tcf sobre doação de órgãos - 9º ano

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JAIANE VALÉRIA SILVA SOARES JHONATAS TOMÁS DE ARAÚJO RAYNAN SUELEN TAVARES DA SILVA ROBSON IVANILDO DA SILVA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: UM GESTO DE SOLIDARIEDADE Trabalho de Conclusão do Ensino Fundamental apresentado à EREM Dr. Jaime Monteiro como requisito parcial para aprovação, sob a orientação da Professora Márcia Oliveira da Silva. GAMELEIRA PE 2016

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Page 1: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

JAIANE VALÉRIA SILVA SOARES

JHONATAS TOMÁS DE ARAÚJO

RAYNAN SUELEN TAVARES DA SILVA

ROBSON IVANILDO DA SILVA

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: UM GESTO DE SOLIDARIEDADE

Trabalho de Conclusão do Ensino

Fundamental apresentado à EREM Dr. Jaime

Monteiro como requisito parcial para

aprovação, sob a orientação da Professora

Márcia Oliveira da Silva.

GAMELEIRA – PE

2016

Page 2: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

Dedicamos este trabalho a todos os pacientes

que aguardam por um milagre advindo da

solidariedade da família de um doador, a todos

que disponibilizaram seus órgãos para dar

sobrevida a alguém, como também às famílias

que, mesmo na dor, demonstraram amor ao

próximo.

Page 3: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

“O ser humano morre não quando seu

coração deixa de pulsar, mas quando de

alguma forma deixa de se sentir importante.”

(Augusto Cury)

Page 4: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

LISTA DE SIGLAS

ABTO Associação Brasileira de Transplante de Órgãos.

ADOTE Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos

ME Morte Encefálica

SUS Sistema único de Saúde

TCF Trabalho de Conclusão do Fundamental

UNIFESP Universidade Federal de São Paulo

Page 5: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO............................................................................................... 06

JUSTIFICATIVA................................................................................................. 07

PROBLEMA MOBILIZADOR.......................................................................... 08

OBJETIVOS......................................................................................................... 09

CAPÍTULO I

CONSTRUINDO REFERÊNCIAS.....................................................................

10

1.1 Breve história sobre transplante de órgãos...................................................... 10

1.2 O que é transplante e quando ele é necessário................................................. 11

1.3 A importância da doação de órgãos................................................................. 11

1.4 A morte encefálica e a recusa da família........................................................ 13

1.5 Requisitos necessários para ser um doador em vida ou após a morte........... 14

1.6 Mitos sobre doação de órgãos......................................................................... 15

CAPÍTULO II

ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS............................................................

16

ETAPAS................................................................................................................ 19

RECURSOS.......................................................................................................... 20

CRONOGRAMA.................................................................................................. 21

CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................... 22

REFERÊNCIAS ................................................................................................... 23

APÊNDICE........................................................................................................... 24

ANEXOS.............................................................................................................. 25

Page 6: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

APRESENTAÇÃO

A busca por tratamentos eficazes na cura de doenças crônicas e pelo prolongamento da

vida sempre foi uma preocupação da humanidade. A ciência evoluiu de tal forma que muitas

doenças consideradas fatais, no século passado, hoje são facilmente curadas ou foram

erradicadas. Mas quando o problema de saúde está diretamente ligado ao mau funcionamento

de um órgão vital, a luta dos médicos é ainda mais intensa, pois, nesse caso, a única

possibilidade de cura ou sobrevida se dará através de uma das maiores descobertas da ciência:

o transplante.

Esse grande feito da medicina tem salvo muitas vidas em todo o mundo, porém não o

quantitativo desejado e necessário. Isso porque não há oferta de órgãos suficiente para todos

que aguardam na fila de espera por um transplante. O problema tende a agravar porque muitos

desses pacientes que aguardam não dispõem de tempo.

A falta de oferta vem da negação da família do doador cadáver. Por não aceitar o

diagnóstico de morte encefálica (ME), ela recusa-se a autorizar a retirada dos órgãos,

aumentando ainda mais o tempo de espera dos pacientes nas filas de transplantes e ,

consequentemente, diminuindo as chances de cura ou sobrevida dos mesmos (ABTO, 2011).

Foi justamente a recusa familiar que serviu de ponto de partida para a escolha do tema.

Os motivos dessa recusa são abordados ao longo do trabalho.

