1

Silos e armazenagem

Com a grande produo agrcola, principalmente nas regies Centro-Oeste,

Sudeste e Sul, o pas apresenta um potencial muito grande de riscos aos

trabalhadores, em especial neste perodo do ano, onde esto concluindo a

colheita.

Os silos e os armazns so construes indispensveis ao armazenamento da

produo agrcola e influem decisivamente na sua qualidade e preo.

Entretanto, por sua dimenso e complexidade, podem ser fonte de vrios e

graves acidentes do trabalho.

Os problemas aumentam nos meses em que se realizam a armazenagem de toda

a produo de gros.

Exemplo de silo vertical Silo de gros no porto de Santos

Silos para armazenagem de laranja Silo de leo de soja

2

Fatores relevantes a serem levados em conta na armazenagem de gros

Controle da umidade e temperatura

Diferena de temperatura entre o gro e o ar

ambiente e possveis nveis de secagem

Equilbrio higroscpico para cada tipo de gro

3

Tipos de Silos

Silos Metlicos Planos

Para armazenar qualquer tipo de cereal, representam segurana para quem

produz. Os gros armazenados em silos metlicos dotados de aerao e

termometria permanecem conservados por um perodo de tempo maior, livre da

ao de insetos e roedores e com maior controle do teor de umidade e

temperatura. Com modelos de fundo plano ou tronco de cone.

Capacidades para Cereais com Peso Especfico 0,83 t/m: 9 a 22.500 toneladas.

Estruturas de silos metlicos planos Silos Metlicos Elevados

Utilizados como silo pulmo, de ensaque ou expedio e armazenagem de

sementes ou pequenas quantidades de produtos.

Capacidades para Cereais com Peso Especfico 0,83 t/m: 9 a 780 toneladas.

Silo metlico elevado

4

Silos Metlicos Lisos

Especficos para produtos classificados como de difcil armazenagem, por

serem passveis de compactao, aglutinantes ou extremamente pesados, so

largamente utilizados em unidades industriais. Seu projeto, adequado

instalao de fundos vibratrios, torna-os insubstituveis para moinhos de trigo e

milho, panificadoras de grande porte, indstrias de biscoitos ou macarro e

indstrias de alimentos em geral.

Capacidades: 3,6 a 188,4m

Silo metlico liso Silo para rao

Silos para Raes

Investimento de retorno garantido em pouco tempo proporciona inmeras

vantagens de agilidade, economia e qualidade na granja.

Capacidades para Cereais com Peso Especfico 0,65 t/m: 3,19 a 19,87 toneladas.

5

Caractersticas tcnicas dos silos metlicos Planos

Modelo

Dimetro Nominal

(mm)

Dimenses

M

Capacidade

Sacos Toneladas

A

(mm)

