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PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTAS Processo TCM nº 36856-12 Exercício Financeiro de 2011 Prefeitura Municipal de SANTO ANTÔNIO DE JESUS Gestor: Euvaldo de Almeida Rosa Relator Cons. Paolo Marconi PARECER PRÉVIO Opina pela aprovação, porque regulares, porém com ressalvas , das contas da Prefeitura Municipal de SANTO ANTÔNIO DE JESUS, relati vas ao exercício financeiro de 2011. O TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, com fundamento no artigo 75, da Constituição Federal, art. 91, inciso I, da Constituição Es ta dual e ar t. 1º, inciso I da Lei Complementar nº 06/91, e levando em consideração, ainda, as colocações seguintes: DA PRESTAÇÃO DE CONTAS Es te pr oc es so refe re-se à pr esta ção de contas da Prefei tu ra Muni ci pal de Santo Antônio de Jesus, exercício financ eir o de 2011, de re sp onsabilidade do Sr. Euva ldo de Almei da Rosa , autuada sob o nº 36.856/12, cuja entrada neste Tribunal se deu dentro do prazo legal, em cumprimento ao art. 8º da Resolução TCM nº 1.060/05, com informação de que a documentação foi enviada à Câmara para fins de disponibilidade pública, nos termos do art. 95, § 2º, da Constituição Estadual. Foi apresentado o Edital do Legislativo nº 04, demonstrando que as contas foram colocadas em disponibilidade pública, atendendo o prescrito nos parágrafos 3º, do art. 31, da CRFB, e 1º, do art. 63 da Constituição Estadual e os arts. 53 e 54, da Lei Complementar n.º 06/91. O processo foi instruído com o Relatório Anual de fls. 690/751, expe di do com base nos Relatórios Mensais Complement ados, elaborados pela Inspetoria Re gi onal e submet ido à análise das 1

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PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTASProcesso TCM nº 36856-12

Exercício Financeiro de 2011Prefeitura Municipal de SANTO ANTÔNIO DE JESUSGestor: Euvaldo de Almeida RosaRelator Cons. Paolo Marconi

PARECER PRÉVIO

Opina pela aprovação, porqueregulares, porém com ressalvas,

das contas da Prefeitura Municipal deSANTO ANTÔNIO DE JESUS,relativas ao exercício financeiro de2011.

O TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DABAHIA, no uso de suas atribuições legais, com fundamento noartigo 75, da Constituição Federal, art. 91, inciso I, da ConstituiçãoEstadual e art. 1º, inciso I da Lei Complementar nº 06/91, elevando em consideração, ainda, as colocações seguintes:

DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

Este processo refere-se à prestação de contas da PrefeituraMunicipal de Santo Antônio de Jesus, exercício financeiro de2011, de responsabilidade do Sr. Euvaldo de Almeida Rosa,autuada sob o nº 36.856/12, cuja entrada neste Tribunal se deudentro do prazo legal, em cumprimento ao art. 8º da ResoluçãoTCM nº 1.060/05, com informação de que a documentação foi

enviada à Câmara para fins de disponibilidade pública, nos termosdo art. 95, § 2º, da Constituição Estadual.

Foi apresentado o Edital do Legislativo nº 04, demonstrando que ascontas foram colocadas em disponibilidade pública, atendendo oprescrito nos parágrafos 3º, do art. 31, da CRFB, e 1º, do art. 63 daConstituição Estadual e os arts. 53 e 54, da Lei Complementar n.º06/91.

O processo foi instruído com o Relatório Anual de fls. 690/751,expedido com base nos Relatórios Mensais Complementados,elaborados pela Inspetoria Regional e submetido à análise das

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Unidades da Coordenadoria de Controle Externo, que emitiu oPronunciamento Técnico de fls. 753/780.

Distribuído por sorteio para esta Relatoria, determinou-se aconversão do processo em diligência externa, com notificação aoGestor através do Edital nº 187/12, publicado no Diário Oficial doEstado de 26/10/12, tendo ele se manifestado tempestivamente,nos termos do processo nº 15.797-12, anexado às fls. 787/825.

Posteriormente, em 14/11/12 e 30/11/12, através dos Processos nº37.551-12 e 16.988-12, respectivamente, o Gestor ingressou comdocumentação complementar, anexadas às fls. 828/851 e

855/1158.Dos Exercícios Anteriores

 As prestações de contas dos exercícios financeiros de 2005 a 2010foram de responsabilidade deste Gestor, sendo aprovadas comressalvas, mediante Pareceres Prévios nº 639-06, 676-07, 668-08,631-09, 1023-10, e 823-11, com aplicação de multas de R$2.500,00 (duas), R$ 3.000,00 (três), e R$ 25.000,00.

DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO

O alicerce e ponto de partida para qualquer Gestão é o processo deplanejamento. A ação planejada na Administração Pública temcomo premissa a execução de planos previamente traçados,orientados pelos anseios e necessidades da população, reduzindoassim os riscos e otimizando os recursos do Município.

 A Constituição de 1988, em seu art. 165, caput, reforça as

atribuições do planejamento e de execução dos gastos públicos,preconizando através de lei de iniciativa do Poder Executivo, aelaboração do Plano Plurianual - PPA, a Lei de DiretrizesOrçamentárias - LDO e a Lei Orçamentária Anual – LOA, os quaispassarão a ser objeto de efetivo acompanhamento da gestão,servindo de subsídios para tomadas de decisões e de avaliaçõesperiódicas.

Plano Plurianual - PPA

O PPA, contemplado na Carta Magna, no art. 165, inciso I, é oplanejamento estratégico das ações governamentais. Com duraçãode quatro anos, nele são estabelecidas de forma regionalizada,

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levando-se em consideração as particularidades e os potenciais decada Município, a proposição de programas e ações, para asdespesas de capital e outras delas decorrentes, bem como para os

programas de duração continuada.

 A  Lei n.º 1030, de 28 de dezembro de 2009, aprovou o PlanoPlurianual (PPA) para o período de 2010 a 2013.

Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO

 A Lei nº 1054, de 06 de julho de 2010, aprovou as DiretrizesOrçamentárias do Município para o exercício de 2011.

Integra o projeto da LDO, o anexo de Metas Fiscais, em que sãoestabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes,relativas a receitas, despesas, resultado nominal e primário emontante da dívida pública, além da evolução do patrimônio líquido,em cumprimento ao art. 4º §§ 1º e 2º da LRF, bem como o anexode Risco Fiscal, que demonstra os Passivos contingentes e outrosriscos capazes de afetar as contas públicas, informando asprovidências a serem tomadas, caso se concretizem, comodetermina o § 3º, do art. 4º da Lei nº 101/00.

Lei Orçamentária Anual - LOA

 A Lei Orçamentária nº 1085, de 30 de dezembro de 2010, estimoua receita e fixou a despesa para o exercício financeiro em R$131.230.093,00, compreendendo o Orçamento Fiscal e daSeguridade Social nos valores de R$ 94.569.779,00 e R$36.660.314,00, respectivamente.

Consta nos autos a comprovação de publicação da LDO e LOA no

Diário Oficial dos Municípios, em cumprimento ao art. 48 da LeiFederal nº 101/00 – LRF.

 A Lei de Meios autoriza a abertura de créditos adicionaissuplementares, em decorrência de superávit financeiro, excesso dearrecadação, e por anulação parcial ou total de dotações até olimite de 100% do total da despesa fixada.

Programação Financeira

Não consta nos autos a Programação Financeira e o cronogramamensal de desembolso, sendo este o instrumento instituído peloart. 8º da LRF que possibilita ao Gestor traçar um programa de

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utilização dos créditos orçamentários aprovados no exercício, bemcomo efetivar uma análise comparativa entre o previsto na LOA e asua realização mensal, compatibilizando a execução das despesas,

com as receitas arrecadadas no período.