Page 7: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

JUSTIFICATIVA

O mês de setembro foi instituído em todo o país como Setembro Verde, isto é, mês

dedicado a campanha de incentivo à doação de órgãos, visto que o dia 27 é o Dia Nacional da

Doação de Órgãos. Aproveitando a deixa da campanha, foi escolhido o tema para a realização

do TCF.

Page 8: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

PROBLEMA MOBILIZADOR

Em virtude da campanha de doação de órgãos - Setembro Verde - divulgada nas redes

sociais e outras mídias, e das recentes informações sobre a redução de doações comparando

2015 e 2016, surgiram alguns questionamentos: Quais os principais motivos da recusa

familiar? Como sensibilizar a comunidade sobre a importância da doação?

Page 9: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Compreender a doação de órgãos não só como um ato de amor e solidariedade, mas

também como um importante papel da sociedade na batalha de salvar vidas.

Objetivos Específicos

Identificar o nível de aceitação da comunidade escolar em relação à doação de órgãos;

Identificar os principais motivos da recusa familiar à doação de órgãos;

Esclarecer a comunidade escolar sobre alguns mitos e verdades sobre a doação de

órgãos.

Page 10: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

CAPÍTULO I

CONSTRUINDO REFERÊNCIAS

1.1 Um breve histórico sobre transplante de órgãos

O termo transplante ou transplantação foi empregado pela primeira vez em 1778 por

John Hunter ao descrever alguns de seus experimentos em animais. No início, esse tipo de

cirurgia em humanos era para reparar mutilações, principalmente de pele. Foi no começo do

século XX que aconteceram as primeiras experiências com transplante de órgãos, inicialmente

com animais, depois entre animais e humanos (mal sucedidas, porém elas contribuíram para o

avanço das pesquisas na área) e, finalmente, entre humanos.

No ano de 1933, na Ucrânia, o primeiro transplante de rins do mundo entre humanos

foi realizado, porém sem sucesso. Em 1963, nos Estados Unidos, foi realizado o primeiro

transplante de fígado e em 1967, na África do Sul, o primeiro cardíaco. Todas essas

experiências foram realizadas em pacientes em estado grave ou terminal da doença crônica, e

o fracasso de uma delas trouxe à tona o problema da rejeição.

Para continuar com as cirurgias de transplante, era necessário descobrir drogas

imunossupressoras, pois o organismo se defende de todo e qualquer corpo estranho que lhe é

implantado. Em 1978, a droga antirrejeição foi descoberta. Porém, no Brasil, as cirurgias

foram estagnadas em meados da década de 60, sendo retomadas por volta de 1980.

No Brasil, o primeiro transplante realizado foi o de córneas, em 1954. Em 1964, o

primeiro transplante renal. Em 1968, no Hospital das Clínicas de São Paulo, o primeiro de

fígado. Duas outras tentativas foram feitas nessa instituição, pela mesma equipe, em 1969 e

1971, ambas com sucesso técnico e sobrevida de 18 e 30 dias, respectivamente (MACHADO,

1970)

Com a evolução das pesquisas e o aperfeiçoamento das técnicas de captação, remoção

e cirúrgica, o Brasil reinicia cirurgias de transplantação de órgãos. As retiradas de múltiplos

órgãos foram padronizadas, surgiram novos medicamentos imunossupressores e foi

Page 11: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

desenvolvida uma solução de conservação de órgãos que aumentaram o sucesso dos

transplantes no mundo.

Ao mesmo tempo foram criadas leis rigorosas para disciplinar judicialmente o

transplante de órgãos e tecidos, como na maioria dos países. Atualmente, a que se encontra

em vigor é a Lei nº 9434/97, regulamentada pelo decreto 2268 de 30 de julho do mesmo ano.

Ela permite a doação em vida e após a morte. Além disso, considera os mínimos pontos deste

o credenciamento da instituição e equipes, critérios de diagnostico de morte encefálica

permissões para as doações, a proibição do comércio de órgãos e as penalidades para as

infrações.

1.2 O que é transplante e quando ele é necessário?

Segundo a Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos, é um procedimento

cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado) ou

tecido (medula óssea, ossos, córneas, etc.) de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou

tecido normal de um doador, vivo ou morto. O transplante é um tratamento que pode salvar

e/ou melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas.

O transplante de órgãos é uma modalidade cirúrgica inovadora regulamentada pela Lei

nº 9.434/37 e Lei nº 10.211/2001. Elas dispõem sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes

do corpo humano para fins de transplante e tratamento. É uma técnica revolucionária na

medicina moderna, pois proporciona aos pacientes ameaçados pela falência de um órgão vital

ou tecido perspectiva de cura ou sobrevida.

