tcc_cultivo de berinjela

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE AQUIDAUANA CURSO DE AGRONOMIA FORMAÇÃO DE MUDAS E PRODUÇÃO DE FRUTOS DE BERINJELA Acadêmico: Jhone de Souza Espíndola Aquidauana MS Abril de 2010

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE AQUIDAUANA CURSO DE AGRONOMIAFORMAÇÃO DE MUDAS E PRODUÇÃO DE FRUTOS DE BERINJELAAcadêmico: Jhone de Souza EspíndolaAquidauana – MS Abril de 2010UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE AQUIDAUANA CURSO DE AGRONOMIAFORMAÇÃO DE MUDAS E PRODUÇÃO DE FRUTOS DE BERINJELAAcadêmico: Jhone de Souza Espíndola Orientador: Prof. Dr. Edílson Costa“Trabalho apresentado como parte das exigências do c

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL

UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE AQUIDAUANA

CURSO DE AGRONOMIA

FORMAÇÃO DE MUDAS E PRODUÇÃO DE FRUTOS DE

BERINJELA

Acadêmico: Jhone de Souza Espíndola

Aquidauana – MS

Abril de 2010

Page 2: TCC_cultivo de berinjela

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL

UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE AQUIDAUANA

CURSO DE AGRONOMIA

FORMAÇÃO DE MUDAS E PRODUÇÃO DE FRUTOS DE

BERINJELA

Acadêmico: Jhone de Souza Espíndola

Orientador: Prof. Dr. Edílson Costa

“Trabalho apresentado como parte das exigências do curso de Agronomia para a obtenção do título de Engenheiro Agrônomo”.

Aquidauana – MS Abril de 2010

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Page 4: TCC_cultivo de berinjela

“Os problemas significativos que enfrentamos não podem ser resolvidos no

mesmo nível de pensamento em que estávamos quando os criamos”.

Albert Einstein

Page 5: TCC_cultivo de berinjela

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus pela oportunidade de ter iniciado e por

fim concluído esta graduação, agradeço minha família, meu pai Prof. João

Teixeira Espíndola, pois me espelhei nas suas conquistas, em sua força de

vontade e alegria para poder vencer mais este obstáculo de minha vida,

também a minha mãe Ilza Gomes e Irma Gislene Espíndola, pois se não

fossem estas pessoas em especial, eu não teria a oportunidade de estar os

citando aqui. Também aos outros familiares que de alguma forma me apoiaram

e acreditaram em mim.

Aos meus amigos, Jean Mielnik, Wagner Adriano, Thiago Cardoso,

Edvaldo Luis Junior, Éderson Espíndola, estes que mesmo longe sempre

estiveram presente na minha vida com toda amizade e apoio.

Aos meus novos amigos e que sempre serão lembrados, Aldes Celso,

Elcio Ferreira e Diego Klasmman.

Ao prof. Edilson Costa, por sua compreensão e paciência, e toda sua

dedicação, e aos demais professores que contribuíram com minha formação

acadêmica.

Agradeço também a todos moradores da “república toca do urso”, e todas

as outras pessoas com quem convivi durante estes cinco anos de minha vida.

Page 6: TCC_cultivo de berinjela

SUMÁRIO

RESUMO ........................................................................................................... VI

1 – INTRODUÇÃO ............................................................................................ 1

2 – REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................... 3

2.1. Berinjela, aspectos botânicos e produção de mudas ....................................... 3

2.2. Ambientes protegidos para produção vegetal ...................................................... 4

2.3. Substratos para a produção de mudas e produção de frutos de berinjela ............................................................................................................................................ 6

3 – MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................ 9

4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................ 12

5 – CONCLUSÕES ......................................................................................... 18

6 – REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 19

Page 7: TCC_cultivo de berinjela

RESUMO

Buscando ampliar a oferta de hortaliças de qualidade no Estado de Mato

Grosso do Sul realizou-se um experimento na Universidade Estadual de Mato

Grosso do Sul, Unidade de Aquidauana, com a formação da muda e a

produção a campo de berinjela, cultivar Comprida Roxa, no período de outubro

de 2008 a março de 2009. As mudas foram produzidas em três ambientes de

cultivo: A1- estufa agrícola coberta com filme polietileno difusor de luz de 150

microns; A2- viveiro agrícola com tela de monofilamento (Sombrite®), malha

para 50% de sombreamento e A3- viveiro agrícola com tela termorrefletora

aluminizada (Aluminet®), malha para 50% de sombreamento. Utilizaram-se

bandejas de 72 células preenchidas com os substratos: S1- 86% de Plantmax®

+ 14% de composto orgânico; S2- 86% de solo + 14% de composto orgânico e

S3- 86% de fibra de coco + 14% de composto orgânico, sendo as mudas

posteriormente transplantadas a campo para verificar sua produtividade.

Utilizou-se o delineamento em parcelas subdivididas com 15 repetições para as

mudas e o delineamento inteiramente casualizado com 10 repetições para a

produção a campo. Houve interação entre ambiente de cultivo e substrato na

formação de mudas de berinjela. A combinação de “ambientes e

Plantmax®+composto orgânico” proporciona as melhores mudas e maiores

produtividades a campo.

Palavras-chave: Solanum melongena L., substrato, cultivo protegido.