DAS ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

Créditos Adicionais Suplementares

Créditos adicionais suplementares de R$ 67.528.987,15 foramabertos via decretos do executivo e contabilizados, utilizando comofonte de recursos anulação de dotação, devidamente autorizados

pela LOA.

Crédito Adicional Especial

Os créditos especiais, por se referirem a despesas novas, devemsempre ser autorizados previamente por lei e abertos por decretoexecutivo. Conforme decreto do Poder Executivo nº 68, foramabertos R$ 27.000,00 de créditos adicionais especiais, utilizandocomo fonte de recurso anulação de dotação, devidamenteautorizado pela Lei nº 1099, publicada no Diário Oficial doMunicípio de 27/04/11 – edição nº 1091 (Pasta tipo “a-z” - fl. 40),em cumprimento ao art. 167, inciso V da Constituição Federal.

Alteração no Quadro Detalhamento da Despesa 

O Quadro de Detalhamento de Despesa – QDD foi alterado nodecurso do exercício financeiro por meio de Decretos, em R$726.920,00 e devidamente contabilizado no demonstrativo dedespesa, respeitando os valores dos respectivos grupos de

despesa em cada Projeto/Atividade, em conformidade com a Lei deDiretrizes Orçamentárias do Município.

DO ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

 A 3ª Inspetoria Regional de Controle Externo - IRCE exerceu afiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial doMunicípio, notificando mensalmente o Gestor sobre as falhas eirregularidades detectadas no exame da documentação mensal. Asocorrências não sanadas ou não satisfatoriamente esclarecidasestão consolidadas no incluso Relatório Anual de fls. , destacando-se:

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• não apresentação à 3ª IRCE de quatro processos licitatóriospara análise mensal, em descumprimento à Resolução TCM1060/05: 001TP/2010 – serviços de engenharia, pavimentação

em paralelepípedos (R$ 547.888,88), 008CC/2011 – mobiliárioescolar (R$ 78.300,00), 007PP/2011 – material elétrico (R$159.998,18) e 134I/2007 – serviços de apoio diagnóstico eterapêutico e assistência ambulatorial aos usuários do SistemaÚnico de Saúde – SUS (R$ 4.374.986,83), totalizando R$5.161.173,89;

Na defesa o Gestor apresentou originais chancelados pelaIRCE dos processos: Pregão Presencial nº 007/2011 – material

elétrico (R$ 159.998,18), Convite nº 008/2011 – mobiliárioescolar (R$ 78.300,00) e Tomada de Preços nº 001/2010 –serviços de engenharia, pavimentação em paralelepípedos (R$547.888,88), sanando apenas parte da irregularidade apontada.

Quanto à Inexigibilidade nº 134/2007, serviços de apoiodiagnóstico e terapêutico e assistência ambulatorial aosusuários do Sistema Único de Saúde – SUS (R$ 4.374.986,83),alegou o Gestor que o processo original foi apresentado em

2007, sendo prorrogado anualmente por se tratar de serviçocontinuado, razão porque no exercício sob exame teriaapresentado à Inspetoria apenas uma cópia do processo oraquestionado.

Visto o elevado valor desse procedimento, considerando oobjeto dos serviços contratados e as justificativas apresentadaspelo Gestor, determina-se a 1ª CCE à lavratura de Termo deOcorrência para exame da legalidade e regularidade desseprocesso de Inexigibilidade nº 134/2007.

• contratação direta por inexigibilidade sem comprovação dosrequisitos exigidos no art. 25, inciso II, da Lei nº 8.666/93, deemissora de rádio para apresentação de serviços de publicidadee divulgação materiais e projetos desenvolvidos pelasSecretarias do Município (R$ 19.800,00);

Na defesa alega que todas as contratações de rádios locais,foram realizadas com fundamentação no caput do art. 25, e não

no art. 25, II, da Lei nº 8.666/93 como apontado na cientificação.

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Não procede a alegação do Gestor, visto que a Lei nº 8.666/93,em seu art. 25, inciso II, vedou a possibilidade da inexigência doprocedimento licitatório para serviços de publicidade e

divulgação, razão porque permanece o registro feito.

• ausência de processo administrativo motivando efundamentando a Inexigibilidade nº 616D/2011 – transportes dealunos (R$ 255.200,00);

Esse procedimento caracteriza contratação direta, com burla aoprocesso licitatório.

• contratação de pessoal sem concurso público, ferindo o art.37, inciso II da Constituição Federal, em fevereiro, março,outubro, novembro e dezembro;

Na defesa alegou o Gestor, sem comprovação, que ascontratações foram realizadas por tempo determinado paraatender a necessidade temporária e de excepcional interessepúblico, estando embasada na Lei Municipal nº 985/2009,

despesas de R$ 192.823,40 com pagamento de juros e multaspor atraso no adimplemento de obrigações junto ao INSS (R$188.873,48) e PASEP (R$ 3.949,92) nos meses de janeiro,fevereiro e abril;

Na defesa alegou o Gestor, sem qualquer comprovação, que asmultas e juros não decorrem de atraso injustificado nem atonegligente do Administrador, registrando que: “o pagamento dorecolhimento devido ao INSS só pode ser efetuado com a verba

especifica da Educação e Saúde, ou, seja, através da conta própria do FUNDEB ou pela conta do 25% e 15% Saúde.”, razãoporque não teve o município condições de pagar as suasobrigações tempestivamente. Quanto ao pagamento referente aoPASEP, alega não se tratar de juros e sim, parcela 32/60referente ao Parcelamento nº 13509-000297/2008-08.

DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS - LEI nº4.320/64

Os Demonstrativos Contábeis foram assinados pelo Contador Sr.Marciano José de Oliveira Neto, com inscrição no ConselhoRegional de Contabilidade nº 10.523/O-4, sendo juntada a

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Declaração de Habilitação Profissional – DHP à fl. 10, emcumprimento ao art. 1°, parágrafo único, da Resolução CFC n°871/00.

Balanço Orçamentário

No quadro abaixo está demonstrado o resultado orçamentáriooriundo do confronto das receitas e despesas previstas com arealizada, conforme previsto no art. 102 da Lei nº 4.320/64.

RECEITA DESPESA

Prevista 131.230.093,00 Fixada 131.230.093,00

Realizada 105.025.476,56 Realizada 109.656.597,93

Conforme Pronunciamento Técnico as despesas orçamentáriasescrituradas neste demonstrativo não conferem com ascontabilizadas no Balancete de dezembro de 2011, apresentandouma divergência de R$ 2.175,98.

 Adverte-se a Administração para que mantenha sempre atualizadoos demonstrativos mensais, em obediência ao princípio contábil daoportunidade, possibilitando assim, um monitoramento pela IRCE

da real situação patrimonial da entidade.

Receita Orçamentária

De acordo com o Balanço Orçamentário a arrecadação foi de R$105.025.476,56, inferior em 19,97% à sua previsão de R$131.230.093,00, o que demonstra que a sua previsão foisuperestimada. As receitas correntes, destinadas a cobrir asatividades governamentais, alcançaram R$ 112.120.463,86,enquanto as receitas de capital, decorrentes de transferências deconvênios e alienação de bens, foram de R$ 1.525.969,13.

Despesa Orçamentária

De igual forma, as despesas também foram executadas muitoaquém da sua fixação no orçamento, tendo uma economiaorçamentária de R$ 21.600.495,07, vez que foram gastos R$109.656.597,93, ante uma fixação de R$ 131.230.093,00. Assim,as despesas efetivamente executadas corresponderam a 83,56%

do valor autorizado.

Resultado da Execução Orçamentária

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 A Associação Brasileira de Orçamento Público – ABOPdesenvolveu índices de acompanhamento da realizaçãoorçamentária, tanto da receita quanto da despesa em relação aos

valores orçados, tendo a execução orçamentária do exercício,nestes critérios, no que concerne aos desvios negativos de 19,97%e 16,44% das receitas e despesas, respectivamente, um conceito“altamente deficiente” (Diferença > 15%).