B

(mm) Soja Arroz Soja Arroz

1502

4.547,5

3255,7 1935,7 37,7 471 452 28 23

1504 5084,5 3764,5 67,4 842 809 51 40

1506 6913,3 5593,3 97,1 1.214 1.165 73 58

1802

5.457,0

3517,7 1935,7 58,1 701 673 42 34

1804 5346,5 3764,5 98,9 1.236 1.187 74 59

1806 7153,3 5593,3 141,6 1.770 1.699 106 85

1808 9004,1 7422,1 184,4 2.305 2.213 138 111

2404

7.275,0

5871,5 3764,5 182,2 2.277 2.186 137 109

2406 7700,3 5593,3 258,2 3.227 3.098 194 155

2408 9529,1 7422,1 334,2 4.177 4.010 251 201

2410 11357,9 9250,9 410,2 5.127 4.922 308 246

2412 13186,7 11079,1 486,2 6.077 5.834 365 292

3006

9.095,0

8225,3 5593,3 413,5 5.169 4.962 310 248

3008 10054,1 7422,1 532,4 6.654 6.388 399 319

3010 11882,9 9250,9 651,2 8.140 7.814 488 391

3012 13711,7 11079,7 770,0 9.625 9.240 577 462

3014 15540,5 12908,5 888,8 11.110 10.666 667 533

3606

10.913,5

8848,3 5593,3 609,9 7.624 7.319 457 366

3608 10677,1 7422,1 781,0 9.762 9.372 586 469

3610 12505,9 9250,9 952,1 11.901 11.425 714 571

3612 14334,7 11079,7 1.123,1 14.039 13.477 842 674

3614 16163,5 12908,5 1.294,2 16.177 15.530 971 777

3616 17922,3 14737,3 1.465,3 18.316 17.584 1.099 879

3618 19821,1 16566,1 1.636,4 20.455 19.637 1.227 982

4808

14.551,5

11740,1 7422,1 1.439,8 17.997 17.278 1.080 864

4810 13568,9 9250,9 1.744,0 21.800 20.928 1.308 1.046

4812 15397,7 11079,7 2.048,1 25.601 24.577 1.536 1.229

4814 17226,6 12908,5 2.352,2 29.402 28.226 1.764 1.411

4816 19055,3 14737,3 2.658,4 33.205 31.877 1.992 1.594

4818 20884,1 16566,1 2.960,5 37.006 35.526 2.220 1.776

4820 22712,9 18394,9 3.264,7 40.809 39.176 2.448 1.959

4822 24541,7 20223,7 3.568,8 44.610 42.826 2.677 2.141

6010 14618,9 9250,9 2.805,3 35.066 33.664 2.104 1.683

6

6012 18.189,5 16447,7 11079,7 3.280,5 41.006 39.366 2.460 1.968

6014 18276,5 12908,5 3.755,7 46.946 45.068 2.817 2.253

6016 20105,3 14737,3 4.231,0 52.882 50.767 3.173 2.538

6018 21934,1 16566,1 4.706,2 58.822 56.469 3.530 2.824

6020 23762,9 18394,9 5.181,4 64.762 62.171 3.886 3.109

6022 25591,7 20223,7 5.656,8 70.702 67.874 4.242 3.394

7210

21.827,5

15766,9 9250,9 4.155,2 51.940 49.862 3.116 2.493

7212 17595,7 11079,7 4.839,6 60.489 58.069 3.630 2.904

7214 19424,5 12908,5 5.523,9 69.042 66.280 4.143 3.314

7216 21253,3 14737,3 6.206,2 77.595 74.491 4.656 3.725

7218 23082,1 16566,1 6.892,5 86.149 82.710 5.169 4.135

7220 24910,9 18349,9 7.576,2 94.702 90.914 5.882 4.546

7222 26739,7 20223,7 8.261,2 103.255 99.125 6.196 4.957

9016

27.250,0

22780,0 14730,0 9.971,0 124.629 119.652 7.478 5.983

9017 23700,0 15650,0 10.505,4 131.317 126.065 7.879 6.303

9018 24610,0 16560,0 11.040,9 137.994 132.474 8.281 6.624

9019 25530,0 17480,0 11.574,8 144.675 138.889 8.681 6.945

9020 26440,0 18390,0 12.109,7 151.358 145.303 9.082 7.266

9021 27350,0 19300,0 12.644,1 158.041 151.719 9.483 7.586

9022 28270,0 20220,0 13.178,5 164.723 158.134 9.884 7.907

10516

31.830,0

24147,4 14738,4 13.879,3 173.483 166.540 10.409 8.327

10517 25061,8 15652,8 14.606,9 182.570 175.267 10.955 8.764

10518 25976,2 16567,2 15.334,6 191.866 184.000 11.501 9.200

10519 26809,5 17481,6 16.062,3 200.766 192.730 12.046 9.637

10520 27805,0 18396,0 16.788,5 209.856 201.462 12.591 10.073

Seleo geral de silo metlico plano

7

Elevadores de Caambas

Em chapa galvanizada (agrcola) e estrutura autoportante, so

imprescindveis em quaisquer instalaes armazenadoras ou industriais. So

projetados para elevao de gros comerciais, sementes, farelos, farinhas e

granis slidos, com amplas opes de altura, velocidade e particularidades

construtivas relacionadas com o tipo de produto que iro transportar. So

montados em mdulos, permitindo melhor definio de altura til necessria. As

opes de acionamento por polias, motoredutor ou motor-redutor, sero

definidas em funo da capacidade e regime de trabalho do cliente. Na linha

industrial fornecido em chapa preta com pintura de acabamento.