Page 8: TCC_cultivo de berinjela

ABSTRACT

Seeking to expand the supply of quality vegetables in the State of Mato Grosso

do Sul it was realized an experiment at State University of Mato Grosso do Sul,

Aquidauana Unit, with eggplant seedlings formation and fruits production,

cultivar Comprida Roxa, from October 2008 to March 2009. The seedlings were

produced in three protected environments: A1- greenhouse covered with light

diffuser polyethylene film of 150 microns; A2- nursery with monofilament screen

(Sombrite®), mesh to 50% of shading, and A3- nursery with reflector thermal

aluminum screen (Aluminet®), mesh to 50% of shading. The seedling were

grown in polystyrene trays with 72 cells filled with substrates: S1- 86% of

Plantmax® + 14% of organic compound (C.O); S2- 86% of soil + 14% of

organic compound and S3- 86% of coconut fiber + 14% of organic compound,

and then were transplanted for field to averaged your productivity. The

experiment was carried out in a completely randomized, split-plot scheme, with

15 replications for seedlings and completely randomized for field, with 10

replications. There is interaction between environment and substrate in the

formation of eggplant seedlings. The combination of Aluminet and Plantmax +

organic compound promotes best seedlings and higher productivity in the field.

Key-words: Solanum melongena L., substrate, protected cultivation.

Page 9: TCC_cultivo de berinjela

1 – INTRODUÇÂO

No Brasil a produção anual de hortaliças é superior a 16 milhões de

toneladas, em uma área total de 700 mil hectares. Para obtenção em larga

escala da produção de hortaliças é preciso utilizar-se de técnicas modernas e

eficientes, para que possam ser aplicadas em diferentes etapas da produção

dessas espécies (GRANGEIRO & CECÍLIO FILHO, 2004).

Uma das etapas mais importantes para o cultivo de hortaliças é a

produção de mudas, visto que afeta diretamente no desenvolvimento da planta

a campo, tanto a nível nutricional quanto ao seu ciclo de produção (MINAMI,

1995). Devido a grande demanda a horticultura moderna está em contínua

busca pela produção de mudas de alta qualidade, que podem ser produzidas

através de recipientes em ambientes protegidos (SCARPARE FILHO, 1994).

Várias são as hortaliças produzidas em ambientes protegidos, no entanto no

final da década de 90 a berinjela teve grande crescimento em sua produção

(SANTOS et al., 2000).

A berinjela (Solanum melongena L.) é uma solanácea de origem oriental,

cultivada há séculos na China e Índia. Esta solanácea é adaptada às nossas

condições climáticas e obteve um grande crescimento de cultivo e consumo no

Brasil a partir do final dos anos 90. O fruto da berinjela confere boas

quantidades de vitaminas e minerais, além de propriedades medicinais,

capazes de reduzir os níveis de colesterol (FILGUEIRA, 2000). Para se obter

grandes produtividades e controle da produção de berinjela, o uso de

ambientes protegidos é uma moderna e eficiente solução, com esse sistema de

produção de hortaliças é possível obter além da maior produtividade, também o

menor uso de sementes (FILGUEIRA, 2003).

Andriolo (2000) relata que o cultivo de mudas de hortaliças, como a

berinjela em ambiente protegido, proporciona um melhor controle de sua

fisiologia, possibilitando controlar o ambiente e produzir mudas em diferentes

épocas do ano, além de obter frutos de melhor qualidade mesmo em regiões

antes inaptas. Para Santos et al. (2000) apesar de não haver êxito em alguns

casos, o uso de ambientes protegidos proporciona a racionalização do uso de

substratos e recipientes, viabilizando a produção em termos de economia, já

Page 10: TCC_cultivo de berinjela

que as perdas são menos significativas e ainda um significativo ganho de

produtividade nesse sistema.

A utilização de bandejas como recipiente para produção de mudas teve

seu início no Brasil a partir de 1984 (MINAMI, 1995). A bandeja de poliestireno

expandido é uma ótima alternativa no uso como recipiente, pois proporciona

economia de substrato e maximiza o espaço dentro da estufa, também reduz

os gastos com insumos (OLIVEIRA et al., 1993). Segundo Sousa et al. (1997)

as bandejas multicelulares com tamanhos diversos de células são os

recipientes mais recomendados para a produção de mudas de hortaliças, pois

com o uso desse tipo de recipiente coletivo, o horticultor pode economizar com

o uso de sementes e substratos além de formar um maior número de mudas

em um espaço reduzido. A falta de tecnologia e de conhecimentos adquiridos

são uns dos principais motivos que levam o horticultor a usar práticas

inadequadas na produção de hortaliças, desta forma minimizando sua

produção e lucro (SILVA & VIZZOTO, 1993).

Visto as necessidades de se obter informações do uso de ambientes

protegidos e substratos na formação de mudas de berinjela com relação à

produção a campo, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade

de mudas de berinjela (Solanum melongena L.) formadas em diferentes

substratos e condições de ambiente protegido e sua correlação com a

produção a campo na região de Aquidauana/MS.

Page 11: TCC_cultivo de berinjela

2 – REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Berinjela, aspectos botânicos e produção de mudas.

Segundo Filgueira (2000) a berinjela, Solanum melongena, é uma

hortaliça pertencente à família das solanáceas, sua planta é perene, mas, no

entanto cultivada como uma cultura anual, de hábito arbustiva, seu caule é

semi-lenhoso com boa resistência, é uma planta que possui muito vigor,

podendo atingir até 180 cm de altura. Sua inflorescência é hermafrodita, sendo

que a polinização cruzada é de pouca ocorrência, ou seja, ocorre normalmente

a autofecundação, seu cálice é muito vistoso e provido de espinhos, o fruto é

uma baga e sua textura externa é lisa, são de cores geralmente escuras

partindo de vermelha a roxa, podendo em alguns casos ter frutos de cores

esbranquiçadas, tem formato oval e alongados e podem atingir mais de 20 cm

de comprimento e 8 cm de diâmetro, ainda possui um sistema radicular

bastante profundo, podendo atingir mais de 100 cm, que de acordo com Prado

(2008) quanto maior profundidade do sistema radicular maior será a absorção

de água e nutrientes disponíveis para a planta.