ÍNDICES DA ABOP

CONCEITO CRITÉRIOS

ÓTIMO Diferença < 2,5%

BOM Diferença entre 2,5% e 5%

REGULAR Diferença entre 5% e 10%

DEFICIENTE Diferença entre 10% e 15%

 ALTAMENTEDEFICIENTE

Diferença > 15%

Fica assim evidente que o orçamento foi elaborado sem atender acritérios adequados de planejamento, inobservando a efetivarealidade financeira da entidade. Com advento da Lei deResponsabilidade Fiscal não mais é permitido às entidadespúblicas elaborarem seus orçamentos sem as imprescindíveisdeterminações constantes de suas disposições normativas, sob

pena de responsabilidade.

Em relação ao exercício de 2010, verifica-se que as receitas edespesas aumentaram 16,17% e 18,85%, respectivamente. Aexecução orçamentária reincidentemente apresentou déficit, aexigir atenção da Administração para que no futuro o equilíbriofinanceiro não seja comprometido.

Descrição 2010 2011 VariaçãoReceita 90.400.511,46 105.025.476,56 16,17%Despesa 92.261.875,35 109.656.597,93 18,85%

Resultado -1.861.363,89 -4.631.121,37

Balanço Financeiro

Esta peça contábil tem o objetivo de evidenciar o fluxo financeiro daentidade, ilustrando a receita e despesa compreendidas naexecução orçamentária, bem como os recebimentos e pagamentosde natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em

espécie provenientes do exercício anterior, e os que sãotransferidos para o exercício seguinte.

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O resultado do Balanço Financeiro foi o seguinte:

RECEITA (R$) DESPESA (R$)

Orçamentária 105.025.476,56Orçamentária 109.656.597,93Extra orçamentária 20.868.980,40Extra orçamentária 14.972.480,47Saldo exerc. Anterior 8.422.696,88Saldo exerc. Seguinte 9.688.075,44Total 134.317.153,84Total 134.317.153,84

Do total de ingressos de R$ 134.317.153,84, são orçamentários R$105.025.476,56, além de R$ 20.868.980,40 de origemextraorçamentária e R$ 8.422.696,88 oriundos do exercícioanterior.

O Balanço Financeiro também apresentou inconsistência na suaescrituração, demonstrando o saldo do exercício anterior de R$8.422.696,88, quando o correto é de R$ 8.422.696,88.Também não correspondem as escriturações das receitas edespesas extraorçamentárias constantes no Balanço Financeirocom as feitas no Anexo XVII, apresentando divergências de R$395.845,06 e R$ 2.471.678,33, respectivamente, o que evidenciafalhas no Controle Interno e que as peças contábeis não foramdevidamente revisadas antes de sua disponibilidade pública.

Balanço Patrimonial

 Apresenta o estado patrimonial ao final do exercício, através deseus investimentos e de sua origem, representando os bens,direitos e obrigações. Conjugado com a Demonstração dasVariações Patrimoniais as alterações verificadas no patrimônio,resultantes ou independentes da execução orçamentária, indicandoo resultado do exercício.

 A situação patrimonial ao final do exercício sob análise estádemonstrada abaixo:

ATIVO PASSIVO

FinanceiroDisponível 9.264.848,17 Financeiro

12.336.548,78Realizável 1.279.656,90

Permanente 44.321.213,97Permanente 5.823.831,21

 Ativo Real Liq. 36.705.339,05

Total Ativo 54.865.719,04 Total Passivo 54.865.719,04

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O Balanço Patrimonial do exercício de 2010 apresentou um AtivoReal Líquido de R$ 37.848.250,70, que deduzido do déficit de R$1.142.911,65, constante das Variações Patrimoniais de 2011,

resultou em um Ativo Real Líquido atual de R$ 36.705.339,05.

Disponibilidade de recursos

Conforme Balanço Patrimonial, as disponibilidades financeiras doMunicípio ao final do exercício alcançaram o montante de R$9.264.848,17, valor este 7,57% superior ao apresentado noexercício anterior.

Ativo Realizável

Este grupo do ativo evidenciou diversas contas totalizando R$1.279.656,90, que representam valores relevantes pendentes paraingressar no Tesouro Municipal, oriundos deconsignações/antecipações e créditos com o INSS a regularizar,devendo a Administração evitar que estas pendências perduremnas contas subsequentes.

Ativo Permanente

 Adverte-se a Administração para que observe a Resolução CFC nº1.136/08 e as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas aoSetor Público – NBC T 16.9, apropriando a depreciação dos benstangíveis pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação danatureza ou obsolescência. Inicia-se a Depreciação com acolocação do uso do bem, e deve ser obrigatoriamente reconhecidapela Entidade, adotando o método que seja compatível com a vidaútil econômica do ativo.

Passivo 

No grupo do Passivo, integrante também do Balanço Patrimonial,estão registradas as dívidas de curto e longo prazos do Município aseguir representadas:

PASSIVO VALORPassivo Financeiro 12.336.548,78Passivo Permanente 5.823.831,21Total Passivo Real 18.160.379,96

Passivo Financeiro

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Evidencia-se  no Passivo Financeiro as contas ISS e IRRF comsaldos totais de R$ 136.980,63 e R$ 100.550,48, respectivamente.Esses valores constituem receitas orçamentárias do município,

conforme disposto nos arts. 156, inciso III (ISS) e 158, inciso I(IRRF) da Constituição Federal, não podendo ser consideradoscomo obrigações da Prefeitura.

É salutar mencionar que o repasse tempestivo para o Município desuas receitas tem impacto direto no valor mínimo a ser aplicado namanutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviçospúblicos de saúde, em face do aumento nas receitas tributárias,beneficiando assim a população.

Deve o Gestor regularizar essas pendências de forma a evitar areiterada reincidência das irregularidades verificadas.

Dívida Fundada

 A análise da Dívida Fundada do Município aponta que R$5.823.831,21 correspondem às dívidas com o INSS (R$4.227.877,77), Pro Moradia (R$ 97.899,81), Pró Saneamento (R$

470.150,86), EMBASA (R$ 40.660,24), Fas Produrb (R$514.331,93), PASEP (R$ 200.252,00), Precatórios (R$ 27.495,10),e Dívida Ministério da Saúde (R$ 245.163,50), mas que não foramcomprovadas através das certidões emitidas pelo órgãoscompetentes, em descumprimento ao art. 9º, item 39 da ResoluçãoTCM nº 1.060/05.

Dívida Ativa

No exercício a cobrança da Dívida Ativa Tributária foi de R$

2.407.086,64, representando 27,10% do saldo do exercício de2010 de R$ 8.881.290,29, não tendo inscritos novos créditos,resultando num saldo de R$ 6.474.203,65.

Sobre a Dívida Ativa não Tributária foram cobrados R$ 181.967,06,mas não foram inscritos novos valores, restando um saldo de R$58.605,03.

 Adverte-se o Gestor que constam no Sistema de Multas e

Ressarcimentos do TCM diversos débitos imputados à Gestoresdeste Município, e que em face da data de vencimento e nãoliquidados, já deveriam estarem inscritos na dívida ativa não

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tributária, entretanto não consta contabilização desta natureza noBalanço Patrimonial.

Quanto à contabilização da Dívida Ativa não Tributária, alerta-setambém o Gestor que o Manual da dívida ativa, instituído pelaPortaria n° 564 da Secretaria do Tesouro Nacional, indica que oscréditos inscritos em dívida ativa são objeto de atualizaçãomonetária, juros e multas, previstos em contratos ou em normativoslegais, que são incorporados ao valor original inscrito. A atualizaçãomonetária deve ser lançada no mínimo mensalmente, de acordocom índice ou forma de cálculo pactuada ou legalmente incidente.Contudo não foi identificado qualquer lançamento contábil na

Demonstração das Variações Patrimoniais que demonstre que esseprocedimento esta sendo adotado pela Administração PúblicaMunicipal.

