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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ Telemig Celular S.A. Alexandre Kenji Yamane 10642 EPR Itajubá Junho de 2004

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ

Telemig Celular S.A.

Alexandre Kenji Yamane 10642 EPR

Itajubá Junho de 2004

SUMÁRIO 1– INTRODUÇÃO

1.1 - Objetivo 1.2 – Justificativa 1.3 – Estrutura do Trabalho

2 – FUNDAMENTOS TEÓRICOS 3 – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 4 – ÍNDICES

4.1 – Estrutura de Capitais 4.1.1 – Participação de Capitais de Terceiros 4.1.2 – Composição do Endividamento 4.1.3 – Imobilização do Patrimônio Líquido 4.1.4 – Imobilização dos Recursos não Correntes

4.2 – Liquidez 4.2.1 – Liquidez Geral (LG) 4.2.2 – Liquidez Corrente (LC) 4.2.3 – Liquidez Seca (LS) 4.3 – Rentabilidade 4.3.1 – Giro do Ativo 4.3.2 – Margem Líquida 4.3.3 – Rentabilidade do Ativo 4.3.4 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido

5 - ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL 6 - ANÁLISE DOS ÍNDICES

6.1 - Participação de Capitais de Terceiros 6.2 – Composição do Endividamento 6.3 – Imobilização do Patrimônio Líquido 6.4 – Imobilização dos Recursos não Correntes 6.5 – Liquidez Geral 6.6 – Liquidez Corrente 6.7 – Liquidez Seca 6.8 – Giro do Ativo 6.9 – Margem Líquida 6.10 – Rentabilidade do Ativo 6.11 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido

7 – ANÁLISE POR GRUPO 7.1 – Estrutura de Capitais 7.2 – Liquidez 7.3 – Rentabilidade

8 – ANÁLISE GLOBAL 9 - ÍNDICE DE PRAZO MÉDIO

9.1 – Prazo Médio de Recebimento de Vendas 9.2 – Prazo Médio para Pagamentos de Compras 9.3 – Prazo Médio de Renovação de Estoques

10 - CICLO OPERACIONAL 11 – CICLO DE CAIXA 12 – NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO

12.1 – Cálculo da Necessidade de Capital de Giro (NCG) 12.2 – Conclusão da Necessidade de Capital de Giro

13 – CONCLUSÃO 14 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 – Introdução As demonstrações financeiras representam todas as operações efetuadas por uma empresa, mostradas em forma de moeda e organizadas de acordo com as normas contábeis. Conseqüentemente, há um grande número de informações que podem ser extraídas das demonstrações. Entretanto, é importante que estas informações sejam estruturadas de uma forma detalhada, preferencialmente do geral para o particular.

Através da contabilidade gerencial, é possível extrair uma infinidade de informações essenciais para a avaliação do desempenho da empresa, e a partir destas informações, inúmeras conclusões poderão ser tiradas. Dessa forma, o administrador financeiro terá base para orientar as decisões da empresa, com relação a investimentos e financiamentos, bem como medir seu desempenho, fazer previsões a curto e longo prazo e estruturar o seu planejamento financeiro.

A empresa que será analisada no decorrer deste trabalho é a Telemig Celular. 1.1 - Objetivo O objetivo deste trabalho é analisar as situações financeira e econômica da empresa Telemig Celular S.A.

1.2 – Justificativa Este trabalho tem como intuito orientar os alunos a analisar empresas através de dados reais, obtidos das empresas de capital aberto no site da CVM. A escolha pela empresa Telemig Celular S.A. foi feita por ser uma empresa mineira, onde presta serviços para a cidade de Itajubá e região. Porém, esta foi a segunda escolha, pois minha primeira opção foi a Itautec, que foi descartada por abranger várias setores diferentes e não possuir muitos concorrentes de capital aberto. 1.3 – Estrutura do Trabalho

Este trabalho consiste no estudo da matéria de Contabilidade Gerencial, onde foi feito um estudo sobre a empresa Telemig Celular S.A. E a partir de dados obtidos do site da Comissão de Valores Mobiliários foram calculados os índices de liquidez, de estrutura de capitais e de rentabilidade. Além disso, forem feitas as análises verticais e horizontais, como o cálculo dos prazos médios, índices de falência e o EVA.

E a partir de todos esses resultados foi possível a obtenção de resultados sobre o estado econômico da empresa analisada.

2 – Fundamentos Teóricos 2.1 – Demonstrações Financeiras Um dos elementos mais importantes na tomada de decisões relacionadas a uma empresa é a análise das suas demonstrações financeiras. O diagnóstico de uma empresa quase sempre começa com uma rigorosa Análise de Balanços, cuja finalidade é determinar quais são os pontos críticos e permitir, de imediato, apresentar um esboço das prioridades para a solução de seus problemas. As Demonstrações Financeiras são compostas de quatro peças: • Balanço Patrimonial. • Demonstração do resultado do Exercício. • Demonstração de Lucros ou Prejuízos acumulados, que poderá ser substituída pela Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (visto que esta contém aquela). • Demonstração das Origens e Aplicações de recursos. O balanço patrimonial é a demonstração que apresenta todos os bens e direitos da empresa ( Ativo ), assim como suas obrigações ( Passivo exigível ). A diferença entre o Ativo e o Passivo é a chamada Patrimônio Líquido e representa o capital investido pelos proprietários da empresa, quer através de recursos trazidos de fora da empresa, quer gerados por esta em suas operações e retidos internamente. A demonstração do Resultado do Exercício é uma demonstração dos aumentos e reduções causados no Patrimônio Líquido pelas operações da empresa. As receitas representam normalmente aumento do Ativo, através de ingresso de novos elementos, como duplicatas a receber ou dinheiro proveniente das transações. Aumentando o Ativo, aumenta o patrimônio líquido. As despesas representam redução do Patrimônio Líquido, através de um entre dois caminhos possíveis: redução do Ativo ou aumento do Passivo Exigível. A Demonstração do Resultado retrata apenas o fluxo econômico e não o fluxo monetário. As demonstrações financeiras devem obedecer uma padronização e consiste numa crítica às contas das demonstrações financeiras, bem como na transcrição delas para um modelo previamente definido. A padronização é feita pelos seguintes motivos: • Simplificação: o balanço deve ser simplificado para melhor visualização, reduzindo drasticamente o número de contas do balanço. • Comparabilidade: como a análise se baseia em comparação, só faz sentido analisar um balanço após o seu enquadramento num modelo que permita sua comparação.

As demonstrações financeiras devem ser preparadas para a análise, da mesma forma que um paciente que vai submeter-se a exames médicos.

