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TCM informativo ISO 9001 Tribunal de Contas do Município de São Paulo | Nº 50 | Janeiro de 2015 www.tcm.sp.gov.br TCM SUSPENDE DUAS LICITAÇÕES PARA CONSTRUÇÃO DE CORREDORES DE ÔNIBUS NOS VALORES DE R$ 4,7 BILHÕES E R$ 2,4 BILHÕES Presidente Edson Simões representa o TCU e o Brasil em conferência no Peru TCM desenvolve sistema interno para captação de água TCU e TCM firmam acordo de cooperação técnica TCM cria ouvidoria Mídia destaca o papel do TCM como fiscal de recursos públicos Concurso do TCM é autorizado Eleição para os cargos de presidente, vice e corregedor Rede Nossa São Paulo assina convênio com o Tribunal de Contas

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TCM informativoISO 9001

Tribunal de Contas do Município de São Paulo | Nº 50 | Janeiro de 2015 www.tcm.sp.gov.br

TCM SUSPENDE DUAS LICITAÇÕES PARA

CONSTRUÇÃO DE CORREDORES DE ÔNIBUS

NOS VALORES DE R$ 4,7 BILHÕES E R$ 2,4 BILHÕES

Presidente Edson Simões representa o TCU e o Brasil em conferência no Peru

TCM desenvolve sistema interno para captação de água

TCU e TCM firmam acordo de cooperação técnica

TCM cria ouvidoria

Mídia destaca o papel do TCM como fiscal de recursos públicos

Concurso do TCM é autorizado

Eleição para os cargos de presidente, vice e corregedor

Rede Nossa São Paulo assina convênio com o Tribunal de Contas

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ExpedienteTCM Informativo é uma publicação do Tribunal de Contas do Município de São Paulo.Av. Prof. Ascendino Reis, 1.130 • CEP: 04027-000• Tel: [11] 5080-1140• Site: www.tcm.sp.gov.br • E-mail: [email protected]

• EDIÇÃO: Assessoria de Imprensa do TCMSP• JORNALISTA RESPONSÁVEL:

Pedro Del Picchia Mtb 16.793• EDITOR: Nadia Carlin Mtb 35.295

TCM informativo

TCM informativo Nº 50 | Janeiro de 2015

• PRESIDENTE: Conselheiro Edson Simões• VICE-PRESIDENTE: Conselheiro Roberto Braguim• CORREGEDOR: Conselheiro Domingos Dissei • CONSELHEIROS: Maurício Faria e João Antonio da Silva Filho

• REDAÇÃO: Armando Forti, Ian Ferreira, Marcos Ribeiro, Moacir Assunção, Nadia Carlin, Thiago Sichieroli e Viviane Batista

• EDIÇÃO DE ARTE: Ian Ferreira e Thiago Sichieroli / Pluricom Comunicação Integrada • REVISÃO: Armando Forti e Marcos Ribeiro• IMPRESSÃO: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo

ÍNDICE

Prestando Contas

Tribunal de Contas suspende duas licitações para construção de corredores de ônibus nos valores R$ 4,7 bilhões e R$ 2,4 bilhões

TCM emite parecer favorável sobre Contas de 2013 da Prefeitura

TCM desenvolve campanha e cria sistema interno para captação de água

Notas

Notas TCM promove palestra dirigida a jornalistas

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Átomo-Radar é o mais novo sistema de tratamento de informações desenvolvido pelo TCM

Conselheiros do TCM visitam centro de distribuição de alimentação escolar

Corregedor do TCM faz visita técnica a novo projeto para calçadas

Conselheiro João Antonio homenageia presidente Edson Simões pelo lançamento de livro sobre Tribunais de Contas

Notas Eleição para os cargos de presidente, vice e corregedor do TCMAlta Direção do TCM realiza 28ª reunião de Análise CríticaRenovação da certificação ISO 9001 com nova auditoria externa

Missa de Ação de Graças pelo ano de 2014

TCM promove XVI Encontro de Corais

TCM recebe visita de alunos da Universidade Anhanguera-Guarulhos

TCM recebe visita de estudantes da Semana Universitária

Presidentes do TCU e do TCM assinam acordo de cooperação técnicaTCM e CREA assinam termo de cooperação para incrementar fiscalizações no município

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TCM na mídia

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Missão constitucional reconhecida, estrutura, mídia e sociedade

Decisões

DiretrizesDiretrizes executadas no exercício de 2014

NotasPresidente Edson Simões representa o TCU e o Brasil em conferência no Peru

Escola de Contas do TCM faz balanço positivo de atividadesTribunal de Contas e Instituto de Engenharia firmam parceria na Escola de Contas

Prefeito Fernando Haddad visita o TCMColegiado do TCM recebe visita do procurador geral de Justiça de São PauloVisita de dirigente do SIMPIEscola do Parlamento visita o TCM

ConvêniosTCM firma parceria com Rede Nossa São PauloTribunal de Contas e SEAM firmam Termo de Cooperação

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PRESTANDO CONTAS Tribunal de Contas do Município de São Paulo Nº 50 Janeiro de 2015

Presidente Edson Simões

Missão constitucional reconhecida, estrutura, mídia e sociedade

A cidade de São Paulo, com cerca de 12 milhões de habitantes, tem um orçamento estimado para 2015 da

ordem de R$ 51,3 bilhões. A responsabilidade de fiscalizar o vultoso orçamento de uma cidade-estado como São Paulo – uma das 50 maiores economias do mundo - impõe desafios igualmente grandiosos ao TCM, exigindo a modernização constante das suas estruturas técnico-administrativas e dos seus sistemas de tecnologia, sem esquecer a necessidade do aprimoramento contínuo do quadro de funcionários para habilitá-lo ao uso das novas metodologias e ferramentas de trabalho.

Sendo assim, o programa de modernização no campo da nossa atividade-fim, e também da nossa infraestrutura física, ocupou grande parte do planejamento minucioso que tive a oportunidade de implementar, com o apoio dos meus pares, nos anos em que ocupei a Presidência dessa Casa: 2008, 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014.

Em anos anteriores, caminhamos a passos firmes para vencer o desafio de preservar a infraestrutura física do prédio sede do TCM e seus anexos. Entendendo que os elementos que representam risco futuro ao patrimônio coletivo devem ser eliminados, elaboramos um plano de recuperação, modernização e readequação do nosso edifício, considerado um dos patrimônios arquitetônicos e históricos da cidade. Nesse planejamento voltado à infraestrutura física, realizamos um total de 35 obras de infraestrutura. Entre elas, destacamos a construção da nova sede da Escola Superior de Gestão e Contas Públicas, inaugurada em outubro de 2011. Também chamamos a atenção para o projeto de eficiência energética desenvolvido nas instalações do TCM, substituindo as luminárias, lâmpadas e reatores por outros mais modernos, eficientes e econômicos, por meio de convênio firmado com a AES Eletropaulo, sem nenhum ônus para o Tribunal a ainda com economia na conta de energia.

As obras realizadas incluíram, ainda: Instalação de ar condicionado de precisão no Centro de Processamento de Dados para a necessária refrigeração dos aparelhos em tempo integral, evitando danos aos equipamentos, principalmente nos meses de calor excessivo; Troca dos transformadores e do grupo gerador para garantir o funcionamento de todos os equipamentos por até 8 horas em caso de queda de energia, evitando a interrupção das atividades; Modernização dos elevadores do Edifício Sede que, por serem muito antigos, tinham seu funcionamento paralisado constantemente por problemas técnicos e dificuldade de reposição de peças; Recuperação estrutural das placas de brise da cobertura do Edifício Sede (que pesam 1,5 ton) que poderiam atingir os transeuntes por

risco iminente de desplacamento; Aquisição de arquivos deslizantes, deslocando e aumentando o espaço para o armazenamento de processos, já que estávamos com rachaduras na área do prédio onde ficavam localizados; Substituição da aparelhagem antiga do sistema de ar condicionado do Edifício Sede, que apresentava problemas constantes, levando-se em conta os riscos à saúde e a manutenção mais barata dos novos equipamentos; Cabeamento para Racks do sistema de telefonia, evitando a paralisação dos equipamentos e o colapso na comunicação; Modernização do sistema de som e videoconferência que, por ser muito antigo apresentava problemas técnicos durante as sessões plenárias e outras atividades abertas do Tribunal; Readequação das áreas do Anexo I, com espaços maiores para arquivo e almoxarifado que estavam saturados, além da reforma do vestiário que apresentava problemas de vazamento e ventilação; Manutenção preventiva e corretiva nas galerias de água pluvial para evitar enchentes; Instalação de sistema de refrigeração nas casas de máquinas dos elevadores, mantendo a temperatura ideal para o funcionamento dos equipamentos, evitando danos ao maquinário; Readequação dos espaços da Portaria B para transferência de documentos e equipamentos que ficavam na Portaria A, localizada em área sujeita a enchentes, em algumas das quais as águas subiram quase dois metros, chegando perto do teto; Instalação de sistema de ventilação forçada nos sanitários devido à ausência de ventilação natural.

Ainda no campo da modernização da infraestrutura física podemos citar: Substituição da rede de cabeamento estruturado por motivo de obsolescência; Instalação de sistema de refrigeração na sala dos Nobreaks, evitando danos aos equipamentos por motivo de aquecimento excessivo; Execução de uma nova rede de abastecimento de água no Edifício Anexo II, que apresentava problemas de deterioração e vazamentos, com desperdício de água; Serviço de manutenção corretiva da impermeabilização dos reservatórios de água do Edifício Sede que oferecia riscos de infiltração por deterioração do material em função da vida útil; Limpeza dos dutos do sistema de ar condicionado para manter a salubridade, evitando riscos de doenças; Reforma dos sanitários que necessitavam de correções nos vazamentos, além da adaptação às normas de acessibilidade vigentes; Troca do sistema e dos aparelhos de telefonia móvel com modernização e economia; aquisição de um novo sistema de relógio de ponto digital, com uso de biometria; Conclusão do processo de transferência do Centro de Educação Infantil do Tribunal para a o Executivo Municipal, em Vila Mariana, o que fez com que a Prefeitura tivesse mais uma área para creche, enquanto este gasto saiu do orçamento do TCM, mantendo as crianças no local; Instalação de alambrado complementar junto ao gradil de divisa da Escola de Contas com a Secretaria de Esportes para aumentar a segurança do local; Substituição do cabeamento de elétrica por motivo de obsolescência; Correção de recalques e desníveis no piso do Anexo II, ocasionados por afundamento do solo de baixa resistência por ser o TCM localizado em uma região de várzea e enchente; Reforma nas instalações da cozinha do Edifício Anexo II, com a substituição de material danificado; Recapeamento do asfalto das ruas internas do TCM por problemas de desgaste e sinalização do solo; Limpeza e recuperação dos Jardins do TCM. Por motivo de readaptação e aposentadoria, o setor de jardinagem conta atualmente com apenas um funcionário para a execução

dos serviços; Levantamento Planialtimétrico e Cadastral de todas as áreas do TCM, dada a existência de um arquivo antigo e incompleto que dificultava o desenvolvimento das atividades dependentes desses dados.

Também implantamos o gabinete odontológico e conquistamos melhorias salariais para os nossos servidores. Em 2008, conseguimos resolver o problema de uma defasagem salarial que já se estendia por 12 anos, valorizando o trabalho dos servidores ao implantar um sistema de avaliação, por produtividade, do trabalho individual e coletivo.

Ainda durante o período de 2008 e 2010-2014, demos todo o nosso apoio às atividades da Escola de Contas, que integrou cursos de pós-graduação e especialização à sua grade, implantou cursos a distância, ampliou os seus cursos de curta duração, além da realização das palestras, treinamentos e workshops. Desde a construção da nova sede, em 2011, temos registrado o crescimento das suas ações não somente em números de alunos atendidos, mas também no grau de relevância das suas atividades. Um exemplo disso foi a ampla cobertura que a Rede Globo realizou, em 2014, em seus telejornais, sobre o treinamento contínuo realizado com gestores e funcionários das creches conveniadas para tratar da qualidade da alimentação escolar. Em termos quantitativos, apenas para darmos um parâmetro, em 2014 foram treinados 4.094 alunos, distribuídos em 98 turmas, o que representou um incremento de 26,4% em relação a 2013, que registrou a frequência de 3.239 participantes. Estudamos, ainda, a possibilidade de vincular a nossa área de treinamento à Escola de Contas, ampliando ainda mais as possibilidades de trabalho.

Já visitaram a nossa Escola, o então ministro da Educação e agora atual prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad, e autoridades municipais, estaduais e federais.Também visitaram o Tribunal de Contas ao longo do período de 2008 e 2010-2014, o então presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, a então Corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon, o presidente do Tribunal de Contas da União, João Ribeiro Augusto Nardes, senadores, deputados federais e estaduais, vereadores, secretários de Estado e Município, juristas, entre os quais Ives Gandra Martins, intelectuais, professores e conselheiros de Tribunais de Contas de todo o País.

Firmamos convênios e termos de parceria e cooperação com o Conselho Nacional de Justiça, Ministério Público do Estado de São Paulo, Rede Nossa São Paulo, Associação Paulista dos Magistrados, Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo, Associação dos membros dos Tribunais de Contas do Brasil e Instituto Rui Barbosa, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo, Associação Paulista de Medicina, Conselho Regional de Medicina, Instituto de Engenharia, Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos Municipais de São Paulo, Sindicatos dos Jornalistas do Estado de São Paulo, Internacional Business School, AES Eletropaulo, Junta Comercial do Estado de São Paulo, Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, Fundação Criança de São Bernardo do Campo, Fundação para Educação de

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PRESTANDO CONTASCampinas, Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Secretarias Municipais de Infraestrutura Urbana e Obras, Saúde, Educação, Esportes e Modernização, Gestão e Desburocratização, Câmara Municipal de Cotia, Prefeituras de Francisco Morato, Osasco, Guarulhos, Suzano, Atibaia, Franca, Barueri e Sorocaba.

Na direção das parcerias e compartilhamento de conhecimentos, assinamos o primeiro projeto de lei de autoria conjunta da Câmara Municipal e Tribunal de Contas que instituiu a política municipal de dados abertos e acesso à informação na administração pública direta e indireta no TCM e CMSP – o Programa Dados Abertos. A partir da parceria com a Câmara, fornecemos ao Legislativo Paulistano uma nova ferramenta de pesquisa, o Ábaco, software desenvolvido pelos nossos técnicos do Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) e da Coordenadoria de Desenvolvimento, que possibilita uma leitura hierarquizada e seletiva da base de dados do Sistema Orçamentário e Financeiro, oferecendo mais precisão e agilidade nos resultados das pesquisas. Aderimos à Rede de Controle de Gestão Pública, idealizada pelo Tribunal de Contas da União, para ampliar os horizontes da fiscalização pública.

Prestamos as nossas homenagens, por meio do Colar de Mérito “Prefeito Brigadeiro Faria Lima”, às seguintes personalidades públicas: ao então ministro do Superior Tribunal de Justiça, Massami Uyeda, ao então secretário municipal de Transportes e atual Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, ao jurista e professor doutor Ives Gandra da Silva Martins, ao então chefe da Casa Civil do Estado de São Paulo, Luiz Antonio Guimarães Marrey, ao saudoso ex-ministro da Saúde, professor doutor Adib Jatene e ao pianista e maestro João Carlos Martins.

Ao longo dos anos anteriores à frente da Presidência, somado ao exercício de 2014, investimos cerca de R$ 10 milhões para a expansão de soluções de tecnologia da informação, levando-se em conta o aumento dos serviços disponíveis na rede, o aumento de usuários, o crescimento da base de dados e os novos softwares desenvolvidos Criamos os nossos próprios sistemas de tratamento de informações, como Ábaco, Prisma, Sigma, Radar, Cubo Supri, Diálogo e Panorama, sendo esse último uma ferramenta única nos Tribunais de Contas do Brasil, destinado a gerenciar todas as atividades da área de fiscalização. Interligamos os sistemas de dados. Aumentamos o grau de automação da Base de Dados com acesso ao Sistema de Execução Orçamentária da Prefeitura. Informatizamos a análise de aposentadorias e pensões, reduzindo prazos para a realização do trabalho. Atuamos na aplicação da Política de Segurança da Informação, com treinamento adequado aos usuários. Em 2014, implementamos o sistema Átomo, que inclui a base de dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo. Estabelecemos, ainda, procedimentos para racionalizar e agilizar a tramitação dos nossos processos e análises de editais e representações.

Somente em 2014, foram levados a julgamento 1.734 processos, além de 19 Sessões de Balanços de Contas. Durante o exercício, foram autuados 4.932 processos.

Alcançamos os nossos objetivos e atualmente o TCM acompanha as recentes tendências mundiais do controle externo em que os núcleos de tecnologia da informação são instrumentos primordiais. Amparados pela tecnologia da informação, evoluímos para a vertente do controle externo concomitante, ultrapassando a mera verificação

dos aspectos formais e das análises “a posteriori”. Assim, evitamos prejuízos ao erário, especialmente nas obras de grande vulto, como é o caso das duas licitações dos corredores de ônibus, com valores estimados de R$ 4,7 bilhões e de R$ 2,4 bilhões que, como relator da matéria, determinei as suspensões, a primeira em janeiro de 2014 e a segunda em dezembro do mesmo ano - até que as irregularidades sejam corrigidas.

Com a correção de editais e outras medidas preventivas e corretivas, determinadas por este Tribunal, a Prefeitura evitou gastos da ordem de R$ 1,5 bilhões em quatro anos, resultado do acompanhamento de 2 mil processos entre 2010 e 2013.

Por meio de um estudo realizado pelo conselheiro Domingos Dissei sobre o contrato de financiamento da dívida firmado pela Prefeitura com a União em maio de 2000, demos a nossa contribuição ao Executivo Municipal e ao Senado. A relevância do nosso papel como órgão fiscalizador das contas públicas municipais tem sido reconhecida pela mídia e opinião pública. Em 2014, fomos citados em nada menos do que nove editoriais do jornal O Estado de S.Paulo, um dos mais prestigiados do País, todos valorizando o trabalho do TCM para conter os gastos públicos. Somente de textos da imprensa escrita foram 51 durante o ano. Em rádio, foram cerca de 140 menções em emissoras como Rádio CBN, Rádio Jovem Pan, Rádio Estadão e outras. Em TV, perto de 50 notícias nas principais emissoras do Brasil, como Globo, Bandeirantes, Record e Gazeta.

Em mais uma prova de reconhecimento do nosso trabalho, representei o Brasil e o Tribunal de Contas da União – a pedido do seu presidente, ministro João Augusto Nardes, na V Conferência Internacional Anticorrupção (V CAAI), realizada no Peru, evento promovido pela Controladoria Geral daquele País.

A manutenção da ISO 9001 – certificação que conquistamos em 1996, é prova de que estamos no rumo certo e que nosso quadro de funcionários está habilitado para os novos desafios. As metodologias de avaliação de desempenho e produtividade apresentam indicadores positivos e têm constatado um quadro de funcionários preparado e produtivo.

Além da diretriz de modernização das nossas estruturas e do nosso parque tecnológico que, como já mencionei, constou de todos os nossos planejamentos desde 2008, definimos mais quatro diretrizes básicas para o exercício de 2014: 1 - implantação da ouvidoria eletrônica do TCM; 2 - estudos preparatórios para a realização de concurso público; 3 - estudos e plano de ação para a implantação do processo eletrônico; 4 – estudos comparativos para a implantação do Sistema Geo-Obras e fortalecimento da área de engenharia do TCM.

No dia 27 de novembro, instalamos a nossa ouvidoria eletrônica, somando-se aos outros canais de comunicação já utilizados por esse Tribunal para a sua interlocução com cidadãos, órgãos, entidades e servidores públicos. Após a conclusão dos estudos, foi autorizada a realização do concurso, por meio do despacho dessa Presidência, publicado no Diário Oficial da Cidade no dia 2 de dezembro.

Os estudos comparativos para implantação de ferramenta

do Geo-Obras foram todos desenvolvidos. Enquanto aguardamos o início do funcionamento do Sistema de Controle de Obras Nacional, desenvolvido sob a coordenação do Instituto Rui Barbosa, o nosso Núcleo de Tecnologia da Informação e a Subsecretaria de Fiscalização e Controle apresentaram como alternativa o projeto Átomo-obras, integrando informações já disponíveis nos sistemas internos (Ábaco, Radar e outros).

Concluímos os estudos sobre o processo eletrônico e, de posse dos dados, estudamos agora a viabilização financeira para a sua implantação, haja vista o volume de recursos envolvidos da ordem de R$ 8,5 milhões.

Além do empenho para concretizar as quatro principais diretrizes fixadas para 2014, estão em fase de conclusão os estudos de dois Projetos de Lei desse Tribunal que serão encaminhados à Câmara Municipal de São Paulo. Um deles refere-se ao abono anual aos servidores desta Casa, a ser concedido em dezembro, nos moldes do que já ocorre no Executivo Municipal e na Câmara Municipal de São Paulo. O outro projeto diz respeito à concessão de auxílio saúde em forma de reembolso, sistema que vigora em vários órgãos como Superior Tribunal de Justiça, Conselho Nacional de Justiça, Tribunal de Contas da União, Ministério Público, entre outros, sendo uma alternativa ao aumento abusivo dos planos de saúde que tem se verificado nos últimos anos.

Desenvolvemos uma campanha dirigida aos nossos funcionários para incentivar o uso racional da água, diante da crise de abastecimento dos grandes reservatórios da região metropolitana de São Paulo. Criamos, ainda, um sistema interno para captação e cloração de água, que está sendo utilizada na limpeza de áreas externas e regas de jardim, de forma a preservar a água da Sabesp para outros fins, conferindo autonomia ao nosso abastecimento.

Firmamos a Permissão de Uso da área com dois bancos públicos, Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, para estabelecimento dos seus Postos Bancários nas dependências do Tribunal. Os valores recebidos foram para o Fundo Especial de Despesas do TCM que, em 8 de janeiro de 2015, apresentava um saldo de R$ 8.734.125,39. Esses recursos são usados na aquisição de mobiliários e equipamentos, e também em atividades culturais realizadas pela Escola de Contas.

Podemos dizer que cumprimos os nossos planejamentos fazendo poupança. Devolvemos um total de R$ 190.798.154,82 aos cofres públicos durante os anos em que estive na Presidência desta Casa.

Por fim, asseguro que em consonância com a importância do Município de São Paulo, perfilando-se entre as maiores e mais dinâmicas metrópoles mundiais, o nosso Tribunal está capacitado para exercer com competência sua missão constitucional de porta-voz da sociedade no âmbito do controle externo das contas públicas, funcionando das 7 às 19 horas para atender a população de São Paulo.

Boa leitura a todos.

Edson SimõesPresidente do Tribunal de Contasdo Município de São Paulo

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NOTAS

Um dos cartazes criados para a campanha de economia e uso racional

de água no TCM

Tribunal de Contas suspende duas licitações para construção decorredores de ônibus nos valores R$ 4,7 bilhões e R$ 2,4 bilhõesO presidente e relator Edson Simões suspendeu,

no dia 19 de dezembro de 2014, os editais de licitação da São Paulo Transporte para construção de novos corredores de ônibus na cidade, a fim de evitar possíveis prejuízos ao erário, já que as obras estão orçadas em R$ 2,4 bilhões.