Determina-se o Gestor que faça a correção ou atualização do saldoda Dívida Ativa Tributária na Demonstração das VariaçõesPatrimoniais – Variação Ativa – Independente da ExecuçãoOrçamentária, conforme disposto na Portaria STN nº 564, de27/12/2004.

Dívida Consolidada Líquida

De acordo com o Pronunciamento Técnico o Município não possuiDívida Consolidada Líquida.

Restos a Pagar 

 A Entidade reincidentemente não dispôs de recursos suficientespara quitar os compromissos assumidos, pois as disponibilidades

financeiras no final do exercício foram de R$ 9.372.304,61, e emcontrapartida as dívidas de curto prazo, especificamente asconsignações/retenções, despesas de exercícios anteriores einscrição de Restos a Pagar, totalizaram R$ 13.424.763,17.

 Alerta-se a Administração que a permanência desta situação noúltimo ano de mandato ensejará o descumprimento do art. 42 daLei Complementar nº 101/00 – LRF.

Ressalte-se que no exame da Prestação de Contas anual

referentes ao último ano de mandato, para fins da verificação documprimento do art. 42 da Lei Complementar nº 101/00 – LRF, adisponibilidade financeira será apurada levando em consideração

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diversos aspectos, devendo o Gestor a observar a didática adotadapela Coordenadoria de Controle Externo, conforme Pronunciamento- item 4.7, amparada na Instrução Cameral nº 05/11 deste Tribunal.

Deve o Gestor também cumprir o disposto na Resolução TCM1.060/05, art. 9º, itens 19 e 29, quanto à apresentação das relaçõesanalíticas dos elementos que compõem o Passivo Financeirovisando atender a todas as suas exigências, inclusive as que sereferem aos Restos a Pagar, indicando ainda, as fontes derecursos, possibilitando, assim, verificar a vinculação dadisponibilidade com a respectiva despesa.

Despesas de Exercícios AnterioresNo exercício financeiro de 2011 foram pagas Despesas deExercícios Anteriores – DEA de R$ 1.780.952,10, demonstrandopor esse montante que a Administração não está tendo umplanejamento e acompanhamento das suas despesas, visto que aocorrência deste tipo de despesa deve ser evitada.

Demonstração Das Variações Patrimoniais

 A Demonstração das Variações Patrimoniais registra Variações Ativas no total de R$ 111.131.009,96 e Passivas de R$112.273.921,61. O Resultado Patrimonial apresentou déficit de R$1.142.911,65.

Demonstrando fragilidade do Controle Interno a escrituração noanexo XVIII – Demonstrativo dos Bens Patrimoniais apresentoudivergência de R$ 258.021,70 em comparação com asinscrições/baixas constantes na Demonstração das VariaçõesPatrimoniais, tendo o Gestor atribuído o fato a falha do sistemacontábil, e equívocos em alguns laçamentos quando daapropriação da movimentação orçamentária e financeira do FundoMunicipal de Saúde.

Embora a divergência não afete o resultado patrimonial doexercício, adverte-se o Gestor para que revise devidamente aspeças contábeis antes de sua disponibilidade pública.

 Além disso, foram identificadas pela área técnica a existência de

baixas de restos a pagar no total de R$ 2.742.334,72, sem queconste nos autos o respectivo processos de cancelamento dêsuporte a estes lançamentos, comprometendo a sua validação,devendo o Gestor desta maneira realizar os devidos ajustes nas

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demonstrações contábeis, estornando este lançamento, para quereflitam a real situação patrimonial do Município.

 Alerta-se o Gestor que para o cancelamento de dívidas passivas, énecessário uma apuração dotada de planejamento e metodologiasespecíficas, capazes de salvaguardar a administração de futurosimpasses judiciais que possam trazer prejuízos ao erário.

Inventário

Reincidentemente não foi apresentado o Inventário Patrimonial, emdesobediência às exigências do  art. 9º, item 18, da ResoluçãoTCM nº 1.060/05.

O levantamento dos inventários responde às exigências de controlee de prestação de contas de responsáveis pela guarda de bens,constituindo matéria de obrigatoriedade legal. A Lei nº 4.320/64,prescreve no art. 96 a obrigatoriedade do levantamento inicial egeral do patrimônio das entidades públicas, mediante inventárioanalítico na sede de cada repartição e o registro sintético nascontabilidades respectivas, e a partir deste levantamento inicial aobrigatoriedade da conferência periódica da escrituração com os

bens existentes.Deve a Administração atender à Resolução citada, elaborando oInventário Analítico onde a descrição dos componentes é feitaobedecendo ao máximo de rigor nas minúcias e onde todos osdemais componentes seguem o mesmo princípio, já no exercício de2012.

DAS OBRIGAÇÕES CONSTITUCIONAIS

Educação - artigo 212 da Constituição FederalO Município cumpriu o disposto pelo art. 212 da ConstituiçãoFederal, aplicando em educação R$ 25.502.115,41,correspondentes a 25,69% da receita resultante de impostos, deacordo com o Pronunciamento Técnico e dos exames efetuadospela Inspetoria Regional de Controle Externo, na documentação dedespesa apresentada aí incluídos os “Restos a Pagar”, quando omínimo exigido é de 25%.

FUNDEB – Lei Federal nº 11.494/07

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O Município também cumpriu o art. 22 da Lei Federal n.º 11.494/07,que instituiu o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento daEducação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação -

FUNDEB, aplicando 63,24% dos recursos, correspondentes a R$12.320.758,22, na remuneração de profissionais em efetivoexercício do magistério, quando o mínimo exigido é de 60%.Conforme informação da Secretaria do Tesouro Nacional, a receitado Município proveniente do FUNDEB foi de R$ 19.466.259,70.

O Gestor na defesa colacionou aos autos o Parecer do ConselhoMunicipal de Educação (Pasta tipo “a-z” - volume 01 – fls. 95/96),em cumprimento ao art. 31 da Resolução TCM nº 1.276/08.

Despesas do FUNDEB – art. 13 § único da Resolução TCM nº1.276/08

Conforme Pronunciamento Técnico foi observado o limite de 5%para aplicação dos recursos do FUNDEB no primeiro trimestre doexercício subsequente àquele em que se deu o crédito, medianteabertura de crédito adicional nos moldes do art. 13, § único daResolução TCM nº 1.276/08.

Glosa deste exercícioCom relação às despesas de R$ 1.672,40 glosadas pela InspetoriaRegional de Controle Externo por caracterizarem desvio definalidade do FUNDEB, o Gestor na defesa apresentou ocomprovante de depósito em 12/11/12 e o extrato bancário doFUNDEB, anexado na Pasta tipo “a-z” - volume 01 – fls. 97/98.

Débitos pendentes do FUNDEB

O Pareceres Prévios nº 7145-08, atinente às Contas da PrefeituraMunicipal, relativas ao exercício de 2007, determinou a restituiçãocom recursos municipais à conta corrente do FUNDEB de R$1.658,97, decorrentes de despesas glosadas, por terem sidoconstatados desvio de finalidade.

Na defesa o Gestor argumentou que a matéria já estariaregularizada desde 30/11/10, mas apresentou apenas o extratobancário da conta corrente do FUNDEB anexado na Pasta tipo “a-z”

- volume 01 – fls. 99/100, o que não é suficiente para atestar adevida restituição ao Fundo pois não indica a origem destesrecursos.

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Diante dos fatos, determina-se a restituição imediata à contacorrente do FUNDEB do total de R$ 1.658,97, com remessa dacomprovação a esta Corte de Contas.