• Adequação aos objetivos da análise: há pelo menos uma conta que deve sempre ser reclassificada. • Precisão nas classificações de contas: evitar falhas nas classificações de contas. • Descoberta de erros: existem muitos erros verificados nas demonstrações financeiras, alguns intencionais e outros não. • Intimidade do analista com as demonstrações financeiras da empresa: aumento da familiaridade com os números da empresa. E as principais características desse modelo de padronização são: • O ativo representa apenas as contas essenciais. • O passivo circulante é dividido em operacional e financeiro, sendo que as “duplicatas descontadas” fazem parte deste último. • No lado do Passivo, acha-se um subtotal representado por Capitais de Terceiros. • No Patrimônio Líquido aparecem apenas o “Capital Social” já deduzido de eventuais “Capital a realizar” e somado às “Reservas”. • A “Demonstração do Resultado” evidencia apenas os valores fundamentais para análise, já considerando a correção integral em dólares. • A Receita Líquida de Vendas está deduzida das “Devoluções e Abatimentos” e “Impostos”. • As Receitas e Despesas Financeiras estão líquidas dos efeitos inflacionários. 2.2 – Índices A avaliação da empresa através de índices exige obrigatoriamente a comparação com padrões e a fixação da importância relativa de cada índice. Índice é a relação entre contas ou grupo de contas das Demonstrações Financeiras, que visa evidenciar amplamente um determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa. Os índices constituem a técnica de análise mais utilizada, e muitas vezes confunde-se a Análise de Balanços com extração de índices, pois grande parte tempo do tempo gasto numa análise de balanços, é exatamente nos cálculos e nas avaliações dos índices. Os índices servem de medida dos diversos aspectos econômicos e financeiros das empresas. E o importante não é o cálculo de grande número de índices, mas de um conjunto de índices que permita conhecer a situação da empresa, segundo o grau de profundidade desejada da análise. Embora autores e profissionais de Análise de Balanço tenham alguns pontos em comum quanto aos principais índices de que se valem, existem algumas diferenças em suas análises. No nosso caso adotaremos o modo que Dante C. Matarazzo nos indica, utilizando os índices de estrutura de capital, liquidez e rentabilidade. Os índices de estrutura de capital são os de participação de capitais de terceiros, composição do endividamento, imobilização do patrimônio líquido e imobilização dos recursos não correntes. Os índices de liquidez são os de liquidez geral, corrente e seca.

E os de rentabilidade são os do giro do ativo, de margem líquida, rentabilidade do ativo e rentabilidade do patrimônio líquido. 2.2.1 – Estrutura de Capital Os índices desse grupo mostram as grandes linhas de decisões financeiras, em termos de obtenção e aplicação de recursos. 2.2.1.1 – Participação de Capitais de Terceiros

A Participação de Capitais de Terceiros relaciona as duas grandes fontes de recursos de uma empresa, que são os capitais de terceiros e o patrimônio líquido. Indica quanto a empresa tomou de capitais de terceiros para cada $100 de capital próprio investido. Interpretação: Quanto menor for esse índice, melhor para a empresa. Fórmula : Onde: PCT – Participação de Capitais de Terceiros; CT – Capitais de Terceiros; PL – Patrimônio Líquido. 2.2.1.2 – Composição do Endividamento

A Composição do Endividamento indica qual o percentual de obrigações de curto prazo em relação às obrigações totais. Além disso, serve para conhecermos a composição das dívidas de acordo com o grau de Participação de Capitais de Terceiros. Saber se as dívidas são na maioria de curto prazo (precisam ser pagas com os recursos possuídos) ou de longo prazo (possui tempo para gerar recursos e pagar as dívidas).

Interpretação: quanto menor for esse índice, melhor para a empresa.

Fórmula : Onde: CE – Composição do Endividamento; PC – Passivo Circulante; CT – Capitais de Terceiros.

PCT = (CT/PL) x 100

CE = (PC/CT) x 100

2.2.1.3 – Imobilização do Patrimônio Líquido A Imobilização do Patrimônio Líquido indica quanto a empresa aplicou no Ativo Permanente para cada $100 de Patrimônio Líquido. Interpretação : quanto menor for esse índice, melhor para a empresa. Fórmula : Onde: IPL – Imobilização do Patrimônio Líquido; AP – Ativo Permanente; PL – Patrimônio Líquido. 2.2.1.4 – Imobilização dos Recursos não Correntes A Imobilização dos Recursos não Correntes indica que percentual de Recursos não Correntes a empresa aplicou no Ativo Permanente. Interpretação: quanto menor for esse índice melhor para a empresa. Fórmula : Onde: IRNC – Imobilização e Recursos não Correntes; AP – Ativo Permanente; PL – Patrimônio Líquido. ELP – Exigível a Longo Prazo. 2.2.2 – LIQUIDEZ Os índices desse grupo mostram a base da situação financeira da empresa. Os índices de liquidez não são índices extraídos do fluxo de caixa que comparam as entradas com as saídas de dinheiro. São índices que, a partir do confronto dos Ativos Circulantes com as Dívidas, procuraram medir quão sólida é a base financeira da empresa. Uma empresa com bons índices de liquidez tem condições de ter boa capacidade de pagar suas dívidas, mas não estará, obrigatoriamente, pagando sua dívidas em dia em função de outras variáveis como prazo, renovação de dívidas etc. 2.2.2.1 – Liquidez Geral A Liquidez Geral indica quanto a empresa possui no Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo para cada $1,00 de dívida total. Interpretação: quanto maior, melhor.

IPL = (AP/PL) x 100

IRNC = [AP/(PL+ELP)] x 100

Fórmula : Onde: LG – Liquidez geral; AC – Ativo Circulante; RLP – Realizável a Longo Prazo; PC – Passivo Circulante; ELP – Exigível a Longo Prazo. 2.2.2.2 – Liquidez Corrente A Liquidez Corrente indica o quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada $1,00 de Passivo Circulante. Interpretação: quanto maior, melhor para a empresa. Fórmula : Onde: LC – Liquidez Corrente; AC – Ativo Circulante e PC – Passivo Circulante. 2.2.2.3 – Liquidez Seca A Liquidez Seca indica o quanto a empresa possui de Ativo Líquido para cada US$ 1,00 de Passivo Circulante (dívidas a curto prazo). Interpretação: quanto maior, melhor para a empresa. Fórmula : Onde: LS – Liquidez Seca; AC – Ativo Circulante; PC – Passivo Circulante. 2.2.3 – RENTABILIDADE Os índices deste grupo mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto é, quanto renderam os investimentos e, portanto, qual o grau de êxito econômico da empresa.