Essa é a segunda licitação sobre corredores barrada pelo Tribunal. A primeira, no valor de R$ 4,7 bilhões, foi suspensa pelo TCM em janeiro de 2014, sendo posteriormente revogada pela São Paulo Transporte.

A abertura dos envelopes da nova concorrência estava prevista para o dia 5 de janeiro.As causas que motivaram a suspensão do novo

edital são as seguintes:• Ausência de comprovação de recursos orçamentários para arcar com os custos das obras;• Equívoco da Área Jurídica da Origem na aprovação da Minuta do Edital, ao mencionar que foram sanados todos os apontamentos verificados por este Tribunal de Contas, em editais de certames revogados pela Origem, com objetos correlatos aos presentes;• Ausência de indicação de recursos para o pagamento de desapropriações.

O relator fez, ainda, as seguintes recomendações à São Paulo Transporte:• Atualização dos elementos defasados das pré-qualificações, tendo em vista que a fase de

habilitação das licitantes ocorreu por meio dos procedimentos de pré-qualificação há mais de 1 (um) ano;• Inclusão de critério para dirimir dúvida sobre grafia de valores; • Inserção dos critérios de medição no processo administrativo de licitação;• Encarte de memórias de cálculo no processo administrativo de licitação;• Fixação de prazo para emissão da Ordem de Início do Serviço.

Ainda por determinação do relator Edson Simões, o pacote de obras deverá ser auditado desde a sua fase inicial até a conclusão.

TCM emite parecer favorável sobre Contas de 2013 da Prefeitura

Os conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por unanimidade, emitiram parecer favorável às Contas da Prefeitura

de São Paulo, relativas ao exercício de 2013. A decisão ocorreu durante a sessão extraordinária realizada no dia 25 de junho de 2014, no plenário do TCM. Estiveram presentes na sessão o secretário municipal de Negócios Jurídicos, Luis Fernando Massonetto; a secretária adjunta da Pasta, Marianna Sampaio; e o secretário adjunto da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, Fábio Pereira dos Santos.

O documento final sobre as Contas do Executivo Municipal de 2013, aprovado pelo Colegiado, teve como relator o conselheiro corregedor Domingos Dissei. O revisor foi o conselheiro Maurício Faria.

Na mesma data, os conselheiros aprovaram, também por unanimidade, os balanços referentes a 2013 da Câmara Municipal e do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, que tiveram como relator o conselheiro vice-presidente Roberto Braguim e como revisor o conselheiro João Antonio.

Contas de 2013 da Prefeitura de São Paulo são votadas em sessão extraordinária

TCM desenvolve campanha e cria sistema interno para captação de água

Por iniciativa do presidente Edson Simões, diante da crise de abastecimento dos grandes reservatórios da região metropolitana

de São Paulo, o TCM desenvolveu uma campanha de conscientização para o uso racional da água, dirigida a todos os servidores.

Além disso, criou um sistema interno para captação e cloração de água, que está sendo utilizada nos serviços de limpeza de áreas externas e regas de jardim, evitando o uso da água da Sabesp para esse fim, e conferindo autonomia ao nosso abastecimento. A instalação do sistema teve um custo mínimo de R$ 14.633,70.

Outras medidas também foram adotadas. As válvulas dos sanitários foram readaptadas para permitir a utilização de duas quantidades diferentes de água, de forma que seja alcançada uma economia de 50% no gasto do recurso. As torneiras passaram a ter controle de fluxo, para evitar que sejam esquecidas abertas ou com gotejamento.

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NOTAS

controle externo. Vossa Excelência vem e apresenta esta obra, juntando dois elementos importantes da sua história de vida: o primeiro deles é a sua vocação como pesquisador, o que é admirável; o segundo é sua vivência empírica, tanto da passagem pela política, em um momento passado e distante, em cargos públicos, como parlamentar, e mais de uma década de experiência neste Tribunal. Vossa Excelência juntou esses dois elementos para fazer essa importante obra: Tribunais de Contas – Controle externo das contas públicas.”

O conselheiro João Antonio ainda acrescentou: “Vossa Excelência faz um capítulo da mais alta importância, referindo-se à questão dos Tribunais de Contas no mundo, fazendo um apanhado do direito comparado nesta área, de maneira que, sem dúvida, este tema é da mais alta relevância. A obra que o senhor acaba de lançar contribuirá, e muito, não somente àqueles que estão no dia a dia dos Tribunais de Contas, mas orientando os alunos e os professores nas universidades, alertando para este tema tão importante e tão pouco abordado no Brasil: a questão do papel dos Tribunais de Contas no controle externo. Parabéns, senhor presidente, por essa magnífica obra.”

Na sessão plenária do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, realizada no dia 23 de julho de 2014, o

conselheiro João Antonio cumprimentou o presidente Edson Simões pelo lançamento do livro Tribunais de Contas – controle externo das contas públicas, classificando a recente publicação como “magnífica obra” que analisa o desenvolvimento dos Tribunais de Contas no Brasil e no mundo e a competência desses órgãos.

Ao pedir a palavra, assim se manifestou o conselheiro João Antonio:

“Senhor Presidente, eu peço a palavra para parabenizá-lo pelo importante trabalho de pesquisa que Vossa Excelência

acaba de lançar pela Editora Saraiva. Todos nós sabemos que existe uma lacuna no que diz respeito aos estudos e à doutrina da matéria de controle externo, especificamente sobre a questão dos Tribunais de Contas do Brasil. Eu noto que, mesmo nas universidades, as matérias afins, como Direito Administrativo, Direito Financeiro, Direito Tributário, ainda carecem de um aprofundamento maior, de um estudo mais profundo sobre o papel dos Tribunais de Contas no

O presidente Edson Simões, acompanhado pelo vice-presidente e relator da função Educação, Roberto Braguim, e pelo conselheiro corregedor Domingos Dissei,

participou, no dia 17 de novembro de 2014, de visita técnica a uma das empresas distribuidoras de alimentação escolar “in natura” destinada a creches do município de São Paulo.

A visita foi motivada por relatos de funcionários de creches durante as aulas de Alimentação Escolar, ministradas na Escola de Contas do TCM, que indicaram eventual descumprimento de cláusulas do contrato firmado entre a Prefeitura e as empresas distribuidoras de alimentos.

Os conselheiros Roberto Braguim e Domingos Dissei pediram esclarecimentos aos representantes da empresa sobre eventuais irregularidades denunciadas e alertaram que a fiscalização do TCM estará atenta e cobrará medidas para evitar problemas na execução contratual. O presidente Edson Simões ratificou a posição dos conselheiros em relação à matéria.

Com a finalidade de analisar uma nova proposta de pavimentação asfáltica para as calçadas da cidade, o conselheiro corregedor Domingos Dissei participou de uma

visita técnica à Superintendência das Usinas de Asfalto da Prefeitura de São Paulo (SPUA), no dia 10 de novembro de 2014. Segundo técnicos da unidade, a camada asfáltica nas calçadas deve ter de 1 a 1,5 cm de espessura. Como o composto original para o piso absorve muito calor, a solução encontrada foi pintar a calçada na cor cinza, reduzindo o nível de calor.

Como autor da proposta voltada ao aperfeiçoamento da fiscalização da Operação Tapa-Buraco, no âmbito do TCM, o conselheiro Dissei também se interessou pelas informações sobre o andamento atual dos trabalhos, verificando as prioridades nas obras feitas pela Prefeitura.

Na oportunidade, o conselheiro aproveitou para vistoriar as instalações locais, desde a chegada e pesagem dos caminhões, passando por maquinário e laboratórios de análise dos materiais produzidos para pavimentação e recapeamento de vias na cidade.

Capa do livro Tribunais de Contas – controle externo das contas públicas

Presidente Edson Simões, vice-presidente Roberto Braguim e corregedor Domingos Dissei durante visita

Conselheiro corregedor Domingos Dissei e assessores de seu gabinete analisam calçada com nova pavimentação

Conselheiro João Antonio homenageia presidente Edson Simões pelo lançamento de livro sobre Tribunais de Contas

Conselheiros do TCM visitam centro de distribuição de alimentação escolar

Corregedor do TCM faz visita técnicaa novo projeto para calçadas

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DIRETRIZESDiretrizes executadas no exercício de 2014

No dia 21 de janeiro de 2014, ao tomar posse, o presidente Edson Simões anunciou as quatro principais

diretrizes para o exercício que se iniciava, a saber:

1 – Realização de estudos para operacionalização da Ouvidoria Eletrônica;2 – Concurso Público para suprir as vacâncias no quadro geral de pessoal do TCM, em virtude de aposentadorias;3 – Implantação do Sistema Geo-Obras e fortalecimento da área de engenharia;4 – Implantação do Processo Eletrônico.

Ao longo de todo o exercício, diversos trabalhos foram realizados para a concretização dessas diretrizes:

1 - A Ouvidoria Eletrônica foi instituída por meio da resolução 06/2014, após a conclusão dos estudos constantes do processo TC nº 1.399.14-05. Iniciou as suas atividades no dia 27 de novembro, somando-se aos outros canais de comunicação já utilizados por esse Tribunal para a sua interlocução com cidadãos, órgãos, entidades e servidores públicos;

2 - O concurso para provimento de 40 cargos de Agente de Fiscalização, tratado nos autos do TC 1.554/12-96, foi autorizado por meio de despacho da Presidência, publicado no Diário Oficial da Cidade no dia 2 de dezembro. Na mesma data, foram designados os membros integrantes da Comissão de Concurso Público do TCM, para tratar dos detalhes técnico-operacionais para o ingresso de servidores no Quadro de Pessoal dessa Casa. A primeira reunião da Comissão foi realizada no dia 9 de dezembro;

3 - Os estudos comparativos para implantação de ferramenta do Geo-Obras foram todos desenvolvidos. Foi avaliado, por exemplo, o projeto Geo-Obras adotado pelo Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso, que tem um sistema com o maior número de funcionalidades já desenvolvidas contemplando, inclusive, as informações do andamento físico das obras. Todavia, integram a solução do TCE-MT o uso do banco de dados Oracle e outros aplicativos que, segundo estimativas do nosso Núcleo de Tecnologia da Informação, implicam gastos iniciais da ordem de dois milhões e duzentos mil reais.

Entretanto, um grupo coordenado pelo Instituto Rui Barbosa, formado por servidores de diversos Tribunais de Contas, tem trabalhado no desenvolvimento do Sistema de Controle de Obras Públicas Nacional, que está em fase de especificação. O esforço de implantação é semelhante ao empregado no Geo-Obras do TCE do Mato Grosso, com a diferença de ser um sistema desenvolvido para plataforma Web e em código aberto, com interface com qualquer um dos padrões de bancos de dados mais utilizados. Em 5 de dezembro de 2014, as especificações do Sistema Geo-Obras Nacional já estavam prontas e disponibilizadas no site do Grupo de Trabalho do Instituto Rui Barbosa. Tais especificações serão analisadas pela Comissão Executiva do Projeto Nacional, que definirá a forma de contratação do seu desenvolvimento e também a forma de participação dos Tribunais de Contas. O prazo estimado para a ferramenta entrar em funcionamento é junho de 2015.Enquanto se aguarda a finalização do Sistema de Controle de Obras Nacional prevista, como já foi dito, para junho de 2015, o NTI, em conjunto com a equipe da Coordenadoria VII da SFC, apresentou como alternativa o projeto Átomo-

obras, que representa o desenvolvimento pelo NTI de telas e funcionalidades dentro do sistema Átomo que, ainda que não tenha a amplitude dos sistemas citados – do TCE do Mato Grosso e Sistema de Controle de Obras Públicas Nacional -, integra informações já disponíveis nos sistemas internos (Ábaco, Radar e outros).

4 - Em relação ao processo eletrônico, os estudos foram todos desenvolvidos e incluíram:4.1. Apresentação sobre Processo Eletrônico para áreas técnicas e eventuais envolvidos com vistas à uniformização de conceitos;4.2. Levantamento das ferramentas de processo eletrônico implantadas em Tribunais de Contas e Tribunais de Justiça Brasileiros, com realização de visitas ao TCE-MS e TCE-PI e participação em palestra promovida pela OAB/SP sobre o peticionamento eletrônico junto ao TJ/SP e TRT da 15ª Região.;4.3. Apresentação técnica de ferramentas identificadas para avaliação de funcionalidades e aderência aos processos produtivos do Tribunal de Contas do Município de São Paulo;4.4. Identificação de questões técnicas adjacentes à implantação de processo eletrônico e sua viabilização operacional (p. ex. assinatura eletrônica; dimensionamento de equipamentos, ganhos de produtividade em processos de trabalho etc.);4.5. Elaboração do Termo de Referência para contratação de ferramenta de processo eletrônico;4.6. Monitoramento do Pregão Eletrônico realizado pelo TCM/RJ para contratação de ferramenta de processo eletrônico;

Ao término dos estudos técnicos e de posse dos dados, estuda-se agora a viabilização financeira para a sua implantação, haja vista o volume de recursos envolvidos, da ordem de R$ 8,5 milhões.

Além do empenho para concretizar as quatro principais diretrizes fixadas para 2014, estão em fase de conclusão os estudos de dois Projetos de Lei desse Tribunal que serão encaminhados à Câmara Municipal de São Paulo. Um deles refere-se ao abono anual aos servidores desta Casa, a ser concedido em dezembro, nos moldes do que já ocorre no Executivo Municipal e na Câmara Municipal de São Paulo desde 2007 e 2009, respectivamente. O abono, a ser pago em parcela única, não poderá ultrapassar o valor correspondente ao QTC- 02 da tabela de vencimentos básicos (em torno de R$1.350,00), não será incorporado aos vencimentos, salários e proventos, e sobre ele não incidirá quaisquer vantagens a que faça jus o servidor.

O outro projeto diz respeito à concessão de auxílio saúde em forma de reembolso, sistema que vigora em vários órgãos como Superior Tribunal de Justiça, Conselho Nacional de Justiça, Tribunal de Contas da União, Ministério Público, entre outros, sendo uma alternativa ao aumento abusivo dos planos de saúde que tem se verificado nos últimos anos. A Amil – operadora do sistema de saúde coletivo dos servidores desta Casa, propôs para 2014 um reajuste inicial de 130%. Após inúmeros debates, chegou-se ao valor de 49% (quarenta e nove por cento), considerado ainda muito elevado, acima da inflação e incompatível com o reajuste dos servidores, que foi de 5,74%. O cenário foi o mesmo em 2013, com um reajuste de 91%, elevadíssimo para os servidores que tiveram um aumento de apenas 7% naquele ano. Os aumentos dos últimos dois anos, considerados

impagáveis, somaram 140%.

Realizações das áreas técnico-administrativas do TCM:

SECRETARIA GERAL:

Foram levados a julgamento 1.734 (um mil, setecentos e trinta e quatro) processos em 2014, além de 19 (dezenove) Sessões de Balanços de Contas. Durante o exercício, foram autuados 4.932 processos.

SUBSECRETARIA DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE:

Além dos estudos e atividades para a implantação da ferramenta de Processo Eletrônico e Implantação de ferramenta de fiscalização de obras (Geo-Obras), já citados acima, podemos mencionar como as principais realizações da SFC:

1. Melhorias realizadas nos Sistemas da Subsecretaria de Fiscalização e Controle: 1.1. Nova versão do Átomo/Radar: Desenvolvida em parceria com o Núcleo de Tecnologia da Informação, a nova versão do sistema Átomo-Radar inclui a base de dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), permitindo o acesso a informações de todos os estabelecimentos comerciais do Estado de São Paulo. É uma importante ferramenta que, somada às outras já em funcionamento, torna ainda mais eficientes as atividades fiscalizatórias desse Tribunal em prol do Município de São Paulo, especialmente nas áreas de fiscalização e contratos.

1.2. Átomo / Panorama: Prossegue a inclusão do PANORAMA no ÁTOMO, o que permitirá sua integração com o RADAR e o SIGMA e resultará numa gama ainda maior de pesquisas — como a localização do TC de uma licitação, facilitando a realização de operações do dia a dia, como a emissão de OSs.

1.3. Panorama: Em julho de 2014 entrou em produção a nova versão do PANORAMA, com mais filtros, novos relatórios e novas modalidades de consulta, que propiciam pesquisas mais simples e poderosas, como a consulta de tarefas.

1.4. Ábaco: Em setembro de 2014, em uma parceria com a Coordenadoria de Contabilidade, os dados da execução orçamentária do TCM foram inseridos no ÁBACO, o que facilitou muito o acesso a tais informações, que não estão disponíveis no SOF.

1.5. Diálogo: O desenvolvimento avançou com a codificação de diversas funcionalidades do DIÁLOGO. Em razão da aprovação da Resolução 5/2014 e da Instrução 1/2014, em março de 2015 será feito, em parceria com a Controladoria Geral do Município e a SF, um piloto da implantação do sistema.

1.6.Cubo SUPRI: Em fevereiro o TCM passou a acessar a base de dados do SUPRI a qual permite, dentre outras pesquisas, a comparação de preços e quantidades de insumos adquiridos pelos órgãos da PMSP de diversos fornecedores e a detecção de aquisições que fogem à normalidade.

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DIRETRIZES

2. Reconcepção dos Relatórios de Função de Governo: A Subsecretaria de Fiscalização e Controle vem aprimorando ano a ano os Relatórios de Função que integram o relatório Anual de Fiscalização do Executivo. Dessa maneira, foram emitidas novas diretrizes para os relatórios que avaliam o desempenho das seguintes funções de governo: Educação, Saúde, Transportes, Urbanismo, Gestão Ambiental, Habitação e Assistência Social. Por meio dos relatórios de função busca-se avaliar os resultados dos principais programas de governo, os resultados dos seus indicadores de desempenho e mensurar a produção de serviços à população.

3. Projeto Piloto de Georreferenciamento das Despesas Públicas: Este projeto, realizado em parceria com a Rede Nossa São Paulo, tem como propósito desenvolver metodologia que permita a criação e manutenção de indicadores de desempenho regionalizados, com foco na regionalização do gasto público. Seus objetivos são:3.1. Medir a desigualdade social por distrito do município de São Paulo;3.2. Gerar planilha que segmente o gasto público por distrito do município, relacionando-o com projetos/atividades e/ou com as metas do Programa de Metas; 3.3. Produzir metodologia para atualizar periodicamente essas informações.Como projeto para o piloto, serão abordados os gastos públicos com:1 - Organizações sociais que são conveniadas com a Secretaria Municipal de Educação (SME); 2 - Os principais projetos/atividades da SME como por exemplo: Ampliação de Vagas de Educação Infantil, Dinheiro na Escola, Informática Educativa, Leve Leite, Minha biblioteca, Obras e Manutenção, Nas Ondas do Rádio, Programa Visão do Futuro, Programa Contraturno Escolar, Educação Etnicoracial e Sala Espaço de Leitura; e3 - O Programa de Metas 2013-2016 do Município de São Paulo.Com essa finalidade, têm sido realizadas reuniões e/ou videoconferências quinzenais para discussão das etapas do projeto e definição de seus produtos. Em 10 de outubro de 2014 foi apresentada a primeira estrutura de dados elaborada pelo TCM, já com georreferenciamento para o acompanhamento do Programa de Metas.

4 - Montantes Fiscalizados entre Janeiro e Novembro de 2014

Acompanhamentos Quantidade Valor (R$)

Edital 69 7.442.422.846,04

Representação 29 2.867.783.638,92

Execução Contratual 51 1.611.754.604,51

NÚCLEO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO: 1 - Aprimoramento e/ou desenvolvimento dos seguintes sistemas:1.1. Sistema SIGMA: Readequação da rotina de anexação de documentos às bases de dados, permitindo que qualquer área do TCM relacione documentos a processos cadastrados no sistema.

1.2. Sistema RADAR: Desenvolvimento e implantação do módulo EMPRESAS, disponibilizando os dados obtidos

através do convênio estabelecido entre o TCM e JUCESP – Junta Comercial do Estado de São Paulo (empresas, ramo de atividade, composição societária e outros).

1.2.1. Implantação de funcionalidade de Envio de Notificações, permitindo que o interessado por determinada informação do sistema RADAR seja automaticamente notificado por e-mail sempre que houver uma nova publicação ou alteração de status.

1.3. Sistema ÁBACO: Inclusão dos dados da execução orçamentária do TCMSP no sistema, uma vez que os mesmos não estão disponíveis no SOF.

1.4.Sistema DIÁLOGO: Desenvolvimento em ambiente WEB (internet) de sistema para acompanhamento das determinações do TCM. Implantação de piloto previsto para o 1° trimestre de 2015 com a participação da Controladoria Geral do Munícipio e a Secretaria de Finanças.

1.5.Sistema PANORAMA: Desenvolvimento de novos relatórios e consultas demandados pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle. 1.5.1. Integração do sistema PANORAMA no sistema unificado ÁTOMO, com previsão de implantação para o 4° trimestre de 2015.

1.6. Sistema OUVIDORIA: Adequação do sistema de ouvidoria desenvolvido pelo SERPRO para utilização pela ouvidoria do TCMSP e a criação de funcionalidades para envio de informações através de dispositivos móveis (tablets e smartphones).

1.7.SDP – WEB (SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE PROCESSOS): Desenvolvimento de implantação de novos relatórios com possibilidade de exportação de dados para planilhas Microsoft Excel.

1.8. Readequação da rotina de anexação de documentos às bases de dados, permitindo que qualquer área do TCM relacione documentos a processos cadastrados no sistema.

2 - Criação das seguintes aplicações na plataforma SharePoint:

ÁREA APLICATIVO

Secretaria Geral Cadastro de Apenados

Cartório Controle de Processos Cartório

Coord. Recursos Humanos Declaração de Família 2014

Coord. Recursos Humanos Declaração de Servidores Ativos

Coord. Recursos Humanos LND 2014

Gabinete Cons. João Antônio

Controle de Processos

Biblioteca Sumário de Periódicos

3 - Definição, elaboração e implantação do novo layout dos sites do TCM na Intranet e na Internet.

4 - Implantação de relatórios no site da Intranet, mais especificamente na página de Consulta de Ponto, permitindo consultas de Enquadramento Funcional, Tempo para Aposentadoria, Adicionais

e Anomalias de Ponto.

5 – Infraestrutura e Redes:5.1. Modernização e reconfiguração do sistema de telefonia VOIP;5.2. Aquisição e implantação de solução de segurança de acesso à internet, permitindo a criação de redundância entre firewall primário e secundário e aplicação de regras de navegação;5.3. Aquisição e implantação do software Center Operations Manager para gerenciamento e análise do ambiente virtualizado do TCMSP (50 servidores);5.4. Estudo e elaboração de Termos Técnicos de Referência para a ampliação e modernização da tecnologia atual de armazenamento de dados e backup. Previsão de contratação para o 1° trimestre de 2015;5.5. Aquisição, implantação e configuração de concentradores de rede Core S4 Enterasys, concentradores de borda Entersys B5, passagem de 48 novos pares de fibra óptica para interligar o CPD principal e o secundário.