1.3 A importância da doação de órgãos

Quando um automóvel apresenta qualquer problema mecânico, é levado à oficina para

realização dos reparos ou troca de peças indispensáveis ao seu bom funcionamento.

Page 12: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

Com o corpo humano algo parecido acontece. Quando ele apresenta algum problema

que comprometa seu perfeito funcionamento, procura-se um médico para que indique o

tratamento adequado ou o transplante do órgão comprometido.

Porém, diferentemente do automóvel, não é possível ir à loja e comprar uma peça

nova. A única e legal solução é o transplante do órgão comprometido. E isso não é tão simples

assim. Muito está envolvido: de um lado o receptor agarrado a esperança de um milagre; do

outro, a família do doador diagnosticado com morte encefálica (a interrupção irreversível das

funções cerebrais).

Art. 3º da Lei nº 9.434/97 - A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes

do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de

diagnóstico de morte encefálica constatada e registrada por dois médicos não

participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios

clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina.

Neste caso, um único doador é capaz de salvar mais de vinte pessoas, podendo doar

córneas, coração, fígado, pulmão, rim, pâncreas, ossos, vasos sanguíneos, pele, tendões e

cartilagem. Todos os procedimentos de captação, retirada e transplante dos órgãos estão

regulamentados pela Lei nº 9434/97 e Lei nº 10211/2001. Apesar de todas as garantias das

leis, há certa desconfiança e misticismo da população quanto a retirada dos órgãos após ME.

No caso da doação entre vivos, o doador deve ter mais de 21 anos e boas condições de

saúde. A doação ocorre somente se o transplante não comprometer suas aptidões vitais. Rim,

medula óssea e parte do fígado ou pulmão podem ser doados entre cônjuges ou parentes de

até quarto grau com compatibilidade sanguínea. No caso de não familiares, a doação só

acontece mediante autorização judicial.

Segundo publicação recente do Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde

e da ADOTE (Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos), atualmente 41.236

pacientes estão cadastrados na lista do SUS (Sistema Único de Saúde) à espera de órgão, no

Brasil. Em 2015, foram realizadas 23.666 cirurgias de transplante de órgãos, sendo 95% dos

procedimentos realizados pelo SUS.

Apesar do número bastante significativo de pessoas transplantadas, o de pessoas à

espera de um novo órgão é bem maior. E para amenizar esta desproporção, a palavra de

ordem é conscientização.

Page 13: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

Essa conscientização virá através de campanhas de incentivo, como a lançada pelo

Governo Federal em 17 de setembro de 2016, no Rio de Janeiro e as promovida pelo Real

Hospital Português e a Central de Transplante de Pernambuco, no dia 29 do mesmo mês, em

Recife.

É necessário esclarecer alguns mitos e verdades sobre a doação de órgãos e tecidos

para que a população sinta-se segura para decidir.

1.4 A morte encefálica e a recusa da família

Os primeiros critérios de morte encefálica surgiram em 1959, em Paris, sendo

discutida até hoje pela sociedade. Devido a pouca informação e muitas dúvidas respeito, a

boa parte da população recusa-se a aceitar o diagnóstico de ME e, consequentemente, a

autorizar a doação.

A Resolução do Conselho Federal de Medicina n° 1.480, de 8 de março de 1997,

definiu os critérios para o diagnóstico de morte encefálica, conceituando-a como a parada

total e irreversível das funções encefálicas, bem como determina a necessidade de realização

de exames complementares para a confirmação do diagnóstico de morte encefálica.(BRASIL,

2006).

O artigo 4º da Lei 9.434/97 gerou grande polêmica no meio médico, jurista e da

população em geral, pois ela determinava uma obrigação, enquanto os brasileiros

interpretavam a doação como um gesto de solidariedade.

Salvo manifestação de vontade em contrário, nos termos desta Lei presume-se

autorizada a doação de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano, para finalidade

de transplantes ou terapêutica post mortem.

Porém a classe médica decidiu priorizar o Código de Ética Médica e o respeito à

vontade dos familiares. Por causa desse embate, o Governo Federal criou a Lei nº

10.211/2001, alterando o artigo 4º da Lei 9.434/97.

O número de famílias que não autorizam a doação de órgãos e tecidos de parentes com

diagnóstico de morte encefálica aumentou significativamente no Brasil. A taxa de recusa

Page 14: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

familiar saltou de 22% em 2008 para 44% em 2015, segundo a Associação Brasileira de

Transplante de Órgãos (ABTO).