LG = [(AC+RLP)/(PC+ELP)]

LC = AC/PC

LS = [(AC – Estoques)/PC]

2.2.3.1 – Giro do Ativo O Giro do Ativo indica quanto a empresa vendeu para cada $1,00 de investimento total. Interpretação: quanto maior, melhor para a empresa. Fórmula : Onde: GA – Giro do Ativo;

V – Vendas Líquidas; AT – Ativo.

2.2.3.2 – Margem Líquida: A Margem Líquida indica quanto a empresa obtém de lucro para cada $100 vendidos. Interpretação: quanto maior, melhor para a empresa. Fórmula Onde: ML – Margem Líquida; LL – Lucro Líquido; V – Vendas Líquidas. 2.2.3.3 – Rentabilidade do Ativo:

A Rentabilidade do Ativo indica quanto à empresa obtém de lucro para cada $100 de investimento total. Interpretação: quanto maior for esse índice, melhor para a empresa. Fórmula Onde: RA – Rentabilidade do ativo;

LL – Lucro Líquido; AT – Ativo.

2.2.3.4 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido:

A Rentabilidade do Patrimônio Líquido indica quanto a empresa obteve de lucro para cada $100 de Capital Próprio investido.

GA = V/AT

ML = (LL/V) x 100

RA = (LL/AT) x 100

Interpretação: quanto maior for esse índice, melhor para a empresa. Fórmula Onde: RPL – Rentabilidade do Patrimônio Líquido; LL – Lucro Líquido; PL – Patrimônio Líquido Médio (média entre o PLinicial e o PL final) 2.3 – COMO AVALIAR OS ÍNDICES Há três tipos básicos de avaliações de um índice:

a) pelo significado intrínseco; b) pela comparação ao longo de vários exercícios; c) pela comparação com índices de outras empresas – índices - padrão.

No nosso caso utilizaremos o item c, comparando a nossa empresa que

é a Telemig Celular com outras empresas do mesmo setor de telefonia celular.

Quando se usam algumas técnicas estatísticas, é possível comparar o desempenho de uma empresa com o de 100, 1000 ou mais empresas.

Na construção de tabelas de índices-padrão de determinado ramo de atividade, toma-se inicialmente o maior número possível de empresas do ramo de certa localidade. Do balanço de cada empresa extraem-se índices que serão tabulados. Esses índices devem ser colocados em ordem crescente. O valor tal que 10 % dos índices ficam abaixo de si é o 1º decil, o qual divide o conjunto de índices em décimas partes. O cálculo do 2º decil é semelhante, 20% ficam abaixo e 80% acima. E assim, por diante. Uma vez que os índices-padrão substituem os índices reais das empresas, estudar os índices-padrão significa estudar os índices de todas as empresas. Além disso, os diversos ramos de atividade podem ser comparados entre si. Em seguida, deve se localizar a posição relativa da empresa estudada em cada índice. Assim, são adicionadas notas e conceitos para essas posições. Assim, já é conhecida a avaliação de cada índice: o que está bem e o que está mal na empresa. Agora é possível saber como está a empresa globalmente e qual a avaliação das principais categorias de índices, como Estrutura, Liquidez e Rentabilidade. Essas avaliações são calculadas através de fórmulas padronizadas. Dessa forma, é possível obter conclusões sobre a empresa analisando essas notas.

RPL = (LL/PL) x 100

2.4 – Análise Vertical / Horizontal Uma vez efetuada a avaliação geral da empresa, pode-se aprofundar a análise com o uso de técnicas adicionais. Por intermédio da análise vertical / horizontal podem-se conhecer pormenores das demonstrações financeiras que escapam à análise genérica através de índices. Os índices podem informar, por exemplo, que uma empresa está com alto endividamento. A Análise Vertical / Horizontal aponta qual o principal credor e como se alterou a participação de cada credor nos últimos dois exercícios. A análise vertical baseia-se em valores percentuais das demonstrações financeiras. Para isso se calcula o percentual de cada conta em relação a um valor-base. Por exemplo, na Análise Vertical do Balanço calcula-se o percentual de cada conta em relação ao total do Ativo. O objetivo da análise vertical é mostrar a importância de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence e, através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos anteriores, permitir inferir se há itens fora das proporções normais. A análise horizontal pode ser efetuada através do cálculo das variações em relação a um ano-base, quando será denominada Análise Horizontal anual. O objetivo da análise horizontal é mostrar a evolução de cada conta das demonstrações financeiras e, pela comparação entre si, permitir tirar conclusões sobre a evolução da empresa. 2.5 – Previsão de Insolvência

É possível calcular a previsão de insolvência de uma empresa através dos Balanços Patrimoniais e da Demonstração de Resultados, efetuando cálculos. No Brasil, diversos estudiosos efetuaram testes estatísticos sobre a previsão de insolvência com base na análise descriminante, tais como Kanitz, Altman, Elizabetsky, Matias, Pereira e outros. Neste trabalho utilizamos a fórmula desenvolvida por KANITZ como a principal e a fórmula de MATIAS como comparativa a de KANITZ. Fórmula de Kanitz:

54321 33,006,155,365,105,0 xxxxxFI ⋅−⋅−⋅+⋅+⋅= Onde: FI = fator de insolvência = Total de pontos Obtidos; x1 = Lucro Líquido/ Patrimônio Líquido; x2 = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo)/ Exigível Total; x3 = (Ativo Circulante – Estoques)/ Passivo Circulante; x4 = Ativo Circulante/ Passivo Circulante;

O percentual de cada conta mostra sua real importância no conjunto.

x5 = Exigível Total/ Patrimônio Líquido. Segundo esse modelo, a empresa estará insolvente se FI for inferior a -3; a sua classificação estará indefinida entre -3 e 0 e acima de 0 estará na faixa de solvência. Fórmula de Matias: 654321 912,9535,0764,0868,926,8792,23 xxxxxxZ ⋅+⋅−⋅−⋅−⋅−⋅= Onde: Z = total dos pontos obtidos; X1= Patrimônio Líquido/Ativo Total; X2= Financiamento e Empréstimos Bancários/Ativo Circulante; X3= Fornecedores/Ativo Total; X4 = Ativo Circulante/Passivo Circulante; X5= Lucro Operacional/Lucro Bruto; X6= Disponível/Ativo Total; O ponto crítico nesse modelo é zero. 2.6 – Índices de Prazos Médios Podem ser calculados, quantos dias, em média, a empresa terá de esperar para receber suas duplicatas através dos dados das demonstrações financeiras, este é o chamado índice de Prazo Médio de Recebimento de Vendas. Além desse índice, podemos calcular também os de Prazo Médio de Renovação de Estoque e Prazo Médio de Pagamento de Compras. Os índices de prazos médios não devem ser analisados individualmente, mas sempre em conjunto. A conjugação dos três índices de prazos médios leva à análise dos ciclos operacional e de caixa, elementos fundamentais para a determinação de estratégias empresariais, tanto comerciais quanto financeiras, geralmente vitais para a determinação do fracasso ou sucesso de uma empresa. 2.6.1 – Prazo Médio de Recebimento de Vendas ( PMRV ) O volume de investimentos em duplicatas a receber é determinado pelo prazo médio de recebimento de vendas. O PMRV é o tempo decorrido do momento da venda até o recebimento. Fórmula: Onde: DR = Duplicatas a Receber PMRV = Prazo Médio de Recebimento de Vendas V = Vendas anuais