6 – Suporte ao usuário final: 6.1. Implantação, suporte e treinamento do Sistema TID – Tramitação Interna de Documentos (125 servidores capacitados pela equipe de Suporte);6.2. Implantação de Outsourcing de Impressão (77 impressoras multifuncionais);6.3. Implantação e readequação física de 91 pontos de rede;6.4. Realização de 4.673 atendimentos de suporte.

SUBSECRETARIA ADMINISTRATIVA:

1 – Coordenadoria Administrativa:

1.1. Substituição do forro da Copa do 2º andar do Edifício Sede;1.2. Substituição do forro do salão do restaurante do Anexo II;1.3. Instalação das novas portas de passagem da cozinha para o salão do restaurante do Anexo II;1.4. Instalação de novo modelo de filtro na coifa da cozinha do Anexo II, obtendo melhorias no sistema de exaustão;1.5. Reforma de adequação da entrada da Garagem Subterrânea, com a instalação de gradil e portão;1.6. Reforma para mudança de layout no Gabinete do Conselheiro João Antonio;1.7. Reforma para mudança de layout no Gabinete do Conselheiro Domingos Dissei;1.8. Instalação das novas luminárias e de sistema de ventilação no salão do arquivo deslizante da Coordenadoria Processual, no Anexo I;1.9. Instalação de aparelho de refrigeração de ar na sala do expediente do arquivo da Coordenadoria Processual, no Anexo I;1.10. Realização de poda corretiva de árvores na Rua B, para restabelecer o equilíbrio das árvores localizadas junto ao Anexo I e Escola de Contas;1.11. Implantação do novo sistema de controle do almoxarifado, compatível com a plataforma do NTI;1.12. Obtenção do AVCB do prédio da Escola de Contas;1.13. Contratação de empresa para elaboração do projeto de adequação dos edifícios do TCMSP ao projeto aprovado pelo Corpo de Bombeiros para prevenção contra incêndio;1.14. Licitação para limpeza e fechamento do caixão perdido localizado sob a laje do 2º andar do Edifício Sede;1.15. Implantação do sistema para captação e cloração de água, incluindo o seu tratamento, para uso de rega e

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Com apoio da Presidência, o Núcleo de Tecnologia da Informação, em parceria com a

Coordenadoria VII da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, concluiu e apresentou a nova versão do Sistema Átomo-Radar, que inclui a base de dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp). A apresentação foi realizada no dia 16 de dezembro de 2014 e reuniu servidores das áreas técnicas e de gabinetes no auditório do TCM.

Na abertura do evento, o presidente Edson Simões ressaltou a relevância desse sistema “por meio do qual o Tribunal passa a ter acesso a informações de todos os estabelecimentos comerciais do Estado de São Paulo. É uma importante ferramenta que, somada a outras já em funcionamento, torna ainda mais eficientes as atividades fiscalizatórias desse Tribunal em prol do Município de São Paulo. E tudo isso a um baixo custo, totalizando R$ 10 mil em cinco anos, período em que foram realizadas as tratativas e o desenvolvimento do sistema”, disse Simões.

Segundo o coordenador da CVII, Dilson Ferreira Júnior, estão à disposição dos usuários do sistema as informações sobre empresas multinacionais, comunitárias e empresas individuais localizadas no estado de São Paulo. “São 8 milhões de sócios e 6 milhões de empresas, totalizando 14 milhões de registros, com atualização diária. Incluímos também no sistema os atos das empresas, como mudança de sócios, aumento de capital e alteração de endereço”, explicou.

Átomo-Radar é o mais novo sistema de tratamento de informações

desenvolvido pelo TCM

Presidente Edson Simões; subsecretário da SFC, Lívio Fornazieri; chefe do NTI, Mario Toledo Reis, e o coordenador da

CVII, Dilson Ferreira Júnior

TCM como fiscal de recursos públicos, citando que o presidente e relator Edson Simões suspendeu a licitação dos corredores em janeiro de 2014, a primeira do ano, por falta de recursos e projeto básico incompleto.

No texto opinativo publicado em 16 de outubro, o jornal elogiou o presidente e relator Edson Simões, dizendo que ele agiu de forma correta ao barrar a licitação para a compra de 300 radares de fiscalização nos ônibus, o que foi causado por 12 irregularidades no edital.

Um outro texto opinativo, datado de 27 de setembro, sugere que seja dobrado o investimento público em transportes e cita o TCM, de forma elogiosa, ao dizer que, numa decisão acertada, o Tribunal suspendeu a licitação da Prefeitura de R$ 4,7 bilhões para a construção de 150 quilômetros de corredores de ônibus, o que foi motivado por projeto executivo incompleto e falta de comprovação de recursos orçamentários.

Em 27 de agosto, outro editorial falou sobre as medidas preventivas que o Tribunal de Contas do Município vem tomando para evitar falhas relevantes nos projetos do Executivo e desperdício de recursos públicos.

No dia 5 de agosto, o jornal publica mais um editorial ressaltando que o TCM tem cumprido com rigor a sua missão de órgão de controle externo. Cita, na oportunidade, que o presidente e relator Edson Simões suspendeu a licitação para instalação de câmeras de monitoramento de trânsito.

Outro texto opinativo, de 27 de julho, questionava proposta do Executivo Municipal de criar 800 novos cargos para auditar as contas da Prefeitura, em uma estrutura que o editorialista julgou desnecessária na medida em que seria paralela à do TCM.

Em 15 de abril, um outro editorial lamentou a qualidade dos serviços de remoção de corpos na capital. Afirmou que, depois de julgar irregulares as últimas prestações de contas do Serviço Funerário, o TCM destacou em relatório que isso ocorreu devido à “constatação de deficiências observadas neste e em exercícios anteriores.”

Por fim, o primeiro editorial do ano, publicado em 12 de janeiro, defendia a decisão do presidente do TCM, Edson Simões, de determinar a suspensão da licitação para construção de 150 quilômetros de corredores de ônibus ao custo de R$ 4,7 bilhões, ideia retomada em outros editoriais, conforme já citado.

Nas reportagens de TV, por sua vez, os telejornais da Rede Globo, Bom dia Brasil, Bom dia São Paulo e SPTV destacaram várias medidas tomadas por conselheiros do TCM, como a determinação do presidente Edson Simões para que a empresa São Paulo Transporte (SPTrans) tome providências contra a empresa de ônibus Sambaíba que, de acordo com análise e investigação do TCM, tem descumprido sistematicamente o contrato celebrado com a empresa estatal para transportar passageiros em seus coletivos, trazendo dificuldades à população e a seus funcionários, com prejuízos da ordem de R$ 260 milhões (R$ 460 milhões em valores atualizados) à Prefeitura.

Também foram destaque nas reportagens de TV as irregularidades encontradas pelo TCM na entrega da

merenda nas escolas da capital, com entrevistas do conselheiro vice-presidente e relator Roberto Braguim, e o treinamento de funcionários de creches conveniadas, por meio da Escola de Contas, para fiscalizar a qualidade da merenda, atividade sob a responsabilidade do conselheiro Domingos Dissei. O Tribunal intensificou, em 2014, a fiscalização dos gastos com a merenda, ao constatar que a Prefeitura dispende recursos da ordem de R$ 656 milhões anuais com merenda destinada a 2 mil unidades da própria rede municipal e da rede conveniada.

limpeza de áreas externas.

2 - Coordenadoria de Contabilidade e Finanças:

A Coordenadoria de Contabilidade e Finanças, por meio do Coordenador Chefe e do Supervisor de Registro Contábil participa, juntamente com técnicos da Subsecretaria de Fiscalização e Controle e da Escola de Contas deste Tribunal, bem como de servidores da Câmara Municipal e da Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico do município de São Paulo, de grupo de estudos sobre a aplicação das Normas Contábeis Aplicadas ao Setor Público que, por determinação legal, deverão ser totalmente implantadas em 2015. Tais reuniões têm se mostrado bastante produtivas, haja vista que as normas buscam uniformizar procedimentos contábeis em nível nacional para convergi-los às normas internacionais. Em paralelo, o Coordenador Chefe de Contabilidade e Finanças participa também de subgrupo de estudo específico de custos, um dos enfoques das normas, também com integrantes da Escola de Contas, da Câmara e da Secretaria de Finanças. O objetivo dos grupos é propor à administração municipal entendimentos já consolidados sobre a forma das operações contábeis a ser adotada nas administrações direta e indireta que, ao final, irão compor as contas consolidadas do município.

3 - Coordenadoria de Recursos Humanos:

3.1. Instituição do recadastramento dos servidores ativos;3.2. Disponibilização, na Intranet, das ocorrências que geram descontos nos vencimentos dos servidores para conferência, antes do processamento da folha de pagamento;3.3. Introdução, no sistema que processa a folha de pagamento, dos “Cursos Realizados” e dos “ Dependentes Previdenciários”, com a importação dos dados existentes em sistema paralelo, passando a controlar as informações em apenas um sistema, otimizando o trabalho;3.4. Introdução da “Ficha de Vencimentos” física, utilizada pela Unidade Técnica de Folhas de Pagamento, no sistema que processa a folha, passando a efetuar o controle eletrônico das informações.

Todo esse nosso trabalho ganhou reconhecimento da mídia e opinião pública. Prova disso foi a quantidade de editoriais e textos jornalísticos em geral, na imprensa nacional e paulistana, TV, Rádio e Internet que destacaram o Tribunal de Contas do Município de São Paulo e o seu empenho na contenção e controle de gastos de recursos essenciais à população, citando-o como um dos baluartes da moralidade administrativa na cidade. Nada menos do que nove editoriais do jornal O Estado de S.Paulo, um dos mais prestigiados do País, foram publicados neste período enaltecendo o trabalho do Tribunal. Cinco reportagens nos telejornais da Rede Globo, a maior do País, também destacaram, de forma elogiosa, as atividades do TCM em prol da boa governança.

No editorial publicado no dia 28 de dezembro, o jornal enfatiza que a atuação dos Tribunais de Contas tornou-se mais intensa e rigorosa nos últimos anos, destacando a adequada atitude do presidente e relator Edson Simões ao suspender a licitação para novos corredores de ônibus, com obras orçadas em R$ 2,4 bilhões.

Em 14 de dezembro, outro editorial destaca o papel do

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CONVÊNIOSTCM firma parceria com Rede Nossa São Paulo

O presidente Edson Simões assinou um convênio com a Rede Nossa São Paulo, para estabelecer cooperação

mútua com o objetivo de tornar disponível os indicadores técnicos referentes às diferenças sociais entre as regiões da capital paulista. O coordenador da Secretaria Executiva da Rede, Mauricio Broinizi, esteve presente no evento realizado no dia 24 de julho de 2014, representando a entidade.

A ideia da parceria surgiu durante visita do presidente Edson Simões à sede da Rede Nossa São Paulo. Posteriormente, durante encontro realizado no TCM, foram discutidas questões que poderiam fazer parte do acordo. Na ocasião, o coordenador geral da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew, demonstrou preocupação com as desigualdades existentes nas diversas regiões da cidade.

Sobre o convênio, com vigência de 12 meses, o representante da Rede Nossa São Paulo desejou que esse passo fosse “o início de várias parcerias e ações para aproximar as organizações da sociedade ao Tribunal de Contas, para o avanço da transparência, da informação correta, que a sociedade precisa receber sobre as contas públicas. A gestão do TCM, do presidente Edson Simões, marcará na história de São Paulo essa nova perspectiva de lidar com as contas públicas, traduzindo essa matéria complicada para a sociedade entender. Não é simples compreender esses investimentos, os gastos públicos em uma cidade tão complexa como São Paulo”, salientou Broinizi.

O presidente Edson Simões ressaltou a importância das organizações da sociedade civil de uma forma geral. “Em relação à Rede Nossa São Paulo, considero uma entidade de peso, que atua com base científica. Então, quando externa determinada posição ou análise de situações concretas, faz com base sólida. Esse tipo de atuação deve ser valorizada e servir como paradigma se quisermos alcançar a condição de país desenvolvido, um modelo para outras organizações que lidam com questões ligadas às estruturas econômicas e sociais”.

Acrescentou que “nessa primeira etapa, disponibilizaremos todas as informações relacionadas aos indicadores sociais do município de São Paulo, pois esses dados técnicos possibilitarão à Rede Nossa São Paulo formatar, cientificamente, um quadro representativo das distorções existentes nas diversas regiões da capital”, avaliou o presidente do TCM.Ao concluir, o presidente Edson Simões destacou que “a missão dos Tribunais de Contas e a das organizações da

sociedade civil, como a Nossa São Paulo, tem vários aspectos em comum. Entre eles está o de discutir, reivindicar aquilo que a cidade de São Paulo necessita, ou seja, um replanejamento e, portanto, uma melhoria na qualidade de vida da população como um todo, que, por meio do pagamento de tributos, financia o funcionamento das instituições da área pública.”

Tribunal de Contas e SEAM firmam Termo de Cooperação

O presidente do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, Edson Simões, assinou um Termo

de Cooperação com o presidente da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos Municipais de

São Paulo (SEAM), Enéas José Arruda Campos, para a capacitação dos associados da entidade, por meio dos cursos ministrados pela Escola de Contas do TCM. O convênio foi firmado, no dia 21 de agosto de 2014, na

presença do conselheiro corregedor Domingos Dissei.

O presidente Edson Simões elogiou a iniciativa do conselheiro Dissei, que formalizou os termos do convênio, lembrando que “ele é o primeiro engenheiro a ingressar no TCM”. Simões destacou a importância da parceria com associações que representam os engenheiros, profissionais que classificou como “verdadeiros construtores das cidades” e que têm papel fundamental na qualidade de vida e nos serviços oferecidos aos munícipes. “É uma honra para o TCM poder contribuir, por meio da nossa Escola de Contas, com a capacitação desses profissionais que atuam na área pública municipal e que possuem um papel tão importante para a humanidade”, disse Simões.

O conselheiro corregedor Domingos Dissei demonstrou satisfação com a parceria, “porque um funcionário capacitado e bem treinado oferece bons serviços aos contribuintes. Vamos somar esforços para melhorar cada vez mais os serviços oferecidos aos cidadãos paulistanos”.

Na sequência, o presidente da SEAM, Enéas Campos, ressaltou que o convênio com o TCM foi uma das melhores ações ocorridas durante a sua gestão na entidade. “Agradeço ao presidente Edson Simões e ao conselheiro Dissei pela oportunidade de firmamos essa parceria.”

Presidente do TCM, Edson Simões; conselheiro corregedor do TCM, Domingos Dissei; presidente da SEAM, Enéas Campos; o primeiro vice-presidente da Associação, João Ariovaldo D´Amaro; o diretor cultural da SEAM, Célio da Cunha Campello, e os

assessores do gabinete do corregedor Domingos Dissei, José Tibério Hidalgo Gonçalez e Domingos Alberto de Miranda Gonçalves

Presidente do TCM, Edson Simões; secretário executivo da Rede Nossa São Paulo, Mauricio Broinizi; subsecretário de Fiscalização e Controle, Lívio Fornazieri; chefe de gabinete da Presidência, Miguel Kirsten, e o assessor da Presidência, Moacir Assunção

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Presidentes do TCU e do TCM assinam acordo de cooperação técnica

O presidente do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, Edson Simões, e o presidente do Tribunal de Contas

da União (TCU), João Augusto Ribeiro Nardes, firmaram, no dia 12 de agosto de 2014, um Acordo de Cooperação Técnica para parceria em trabalhos de auditoria e fiscalização, além de cooperação técnico-científica, intercâmbio de conhecimentos, informações e experiências. Estiveram presentes, o conselheiro corregedor Domingos Dissei e os conselheiros Maurício Faria e João Antonio.

Durante o evento para a assinatura do Acordo, na sede do TCM, o presidente Simões manifestou, em nome do Colegiado, a satisfação e a honra de poder trabalhar em parceria com o TCU “um órgão secular, criado em 1890, que tem uma trajetória de excelência nos trabalhos que realiza”.

Simões lembrou que o TCU foi o primeiro órgão de controle externo a ser criado no País, sendo paradigma para os outros Tribunais de Contas. “Rui Barbosa, então ministro da Fazenda, criou o TCU em 1890, por meio do Decreto 966-A, para fiscalizar os gastos com o dinheiro público da União, dos estados e dos municípios”, esclareceu.

Na sequência, o presidente do TCU, Augusto Nardes, manifestou a satisfação de firmar uma parceria com o TCM, por meio do presidente Edson Simões “um estudioso e profundo conhecedor dos temas do Brasil e dos Tribunais de Contas”. Nardes ressaltou a experiência acumulada e a importante contribuição intelectual de São Paulo. “Para enfrentarmos os desafios dos novos tempos é muito importante podermos contar com a cooperação de órgãos técnicos que têm um trabalho de excelência como o TCM, a fim de aprimorarmos as políticas públicas e a prestação de serviços de interesse da sociedade.”

Na oportunidade, Nardes deixou a seguinte mensagem registrada ao TCM:

“O TCU vem a São Paulo buscar apoio para o projeto “Governança Desafio do Brasil”. O TCM é fundamental, presidente Edson Simões, temos que fazer juntos o Brasil sair da zona de conforto. Um impacto de gestão só se consegue se nós dermos as mãos, precisamos de uma grande sinergia. Viva o Brasil. Viva São Paulo.”

Também participaram do encontro para a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica, o secretário geral de Controle Externo do TCU, Maurício Wanderley; o secretário de Controle Externo do TCU em São Paulo, Hamilton Caputo; o assessor do TCU, Cláudio Sarian; o secretário geral do TCM, Rodrigo Pupim; a chefe da Assessoria Jurídica de Controle Externo do TCM, Izabel Monteiro; o chefe de gabinete da Presidência do TCM, Miguel Kirsten, o chefe do Núcleo de Tecnologia da Informação, Mário Toledo Reis, e José Camilo dos Santos.

Presidente do TCU, Augusto Nardes, e presidente do TCM, Edson Simões, durante a assinatura do Acordo de Cooperação

TCM E CREA assinam Termo de Cooperação para incrementar fiscalizações no Município

O presidente Edson Simões e o conselheiro corregedor Domingos Dissei assinaram um Termo de Cooperação

com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (CREA-SP), para parceria em trabalhos de auditoria e fiscalização em obras e serviços de engenharia, além de cooperação técnico-científica, intercâmbio de conhecimentos, informações e experiências. A parceria foi firmada com o presidente da entidade, Francisco Kurimori,

no dia 26 de junho de 2014, no auditório do CREA. O presidente do CREA manifestou a satisfação com a parceria firmada com o TCM. “Juntos na área de fiscalização, daremos a nossa contribuição para fortalecermos o planejamento e a execução de boas obras na cidade”, disse Francisco Kurimori. Ele ressaltou a qualidade da Escola de Contas do TCM, que terá importante

contribuição na parceria, por meio de cursos e treinamentos.O presidente do TCM, Edson Simões, ressaltou que “os engenheiros são os verdadeiros construtores das cidades, das metrópoles e das megalópoles, desde a Polis grega”. Enalteceu a iniciativa do conselheiro Domingos Dissei que, junto com o CREA, idealizou e formalizou os termos do convênio. Ele lembrou que tanto o CREA como o TCM têm o papel fiscalizatório, cada qual no seu campo de atividade.

“Os engenheiros, com o apoio e a fiscalização do CREA, têm a difícil missão de fazer um planejamento dentro do caos urbano”.Acrescentou que “compete ao Tribunal de Contas, nesse contexto, levantar problemas referentes ao Município no sentido de compatibilização com a Lei. O intercâmbio dessas duas atividades fiscalizatórias pode contribuir com o aprimoramento das atividades da Administração Pública no âmbito municipal”.

Simões concluiu dizendo que “grandes obras ainda são necessárias na cidade e esse convênio com o CREA reforça as atividades de fiscalização que podem e devem contribuir para recompor o planejamento da nossa cidade, perseguindo caminhos da boa governança. Unir esforços por meio de parcerias é de fundamental importância, especialmente no nosso País que vive uma democracia recente e ainda enfrenta dificuldades para o fortalecimento das instituições”.

Finalizando, o conselheiro Domingos Dissei agradeceu ao presidente Edson Simões pelo apoio imediato à ideia de parceria entre TCM e CREA, que considerou valiosa para a cidade. Dissei lembrou que no parecer do TCM sobre as Contas da Prefeitura de 2013 houve a determinação para que a Administração Pública Municipal adotasse o Livro de Ordem nas obras públicas, onde são feitos registros diários do andamento dos serviços.

O presidente do TCM, Edson Simões, o presidente do CREA-SP, Francisco Kurimori, e o conselheiro corregedor do TCM, Domingos Dissei assinaram Termo de Cooperação para parceria em trabalhos de auditoria e fiscalização em obras e serviços de engenharia, além de

cooperação técnico-científica, intercâmbio de conhecimentos, informações e experiências

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NOTASPresidente Edson Simões representa o TCU e o Brasil em conferência no Peru

O presidente Edson Simões, a convite e representando o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro João Augusto

Ribeiro Nardes, participou como debatedor na V Conferência Internacional Anticorrupção (V CAAI), organizada pela Controladoria Geral da República do Peru, nos dias 24 e 25 de setembro de 2014, com o tema “A nova geração de estratégias de anticorrupção”. Como em edições anteriores, a Conferência reuniu expositores e debatedores de vários países, no auditório da Universidade de Lima, com o objetivo de compartilhar práticas de combate à corrupção e experiências de boa governança e controle do erário.

Durante a abertura do evento, o Controlador Geral Fuad Khoury Zarzar atraiu a atenção do público com sua comunicação eficaz na abordagem de novas estratégias para influir e modificar condutas inapropriadas nas sociedades.

O reitor da Universidade de Lima, Óscar Quezada Macchiavello, destacou que a educação cívica de qualidade tem um papel importante na descontinuidade da corrupção nas sociedades. A presidente do Conselho de Ministros, Ana Jara, destacou a vontade política existente para desbancar a corrupção, com a contribuição e trabalho conjunto de entidades públicas, setor privado e sociedade civil.

Ao longo dos dois dias de Conferência, com a participação de 12 especialistas – entre expositores e debatedores - foram abordados os temas: “Novo paradigma das políticas anticorrupção e a teoria da ação coletiva”; “Criminalidade organizada e corrupção: até onde podemos chegar?”; “Governança e controle anticorrupção: experiência regional”; “Controlando a corrupção: mais desafios, razões para o otimismo”; “Da teoria à prática: investigação científica em matéria anticorrupção”; “Desdobramentos das estratégias de integridade em nível descentralizado”.

O presidente Edson Simões foi um dos debatedores convidados para o painel “Desdobramentos das estratégias de integridade em nível descentralizado”. Durante a apresentação do seu currículo, o livro de sua autoria, Tribunais de Contas – Controle Externo das Contas Públicas, recém-lançado, foi bastante destacado pela organização do evento como um importante instrumento de consulta e uma das raras obras de doutrina sobre a atuação dos Tribunais de Contas no Brasil e no mundo tratando, ainda, do funcionamento de instituições similares, como é o caso das Controladorias das Repúblicas.