Capacidades:

Agrcola: 5 a 240 ton/h

Industrial: 250 a 1.500 ton/h

Peso Especfico 0,75 t/m

Modelo Capacidade

T/h m

AGRCOLAS

ELEVADORES

COM CAAMBAS

CONVENCIONAIS

EA 0 10 13

15 20

EA 1 20 27

30 40

EA 2

40 53

50 67

60 80

EA 3

80 107

100 133

120 160

EA 4 200 266

ELEVADORES

COM CAAMBAS

P/ SEMENTES

EA 0 S 10 13

EA 1 S 20 27

EA 2 S 40 53

EA 3 S 80 107

ELEVADORES

COM CAAMBAS

P/ FARELO

EA 0 F 7,5 14

EA 1 F 15 27

EA 2 F 30 54

EA 3 F 60 109

INDUSTRIAIS

ELEVADORES

COM CAAMBAS

CONVENCIONAIS

TELB 5 100 133

120 160

TELB 6 160 213

200 266

TELB 7 250 333

300 400

TELB 8 400 533

TELB 9 500 666

600 800

TELB 10 750 1.000

TELB 11 1.000 1.330

8

Elevadores de Corrente

Os Elevadores de Correntes fornecidos pela Kepler Weber operam em

baixas velocidades, permitindo a elevao e a descarga sem danos mecnicos

nos gros, o que faz dele um equipamento especial para movimentar sementes.

dotado de vrios mecanismos de segurana que protegem o produto e o operador

da mquina.

Capacidades: 10 a 60 t/h Peso Especfico 0,75 t/m

Elevadores de Corrente- Informaes Tcnicas

Correias Transportadoras CT

De construo robusta possibilitam carga e descarga em qualquer ponto de seu

traado. Seu movimento suave e silencioso, podendo ser num s sentido ou

reversvel, tendo grande uso no transporte de granis slidos, para distncias

longas.

Correias Transportadoras - CT - Informaes Tcnicas

Modelo Capacidade

T/h M

EC 5/5 10 13

EC 10 10 13

EC 5/5/5 15 20

EC 20 20 27

EC 10/10 20 27

EC 30 30 40

EC 40 40 53

Modelo Capacidade

T/h M/h

12 30 40

16 60 80

20 120 160

24 200 267

30 360 480

9

Roscas Transportadoras TRUA

Prtico e econmico este sistema de transporte por helicide a curta e mdia

distncias utilizado para cereais, farelos e granis slidos em geral.

Capacidades: 11,5 a 167,5 t/h ou maiores, conforme especificao do projeto.

Roscas Transportadoras - TRUA - Informaes Tcnicas

Transportadores de Corrente TCRA

Para transporte horizontal na carga e descarga em silos, armazns, graneleiros,

indstrias de esmagamento, fbricas de alimentos, moegas, mquinas de

limpeza, secadores de cereais e demais equipamentos de beneficiamento. Para

grandes volumes, ideal quando o transporte exige mais de um ponto de

descarga, ao mesmo tempo. A Kepler Weber fabrica, tambm a linha de

transportadores de corrente inclinados, chamados de Bulk Flow, nas mesmas

caractersticas tcnicas e capacidades dos horizontais.

Capacidades: As capacidades variam de 40 a 220 t/h ou acima, conforme a especificao do projeto

Transportadores de Corrente - TCRA - Informaes Tcnicas

Model

o

Capacidade

T/h (0,75t/m

)

m/h

160 11,5 15,3

200 20 26,6

250 40 53,3

315 65 86,6

400 110 146,6

500 167,5 223,3

Modelo

Capacidade

T/h M/h

160 40 53

200 60 80

250 86 114

280 120 160

315 160 213

400 220 293

10

Transportador de Palhetas TPLA Uma inovao para o transporte de materiais como componentes de alimentos