Filgueira (1982) relata que o ciclo vegetativo da berinjela atinge de 90 a

110 dias dependendo da época do plantio e da cultivar. A planta exige

temperaturas elevadas ao longo de seu ciclo, em torno de 20 a 30ºC para que

ocorra um desenvolvimento completo da floração e amadurecimento.

A berinjela é uma planta geralmente cultivada em regiões de clima

quente, exigente em luminosidade, no entanto o fotoperíodo não tem influência

sobre seu ciclo vegetativo, essas características tornam a berinjela altamente

adaptada às regiões mais quentes (FILGUEIRA, 2000).

A qualidade e produtividade da berinjela assim também como de outras

hortaliças, está diretamente ligada a formação inicial da planta, ou seja, sua

fase de mudas, por este motivo é muito importante a obtenção de mudas bem

formadas para que se tenha o máximo de aproveitamento de insumos

aplicados em condições de campo, desta forma obtendo uma produtividade

superior nesse sistema. Para a obtenção de mudas de alta qualidade é preciso

que as mesmas tenham uma boa formação vegetativa, para que se tenha a

Page 12: TCC_cultivo de berinjela

continuidade do desenvolvimento da planta em boas condições para o cultivo

após serem transplantadas a campo, e ainda que se tenha cuidado para que

não transporte juntamente com a muda, plantas invasoras e sementes destas,

evitando assim uma infestação indesejável.

Para Tessarioli Neto (1994) a produção de mudas em alguns casos pode

substituir o uso direto de sementes a campo, pois algumas espécies podem ter

menos vigor e necessitar de maiores cuidados, desta forma é possível fazer um

maior controle, aumentando o rendimento e economizando no uso de

sementes. Filgueira, (2003) verificou que além da economia de sementes, a

produção de mudas eleva tanto a qualidade quanto a produtividade do produto.

Segundo Tessarioli Neto (1994) o preço inicial desse sistema é alto,

porém as vantagens proporcionadas compensam esse custo rapidamente.

2.2. Ambientes protegidos para produção vegetal

Segundo Goto & Tivelli (1998) a produção de hortaliças em ambiente

protegido nem sempre foi comum no Brasil, os primeiros trabalhos foram

realizados depois da década de 50, e somente na década de 80 esse sistema

foi amplamente utilizado por produtores para obter um maior controle da

produção, a fim de minimizar o uso de defensivos agrícolas e maximizar sua

produção e lucros. Minami (1995) descreve que o sistema de produção em

ambiente protegido é considerado o mais importante e moderno insumo

agrícola do mundo, para obtenção de maiores produtividades e melhor

qualidade da espécie cultivada.

Para Andriolo (1999) com o cultivo de mudas em ambiente protegido é

possível fazer uma seleção do material que vai a campo, ou seja, escolher os

materiais livres de infestações e patógenos e que possivelmente terão

melhores condições de vigorar. Segundo Sganzerla (1997), o uso de ambientes

protegidos para produção de mudas favorece a obtenção de produção mesmo

em épocas onde não seria recomendadas ou inaptas (período muito chuvoso

e/ou secas), em que proporcionam um microclima favorável, sendo que as

condições climáticas internas serão diferentes das externas, ou seja, é possível

alterar algumas características climáticas dentro do ambiente protegido, com a

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criação desse novo ambiente, torna-se possível a produção de mudas em

diferentes épocas do ano, e também um ciclo mais curto da espécie cultivada,

ou seja, uma maior precocidade da produção, propiciando com isso qualidade

superior na produção das mudas, controle de patógenos além da economia de

água e insumos.

Com o uso de ambientes protegidos para a prática de produção de

mudas, é possível obter uma produtividade 3 vezes maior, aumentando o

número de ciclos, e também redução de nutrientes perdidos e de estresses da

planta. Para a produção de mudas existem vários tipos de ambientes

protegidos, e sua utilização é recomendada de acordo com a espécie que será

cultivada e também com a região onde será implantado este sistema, essas

estruturas podem ser construídas em madeiras ou metais, sendo que o metal é

o mais indicado para confecção de uma estufa, devido a sua durabilidade e

fácil manutenção. Além disso, é importante a escolha correta do tipo de

cobertura para este ambiente protegido, sendo indicadas diferentes coberturas

para diferentes espécies cultivadas (SGANZERLA, 1997).

Silveira et al. (2002) obtiveram melhores mudas de tomateiro, em casa de

vegetação climatizada quando utilizaram mistura de “Plantmax® + pó de coco +

húmus de minhoca” em iguais proporções.

As telas de sombreamento, assim como os filmes de polietileno,

restringem certa porcentagem de entrada de luminosidade no interior de

ambientes protegidos. A luz é primordial para o crescimento das plantas, não

só por fornecer energia para a fotossíntese, mas também por regular seu

desenvolvimento, condicionando a diferentes respostas fisiológicas e causando

diversos efeitos, entre elas o estiolamento de plantas (Atroch et al., 2001).

Martins et al. (1994) estudaram diferentes tipos de casa de vegetação, e

verificaram que o tipo capela, proporcionava as menores produções, isso pode

ser explicado pela menor incidência de raios solares, em relação aos outros

tipos de ambientes protegidos. Para Bezzerra (2003) a tela de sombreamento é

uma ótima alternativa para coberturas de ambiente protegido, com o emprego

desta, é possível diminuir a temperatura interna do ambiente pois esse tipo de

material age impedindo a incidência direta dos raios solares.