PMRV = 360 DR V

2.6.2 – Prazo Médio de Pagamento de Compras ( PMPC ) O PMPC é o tempo decorrido do momento de compra até o seu pagamento. Fórmula: Onde: PMPC = Prazo Médio de Pagamento de Compras F = Saldo de Fornecedores do Balanço C = Compras 2.6.3 – Prazo Médio de Renovação de Estoques A fórmula do PMRE é aparentemente análoga às anteriores. Porém, enquanto as Duplicatas a Receber (ou a pagar) decorrem das vendas (ou das compras) passadas, os estoques relacionam-se com as vendas (a preço de custo) futuras. O correto seria, pois, tomar as vendas dos próximos meses após o balanço. Como esse dado, porém, não é disponível ao analista externo, tomam-se as próprias vendas passadas a preço de custo, dadas pelo Custo das Mercadorias Vendidas. Fórmula: Onde: PMRE = Prazo Médio de Renovação de Estoques E = Estoques CMV = Custo das Mercadorias Vendidas 2.7 - EVA (Economic Value Added) O EVA (Valor Econômico Agregado) é muito utilizado atualmente para verificar se a empresa está agregando valor aos seus serviços, dando retorno aos seus investidores, sendo assim, é desejável que seu valor seja o mais positivo possível. O EVA é calculado através da seguinte fórmula:

CAPITALWACCNOPATEVA ⋅−=

Onde: NOPAT = Lucro Operacional depois dos Impostos; WACC = Custo Médio Ponderado de Capital; CAPITAL = Capital Investido (Ativo). Quando a empresa necessita aumentar o EVA, é de importância para ela que a mesma aumente suas vendas e reduza seus gastos (custo capital próprio).

PMPC = 360 F C

PMRE = 360 E CMV

3 – ESTUDO DE CASOS 3.1 – TELEMIG CELULAR S.A A Telemig Celular atende mais de 2,2 milhões de clientes através de serviços de telefonia móvel. Com mais de 5 mil quilômetros cobertos nas estradas e mais de 430 localidades, a Telemig Celular conta também com a maior cobertura de Minas. Fora de sua área de concessão, oferece o serviço de Roaming Nacional automático - para Celulares de Conta, Cartão e Controle - e também Roaming Internacional. A operadora possui a maior rede de atendimento de Minas Gerais: conta com centenas de pontos de vendas (lojas e credenciados) distribuídos por todo Estado e milhares de locais onde o cliente pode adquirir créditos para Celulares de Cartão. A satisfação de seus clientes é investimento contínuo: a Telemig Celular promove eventos culturais e esportivos, patrocina grupos artísticos e projetos sociais para a comunidade. A Telemig Celular é também a primeira operadora de Telecomunicações da América do Sul a obter a Certificação Ambiental, tendo como base a Norma ISO 14001. A Certificação vem demonstrar que a operadora procura desenvolver suas atividades em equilíbrio com a Natureza e está sempre adotando medidas para minimizar os impactos ambientais que possam estar associados aos seus processos produtivos. A Telemig Celular opera na banda A. O termo BANDA refere-se à faixa de freqüência de rádio. Cada faixa é subdividida em várias células, daí o nome celular. A tecnologia digital adotada pela Telemig Celular é a TDMA IS-136 (Time Division Multiple Access. Em português: Divisão de Tempo com Acesso Múltiplo). Ela transforma os sinais de voz em dados digitais.

3.2 – Balanço Patrimonial Padronizado O Balanço Patrimonial da Telemig Celular S.A. foi obtido através do site da Comissão de Valores Imobiliários (http.://www.cvm.gov.br). E a partir deste balanço foi possível ser realizada a padronização deste.

Balanço Patrimonial Padronizado Descrição da Conta 31/12/2003 31/12/2002 31/12/2001Ativo Total 1.364.870 1.584.266 1.352.341

Ativo Circulante 700.748 646.350 465.791Financeiro

Disponibilidades 493.243 468.478 318.418Aplicações Financeiras 0 0 0Subsoma 0 0 0

Operacional Créditos 167.784 134.263 118.044Estoques 12.799 14.067 24.894Outros 26.922 29.542 4.435Subsoma 207.505 177.872 147.373Total do Ativo Circulante 700.748 646.350 465.791

Ativo Realizável a Longo Prazo 114.452 204.511 58.022Ativo Permanente 549.670 733.405 828.528Investimentos 0 0 0Imobilizado 549.670 733.405 828.528Diferido 0 0 0Total do Ativo Permanente 549.670 733.405 828.528

Total do Ativo 1.364.870 1.584.266 1.352.341

Descrição da Conta 31/12/2003 31/12/2002 31/12/2001Passivo Total 1.364.870 1.584.266 1.352.341

Passivo Circulante 394.756 458.078 224.456Operacional

Fornecedores 60.850 67.199 60.171Outras obrigações 100.272 79.215 64.114

Subsoma 161.122 146.414 124.285Financeiro

Empréstimos e Financiamentos 202.369 285.858 71.045Impostos, Taxas e Contribuições 31.265 25.806 29.126

Subsoma 233.634 311.664 100.171Total do Passivo Circulante 394.756 458.078 224.456Passivo Exigível a Longo Prazo 320.906 595.475 632.173Capitais de Terceiros 715.662 1.053.553 856.629Patrimônio Líquido 649.208 530.713 495.712Capital Social Realizado e reservas capital 391.970 391.970 391.970Lucros e Prejuizos acumulados 198.004 116.279 88.478

Total do Patrimônio Líquido 649.208 530.713 495.712Total do Passivo 1.364.870 1.584.266 1.352.341 Demonstração de Resultados Padronizada Descrição da Conta 01/01/2003 a

