tecnologias aplicadas à educação: mudança na educação...

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1 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Como citar este material: SILVA, Simone C. P. da. Tecnologias Aplicadas à Educação: Mudança na Educação: entre o Ensinar, o Aprender e o Educar. As Primeiras Experiências Educacionais com Tecnologias da Informação. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015. A postura do educador está, de fato, em transição. O profissional não pode mais ser visto como o detentor do saber, mas, sim, orientador e parceiro entre o aluno e a tecnologia. Nesta visão, o educador assume de fato seu papel transformador, atualizando suas práticas pedagógicas e mediando o conhecimento. Este novo olhar não retira a importância social do papel do educador, mas provoca uma ressignificação em seus saberes. É importante também todos entenderem que o conhecimento é dinâmico, e a história mostra isso. Toda a complexidade por trás da Educação exige uma atualização natural de seus mediadores, e, em relação à tecnologia, isso não é diferente. Trabalhar a informação e o conhecimento requer, dos educadores, diálogo com os nativos digitais; esse é um dos desafios dentro da sala de aula. É muito atual a ideia de inclusão digital e as dificuldades trazidas pelos novos equipamentos digitais. Há também uma variação de conhecimento tecnológico muito interessante: novas gerações que utilizam muito a tecnologia disponível e gerações anteriores que ou tiveram de se adaptar para manter-se no mercado de trabalho ou, ainda, são completamente analfabetas digitais. Vemos, então, disparidades muito grandes em relação ao uso da tecnologia, e, consequentemente, a influência que ela causa sobre as pessoas.

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1 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma.

Como citar este material:

SILVA, Simone C. P. da. Tecnologias Aplicadas à Educação: Mudança na Educação: entre o Ensinar, o

Aprender e o Educar. As Primeiras Experiências Educacionais com Tecnologias da Informação.

Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015.

A postura do educador está, de fato, em transição. O profissional não pode mais ser visto

como o detentor do saber, mas, sim, orientador e parceiro entre o aluno e a tecnologia.

Nesta visão, o educador assume de fato seu papel transformador, atualizando suas

práticas pedagógicas e mediando o conhecimento.

Este novo olhar não retira a importância social do papel do educador, mas provoca uma

ressignificação em seus saberes. É importante também todos entenderem que o

conhecimento é dinâmico, e a história mostra isso. Toda a complexidade por trás da

Educação exige uma atualização natural de seus mediadores, e, em relação à tecnologia,

isso não é diferente. Trabalhar a informação e o conhecimento requer, dos educadores,

diálogo com os nativos digitais; esse é um dos desafios dentro da sala de aula.

É muito atual a ideia de inclusão digital e as dificuldades trazidas pelos novos

equipamentos digitais. Há também uma variação de conhecimento tecnológico muito

interessante: novas gerações que utilizam muito a tecnologia disponível e gerações

anteriores que ou tiveram de se adaptar para manter-se no mercado de trabalho ou,

ainda, são completamente analfabetas digitais. Vemos, então, disparidades muito

grandes em relação ao uso da tecnologia, e, consequentemente, a influência que ela

causa sobre as pessoas.

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Este tema traz informações sobre os desafios de ensinar e educar na atualidade,

considerando as novas tecnologias e a sociedade da informação na construção do

conhecimento.

Bons estudos!

Saiba Mais!

TV Escola – Ministério da Educação

Acompanhe o vídeo da TV Escola sobre a relação entre a informática e a

educação, no contexto da chamada Era do Conhecimento.

INFORMÁTICA E EDUCAÇÃO – Era do Conhecimento. TV Escola. 2011.

Disponível em: http://tvescola.mec.gov.br/tve/video?idItem=752. Acesso em

25 set. 2014.

Sinopse oficial: Para viver em sociedade, o homem precisa se comunicar.