Já em estudos conduzidos por Buriol et al. (1993) foi verificado que o

filme de polietileno de baixa densidade apresenta ótimas características para

Page 14: TCC_cultivo de berinjela

cobertura de ambientes protegidos, e também baixo custo. Esta cobertura tem

como característica a radiação solar interna menor que a externa, pois esse

tipo de material tem capacidade de fazer a absorção e reflexão de uma parte

da radiação incidente, e no período noturno, as perdas de radiação são

menores. Também foi verificado que neste tipo de material a radiação varia em

função da época do ano (GALVANI et al., 2001), e está de acordo com Ferreira

et al. (2004) que encontraram níveis de radiação menores que externamente e

aumento da temperatura interna, ou seja, formou-se um micro clima dentro do

ambiente protegido.

Purquerio et al. (2005) conduziram pesquisas para verificar a diferença de

produtividade em rúcula com e sem o uso de ambientes protegidos, e

constatou que com o uso do ambiente protegido sua produtividade era sempre

maior.

2.3. Substratos para a produção de mudas e produção de frutos de

berinjela

Para a formação de mudas, principalmente em ambientes protegidos e

acondicionados em recipientes, a escolha correta do substrato é muito

importante, os níveis nutricionais devem corresponder a exigência da planta,

caso contrário pode haver deficiências de nutrientes, como de nitrogênio,

fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre e micro nutrientes. Larcher (2000),

ressalta que os elementos minerais, componentes dos substratos, são

utilizados como ativadores diretos do processo fotossintético, ocorrendo, quase

sempre, maiores taxas fotossintéticas em plantas bem nutridas, melhorando o

desenvolvimento das mesmas. Estas afirmações corroboram àquelas de Taiz e

Zeiger (2004), que observaram que as taxas de crescimento foliar e expansão

celular podem ser limitadas por baixas taxas de fotossíntese líquida, o que é

particularmente evidente em substratos com suprimento baixo de nitrogênio e

fósforo.

Carrijo et al. (2002) definem substrato como material puro ou resultado da

mistura de dois ou mais materiais sólidos, natural, sintético ou residual, mineral

ou orgânico, que possam oferecer para as plantas cultivadas em recipientes,

Page 15: TCC_cultivo de berinjela

propriedades químicas e físicas desejáveis. Segundo Fermino (1996), os

substratos utilizados devem conferir além de boas propriedades químicas,

também boas propriedades físicas, como porosidade e boa drenagem para que

a muda tenha um bom desenvolvimento do seu sistema radicular e suporte

para sua fixação. Minami (1995) relata que substratos com diferentes

composições, seja em sua estrutura física ou química, podem resultar em

mudas de maior ou menor qualidade.

Existem várias vantagens com a utilização de substratos para obtenção

de mudas de alta qualidade, tais como, a produção de mudas mais uniformes,

maior número de mudas, melhor controle de pragas, doenças e injúrias,

equilíbrio entre a parte aérea e o sistema radicular e também economia de

sementes e defensivos. Para Casarin et al. (1989) os substratos formados de

compostos orgânicos têm grande importância para a produção de mudas,

devido as suas boas quantidades de nutrientes, por este motivo, cada vez mais

este tipo de substrato se torna foco de estudos.

Em estudos realizados por Rosa et al. (2001) foi observado que os

substratos orgânicos de fibra de coco retêm boas quantidades de água,

propriedade esta que resulta em redução de gasto com a irrigação. Segundo

Filgueira (2000) o pH também é um parâmetro importante a observar em um

substrato, a acidez é medida após a mistura da formulação do substrato,

podendo variar de 6 a 6,5., pH maior ou menor pode causar dificuldades na

absorção de alguns nutrientes e fitotoxidez à planta. Malavolta (1987)

descreve que é possível obter maiores produtividades se a planta estiver com

suas necessidades nutricionais supridas, pois se isso não ocorrer pode haver

deficiências de alguns elementos importantes para a planta, acarretando em

desordens fisiológicas como mau desenvolvimento da planta, afetando

diretamente a produção.

Segundo Andriolo et al. (1999) o cultivo em substratos possui muitas

vantagens em relação ao plantio diretamente no solo, pois é possível obter o

controle mais adequado do uso de água, através da irrigação ou fertirrigação,

controle nutricional da planta, menores riscos com salinização a nível tóxico e

problemas fitossanitários.

Carrijo et al. (2002) estudando a produtividade de tomateiro em casa de

vegetação, utilizando a fibra de coco como substrato obtiveram resultados

Page 16: TCC_cultivo de berinjela

satisfatórios na ordem de 18,9 kg m-2. Silveira et al. (2002) verificaram que o

uso de pó de coco verde como substrato pode reduzir os custos de produção

em mais de 45%. Tamiso et al. (2004) estudaram alguns substratos para

produção de tomate, e verificaram que os melhores resultados foram obtidos

como uso de composto orgânico. Brito et al. (2002) buscando melhores

alternativas para produção de alface, obtiveram melhores resultados com o uso

do substrato Plantimax®, desta forma também Smiderle et al. (2001) com o uso

do substrato Plantimax® + solo, na produção de pimentão, cuja espécie

pertence à mesma família da berinjela, obtiveram os melhores resultados.

Antonini et al. (2002) estudaram a produção de diferentes híbridos de

berinjela e de diferentes cultivares de polinização aberta, e constataram que a

cultivar “Comprida roxa” obteve níveis próximos de produtividade e peso dos

híbridos.

A produção de berinjela ainda é muito pequena no Brasil se compararmos

com outras hortaliças, como a batata, tomate e pimentão, no entanto com mais

estudos sobre esta solanácea, pode-se em um futuro próximo otimizar a

produção e obter maior qualidade desse produto.