Aplicação Mínima em Ações e Serviços Públicos de Saúde –art. 77 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias

Foi cumprido o art. 77, inciso III, § 1º, do Ato das DisposiçõesConstitucionais Transitórias, pois as aplicações realizadas emações  e serviços públicos de saúde  foram de R$ 8.849.827,36,correspondentes a 16,18% do produto da arrecadação dosimpostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os

arts. 158 e 159, I, alínea b e § 3º, da Constituição Federal, com aexclusão de 1% (um por cento) do FPM, de que trata a EmendaConstitucional nº 55/07, quando o mínimo exigido é de 15%. 

O Parecer do Conselho Municipal de Saúde apresentado peloGestor na diligência anual apenas se manifesta sobre asprestações de contas do Fundo Municipal de Saúde relativas ao 3ºe 4º trimestres (Pasta tipo “a-z” - volume 01 – fls. 101/104),descumprindo ao art. 13, da Resolução TCM nº 1.277/08.

Transferência de Recursos ao Poder Legislativo – art. 29-A daC.F.

Embora o valor fixado no Orçamento para a Câmara Municipaltenha sido de R$3.486.385,00, o valor efetivamente repassado foide R$  3.268.940,08, de acordo com os parâmetros estabelecidosno art. 29-A, da Constituição Federal.

SUBSÍDIOS DOS AGENTES POLÍTICOS

 A Lei Municipal nº 951, fixou os subsídios do Prefeito em R$10.000,00, os do Vice-Prefeito em R$ 5.000,00 e os dosSecretários Municipais em R$ 4.000,00, depreendendo-se dasinformações contidas no Pronunciamento Técnico neste particular que os valores percebidos pelo Prefeito obedeceram aosparâmetros legais estabelecidos.

Quanto ao questionamento da Coordenadoria de Controle Externode pagamentos a maior de subsídio ao Vice-Prefeito nos meses de

 janeiro, fevereiro e outubro, o Gestor esclareceu na defesa queestes pagamentos referem-se ao período em que o Vice-Prefeitoassumiu temporariamente o cargo de Prefeito, como fazem provas

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as Atas de Transmissão de Cargos, colacionadas na Pasta tipo “a-z” - volume 01 – fls. 105/106.

Sobre a remuneração mensal de R$ 4.950,00 para a Sr.ª DalvaMerces Barreto, acima do valor estipulado na Lei Municipal nº 951,o Gestor na defesa comprovou a sua regularidade, tendo em vistaque esta Secretária Municipal é vereadora, e fez a opção para querecebesse seus subsídios de acordo com o valor estabelecido paraos vereadores.

CONTROLE INTERNO

O Relatório Anual de Controle Interno reincidentemente não atende

aos art. 74, incisos I a IV, da Constituição Federal e 90, incisos I aIV da Constituição Estadual, vez que é omisso na avaliação documprimento das metas previstas no Plano Plurianual e a execuçãodos Programas de Governo, além de não analisar os resultadosquanto à economia, eficiência e eficácia da gestão orçamentária,financeira, patrimonial e operacional da entidade.

Nele não constam informações e elementos de análise queevidenciem a avaliação das metas previstas em confronto com as

realizadas, a análise dos programas em execução, dos aspectoslegais e a avaliação dos resultados da ação municipal envolvendoas diversas funções em exercício, através das unidades elencadas,especificamente quanto aos aspectos da eficiência, eficácia eefetividade, ficando o Prefeito ciente que a reincidência em contasfuturas poderá incidir negativamente no seu mérito, com aconsequente cominação prevista em lei.

Fica o Gestor advertido para o cumprimento da Resolução TCM nº1.120/05 e legislação pertinente.

DAS EXIGÊNCIAS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

Pessoal – dezembro 2011

Conforme Pronunciamento Técnico a despesa realizada compessoal ao final do exercício de 2011 não teria obedecido ao limitede 54% definido pelo art. 20, inciso III, alínea “b”, da LeiComplementar nº 101/00, aplicando R$ 57.260.186,55,correspondentes a 55,32% da Receita Corrente Líquida de R$103.499.507,43.

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 Argumentou o Gestor na diligência anual que em diversosprocessos de pagamento, classificados como “Outras despesascom pessoal”, não foram retirados pela IRCE no cálculo do total

das despesas com pessoal os valores referentes aos insumos.Contestou ainda a inclusão de processos de pagamento relativos àsubvenção social e de empresa intermediadora de contratação deestagiários, totalizando R$ 6.274.971,98. No intuito de lastrear suadefesa, apresentou duas Pastas tipo “a-z” com cópias dosprocessos de pagamento referentes “Santa Casa de Misericórdia”(serviços hospitalares e de diagnóstico e terapêutico), “AME –

 Atendimentos Médicos Ltda” (serviços ambulatoriais), “ATN – Adm. Assessoria e Prestação de Serviços” (serviços de hemodiálise),

“COPA – Eng. Ambiental e Locação de Equipamentos” (coleta deresíduos sólidos e manutenção do aterro sanitário”, “CNL AmbientalServiço de Limpeza Ltda” (obras de reforma realizadas na praça daURBIS I), “Instituto Euvaldo Lodi – IELIBA” (pagamento de bolsaauxílio a estagiários).Da análise dos processos de pagamento constata-se a procedênciaparcial das alegações do Gestor, tendo sido incluídoequivocadamente pela IRCE o valor de R$ 4.339.488,10 (p.p. 142,143, 1421, 1894, 1895, 2748, 3169, 3170, 3568, 3569, 3991, 3992,

4580, RP 143, RP 144, 787, 788, 1519, 3069, 3070, 3522, 3523,4308, 4307, 4306, 4611, 4612, 854, 3325, 3793, 4292, 4909, 8045,8046, 9060, 9061, 9888, 9889, 10892, 10893, RP 56, RP 57, RP156, 5859, 8214), que deve ser excluído do total das despesas compessoal.

Registre-se que os processos de pagamento nº 322, 323, 648, 649,1037, 1038, 1226, 1593, 2415, 2918, 1421, 2301, 2302, 2731,2732, 143, 144, 1132, 1133, 1518, 1867, 1868, 2183, 2184, 2741,

2740, não foram validados por esta Relatoria, pois no SistemaIntegrado de Gestão e Auditoria - SIGA consta a informação de queforam excluídos os valores referentes aos insumos na análise daInspetoria Regional de Controle Externo e considerados apenas osgastos com mão-de-obra para o total das despesas com pessoal.

 Ainda assim, após análise das justificativas do Gestor verifica-seque a despesa realizada com pessoal ao final do exercício de 2011obedeceu ao limite de 54% definido pelo art. 20, inciso III, alínea

“b”, da Lei Complementar nº 101/00, aplicando R$ 52.920.698,45,correspondentes a 51,13% da Receita Corrente Líquida de R$103.499.507,43, mas excedeu o limite de alerta de 90% previsto noparágrafo único, do art. 22, da referida Lei, conforme quadro

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abaixo, cabendo ao Gestor observar as vedações prescritas nosseus incisos I a V, sob pena de responsabilidade.

D E S P E S A C O M P E S S O A LReceita Corrente Líquida R$ 103.499.507,43Limite máximo – 54% (art. 20 LRF) R$ 55.889.734,01Limite Prudencial – 95% do limite máximo (art. 22) R$ 53.095.247,31Limite para alerta – 90% do limite máximo (art. 59) R$ 50.440.484,95Despesa realizada com pessoal R$ 52.920.698,45Percentual da Despesa na Receita Corrente Líquida 51,13%

Percentual excedente despesa com pessoal – exercício de2009

Com relação ao exercício de 2009, em que foi ultrapassado o limitedefinido no art. 20, inciso III, alínea “b”, da LRF, tendo o Municípioaplicado 66,60% em despesa com pessoal, conformePronunciamento Técnico o percentual excedente não teria sidoeliminado no prazo legal, alcançando em abril de 2011 o total de R$57.205,170,28, correspondendo a 67,56% da Receita CorrenteLíquida, em descumprimento ao art. 5º, inciso IV, da Lei nº 10.028,de 19 de outubro de 2000.