Um estudo realizado por pesquisadores da Escola Paulista de Enfermagem da

Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) identificou as razões da recusa familiar. Os

motivos foram não compreender o conceito de morte encefálica, crenças religiosas, não

confiar na competência técnica da equipe hospitalar e, o principal, as famílias consideraram

insuficiente o tempo dado a elas para a tomada de decisão.

É certo que há pressa em conseguir a autorização, pois órgãos como coração e fígado

não podem mais ser aproveitados quando o coração para de bater. A queixa das famílias é que

a abordagem foi feita de forma mecânica, até mesmo truculenta, sem respeitar o atordoamento

de quem acabou de receber uma notícia trágica.

A solução para minimizar a recusa familiar não está apenas nas informações, nas

eliminações das dúvidas sobre todo o processo que envolve a retirada do órgão do doador com

ME, e sim na forma humanizada pela qual a família é abordada. Para isso, é preciso investir

no treinamento de profissionais como enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos para fazer

a abordagem à família, respeitando seu momento de dor.

1.5 Requisitos necessários para ser um doador em vida ou após a morte

Segundo informações do Ministério da Saúde, há alguns requisitos necessários para

ser um doador em vida ou após a morte.

Doação em vida:

-Compatibilidade sanguínea;

-Ser um indivíduo juridicamente capaz;

-O doador gozar de perfeita saúde a fim de que o transplante não comprometa as

aptidões vitais;

-Ser parente do receptor em até quarto grau ou cônjuge.No caso de não parentes, a

doação só poderá ser feita com autorização judicial.

Doação após morte:

– A causa da morte encefálica ser conhecida;

Page 15: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

– Ter morte encefálica comprovada por vários exames realizados por médicos que não

pertença a equipe de captação ou de transplante;

– Autorização da família;

–Ter identificação e registro hospitalar.

1.6 Mitos sobre doação de órgãos

A Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) publicou em sua página

na internet os mitos mais comuns sobre a doação de órgãos, visando esclarecer as dúvidas da

população e minimizar a recusa familiar que tanto limita a efetivação das cirurgias de

transplante no Brasil. São eles:

- Há necessidade de deixar escrito a intenção de ser um doador após a morte;

- As religiões não permitirem esse tipo de procedimento médico;

- As pessoas com melhores condições financeiras ou status social não esperam na fila

de transplante, isto é, têm prioridade;

- Por existir um mercado negro de transplante, pessoas são raptadas e mortas;

- A retirada dos órgãos desfigura o corpo e altera a aparência na urna funerária;

- Se o indivíduo der entrada na emergência de um hospital, a equipe médica sabendo

que ele é um doador não fará nada para salvá-lo.

É necessário desmistificar esse assunto, pois muitas vidas esperam pela solidariedade

das famílias dos possíveis doadores. Quando compreende-se que o diagnóstico de ME se dá

através de um rigoroso processo que envolve profissionais éticos, fica mais fácil concretizar a

doação e, dessa forma, salvar várias vidas.

Page 16: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

CAPÍTULO II

ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS

GRÁFICO 1: DISTRIBUIÇÃO DOS ENTREVISTADOS QUANTO AO SEXO.

GRÁFICO 2: DISTRIBUIÇÃO DOS ENTREVISTADOS QUANTO À FAIXA ETÁRIA.

Foram entrevistados 25 alunos e 25 alunas (gráfico 1), apresentando as idades entre 13

a 19 anos e distribuídos da seguinte forma: 1 aluno com 13 anos, 10 alunos com 14 anos, 14

alunos com 15 anos , 20 alunos com 16 anos, 5 alunos com 17 anos, 5 alunos com 18 e 1

aluno com 19 (gráfico 2). Todos eles já tinham escutado falar sobre doação de órgãos.

GRÁFICO 3: DISTRIBUIÇÃO DOS ENTREVISTADOS QUANTO À FONTE DE

INFORMAÇÃO SOBRE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS.

25 25

0

10

20

30

Masculino Feminino

1 10

14

20

5 5

1 0

5

10

15

20

25

13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos 19 anos

32

5 6 0

6 1

0

20

40

TV JORNAL INTERNET AMIGOS ESCOLA PROFISSIONASDE SAÚDE

TV JORNAL INTERNET AMIGOS ESCOLA PROFISSIONAS DE SAÚDE

Page 17: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

Dos alunos entrevistados, 32 tiveram conhecimento sobre o assunto através da tv, 5

através do jornal, 6 através da internet, 6 através da escola e 1 através de profissionais de

saúde.

