técnico em administração guilherme zirke junior controle de fluxos de estocagem e bens...
TRANSCRIPT
Técnico em Administração
Guilherme Zirke Junior Controle de Fluxos de Estocagem e Bens Patrimoniais
Alguns custos são facilmente identificáveis aos produtos, outros são
comuns a vários produtos.
Alguns acompanham o volume de produção ou vendas, outros nada têm a
ver com o volume de produção e vendas.
O objetivo é caracterizar todos os custos para melhor identificar os produtos,
mercadorias ou serviços, apresentando exemplos
práticos que facilitarão classificá-los.
Custos Diretos
São os gastos necessários à produção, facilmente identificáveis no produto e
mensuráveis (posso medir) em cada unidade do produto.
Em uma fábrica de móveis, a madeira é um material essencial para a
produção e pode-se medir quanto será utilizado de madeira para fabricar cada peça, portanto os gastos com esse produto utilizado na fabricação
de móveis é um custo direto.
Em uma fábrica de automóveis, alguns materiais são essenciais para sua fabricação, como o aço para os pneus, bancos etc. e são facilmente
identificáveis em cada veículo produzido, podendo seus gastos ser medidos em cada veículo, portanto
são custos diretos do veículo produzido.
Classificação dos Custos
São gastos necessários à produção, mas nem sempre podem ser
identificados e mensurados em cada unidade do produto. Para se chegar ao custo de produção, é necessário fazer
um rateio desses custos para determinar o quanto cabe a cada
produto.
Para produzir os móveis, a fábrica precisa de máquinas. Essas máquinas
sofrem um desgaste com o tempo (depreciação) e precisam de
manutenção, mas você não vê, no produto, depreciação nem gastos com
manutenção, e nem sequer pode medir quanto há de depreciação em cada unidade produzida, portanto os
gastos com depreciação e manutenção são custos indiretos.
O mesmo acontece com a indústria automobilística. Existem gastos com a
supervisão da fábrica, com a supervisão das linhas de produção, mas não conseguimos identificar gastos com supervisão em um
automóvel qualquer. Esses gastos são rateados à produção dos automóveis
para se chegar ao custo final do produto, portanto são custos indiretos
de fabricação.
Custos Variáveis
São gastos necessários à produção e diretamente variáveis com o volume
de produção. Quanto maior ela for, maior será o
custo. Os custos diretos são sempre variáveis, mas nem todo custo
variável é direto.
Na fábrica de móveis, a madeira é uma matéria-prima para a produção e é um custo direto, pois, quanto maior for minha produção de móveis, maior
será o custo com madeiras.
Na indústria automobilística, o aço utilizado na produção de veículos é
um custo variável, pois, quanto mais unidades de automóveis forem
produzidas, mais aço será consumido em sua produção.
Custos Fixos
São gastos necessários à produção de bens ou serviços e passíveis de
mudança de valor, mas não acompanham o volume de produção, por isso são considerados fixos em
relação ao volume.
Se a fábrica de móveis estiver funcionando em um galpão alugado, o
gasto com aluguel do galpão é um custo fixo, pois é necessário para que se possam produzir os móveis, mas
independe do volume que se produza nesse galpão. Logicamente, o aluguel pode mudar de valor em decorrência
de um reajuste contratual, mas continua sendo um custo fixo.
Os salários dos supervisores da fábrica são gastos necessários à
produção, mas também são fixos, pois independem do volume de produção
da fábrica.
A depreciação de bens do ativo imobilizado corresponde à
diminuição do valor dos elementos ali classificáveis,
resultante do desgaste pelo uso, ação da natureza ou
obsolescência normal.
Os prazos de vida útil admissíveis para fins de depreciação dos seguintes veículos automotores, adquiridos novos, foram fixados
pela IN SRF n o 72, de 1984:
Bens Taxa de depreciação PrazoTratores 25% ao ano 4 anosVeículos de passageiros 20% ao ano 5 anosVeículos de carga 20% ao ano 5 anosCaminhões fora-de-estrada 25% ao ano 4 anosMotociclos 25% ao ano 4 anos
Despesas fixas e variáveis
Despesas variáveis são gastos necessários para colocar os produtos
e serviços no mercado e acompanham determinado volume. Exemplo: Os
gastos com comissões de vendedores são despesas variáveis, pois são
necessárias para colocar o produto no mercado e acompanham o volume de
vendas.