Page 17: TCC_cultivo de berinjela

3 – MATERIAL E MÉTODOS

O experimento com berinjela (Solanum melongena L.), cultivar Comprida

Roxa (Agristar®), foi conduzido em Aquidauana/MS, localizada na altitude de

174m, longitude de 55,67º O e latitude de 20,45º S, no período de outubro de

2008 a março de 2009. O experimento foi conduzido em duas fases: a)

formação de mudas, dentro dos ambientes protegidos e b) transplante e

acompanhamento a campo da produção de frutos.

Para a formação das mudas foram utilizadas bandejas de poliestireno

expandido de 72 células (Isopor®), em três ambientes protegidos: A1- (Estufa

agrícola) estufa agrícola em arcos, possuindo 6,40m de largura por 18,00m de

comprimento, com altura sob a calha de 4,00m, coberta com filme polietileno

de 150 microns; A2- (Viveiro agrícola com Sombrite®) viveiro agrícola, de

estrutura de aço galvanizado com dimensões de 6,40 m de largura por 18,00 m

de comprimento com 3,50m de altura, fechamento em 45º, com tela de

monofilamento e malha para 50% de sombra A3- (Viveiro agrícola com

Aluminet®) viveiro agrícola, de estrutura de aço galvanizado com dimensões de

6,40 m de largura por 18,00m de comprimento com 3,50m de altura,

fechamento em 45º, com tela aluminizada (Aluminet®) e malha para 50% de

sombra.

Foram utilizados três substratos adubados com 14% de composto

orgânico comercial Organosuper® (C.O.) (base em volume): S1-

(Plantmax+C.O.) 86% de plantmax® + 14% de composto orgânico; S2-

(Solo+C.O.) 86% de solo + 14% de composto orgânico e S3- (Fibra-de-

coco+C.O.) 86% de fibra de coco + 14% de composto orgânico. Para

composição do substrato S2 utilizou-se solo classificado como Argissolo

Vermelho Amarelo, retirado da camada entre 10 a 20 cm de profundidade.

Além da adubação com composto orgânico comercial, na fase de mudas

os substratos foram adubados com 2,5 kg de superfosfato simples (SS); 0,3 kg

de cloreto de potássio (K2O) e 1,5 kg de calcário dolomítico (PRNT 100%) por

metro cúbico de substrato (RIBEIRO et al., 1999).

A semeadura, com duas sementes por célula, ocorreu no dia 25 de

outubro de 2008 e o desbaste aos 15 dias após semeadura (DAS). Foram

Page 18: TCC_cultivo de berinjela

mensuradas, aos 40 DAS (04 de dezembro de 2008), a altura de planta (AP),

diâmetro do colo (DC), massa fresca da parte aérea (MFA), massa seca da

parte aérea (MSA), massa fresca do sistema radicular (MFR) e massa seca do

sistema radicular (MSR).

Utilizou-se delineamento experimental em parcelas subdivididas (split-

plot) com 15 repetições (plântulas), em que as parcelas principais foram os

ambientes de cultivo e as subparcelas foram os substratos.

Para o acompanhamento dos tratamentos quanto à produção a campo, foi

realizado o transplante no dia 05 de dezembro, num espaçamento de 1,2m

entre linhas e 0,8m entre plantas, dispostas em um delineamento inteiramente

casualizado com 10 repetições, onde cada parcela representava a interação

“ambiente e substrato”. Os dados, tanto da fase de mudas quanto da fase a

campo, foram submetidos à análise de variância e as médias ao teste de

Tukey, ao nível de 5% de probabilidade, utilizando o software Estat (1994).

Foram mensuradas, aos 90 dias após transplante (DAT), a altura de

plantas a campo (APC) e aos 90, 97 e 104 DAT o diâmetro dos frutos (DF), o

comprimento dos frutos (CF), o número de frutos por planta (NFP), o peso dos

frutos (PF) e a produção por planta (PP).

Realizou-se Química do substrato solo (AQ1) e dos canteiros do local de

produção (AQ2) (Tabela 1).

Tabela 1. Análise química do solo do substrato 2 (AQ1) e dos canteiros (AQ2).

* pH M.O. K Ca Mg H + Al SB CTC V

% _______________________

cmolc dm-3________________________

%

AQ1 5,4 1,4 0,4 0,9 0,8 3,3 2,1 5,4 38,9

AQ2 6,1 3,3 0,5 5,4 2,3 3,3 8,2 11,5 71,3

* Laboratório de Análises do Solo da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de MS (IAGRO).

Utilizou-se rega manual na fase de formação de mudas nos ambientes

protegidos e irrigação por aspersão a campo.

Durante a fase de formação das mudas obtiveram-se a temperatura e

umidade relativa do ar, nos ambientes internos, através de psicrômetros, nos

horários das 9:00h, 12:00h e 15:00h (Tabela 2).

Page 19: TCC_cultivo de berinjela

Tabela 2.Temperatura (°C) e Umidade relativa média (%) do ar nos horários das 09h 00 min, 12h 00 min e 15h 00 min para cada ambiente (A) de cultivo na fase de formação de mudas. Temperatura média do ar (TC), umidade relativa média do ar (URC) e precipitação acumulada (PAC) durante a fase de campo (C).

* TBS TBU TBS TBU TBS TBU UR

09 H 12 H 15 H 09 H 12 H 15 H

A1 28,9 23,9 32,7 25,4 34,8 25,8 67,6 57,1 51,4

A2 28,4 24,3 33,1 25,3 35,1 26,3 72,8 54,7 52,3

A3 28,6 24,3 33,3 26,3 35,0 26,6 71,5 58,9 54,1

** TC URC PAC

C 27,3 72,7 421,4

* TBS = temperatura com termômetro de bulbo seco (ºC); TBU = temperatura com termômetro de bulbo úmido (ºC); UR = umidade relativa (%). ** TC = temperatura média do ar em campo; URC = umidade relativa média do ar em campo; PAC = precipitação acumulada em campo.