As diversas formas de entrar em contato com o próximo têm evoluído com o

passar do tempo, e, atualmente, mensagens que antes demoravam até

meses para chegar podem ser entregues em segundos. O programa analisa

os hábitos da geração digital e levanta questões sobre o papel da escola

neste novo contexto, apresentando relatos de professores que levaram para

a sala de aula o debate sobre um novo olhar para a construção do

conhecimento.

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A Declaração Universal dos Direitos Humanos, em sua Resolução 217 A (III), da

Assembleia Geral das Nações Unidas, promulgada em 10 de dezembro de 1948, em seu

Artigo 26, assinala que:

1) Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.

2) A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz [...] (ONU, 1948).

Podemos afirmar que essa concepção de educação é a que atende às demandas

educacionais vigentes em nossa sociedade. Então, as modalidades devem ser

determinadas, porque, por meio delas, a escola irá atingir os melhores processos de

formação. Se esses processos consistem em uma simples transmissão de conhecimentos

e regras, ou se estes supõem, tal como já havíamos previsto, relações mais complexas

entre o professor e o aluno, tratamos do “pleno desenvolvimento da personalidade

humana” (PIAGET, 1998, p. 34-35).

Piaget orienta-nos para um sistema educacional que supere as barreiras colocadas pelas

formas primitivas e tradicionais de transmissão de conhecimentos. Requer o envolvimento

de todos os sujeitos do processo educativo, a tomada de consciência de saberes

necessários para a construção de novas aprendizagens, a reflexão crítica sobre a

informação, o questionamento, a inquietação. Assim, reconhecer o direito do ser humano

à educação é adquirir um encargo muito mais pesado do que simplesmente continuar

possibilitando a leitura, a escrita e o cálculo:

Significa, a rigor, garantir para toda criança o pleno desenvolvimento de suas funções mentais e a aquisição dos conhecimentos, bem como dos valores morais que correspondam ao exercício dessas funções, até a adaptação à vida social atual (PIAGET, 1998, p. 34).

De acordo com Piaget (1998), ao mesmo tempo em que a educação busca desenvolver

plenamente a personalidade do ser, instaura-se o direito de encontrarmos, na escola,

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tudo o que é necessário para a constituição do sujeito, de seus pensamentos complexos

e de uma consciência ética ativa e transformadora. Podemos reconhecer nessa situação

que as tecnologias aplicadas à Educação contribuem para o avanço deste processo,

resgatando pessoas que, até então, estavam à margem da sociedade, por meio da

inclusão digital.

Quando o aluno se apropria dos mecanismos necessários ao domínio da Informática, por

exemplo, ele se torna autônomo no processo de construção de suas aprendizagens,

capaz de buscar com responsabilidade as informações que lhe são necessárias, de

realizar pesquisas e de fazer leituras críticas sobre elas que contribuirão para que antigos

conceitos relacionados à política e à cultura, por exemplo, sejam quebrados ou

reafirmados.

Ao encontro das necessidades educacionais da sociedade contemporânea, Moran (2000,

p. 137) elucida:

Educar é colaborar para que professores e alunos – nas escolas e organizações – transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os alunos na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional – do seu projeto de vida, no desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e comunicação que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e profissionais e tornar-se cidadãos realizados e produtivos.

O autor alerta-nos para o fato de que todos nós, alunos e professores, precisamos

reaprender a conhecer, a nos comunicar, a ensinar e a aprender, a compreender a

intervenção do tecnológico em nosso dia a dia.

Moran (2000) afirma, ainda, que mudanças significativas acontecem beneficiando o

processo de ensino-aprendizagem quando integramos de maneira inovadora todas as

tecnologias, por exemplo, a telemática, que é a utilização da Informática via computador,

junto a outros meios de telecomunicação, além das tecnologias audiovisuais, textuais,

orais, musicais, lúdicas e corporais.

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Saiba Mais!

Revista Renote ‒ Novas Tecnologias na Educação

A revista tem por objetivo publicar trabalhos desenvolvidos na área da

Informática na Educação. Acesse o portal e consulte as edições disponíveis!