Antes das suas considerações sobre o tema do debate, o presidente Edson Simões transmitiu aos presentes uma mensagem do presidente do TCU, ministro Augusto Nardes:

“Diante do avanço da corrupção, com a multiplicação das modalidades de atos praticados e o crescimento de sua sofisticação e complexidade, o tema passou a ser intensamente discutido nos fóruns internacionais, assim como os senhores e senhoras fazem nesse momento. Encontros sobre combate à corrupção são promovidos em diversas partes do mundo, para trocar experiências e ideias sobre políticas, recursos e medidas preventivas e punitivas que façam frente a esse avanço e, mais do que isso, para formar frentes interinstitucionais e até internacionais contra esse mal. No Brasil, várias instituições trabalham nesse mesmo sentido, desde março de 2009, com a criação da Rede de Controle da Gestão Pública. Articulações entre instituições de controle foram se formando e se consolidando em nível federal, nos estados brasileiros e também nos municípios. Um dos seus propósitos mais importantes é o desenvolvimento de ações conjuntas centradas no combate à corrupção”. Em seguida, Simões iniciou a sua explanação com a definição da palavra corrupção que, segundo o Dicionário Houaiss, “é um substantivo feminino, que deriva da forma latina corruptio, onis, e evoca o sentido literal de deterioração, além de outras acepções, como decomposição, alteração das características originais, a exemplo do que ocorre, neste último caso, no processo de putrefação ou apodrecimento”.

Segundo Simões, a corrupção é um fenômeno histórico, antigo e em mutação. “Pensadores desde a Antiguidade já abordavam essa questão, portanto, é um fenômeno que ocorreu no passado, acontece no presente e temos que tomar medidas para que não continue no futuro.” Para ilustrar a sua tese, Simões faz, inicialmente, uma breve apresentação do fenômeno da corrupção sob o olhar da teoria política clássica e moderna, mostrando que o tema foi abordado em trabalhos e obras de grandes teóricos da filosofia ao longo da história da humanidade, como: 1 - Platão (428 a 348 a.C) , na Grécia Antiga, analisa a degradação da Polis e faz, inclusive, crítica à democracia populista Ateniense. Em seu livro As Leis, fala que a honestidade só pode ser alcançada com a submissão às leis, como norma absoluta;

2 - Aristóteles (384 a 322 a.C) analisa diversas constituições ao redor do mundo conhecido à época e conclui que a corrupção está presente em governos onde há a sobreposição dos interesses privados aos interesses públicos, de forma que as vantagens privadas são o que de fato importam para quem governa;

3 - Thomas Hobbes (Inglaterra - 1588-1679) achava que as falsas

doutrinas levavam à degradação. Portanto, a sua preocupação primordial era com a não degradação, a não degeneração, a não corrupção dos corpos políticos. No entendimento desse filósofo, a corrupção é a volta ao estado da natureza, é a quebra do pacto social para utilizar-se do direito natural de tudo fazer;

4 - Jean-Jacques Rosseau (França - 1712-1778), autor de obras como Contrato social e Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens, afirma que o ser humano é decaído por natureza e carrega em toda a sua existência terrena uma mácula de origem, que explica suas fraquezas, suas perversões e, por conseguinte, sua tendência permanente à corrupção. Segundo sua visão, apenas um novo pacto social pode formar um estado justo e virtuoso;

5 - David Hume (Escócia – 1711-1776) tem em mente uma definição tradicional do termo “corrupção” – a apropriação privada do bem público –, que em seu esquema abstrato significa a fusão indevida do “meu” com o “nosso”;

6 - Alexis Tocqueville (França – 1805-1859) analisa o favorecimento e a corrupção que domina o funcionalismo público na França pós-revolução;

7 - Max Weber (Alemanha 1864-1920) analisa a burocracia e defende a tese de que ela apresenta diversas vantagens, tais como: racionalidade na busca de meios mais eficientes para atingir as metas da organização; precisão para definir cargos e responsabilidades; rotinas e métodos para a realização de atividades, tornando-as mais previsíveis e, consequentemente, mais confiáveis, com menos erros e custos. Segundo esse autor, as sociedades burocráticas são a forma mais eficiente de uma organização e seus mecanismos de funcionamento tendem a evitar a disseminação da corrupção.

Após comentar o pensamento dos grandes filósofos, Simões aplica na história das legislações as tentativas de combate à corrupção desde a Antiguidade até o período Contemporâneo:

1 – Babilônia: O Código de Hamurabi - considerado o primeiro código penal da história do mundo -, escrito pelo rei Hamurabi (1728 a 1686 a.C), faz referência à corrupção, descrevendo a ação do juiz que julgou uma causa, deu uma sentença, mandou retirar um documento selado e depois alterou o seu julgamento. O juiz foi destituído do cargo, exposto à execração pública e condenado a pagar doze vezes o valor da causa;

2 – Hebreus: O Livro do Êxodo apresenta os Dez Mandamentos, que disciplinam os direitos dos escravos, as regras de Direito Penal relativas ao homicídio e às lesões corporais, o direito de propriedade, as prescrições litúrgicas, o perdão e a constituição das doze tribos em federação;

3 - Antigo Egito: O faraó era uma espécie de supremo juiz, além de líder político, cabendo a ele a punição aos corruptos, aos desleais e aos falsos;

4 - Grécia: Os gregos construíram uma legislação para punir expressamente os delitos de funcionários contra a Administração Pública. As leis eram duras contra esses crimes e previam a pena de morte, ao contrário do Antigo Egito;

5 – Roma: O pretor podia punir os magistrados e senadores caso recebessem propinas. Cícero, por exemplo, entrou em confronto com o pretor da Sicília, Caio Verres, que exorbitou na corrupção e na repressão, visto como a grande figura de corrupto da Antiguidade. O imperador Constantino (272-337) também dizia: “As mãos dos funcionários devem parar a rapinagem. Devem parar. Senão serão cortadas pela espada.”

6 - Idade Média: Na França, durante o governo do monarca Felipe, o Belo, havia um patíbulo no jardim da Corte de Contas para decapitar corruptos.Na Itália, o Código de Florença, datado de 1415, previa que os culpados de peculato deveriam ser amarrados ao rabo de um jumento e arrastados pelas ruas da cidade. Em seguida, deveriam ser

enterrados da cintura para baixo e queimados da cintura para cima.

7 – Idade Moderna: Na Inglaterra, em 1616, um cidadão, John Wrenham, denunciou o ministro da Justiça Francis Bacon, que o teria prejudicado num processo sobre aluguel de terras. O denunciante recebeu a pena de prisão perpétua. Cinco anos mais tarde, Bacon confessou a sua culpa em diversos casos de corrupção, foi alijado do poder e permaneceu na prisão durante anos.Na Itália, o Estado de Siena previa multas pesadíssimas por desvios de quantias inferiores a 100 liras e a morte por forca ou decapitação aos responsáveis por furtos de quantias maiores. Foi desencadeado um movimento de moralização na Administração Pública.

8 - Idade Contemporânea: Durante a Revolução Francesa, iniciada em 1789, conspiradores monarquistas entregaram a Danton, um dos líderes do processo revolucionário em curso, dois milhões de libras, uma pequena fortuna na época, para comprar os votos dos deputados da Convenção. O objetivo era evitar a condenação do rei Luís XVI à morte na guilhotina.

Simões ressalta que é na Idade Contemporânea que se consolidam os primeiros Tribunais de Contas (França, Bélgica, Itália e posteriormente outros países) para auxiliar no combate à corrupção.

Na sequência, Simões abordou a corrupção no Brasil, a saber:

1 - Período Colonial (1530-1808): Simões inicia a sua análise no processo de colonização, mostrando que os portugueses que aportaram no Brasil tiveram uma atitude predatória em relação às riquezas da terra descoberta. Cita o padre Antonio Vieira, um ferrenho combatente da corrupção no governo colonial que, referindo-se à Coroa Portuguesa, dizia: “Os ministros de Sua Majestade não vêm cá buscar o nosso bem, vem cá buscar nossos bens”.Simões prossegue assinalando a inexistência de um sistema jurídico ordenado nesse período. Ressalta também que a baixa remuneração dos servidores criava a permissiva possibilidade de complementação com ganhos extras ou paralelos relacionados à própria atividade, propiciando práticas de extorsões como contrabando, recebimento de propinas, desvios de receitas da Coroa e outros crimes hediondos. Simões lembrou, ainda, que durante o Ciclo do Ouro, em Minas Gerais, há registros de corrupção efetuada, inclusive, pelos eclesiásticos, com contrabando de ouro e pedras preciosas, utilizando-se, às vezes, imagens de santos para o transporte do roubo, que ficaram conhecidos como “santos do pau oco”.

2 – Período de Emancipação (1808-1822): Com a chegada da Família Real, em 1808, seguida de 15 mil aristocratas, a corrupção ampliou-se no Rio de Janeiro, então capital da Província. Na ocasião, inúmeras casas da população local foram confiscadas para servir de residência aos membros da Corte Portuguesa. Essas moradias eram identificadas com as iniciais “P.R.” inscritas na fachada, referindo-se a “Príncipe Regente”. O povo, alijado das suas casas, referia-se ironicamente às iniciais “P.R.” como sinônimo de “Ponha-se na Rua”.

Uma das iniciativas do príncipe regente D. João VI foi a criação do Banco do Brasil, mas o dinheiro emitido não tinha lastro. Prestava-se, sobretudo, a financiar os gastos do governo e da Corte, com desvios de capital que não se coadunavam, portanto, com objetivos de uma instituição financeira.

Simões cita o caso do tesoureiro-mor de D. João VI, Bento Maria Targini, que se tornou barão e depois visconde. Sua fama de ladrão entrou para o folclore numa quadrinha célebre da época, que dizia: “Quem furta pouco é ladrão, quem furta muito é barão e quem furta muito e esconde passa de barão a visconde”. Acrescenta que nunca entraram tantos escravos no Brasil quanto nos tempos de D. João VI e que a corrupção era também efetuada por meio desse tráfico, lembrando que graças à escravidão a elite brasileira enriquecia e comprava títulos de nobreza. A venda de títulos garantia uma boa renda ao Poder Executivo.

3 - Brasil Imperial (1822-1889): Simões falou sobre contrabando e tráfico como meio de corrupção nesse período da história brasileira. Além disso, cita um episódio escandaloso da época, conhecido como “o roubo das joias da coroa”, quando, em 1882, teriam entrado nos aposentos do Palácio de São Cristóvão e retirado de um armário todas as joias da Imperatriz Teresa Cristina e de sua filha, a Princesa Isabel. O principal suspeito, em vez de preso, foi afastado de sua atividade profissional no Paço, mas, dado o seu relacionamento próximo ao monarca, continuava com a proteção de D. Pedro II e morando a poucos metros do local onde foram encontradas as joias então furtadas. Os policiais que atuaram no caso foram agraciados com honrarias e essa atitude do monarca foi considerada uma corrupção política na medida em que tinha a intenção de silenciar as investigações.

4 - República Velha (1889-1930): Nesse período houve o fenômeno do Encilhamento, quando ocorreram emissões bancárias sobre um lastro constituído por títulos da dívida pública, para estimular a industrialização e o desenvolvimento de novos negócios. Especuladores ligados aos latifundiários, importadores e investidores estrangeiros, por meio de empresas fantasmas, inundaram o mercado financeiro com ações sem lastro de capital. A

Presidente Edson Simões durante a sua explanação na V Conferência Internacional Anticorrupção

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corrupção foi escandalosa.Ainda nessa época, os proprietários agrários controlavam tanto o voto – que era aberto – como o processo eleitoral em função de seus interesses, fenômeno que ficou conhecido como “voto de cabresto”.

Foi firmado, ainda, um pacto de poder chamado de “Política dos Governadores”, estabelecendo que os grupos políticos que governavam os estados dariam irrestrito apoio ao presidente da República. Em contrapartida, o governo federal só reconheceria a vitória, nas eleições, dos candidatos ao cargo de deputado federal pertencentes aos grupos que o apoiavam.

A hegemonia de São Paulo e Minas Gerais na política nacional – em virtude das riquezas provenientes da produção do café em larga escala - foi chamada de “Política do café com leite”. Por meio de acordos entre o Partido Republicano Paulista (PRP) e o Partido Republicano Mineiro (PRM), os dois estados da federação elegeram praticamente todos os presidentes da República Velha, até que a Revolução de 1930, liderada por Vargas, viesse alterar os rumos da política brasileira.

5 – República Nova (1930-1985): Em 1930, tropas revolucionárias marcharam para o Rio de Janeiro, então capital federal. Ocorre um golpe militar. É formada uma Junta Militar Provisória, que passa o poder a Getúlio Vargas.

Durante o seu último governo (1950-54), houve conturbações e escândalos. O presidente e seus auxiliares foram acusados de se aproveitar de verbas públicas em benefício próprio. Bom exemplo foi Vargas ter auxiliado no financiamento obtido do Banco do Brasil para a abertura do jornal Última Hora. A criação da Petrobrás também foi alvo de críticas e suspeitas de corrupção. Na época cunhou-se a expressão “mar de lama” para expressar a ideia de que o governo estava tomado pela corrupção.

Juscelino Kubitschek, o presidente seguinte, enfrentou forte resistência por parte da oposição. A construção de Brasília, segundo alguns analistas, gerou inflação e corrupção.

Jânio Quadros, munido do símbolo da vassoura, foi eleito com a promessa de acabar com a corrupção, mas renunciou depois de sete meses.

João Goulart (Jango), vice de Jânio, assumiu o poder. Os adversários passaram a atacá-lo sob a pecha de comunista e corrupto, o que mobilizou a ala liberal-conservadora, mais tarde responsável pelo golpe de 1964. Na época, surgiram também acusações envolvendo a diretoria da Petrobrás, como desvios de recursos para financiar atividades de grupos de esquerda e abastecer os bolsos de diretores da estatal, o que motivou a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso. Ao final, após Jango demitir o presidente da Petrobrás por meio da imprensa, esse atribuiu as irregularidades à existência de dois militantes do PCB na diretoria da empresa.

Goulart foi deposto pelo Golpe Militar de 1964. A temática da corrupção centralizou as discussões abertas pelos líderes do golpe. Após 31 de março de 1964, consolida-se o discurso de que o golpe visava combater tanto a corrupção quanto o comunismo, pois a ideia equivocada era de que ambos interagiam.

Logo após assumir seu governo, Castello Branco prometeu noticiar as provas de corrupção do regime anterior, o que não ocorreu na integralidade, até por uma questão factual, visto que, por sua vez, os militares vinham ocupando diversas áreas na gestão de Goulart. O comunismo foi combatido de uma forma violenta e arbitrária durante o regime autoritário, mas a promessa de colocar fim ao fenômeno da corrupção não se concretizou.

Na sequência, o presidente Geisel tinha a certeza de que poderia impedir o desvio de verbas e superfaturamento com a Comissão Geral de Investigações (CGI), criada à época da gestão Castello. Mediante intimidação, os cidadãos tidos como “larápios potenciais” eram convocados para esclarecimentos, mas essa comissão naufragou por tentar investigar as mais amplas fronteiras, como apurar o atraso dos salários das professoras municipais de São José do Mipibu, no Rio Grande do Norte, a compra de adubo superfaturado pela Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, o aumento de salários dos auditores e procuradores do Paraná, entre outros.

Na realidade, a corrupção também fez parte desse período histórico da Nação, que se estendeu até 1985.

6 – Nova República ( 1985 - ): A chamada “Nova República”, que se iniciou em 1985, logo após o fim do regime militar, não se traduziu, como a sociedade esperava, em um período de boas práticas no trato com o dinheiro público. Pelo contrário, logo começaram a surgir novos casos de corrupção, fartamente denunciados nos jornais, tvs e rádios. É fato que, antes desse período, a imprensa vivia sob censura, inviabilizando as denúncias sobre os desmandos dos donos do poder.

No entanto, a quantidade de escândalos nesse período de normalidade democrática é surpreendente.

Os escândalos são investigados pelo Congresso por meio de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal, além de outras instituições.

Retomando a sua ideia inicial de que a corrupção não é um fenômeno

recente, Simões ressalta que “a luta para combater esse mal tem caráter civilizatório e vem de muito tempo”. E acrescentou que “a união da sociedade civil organizada e de instituições virtuosas é uma arma valiosa no combate à corrupção”.

Ao se referir a instituições, Simões lembrou que os Tribunais de Contas e as Controladorias de Contas foram criados para auxiliar no combate à corrupção e ao mau uso do erário. “A origem desses órgãos de controle externo surgiu da necessidade da fiscalização do orçamento público”, falou.

Na sequência, mostrou semelhanças e diferenças entre as Controladorias e os Tribunais de Contas. “A principal semelhança é que ambos têm a função precípua do exercício do controle externo.” No que se refere às diferenças, destacou principalmente o caráter das decisões, “que são colegiadas nos Tribunais de Contas e monocráticas nas Controladorias, e tal característica de um e de outro modelo influencia a forma de organização e de atuação”. Lembrou que a origem dos Tribunais é latina, enquanto que a das Controladorias é anglo-saxônica.

Para combater o fenômeno da corrupção foi lançada a ideia da criação de Tribunais de Contas no Brasil Imperial, que deveriam funcionar como defensores e dragões do erário. A necessidade de criação desses órgãos de controle externo foi discutida até ser incorporada às constituições brasileiras. A luta foi árdua e teve a seguinte evolução: 1 – Constituição de 1824: Simões assinalou que as primeiras tentativas de implantação de um Tribunal de Contas ocorreram no período imperial, após a Carta Outorgada por D Pedro I, em 1824. As tentativas frustradas ocorreram em:

• 1826: Os senadores Felisberto Brandt (Visconde de Barbacena) e José Inácio Borges apresentaram um projeto baseado no modelo francês, com julgamento “a posteriori”;• 1838: O Ministro da Fazenda, Marquês de Abrantes, propôs a criação de um Tribunal de Contas com função judicante;• 1845: O Ministro do Império e da Fazenda, Manoel Alves Branco, apresentou ao Parlamento um projeto de lei que previa a criação de um Tribunal de Contas com função administrativa e dotado de competência para julgar as contas de “todos os responsáveis por contas”, podendo mandar prender os funcionários infratores;• 1857: O Presidente da Província, Pimenta Bueno, defende a proposta de criação de um Tribunal de Contas para examinar e comparar a fidelidade das despesas com os créditos votados;• 1861: O deputado e escritor José de Alencar propõe a criação de Tribunal de Contas independente, como complemento necessário ao Governo Parlamentar;• 1878: O Ministro da Fazenda, Gaspar Silveira Martins, afirma, em documento enviado ao Parlamento, a necessidade imprescindível da criação de um Tribunal de Contas para regenerar as finanças;• 1879: O Ministro da Fazenda, Visconde de Ouro Preto, propõe a criação de Tribunal de Contas para evitar abusos nos gastos do dinheiro público;• 1889: O Ministro da Fazenda, João Alfredo, encaminha ao Parlamento proposta de criação de Tribunal de Contas para “garantir a boa administração dos dinheiros públicos”.

2 – Constituição de 1891: Antecedendo a Constituição de 1891, em 7 de novembro de 1890 foi criado o Tribunal de Contas da União, por iniciativa do Ministro da Fazenda, Rui Barbosa, por meio do Decreto 966-A.

A Comissão que elaborou a Constituição Federal de 1891, a primeira republicana, não propôs a criação de um Tribunal de Contas. A proposta foi inserida posteriormente, por meio de uma emenda aditiva. Assim ficou determinado no artigo 89 da Constituição Federal de 1891: “É instituído um Tribunal de Contas para liquidar as contas da receita e despesa e verificar a sua legalidade, antes de serem prestadas ao Congresso.”

• 1892: Foi elaborado o regulamento nº 1.166, que dispunha sobre a criação do TCU;• 1893: O TCU foi instalado, em 17 de janeiro;• 1896: Criada a primeira Lei Orgânica do TCU;• 1912: Decreto modifica alguns itens do regulamento do Tribunal;• 1914: Decreto determinou que o Tribunal anexasse parecer do Ministério Público à sua análise;• 1918: Lei Orçamentária e decreto reorganizaram administrativamente o Tribunal, criando duas Câmaras;• 1923: Lei extinguiu as Câmaras do Tribunal, o que permitiu que o órgão voltasse a deliberar com a maioria dos seus membros.

O TCU foi o paradigma para a defesa do erário contra a corrupção.Dando continuidade, Simões refere-se ao período de 1899 a 1930, em que os Tribunais de Contas dos estados começam a ser discutidos e criados.

3 - Constituição de 1934: Essa Carta ampliou a competência do Tribunal de Contas, reforçando o seu papel de órgão fiscalizador dos gastos públicos. 4 – Constituição de 1937: Tribunais de Contas tiveram os seus poderes limitados por essa Constituição, que os manteve mais como órgão de assessoramento da Administração Pública do que como instituição fiscalizadora dos seus gastos, tirando-lhes, inclusive, a atribuição de emitir parecer prévio sobre as contas do Executivo;

5 – Constituição de 1946: Foram fortalecidos os trabalhos do Tribunal de Contas da União e dos estados, mantendo-os como órgãos administrativos de auxílio dos Poderes Legislativos, em detrimento da corrente que defendia a inserção dos referidos órgãos fiscalizadores no âmbito do Poder Judiciário, almejando conferir a essas instituições um caráter judicante.Além disso, a Constituição de 1946 tratou da questão da autonomia dos municípios, que até então eram colocados em segundo plano; 6 – Constituição de 1967: A Constituição de 1967, apesar de autoritária, deu uma pequena abertura para o municipalismo. Essa conquista, segundo Simões, deveu-se à atuação da oposição (MDB) e de líderes como Ulisses Guimarães e Franco Montoro, que eram municipalistas. Em seu artigo 179, a Carta viabilizava a possibilidade de autonomia dos municípios e a criação de um Tribunal de Contas do Município, dizendo que “aquelas localidades municipais que tivessem mais de 500 mil habitantes e renda tributária superior a 100 milhões de cruzeiros novos poderiam ter um Tribunal de Contas.

Simões explica que foi por intermédio do artigo 179 que o Prefeito Faria Lima criou o Tribunal de Contas do Município de São Paulo, em novembro de 1968, para garantir a independência da análise das contas da cidade. Faria Lima, militar aposentado da aeronáutica, mas eleito prefeito de São Paulo pelo voto popular, desejava realizar uma boa administração e, com isso, ganhar projeção para disputar uma eleição à Presidência da República por meio de voto popular (e sem restrição da área militar de onde era originário).

Porém, o Presidente da República e os governadores eram biônicos, exerciam influências em todas as instituições, incluindo os Tribunais de Contas.

Sendo assim, Faria Lima receava que o governo do estado interferisse no seu projeto de infraestrutura para o município, que incluía a abertura da avenida 23 de Maio, das marginais e o início das obras do Metrô – tudo isso herdado de planejamentos anteriores, como o efetuado pelo Prefeito Prestes Maia.