31/12/2003 01/01/2002 a 31/12/2002

01/01/2001 a 31/12/2001

Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 1.097.292 947.406 869.010Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos -597.050 -448.788 -408.454Resultado Bruto 500.242 498.618 460.556Despesas/Receitas Operacionais -244.330 -384.535 -302.541Resultado Operacional antes result financeiros

255.912 114.083 158.015

Receitas Financeiras 102.298 236.458 53.358Despesas Financeiras -90.552 -339.085 -115.678

Resultado Operacional 255.912 114.083 158.015Resultado Não Operacional 615 -3.150 -90Resultado Antes Tributação/Participações 256.527 110.933 157.925Provisão para IR e Contribuição Social -80.054 -32.748 -41.860IR Diferido 19.592 15.346 4.475Participações/Contribuições Estatutárias -16.669 -13.214 -7.538Reversão dos Juros sobre Capital Próprio 0 0 0Lucro/Prejuízo do Exercício 179.396 80.317 113.002

3.3 – Análise dos Índices A partir dos dados acima dos balanços patrimoniais padronizados foi possível a realização dos cálculos de todos os índices necessários a partir de fórmulas que estão citadas a baixo. Dessa forma, podemos analisar a empresa de forma mais simplificada.

Índices Fórmula 31/12/2003 31/12/2002 31/12/2001

Estrutura de Capital Participação de Capitais de Terceiros CT/PL= 110% 199% 173% Composição do endividamento PC/CT= 55% 43% 26% Imobilização do Patrimônio Líquido AP/PL= 85% 138% 167% Imobilização de recursos não correntes AP/(PL+ELP)= 57% 65% 73% Liquidez Liquidez Geral (AC+RLP)/CT= 1,14 0,81 0,61 Liquidez Corrente (circulante) AC/PC= 1,78 1,41 2,08 Liquidez Seca (AC-EST)/PC= 1,74 1,38 1,96 Rentabilidade Giro do Ativo V / AT= 0,80 0,60 0,64 Margem líquida LL / V= 16% 8% 13% Rentabilidade do Ativo LL / AT= 13% 5% 8% Rentabilidade do Patrimônio Líquido LL / PL = 28% 15% 23% 3.3.1 – Índices de Estrutura 3.3.1.1 – Participação de Capitais de Terceiros A participação de capitais de terceiros foi de 173% no ano de 2001, que aumentou para 199% em 2002 e finalmente caiu para 110% no ano de 2003. O ano de 2003 foi um ano muito bom para a Telemig Celular, onde percebe-se que diminuindo a participação de capitais de terceiros nesse ano ocorre a diminuição da dependência de terceiros, o que é muito bom para qualquer empresa. 3.3.1.2 – Composição do Endividamento Estes últimos anos estão ocorrendo uma avanço tecnológico com uma velocidade impressionante. Dessa forma, essas empresas de telefonia celular que dependem da alta tecnologia necessitam estar implantando cada vez mais essas inovações. Por isso, ocorre um alto investimento e é essa a razão do aumento do endividamento de 2001 para 2003. Além disso, podemos observar que os capitais de terceiros diminuiu bastante, influenciando neste resultado.

3.3.1.3 – Imobilização do Patrimônio Líquido Houve uma queda na imobilização do patrimônio líquido de 167% em 2001 para 85% em 2003. Observando o conceito de que quanto menor melhor, houve uma melhora neste índice. A razão dessa melhora foi o aumento do patrimônio líquido da empresa e simultânea diminuição do seu ativo permanente. 3.3.1.4 - Imobilização de recursos não correntes Houve uma melhora também deste índice que no ano de 2001 possuia 73% e caiu para 57%. O caso é similar ao índice acima, que quanto menor melhor é para a empresa. 3.3.2 – Índices de Liquidez 3.3.2.1 – Liquidez Geral Houve um aumento muito bom de 2001 com 0,61 para 1,14 em 2003. Este índice obedece o conceito de quanto maior, melhor é para a empresa. Essa notável melhora pode ser explicada pelo aumento do Ativo Circulante e do Realizável a Longo Prazo, e pela simultânea diminuição dos capitais de terceiros. 3.3.2.2 – Liquidez Corrente A liquidez corrente decaiu um pouco do ano de 2001 para 2003, caindo de 2,08 para 1,78. Este fato pode ser explicado pelo aumento do Passivo Circulante. 3.3.2.3 – Liquidez Seca A liquidez seca caiu um pouco de 1,96 para 1,74 do ano de 2001 para 2003. O que pode ser explicado pela diminuição dos estoques da Telemig Celular, que caíram para a metade de 2001 para 2003. 3.3.3 – Índices de Rentabilidade 3.3.3.1 – Giro do Ativo O giro do ativo teve um aumento de 0,64 para 0,80 do ano de 2001 para o ano de 2003. Este aumento ocorreu devido ao grande aumento do número de clientes no ano de 2003, ocorreu um aumento de 21% em relação ao ano anterior. Dessa forma, isso refletiu na receita líquida.

3.3.3.2 – Margem Líquida Este índice aumentou de 13% para 16%, que pode ser explicado pela mesma razão que o item acima. Com o aumento do número de clientes, ocorreu um aumento nas vendas de celulares. Dessa forma, aumentou também o lucro líquido da empresa. 3.3.3.3 – Rentabilidade do Ativo Este índice aumentou de 8% para 13%, o que também é muito bom para a empresa. Esse aumento ocorreu com o aumento do lucro líquido. 3.3.3.4 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido Ocorreu um aumento muito bom para a Telemig Celular de 23% para 28% do ano de 2001 para 2003. Este aumento também foi ocasionado pelo aumento do lucro líquido da empresa. 3.4 – Análise da empresa em relação ao padrão Foi feita uma comparação da Telemig Celular S.A com mais 9 empresas do mesmo setor de telefonia celular. As empresas comparadas são:

Amazônia Celular S.A. Telemig Celular S.A. Telern Celular S.A. Telest Celular S.A. Telpa Celular S.A. Telpe Celular S.A. Telasa Celular S.A. Teleceará Celular S.A. Telepisa Celular S.A. Telesc Celular S.A.

Foram calculados todos os índices das empresas citadas acima.