REVISTA RENOTE – Novas Tecnologias na Educação. Disponível em:

http://seer.ufrgs.br/index.php/renote/index. Acesso em: 25 set. 2014.

É evidente que o professor encontra à sua disposição inúmeras possibilidades

metodológicas, de organização e de comunicação junto ao aluno, para explorar novos

temas, tanto para trabalhar presencial quanto virtualmente. Contudo, cabe ao docente

analisar e escolher quais são os recursos tecnológicos e metodológicos que melhor

atenderão às necessidades educacionais de seus alunos.

A diversidade encontrada em sala de aula demandará que cada professor busque os

recursos que lhe proporcionem segurança, facilitem o processo de comunicação, de

interação com os alunos e de construção da aprendizagem. É fato que os recursos

tecnológicos e metodológicos por si só não darão conta de garantir a aprendizagem dos

alunos. É preciso que o professor estabeleça vínculos afetivos com eles, procurando

conhecer suas histórias de vida, suas experiências, seus valores, seus interesses e

aspirações.

De acordo com Moran (2000, p. 138), utilizando os recursos disponíveis em programas de

computadores:

Professor pode criar uma página pessoal na Internet, como espaço virtual de encontro e divulgação, um lugar de referência para cada matéria e para cada aluno. Essa página pode ampliar o alcance do trabalho do professor, de

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divulgação de suas ideias e propostas, de contato com pessoas fora da universidade ou escola. Num primeiro momento a página pessoal é importante como referência virtual, como ponto de encontro permanente entre ele e os alunos. A página pode ser aberta a qualquer pessoa ou só para os alunos, dependerá de cada situação. O importante é que professor e alunos tenham um espaço, além do presencial, de encontro e visibilização virtual.

Quando o professor apresenta uma concepção de educação que visa ao desenvolvimento

pleno do aluno, quando se interessa pelas novas tecnologias, tem uma visão pedagógica

inovadora, torna-se mais fácil e viável lançar mão de recursos virtuais teoricamente

simples, como listas, fóruns, blogs, e-mails, que contribuirão para a melhoria significativa

nas relações pessoais, na produção coletiva e nas aprendizagens.

É fato que a internet contribui, significativamente, para o processo de construção

cooperativa e colaborativa, entre professores e alunos, tendo em vista que podem realizar

pesquisas em tempo real, desenvolver projetos em grupo e investigar problemas atuais.

No entanto, tais ações necessitam de planejamento, organização, flexibilidade e

constante avaliação, pois integram um processo dinâmico em que a aprendizagem

acontece subsidiada pelos recursos tecnológicos diversificados, pela prática, pelas

pesquisas, além da integração da escrita com o audiovisual, do texto linear com o

hipertexto, do presencial com o virtual e do avanço em relação às práticas tradicionais.

Então, o que muda no papel do professor?

Muda a relação de espaço, tempo e comunicação com os alunos. O espaço de trocas aumenta da sala de aula para o virtual. O tempo de enviar ou receber informações se amplia para qualquer dia da semana. O processo de comunicação se dá na sala de aula, na internet, no e-mail, no chat. É um papel que combina alguns momentos do professor convencional – às vezes é importante dar uma bela aula expositiva – com mais momentos de gerente de pesquisa, de estimulador de busca, de coordenador dos resultados. É um papel de animação e coordenação muito mais flexível e constante, que exige muita atenção, sensibilidade, intuição (radar ligado) e domínio tecnológico (MORAN, 2000, p. 141).

Podemos afirmar que um dos maiores desafios conferidos aos professores está na

descentralização do eixo do ensinar para caminhos que levam ao aprender, reforçando a

necessidade da utilização de práticas em que professores e alunos estejam em um

permanente processo de aprender a aprender. De acordo com o trecho a seguir:

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[...] não basta o professor conhecer o conteúdo de sua área de conhecimento para utilizar o computador na criação de ambientes amigáveis que favoreçam a aprendizagem do aluno. É a integração entre as dimensões tecnológica, pedagógica e específica da área de conhecimento que torna mais efetivo o uso do computador na aprendizagem (ALMEIDA, 2001, p. 12).