No período de produção a campo (05 de dezembro de 2008 a 18 de

março de 2009) obteve-se a temperatura externa média, a umidade relativa

média e a precipitação acumulada através da estação automática de

AQUIDAUANA-A719 do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (Tabela 2).

Page 20: TCC_cultivo de berinjela

4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na fase de formação das mudas, as temperaturas e umidades relativas

do ar, nos ambientes de cultivo, obtiveram valores próximos nos horários de

coleta (Tabela 2), mesmo assim o crescimento das mudas apresentou

diferenças nesses ambientes (Tabela 2). Provavelmente outros fatores micro-

meteorológicos podem ter inferido essas diferenças (luminosidade e radiação

fotossinteticamente ativa), assim como a própria estrutura da cobertura, onde

os ambientes telados propiciavam a entrada de água pluvial. Costa et al.

(2009), também, não observaram diferenças significativas nas temperaturas

máximas e mínimas em ambientes semelhantes, nos mesmos horários de

coletas. Guiselini e Sentelhas (2004) destacaram que a temperatura média do

ar interno de estufas, com telas (monofilamento ou termorrefletoras) sob o

filme, não apresentam diferenças significativas, porém em termos de radiação,

a malha termorrefletora promove menor transmitância, menor absorção e maior

refletância, favorecendo a disponibilidade de maior quantidade às plantas.

Tabela 2.Temperatura (°C) e Umidade relativa média (%) do ar nos horários das 09h 00 min, 12h 00 min e 15h 00 min para cada ambiente (A) de cultivo na fase de formação de mudas. Temperatura média do ar (TC), umidade relativa média do ar (URC) e precipitação acumulada (PAC) durante a fase de campo (C).

* TBS TBU TBS TBU TBS TBU UR

09 H 12 H 15 H 09 H 12 H 15 H

A1 28,9 23,9 32,7 25,4 34,8 25,8 67,6 57,1 51,4

A2 28,4 24,3 33,1 25,3 35,1 26,3 72,8 54,7 52,3

A3 28,6 24,3 33,3 26,3 35,0 26,6 71,5 58,9 54,1

** TC URC PAC

C 27,3 72,7 421,4

* TBS = temperatura com termômetro de bulbo seco (ºC); TBU = temperatura com termômetro de bulbo úmido (ºC); UR = umidade relativa (%). ** TC = temperatura média do ar em campo; URC = umidade relativa média do ar em campo; PAC = precipitação acumulada em campo.

Na estufa agrícola se observou que havia ressecamento mais rápido dos

substratos, constatando necessidade de maior quantidade de água. As altas

temperaturas provocaram baixas umidades relativas (Tabela 2) levando à

Page 21: TCC_cultivo de berinjela

maior evapotranspiração na cultura, especialmente na estufa agrícola, sendo

um efeito desejado, porém requerendo alto controle das irrigações para evitar o

aparecimento de deficiência hídrica. Essa maior perda de água é provocada

pelo efeito estufa do filme de polietileno, o qual diminui a perda de calor do

ambiente devido às ondas longas, elevando a temperatura, diminuindo a

umidade relativa do ar e exigindo maior gasto de energia das plântulas

(COSTA et al., 2009).

Com relação a altura das plântulas, na estufa agrícola assim como no

sombrite® , ao se utilizar os substratos Plantmax®+C.O, e solo+C.O., obteve-

se as maiores plântulas com 2,43cm e 2,47cm, respectivamente (Tabela 3). O

substrato fibra-de-coco+C.O. proporcionou plântulas menores, o que

possivelmente pode estar relacionada à deficiência na compostagem do

material. No entanto Carrijo et al. (2002) obtiveram resultados satisfatórios com

a fibra de coco na produção de frutos de tomate.

Tabela 3. Desdobramentos da altura, diâmetro do colo, massa fresca e seca da raiz, e massa fresca e seca da parte aérea.

Substratos Ambientes

Estufa Sombrite Aluminet Estufa Sombrite Aluminet

Altura de plântulas (cm) Diâmetro do colo (mm)

Plantmax+C.O. 2,43 Aa 2,09 Bb 1,95 Ab 1,76 Aab 1,87 Aa 1,65 Ab

Solo+C.O. 1,93 Bb 2,47 Aa 2,16 Ab 1,14 Bb 1,32 Ba 1,39 Ba

Fibra-coco+C.O. 2,07 Ba 1,93 Ba 2,00 Aa 1,02 Ba 0,97 Ca 1,05 Ca

Massa fresca da raiz (g) Massa seca da raiz (g)

Plantmax+C.O. 0,203 Aab 0,215 Aa 0,174 Ab 0,035 Aab 0,038 Aa 0,032 Ab

Solo+C.O. 0,038 Bb 0,050 Bb 0,086 Ba 0,008 Bb 0,011 Bb 0,018 Ba

Fibra-coco+C.O. 0,027 Ba 0,029 Ba 0,042 Ca 0,005 Ba 0,006 Ba 0,008 Ca

Massa fresca da parte aérea (g) Massa seca da parte aérea (g)

Plantmax+C.O. 0,395 Ab 0,588 Aa 0,414 Ab 0,075 Ab 0,091 Aa 0,077 Ab

Solo+C.O. 0,064 Bb 0,130 Bab 0,180 Ba 0,014 Bb 0,022 Bab 0,031 Ba

Fibra-coco+C.O. 0,043 Ba 0,061 Ba 0,093 Ca 0,009 Ba 0,010 Ba 0,017 Ca

*Letras iguais minúsculas nas linhas e maiúsculas nas colunas não diferem entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade

O substrato Plantmax®+C.O. proporcionou mudas com maior diâmetro de

colo (Tabela 3) nos três ambientes de cultivo. Já a Fibra-coco+C.O.