Porém não foi possível o cálculo destes índices para o ano de 2001, 2002 e 2003, pois não eram todas as empresas que tinham divulgado seus balanços patrimoniais do ano de 2003. Dessa forma, foram comparadas todas as empresas para os anos de 2001 e 2003. A seguir estão os índices de todas as empresas comparadas:

A partir dos índices obtidos foi possível o cálculo dos decis para todos os índices. Do balanço de cada empresa extraem-se índices que serão tabulados. Esses índices devem ser colocados em ordem crescente. O valor tal que 10 % dos índices ficam abaixo de si é o 1º decil, o qual divide o conjunto de índices em décimas partes. O cálculo do 2º decil é semelhante, 20% ficam abaixo e 80% acima. E assim, por diante. Após feito isso, foi posicionada os índices da Telemig Celular com relação aos índices das demais empresas. A partir da posição desses índices foram dadas notas. E a partir destas notas, podemos calcular notas globais. As notas podem ser calculadas através destas fórmulas: Nota de Estrutura de Capital (NE):

0,6*(CT/PL)+0,1*(PC/CT)+0,2*(AP/PL)+0,1*(AP/PL+ELP) Nota de Liquidez (NL):

0,3*(AC+RLP/CT)+0,5*(AC/PC)+0,2*(AC EST/PC) Nota de Rentabilidade (NR):

0,2*(V/AT)+0,1*(LL/V)+0,1*(LL/AT)+0,6*(LL/PL) Nota Global:

0,4*NE +0,2*NL +0,4*NR A seguir seguem as tabelas dos decis calculados de todos os índices para as 10 empresas e as posições da Telemig Celular com relação às outras empresas e suas notas.

No ano de 2001, a Telemig Celular obteve a nota de 4,3 o que é razoável. E no ano de 2002, a empresa obteve uma queda, caindo sua nota global para 3,74, o que é considerado fraco. Porém, não foi possível o cálculo de 2003, que foi um dos melhores anos para a empresa. Neste ano houve uma melhora em quase todos os conceitos, por causa do aumento de clientes. Dessa forma, caso fossem possíveis serem calculadas as notas, obteríamos uma nota no ano de 2003 muito melhor do que o esperado. 3.5 – Análise Vertical / Horizontal As análises vertical e horizontal são importantes, pois através destas é possível conhecer pormenores das demonstrações financeiras que escapam à análise genérica através de índices. 3.5.1 – Análise Vertical Análise Vertical

ATIVO Descrição da Conta 31/12/2003 AV 31/12/2002 AV 31/12/2001 AV Ativo Total 1.364.870 1.584.266 1.352.341

Ativo Circulante 700.748 51,3 646.350 40,8 465.791 34,4 Financeiro

Disponibilidades 493.243 36,1 468.478 29,6 318.418 23,5 Aplicações Financeiras 0 0,0 0 0,0 0 0,0 Subsoma 0 0,0 0 0

Operacional Créditos 167.784 12,3 134.263 8,5 118.044 8,7 Estoques 12.799 0,9 14.067 0,9 24.894 1,8 Outros 26.922 2,0 29.542 1,9 4.435 0,3 Subsoma 207.505 15,2 177.872 11,2 147.373 10,9 Total do Ativo Circulante 700.748 646.350 465.791

Ativo Realizável a Longo Prazo

114.4528,4

204.51112,9

58.022 4,3

Ativo Permanente 549.670 40,3 733.405 46,3 828.528 61,3 Investimentos 0 0,0 0 0,0 0 0,0 Imobilizado 549.670 40,3 733.405 46,3 828.528 61,3 Diferido 0 0,0 0 0,0 0 0,0 Total do Ativo Permanente 549.670 733.405 828.528

Total do Ativo 1.364.870 100,0 1.584.266 100 1.352.341 100 Podemos notar acima que em 2001, o Imobilizado é o fator que mais representa do ativo total. E em 2003 é o ativo circulante o maior responsável. Podemos verificar que os estoques representam muito pouco do total do ativo. Como o imobilizado é o que mais corresponde do ativo total, pode-se concluir que a empresa possui uma grande quantidade de imóveis e bens.

PASSIVO

Descrição da Conta 31/12/2003 AV 31/12/2002 AV 31/12/2001 AV Passivo Total 1.364.870 1.584.266 1.352.341

Passivo Circulante 394.756 28,9 458.078 28,9 224.456 16,6 Operacional

Fornecedores 60.850 4,5 67.199 4,2 60.171 4,4 Outras obrigações 100.272 7,3 79.215 5,0 64.114 4,7

Subsoma 161.122 11,8 146.414 9,2 124.285 Financeiro

Empréstimos e Financiamentos

202.36914,8

285.85818,0

71.045 5,3

Impostos, Taxas e Contribuições

31.2652,3

25.8061,6

29.126 2,2

Subsoma 233.634 17,1 311.664 19,7 100.171 7,4 Total do Passivo Circulante 394.756 458.078 224.456 Passivo Exigível a Longo

Prazo 320.906

23,5595.475

37,6632.173

46,7 Capitais de Terceiros 715.662 52,4 1.053.553 66,5 856.629 63,3 Patrimônio Líquido 649.208 47,6 530.713 33,5 495.712 36,7

Capital Social Realizado e reservas capital

391.97028,7

391.97024,7

391.970 29,0

Outros 59.234 4,3 22.464 1,4 15.264 1,1 Lucros e Prejuizos

acumulados 198.004

14,5116.279

7,388.478

6,5 Total do Patrimônio Líquido 649.208 530.713 495.712

Total do Passivo 1.364.870 100,0 1.584.266 100 1.352.341 100 Através da Análise Vertical, podemos perceber que a maior parte do total do passivo é representado pelos capitais de terceiros. E em seguida é o patrimônio líquido que é o segundo mais representativo. Assim, concluímos que a empresa depende muito de capitais de terceiros.

Demonstração de Resultados

Descrição da Conta 01/01/2003 a 31/12/2003

01/01/2002 a 31/12/2002

01/01/2001 a 31/12/2001

Valor Absoluto AV

Valor Absoluto AV

Valor Absoluto AV

Receita Líq de Vendas e/ou Serviços

1.097.292100

947.406100

869.010 100

Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos

-597.050 -54,4

-448.788-47

-408.454 -47

Resultado Bruto 500.242 45,6 498.618 53 460.556 53Despesas/Receitas Operacionais -244.330 -

22,3-384.535

-41-302.541 -

34,8Resultado Operacional antes result financeiros

00

00

0 0

Receitas Financeiras 102.298 9,32 236.458 25 53.358 6,14Despesas Financeiras -90.552 -

8,25-339.085

-36-115.678 -

13,3Resultado Operacional 255.912 23,3 114.083 12 158.015 18,2Resultado Não Operacional 615

0,06-3.150 -

0,3-90 -

0,01

Resultado Antes Tributação/Participações

256.52723,4

110.93312

157.925 18,2

Provisão para IR e Contribuição Social

-80.054-7,3

-32.748 -3,5

-41.860 -4,82

IR Diferido 19.592 1,79 15.346 1,6 4.475 0,51Participações/Contribuições Estatutárias