Despesas Fixas são gastos necessários para colocar os produtos
e serviços no mercado, mas não estão relacionados a nenhum volume.
Exemplo: Os gastos com administração de vendas são
necessários para controlar as vendas, o faturamento, mas são gastos fixos,
não acompanham o volume de vendas.
Custos de produção
Matéria-prima;Mão de obra direta;Custos Ind. de Fabricação – C.I.F.
Custo da Produção Acabada
Custo de Produção(+) Estoque Inicial de produtos em elaboração(-) Estoque final de Produtos em elaboração
Custo da Produção Vendida
Custo da Produção Acabada(+) Estoque Inicial de produtos acabados( -) Estoque Final de produtos acabados
Ponto de Equilíbrio
Ponto de Equilíbrio significa o faturamento mínimo que a
empresa tem que atingir para que não tenha prejuízo, mas que
também não estará conquistando lucro neste ponto.
Ponto de Equilíbrio
É um dos indicadores contábeis que informa ao executivo o volume
necessário de vendas, no período considerado, para cobrir todas as
despesas, fixas e variáveis, incluído-se o custo da mercadoria vendida ou do
serviço prestado.
Ponto de Equilíbrio
Ponto de Equilíbrio
Ponto de Equilíbrio
Para se calcular o Ponto de Equilíbrio, é necessário se ter conhecimento do
conceito de Margem de Contribuição.
Margem de Contribuição
PE = Custos Fixos / % Margem Contrib.
Margem de Contribuição
Margem de Contribuição, nada mais é do que os resultados positivos, obtidos através da Receita, menos os Custos
Variáveis. Este resultado, que é a Margem de Contribuição, deverá ser igual aos
Custos Fixos para que se chegue ao Ponto de Equilíbrio.
Margem de Contribuição
Demonstração de Resultado da empresa “ZZZ“
ITEM VALORES %Receita R$ 100.000,00 100 %( - ) Custos Variáveis R$ 65.000,00 65 %= Margem de Contribuição R$ 35.000,00 35 %( - ) Custos Fixos R$ 28.000,00= Resultado R$ 7.000,00
Ponto de Equilíbrio
PE = Custo Fixo / %Margem de Contribuição
PE = R$28.000,00 / 35% = R$80.000,00
Ponto de Equilíbrio
PE = Custo Fixo / %Margem de Contribuição
PE = R$28.000,00 / 35% = R$80.000,00
Então, R$ 80.000,00 é o mínimo, aproximadamente, que esta empresa tem que vender para conseguir bancar a sua estrutura, ou seja, para não amargar com prejuízo.
Ponto de Equilíbrio
Demonstração de Resultado do PE da empresa " ZZZ “ITEM VALORES %Receita R$ 80.000,00 100 %( - ) Custos Variáveis R$ 52.000,00 65 %= Margem de Contribuição R$ 28.000,00 35 %( - ) Custos Fixos R$ 28.000,00= Resultado R$ 0,00
Ponto de Equilíbrio Econômico
É o Ponto de Equilíbrio com um lucro desejado. Poderá acontecer de, no processo de elaboração orçamentária, a diretoria determine um Ponto de Equilíbrio com um lucro desejado. Vamos ver o cálculo, tomando como exemplo a
demonstração da empresa “ZZZ", considerando que a diretoria determinou um lucro desejado de R$ 6.000,00,
acima do Ponto de Equilíbrio.
Ponto de Equilíbrio Econômico
PE = (Custo Fixo+Lucro Desejado) ---------------------------------------------- %Margem de Contribuição
PE = (R$28.000,00+R$6.000,00) = R$97.142.86 ----------------------------------------- 35%
Ponto de Equilíbrio Econômico
Demonstração de Resultado do PE da empresa " ZZZ“
ITEM VALORES %Receita R$ 97.142,86 100 % ( - ) Custos Variáveis R$ 63.142,86 65 %= Margem de Contribuição R$ 34.000,00 35 %( - ) Custos Fixos R$ 28.000,00= Resultado R$ 6.000,00