Saiba Mais!

Revista Informática na Educação: Teoria & Prática

Acesse a Revista Informática na Educação, que trata de diferentes

discussões sobre a inserção, o uso e a avaliação da informática e de outras

tecnologias no âmbito das Artes e das Ciências.

REVISTA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO: Teoria e Prática. Disponível em:

http://seer.ufrgs.br/index.php/InfEducTeoriaPratica/index. Acesso em: 16 out.

2014.

Na revista, leia o artigo do professor Moran (2000), que analisa como

introduzir a internet na educação como uma nova mídia para a educação

presencial e a distância. O artigo toma o professor como um mediador, que

deve utilizar as novas tecnologias de forma participativa.

MORAN, J. M. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias. Revista

Informática na Educação: Teoria e Prática, Porto Alegre, v. 3, n. 1, p. 137-

144, set. 2000. Disponível em:

http://seer.ufrgs.br/InfEducTeoriaPratica/article/view/6474. Acesso em: 16 out.

2010.

As questões sobre tecnologia educacional são inúmeras, sendo utilizado o mesmo

ambiente para dar diferentes significados a um mesmo instrumento. No ambiente

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educacional, tanto as ferramentas quanto as tecnologias sempre estiveram presentes,

facilitando o processo ensino-aprendizagem. Hoje, essa tecnologia está integrada às

áreas de Comunicação e Informação de forma diferenciada.

Saiba Mais!

Antes de falarmos sobre a inclusão da informática educacional no Brasil, que

tal conhecer um pouco melhor a história da inclusão da internet no país?

Leia a reportagem sobre os Primórdios da rede – A história dos primeiros

momentos da internet no Brasil, que conta detalhadamente a evolução da

tecnologia da internet e de suas terminologias específicas.

Revista Fapesp

REVISTA FAPESP. Edição 180: Primórdios da Rede, fev. 2011. Disponível

em: http://goo.gl/mmc1yj. Acesso em: 14 out. 2014.

Atualmente, a expressão tecnologia educacional ou tecnologia na educação é utilizada,

em vários momentos, com o termo “nova” (nova tecnologia educacional, novas

tecnologias da educação etc.). Entretanto, é importante termos em mente que o que é

novo, na verdade, não são as tecnologias, mas as formas como são empregadas. Um

livro-texto é considerado uma “tecnologia educacional”; a lousa, o giz, todos o são; enfim,

se empregarmos o conceito específico de tecnologia, notaremos que, especificamente no

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contexto educacional, utilizamos muitas tecnologias para facilitar tanto o processo de

ensino quanto de aprendizagem.

No início, a impressão de um livro era entendida como uma ação que utilizava “modernas

tecnologias”; entretanto, com o passar do tempo, fomos nos acostumando a várias

tecnologias, a ponto de essa palavra, hoje, ser usada quase exclusivamente para

softwares, hardwares, realidade virtual, internet etc., que são, na verdade, tecnologias

digitais.

Saiba Mais!

Revista Tecnologias na Educação

A revista tem por objetivo a publicação de artigos e relatos de experiências

desenvolvidos por professores de ensino fundamental e médio e por

pesquisadores, com foco no uso das Tecnologias de Informação e

Comunicação.

REVISTA TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO. Disponível em:

http://tecnologiasnaeducacao.pro.br/. Acesso em: 25 set. 2014.

O início da tecnologia digital voltada à Educação no Brasil, segundo Nascimento (2007),

aconteceu na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que foi a primeira a utilizar

o computador como objeto de estudo e pesquisa, com base em uma disciplina voltada

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para o ensino de Informática. Assim, em 1973, a UFRJ deu início ao estudo acadêmico

voltado para a avaliação dos alunos matriculados nas disciplinas de Química.

