a vida

    dos patriarcas com a presena de Deus.

    A Palavra da Promessa

    Deus sempre se apresentava a Abrao com uma promessa de beno e esta

    promessa era trplice: um descendente, uma terra e uma beno para todas as

    naes da terra.

    A partir deste ponto, Deus comea a delinear o Seu plano de ao a Abrao.

    Primeiro Deus iria dar a Abrao uma descendncia numerosa numa terra j

    determinada, a terra de Cana, para Deus abenoasse todas as naes do mundo

    atravs desta descendncia. Com a vinda de Isaque e Jac, filho e neto de Abrao e

    herdeiros da promessa, Deus comea a trabalhar na vida deles de tal modo que eles

    acreditassem nas promessas que tinha feito a Abrao e vivessem uma vida de

    obedincia e f.

    Em segundo, em Gnesis 15, Deus faz uma aliana com Abrao de conceder a ele e

    sua posteridade toda a terra entre os rios Nilo e Eufrates. E em terceiro, que era o

  • clmax, Abrao e sua descendncia seriam fonte de beno a outros povos. Ou seja,

    aquele que foi abenoado agora vai levar esta beno a todos os povos. Estas

    naes seriam abenoadas pela mesma maneira que Abrao foi: pela f. Esta f no

    era somente na pessoa de Deus, mas tambm no contedo da promessa.

    Um assunto em discurso se estas promessas so ou no condicionais, o autor,

    atravs analise do hebraico, defende que a promessa de Deus incondicional. A

    aparente condicionalidade apenas um convite para receber a promessa pela f. O

    propsito da escolha de Abro e sua descendncia no era somente para serem

    abenoados, era tambm para aprenderem a guardar o caminho do Senhor e viver

    na justia de Deus. Desta forma, o autor chega a concluso que a consequncia da

    promessa o dever de obedincia a vontade de Deus.

    A Palavra de Certeza

    Deus sempre deixou claro que estaria com os patriarcas. H mais de 104 exemplos

    de falas de Deus prometendo e cumprindo que Ele sempre andaria com os

    patriarcas. A presena de Deus significa a confirmao que Ele cumpriria todas as

    Suas promessas, alm de manifestar o Seu carter, o Seu poder e o Seu cuidado.

    Desta forma, os patriarcas sentiam confiantes para enfrentarem todos os desafios de

    sua jornada. Deus tinha um relacionamento pessoal, onde Ele andava e falava com

    os patriarcas e fazia questo de ser conhecido como o Deus de Abrao e seus

    descendentes.

    O soberano Prometido

    Nesta passagem, o autor analisa a beno de Jac sobre Jud e especial a at que

    venha sil ; e a ele se congregaro os povos.(Gnesis 49:10). o autor afirma que

    est profecia se refere ao descendente prometido em Gnesis 3:15 que viria atravs

    da tribo de Jud, visto que os outros irmo mais velhos perderam este direito por ter

    desonrado o leito de Jac e por ter promovido a chacina dos homens de Siqum. E

    este Homem da Promessa reinaria sobre todas as naes porque este o seu

    direito e destino.

    O Deus da Promessa

  • A teologia desta seo procura tratar da real natureza deste Deus. Nas narrativas

    dos Patriarcas, Deus era chamado de vrio nomes: El Olam, Deus Eterno(Gn

    21:33); El Elyon Deus Altssimo (Gn 14:18-20, 22); Jav Yireh, o Senhor

    Prover(Gn 22:14). No entanto, o nome que mais retratava a natureza de Deus e

    era mais usado era o termo El Shaddai, traduzido com Todo-Poderoso. Este termo

    citado seis vezes na narrativa patriarcal e mais de trinta vezes no livro de J e ele

    enfatiza o poder e a fora de Deus, e , por consequncia, a capacidade de Deus de

    cumprir todas as Suas promessas. Assim, os Patriarcas conseguem perceber a

    Soberania de Deus para realizar os Seus propsitos. Desta forma, a teologia desta

    seo mostra como todas as promessas de benos, descendncia, terra e da

    presena de Deus vinha de um Deus todo - poderoso que se relacionava

    pessoalmente com uma linhagem escolhida atravs da graa para a realizao de

    um propsito maior: abenoar todas as naes da terra. E mais, o autor mostra que

    os Patriarcas acreditavam que nem a morte poderia separ-los de Deus e o salmista

    chega a acreditar na comunho com Deus alm do tmulo (Sl 16:10; 19:45; 73:24).

    Captulo 07

    O Povo da Promessa: A Era Mosaica

    Entre a Era Mosaica e a Era Patriarcal havia um perodo de 400 anos. A famlia de

    Abrao, Isaque e Jac j era uma povo numeroso, mas escravo numa terra distante:

    O Egito. Neste momento o autor demonstra que o fio condutor da promessa de Deus

    continua no o mesmo como estava se desdobrando. O Livro de xodo comea

    afirmando que Deus havia cumprido a promessa de tornar Abrao em um povo e

    agora Deus tinha levantado um lder para cumprir uma outra promessa: conceder a

    terra de Cana aos filhos de Abrao. Deus se apresenta a este povo como o Deus

    de Abrao, Isaque e Jac e, como consequncia, como o Deus dele que se lembrou

    da aliana feita com os Patriarcas e que veio para cumpri-la.