“Na ocasião da criação do TCM, o Brasil era o primeiro orçamento, o segundo era o do Estado de São Paulo e o terceiro era o orçamento da cidade-estado de São Paulo. No bojo da proposta de Faria Lima, portanto, além da luta por eleições diretas, estava a luta por autonomia dos municípios, uma luta antiga no Brasil, que aconteceu no Período Imperial, continuou no Período Republicano e se fortaleceu somente depois da Constituição de 1946 ”, acrescenta Simões.

E segue: “O primeiro ‘Tribunal de Contas do Município’ foi o da cidade de São Paulo, criado em 1968, que difere dos ‘Tribunais de Contas dos Municípios’, que são estaduais.”

Na oportunidade, Simões lembrou que na atualidade existem somente dois Tribunais de Contas do Município - o originário, de São Paulo, e o do Rio de Janeiro, criado 12 anos mais tarde, em 1980, em consequência da fusão dos estados da Guanabara e Rio Janeiro, que tinham cada qual o seu Tribunal.“

7 – Emenda Constitucional nº1 de 1969: Essa emenda alterou a Constituição de 1967, tornando mais rigorosas as exigências para instituição de Tribunais de Contas em municípios, estabelecendo uma população superior a 2 milhões de habitantes e uma renda tributária de 500 milhões de cruzeiros novos à época. A capital paulistana ultrapassava os patamares exigidos mas, ainda assim, houve tentativas de extinção do Tribunal de Contas do Município de São Paulo. Sua manutenção foi sustentada juridicamente no Supremo Tribunal Federal e o artigo 191 da referida emenda passou a prever: “Continuará em funcionamento apenas o Tribunal de Contas do Município de São Paulo (...), sendo declarados extintos todos os outros Tribunais de Contas Municipais.”

8 – Constituição de 1988: Na avaliação de Simões, a Constituição Federal de 1988 trouxe avanços significativos aos Tribunais de Contas, especialmente no tocante à ampliação de competências desses órgãos administrativos colegiados de controle externo que, desde então, agem não só de ofício ou por provocação do Poder Legislativo, mas também por iniciativa popular. “Assim, vislumbra-se o aperfeiçoamento dos sistemas de controles prévios, concomitantes e posteriores, aliado à crescente integração com a sociedade civil, denominado controle social, dentro do contexto institucional brasileiro e das dinâmicas atividades governamentais. É nesse contexto atual que os Tribunais de Contas colaboram com a consolidação da democracia, fiscalizando e auxiliando, com o seu cabedal técnico-administrativo, os poderes Legislativo e o Executivo na busca de caminhos da boa governança e do combate à corrupção, que é justamente o tema que nos reúne aqui hoje.”

Nas considerações finais, Simões retoma a sua tese inicial de que a corrupção é um fenômeno que atravessou a história da humanidade e incomodou a mente de grandes teóricos da filosofia política e de toda a sociedade. “A corrupção existiu no passado e faz parte do nosso presente. Temos que combatê-la. Precisamos aperfeiçoar as instituições e os mecanismos de combate e punição aos corruptos para evitar que esse fenômeno faça parte do futuro”, enfatizou Simões. “Iniciativas como a da V Conferência - para fomentar o debate e criar uma consciência coletiva sobre a necessidade de combate a esse mal - também são muito valiosas.” E concluiu: “Unidos - sociedade civil, academia, Tribunais de Contas, Controladorias e outras tantas instituições públicas e privadas, - podem e devem lutar para extinguir a corrupção atual e prevenir a futura.”

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NOTASMissa de Ação de Graças pelo ano de 2014

A tradicional Missa de Ação de Graças do Tribunal de Contas do Município de São Paulo foi

celebrada no dia 18 de dezembro de 2014 pelo Dom Abade Mathias Tolentino, da Ordem de São Bento, e concelebrada pelo padre José Roberto Pereira, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição. Estiveram presentes o presidente Edson Simões, o corregedor Domingos Dissei, o conselheiro Maurício Faria, servidores e familiares.

Ao iniciar a celebração, Dom Abade falou da importância da comunhão com Deus para agradecer pelas graças alcançadas ao longo de 2014,

rogando ao Senhor que a reconciliação, o dom misericordioso do perdão e a caridade predominem nas sociedades.

O concelebrante, padre José Roberto Pereira, por meio de uma mensagem de autoria do papa Francisco, enfatizou que o Natal costuma ser sempre uma ruidosa festa, mas que se faz também necessário o silêncio para se ouvir a voz do amor.Durante a liturgia, o Coral dos Beneditinos e o Coral dos Servidores do Tribunal de Contas alternaram seus cantos.

Dom Abade Mathias Tolentino e o Padre José Roberto Pereira durante a celebração

TCM promove o XVI Encontro de Corais

Com apoio do presidente Edson Simões, foi realizado, no plenário do Tribunal de Contas do

Município de São Paulo, o tradicional Encontro de Corais do TCM, registrando neste ano a edição de número XVI, que foi prestigiada por uma plateia que lotou as galerias.

Organizado pelo Coral dos Servidores do Tribunal, o evento, realizado no dia 5 de dezembro de 2014, contou com a presença de outros quatro grupos: Madrigal Sempre Em Canto; Coral Hélio Teixeira da Rosa; Jovem Cênico Mackenzie; e Coral da Unicamp Zíper na Boca.

Na oportunidade, o conselheiro Maurício Faria agradeceu a presença de todos os corais e pessoas presentes, em nome do Tribunal. “Trata-se de evento muito importante, que marca nosso momento de confraternização, de celebração e união, principalmente nesse período que antecede as celebrações de Natal e a passagem de ano. Registro uma curiosidade, como a execução da música ‘São Paulo, São Paulo’ por dois corais distintos, o que caracteriza a versatilidade da música brasileira, pois a mesma canção foi mostrada de maneira bem diferente”, disse o conselheiro Maurício Faria.

Na apresentação de cada grupo musical, foi destacada a história e a formação dos corais participantes do encontro. Na sequência dos trabalhos, o maestro do Coral dos Servidores do TCM, William Guedes, contou como foi feita a escolha do repertório para a apresentação deste ano. Ao final de cada apresentação, os representantes dos corais receberam as homenagens e um troféu da organização, que também promoveu um coquetel para celebrar esse encontro musical.

Coral dos Servidores do TCM durante apresentação no plenário da Corte de Contas

TCM recebe visita de alunos da Universidade Anhanguera-Guarulhos

O TCM recebeu um grupo de alunos do curso de Tecnologia em Gestão Pública, da Universidade

Anhanguera-Guarulhos, no dia 19 de novembro de 2014. Os estudantes, juntamente com o professor Amarildo Varella, acompanharam a sessão plenária e depois participaram de palestras com técnicos da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, Assessoria Jurídica, Coordenadoria Processual e Escola de Contas.Na ocasião, eles puderam entender e tirar as dúvidas sobre as funções e atuação do Tribunal com todos os assuntos, processos e fiscalizações tratados diariamente, visando sempre a transparência para o cidadão do município de São Paulo.

O subsecretário de Fiscalização e Controle, Lívio Fornazieri, expõe as funções do TCM para grupo de alunos

TCM recebe visita de estudantes da Semana Universitária

Com a presença do presidente Edson Simões, o Tribunal de Contas do Município de São Paulo recebeu, em 17 de

julho de 2014, a visita dos 30 alunos participantes da primeira “Semana Universitária da Prefeitura de São Paulo”. O evento foi uma oportunidade para estudantes de graduação e pós-graduação conhecerem quais são as funções do TCM na gestão da administração pública municipal e a sua história.

O presidente do TCM elogiou a iniciativa pioneira do Executivo Municipal e da Secretária de Planejamento de promover essa interação entre os estudantes com o setor público e por ter colocado como modelo o TCM. “Normalmente, no Brasil, só se pensa em política desvinculada da área de planejamento. E política, sem planejamento, acaba prejudicando a própria política, porque não pode exercer um trabalho funcional e produtivo para a população”, disse Simões. Ele apresentou aos estudantes um retrospecto sobre a criação dos Tribunais de Contas, especialmente do TCM, recomendando uma bibliografia para o aprofundamento no estudo sobre os Tribunais de Contas.

Finalizando a visita, os alunos receberam informações sobre o funcionamento de cada área do Tribunal, por meio de palestras ministradas por servidores, além dos cursos oferecidos pela Escola de Contas do TCM.

Alunos participantes da Semana Universitária da Prefeitura de São Paulo

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Prefeito Fernando Haddad visita o TCM

Colegiado do TCM recebe visita do procurador

geral de Justiça de São Paulo

Presidente Edson Simões e Prefeito Fernando Haddad durante visita ao TCM

Edson Simões e o dirigente do SIMPI, Joseph Couri

Visita de dirigentes da Escola do Parlamento da Câmara

Colegiado do TCM recebe o procurador geral de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando

Elias Rosa, e integrantes do Ministério Público

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, visitou o Colegiado do Tribunal de Contas do Município no dia

4 de setembro de 2014. Na ocasião, ele foi recebido pelo presidente Edson Simões, pelo vice-presidente Roberto Braguim, pelo corregedor Domingos Dissei e pelos conselheiros Maurício Faria e João Antonio. O prefeito esteve acompanhado do secretário Municipal de Governo, Francisco Macena.

Na ocasião, o prefeito Haddad falou sobre o objetivo do encontro: “Viemos trocar ideias para aperfeiçoar o relacionamento do Executivo com o TCM, lembrando que a cidade de São Paulo está dando passos muito firmes na direção de mais transparência, de mais controle e de mais economia na gestão pública”. Ainda segundo o prefeito, o planejamento da Administração Municipal previa um volume grande de licitações e de obras e “o TCM é quem dá a diretriz de como o Executivo deve se comportar”. Na avaliação de Haddad, o encontro foi proveitoso, possibilitando o debate de vários temas de interesse da cidade na perspectiva de aprimorar a gestão pública.

O presidente Edson Simões, em nome do Colegiado, agradeceu a visita do chefe do Executivo Municipal, manifestando que o TCM está sempre de portas abertas para oferecer subsídios técnico-administrativos que possam auxiliar na construção de uma governança justa e de qualidade.

O presidente do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, conselheiro Edson Simões, recebeu a visita de cortesia de Joseph

Couri, presidente do SIMPI - Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo e apresentador do programa de televisão “A hora e a vez da pequena empresa”. Na oportunidade, Couri entregou a Simões cópia da entrevista exclusiva do presidente do TCM no programa, que foi veiculado em rede nacional pelas emissoras Rede TV! e Rede Vida.

No programa de TV “A hora e a vez da pequena empresa”, o presidente Edson Simões destacou a importância do TCM para o município e para a população de São Paulo, ao demonstrar que a Corte de Contas paulistana tem gerado significativa economia de recursos públicos, atuando dentro de sua competência, com eficiência e eficácia na fiscalização de contratos e no controle rígido de licitações.

No encontro realizado no dia 14 de outubro de 2014, Joseph Couri revelou que a entrevista com o presidente Edson Simões foi vista por mais de dois milhões e setecentos mil telespectadores em todo o Brasil. Acrescentou que essa entrevista alcançou outro público qualificado, conectado no programa por intermédio da internet e das redes sociais, sendo que essa audiência foi estimada em 361.802 pessoas, de acordo com medições realizadas pela entidade empresarial.

No programa de TV, o apresentador levou ao conhecimento do público o livro Tribunais de Contas: controle externo das contas públicas, obra mais recente do presidente Edson Simões. Ao falar sobre seu novo livro, Simões destacou as atribuições dos Tribunais de Contas na proteção do erário e na fiscalização da Administração Pública, o processo de constituição e implantação desses órgãos no Brasil, além de tratar do funcionamento de instituições similares em outros países.

O presidente Edson Simões e Couri conversaram ainda sobre a possibilidade de parcerias entre a Escola Superior de Gestão e Contas Públicas Conselheiro Eurípedes Sales e a representação sindical dos pequenos empresários. Nessa visita ao Tribunal, o presidente do SIMPI esteve acompanhado do assessor George Doi, responsável pela área de novos negócios, parcerias e convênios da entidade empresarial.

O presidente Edson Simões recebeu a visita de cortesia de uma comitiva da Escola do Parlamento da Câmara Municipal de São

Paulo, formada pelo diretor-presidente da entidade, Eros Belletato; pela diretora executiva, Karina Florido Rodrigues; pelo diretor acadêmico, professor Carlos Alexandre Nascimento; e pela funcionária Nilse Maria Costa Camilo Rehm. O encontro na sede do TCM ocorreu em 21 de agosto de 2014.

Segundo o diretor-presidente da Escola do Parlamento, o objetivo da visita foi tomar ciência do trabalho do Tribunal e da atuação da Escola de Contas. Belletato destacou a importância de incrementar a troca de experiências envolvendo os corpos técnicos do TCM e da Câmara para a formação dos participantes das atividades didáticas. Já o diretor acadêmico da Escola do Parlamento sugeriu a criação de uma pauta conjunta de atividades de ensino, unindo os esforços das escolas das duas entidades. E a diretora executiva disse acreditar em iniciativas educacionais juntando as atividades das escolas do TCM e da Câmara, com vistas à formação suplementar dos servidores do município.

A iniciativa da Câmara Municipal de São Paulo de criar sua Escola do Parlamento para a formação e treinamento de servidores foi destacada pelo presidente do TCM, ressaltando a interligação entre atividade parlamentar e atuação do Tribunal. “A Escola do Parlamento é uma excelente ideia, que tem todo nosso apoio, por ser colocada a serviço dessa instituição, que é o Parlamento, considerada a maior conquista do homem até os dias de hoje, já que representa o Estado Democrático”, disse Simões. Ele colocou à disposição a estrutura da Escola de Contas do TCM para firmar parcerias com a Escola do Parlamento da Câmara em diversas atividades, como cursos, palestras e seminários, envolvendo professores e profissionais de ambas as instituições nessas iniciativas de ensino.

Finalizando, Simões destacou que o controle externo das contas públicas é realizado pelo Poder Legislativo com auxílio do Tribunal de Contas, acrescentando que “temos a obrigação de estarmos juntos, no mesmo barco, pois o TCM e a Escola do Parlamento atuam de forma conjunta para a mesma instituição, que é o Poder Legislativo paulistano”.

O procurador geral de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa, realizou uma visita de cortesia ao

Colegiado do Tribunal de Contas do Município, no dia 1º de dezembro de 2014. Pelo TCM, participaram do encontro o presidente Edson Simões, acompanhado do vice-presidente Roberto Braguim, do corregedor Domingos Dissei e dos conselheiros Maurício Faria e João Antonio.

O procurador geral de Justiça destacou a importância da aproximação que vem ocorrendo entre o MP e o TCM. “Hoje, o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Município de São Paulo atuam em harmonia perfeita. Nós nos valemos, e muito, das decisões e esclarecimentos técnicos que partem do TCM. Mas essa relação tem que se fortificar, até mesmo para que as nossas causas e teses sejam sempre bem defendidas”, disse Márcio Elias Rosa.

Ele acrescentou ainda que “há uma convergência absoluta entre o Ministério Público e o Tribunal de Contas. E acrescentou: “O que nós temos em mira é o respeito à eficiência. É isso que o Tribunal de Contas do Município delibera e é isso que o Ministério Público tutela também”, concluiu o procurador geral.

O prefeito de São Paulo já esteve no TCM em outras oportunidades. Em 2013, por ocasião da posse da mesa diretora, e também em 2011, na condição de ministro da Educação, para proferir palestra aos diretores, coordenadores e professores da Escola de Contas do TCM. Fernando Haddad acrescentou que ”sempre que venho ao Tribunal me vejo na condição de estudante diante do presidente Edson Simões, que foi meu professor no ensino médio do Colégio Bandeirantes”. E concluiu: “É um encontro agradável de um ex-aluno com um dos seus professores preferidos.”

No encontro, foi discutida a proposta feita anteriormente de um intercâmbio de informações, documentos e análises, reunindo as duas instituições. Naquela ocasião, em novembro de 2013, o presidente Edson Simões e o procurador-geral, Márcio Elias Rosa, firmaram um Termo de Cooperação Técnica, com o objetivo de promover a capacitação de servidores do Ministério Público, por meio da participação em cursos ministrados pela Escola Superior de Gestão e Contas Públicas Conselheiro Eurípedes Sales.

O Ministério Público do Estado de São Paulo é considerado o maior do País, com cerca de 1.900 membros, distribuídos em vários órgãos. Além da área criminal, o Ministério Público atua na defesa do patrimônio público e social, do meio ambiente, da habitação e urbanismo, da infância e juventude, dos idosos, das pessoas com deficiência, dos direitos humanos, da saúde pública, da educação, do consumidor e ainda em falências e fundações, entre outras.

Na oportunidade, Márcio Elias Rosa deixou registrada uma mensagem ao Colegiado: “Com honra e orgulho visito hoje o Egrégio Tribunal de Contas do Município de São Paulo, sendo recebido com respeito pelos dignos Conselheiros e seu Presidente. Tribunal de Contas que hoje e em respeito à história recente já se constitui parceiro do Ministério Público. A construção da cidadania, a emancipação da sociedade brasileira e a perpetuação dos valores republicanos e democráticos exigem que o Ministério Público atue em harmonia com as Cortes de Contas.”

Também participaram do encontro, realizado na Sala da Presidência do TCM, os integrantes do Ministério Público: Arnaldo Hossepian Junior, subprocurador geral de Justiça de Relações Externas; Gianpaolo Poggio Smanio, subprocurador geral de Justiça Institucional; Sérgio Turra Sobrane, subprocurador geral de Justiça de Gestão; Mágino Alves Barbosa Filho, procurador de Justiça Membro do Conselho Superior do Ministério Público; e Vidal Serrano Nunes Junior, procurador de Justiça e secretário executivo do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Cíveis e de Tutela Coletiva do Consumidor.

Visita de dirigente do SIMPI

Escola do Parlamento visita TCM

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NOTASEscola de Contas do TCM faz balanço positivo de atividades

Ao longo do ano de 2014, a Escola Superior de Gestão e Contas Públicas

Conselheiro Eurípedes Sales promoveu inúmeros cursos, palestras, seminários e workshops, entre outras atividades de formação e capacitação profissional destinadas principalmente aos servidores municipais. O total de participantes de 2014 chegou a 4.094, distribuídos em 98 turmas, o que representou um incremento de 26,4% em relação a 2013, que registrou a frequência de 3.239 participantes em 63 turmas.

O total de palestras, workshops e seminários reuniu um número de 1.131 participantes, sendo que entre as principais iniciativas educacionais estavam temas como A Lei Anticorrupção; Métodos Alternativos para Solução de Controvérsias; Seminário 50 Anos da Lei Federal 4.320/64; Visão Geral das Normas Brasileiras e Internacionais de Auditoria; Tendências Contemporâneas na Gestão do Orçamento Público; e Zeladoria na Cidade de São Paulo: Tapa-Buraco.

Os programas de capacitação para funcionários das creches conveniadas, de alimentação escolar, de qualidade na educação infantil e de experiências com a expressividade das linguagens artísticas, num total de 14 turmas, reuniram 838 participantes. O curso de alimentação escolar, resultado de parceria com o Departamento de Educação Escolar e a Consultoria Técnica em Vigilância Sanitária, serviu para subsidiar os profissionais responsáveis pelo recebimento dos produtos da merenda escolar das creches conveniadas no município de São Paulo, atendendo o “Programa de Alimentação Escolar” e as responsabilidades de cada um dos envolvidos no processo.A Escola de Contas do TCM registrou

Tribunal de Contas e Instituto de Engenharia firmam parceria na Escola de Contas

Durante abertura do seminário Zeladoria na cidade de São Paulo:

Tapa-buraco, realizado na Escola de Contas do TCM, o presidente Edson Simões assinou um Termo de Cooperação com o Instituto de Engenharia para viabilizar o intercâmbio técnico e a troca de informações e experiências. A parceria foi firmada com o presidente do Instituto, Camil Eid. Também assinaram o Termo, o conselheiro corregedor Domingos Dissei e o diretor-presidente da Escola, Eurípedes Sales.

Na oportunidade, Simões cumprimentou o presidente do Instituto de Engenharia, Camil Eid, pela qualidade das atividades desenvolvidas. Também dirigiu cumprimentos ao corregedor Domingos Dissei pelo trabalho de aproximação do TCM com entidades da área de engenharia. O presidente do Instituto de Engenharia manifestou a satisfação de poder contar com a parceria do TCM, dirigindo agradecimentos ao presidente Edson Simões. Camil Eid falou que dentro da organização e do planejamento das cidades “a engenharia ainda não consegue ser ouvida na intensidade necessária. Precisamos somar esforços nesse sentido e temos a certeza que o TCM nos dará grande contribuição”.

Após a solenidade, foram realizadas as palestras que trataram especificamente do tema da zeladoria da cidade, com foco nas operações de tapa-buraco das vias de São Paulo. O objetivo desse workshop foi a de contribuir para o aprimoramento do trabalho de engenheiros, gestores e técnicos da administração pública com atuação na área vinculada ao tema.

Ao final, o conselheiro corregedor Domingos Dissei e o diretor-presidente da Escola de Contas, Euripedes Sales reforçaram o papel do TCM na proposição de melhorias e alternativas para o cenário da pavimentação em São Paulo, com caráter mais educativo do que punitivo.

ainda que entre os cursos de longa duração concluídos até 2014 constaram três na modalidade de Aperfeiçoamento, com 4 turmas, e um na modalidade de Especialização, com 3 turmas, constando ainda 13 Termos de Cooperação Técnica firmados e em vigência nesse período.Com apoio do presidente Edson Simões, a Gestão das Relações do Trabalho, em

parceria com a Escola de Contas, realizou nos dias 27 e 28 de novembro de 2014, um ciclo de palestras com foco na saúde, voltado aos servidores públicos. Foram quatro palestras de orientações para a saúde bucal, psicológica e qualidade de vida, ministradas por profissionais de cada área.

Presidente Edson Simões e presidente do Instituto de Engenharia, Camil Eid, durante assinatura de Termo de Cooperação

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TCM NA MÍDIAConveniadas deixam de fazer 1 de cada 3 consultas pagas pela Prefeitura

Fabiana Cambricoli – O Estado de S.Paulo | 26/5/2014

Contratadas pela Prefeitura de São Paulo para administrar unidades de saúde, as Organizações Sociais da Saúde

(OSSs) realizaram em 2013 só sete em cada dez consultas de especialidades pelas quais foram pagas. Ou seja, deixaram de cumprir quase uma em cada três marcações. Em algumas regiões da cidade, apenas 50% da meta de atendimento foi cumprida, mas o repasse da verba para as organizações foi integral.

Pela lei que regula a atuação das OSSs, as entidades conveniadas não podem ter fins lucrativos e só devem receber repasse para cobrir seus custos. Os contratos vigentes, no entanto, não preveem descontos quando a entidade não cumpre as metas. Levantamento inédito feito pelo Estado com base em dados disponíveis no Portal da Transparência da Prefeitura mostra que, no ano de 2013, os ambulatórios de especialidades administrados por cinco OSSs realizaram 442 mil consultas das 643 mil previstas, o equivalente a 68,7% da meta.