A partir de então, vários projetos foram iniciados no Brasil, todos com regulamentação

governamental. Isso ocorreu em razão da importância que tais discussões já fomentavam

na academia. Em 1984, o MEC assumiu, definitivamente, todos os projetos relacionados

ao setor, a fim de regulamentar e centralizar as iniciativas nacionais. Desde então, o uso

das tecnologias educacionais é tema de estudos e discussões sobre sua relevância em

sala de aula e como prática pedagógica.

Saiba Mais!

Para conseguirmos obter uma aprendizagem concreta com relação à

Informática na educação, temos de conhecer um pouco da história que

permeia as iniciativas neste setor, principalmente as governamentais.

Leia o material desenvolvido pelo Ministério da Educação – Informática

aplicada à educação –, que conta o caminhar da inclusão da tecnologia em

nosso país, sua evolução e seu uso no enriquecimento da prática

pedagógica.

NASCIMENTO, João Kerginaldo Firmino do. Informática aplicada à

educação. Brasília: Universidade de Brasília, 2007. Disponível em:

http://goo.gl/dgFyVH. Acesso em: 19 out. 2014.

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As tecnologias digitais chegam à Escola para contribuir com o ensino e,

consequentemente, para a construção de uma sociedade melhor, mas é necessário que

haja um desejo coletivo e uma dedicação de todos para que o processo se consolide. O

emprego da Informática não diminuirá as distâncias entre as classes sociais nem

promoverá a inclusão digital, ou o letramento digital, como muitas pessoas afirmam hoje,

mas, sim, os projetos a serem implantados utilizarão a tecnologia da informática como

ferramenta fundamental para atingir os objetivos pedagógicos propostos por um educador

bem-capacitado.

Além disso, é fundamental que os alunos conheçam as novas tecnologias e aprendam a

utilizá-las. Para adquirir esse domínio, precisam possuir habilidades relacionadas ao

tratamento da informação, isto é, precisam aprender a localizar, selecionar, julgar a

pertinência, procedência, utilidade das informações, bem como ter capacidade de criar e

comunicar-se por esses meios.

A velocidade de acesso às informações e modificações dos recursos tecnológicos pode,

por um lado, fazer com que algumas pessoas se sintam discriminadas ou constrangidas

diante da incapacidade de realizar algumas atividades, mas, por outro lado, possibilita a

aprendizagem contínua por meio da autonomia na construção e reconstrução do

conhecimento, conforme as novas informações são processadas.

Podemos considerar, ainda, que a incorporação das novas tecnologias só tem sentido se

for para melhorar a qualidade do ensino, contribuindo, assim, para o processo ensino-

aprendizagem de forma positiva.

Se, atualmente, queremos provocar mudanças significativas no processo educacional, é

necessário compreender, com clareza, a diferença entre duas abordagens conceituais

que têm o objetivo de desenvolver o ensino de diferentes áreas do conhecimento por

meio dos computadores, cabendo ao professor a criação de situações de aprendizagens

desafiadoras.

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Almeida (2001, p. 19) afirma que: “As intenções e metas de uma atividade pedagógica

são explicitadas no projeto de trabalho do professor cujo objetivo fundamental é a

aprendizagem do aluno, responsável por seus projetos de trabalho e por sua

aprendizagem”.

Deste modo, cabe ao professor articular a utilização das TICs com outras atividades

desenvolvidas em sala de aula. Na abordagem Instrucionista, de acordo com Almeida

(2001), o conteúdo a ser ensinado está subdividido em módulos. No final de cada módulo,

o educando responde a uma pergunta, cuja resposta correta o leva ao próximo módulo.

Caso ele erre, retorna ao módulo anterior até conseguir acertar a resposta correta. Os

processos pelos quais o educando passa para emitir determinada resposta são

desprezados.