Como na análise do total das despesas com pessoal houveprocessos de pagamento referentes aos meses de janeiro a abril de2011 que foram excluídos do cálculo, no total de R$ 454.636,45(p.p. 854, 8214, 142, 143, 787 e 788), também deve ser deduzidoeste valor do total de R$ 57.205.170,28 apurado pelaCoordenadoria de Controle Externo neste item.

Contestou também o Gestor processos de pagamento realizadosno exercício de 2010 e também a inclusão pela IRCE dos valoresreferentes a insumos nos contratos de prestação de serviços.Entretanto, como estas despesas já foram devidamente analisadasem exercício diverso desta Prestação de Contas, inclusive tendotransitado e julgado, compromete a validação por esta Relatoria.

Por fim, comprovou o Gestor na defesa que foi equivocadamenteregistrado no Pronunciamento Técnico para a Receita CorrenteLíquida em abril de 2011 o valor de R$ 84.676.769,01, sendo ocorreto R$ 92.398.667,64, como faz prova o Relatório Resumido de

Execução Orçamentária do 2º bimestre publicado no Diário Oficialdo Município (fls. 599/623).

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Mesmo com a correção do valor da Receita Corrente Líquida e dadedução das despesas com insumos nos contratos de prestação deserviços de R$ 454.636,45, verifica-se que o percentual excedente

não foi eliminado no prazo legal, alcançando em abril de 2011 ototal de R$ 56.750.533,83, correspondendo a 61,41% da ReceitaCorrente Líquida de R$ 92.398.667,64, em descumprimento ao art.5º, inciso IV, da Lei nº 10.028, de 19 de outubro de 2000.

O descumprimento a esta norma constitui infração administrativacontra as leis de finanças públicas, nos termos do art. 5º, inciso IV,da Lei nº 10.028, de 19 de outubro de 2000, punível com a sançãopecuniária prevista no § 1º do mesmo artigo, correspondente a 30%

de vencimentos anuais da Gestora.

Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária e de GestãoFiscal

Publicidade - arts. 6º e 7º, da Resolução TCM nº 1.065/05

Foi apresentada pelo Gestor na defesa a comprovação depublicidade dos Relatórios Resumidos da Execução Orçamentáriae de Gestão Fiscal, correspondentes aos 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6ºbimestres e 1º, 2º e 3º quadrimestres, em cumprimento aos arts.52 e 55, § 2º, da Lei Complementar nº 101/00 e 6º e 7º, daResolução TCM nº 1.065/05.

Remessa dos Dados   – arts. 1º e 2º, da Resolução TCM nº1.065/05

O Sistema LRF-Net registra o descumprimento do art. 1º, daResolução TCM nº 1.065/05, que institui a obrigatoriedade da

remessa a este Tribunal, por meio eletrônico, dos demonstrativoscom os dados dos Relatórios de Gestão Fiscal e Resumidos daExecução Orçamentária, de que trata a Lei Complementar nº101/00 – LRF, vez que as remessas relativas ao 1º e 3ºquadrimestre e 1º, 2º, 3º e 6º bimestre foram enviadas em atraso.

Audiências Públicas

Foi cumprido o § 4º, do art. 9º, da Lei Complementar nº 101/00, quedispõe que “até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, oPoder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metasfiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissãoreferida no § 1º, do art. 166, da Constituição ou equivalente nas

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Casas Legislativas estaduais e municipais”. Na defesa o Gestor colacionou aos autos em Pasta tipo “a-z” (volume 01 - fls. 114/116 )as cópias das atas das audiências públicas.

DAS RESOLUÇÕES DO TRIBUNAL

ROYALTIES - Resolução TCM nº 931/04 e CONTRIBUIÇÃO DEINTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO – CIDE – ResoluçãoTCM nº 1.222/05

Conforme Pronunciamento Técnico o Município recebeu recursosoriundos do Royalties/Fundo Especial e da CIDE no montante deR$ 375.312,07 e R$ 187.861,05, respectivamente, sem qualquer 

glosas de despesas.

Repasse de Recursos a Entidades Civis - Resolução TCM nº1.121/05

Conforme Pronunciamento Técnico a Prefeitura Municipal repassouR$ 362.000,00 para a entidades Creche Santa Madalena, Nissa –Núcleo de Int. Social e Prof. da Juventude, e Santa Casa deMisericórdia de Santo Antônio, sem constar dos autos a respectiva

prestação de contas, bem como a autorização por lei específica,em descumprimento aos arts. 26, da Lei Complementar n.º 101/00e 4º e 5º, da Resolução TCM nº 1.121/05.

Entidade Valor R$

Creche Santa Madalena 22.500,00

Nissa – Núcleo de Int. Social e Prof. da Juventude 49.500,00

Santa Casa de Misericórdia de Santo Antônio de Jesus 290.000,00

Total R$ 362.000,00

Foram apresentados na diligência final os documentos constitutivosdas prestações de contas da Irmandade da Santa Casa deMisericórdia de Santo de Jesus (1ª até 6ª parcelas), Creche SantaMadalena (1ª a 10ª parcelas), e Nissa – Núcleo de IntegraçãoSocial e Profissional da Juventude de Santo Antônio de Jesus (1ª e9ª parcelas), anexados em três Pastas tipo “a-z”, que devem ser retirados deste processo e autuados em separado, com fins àcompetente Coordenadoria de Controle Externo – CCE, para

análise.

RESOLUÇÃO TCM nº 1.060/05

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Demonstrativo dos Resultados Alcançados

Não consta nos autos o Demonstrativo dos Resultados alcançados

pelas medidas adotadas na forma do art. 13 da Lei Complementar nº101/00, contemplando as medidas de combate a evasão noexercício, a quantidade de ações ajuizadas para cobrança dadívida ativa, bem como a evolução do montante dos créditostributários passíveis de cobrança administrativa, não atendendo aoitem 30, do art. 9º da Resolução TCM nº 1.060/05.

Relatório de Projetos e Atividades

Encontra-se às fls. 384/389 o Relatório firmado pelo Prefeito

quanto aos projetos e atividades concluídos e em conclusão, emcumprimento ao item 32, do art. 9º, da Resolução TCM nº 1.060/05e parágrafo único, do art. 45, da Lei Complementar nº 101/00 –LRF.

RESOLUÇÃO TCM nº 1.282/09

Como o Pronunciamento Técnico não faz menção aos gastos doPoder Executivo Municipal em relação às obras e serviços deengenharia, aos servidores nomeados e contratados, bem como ototal de despesa de pessoal confrontado com o valor das receitasno semestre e no período vencido do ano, além dos gastos comnoticiário, propaganda ou promoção, no exercício 2010, previstosnos incisos I, II e III, do §2º, do art. 6º da Resolução TCM nº1.282/09, de 22/12/2009, deixa esta Relatoria de se manifestar sobre estas questões, sem prejuízo de exame e julgamento emeventuais questionamentos.