O baixo índice não pode ser justificado por falta de demanda. Em dezembro de 2013, 309 mil paulistanos estavam na fila de espera por esse tipo de atendimento na rede municipal. O não cumprimento de metas já acontecia nos anos anteriores e foi criticado pelo então candidato Fernando Haddad (PT) durante a campanha eleitoral de 2012. O levantamento do Estado mostra que, naquele ano, as entidades conveniadas realizaram só 66,8% das consultas previstas. Haddad defendeu em campanha maior controle e fiscalização sobre a verba repassada para as OSSs, mas o índice verificado em seu primeiro ano de gestão mostra que a situação pouco mudou.

Em três das oito regiões da cidade que têm ambulatórios de especialidades com administração terceirizada, o desempenho das OSSs chegou a piorar entre um ano e outro. Na área Cidade Tiradentes-Guaianases, no extremo da zona leste de São Paulo, a OSS Casa de Saúde Santa Marcelina realizou apenas 50,1% das consultas previstas para 2013, o pior índice da cidade e ainda menor do que o registrado em 2012, quando 60,1% dos atendimentos haviam sido prestados.

Em situação semelhante está a região de Socorro-Parelheiros, na zona sul, onde a OSS Associação Congregação de Santa Catarina atingiu apenas 50,2% das metas no ano passado. No ano retrasado, 70,9% da meta havia sido cumprida. A OSS Santa Marcelina também piorou seu desempenho em outra região, no Itaim Paulista, onde o índice de cumprimento passou de 64,1% em 2012 para 54,4% em 2013. O maior índice de cumprimento foi registrado na região da Penha-Ermelino Matarazzo, também na zona leste. A OSS Seconci realizou 84,6% das consultas previstas.Para Mauricio Faria, conselheiro do TCM, é preciso ajustar os repasses de acordo com as metas cumpridas.

“Se as metas não estão sendo atingidas em 30%, é preciso verificar o que está acontecendo. Há uma anomalia aí”, diz. “Tem de verificar as razões que levaram ao não cumprimento e em que medida a não realização das consultas teve impacto nos custos.”Longa espera. Na área onde apenas metade das consultas

previstas foi realizada, é comum ouvir relatos de pacientes que esperam mais de um ano para conseguir uma consulta com especialista. Moradora de Cidade Tiradentes, a autônoma Pedrina de Jesus Dias, de 39 anos, já cansou de esperar tratamento para o problema que tem no quadril. Em novembro de 2012, ela saiu do clínico-geral com o encaminhamento para um ortopedista. Até hoje, não recebeu a ligação da unidade de saúde com uma data para o atendimento.

“A gente fica com as dores, sem saber o que fazer. Venho ao posto perguntar se há alguma posição sobre minha consulta e os atendentes só falam que é demorado mesmo”, diz ela.Situação parecida viveu a dona de casa Maria Clara de Oliveira, de 62 anos, moradora de Guaianases. “Demorou dois anos para eu conseguir passar pela primeira vez pelo otorrino. Consegui a consulta em março e agora estou fazendo exames, mas já podia estar usando aparelho se o atendimento não fosse tão demorado”, diz.

Ela está com dificuldades de audição no ouvido direito.‘Metas são frágeis e serão revistas’, diz Secretaria da SaúdeA Secretaria Municipal de Saúde admitiu que os contratos de gestão com OSSs, “assinados anteriormente a 2013”, têm controle de metas “frágil” e a ser revisto. A pasta diz que vai publicar ainda neste semestre novos chamamentos para os contratos existentes, “com metas quantitativas e qualitativas mais objetivas, exigência de equipe mínima de profissionais e maior transparência no repasse dos recursos”. O primeiro deles foi publicado há duas semanas, para a região de Parelheiros.

“Os contratos assinados anteriormente a 2013 não traziam cláusulas que nos permitiam efetuar descontos, caso não houvesse cumprimento de metas”, explica Francisco Ernane Ramalho Gomes, coordenador do núcleo técnico de contratação dos serviços de saúde da secretaria. Pelos novos acertos, a serem fechados em todas as regiões até dezembro, terão desconto de 10% no repasse as OSSs que não cumprirem pelo menos 85% da meta. “Além disso, se a entidade ficar abaixo durante três meses consecutivos, vamos reavaliar as metas.”

A secretaria afirmou ainda que adotou medidas para reduzir o absenteísmo, ou seja, o não comparecimento de pacientes em consultas, e a perda primária, quando a vaga é ofertada e não é feito o agendamento. De acordo com a secretaria, após a implementação de uma central telefônica para reconfirmar as consultas com os pacientes, a perda primária caiu 50% e o absenteísmo, 17%. Sobre a fila de espera de pacientes, a pasta afirma que caiu 3% em relação a dezembro de 2012. Em relação à paciente Pedrina, disse que ela tinha uma consulta com o ortopedista agendada para segunda-feira da semana passada. /F.C.

Contratadas alegam dificuldade em conseguir médicos

As OSSs culparam a dificuldade em contratar médicos e o não comparecimento dos pacientes às consultas

pelo descumprimento das metas de atendimento. A Santa Marcelina afirmou que “existe um grande desafio na contratação de especialistas” nas regiões de Cidade Tiradentes e Itaim Paulista e “tem reforçado a captação e seleção desses profissionais”. Afirmou também que “o repasse de valores realizado pela Secretaria Municipal de Saúde não está relacionado ao cumprimento das metas de especialidades” e que “não é realizado quando a instituição parceira ainda possui valores disponíveis que atendam o valor mensal de repasse para a execução de suas atividades”.

A Associação Congregação de Santa Catarina diz que “cumpre as metas globais estabelecidas para a gestão dos ambulatórios de especialidades de Socorro-Parelheiros e Cidade Ademar”, mas que alguns fatores fogem do controle da entidade, entre eles “a dificuldade de contratar profissionais dispostos a atuar nas regiões que são afastadas da área central e apresentam maior índice de vulnerabilidade”. A entidade disse ainda que vem tentando amenizar o absenteísmo ao ampliar em uma hora o atendimento e fazendo trabalho de conscientização nas unidades. Sobre os pagamentos, a OSS diz que não estão sendo feitos pela Prefeitura conforme “as regras contratuais”.

A SPDM questionou os números levantados pela reportagem com base nos relatórios de produção disponíveis no Portal da Transparência da Prefeitura e afirmou que o índice de cumprimento foi de 77,8% na região da Vila Maria e variou entre 77% e 100% na região de Sapopemba.

A OSS também apontou o absenteísmo como uma das causas para a não realização de todas as consultas previstas. Segundo a SPDM, em 2013 o ambulatório da Vila Maria teve entre 12% e 15% de pacientes faltosos.

A entidade também alegou que as licenças, férias e demissões de profissionais interferem no número de consultas previstas.

O Cejam afirma que seu índice de cumprimento ficou entre 74% e 90,5% dependendo da unidade, e justificou que a meta não foi integralmente cumprida por causa do absenteísmo dos pacientes e porque “o critério adotado para definir essas metas não considera o real tempo disponível para as consultas”.

Também ressaltou a dificuldade em contratar médicos para áreas mais distantes do centro e com falta de segurança. Afirmou ainda que tem publicado anúncios de emprego em grandes jornais, sites e em universidades de Medicina.

A OSS Seconci também apontou o absenteísmo e a dificuldade na contratação de profissionais pelo não cumprimento das metas. Disse que publica semanalmente anúncios de vagas em jornais de grande circulação, mas que, mesmo assim, tem atualmente 26 vagas de médicos especialistas em aberto. Sobre os repasses, diz que “os recursos não utilizados ficam na conta da OSS em separado, à disposição da Prefeitura”.

O Tribunal de Contas do Município (TCM) suspendeu ontem licitação da gestão Fernando Haddad (PT) que previa a

contratação de 32 empresas para fazer reformas de escolas, creches, postos de saúde e outros prédios onde funcionam serviços da Prefeitura de São Paulo. A decisão foi do conselheiro João Antonio, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE), alegando que os critérios de contratação das empresas eram irregulares. A concorrência era de cerca de R$ 100 milhões.

Em pouco mais de um ano e meio, o colegiado de cinco conselheiros do TCM já mandou paralisar, alegando irregularidades, R$ 6 bilhões em licitações da gestão petista. Entre outros processos paralisados pelo TCM, estão a construção de 150 quilômetros de corredores de ônibus (de

R$ 4,8 bilhões) e a nova inspeção veicular (R$ 420 milhões).

A nova derrota do governo impede o andamento de um projeto para acelerar pequenas obras nas 32 subprefeituras. Cada empresa contratada ficaria à disposição do subprefeito, para ser acionada quando qualquer obra ou reparo fosse necessário, o que evitaria as licitações para cada reforma - a concorrência para uma pequena reforma de um posto de saúde, por exemplo, pode demorar até seis meses. Segundo o MPE, as empresas seriam acionadas e pagas com base em uma ata de preços com valores fixos para materiais como cimento, tijolos, pedras, peças de aço, etc. Mas o órgão entende que para cada serviço se deve fazer uma nova pesquisa com os preços praticados no mercado, conforme prevê a Lei de Licitações.

Volume

A Prefeitura afirma que os apontamentos feitos pelo TCM e o MPE não indicam irregularidades, mas a necessidade de detalhamento melhor dos projetos. Segundo a assessoria de Haddad, isso tem ocorrido porque a cidade vive, nesses dois anos de gestão, “um volume de obras muito maior do que nos oito anos anteriores”, o que estaria atarefando demais os órgãos de controle externo do Executivo.

Sobre a contratação das novas empresas, a Prefeitura diz que fará os esclarecimentos necessários sobre essa nova licitação pública ao tribunal.

Levantamento inédito do ‘Estado’ mostra que, em 2013, ambulatórios de especialidades administradas por 5 OSSs em SP realizaram 442 mil consultas das 643 mil previstas

TCM suspende 5ª licitação de Haddad; já são R$ 6 bi parados em concorrênciasNova derrota do petista paralisa projeto para acelerar pequenas obras nas 32 subprefeituras. Conselheiros atendem ao Ministério Público Estadual, que defende mudanças nas regras; Prefeitura nega problemas e diz que fará os devidos esclarecimentos

Bruno Ribeiro, Diego Zanchetta - O Estado de S.Paulo | 23/8/2014

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TCM NA MÍDIA

Pressionada pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) vai implementar um modelo inédito de fiscalização das empresas que fazem serviços de recapeamento nos 17 mil quilômetros de ruas: a exigência de fotos dos buracos antes e depois dos reparos.

A medida serve para evitar que o contribuinte pague mais asfalto do que o que foi realmente colocado nos consertos e consta na nova cláusula das licitações da Operação Tapa-buraco, de R$ 120 milhões, e das obras de recapeamento para os próximos dois anos, estimadas em R$ 500 milhões. As duas concorrências estavam barradas desde o início de janeiro e foram liberadas pelo conselheiro Domingos Dissei, depois de o governo concordar em criar um modelo mais rigoroso.

O governo agora passou a exigir das futuras contratadas a instalação de câmeras Go-Pró nas máquinas que passam o novo asfalto nas ruas, como queria o TCM. Para comprovar o serviço realizado, a empresa vai ter de enviar para a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras a foto de como era o buraco antes do recapeamento e como ele ficou após o reparo. O trabalho das prensas de asfalto também será monitorado em tempo real por uma central com fiscais das subprefeituras.

IneficienteO modelo que funciona hoje de fiscalização é totalmente falho e ineficiente, segundo avaliação do TCM. Atualmente, são as

próprias empresas que enviam para o governo o volume de asfalto usado nos trabalhos diários. A fiscalização que deveria ser feita por cerca de 700 agentes das 31 subprefeituras não dá conta de verificar a qualidade e o montante de asfalto usado.

Auditores do tribunal citam que é comum a empresa usar bem mais asfalto do que deveria em pequenos buracos. Eles afirmam que servidores de outros tribunais do País têm debatido uma forma de fiscalizar as obras de recapeamento, um dos cinco serviços públicos campeões em reclamações na Ouvidoria e de maior dificuldade na verificação do que realmente foi feito pelas empresas.

Com as fotos do “antes e depois dos buracos”, vai ser possível mensurar o que foi gasto de asfalto em cada conserto, acredita o TCM. O material também deverá ser colocado na internet pelo governo, para consulta do cidadão. O agente da Prefeitura ainda poderá verificar na hora se o conserto deixou falhas comuns, como danos nas galerias de abastecimento de água. Quando ocorre esse vazamento de água, o reparo quase sempre acaba ficando malfeito e tem pequena garantia, já que o asfalto não consegue se fixar sobre o solo molhado.

Na semana passada, um vídeo com falhas de fiscalização nos serviços de recapeamento e tapa-buracos foi apresentado por auditores do TCM a uma equipe do governo, incluindo o secretário de Coordenação das Subprefeituras, Ricardo Teixeira. Na apresentação, os auditores e o conselheiro Dissei mostraram que o modelo com foto antes e depois dos reparos poderia ser usado para

evitar o desperdício de massa asfáltica em consertos pequenos. Editais

A recomendação foi acatada por Teixeira e por sua equipe, que fizeram dois novos editais para as concorrências de R$ 620 milhões que estavam suspensas havia dez meses.Máquina de reparo terá GPS e serviço passará por auditoria.

Nas novas concorrências, o governo também exige das empresas a instalação de aparelhos de GPS para o monitoramento das máquinas que fazem os reparos de buracos na capital paulista. Um técnico credenciado pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) também deverá atestar cada trabalho feitos nos buracos e será o responsável por verificar a qualidade nos três meses posteriores.

O TCM ainda recomendou ao governo a criação de um “índice de desempenho” para ser aplicado aos contratos. Por exemplo: com 50 quilos de asfalto as empresas precisam reparar, em média, 50, meta que hoje não existe. A previsão da Corte do tribunal é de que a nova fiscalização leve a uma economia de cerca de R$ 7,8 milhões anuais aos cofres públicos.

Segundo estimativa feita ao TCM, o governo pretende utilizar cerca de 29 mil toneladas de asfalto mensais, ao custo de R$ 10,5 milhões - hoje, o gasto médio mensal é de 21 mil toneladas por mês, a R$ 9,5 milhões.

Diego Zanchetta - O Estado de S.Paulo | 23/8/2014

Tapa-buraco em São Paulo terá fiscalização com fotoModelo mais rigoroso, pedido pelo Tribunal de Contas do Município, permitirá monitorar recapeamento na cidade em tempo real

Duzentas e dezesseis das 400 câmeras de monitoramento de trânsito da capital estão quebradas. Segundo a CET

(Companhia de Engenharia de Tráfego), ontem, apenas 184 desses equipamentos operavam normalmente. Isso representa 54% do total.

Câmeras fora de operação são um problema antigo em São Paulo, que tem piorado ao longo dos últimos meses. Reportagem do Agora publicada no dia 8 de agosto de 2013 mostrou que uma em cada quatro câmeras da cidade (26,4% do sistema) apresentavam algum defeito.

O TCM (Tribunal de Contas do Município) determinou, no mês passado, que a CET adote medidas de melhoria de manutenção dessas câmeras para diminuir o percentual de equipamentos quebrados.

Instaladas em pontos de grande movimento de veículos da cidade, como cruzamentos de importantes vias e pontes das marginais Pinheiros e Tietê, essas câmeras possibilitam o monitoramento do trânsito em tempo real.

Elas permitem que a CET mande um marronzinho para o local onde um acidente esteja causando congestionamento, por exemplo. Por meio das imagens transmitidas por elas à central da CET, também é possível alterar o tempo de um semáforo que não esteja dando conta do movimento intenso de veículos em determino ponto.

Atraso geral

Para Sergio Ejzenberg, engenheiro e mestre em transportes pela Escola Politécnica da USP, o fato de mais da metade das câmeras de monitoramento da cidade não estar operando é gravíssimo. “Em uma cidade com o trânsito saturado como São Paulo, é

imprescindível que a detecção dos problemas e a resposta a isso sejam imediatas”, diz o especialista. “Com uma operação ruim, o atraso é geral e o prejuízo à população é enorme.”

Já Horácio Figueira, mestre em transporte pela USP, diz que “quanto maior o número de câmeras de monitoramento em operação, maior é a chance de se minimizar o caos no trânsito de São Paulo”.

Batida e desgaste são as principais causas

Postes que sustentam as câmeras derrubados por veículos em acidentes e o desgaste natural dos equipamentos provocado pelo tempo estão entre as principais causas das quebras das câmeras de monitoramento de trânsito. De acordo com a CET, esses equipamentos foram instalados em 1996 – portanto, há 18 anos.

Segundo a empresa, são vários os tipos de falhas nesses equipamentos. Quando quebram, param de operar. Há casos em que há a operação, mas as imagens não são transmitidas à central – eles também entram na conta dos equipamentos que não funcionam.

Percentual de falhas triplica em dois anos

O percentual de câmeras de monitoramento da cidade fora de operação mais que triplicou de 2012 para cá.Segundo relatório de fiscalização feito pelo TCM (Tribunal de Contas do Município), em dezembro de 2012, 15% das câmeras de monitoramento da cidade apresentavam algum defeito. No ano seguinte, esse percentual subiu para 31%.

Esse índice varia de acordo com o dia, já que a manutenção desses equipamentos é permanente. Desde a última quinta-feira, esse percentual está em 54%, segundo a CET.

RESPOSTA

‘Concorrência vai prever manutenção’

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) disse em nota que prepara concorrência para contratar serviço de manutenção nos equipamentos. Afirmou ainda que “está elaborando os esclarecimentos solicitados para poder dar andamento ao processo” de licitação para adquirir 1.680 novas câmeras de monitoramento de trânsito.As novas câmeras, diz, serão capazes de emitir um alerta automático para a central da CET quando um veículo quebrado parar o trânsito.Segundo a CET, a atual gestão encontrou no órgão de trânsito uma “infraestrutura completamente sucateada”, em janeiro de 2013. A reportagem enviou e-mail e tentou localizar, por meio de dois telefones, a assessoria de imprensa do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), sem sucesso.

Licitação está parada há 5 meses

A CET (Companhia de Engenharia do Tráfego) abriu uma licitação para comprar 1.680 novas câmeras de monitoramento de trânsito para a capital em abril deste ano.Em julho, o TCM (Tribunal de Contas do Município) suspendeu esse procedimento, após técnicos do órgão detectarem sete irregularidades na licitação. Uma das exigências da Corte é a apresentação de estudos técnicos que apontem a necessidade dos equipamentos em 534 pontos da cidade.Segundo o tribunal, a CET respondeu aos questionamentos feitos pelo órgão, mas, na avaliação da Corte, eles foram “insuficientes para a retomada” da licitação.A empresa então pediu um novo prazo para reapresentar as respostas, o que não foi feito até hoje, segundo o tribunal.

Metade das 400 câmeras de trânsito da CET está quebrada

Léo Arcoverde - Agora São Paulo | 10/12/2014

216 equipamentos de trânsito, instalados em pontos de grande movimento, têm defeito, diz o órgão

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Lançada em março de 2013 pela gestão do prefeito Fernando Haddad (PT), a licitação para três garagens subterrâneas está

emperrada depois de ter tido sua legalidade contestada pelo TCM (Tribunal de Contas do Município de São Paulo).

A prefeitura quer conceder a exploração das vagas por 30 anos em troca da construção das garagens.

O projeto criaria 1.379 vagas na região central da cidade, com estacionamentos subterrâneos na praça Roosevelt, praça Fernando Costa (na rua 25 de Março) e no Mercado Municipal.

O edital permite que sejam cobrados, por três horas de estacionamento, até R$ 53,67 no Mercadão, R$ 36,27 na Rooselvelt e R$ 36,90 na praça Fernando costa. O valor final poderia baixar conforme a proposta das empresas na licitação.

Projeto de lei

Além dessas três, a prefeitura planeja a concessão de mais garagens subterrâneas. Mas isso depende da aprovação de um projeto de lei pela Câmara Municipal, parado desde outubro de 2013, quando foi aprovado em primeira votação. Para ser sancionado pelo prefeito, o projeto precisa passar por nova votação na Câmara.

O TCM contesta a falta de clareza em alguns pontos do edital, como no motivo para o prazo da concessão ser de 30 anos. Também sustenta que não é vantajoso para a prefeitura licitar a

exploração das garagens em conjunto.

Após suspender a licitação despois de seu lançamento, em 2013, o TCM manteve o veto, em janeiro deste ano, mesmo depois de a prefeitura apresentar sua defesa ao tribunal. Segundo informou o gabinete do conselheiro Edson Simões, autor da decisão que suspendeu a concorrência, das 38 irregularidades encontradas de início, a prefeitura corrigiu 25.

Resposta

‘Questionamentos são respondidos’

A Secretaria Municipal dos Transportes informou, em nota, que responde “prontamente” a todos os questionamentos do Tribunal de Contas com o objetivo de conseguir liberar a realização da licitação. Segundo informou a secretaria, a licitação conjunta dos três estacionamentos tem o objetivo de aumentar a viabilidade econômica da concessão das garagens. O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, afirmou que a prefeitura pretende fazer a concessão de mais garagens, mas que isso depende da aprovação de projeto pela Câmara Municipal.

Prefeitura já gerencia estacionamentos

Mesmo antes de conseguir construir as garagens subterrâneas – concessões com direito de exploração por até 30 anos – a Prefeitura de São Paulo já administra estacionamentos. Um deles funciona na praça Roosevelt, na região central de São Paulo,

numa das áreas que tiveram a licitação para a concessão da garagem suspensa.

A diferença é que a administração é de responsabilidade da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), que contrata uma empresa para o serviço. Já no caso da concessão, o empresário ganha o direito de explorar a área em troca de fazer a obra.

O estacionamento da praça Roosevelt começou a funcionar no dia 1º, com dois pavimentos e 426 vagas para carros. A CET administra outros dois estacionamentos, em Pinheiros, com 415 vagas, e no M´Boi Mirim, com 540 vagas.

Achar vaga na região central exige paciência

Frequentadores do centro de São Paulo reclamam da dificuldade de encontrar vagas para estacionar na região. “Rodei muito”, disse o frentista Antônio Edson Nascimento, 30 anos, na quinta-feira. Ele mora em Osasco (Grande SP) e penou para encontrar vaga na região da rua 25 de Março.

O motorista Francisco de Assis Silva, 56 anos, que costuma frequentar o Mercado Municipal, diz que um estacionamento subterrâneo no local facilitaria a procura por vagas e poderia melhorar o trânsito. “Teria menos carros estacionados nas ruas.”Funcionário de uma empresa de comércio exterior no centro, o executivo de contas Bruno Barreto, 32 anos, diz que prefere usar o transporte público por causa da dificuldade para estacionar, mas tem que utilizar o carro quando vai visitar clientes.