GRÁFICO 4: QUANTO À INTENÇÃO DE DOAR SEUS ÓRGÃOS.

Quando questionados sobre a intenção de doar os órgãos, dos 50 entrevistados, 34

afirmaram que doariam, 8 afirmaram que não doariam e 8 mostraram-se indecisos.

GRÁFICO 5: QUANTO AOS MOTIVOS PARA DOAR SEUS ÓRGÃOS APÓS MORTE

Para todos os entrevistados, o principal motivo para doação de órgãos é a vontade de

ajudar ao próximo, ou seja, a caridade, a generosidade, a solidariedade são valores presentes

na vida desses 50 alunos.

GRÁFICO 6: QUANTO AOS MOTIVOS DA RECUSA FAMILIAR EM DOAR SEUS

ÓRGÃOS APÓS MORTE.

34

8 8

0

20

40

Doaria Não Doaria Indeciso

Ajudar aopróximo

Motivosreligiosos

Reaproveitaros órgãos

Daroportunidade

de vida ousobrevida

Colunas1 15 0 0 35

26

8

16

A morte encefálica pode serrevertida

A religião não permite Não acreditar no diagnósticomédico de ME

Page 18: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

Entretanto, há certa desconfiança em relação ao diagnóstico de ME. Dos 50

entrevistados, 26 afirmaram que a família manteriam a fé e a esperança de um milagre até o

último instante. Outros 16 afirmaram que o medo de haver tráfico de órgãos dentro dos

hospitais impossibilitaria a autorização. Apenas 8 usaram a religião como desculpa.

GRÁFICO 7: QUANTO À AUTORIZAÇÃO DE DOAÇÃO DOS ÓRGÃOS DE UM

FAMILIAR COM MORTE ENCEFÁLICA

Quanto a autorização depender do entrevistado, 34 disseram que permitiriam a doação

de um familiar, caso seja responsável legal. 2 disseram que não teriam a coragem de autorizar

e 14 mostraram-se indecisos.

34

2

14

0

10

20

30

40

Sim, autorizaria Não autorizaria Não sabe

Page 19: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

ETAPAS

Este Trabalho de Conclusão do Fundamental (TCF) partiu de uma pesquisa descritiva

sobre doação de órgãos no Brasil, especificamente em Pernambuco, visto que no mês de

setembro há em todo o país uma campanha para incentivar a doação.

No primeiro momento, houve uma aula para todos os alunos dos 9º anos para explicar

o objetivo do TCF, na qual as professoras Joselma Costa e Márcia Oliveira apresentaram a

proposta e orientaram sobre o tipo de pesquisa, até então desconhecidas por nós do Ensino

Fundamental. Ainda nesta aula, os membros da equipe foram selecionados e decidimos o

tema.

Houve um certo desânimo inicial na equipe por não haver material bibliográfico

disponível na biblioteca. Então, recorremos as pesquisas na internet, no laboratório de

informática da escola. Todo material coletado é proveniente de sites como o ADOTE e o

ABTO. Neste primeiro havia um livro disponível em pdf.

Ao longo das semanas, de todo material pesquisado, retiramos as informações mais

importantes, fizemos resumos e produzimos outros textos, que eram corrigidos pela

professora de Língua Portuguesa da turma.

Também elaboramos um questionário para entrevistar 50 alunos, entre meninas e

meninos, sobre o tema abordado neste trabalho. Os dados coletados foram entregues a

professora de Matemática, Ivanize Santos que nos ajudou a produzir gráficos que serviram

para enriquecer nossa pesquisa, conforme exposto a seguir , e foram o produto final do TCF.

Page 20: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

RECURSOS

Foram utilizados os seguintes materiais para a realização dessa pesquisa:

Pesquisas em sites específicos;

Material impresso;

Data show;

Vídeo;

Entrevistas.

Page 21: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

CRONOGRAMA

Atividades AGO SET OUT NOV DEZ

Orientações sobre TCF X X X X

Formação da equipe X

Escolha do tema X

Definição do produto final X

Elaboração do sumário

provisório X

Entrevista com alunos X

Análise dos dados

pesquisados X X

Produção de textos X X X

Produção de gráficos X

Revisão dos textos X X

Produção de slide X

Entrega do TCF X

Apresentação do TCF X

Page 22: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com esta pesquisa, observou-se que o único meio para efetivar de fato o transplante de

órgãos no Brasil é conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos. A

falta de conhecimento e de esclarecimento sobre morte encefálica - que é bem maior na

população mais carente - e a principal causa da recusa, além dos muitos mitos que envolvem o

assunto.