MULTAS E RESSARCIMENTOS PENDENTES

O Sistema de Informações sobre Multas e Ressarcimentos desteTribunal registra as seguintes pendências vencidas, sendo trêsmultas (uma vencida em 2012) e um ressarcimento do Gestor destas contas:

MULTAS

Processo Multado Cargo Pago Cont Venc. Valor R$ DividaAtiva

ExecuçãoFiscal

07874-07 EUVALDO DE ALMEIDAROSA

Prefeito 00/01 00/01 22/02/2008 R$ 3.000,00 N N

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35586-10 EUVALDO DE ALMEIDAROSA

Prefeito 00/01 00/01 31/01/2011 R$ 25.000,00 N N

36113-11 EUVALDO DE ALMEIDAROSA

Prefeito 00/01 00/01 04/02/2012 R$ 3.000,00 N N

03928-04 ÁLVARO VELOSO BESSA Ex-Prefeito

00/01 00/01 26/06/2008 R$ 500,00 N N

07827-07 EVERALDO FERREIRAJUNIOR

Presidente 00/01 00/01 21/02/2008 R$ 3.000,00 N N

05979-06 EVERALDO FERREIRAJUNIOR

Presidente 00/01 00/01 31/08/2007 R$ 5.000,00 N N

17091-07 EVERALDO FERREIRAJUNIOR

Presidente 00/01 00/01 09/06/2008 R$ 4.000,00 N N

36112-11 DELCIO MASCARENHAS DE ALMEIDA FILHO

Presidente 00/01 00/01 28/01/2012 R$ 500,00 N N

RESSARCIMENTOS

Processo  Responsável(eis)  Cargo Venc  Valor R$ DividaAtiva 

Execucao

Fiscal 

07145-08 EUVALDO DE ALMEIDA ROSA Prefeito 13/01/2009 R$ 58.623,52 N N

05035-96 JOSE DE OLIVEIRA SOUZA SOBRINHO Vereador  21/12/1996 R$ 408,47 S S

05035-96  ANTONIO FERNANDO RIBEIRO DE ALBUQUERQUE

Vereador  21/12/1996 R$ 408,47 S S

05035-96 ALBINO MARTINS DOS SANTOS Vereador  21/12/1996 R$ 408,47 S S

05035-96 MURILO JOSE SANTOS DE MIRANDA Vereador  21/12/1996 R$ 408,47 S S

05035-96 DELCIO MASCARENHAS DE ALMEIDAFILHO

Vereador  21/12/1996 R$ 408,47 S S

05035-96 ADAILTON NEVES DE JESUS Vereador  21/12/1996 R$ 408,47 S S

05035-96 VALDEMAR BARRETO DE FARIAS Vereador  21/12/1996 R$ 408,47 S S

05035-96 MANOEL ALVES BONFIM Vereador  21/12/1996 R$ 408,47 S S

05035-96 GERALDO PESSOA SALES Vereador  21/12/1996 R$ 408,47 S S

05035-96 JOSÉ ANACLETO FILHO Vereador  21/12/1996 R$ 408,47 S S

05035-96 CLEUZA MARIA QUEIROZ NERY Vereadora 21/12/1996 R$ 408,47 S S

05035-96 CARLOS ANTÔNIO GALVÃO Vereador  21/12/1996 R$ 408,47 S S

05035-96 ANTÔNIO ROQUE BONFIM DE MELO Vereador  21/12/1996 R$ 408,47 S S05035-96 MURILO JOSÉ SANTOS DE MIRANDA Presidente 21/12/1996 R$ 560,80 N N

05035-96 MURILO JOSÉ SANTOS DE MIRANDA Presidente 21/12/1996 R$ 560,80 N N

05563-97 MURILO JOSE SANTOS DE MIRANDA Presidente 04/11/1997 R$ 899,50 S S

05563-97 MANOEL ALVES BONFIM Vereador  04/11/1997 R$ 1.298,72 S S

05563-97  ANTONIO FERNANDO RIBEIRO DE ALBUQUERQUE

Vereador  04/11/1997 R$ 620,65 S S

06606-99 DECIO MASCARENHAS DE ALMEIDAFILHO

Presidente 04/01/2000 R$ 1.296,50 S S

06606-99 ALBINO MARTINS DOS SANTOS Vereador  04/01/2000 R$ 864,50 S S

06606-99 ALMIR FRANCISCO DE ASSIS ROLLA Vereador  04/01/2000 R$ 864,50 S S

06606-99 ANDRE LUIZ ANDRADE SOUZA Vereador  04/01/2000 R$ 864,50 N N

06606-99 ANTONIO MARCOS ARAUJO LESSA Vereador  04/01/2000 R$ 864,50 S S

06606-99 ANTONIO ROQUE BONFIM DE MELO Vereador  04/01/2000 R$ 864,50 S S

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06606-99 CARLOS ANTONIO GALVAO Vereador  04/01/2000 R$ 864,50 S S

06606-99 CLEUZA MARIA QUEIROZ NERY Vereador  04/01/2000 R$ 864,50 S S

06606-99 DALVA DE SOUZA MERCES Vereador  04/01/2000 R$ 864,50 S S

06606-99 GERALDO JOSE DOS REIS SOUZA Vereador  04/01/2000 R$ 864,50 S S06606-99 JOSE BARROS PORTO Vereador  04/01/2000 R$ 864,50 S S

06606-99 JOSE DIAS DAMASCENO Vereador  04/01/2000 R$ 864,50 S S

06606-99 GILSON FROES PRAZERES BASTOS Vereador  04/01/2000 R$ 864,50 S S

06606-99 HERNANE MERCES DE OLIVEIRA Vereador  04/01/2000 R$ 864,50 S S

06606-99 JOSE EDMUNDO PINTO QUEIROZ Vereador  04/01/2000 R$ 864,50 N N

06606-99 JOSE FERNANDO DE OLIVEIRA Vereador  04/01/2000 R$ 864,50 S S

06606-99 MANOEL ALVES BONFIM Vereador  04/01/2000 R$ 864,50 S S

06606-99 MARCOS ANTONIO DA C. MUNIZ Vereador  04/01/2000 R$ 864,50 S S

06606-99 VALDEMAR BARRETO DE FARIAS Vereador  04/01/2000 R$ 864,50 S S

05563-97 JOSÉ DE OLIVEIRA SOUZA SOBRINHO Vereador  04/11/1997 R$ 620,65 S S

05563-97 DELCIO MASCARENHAS DE ALMEIDAFILHO

Vereador  04/11/1997 R$ 620,65 S S

05563-97 ADAILTON NEVES DE JESUS Vereador  04/11/1997 R$ 620,65 S S

05563-97 VALDEMAR BARRETO DE FARIAS Vereador  04/11/1997 R$ 620,65 S S

05563-97 GERALDO PESSOA SALES Vereador  04/11/1997 R$ 620,65 S S

05563-97 JOSE ANACLETO FILHO Vereador  04/11/1997 R$ 620,65 S S

05563-97 CLEUZA MARIA QUEIROZ NERY Vereadora 04/11/1997 R$ 620,65 S S

05563-97 CARLOS ANTONIO GALVÃO Vereador  04/11/1997 R$ 620,65 S S

05563-97 ANTONIO ROQUE BONFIM DE MELO Vereador  04/11/1997 R$ 620,65 S S

05563-97 ALBINO MARTINS DOS SANTOS Vereador  04/11/1997 R$ 620,65 N N06334-05 ALVARO VELOSO BESSA Prefeito 10/01/2006 R$ 1.258,68 N N

17091-07 EVERALDO FERREIRA JÚNIOR Presidente 10/06/2008 R$ 4.689,24 N N

Na defesa o Gestor apresentou as Guias de Arrecadação e oscomprovantes de depósito relativos ao pagamento das multas -Processos TCM nº 7874-07, 36113-11 e 35386-10, de suaresponsabilidade, que devem ser desentranhados dos autos eencaminhados à Coordenadoria de Controle Externo para que

realize os registros devidos (Pasta tipo “a-z” - fls. 148/155).Resta ainda pendente em nome do Gestor destas Contas oProcesso de ressarcimento nº 7145-08, no valor de R$ 58.623,52,vencida em 13/01/09.

Quanto às outras imputações de débito, o Gestor não apresentoucomprovante de pagamento, tampouco demonstrou as medidasadotadas para a sua regularização.