Page 22: TCC_cultivo de berinjela

proporcionou as menores médias de diâmetro de caule. Ribeiro et al. (1998)

destacam que, além do nitrogênio, micronutrientes como boro e zinco também

são importantes para o aumento do diâmetro do colo. Portanto uma possível

compostagem deficiente da fibra não tenha reduzido suficientemente a relação

C/N, imobilizando o nitrogênio (Sampaio et al., 2008) e demandando maior

tempo de estabilização biológica.

Nos três ambientes de cultivo o substrato Plantmax®+C.O. promoveu

maiores biomassas radiculares (massas fresca e seca), colaborando no maior

acúmulo de carboidrato na plântula, especialmente na estufa e no sombrite.

Contudo, para o substrato solo+C.O. a tela termorrefletora proporcionou maior

biomassa radicular (Tabela 3). O desenvolvimento inferior do sistema radicular

das mudas no substrato contendo solo, no interior da estufa, pode estar

relacionado ao fato de que, em função da maior evapotranspiração nesse

ambiente, houve maior ressecamento do substrato e maior gasto de energia da

planta na absorção de água.

O acúmulo de biomassa radicular está condicionado ao limite físico da

célula da bandeja devido à disponibilidade de água e nutrientes, níveis de

salinidade e aeração do substrato (MAROUELLI et al., 2005). Também, a

radiação solar influencia no desenvolvimento do sistema radicular, pois a luz

solar é o primeiro elemento do ambiente a condicionar o processo de produção

vegetal, devido à captação de energia para fixação de CO2 atmosférico em

assimilados que serão distribuídos para todos os órgãos da planta

(ANDRIOLO, 2000).

A muda da berinjela formada no Plantmax® mostrou que o sistema

radicular adaptou-se melhor ao Sombrite® que ao Aluminet®, diferente das

mudas formadas no substrato contendo solo, o qual apresentou muda com

maior biomassa no Aluminet®. A possibilidade de menor intensidade luminosa

no sombrite® não interferiu no desenvolvimento radicular das mudas.

Novamente, assim como observado para as raízes, o Plantmax®+C.O.

apresentou maiores biomassas da parte aérea, independente do tipo de

ambiente de cultivo. A combinação Plantmax®+C.O e Sombrite® promoveram

maior incremento de massa aérea nas mudas da berinjela (Tabela 3).

O componente Plantmax® foi superior aos componentes solo e fibra de

coco, diferente de outros trabalhos, como de Carrijo et al. (2002) que

Page 23: TCC_cultivo de berinjela

verificaram incremento de 28% de massa seca em mudas de tomates

produzidas em fibra de coco comparadas às formadas no Plantmax®. Leal et

al. (2007) verificaram que a mistura de “66% de Crotalária Júncea e 33% de

Napier” foi superior ao Plantmax® na formação de mudas de alface, beterraba

e tomate. Porém Trani et al. (2004) destacaram a superioridade do Plantmax®

na formação de mudas de alface, observando que substratos que apresentam

plantas menores podem ser uma alternativa para o produtor que queira retardar

o plantio em função de ocorrência de chuvas.

A fibra de coco se mostrou como o pior substrato, atuando apenas como

um condicionador físico. Para a formação de mudas de berinjela, Oliveira &

Hernandez (2008) e Oliveira et al. (2009) destacam o uso de Mehlich-1 como

extrator desse substrato e necessidade de lavagem adequada.

Quanto ao desenvolvimento das mudas a campo, observou-se que

apesar da boa fertilidade do solo (Tabela 1), os frutos apresentaram dimensões

de classe 11 (menor que 14 cm) e subclasses 4 e 5 (diâmetro menor que 5 e

entre 5 e 6 cm, respectivamente) (Tabela 3), de acordo com a classificação

comercial da berinjela do Programa Horti & Fruti Padrão da Secretaria de

Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Apesar de ter encontrado fatores adversos no campo (altas temperaturas

e necessidade de irrigação), as mudas produzidas com o substrato

Plantmax®+C.O. e no ambiente com Aluminet® apresentaram frutos com maior

comprimento e maior diâmetro (Tabela 4). Este resultado reflete a relação

direta entre boa origem fisiológica da muda e desempenho no campo,

destacando que o sucesso da produção de berinjelas começa pela produção

de mudas vigorosas e sadias. A altura da planta a campo foi similar, em todos

os tratamentos, onde apenas o tratamento Estufa e Solo+C.O. (40,70 cm)

apresentou plantas menores que o tratamento Aluminet® e Plantmax®+C.O.

(45,90 cm).

Cardoso (2005), trabalhando com doses de esterco bovino e termofosfato

magnesiano na cultura da berinjela, cultivar Ciça, observou que as alturas das

plantas respondiam ao aumento das doses testadas, atingindo 89,82cm aos 60

DAT, ou seja, quase o dobro da maior altura encontrada no presente trabalho,

que foi de 45,90cm aos 90 DAT, originada das mudas da combinação

“aluminet® e Plantmax+C.O”. A não realização de adubação de cobertura

Page 24: TCC_cultivo de berinjela

durante a condução deste experimento pode ter colaborado para este

resultado, pois Kamili et al. (2002) verificaram um incremento na altura de

planta da berinjela, quando forneceram nitrogênio em adubação de cobertura.

Tabela 4. Altura de plantas (AP) aos 90 DAT. Comprimento do fruto (CF),

diâmetro do fruto (DF), número de frutos por planta (NFP), peso dos frutos (PF)

e produtividade por planta (PP) dos frutos colhidos de 90 a 104 DAT.

Aquidauana - MS, 2008.