para consumo humano ou animal, o Transportador de Palhetas TPLA trabalha

rapidamente, porm de forma suave, sem quebrar ou agitar demasiadamente os

produtos. Dotada de um exclusivo sistema autolimpante, apropriado para

transportar produtos passveis de contaminao. Capacidades: 32 a 424 m/h

Transportador de palhetas TPLA - Informaes Tcnicas

Velocidade 0,35 m/s 0,40 m/s 0,50 m/s 0,63 m/s 0,75 m/s 0,88 m/s

Volume Transportado

Modelo m/h RPM m/h RPM m/h RPM m/h RPM m/h RPM m/h RPM

TPLA 160 32 40,28 37 46,03 46 57,54 59 72,51 70 86,32 82 101,28

TPLA 200 41 40,28 47 46,03 59 57,54 74 72,51 89 86,32 104 101,28

TPLA 250 52 40,28 60 46,03 75 57,54 94 72,51 112 86,32 132 101,28

TPLA 315 99 28,77 113 32,88 142 41,10 179 51,79 213 61,65 250 72,34

TPLA 400 125 28,77 143 32,88 179 41,10 226 51,79 269 61,65 316 72,34

TPLA 500 168 28,77 193 32,88 241 41,10 304 51,79 362 61,65 424 72,34

11

Trabalho em unidades armazenadoras e seus riscos

Com a grande produo agrcola, principalmente nas regies Centro-Oeste,

Sudeste e Sul, o pas apresenta um potencial muito grande de riscos aos

trabalhadores, em especial neste perodo do ano, onde esto concluindo a

colheita. Os problemas aumentam nos meses em que se realizam a armazenagem

de toda a produo de gros.

Nas unidades armazenadoras, h cinco principais riscos de acidente:

1- exploses;

2 - problemas ergonmicos;

3 - leses do trato respiratrio (poeiras) e do globo ocular;

4 - riscos fsicos (rudo, iluminao, umidade, vibraes, etc.); e

5 - acidentes em geral (quedas, sufocamento, etc.).

1 - Exploses As exploses ocorrem em locais onde o p fica confinado e atinge

concentraes elevadas. Tambm, nesses espaos de confinamento poos de elevadores, tneis, interiores de silos e armazns existe o risco de asfixia por gases provenientes de decomposio dos gros, especialmente nos espaos que

no apresentam boa ou nenhuma ventilao.

Exploso de um conjunto de silos para cereais

12

A decomposio de gros pode gerar vapores inflamveis. Se a umidade do gro

for superior a 20%, poder gerar metanol, propanol ou butanol. Os gases metano

e etano, tambm produzidos pela decomposio de gros, so igualmente

inflamveis e podem gerar exploses.

Para diminuir esse risco, deve-se evitar a solda e o fumo no interior e nas

proximidades dos silos.

Alguns fumigantes contm produtos inflamveis: dissulfeto de carbono,

dicloreto de etileno, fosfina e outros.

Fumigantes e pesticidas so um risco habitual para os trabalhadores das

unidades armazenadoras de gros. Normalmente implicam na exposio ao

tetracloreto de carbono, dissulfeto de carbono, dibrometano, fosfeto de alumnio

e dixido de enxofre, todos potencialmente perigosos.

A maior parte dos acidentes ocorre nas regies em que a umidade relativa do ar

atinge valores inferiores a 50%, e onde se armazenam produtos de risco como:

trigo, milho e soja, ricos em leos inflamveis.

Esses gases, somando-se concentrao de p, tornam-se inflamveis diante de

uma chama aberta. Como medida para evitar os riscos de exploso deve-se adotar normas para execuo de trabalhos de manuteno que exijam servios

com intensa gerao de calor, como soldas ou cortes a maarico.

Nesses locais onde h alta concentrao de p e ou gases confinados, o acesso

s deve ser permitido aps verificao da situao do ambiente. Para esta

situao, vale a experincia de uma equipe de brigada de incndio, com bons

treinamentos e simulaes nos locais a serem protegidos.

2 - Ergonmicos

Os riscos ergonmicos ocorrem principalmente quando se trata de armazenagem

de gros ensacados, onde so transportados volumes manualmente. O transporte

manual das cargas implica em riscos, principalmente na coluna, como:

agresses coluna vertebral;

lombalgias;

tores;

esmagamento de discos da vrtebra.

13

Conforme a Lei No 6.514, Art. 198: de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso mximo que um empregado pode remover individualmente, ressalvadas as

disposies especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher.

A figura esquemtica abaixo mostra a forma errada (ou no ergonmica) de

levantar peso, esquerda e a forma correta, direita.

Maneira correta para levantar errada e correta de levantar pesos

Da mesma forma, para transportar sacos...

Maneira correta de levantar sacos

Outros riscos ergonmicos que devem ser evitados so nas atividades de

alimentao de fornalhas, que funcionam lenha. Quem opera no abastecimento

de lenha das fornalhas deve usar Equipamentos de Proteo Individual (EPIs) obrigatrios para a funo:

a) sapato de segurana com biqueira de ao, para evitar acidentes com a

queda da lenha nos membros inferiores

14

b) luvas e aventais de raspa

c) capacete

d)culos escuros, para proteger os olhos dos raios ultravioletas,

provenientes da chama da fornalha. As luvas, alm de protegerem as mos contra

leses provocadas por materiais cortantes ou perfurantes, protegem inclusive de

picadas, s vezes venenosas, no caso de haver bichos peonhentos na lenha.