-16.669 -1,52

-13.214 -1,4

-7.538 -0,87

Participações Minoritárias 0 0 0 0 0 0Lucro/Prejuízo do Exercício 179.396 16,3 80.317 8,5 113.002 13 Os custos aumentaram em torno de 7% de 2002 para 2003. Isso se deve ao aumento do número de clientes. A Provisão para o Imposto de renda dobrou com os investimentos feitos a partir do aumento de clientes. Além disso, podemos notar o considerável aumento do lucro no ano de 2003. 3.5.2 – Análise Horizontal

Análise Horizontal ATIVO

Descrição da Conta 31/12/2003 AH 31/12/2002 AH 31/12/2001 AH Ativo Total 1.364.870 1.584.266 1.352.341

Ativo Circulante 700.748 150,4 646.350 138,8 465.791 100,0Financeiro

Disponibilidades 493.243 154,9 468.478 147,1 318.418 100,0Aplicações Financeiras 0 0 0 0,0Subsoma 493.243 154,9 468.478 147,1 318.418 100,0

Operacional Créditos 167.784 142,1 134.263 113,7 118.044 100,0Estoques 12.799 51,4 14.067 56,5 24.894 100,0Outros 26.922 607,0 29.542 666,1 4.435 100,0Subsoma 207.505 140,8 177.872 120,7 147.373 100,0Total do Ativo Circulante 700.748 150,4 646.350 138,8 465.791

RLP 114.452 197,3 204.511 352,5 58.022 100,0Ativo Permanente 549.670 66,3 733.405 88,5 828.528 100,0

Investimentos 0 0,0 0 0,0 0 100,0Imobilizado 549.670 66,3 733.405 88,5 828.528 100,0Diferido 0 0,0 0 0,0 0 100,0Total do Ativo Permanente 549.670 733.405 828.528

Total do Ativo 1.364.870 100,9 1.584.266 117,1 1.352.341 100,0 Como podemos perceber o ano de 2003 ocorreu um aumento em vários índices. Houve um aumento de 50% do ativo circulante de 2001 para 2003.

Os estoques caíram em quase 50% do ano de 2001 para 2003. Além disso, o Realizável a Longo Prazo aumentou 42%.

PASSIVO Descrição da Conta 31/12/2003 AH 31/12/2002 AH 31/12/2001 AH Passivo Total 1.364.870 1.584.266 1.352.341

Passivo Circulante 394.756 175,9 458.078 204,1 224.456 100,0Operacional

Fornecedores 60.850 101,1 67.199 111,7 60.171 100,0Outras obrigações 100.272 156,4 79.215 123,6 64.114 0,0

Subsoma 161.122 129,6 146.414 117,8 124.285 100,0Financeiro

Empréstimos e Financiamentos 202.369 284,8 285.858 402,4 71.045 100,0Impostos, Taxas e Contribuições 31.265 107,3 25.806 88,6 29.126 100,0

Subsoma 233.634 233,2 311.664 311,1 100.171 100,0Total do Passivo Circulante 394.756 175,9 458.078 204,1 224.456 100,0ELP 320.906 595.475 632.173 Capitais de Terceiros 715.662 83,5 1.053.553 123,0 856.629 100,0Patrimônio Líquido 649.208 131,0 530.713 107,1 495.712 100,0

Capital Social Realizado 391.970 100,0 391.970 100,0 391.970 100,0Outros 59.234 388,1 22.464 147,2 15.264 100,0Lucros e Prejuizos acumulados 198.004 223,8 116.279 131,4 88.478 100,0

Total do Patrimônio Líquido 649.208 530.713 495.712 Total do Passivo 1.364.870 100,9 1.584.266 117,1 1.352.341 100,0 Podemos perceber um aumento de 100% para 223,8% nos lucros e prejuízos acumulados. Houve um aumento considerável também dos empréstimos e financiamentos no ano de 2003.

Demonstração de Resultados Descrição da Conta 01/01/2003

a 31/12/2003

01/01/2002 a 31/12/2002

01/01/2001 a 31/12/2001

Valor Absoluto AH

Valor Absoluto AH

Valor Absoluto AH

Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços

1.097.292126,3

947.406109,0

869.010 100

Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos

-597.050146,2

-448.788109,9

-408.454 100

Resultado Bruto 500.242 108,6 498.618 108,3 460.556 100Despesas/Receitas Operacionais -244.330 80,8 -384.535 127,1 -302.541 100Resultado Operacional antes result financeiros

255.912162,0

114.08372,2

158.015 100

Receitas Financeiras 102.298 191,7 236.458 443,2 53.358 100Despesas Financeiras -90.552 78,3 -339.085 293,1 -115.678 100

Resultado Operacional 255.912 162,0 114.083 72,2 158.015 100Resultado Não Operacional 615 -683,3 -3.150 3500,0 -90 100Resultado Antes Tributação/Participações

256.527162,4

110.93370,2

157.925 100

Provisão para IR e Contribuição Social

-80.054191,2

-32.74878,2

-41.860 100

IR Diferido 19.592 437,8 15.346 342,9 4.475 100Participações/Contribuições Estatutárias

-16.669221,1

-13.214175,3

-7.538 100

Participações Minoritárias 0 0,0 0 0,0 0 100Lucro/Prejuízo do Exercício 179.396 158,8 80.317 71,1 113.002 100 Podemos perceber que houve um aumento considerável de 58,8% do lucro no ano de 2003. Além disso, a receita líquida obteve também um aumento. Porém, a provisão para imposto de renda e contribuição social aumentaram 91,2%. 3.6 – Previsão de Insolvência Através da Fórmula de Kanitz, foi possível o cálculo de previsão de falência como segue a tabela abaixo:

2003 2002 2001

X1 Lucro Líquido / Patrimonio Liq. 0,276 0,151 0,228 X2 Ativo Circ + RLP / Exigível Total 1,139 0,808 0,611 X3 Ativo Circulante - Est / Passivo Circ 1,743 1,380 1,964 X4 Ativo Circulante / Passivo Circulante 1,775 1,411 2,075 X5 Exigível Total / Patrimonio Liquido 1,102 1,985 1,728

FI Fator de Insolvência 5,835 4,089 5,224

Segundo esse modelo, a empresa estará insolvente se FI for inferior a -3; a sua classificação estará indefinida entre -3 e 0 e acima de 0 estará na faixa de solvência. Dessa forma, podemos perceber que a Telemig Celular está solvente com resultados de FI acima de 4. 3.7 – Prazos Médios