Esse tipo de procedimento prepara os educandos para o domínio dos recursos da

computação. Com base nesta abordagem, originou-se uma nova disciplina totalmente

dissociada das demais. Para essa disciplina, destina-se uma pessoa (instrutor) que tenha

somente domínio sobre o equipamento e, consequentemente, sem preocupação com o

processo ensino-aprendizagem. Logo, não é necessário que seja um educador.

Conforme Almeida (2001), a abordagem instrucionista teve sua origem na aplicação dos

estudos de Skinner, que utilizava a máquina com o conceito de instrução programada, ou

seja, o conteúdo é dividido em pequenos blocos, de acordo com a perspectiva de quem o

planejou; ao final, os aprendizes respondem a várias questões. Caso esses aprendizes

atinjam um mínimo de acertos, eles podem prosseguir.

Na abordagem construcionista, Almeida (2001) afirma que o computador não é o detentor

do conhecimento, mas, sim, uma ferramenta por meio da qual o educando pode buscar

informações na rede de comunicação, navegando de forma não linear, conforme sua

maneira de pensar e suas necessidades. As informações obtidas são utilizadas em

aplicativos, tais como editor de textos, planilhas eletrônicas e apresentações, integradas a

outras mídias, fazendo com que o educando consiga representar seu conhecimento por

meio de sucessivas operações que, no final, mostram-se com nova roupagem. Nesta

situação, o professor precisa se esforçar para compreender o processo mental do aluno.

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Pode-se afirmar que o aluno “ensina” o computador, pois é ele quem direciona seu

trabalho “dizendo” o que deve ser feito e como deve ser formatado, qual imagem utilizar,

diferentemente da situação anterior, em que o educando tinha de seguir por um caminho

predefinido pelo autor do software.

Conforme Papert (1986, p. 45):

Os ambientes intelectuais oferecidos às crianças pelas sociedades atuais são pobres em recursos que as estimulem a pensar, aprender a falar sobre isto e testar suas ideias através da exteriorização das mesmas. O acesso aos computadores pode mudar completamente esta situação.

Saiba Mais!

Trecho do debate entre Paulo Freire e Seymour Papert sobre o futuro da

escola e o impacto dos novos meios de comunicação no modelo de escola

atual.

PAULO FREIRE X PAPERT. Disponível em:

https://br.youtube.com/watch?v=6J0so-4d2dA. Acesso em: 7 out. 2014.

Enfim, para que o professor possa usar as novas TICs em sua prática pedagógica, é

necessária uma atualização constante que implica não apenas dominar a tecnologia e

suas possibilidades, mas que também o instigue a refletir, com profundidade, sobre seu

papel na Escola. Como mediador da construção de conhecimentos junto aos alunos, o

professor precisa permanentemente se aperfeiçoar, para que sua atuação como

profissional de Educação seja competente, dinâmica e inovadora.

Hipertexto: termo que remete a um texto, ao qual se agregam outros conjuntos de

informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso ocorre

por meio de referências específicas, chamadas hiperlinks (ou simplesmente links). Esses

links ocorrem na forma de termos destacados no corpo do texto principal, ícones gráficos

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ou imagens e têm a função de interconectar os diversos conjuntos de informação,

oferecendo acesso às informações que estendem ou complementam o texto principal.

Inclusão Digital: é a tentativa de garantir a todas as pessoas o acesso às Tecnologias de

Informação e Comunicação (TICs), facilitando sua própria vida pelo uso da tecnologia.

Nativos Digitais: aqueles que nasceram e cresceram com as tecnologias

digitais presentes em sua vivência.

Software: programa de computador.

Virtual: que constitui uma simulação criada por meios eletrônicos.

Instruções

Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará

algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os

enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.