3 - Problemas com os pulmes e os olhos

Nas reas de recebimento, limpeza, secagem e armazenagem de gros, como

moegas, transportadores, mquinas de limpeza e silos, geralmente cobertas por

poeiras, necessrio tomar cuidado quanto aos riscos qumicos que elas podem

provocar doenas pulmonares, leses nos olhos provenientes de impacto de partculas e mesmo dificuldades respiratrias.

Estes riscos determinam, ento, o uso de culos e mscaras em locais com

poeiras. Outro ponto importante a considerar o cuidado especial nos trabalhos

em altura.

Alguns gros armazenados, como o arroz em casca, desprendem uma poeira que

pode causar leso aos olhos ou dificuldades respiratrias.

A soja, por ser uma planta de porte baixo, ao ser colhida com colheitadeira, leva

consigo muita terra. Assim, ao ser armazenada, ao movimentar-se, desprende

essa poeira, que pode provocar uma doena terrvel chamada silicose ou o

empedramento dos pulmes.

Os Equipamentos de Proteo Individual - EPI's recomendados so:

a) mscaras contra poeiras; e

b) culos de segurana.

4 - Riscos fsicos (rudos, iluminao, etc.)

Alm dos riscos fsicos j relacionados anteriormente, juntam-se: a falta de

aterramento de motores, o uso de lmpadas inadequadas e a temvel eletricidade

esttica.

Os EPI's recomendados so:

a) protetores auriculares;

b) culos ray-ban (para raios ultravioletas) nas fornalhas lenha; e

c) capacete de segurana.

15

5 - Acidentes em geral Um dos riscos existentes em empresas recebedoras armazenadoras, que tm

causado acidentes fatais, o soterramento de pessoas nas operaes de limpeza

das moegas, armazns graneleiros ou silos, quando por algum motivo entra

nestes locais apenas um funcionrio para efetuar a manuteno necessria.

Deveriam ter, no mnimo, dois funcionrios na atividade e utilizando EPIs obrigatrios para esta operao cinto de segurana tipo pra-quedista, preso a uma trava-quedas ou numa corda, capacete, mscara e calados de segurana.

Os acidentes ocorrem quando h uma movimentao do produto, soterrando o

funcionrio e o matando por asfixia.

Perigo de soterramento

O adequado assentamento do produto no silo durante a sua armazenagem, ajuda a evitar

problemas de soterramento.

Exemplo da distribuio adequada para melhor assentamento de gros

16

6 Proteo de equipamentos e descargas eltricas Para evitar centelhamento que possa provocar fascas e incndio, chaves de

ligao, bornes de emendas de fiao, motores e circuitos de alimentao de

dispositivos devem ser de caixas vedadas e brindadas

Toda a regio do silo deve ser provida de pararaios adequados para as descargas

atmosferas com aterramento e isolamento adequado para separao das

descargas fora da zona de armazenagem.

6 Recomendaes finais

Para definir os EPIs obrigatrios nos locais de trabalho, a empresa deve realizar avaliao dos riscos ambientais nas reas de trabalho. Aps analisar os

resultados, so definidos os EPIs obrigatrios. Convm lembrar que deve-se analisar medidas de engenharia para reduzir ou eliminar os riscos, antes de

adotar o uso de EPIs.

Mais do que leis devem ser estabelecidos procedimentos de segurana

adequados a cada atividade, e que efetivamente sejam cumpridos. Diante de um

assunto to srio, no bastam leis e procedimentos, a que se fazer com que o

trabalhador entenda sobre os riscos e cuidados a serem tomados para que no

ocorram acidentes.

O trabalhador precisa conhecer exatamente quais os seus limites, pois de nada

adianta um programa de conscientizao se no so observadas as regras.

necessrio entender que normas de segurana so princpios de preservao da

sade e integridade fsica do trabalhador, ou seja, da sua prpria vida

Transferncia de gros do ptio para os silos metlicos planos

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Exemplo de alimentao de silos Alimentao de gros em um navio

Transportador tipo rosca para transporte de gros a granel