3.7.1 – Prazo Médio de Pagamento de Compras

Podemos calcular o Prazo Médio de Pagamento de Compras através da seguinte fórmula:

CFPMPC ⋅= 360

Onde: F = Saldo de Fornecedores do Balanço; C = Compras. E através dos cálculos efetuados, podemos perceber na tabela que segue abaixo que o Prazo Médio de Pagamento de Compras é praticamente zero, o que significa que a Telemig Celular paga suas compras praticamente à vista. 3.7.2 – Prazo Médio de Recebimento de Vendas

Podemos calcular o PMRV através da seguinte fórmula:

VDRPMRV ⋅= 360

Onde: DR = Duplicatas a Receber; V = Receita Líquida de Vendas. Na tabela abaixo, podemos perceber que a Telemig Celular demora em média 51 dias para receber o equivalente às suas vendas. 3.7.3 – Prazo Médio de Renovação de Estoque

Podemos calcular o PMRE pela seguinte fórmula:

CMVEPMRE ⋅= 360

Onde: E = Estoques; CMV = Custo das Mercadorias Vendidas. Da tabela abaixo, o PMRE tem caído muito de 2001 para 2003. Isso tem ocorrido pelo fato da Telemig Celular ter diminuído seus estoques.

Tabela dos Prazos Médios segue abaixo:

2003 2002 2001 PMRV Prazo Médio de Recebimento de Vendas 55,047 51,018 48,901PMPC Prazo Médio de Pagamento de Compras 0,102 0,146 PMRE Prazo Médio de Renovação de Estoques 7,717 11,284 21,941

Através destes pequenos comentários sobre cada prazo médio analisados acima, podemos concluir que a Telemig Celular realiza os pagamentos de suas compras praticamente à vista, porém demora em média 51 dias para receber o equivalente às suas vendas. Dessa forma, podemos perceber que o ciclo de caixa é muito grande, equivalente ao PMRV. E com relação aos estoques, a Telemig celular tem os diminuído cada vez mais. E é essa a razão do PMRE ter diminuído também. 3.8 – Cálculo do EVA

Calculo do EVA

2003 2002 2001

NOPAT = 335.966 146.831 199.875

WACC= % ELP = 33,08 52,88 56,05 % PL = 66,92 47,12 43,95

WACC = 16,00 13,61 13,23

CAPITAL = Ativo Total = 1.364.870 1.584.266 1.352.341

EVA = 117531,77 (68829,85) 20970,70

Podemos perceber través dos cálculos efetuados acima, que o EVA da Telemig Celular foi positivo em 2001 e 2003, e negativo em 2002. Esse fato não foi muito comum, pois a maioria das empresas analisadas obteve um EVA negativo. Através do site da empresa foi possível obter uma análise sobre o EVA, onde declarava que para maximizar o EVA, a Telemig Celular adotou, em

2003, uma política de racionalização e aperfeiçoamento dos recursos já existentes. Essa proposta foi colocada em prática sem comprometer o avanço da Empresa no mercado e a qualidade de seus serviços. Dessa forma, proporcionou a criação de receita e a redução das despesas operacionais, combinadas com a ampliação da cobertura de rede e sinal e a oferta de soluções inovadoras de tecnologia da informação. 4 – CONCLUSÃO

Através da análise dos índices, Eva, previsão de falência, prazos médios e outras análises foi possível obter conclusões sobre a Telemig Celular S.A. Além disso, utilizamos também o relatório da empresa como base sobre seu desempenho econômico e financeiro. A receita líquida total da Telemig Celular cresceu R$ 150 milhões - ou 16% - em relação a 2002, passando de R$ 947 milhões para R$ 1,1 bilhão. A elevação deve-se ao avanço de 21% registrado na base de clientes da Companhia e à política tarifária acertada, que se refletiu na receita líquida de serviços, acrescida em R$ 134 milhões, ou 15%, superando, pela primeira vez, a marca de R$ 1 bilhão. A receita líquida com a venda de aparelhos também cresceu 20% em relação ao ano anterior, em decorrência do expressivo aumento (58%) das adições líquidas de aproximadamente 400 mil clientes em 2003. Dessa forma com o aumento do número de clientes, os custos e as despesas operacionais aumentaram 8%. Passaram de R$ 466 milhões, em 2002, para R$ 501 milhões, em 2003, o que representa uma redução de 54% para 50% da receita líquida de serviços em relação ao ano anterior. O EBITDA (resultado operacional, antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 490 milhões, um aumento de R$ 96 milhões - ou 24% - em relação a 2002. A margem EBITDA sobre a receita líquida de serviços foi de 48,8%, significativamente superior à de 45,2% obtida no ano anterior. Esse foi o melhor resultado já registrado pela Telemig Celular. Entre 1999 a 2003, a Empresa registrou taxa de crescimento anual composta do EBITDA de 30%, um indicador da melhoria constante dos resultados operacionais. Em razão da iminente migração tecnológica e da provável obsolescência da rede TDMA, a Empresa decidiu elevar a atual taxa de depreciação da rede, de 12,5% ao ano para 25% ao ano. Essa alteração decorre da redução da expectativa da vida útil da rede atual para o prazo de quatro anos. Como resultado, no acumulado do ano, a despesa de amortização/depreciação foi de R$ 271,1 milhões, representando uma elevação de R$ 71,4 milhões ou 36% em relação ao ano anterior. E o lucro líquido foi de R$ 148, 118% superior aos R$ 68 registrados em 2002. Esse resultado também foi o melhor já alcançado pela Companhia. No final de 2003, a dívida total da Telemig Celular era mais do que compensada pelos recursos disponíveis em caixa (R$ 643 milhões) e pelas contas a receber de operações de hedge (R$ 37 milhões), resultando em uma dívida líquida negativa de R$ 191 milhões. Assim, podemos concluir que o ano de 2003 foi um ano muito bom para a Telemig Celular. E o fato de não ter havido a possibilidade da comparação entre outras empresas neste ano, não foi possível analisar a Telemig com relação aos índices-padrão. Apesar da obsolescência da rede TDMA, a Telemig possui grandes perspectivas de sucesso no ano de 2004. Dessa forma, podemos perceber que a Telemig Celular é uma empresa bem consistente e não possui risco de falência. 5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Dante C. Matarazzo, “Análise Financeiras de Balanços” – 6º Edição Editora Atlas,1998, São Paulo / SP;

• Slides de aula do Prof. Edson Pamplona • Site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – http.://www.cvm.gov.br • Site da empresa Telemig Celular - http.://www.telemigcelular.com.br