Questão 1

(VUNESP 2010)

Na sociedade da informação, convivemos com diferentes formas de processamento da

informação:

I. Processamento sequencial.

II. Processamento hipertextual.

III. Processamento multimídia.

De acordo com Moran, dependendo da bagagem cultural, da idade e dos objetivos

pretendidos pelos sujeitos, predominará uma dessas formas. Faça a correspondência

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entre cada uma das três formas de processamento da informação enunciadas (I, II e III) e

suas corretas características, escolhendo-as entre as que se seguem:

a. Processamento que junta pedaços de textos de várias linguagens superpostas

simultaneamente, dando interpretação rápida ao todo, para respostas imediatas.

b. Processamento com muitas conexões, convergências e divergências, próprio do

trabalho de pesquisa, de projetos de médio prazo.

c. Processamento que se expressa exclusivamente por meios eletrônicos e que

corresponde a objetivos do trabalho acadêmico, de nível médio e superior.

d. Processamento que se expressa em linguagem falada e escrita, na qual construímos o

sentido aos poucos e que se aplica, se estivermos concentrados, em objetivos

específicos.

Está correta a correspondência apresentada em:

a. I – d; II – a; II – c.

b. I – c; II – b; III – d.

c. I – b; II – a; III – c.

d. I – d; II – b; III – a.

e. I – a; II – b; III – c.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

Questão 2

(CESP 2010)

A mediação é condição para o sucesso de cursos on-line. A concepção de mediação

pedagógica relaciona-se diretamente com a concepção de ensino e de aprendizagem

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adotada. Assinale a opção em que os verbos expressam ações de tutoria compatíveis

com as práticas de mediação colaborativa.

a. Acessar o ambiente de aprendizagem, observar, corrigir e pontuar.

b. Tirar dúvidas, responder e-mails, observar e pontuar.

c. Observar, eximir-se, articular e avaliar.

d. Articular, observar, determinar e intervir.

e. Observar, articular, intervir e orientar.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

Questão 3

(CESP 2010)

O vocábulo educação é usado com múltiplos sentidos, que expressam as representações

que as pessoas têm daquilo que concretamente vivenciam como sendo educação. Na

prática, a verdade é que a educação envolve desde os problemas de desenvolvimento

bioneurológico implicados nos processos de aprendizagem — que estão na base das

questões de ensino — até questões sociais mais abrangentes. (GATTI, Angelina

Bernardete. A construção da pesquisa em educação no Brasil. Brasília: Líber Livro

Editora, 2007. Com adaptações).

Com relação aos fundamentos da educação, assinale a opção correta:

a. A educação como campo de produção do conhecimento constitui-se pelo diálogo com

teorias provenientes de diversas áreas das ciências humanas; entre essas áreas se

incluem a psicologia, a antropologia, a história e a sociologia.

b. Produzir concepções extremistas que valorizam aspectos endógenos e fomentam

visões excessivamente sociologizantes da prática educativa é tanto um modo de

superestimar quanto de subestimar a realidade da pesquisa em educação.

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c. O conceito de irredutível pedagógico refere-se a práticas pedagógicas do contexto

escolar interpretadas à luz das teorias da aprendizagem.

d. Embora a prática educativa retroalimente-se de diversas ciências humanas, a pesquisa

em educação é una, restringindo-se ao estudo da realidade escolar por meio da

metodologia de grupos focais.

e. Nas pesquisas sobre educação, devem ser priorizados os fenômenos educativos

próprios dos espaços formais de aprendizagem, lançando-se sobre eles um olhar

distanciado e neutro, ou seja, isento de subjetividade.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

Questão 4

(CESP 2010 – adaptada)

Estão disponíveis na internet inúmeros recursos que combinam publicação de

informações e interação. Há portais de publicação mediados, nos quais há algum tipo de

controle sobre o que é divulgado, e os abertos, sem qualquer controle, em que os

conteúdos são publicados e editados coletivamente. Cite um exemplo desta tecnologia

para comunicação e publicação de conteúdos na Web.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

Questão 5

(CESP 2010 – adaptada)