Registre-se que o Gestor tem por obrigação adotar medidasefetivas de cobrança, inclusive judiciais, das multas eressarcimentos impostos pelo TCM a agentes políticos municipais,

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sob pena de responsabilidade, promovendo a sua inscrição nadívida ativa, daqueles que ainda não o foram, já que as decisõesdos tribunais de contas, por força da estatuído no artigo 71, § 3º da

constituição da república, das quais resulte imputação de débito oumulta, têm eficácia de título executivo.

Ressalte-se que em relação às multas, a cobrança tem de ser efetuada antes de vencido o prazo prescricional, “sob pena deviolação do dever de eficiência e demais normas que disciplinam aresponsabilidade fiscal ”. A omissão do gestor que der causa à suaprescrição resultará em lavratura de Termo de Ocorrência pararessarcimento do prejuízo causado ao Município. Caso não

concretizado, importará em ato de improbidade administrativa,pelo que este TCM formulará Representação junto à ProcuradoriaGeral da Justiça.

Em Tramitação

Tramita nesta Corte de Contas a denúncia TCM nº 16.024-11,contra o Sr. Euvaldo de Almeida Rosa, Gestor destas contas,ressalvando-se que o presente pronunciamento é emitido sem

prejuízo das decisões que posteriormente vierem a ser emitidas por este Tribunal.

VOTO

Em face do exposto, com fundamento no art. 40, inciso II,combinado com o art. 42, da Lei Complementar 06/91, vota-se pelaaprovação com ressalvas, das contas da Prefeitura Municipal deSanto Antônio de Jesus, exercício financeiro de 2011, deresponsabilidade do Sr. Euvaldo de Almeida Rosa.

 As conclusões consignadas nos Relatórios e Pronunciamentostécnicos submetidos à análise desta Relatoria levam a registrar asseguintes ressalvas:

•descumprimento do art. 23 da LRF, em decorrência da nãoexecução de medidas para a redução do montante da despesatotal com pessoal que excedeu ao limite máximo em dezembro de2009 estabelecido no art. 20 da LRF, tendo em abril de 2011 as

despesas com pessoal totalizado R$ 65.750.533,83,correspondendo a 61,41% da Receita Corrente Líquida;

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• reincidência na existência de déficit orçamentário, demonstrandoque o Município gastou mais do que arrecadou;

•reincidência no orçamento elaborado sem critérios adequados deplanejamento;

•reincidência no descumprimento de determinação deste Tribunal,quanto ao não pagamento de ressarcimento imputado ao Gestor destas contas.

•reincidência na omissão na cobrança de multas e ressarcimentosimputados a agentes políticos do Município;

•reincidência na indisponibilidade financeira para adimplementodas obrigações constantes no Passivo Financeiro;

•reincidência no deficiente Relatório do Sistema de ControleInterno;

•reincidência  no descumprimento de determinação deste Tribunalem face da não restituição com recursos municipais de R$1.658,97, à conta corrente do FUNDEB, relativo a glosas deexercícios anteriores.

•Reincidência no descumprimento do prazo estabelecido naResolução TCM nº 1.065/05, no que se refere às remessas deinformações ao Sistema LRF-net;

•descumprimento da Resolução TCM nº 1.277/08, em decorrênciada ausência do Parecer do Conselho Municipal de Saúde referenteao 1º e 2º bimestres;

•reincidência no descumprimento da Resolução TCM 1.060/05 –itens 18, 30, 36 e 39 do art. 9º, a exemplo da ausência doInventário Patrimonial;

•Outras ocorrências consignadas no Relatório Anual/Cientificaçãoexpedido pela CCE, a exemplo de contratação direta por inexigibilidade sem comprovação dos requisitos exigidos no art. 25,

inciso II, da Lei nº 8.666/93; ausência de processo administrativomotivando e fundamentando a Inexigibilidade nº 616D/2011 –transportes de alunos (R$ 255.200,00); contratação de pessoal sem

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concurso público, ferindo o art. 37, inciso II da Constituição Federal,em fevereiro, março, outubro, novembro e dezembro; despesas deR$ 192.823,40 com pagamento de juros e multas por atraso no

adimplemento de obrigações.

Em razão das ressalvas acima, aplica-se ao Sr. Euvaldo deAlmeida Rosa, com arrimo no art. 73 da mesma LeiComplementar, multa de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), além doressarcimento de R$ 192.823,40 (cento e noventa e dois mil,oitocentos e vinte e três reais e quarenta centavos) relativo aopagamento de juros e multas por atraso no adimplemento deobrigações. Subsidiariamente, em razão do descumprimento do art.

23 da Lei de Responsabilidade Fiscal, aplica-se ao Gestor multa deR$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais), correspondentes a 30% dosseus vencimentos anuais, com fulcro no art. 5º, inciso IV, §§ 1º e2º, da Lei nº 10.028, de 19/10/2000, em decorrência da nãoexecução de medidas para a redução do montante da despesa totalcom pessoal que excedeu ao limite máximo estabelecido no art. 20da LRF, lavrando-se para tanto a competente Deliberação deImputação de Débito, nos termos regimentais, quantias estas quedeverão ser quitadas no prazo e condições estipulados nos seus

arts. 72, 74 e 75.Determinações ao Gestor:

1 - Adotar medidas efetivas de cobrança das multas eressarcimentos relacionados acima, aplicadas a agentes políticosdo Município, sob pena de responsabilidade, promovendo a suainscrição na dívida ativa, daqueles que ainda não o foram, inclusivecom promoção de ação executiva judicial, já que as decisões dosTribunais de Contas, por força da estatuído no artigo 71, § 3º daConstituição da República, das quais resulte imputação de débitoou multa, têm eficácia de título executivo;

2 - Restituir imediatamente com recursos municipais à contacorrente do FUNDEB, o valor de R$ 1.658,97, referentes a glosasde exercícios anteriores, devendo a CCE acompanhar ocumprimento desta determinação;

Determinações à CCE

• Analisar a regularidade nos repasses de recursos feitos peloMunicípio a título de subvenção social para a Irmandade da Santa

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Casa de Misericórdia de Santo de Jesus, Creche Santa Madalena,e Nissa – Núcleo de Integração Social e Profissional da Juventudede Santo Antônio de Jesus.

•Lavrar Termo de Ocorrência para exame da legalidade eregularidade do processo de Inexigibilidade nº 134/2007 -, serviçosde apoio diagnóstico e terapêutico e assistência ambulatorial aosusuários do Sistema Único de Saúde – SUS (R$ 4.374.986,83),

Determinações à SGE:

•Extrair os documentos anexados em Pasta tipo “a-z” - volume 01

(fls. 148/155) e substituir por cópia, relativos ao pagamento dasmultas – Processos TCM nº 7874-07, 36113-11 e 35386-10, deresponsabilidade do Gestor Sr. Euvaldo de Almeida Rosa, eencaminhar para a Diretoria de Controle Externo competente parafins de registro;

•Devem ser desentranhados os documentos anexados em trêspastas tipo “a-z”, referentes às prestações de contas das entidadesa Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Santo de Jesus,Creche Santa Madalena, e Nissa – Núcleo de Integração Social e

Profissional da Juventude de Santo Antônio de Jesus, e autuadosem separado, com fins à competente Coordenadoria de ControleExterno – CCE, para análise.

SALA DAS SESSÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DOESTADO DA BAHIA, em 06 de dezembro de 2012.

Cons. Paulo Maracajá PereiraPresidente

Cons. Paolo MarconiRelator 

Este documento foi assinado digitalmente conforme orienta a resolução TCM nº01300-11. Para verificar a autenticidade deste parecer,consulte o Sistema de Acompanhamento de Contas ou o site do TCM na Internet em www.tcm.ba.gov.br e acesse o formato digitalassinado eletronicamente.