Projeto de garagem municipal subterrânea está emperradoFelipe Amorim - Agora São Paulo | 22/12/2014

Tribunal de Contas barra edital de radares em ônibus

Os jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Agora São Paulo e Diário de S.Paulo publicaram, em 10 de outubro

de 2014, decisão do TCM de suspender o edital de radares em ônibus (LAP Embarcado). Foram 12 as irregularidades apontadas pelo TCM para barrar a licitação que previa a compra de 300 radares de trânsito que seriam instalados em ônibus para flagrar motoristas invadindo os corredores e faixas exclusivas dos coletivos em São Paulo: falta de motivação, ou seja, não restou justificada a necessidade da contratação (art. 37, CF e infringência ao inciso I do artigo 2º do DM 44.279/03); a modalidade “pregão” não é adequada ao objeto pretendido (infringência ao art. 1º da LF nº 10.520/02 e artigo 3º da LF 8.666/93); orçamento estimativo da licitação não se encontra justificado (infringência ao inc. II do §2º do art. 7º da LF nº 8.666/93); não ficou demonstrado se o quantitativo proposto se adequa à real necessidade do município (art. 2º, inciso IX do DM nº 44.279/03, e art. 7º, § 4º da LF nº 8.666/93); ausência do demonstrativo de impacto orçamentário-financeiro da despesa, bem como da declaração de compatibilidade com a Lei Orçamentária Anual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Plano Plurianual (Infringência ao artigo 16 da LC nº 101/00, bem como ao artigo 7º, §2º, IV da Lei Federal nº 8.666/93); ausência de justificativa para a adoção dos índices, para a avaliação da capacidade econômico-financeira das licitantes, (contrariando disposto no §5º do art. 31 da LF nº 8.666/93); equívoco por solicitar carta do fabricante de equipamentos, por prever uma exigência a terceiros que não participam da licitação (infringe inc. I do § 1º do art. 3º da LF nº 8.666/93); ausência de definição de quais serviços poderão ser subcontratados (Infringência ao art. 72 da LF 8.666/93); ausência no edital de disposição acerca da exigência de que a subcontratada comprove as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação (inciso XIII do artigo 54 da LF nº 8.666/93); ausência no preâmbulo do edital de qual será o regime de execução (artigos 40, I e 55, I da LF 8.666/93 e artigo 3º, II da LF 10.520/02); irregularidade na previsão de prorrogação de prazo pelo pregoeiro (Infringência ao artigo 40, ‘caput’, da LF nº 8.666/93); necessidade de elucidar a exigência que trata da comprovação de certificados de avaliação emitidos pelo Inmetro.

Concorrência para compra de 841 câmeras de monitoramento de trânsito

Em 29 de julho de 2014, o jornal O Estado de S.Paulo noticiou a decisão do presidente e relator Edson Simões,

que suspendeu a concorrência para a compra de 841 câmeras para monitorar o trânsito de São Paulo em 524 pontos.A matéria jornalística informa que Simões avaliou que a licitação não especifica, entre outras coisas, a localização dos 524 pontos de monitoramento e como seria a operação em cada um, o que poderia prejudicar a disputa entre as empresas concorrentes na licitação.Em 30 de julho, os jornais Folha de S.Paulo, Agora São Paulo e Diário de S.Paulo, também noticiaram a suspensão.

A suspensão da licitação para inspeção veicular é destaque em jornais

A suspensão da licitação para a inspeção veicular pelo conselheiro relator João Antonio da Silva Filho foi

noticiada em 15 e 16 de maio de 2014 pelos jornais Diário de S.Paulo, Agora São Paulo e O Estado de S.Paulo. Este último informou as 19 falhas que motivaram a suspensão e que poderiam causar prejuízos aos cofres públicos, entre as quais, ausência de estudo do impacto orçamentário, falta de justificativa para o preço unitário de referência e ausência de planilha de custos.

Em 1 de agosto os jornais O Estado de S.Paulo e Agora São Paulo retomam o assunto e comentam as decisões do tribunal de Justiça de São Paulo sobre a inspeção veicular.

Em 20 de novembro o Diário de S.Paulo informa que a licitação encontra-se em análise no TCM até que todos os questionamentos apontados pelos áreas técnicas do órgão sejam sanados.

Telejornais da TV Globo destacamação do TCM na fiscalização da merenda escolar

A TV Globo, por meio de seus telejornais Bom Dia Brasil, Bom Dia São Paulo e SPTV – 1ª Edição, destacou, nos

dias 18 e 19 de agosto de 2014, a atuação do Tribunal de Contas do Município de São Paulo. O tema dessas notícias, em que é entrevistado o conselheiro Roberto Braguim, tem como foco a ação do TCM na fiscalização da merenda escolar com vistas à economia de recursos do município. Ressalta, ainda, a orientação profissional aos servidores participantes do “Programa de Alimentação Escolar”, ministrado pela Escola de Contas do Tribunal.

O curso realizado na Escola Superior de Gestão e Contas Públicas Conselheiro Eurípedes Sales, com apoio do presidente Edson Simões e iniciativa do conselheiro corregedor Domingos Dissei, teve como objetivo subsidiar os responsáveis pelo recebimento de produtos da merenda escolar nas creches conveniadas no município de São Paulo. Contou com a parceria do Departamento de Educação Escolar e da Consultoria Técnica em Vigilância Sanitária (COVISA).

Sobre o mesmo tema, o SBT veiculou reportagem no dia 21 de agosto, no Jornal SBT Brasil, e no dia 22, no Notícias da

Manhã e no SBT Manhã.

TCM suspende licitação de corredores de ônibus no valor de R$ 2,4 bilhões

O presidente e conselheiro relator Edson Simões suspendeu, no dia 19 de dezembro de 2014, a licitação da São Paulo Transporte

para a construção de novos corredores de ônibus na cidade no valor de R$ 2,4 bilhões, tendo por principal causa a falta de comprovação dos recursos orçamentários para a execução das obras.

A notícia foi veiculada no Jornal O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e no Jornal Agora São Paulo, em 20 de dezembro de 2014, todos mencionando que o TCM já havia barrado uma outra licitação para construção de corredores, em janeiro de 2014, pelo mesmo motivo.

No dia 5 de janeiro de 2015, o jornal o Diário de S.Paulo aborda o assunto em matéria e, ainda, no seu editorial.

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TCM NA MÍDIAEditoriais destacam que o Tribunal de Contas do Município de São Paulo

tem cumprido com competência a sua missão constitucional

Em 2014, o jornal O Estado de S. Paulo publicou nove editoriais destacando o trabalho realizado

pelo TCM na contenção e controle dos gastos públicos na cidade de São Paulo.

No editorial publicado no dia 28 de dezembro, o jornal enfatiza que a atuação dos Tribunais de Contas tornou-se mais intensa e rigorosa nos últimos anos, destacando a adequada atitude do presidente e relator Edson Simões ao suspender a licitação para novos corredores de ônibus, com obras orçadas em R$ 2,4 bilhões.

Em 14 de dezembro, outro editorial destaca o papel do TCM como fiscal de recursos públicos, citando que o presidente e relator Edson Simões suspendeu a licitação dos corredores em janeiro de 2014, por falta de recursos e projeto básico incompleto.

No texto opinativo publicado em 16 de outubro, o jornal elogiou o presidente e relator Edson Simões, dizendo que ele agiu de forma correta ao barrar a licitação para a compra de 300 radares de

fiscalização nos ônibus, o que foi causado por 12 irregularidades no edital.

Um outro texto opinativo, datado de 27 de setembro, sugere que seja dobrado o investimento público em transportes e cita o TCM, de forma elogiosa, ao dizer que, numa decisão acertada, o Tribunal suspendeu a licitação da Prefeitura de R$ 4,7 bilhões para a construção de 150 quilômetros de corredores de ônibus, o que foi motivado por projeto executivo incompleto e falta de comprovação de recursos orçamentários.

Em 27 de agosto, outro editorial falou sobre as medidas preventivas que o Tribunal de Contas do Município vem tomando para evitar falhas relevantes nos projetos do Executivo e desperdício de recursos públicos.

No dia 5 de agosto, o jornal publica mais um editorial ressaltando que o TCM tem cumprido com rigor a sua missão de órgão de controle externo. Cita, na oportunidade, que o presidente e relator

Edson Simões suspendeu a licitação para instalação de câmeras de monitoramento de trânsito.Outro texto opinativo, de 27 de julho, questionava proposta do Executivo Municipal de criar 800 novos cargos para auditar as contas da Prefeitura, em uma estrutura que o editorialista julgou desnecessária na medida em que seria paralela à do TCM.

Em 15 de abril, um outro editorial lamentou a qualidade dos serviços de remoção de corpos na capital. Afirmou que, depois de julgar irregulares as últimas prestações de contas do Serviço Funerário, o TCM destacou em relatório que isso ocorreu devido à “constatação de deficiências observadas neste e em exercícios anteriores”.

Por fim, o primeiro editorial do ano, publicado em 12 de janeiro, defendia a decisão do presidente do TCM, Edson Simões, de determinar a suspensão da licitação para construção de 150 quilômetros de corredores de ônibus ao custo de R$ 4,7 bilhões, ideia retomada em outros editoriais, conforme já citado.

TCM julga irregular o contrato da segunda maior empresa de ônibus de São Paulo

Jornais impressos e mídia televisiva noticiaram que o Colegiado do TCM, por unanimidade, acolheu o

voto do presidente e relator Edson Simões e julgou irregular a execução contratual da Viação Sambaíba, apontando um prejuízo de R$ 460 milhões à Prefeitura.

As reportagens descrevem as irregularidades encontradas por Simões, que foram: não disponibilização de pelo menos 1 veículo por linha adaptado para acesso de pessoa portadora de deficiência; manutenção de veículo com mais de 10 anos de fabricação na frota; não comprovação do envio dos demonstrativos contábeis em conformidade ao “Plano de Contas” previsto e devidamente auditado; falta de comprovação da regularidade da empresa no tocante ao INSS, ao FGTS e aos Tributos Mobiliários; não implantação do Centro de Operação da Concessionária (COC), tendo por objetivo acompanhar o desempenho das linhas do sistema ao longo de toda a operação, atuando preventiva e corretivamente sobre os problemas; do Centro de Operação do Terminal (COT), cuja função é a centralização das atividades de operação do terminal, mediante processamento de dados do Centro de Operação da Concessionária (COC) e dos dispositivos instalados no terminal; e do Centro de Controle Operacional Integrado de Transporte e Trânsito (CCO), que atua em 3 níveis: I) o estratégico envolvendo indicadores para uma síntese da situação operacional da Cidade; II) o gerencial, voltado à monitoração, fiscalização e supervisão do desempenho de atendimento; e III) e o operacional envolvendo os controles de terminais

e pontos de parada, dos corredores estruturais, das linhas e da fluidez e a segurança e atuação sobre incidentes viários e da frota; não conformidade da remuneração dos serviços em relação aos parâmetros licitados, inclusive quanto ao Serviço Atende; falta de garantia contratual em vigência; falta apólice de seguro de responsabilidade civil; não realização de investimentos de responsabilidade do concessionário; não emissão de nota fiscal; apresentação de carta de fiança inidônea (falsa) quando da assinatura do ajuste, sem aplicação de penalidades; acréscimo indevido à remuneração a título de reembolso das despesas com os equipamentos AVLs (Automatic Vehicle Location); e indevida postergação do prazo contratual para a renovação da frota e ilegítima complementação da remuneração à Concessionária pela aquisição dos veículos novos.

Também foram encontradas as seguintes infringências: ser reembolsado, “com dinheiro público” pela aquisição e manutenção de bens não reversíveis (AVLs – Automatic Vehicle Location e veículos da frota), quando é obrigação contratual realizar tais despesas, consideradas na elaboração da proposta apresentada no processo licitatório; ser remunerado de forma diversa daquela estabelecida no edital da licitação que participou, pois não só na fase de transição, mas também após seu encerramento, foram adotados outros critérios e periodicidade de pagamento, destacando-se as alterações introduzidas pela Secretaria Municipal de Transportes mediante a Portaria nº 95/06; e deixar de fazer os investimentos em bens reversíveis,

expressamente previstos no contrato de concessão, obrigação que permitiu fosse fixado o prazo contratual acima dos usuais de 05 anos (previsto na Lei 8.666/93), objetivando a amortização de tais investimentos.

No seu voto, o conselheiro também relacionou os problemas recorrentes: quebra de ônibus; atrasos nas partidas; superlotação; descumprimento do número de viagens; veículos em estado precário de manutenção e de higiene; acidentes, cabendo aqui frisar que só a Sambaíba responde a quase 300 (trezentas) ações judiciais em trâmite na Capital, relativas a danos provocados a usuários e a terceiros, consoante se verifica na consulta ao Portal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo; ocorrência de greves de motoristas e cobradores por atrasos salariais e por outros direitos trabalhistas desrespeitados pelo Concessionário; e número insuficiente de empregados, valendo-se da extrapolação da jornada diária de trabalho, com horas extras numa atividade de alto risco, colocando em último plano a segurança do serviço de transporte de passageiros, atingindo o próprio empregado, os usuários e terceiros.

O julgamento do TCM foi noticiado pela Rede Globo no dia 5 de setembro de 2014, no jornais Bom Dia São Paulo, Globo News e SPTV 2ª edição. No dia 21 de setembro, no Bom Dia São Paulo e no dia 22 do mesmo mês, na TV Gazeta.

Também foi notícia nos jornais Diário de S.Paulo e Agora São Paulo, em 6 de setembro, e no O Estado de S. Paulo e Diário de S. Paulo, em 3 de outubro.

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NOTAS

Renovação da Certificação ISO 9001com nova auditoria externa

O Tribunal de Contas do Município de São Paulo conquistou a renovação da Certificação ISO 9001, versão 2008, em auditoria externa de qualidade realizada

nos dias 8 e 9 de setembro de 2014, pela Associação Portuguesa de Certificação (APCER), nova entidade certificadora contratada pelo TCM. Os auditores constataram o cumprimento dos requisitos da lei pelo TCM, sem a existência de pontos que colocassem em dúvida o sistema de gestão da qualidade implementado.

Na abertura dos trabalhos, o presidente Edson Simões deu as boas vindas aos representantes da nova empresa de certificação e se colocou à disposição dos técnicos. O conselheiro vice-presidente Roberto Braguim acrescentou: “Estivemos acompanhando esse processo de auditoria ao longo dos últimos anos. Fomos a primeira entidade pública a obter essa Certificação. Isso é importante, é uma grife que nos diferencia das demais. Então nós vamos trabalhar no sentido de manter essa qualidade”, disse.

O auditor externo Jorge Cruz agradeceu a oportunidade de certificar os processos do TCM. “Para nós, da APCER, é um privilégio estar aqui em uma entidade que é pioneira. Espero que essa parceria seja duradoura. É um ciclo, em princípio, de três anos”, afirmou ele.

Após a realização dos trabalhos, Cruz apresentou os resultados satisfatórios aos membros do Tribunal e observou que “não foram constatadas situações que possam causar impacto negativo no sistema de gestão”. O auditor elogiou o modo como foram recebidos e o “clima muito positivo que permitiu que a auditoria decorresse conforme o planejado”.

Associação Portuguesa de Certificação (APCER) realizou auditoria externa de qualidade nos dias 8 e 9 de setembro

Eleição para os cargos de presidente, vice e corregedor do TCM

Por unanimidade, o Colegiado do Tribunal de Contas do Município de São Paulo elegeu

o conselheiro Roberto Braguim para ocupar a Presidência do TCM no exercício de 2015. Também foi unânime a escolha do conselheiro Edson Simões para a Vice-Presidência e do conselheiro Domingos Dissei, que foi reeleito para o cargo de corregedor.

A sessão extraordinária para a eleição do presidente, vice-presidente e corregedor foi realizada no dia 17 de dezembro de 2014. Sessão extraordinária para eleição dos cargos

28ª Reunião de Análise Crítica pela Alta Direção

Alta Direção do TCM realiza 28ª reunião de Análise Crítica

O presidente Edson Simões e o vice-presidente Roberto Braguim participaram da 28ª Reunião de Análise Crítica pela Alta Direção do Tribunal de Contas do Município de São

Paulo, realizada no dia 4 de dezembro de 2014. A reunião, conduzida pelo coordenador do Escritório da Qualidade do Tribunal (ETQC), Oswaldo Bertinato Júnior, teve como objetivo avaliar a pertinência do Sistema de Gestão de Qualidade e sua adequação aos requisitos da ISO 9001-2008, bem como a eficácia dos resultados das atividades planejadas.

Durante o encontro, o subsecretário de Fiscalização e Controle, Lívio Fornazieri, e o chefe do Núcleo de Tecnologia da Informação, Mario Toledo dos Reis, apresentaram as principais melhorias alcançadas ao longo de 2014, com avanços e reformulação nos softwares Átomo, Panorama, Ábaco, Diálogo, Cubo Supri e Radar, contribuindo para o aumento da capacidade de fiscalização do TCM sobre as contas públicas.

Também abordaram temas relacionados aos resultados das auditorias internas e externas, que resultaram na manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade.

Na oportunidade, estiveram presentes o secretário geral, Rodrigo Pupim; o chefe de gabinete da Presidência, Miguel Kirsten; a chefe de gabinete da Vice-Presidência, Laura de Barros; o chefe de gabinete do conselheiro corregedor Domingos Dissei, Rubens Chammas; assessores dos gabinetes dos conselheiros Maurício Faria e João Antônio; agentes de fiscalização e José Camilo dos Santos.

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DECISÕES

2.729ª Sessão Ordinária

12/3/20141) TC 807.12-04Interessadas: Secretaria Municipal de Educação e Golden Distribuidora Ltda. Objeto: Pregão Presencial 55/SME/2011 – Contrato 239/SME/2011 R$ 9.408.000,00 – Contratação de empresa para o fornecimento de equipamentos do tipo “tablet” com manutenção e garantia por 24 meses, para atendimento das necessidades da Secretaria Municipal de Educação, incluindo todas as suas unidades, de acordo com as especificações constantes da ata de Registro de Preços 30/SME/2011.Resultado: Julgados regulares, visto que em consonância com as normas aplicáveis à espécie, o Pregão Eletrônico 55/SME/2011 e o Contrato 239/SME/2011. Conhecida a Ata de Registro de Preços 30/SME/2011. Acolhida a proposta formulada pelo Senhor Secretário Geral para que, em face da ‘relevância do tema, atrelada ao expressivo valor do ajuste’, seja realizada pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle, em autos apartados, a análise da execução do contrato em apreço, de modo a averiguar se os objetivos traçados pela Administração foram alcançados e, assim, demonstrado o atendimento do interesse público com a realização do certame, inclusive quanto à efetiva distribuição dos “tablets” adquiridos, e que, nos termos da sugestão do Conselheiro Maurício Faria, a análise não se restrinja à verificação apenas da materialidade da entrega, se os “tablets” foram entregues e distribuídos, mas que se busque verificar também a eficácia; como é que estes dispositivos foram utilizados e qual a aferição de resultados pedagógicos do uso desta tecnologia. Determinado, após realizadas as comunicações regimentais, o arquivamento destes autos.Unanimidade.Relator: Conselheiro Roberto Braguim.

2.731ª Sessão Ordinária

19/3/20141) TC 1.767.07-60Interessadas: – Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão – Sempla e Ceazza Distribuidora de Frutas, Verduras e Legumes Ltda.Objeto: Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Contrato 094/2006 (R$ 73.741.418,90 est.), cujo objeto é o fornecimento de alimentos in natura com a respectiva solução logística, para entrega nas unidades atendidas pelo Departamento de Merenda Escolar, conforme determinado no TC 3.505.06-03, está sendo executado conforme o pactuado (Acomp. TC 1.768.11-09).Resultado: Acolhida a execução do Contrato 094/2006, uma vez que, como demonstrado, as falhas diagnosticadas foram absolutamente releváveis, exceto aquela que diz respeito às determinações verbais que alteraram as datas de entrega de ovos, a qual, pelas peculiaridades que revestem o processado, foi, em caráter excepcional, considerada igualmente escusável. Determinado que o processo TC 1.768.11-09 deixe de acompanhar estes autos, pois o v. Acórdão nele encartado não interfere nem possui relação com este julgamento, devendo, portanto, ser devidamente arquivado. Determinado, consoante proposta do Conselheiro Domingos Dissei, que, tendo em vista o valor significativo da contratação, seja feito um acompanhamento contínuo pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle deste Tribunal ao longo da vigência deste, bem como que a Escola Superior de Gestão e Contas Públicas Conselheiro Eurípedes Sales realize treinamento para os responsáveis pelas creches conveniadas a fim de que eles garantam a qualidade dos produtos recebidos. Determinado à Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte que faça a verificação do que é possível e, doravante, faça o acompanhamento concomitante da execução, para que se tenha todo o período e possa averiguar a qualidade dos materiais comprados.

Unanimidade.Relator: Conselheiro Roberto Braguim.

2.739ª Sessão Ordinária

30/4/20141) TC 2.611.08-87Interessada: Secretaria Municipal de Educação – SME.Objeto: Auditoria Programada – Avaliar os resultados alcançados na execução do Programa de Governo – Remuneração dos Profissionais do Magistério (Ciclo II) e o atendimento das metas estabelecidas nos instrumentos de planejamento. Resultado: Conhecida a auditoria para efeito de registro. Determinado que seja intimada a Secretaria Municipal de Educação – SME para que forneça, no prazo de 90 (noventa) dias, informações sobre o resultado alcançado com o cumprimento estabelecido pela Portaria 22/12 – SGM, publicada no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, de 21/6/2012, que constituiu o Grupo de Trabalho Intersecretarial para, no prazo de 90 (noventa) dias, analisar as causas dos problemas de saúde que levam às situações de afastamento de professores por motivo de licença médica ou readaptação funcional, bem como propor medidas preventivas ou ações tendentes a prevenir ou minimizar tais situações. Determinado à Subsecretaria de Fiscalização e Controle a realização de inspeção, com a finalidade de apurar quais soluções foram alcançadas e quais problemas persistem, bem como a indicação de novos prognósticos encontrados pela Especializada, em razão do lapso entre a realização da auditoria e a apresentação das informações sobre uma questão de nítido interesse público para a Cidade de São Paulo, sendo, assim, imperioso reconhecer a necessidade de atualização dos dados. Determinado o envio de cópia do resultado desta auditoria à Secretaria Municipal da Saúde e à Secretaria Municipal de Educação.Unanimidade.Relator: Conselheiro João Antonio.

2.742ª Sessão Ordinária

14/5/20141) TC 2.486.09-78Interessados: Secretaria Municipal de Habitação – Sehab e Consórcio Schahin-Carioca-L3.Objeto: Concorrência 008/2007-Sehab – Contrato 004/2008/Sehab R$ 67.656.846,87 – Execução de serviços e obras do Lote 14 do Programa de Urbanização de Favelas e Regularização de Loteamentos Irregulares Precários, da Coordenadoria de Habitação da Secretaria.Resultado: Julgada regular a Concorrência 008/2007-Sehab. Julgado irregular o Contrato 004/2008/Sehab, tendo em vista que foram pagos serviços, no montante de R$ 17.357.996,36, com recursos oriundos de notas de empenho extemporâneas, em desobediência ao artigo 61 da Lei Federal 4.320/64 e ao Decreto Municipal 23.639/87. Não reconhecidos seus efeitos financeiros. Vencido o Conselheiro Domingos Dissei que aceitou os efeitos financeiros do ajuste. Aplicada a multa no valor de R$ 574,25 (quinhentos e setenta e quatro reais e vinte e cinco centavos) aos ordenadores da despesa. Determinado o envio de ofícios ao Senhor Prefeito do Município de São Paulo e à Câmara do Município de São Paulo, para conhecimento deste Acórdão. Unanimidade/ maioria.Relator: Conselheiro João Antonio.