Com relação ao uso das novas TICs em sala de aula e no processo de ensino-

aprendizagem a distância, comente as possibilidades encontradas para a inovação da

prática pedagógica.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

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Vivemos em um novo contexto social, em que o docente tem seu papel profissional

reformulado. Atualmente, as novas tecnologias exigem novos papéis para o professor,

visto que o educar tem um aspecto cada vez mais amplo. O treinamento do docente deve

conter novas pedagogias e novas técnicas. Integrar-se às tecnologias da informação e da

comunicação em sala de aula depende do professor e de sua capacidade de reelaborar o

ambiente da sala de aula de modo não tradicional e fazer relações com o cotidiano e com

o mercado de trabalho. Também cabe ao professor fazer a relação constante entre a

nova tecnologia e o processo de ensino-aprendizagem; incentivar a interação e o

aprendizado colaborativo; desenvolver turmas socialmente ativas; e fomentar o trabalho

em grupo.

É um trabalho árduo, intenso e contagiante. Para isso, são necessárias diversas

habilidades didáticas, que incluem a capacidade de criar maneiras inovadoras de usar a

tecnologia em sala de aula para melhorar a relação aluno‒professor em sala de aula e,

mais do que nunca, incentivar a alfabetização em tecnologia.

ALMEIDA, M. E. Educação, projetos, tecnologia e conhecimentos. São Paulo: PROEM,

2001.

MORAN, J. M. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias. Revista Informática

na Educação: Teoria e Prática, Porto Alegre, v. 3, n. 1, p. 137-144, set. 2000.

MORAN, José M.; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda A. (Orgs.) Novas

tecnologias e mediação pedagógica. 21. ed. Campinas: Papirus, 2013.

NASCIMENTO, J. K. F. Informática aplicada à educação. Brasília: Universidade de

Brasília, 2007.

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ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS – ONU. Resolução 217 A (III), de 10 de

dezembro de 1948. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em:

http://goo.gl/HPBWKD. Acesso em: 14 out. 2014.

PAPERT, S. Logo: computadores e educação. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1986.

PIAGET, J. Para onde vai a educação? Tradução de Ivete Braga. 14. ed. Rio de Janeiro:

José Olympio, 1998.

TAJRA, S. F. Informática na Educação: novas ferramentas pedagógicas para o professor

na atualidade. São Paulo: Érica, 2012.

Questão 1

Resposta correta: Alternativa C.

Comentário: Moran (2013) explica que, atualmente, perante a rapidez em que temos de

enfrentar situações diferentes, cada vez mais utilizamos o processo multimídico. A

televisão utiliza uma narrativa com várias linguagens superpostas, atraentes, rápidas,

porém, traz consequências para a capacidade de compreender temas mais abstratos. Em

síntese, as formas de informação multimídia ou hipertextual são mais difundidas. As

crianças, os jovens sintonizados com esta forma de informação, quando lidam com textos,

fazem-no de forma mais fácil com o texto conectado por meio de links, o hipertexto. O

livro, então, torna-se uma opção menos atraente. Não podemos nos limitar a uma ou

outra forma de lidar com a informação, devemos utilizar todas em diversos momentos.

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Questão 2

Resposta correta: Alternativa E.

Comentário: Observar o aluno e suas atividades, articular o conhecimento e a

informação, intervir para nortear o trabalho proposto e orientá-lo para garantir a

aprendizagem são ações fundamentais do professor, que deve ter clareza quanto a seu

papel profissional.

Questão 3

Resposta correta: Alternativa A.

Comentário: O diálogo com outras áreas é muito importante e produtivo porque o

processo ensino-aprendizagem requer conhecimento, que está calcado em um processo

de construção do saber e mediação desse conhecimento.

Questão 4

Resposta: A Wiki é um exemplo atual de ferramenta colaborativa de construção e

divulgação de conteúdos.

Questão 5

Resposta: Exploração simultânea de imagem, som e movimento, e máxima velocidade

no atendimento às demandas de informações em tempo real são características das

novas tecnologias educacionais.