Tratamentos

**

APC

(cm)

CF

(cm)

DF

(cm)

NFP PF

(g/fruto)

PP

(g/planta)

Est./Plantmax+C.O. 43,7 ab* 12,5 b 4,8 bc 8,2 ab* 168,8 ab 1385,4 abc

Est./Solo+C.O. 40,7 b 12,3 b 4,8 bc 8,3 ab 136,4 cd 1135,6 cd

Est./Fibra-coco+C.O. 41,2 ab 13,1 ab 5,1 bc 8,3 ab 147,3 bcd 1217,7 bcd

Som./Plantmax+C.O. 44,8 ab 13,1 ab 5,2 ab 9,0 a 161,1 abc 1449,9 ab

Som./Solo+C.O. 42,9 ab 12,4 b 4,7 c 7,5 b 133,1 d 1006,2 d

Som./Fibra-coco+C.O. 42,1 ab 12,6 b 5,0 bc 8,3 ab 151,5 bcd 1255,6 bcd

Alu./Plantmax+C.O. 45,9 a 14,1a 5,7 a 8,7 a 187,4 a 1631,6 a

Alu./Solo+C.O. 44,8 ab 13,5 ab 5,2 ab 8,6 a 142,6 bcd 1224,9 bcd

Alu./Fibra-coco+C.O. 43,3 ab 12,7 b 4,8 bc 8,5 ab 139,9 cd 1187,4 bcd

CV (%) 8,3 6,5 7,5 8,5 12,7 15,9

*Letras iguais nas colunas não diferem entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade;

** Est. = estufa; Som. = sombrite; Alu.= aluminet.

Para o comprimento e diâmetro de frutos, obteve-se o maior tamanho de

fruto nas mudas provenientes do aluminet e Plantmax®+C.O. com 14,09cm de

comprimento e 5,66cm de diâmetro. Em outros trabalhos com a berinjela Roxa

Comprida obtiveram-se resultados superiores para as dimensões do fruto

(CARDOSO, 2005; ANTONINI et al., 2002), cabendo ressaltar que houve a

utilização de adubação de cobertura e irrigação para que se atingisse este

padrão de fruto. Mesmo sem utilizar adubação de cobertura, os valores de

comprimento e diâmetro de fruto obtidos neste trabalho (Tabela 4) encontram-

se dentro da faixa dos limites de mínimo e máximo de frutos comerciais de

berinjela (RIBEIRO et al., 1998).

Os maiores frutos (PF) e produtividade (PP) foram obtidos com o

substrato Plantmax®, independente do ambiente em que as mudas foram

produzidas (Tabela 3), com maior destaque para as mudas provenientes do

Page 25: TCC_cultivo de berinjela

Aluminet®. Observou-se nítido efeito do substrato utilizado na formação da

muda sobre a produção a campo, onde o melhor substrato resultou em maior

produtividade.

Quanto ao número de frutos por planta (NFP) foi praticamente similar nos

noves tratamentos, onde apenas o tratamento Sombrite® e Solo+C.O. (7,50)

apresentou menores valores que os tratamentos Sombrite® e Plantmax®+C.O

(9,0), Aluminet® e Plantmax®+C.O. (8,70) e Aluminet® e Solo+C.O. (8,60).

Antonini et al. (2002) obtiveram médias variando de 20 a 25 frutos por planta,

em nove genótipos. Enquanto Cardoso (2005) obteve, em média, para a

cultivar Ciça, 13 frutos por planta, até 100 dias após o plantio. Amaral Junior et

al. (1997) mencionam que plantas mais altas produzem maior número de

frutos, mesma característica observada neste experimento. Silva et al. (2001)

constataram que a supressão do número de frutos, ocasionada pelo desbaste,

foi compensada pela obtenção de frutos maiores, refletindo-se positivamente

na produção por planta. Porém, neste trabalho verificou-se que o tratamento

com número inferior de frutos apresentou frutos menores (133,13 g) e

conseqüentemente, menor produtividade (Tabela 4). De acordo com Santos et

al. (2001), o aumento do número de frutos por planta, em função da adubação,

ocorre devido a um maior desenvolvimento vegetativo, possibilitando a

formação de maior número de inflorescências.

No tratamento “Aluminet® e Plantmax®+C.O.” obtiveram-se frutos com

187,40 g. Maldaner et al. (2009) obtiveram, em estufa plástica, frutos com 456

g, enquanto Brandão Filho et al. (2003) alcançaram, em plantas enxertadas,

frutos pesando 328,70 g.

As mudas provenientes dos diversos tratamentos, combinando ambientes

e substratos, mesmo apresentando vigor diferente, apresentaram produção a

campo satisfatória. Considerando a ausência de adubação de cobertura, os

níveis produtivos alcançados neste trabalho, de certa forma, confirmam a

afirmativa de Hegde (1997) que, entre as solanáceas, a berinjela é a mais

eficaz na utilização de nutrientes disponíveis no solo, e se houver mudas de

alta qualidade e sanidade, a adaptação devido ao estresse pós-transplante e o

rendimento produtivo em campo será maior quando comparadas com mudas

mal desenvolvidas.

Page 26: TCC_cultivo de berinjela

5 - CONCLUSÕES

- Houve interação significativa entre ambiente de cultivo e substrato na

formação de mudas de berinjela.

- As melhores mudas são formadas no substrato Plantmax®+C.O.

- As maiores biomassas radiculares das mudas foram produzidas no

substrato Plantmax® + C.O., para os três ambientes de cultivo.

- Não houve estiolamento das mudas nos ambientes de cultivo.

- A combinação “Ambientes + Plantmax®+C.O” foi a mais produtiva a

campo.

Page 27: TCC_cultivo de berinjela

6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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