2.745ª Sessão Ordinária

04/6/20141) TC 1.481.07-57Interessada: Secretaria Municipal de Transportes – SMT.

Objeto: Inspeção – Apurar a realização das medidas de adaptação da frota municipal de ônibus às pessoas portadoras de deficiência, em obediência ao disposto na legislação vigente.Resultado: envio de ofício ao Secretário Municipal de Transportes, a fim de que adote providências no sentido de que a frota de coletivos municipal esteja totalmente acessível às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, atentando para o prazo final de adequação legalmente previsto, em 03.12.2014, a teor do disposto no § 3º do artigo 38 do Decreto Federal 5.296/2004 e ao Ministério Público do Estado de São Paulo, acompanhado das cópias reprográficas do relatório e voto do Relator e deste Acórdão.Unanimidade.Relator: Conselheiro Edson Simões.

2.752ª Sessão Ordinária

02/7/20141) TC 365.09-82Interessada: Secretaria Municipal da Saúde – SMS (Fundo Municipal de Saúde).Objeto: Inspeção – Avaliar as condições de atendimento ao público na prestação de serviços de saúde bucal, atentando para as instalações físicas, equipamentos e materiais necessários.Resultado: expedição de ofício à Secretaria Municipal da Saúde – SMS, encaminhando cópia do presente julgado, requestando que informe a este Tribunal, no prazo de 60 (sessenta) dias, a situação da demanda para atendimento em saúde bucal, a respectiva oferta e as perspectivas de adequado atendimento.Unanimidade.Relator: Conselheiro Maurício Faria.

2.758ª Sessão Ordinária

13/8/20141) TC 3.005.10-67Interessadas: São Paulo Turismo S.A. – SPTuris e DMDL Montagens de Stands Ltda.Objeto: Pregão Eletrônico 077/10 – Contrato CCN/GCO 142/2010 R$ 5.200.000,00 – Prestação de serviços de infraestrutura de Suporte Técnico que envolvem as atividades de implantação e aparelhamento das instalações provisórias, locação de equipamentos de proteção e combate a incêndio, bem como a locação de linhas telefônicas fixas e conexões de dados em alta velocidade, necessárias à realização do 39º Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1.Resultado: Conhecido do Pregão Eletrônico 077/10 e acolhido o Contrato CCN/GCO 142/2010, visto que formalmente regulares.Unanimidade.Relator – Conselheiro Domingos Dissei.

2.768ª Sessão Ordinária

1º/10/20141) TC 3.633.06-93Interessadas: Secretaria Municipal de Transportes – SMT e Sambaíba Transportes Urbanos Ltda.Objeto: Acompanhamento – Execução Contratual – Proceder ao acompanhamento do Contrato 702/03 SMT-Gab – Área 02 (R$ 1.300.000.000,00 est.), cujo objeto é a concessão e a delegação da prestação dos Serviços de Transporte Coletivo Público de Passageiros na Cidade de São Paulo, na área 2, nos termos dos artigos 2º e 3º do Decreto 42.736/02, com a finalidade de atender às necessidades atuais e futuras de deslocamento da população, para verificar se está sendo executado conforme pactuado no termo de Concessão e Aditivos (área 02).

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Resultado: Rejeitada a preliminar de ilegitimidade de parte arguida pelos interessados, a teor do disposto no § 1º do artigo 116 do Regimento Interno desta Corte, uma vez que, por atos comissivos ou omissivos em cargos de direção, deixaram de utilizar os instrumentos legais para coibir ou penalizar o descumprimento das obrigações do concessionário, constatado pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle – SFC deste Tribunal. Diante das inconformidades e deficiências constatadas e apresentadas em seu voto, e considerando o teor das manifestações da SFC (“a execução contratual do Termo de Concessão da Área 02 (Contrato 702/03) no período de 11/9 a 13/12/06 foi irregular”), da Assessoria Jurídica de Controle Externo (“pelo não acolhimento da execução no período auditado”) e da Secretaria Geral (“opino pelo não acolhimento da execução do período auditado, sem embargo das recomendações e determinações (...) pertinentes”).Julgada irregular a execução do Contrato 702/03, no período auditado, não aceitando os correspondentes efeitos financeiros.Aplicada a cada um dos agentes responsáveis, identificados às folhas 486 , 487, 491 e 492 dos autos, a multa de R$ 574,25 (quinhentos e setenta e quatro reais e vinte e cinco centavos), com fundamento no inciso II do artigo 52 da Lei Municipal 9.167/80, incluindo o signatário do ajuste pela não imposição de penalidade à Concessionária, em razão da apresentação de carta de fiança falsa na celebração do Contrato 702/03, constatada nos autos do processo TC 5.096.03-64.Em razão do decidido, determinado à Secretaria Municipal de Transportes e à São Paulo Transporte S.A. – SPTrans que adotem, no âmbito de suas competências ou em conjunto, as seguintes providências:1 - apurar os prejuízos causados ao erário municipal pela Concessionária, em decorrência do descumprimento de obrigações contratuais, desde o início do Contrato de Concessão 702/03 até o presente momento, incluindo os investimentos não efetuados em bens reversíveis e as sucumbências suportadas pelo Poder Público Municipal, em ações ajuizadas em face da Municipalidade de São Paulo ou da SPTrans, em litisconsórcio ou não com a Concessionária da Área 2 no polo passivo, a saber:a) as ações de ressarcimento por acidentes de trânsito com danos pessoais e materiais, ou qualquer outro dano provocado pela Concessionária a usuários e a terceiros, consoante sua responsabilidade objetiva; b) as ações trabalhistas ajuizadas em face da Concessionária; c) as execuções fiscais tendo a Prefeitura do Município de São Paulo ou a SPTrans no polo passivo, como substituto tributário ou responsável subsidiário da Concessionária; 2 - aplicar as multas contratuais para cada infringência ao Contrato de Concessão praticada pela Concessionária e apontada no voto do Relator e no processo TC 5.096.03-64 (a apresentação da carta de fiança falsa e a falta de apresentação de apólice de seguro ou sua contratação em valor inferior ao devido); 3 - calcular o valor do locupletamento auferido pela Concessionária em razão: i) da apresentação da carta de fiança falsa; ii) da falta de garantia no período apontado pela SFC; e iii) do prolongamento do prazo para renovação da frota; 4 - proceder ao inventário dos ônibus adquiridos e o montante pago pela Municipalidade de São Paulo para a Concessionária, a título de renovação da frota, cujo procedimento deu-se sem respaldo legal, para fins de avaliação quanto à parcela a retornar ao patrimônio público; 5 - apurar o montante pago pelo Município de São Paulo para a Concessionária pela aquisição e manutenção de AVLs (“Automatic Vehicle Location”), a partir da formalização (em 17/10/2006) do 2º Termo de Aditamento ao Termo de Compromisso, ambos julgados irregulares por este Tribunal de Contas (TC 1.583.06-46) e obter administrativa ou judicialmente, se frustrada a via amigável, a devolução do respectivo montante pago indevidamente à Concessionária, com os acréscimos legais;

6 - intensificar, como lhes compete, a fiscalização da execução contratual, exigindo da Concessionária o cumprimento de todas as obrigações contratuais, inclusive a apresentação de apólice de seguro de responsabilidade civil e garantias vigentes; 7 - exigir e conferir, mensalmente, os comprovantes de recolhimento de obrigações previdenciárias, trabalhistas, fiscais e outras obrigações que possam acarretar para a Municipalidade de São Paulo a responsabilidade solidária, subsidiária ou por substituição; 8 - controlar, eficazmente, a frota de ônibus da Concessionária, para que seja submetida à manutenção periódica e à limpeza e higienização diárias;9 - controlar e fazer cumprir o número de viagens e os horários de partidas nas linhas para os veículos que estão cadastrados;10 - verificar, periodicamente, se a Concessionária está utilizando somente mão de obra devidamente registrada e identificada em seu quadro de empregados, com observância da jornada diária de trabalho, estipulada para cada categoria;11 - exigir a apresentação de nota fiscal da Concessionária, pois consta como obrigação prevista em contrato, confere maior transparência aos procedimentos da empresa e permite melhor controle e fiscalização;12 - instaurar procedimento próprio com a finalidade de apurar as responsabilidades dos agentes que deram causa às irregularidades averiguadas no acompanhamento da execução contratual em pauta e, consequentemente, a apuração de eventuais prejuízos causados ao erário derivados da fiscalização insuficiente;13 - apuradas as responsabilidades e o valor dos prejuízos, devidamente corrigidos, adotar procedimentos na esfera administrativa e, se necessário for, na via judicial, visando ao ressarcimento do montante avaliado;14 - no que for pertinente, acionar a empresa seguradora emitente da apólice de seguro de responsabilidade civil contratada pela Concessionária, com o fito de lograr-se o ressarcimento dos danos por ela causados a passageiros e terceiros, suportados pela Municipalidade de São Paulo ou pela SPTrans;15 - adotar os procedimentos cabíveis de acordo com a garantia oferecida pela Concessionária e a época dos prejuízos, para fins de ressarcimento do montante aquilatado pelo descumprimento das obrigações contratuais;16 - uma vez devidamente acionados a companhia seguradora e o banco prestador da fiança, apurar o valor remanescente dos prejuízos não cobertos pelo seguro e pela carta fiança para o fim de serem promovidas as competentes ações de regresso para recuperação dos prejuízos causados pela Concessionária, incluindo os agentes públicos identificados neste processo e os demais que se verificarem igualmente responsáveis;17 - endereçar a este Tribunal a relação das ações judiciais relacionadas à Concessionária nas quais ainda não exista sentença condenatória, mas que a Municipalidade de São Paulo ou a SPTrans figuram no polo passivo, enunciando todos os valores envolvidos em cada demanda, e a respectiva fase processual atual; 18 - informar este Tribunal de Contas, no prazo de 90 (noventa) dias, a partir da ciência do V. Acórdão a ser alcançado no Egrégio Plenário, sobre as providências adotadas e os respectivos resultados; e 19 - ficar cientificado de que, na hipótese de não proceder à apuração dos responsáveis e dos valores, na forma acima determinada, este Tribunal de Contas, com amparo nos artigos 79 a 84 do Regimento Interno, proporá a instauração de Tomada de Contas.Foi determinado o envio de ofícios, acompanhados de cópia de inteiro teor do relatório e voto do Relator e deste Acórdão: 1 - ao Ministério Público do Estado de São Paulo, em resposta ao Ofício da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, por onde tramita o procedimento PJC-CAP 515/04-4º PJ;2 - ao Excelentíssimo Senhor Prefeito do Município de São

Paulo; 3 - à Câmara Municipal de São Paulo; 4 - à Controladoria Geral do Município de São Paulo.Foi determinado, após a expedição dos ofícios, a permanência dos autos em custódia na SFC, pelo prazo de 90 (noventa) dias, enquanto se aguarda o cumprimento das determinações dirigidas à Secretaria Municipal de Transportes e à São Paulo Transporte S.A.Unanimidade.Relator – Conselheiro Edson Simões.

2.772ª Sessão Ordinária

22/10/20141) TC 1.294.13-58Interessada: Secretaria Municipal de Educação – SME.Objeto: Auditoria Operacional nas ações governamentais desenvolvidas, com a finalidade de identificar os principais problemas que afetam o Ensino Médio, bem como as possíveis causas.Resultado: Conhecida a auditoria realizada pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle – SFC desta Corte, com o objetivo de verificar a situação do ensino médio oferecido na rede municipal de ensino do Município de São Paulo. Determinado à Secretaria Municipal de Educação – SME que encaminhe a este Tribunal, no prazo de 90 (noventa) dias a contar deste Acórdão, plano de ação elaborado com base nas constatações e recomendações constantes dos itens 4.1, 4.2 e 4.3 do relatório de fls. 02/61, que passam a integrar este julgado, discriminando as medidas a serem adotadas, os agentes responsáveis e o cronograma de implementação. Determinado à SFC desta Corte que, na época oportuna, verifique a execução do plano de ação mencionado, instruindo quanto a esse aspecto o relatório anual de fiscalização que subsidiará o parecer prévio sobre as contas do Poder Executivo Municipal relativas ao exercício de 2015. Determinado o envio de cópia deste Acórdão, acompanhado do relatório e voto do Relator e do relatório de auditoria de fls. 02/61: - à SME, para a adoção das providências cabíveis; - à Controladoria Geral do Município, para que verifique seu cumprimento pelo órgão gestor; - ao Excelentíssimo Senhor Prefeito do Município de São Paulo; e - ao Egrégio Tribunal de Contas da União – TCU, para conhecimento.Unanimidade.Relator: Conselheiro Domingos Dissei.

2.773ª Sessão Ordinária

29/10/20141) TC 2.706.11-97Interessada: Secretaria Municipal de Segurança Urbana – SMSU.Objeto: Inspeção – Verificar supostas irregularidades no Contrato 007/SMSU/2010 (R$ 500.000,00), cujo objeto é a realização de curso para habilitação para motociclistas destinado aos servidores da Guarda Civil Metropolitana – GCM, nos termos do noticiado nos jornais “Agora” e “Folha de S. Paulo” de 10/10/2011.Resultado: Conhecida a inspeção para fins de registro. Determinado à Secretaria Municipal de Segurança Urbana – SMSU que: a) adote as providências cabíveis para o ressarcimento ao erário dos valores superfaturados; b) apure a conduta dos responsáveis pela contratação. Determinado que se encaminhe cópia deste Acórdão à Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, em reposta aos ofícios recebidos, referentes ao Inquérito Civil nº 811/2011-10ª PJ. Determinado que se encaminhe cópia deste Acórdão à SMSU e a todos os intimados neste feito.Unanimidade.Relator: Conselheiro Maurício Faria.

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NOTASTCM promove palestra dirigida a jornalistas

Com o apoio do presidente Edson Simões, a Escola Superior de Gestão e Contas Públicas Conselheiro

Eurípedes Sales promoveu, em seu auditório, a palestra gratuita com o tema “A importância da investigação no setor público”, no dia 2 de dezembro de 2014. Essa iniciativa é resultado de parceria firmada entre o TCM e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo.

O objetivo da palestra, dirigida a jornalistas e estudantes de Jornalismo, foi o de apresentar as ações de investigação e as práticas de fiscalização exercidas pelos Tribunais de Contas, contribuindo para que os profissionais de imprensa possam realizar de forma correta e adequada a cobertura de assuntos relacionados à Administração Pública.

A palestra inicial esteve a cargo de Moacir Assunção, mestre em História Social pela PUC-SP e jornalista com passagens pelos jornais O Estado de S.Paulo, Diário Popular e Jornal de Brasília, especialista em história militar, dos movimentos sociais, em jornalismo investigativo na área de transportes e política partidária, além de professor de Comunicação Social da Universidade São Judas Tadeu.

Ele é o autor de nove livros, entre eles, Os homens que mataram o facínora - a história dos grandes inimigos de Lampião (Ed. Record, 2007); Luiz Carlos Prestes, um revolucionário brasileiro (Editora Lazuli, 2008); Ficha Limpa - a lei da cidadania - manual para brasileiros conscientes (Ed. Realejo, 2011); e, Nem heróis, nem vilões, sobre a Guerra do Paraguai, considerado o maior e mais sangrento conflito da história brasileira. O primeiro título trata da história de Lampião e foi finalista do Prêmio Jabuti, concorrendo com a obra 1808, de Laurentino Gomes.

O segundo participante da palestra foi o jornalista profissional e assessor de Imprensa do TCM, Pedro Del Picchia, que atuou por muitos anos no jornal Folha de S.Paulo como repórter, editor, correspondente em Roma e no Vaticano, e como secretário de Redação, entre outros cargos de destaque. Como assessor de imprensa e coordenador de comunicação, trabalhou para diversas entidades, como FIESP, CNI e SEBRAE nacional e de São Paulo. Foi chefe de imprensa da Prefeitura de São Paulo e da Câmara Municipal paulistana, além de secretário de Comunicação Social do Supremo Tribunal Federal, sob a presidência do ministro Cezar Peluso.

Na abertura do evento, o presidente Edson Simões destacou o importante papel desempenhado pela imprensa no fortalecimento da Democracia no Brasil e no mundo: “O trabalho realizado pela imprensa alcança status de quarto poder, e nenhuma nação pôde evoluir sem a crítica jornalística e as notícias. Não há democracia sem imprensa livre”.

Ele lamentou o fato de que, por diversas vezes, percebe-se certa dificuldade não somente na mídia, mas na população em geral, quanto à definição e delimitação das competências atribuídas pela Constituição Federal aos

Tribunais de Contas. Na oportunidade, Simões informou que o controle externo é descentralizado no País, em nível federal, estadual e municipal. “Existe o Tribunal de Contas da União, os Tribunais de Contas dos Estados e Distrito Federal, os Tribunais de Contas dos Municípios – que cuidam de todos os municípios dos Estados, com exceção da capital -, e os Tribunais de Contas do Município – que só existem em São Paulo e no Rio de Janeiro.”

Na sequência, o presidente Edson Simões falou que a composição constitucional dos Tribunais de Contas no Brasil segue o modelo francês, que também influenciou a Bélgica, a Itália, entre outros países. “Com a Revolução Francesa, em 1789, organizam-se definitivamente os Tribunais de Contas dentro de um processo democrático, na área ocidental”, explicou. Em seguida mostrou que os Tribunais de Contas diferem das Controladorias de Contas principalmente pelo caráter das decisões, “que são colegiadas nos Tribunais de Contas e monocráticas nas Controladorias”. Lembrou que a origem dos Tribunais é latina, enquanto que a das Controladorias é anglo-saxônica.

Prosseguindo a sua explanação, o presidente falou sobre a criação do TCU – o primeiro do País, por meio do decreto 966-A, durante o Governo Provisório Republicano, por iniciativa do então ministro da Fazenda, Rui Barbosa.

Ao referir-se à criação do TCM, Simões esclarece que a Constituição de 1967, apesar de autoritária, aceitou a possibilidade de autonomia dos municípios e criação de um Tribunal de Contas do Município, por meio do seu artigo 179. “Essa conquista deveu-se à atuação da oposição (MDB) e de líderes como Ulisses Guimarães e Franco Montoro, que eram municipalistas. É por intermédio desse artigo que o prefeito de São Paulo, brigadeiro Faria Lima, eleito diretamente pela população da cidade, criou o Tribunal de Contas do Município de São Paulo, em 1968.” E acrescenta: “Faria Lima criou o TCM para evitar interferência da esfera estadual e garantir a independência do Município de São Paulo, e de seu planejamento administrativo para a cidade.”

Na oportunidade, Simões lembrou que na atualidade existem somente dois Tribunais de Contas do Município - o originário, de São Paulo, e o do Rio de Janeiro, criado 12 anos mais tarde, em 1980, em consequência da fusão dos estados da Guanabara e Rio Janeiro, que tinham cada qual o seu Tribunal.

Na sequência dos trabalhos, foi dada a palavra ao presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, José Augusto de Oliveira Camargo, Guto, que destacou “a importância dessa parceria do sindicato com o TCM, com o envolvimento da Escola de Contas, para permitir uma formação constante dos jornalistas, porque isso é essencial para o trabalho jornalístico, pois o profissional da imprensa necessita desse contato aberto e permanente com os setores públicos, principalmente dentro do tema proposto da investigação na gestão pública”. No início de sua apresentação sobre o tema “A importância

da investigação no setor público”, o jornalista Moacir Assunção adiantou que sua palestra era uma atividade de introdução para uma série de iniciativas programadas para o ano de 2015, envolvendo a parceria entre o TCM, a Escola de Contas e o Sindicato dos Jornalistas, como a realização de novas palestras, cursos e debates abertos e gratuitos, voltados para o público formado principalmente por profissionais de imprensa e estudantes de Jornalismo.

Em seguida, Moacir Assunção mostrou a importância dos jornalistas se apropriarem do maior número de informações possíveis para realizar a cobertura investigativa de temas relacionados com a gestão pública, principalmente quando os órgãos de administração possuem especificidades técnicas, que precisam ser conhecidas e assimiladas. “Afinal, o que fará a diferença para o jornalismo no futuro é a capacidade de investigar, de contar a história de um modo diferenciado, apresentando um texto interessante e com rigoroso cuidado na apuração dos dados e das fontes de informação. Para isso, o TCM apresenta essa oportunidade, que não deve ser desperdiçada, para que os jornalistas invistam na sua própria qualificação com grande diferencial. Afinal, o trabalho do jornalista envolve um cuidado com a ética, com a questão filosófica, com a terminologia do jornalismo, que o diferencia de quem acha que é fácil ser jornalista sem ter uma formação específica”, afirmou ele.

Já em sua palestra sobre “As mídias e o Tribunal de Contas do Município de São Paulo”, o jornalista Pedro Del Picchia apresentou, de forma bastante prática e objetiva, sem entrar em teorias ou discussões ideológicas, o mecanismo de funcionamento do TCM, sua constituição e atribuições legais e as atividades desenvolvidas pela organização, para detalhar, na sequência, a estrutura da Assessoria de Imprensa do órgão, que é vinculada diretamente à Presidência da Corte de Contas. Ele descreveu o trabalho desenvolvido pela assessoria formada por uma equipe enxuta e ágil, que atende a instituição em si, aos gabinetes dos conselheiros e ao presidente - que tem a função de representação institucional da Corte, estando preparada para fazer a cobertura dos diversos tipos de eventos que contam com a participação de integrantes do TCM, entre outras iniciativas.

Além disso, segundo Pedro Del Picchia, como o TCM é muito procurado para a obtenção de informações e checagem de dados por parte da imprensa, a assessoria desenvolve o trabalho dentro dos parâmetros estritamente legais, da ética e da transparência, com a filosofia de facilitar a atuação dos profissionais, de modo a ajudar e atender os diversos pedidos apresentados pelos órgãos de imprensa, abrangendo as várias mídias.

A título de contribuição para o debate do tema das contas públicas, Del Picchia apresentou aos jornalistas presentes e interessados em se aprofundar no assunto o livro Tribunais de Contas: controle externo das contas públicas, escrito pelo presidente Edson Simões, que foi recentemente lançado e é considerada nos dias de hoje a referência bibliográfica mais completa no que se refere ao controle externo das contas públicas no Brasil. “A obra faz um apanhado histórico, desde a origem do controle das contas públicas na antiguidade, passando por vários países em todo o mundo.”

Palestrantes Pedro Del Picchia e Moacir Assunção

Presidente Edson Simões durante a abertura do evento