    Meu Filho, Meu Primognito

    Israel meu filho, meu primognito . . . Deixa ir meu filho (Ex 4:22-23). Depois de

    quatrocentos anos Deus se manifesta ao povo de Israel como o seu Pai. Afinal de

    contas, Deus transformou a descendncia de Abrao em uma nao, mesmo ela

    estando escrava no Egito. Agora Deus levanta Moiss para tir-la do Egito com

  • sinais e maravilhas. Israel era filho de Jav (o nome que agora Deus usa), era

    famlia Dele, formada, salva e guardada por Deus. E como filho, Israel tinha que

    imitar seu Pai na conduta diria, respeitando-O sendo-Lhe grato por todas as

    bnos recebidas.

    O autor defende que estas expresses coletivas incluam aquele um que haveria de

    vir. E isto se cumpriu na vinda do Jesus Cristo no Novo Testamento.

    Meu Povo, Minha Possesso

    Quando Deus chama Moiss, chama-o para libertar um povo, o Seu povo. E Deus o

    estaria libertando para que O servisse. Neste processo de libertao, Deus, alm se

    libertar o Seu povo, estaria manifestando a todas as naes do mundo que somente

    Ele era o Deus verdadeiro. Ele era nico e senhor de toda a terra e de todos os

    povos e que todos o temessem e acreditassem Nele. E que os deuses do Egito e de

    outras naes no eram absolutamente nada.

    Jav escolheu Israel meramente pelo Seu amor e o escolher para um propsito

    especfico: para ser um povo santo, separado para Jav. Quando Deus se manifesta

    como Jav Sou o que Sou, Ele est prometendo que Sua presena estaria de

    forma dinmica e ativa no meio do povo, ou seja, Ele habitaria no meio do Seu povo.

    Sacerdotes Reais

    Como possesso de Jav e tirado do Egito com mo poderosa, Deus os

    estabeleceu como mediadores deles mesmos e dos povos. Em xodo 19:3-6, Deus

    deixa claro esta tarefa especial. Agora, Israel tem um ministrio de realeza e

    sacerdcio onde tinha que mediador da graa de Deus para com todos os povos da

    terra. Por medo, os israelitas no deram conta de serem um sacerdcio nacional e

    pediram que Moiss e Aro os representassem diante Deus. Assim, Deus levantou a

    tribo de Levi para ser sacerdotes do povo diante dEle.

    Uma Nao Santa

    Em xodo 19:06, Israel chamado de nao santa, e como nao santa, ele deveria

    andar conforme os preceitos de Jav para receber a Sua teofania, ou seja, a

    santidade no era uma opo. Israel tinha que se santo porque seu Deus era santo.

    O autor no acredita que esta aliana era condicional. Para ele, a vida eterna e os

  • benefcios da promessa no condiciona uma nova lei. A fidelidade lei era a

    santificao de Israel. O autor argumenta que antes de receber a lei, Jav j era

    Deus de Israel e que a lei seria para manifestar a vida que j havia sido iniciada pela

    f. ele ainda afirma que at a aliana no Sinai procedeu do amor e da graa de Jav

    e quando Israel quebrava a lei de Deus no perdia a sua condio de filho e herdeiro

    da promessa. E ele cita o caso do bezerro de ouro em xodo 32 que no ps fim

    fidelidade de Deus. O autor afirma a necessidade da obedincia para aqueles que

    alegavam ter experimentado a graa da filiao divina.

    A Lei de Deus

    Como o seu Deus era Jav, o Deus que vive presente no meio do seu povo, Israel

    precisava andar corretamente se quisesse continuar desfrutando da comunho

    constante de seu Deus. E tambm para compreender os privilgios e as

    responsabilidades da liberdade, Deus deu Sua lei ao povo israelita. Esta lei tinha

    trs aspectos:

    a) A Lei Moral Jav, em Seu carter imutvel e santo, era o padro de medio do

    que era certo ou errado.

    b) A Lei Cerimonial eram os preceitos para quem quebrava a lei e queria se redimir

    de seus pecados. Tambm determinava as normas de impureza e de purificao das

    pessoas diante os atos religioso estabelecidos na lei e, por fim, estabelecia as

    normas de construo do tabernculo.

    c) A Lei Civil era as normas que regiam a condutas das pessoas em sociedade

    O Deus que Tabernaculava

    Em xodo 29: 43-46, Deus afirma que vai habitar (tabernacular) no meio do povo de

    Israel. E esta habitao era vinculada ao tabernculo e era representada pela arca

    da aliana. O autor afirma que o anjo que acompanharia Israel na travessia do

    deserto levava sobre si o nome de Jav, ou seja, que o carter, a natureza e os

    atributos de Deus estava sobre este anjo, que no seria nada menos que o Verbo

    encarnado tabernaculando entre o povo.