Esse tema deveria ser abordado nas escolas assim como gravidez na adolescência,

bullying, drogas, alcoolismo, meio ambiente,etc. através de projetos ou palestras. Dessa

forma, daria uma grande contribuição à sociedade, começando pela comunidade escolar.

Porém, não será uma tarefa fácil com resultados a curto prazo. Levará um bom tempo para

que a população reveja alguns conceitos a adote novas práticas.

Page 23: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS. Registro Brasileiro de

Transplantes. São Paulo, Ano XVII, n. 4, jan./dez, 2011. 35 p. 6-7.

ADOTE. 2016. Disponível em<hhttp://www.adote.org.br/informe-se> . Acesso em: 30 Out.

2016.

ABTO, 2016. Disponível em

<http://www.abto.org.br/abtov03/default.aspx?mn=473&c=916&s=0&friendly=mitos

BRASIL. Decreto nº 879, de 22 de julho de 1993. Regulamenta a Lei nº 8.489, de 18 de

novembro de 1992, que dispõe sobre a retirada e o transplante de tecidos, órgãos e partes do

corpo humano, com fins terapêuticos, científicos e humanitários. Diário Oficial da União,

Brasília, n. 139, p. 10298, 23 jul 1993. Seção 1.

BRASIL. Decreto nº 2.268, de 30 de junho de 1997. Regulamenta a Lei nº 9.434, de 4 de

fevereiro de 1997, que dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano

para fins de transplante e tratamento, e dá outras providências. Diário Oficial da União,

Brasília, n. 123, p. 13739, 1 jul 1997. Seção 1.

BRASIL. Lei nº 8.489, de 18 de novembro de 1992. Dispõe sobre a retirada e transplante de

tecidos, órgãos e partes do corpo humano com fins terapêuticos e científicos, e dá outras

providências. Diário Oficial da União, Brasília, n. 223, 20 nov 1992. Seção 1.

BRASIL. Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997. Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos

e partes do corpo humano para fins de transplante, e dá outras providências. Diário Oficial da

União, Brasília, n. 25, p. 2191-3, 5 fev 1997. Seção 1.

Machado MCC et al. Aspectos da função hepatocitária em transplantes de fígado

experimentais e humanos. Rev Ass Med Bras 16:89-94, 1970

http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/saude/noticia/2015/12/31/real-hospital-

portugues-credenciado-pelo-ministerio-da-saude-para-realizar-transplantes-de-figado-

214751.php

http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2015/11/23/recusa-de-doacao-de-

orgaos-por-familias-dobra-em-sete-anos-diz-pesquisa.htm

Page 24: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

APÊNDICE

Roteiro de entrevista sobre o tema Doação de órgãos.

Entrevistado: Feminino Masculino

Idade: Série: Turma:

01. Você já pensou em ser doador de órgãos?

Sim Não

02. Qual é sua intenção em relação à doação de seus órgãos?

Doar Não doar Indeciso

03. Onde você tomou conhecimento sobre doação de órgãos?

TV Internet Jornal

Através de amigos Na escola

Através de profissionais de saúde.

Outros:____________________________________

04. No ambiente familiar, alguém manifestou a vontade de ser doador de órgãos?

Sim Não Não lembro

05. Imagine ser o responsável legal de um parente que acaba de ser diagnosticado com morte

encefálica. O hospital quer saber de você se os órgãos serão doados ou não. Qual seria sua

resposta, diante da dor da perda de um ente querido?

Sim, doaria. Não, não doaria. Não sabe.

06. Caso seja um doador, qual principal motivo que levaria você a doar seus órgãos?

Ajudar as pessoas. Reaproveitamento dos órgãos.

Motivos religiosos. Dar oportunidade de vida.

07. Qual o principal motivo de recusa à doação de órgãos?

Achar que a morte encefálica pode ser revertida.

A religião não permitir a doação.

Falta de confiança no sistema de saúde brasileiro.

Medo de haver erro no diagnóstico médico.

Page 25: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

ANEXOS

Page 26: TCF sobre Doação de órgãos - 9º ano

Respondendo ao questionário Produzindo textos

Produzindo textos Analisando resultados