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HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM UTI: UMA ALTERNATIVA PARA A MELHORIA NA QUALIDADE DO ATENDIMENTO AO PACIENTE EM TRATAMENTO INTENSIVO NO EXÉRCITO BRASILEIRO 1º Ten Al GILSON ADERSON DE SOUSA RIO DE JANEIRO 2010

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HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM UTI: UMA ALTERNATIVA

PARA A MELHORIA NA QUALIDADE DO ATENDIMENTO AO

PACIENTE EM TRATAMENTO INTENSIVO NO EXÉRCITO

BRASILEIRO

1º Ten Al GILSON ADERSON DE SOUSA

RIO DE JANEIRO 2010

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1º Ten Al GILSON ADERSON DE SOUSA

HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM UTI: UMA ALTERNATIVA PARA A MELHORIA NA QUALIDADE DO ATENDIMENTO AO PACIENTE EM

TRATAMENTO INTENSIVO NO EXÉRCITO BRASILEIRO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola de Saúde do Exército, como requisito para obtenção de Grau de Pós-Graduação Lato Sensu, especialização em Aplicações Complementares às Ciências Militares. Orientadora: Iolanda Portela de Brito Sousa

RIO DE JANEIRO 2010

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S725h Sousa, Gilson Aderson de Humanização da Assistência em UTI: uma alternativa para a

melhoria na qualidade do atendimento ao paciente em tratamento intensivo no Exército Brasileiro /Gilson Aderson de Sousa. – Rio de Janeiro, 2010.

26 f. ; 30 cm Orientadora: Iolanda Portela de Brito Sousa Trabalho de Conclusão de Curso (especialização) – Escola de

Saúde do Exército, Programa de Pós-Graduação em Aplicações Complementares às Ciências Militares, 2010.

Referências: f. 25-26. 1. Estrutura da UTI. 2. Qualidade na assistência ao paciente.

3.Humanização I. Sousa,Iolanda Portela de Brito. II. Escola de Saúde do Exército. III. Título.

CDD 362

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1º Ten Al GILSON ADERSON DE SOUSA

HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM UTI: UMA ALTERNATIVA PARA A MELHORIA NA QUALIDADE DO ATENDIMENTO AO PACIENTE EM

TRATAMENTO INTENSIVO NO EXÉRCITO BRASILEIRO

COMISSÃO DE AVALIAÇÃO

IOLANDA PORTELA DE BRITO SOUSA- ENF Orientadora

CLÁUDIO DA SILVA MONTES – Maj Coorientador

MICHEL LUCIEN SAUT – Maj Avaliador

RIO DE JANEIRO 2010

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, a todos os Santos e, em especial, a São Francisco de

Assis, meu grande e eterno protetor, por manterem viva e cada vez mais intensa a fé

e a certeza de que trilho o caminho da sabedoria, da felicidade, da paz e da

harmonia.

Ao meu coorientador, Major Montes e aos oficiais instrutores, meus

agradecimentos por toda a ajuda prestada.

À minha amada esposa, Iolanda e aos meus maravilhosos filhos, Vinícius,

João Henrique e Júlia, por compreenderem cada momento de ausência e por terem

sido tão decisivos para que esta etapa fosse concluída com êxito.

Finalmente, gostaria de agradecer a toda minha família, irmão, sobrinhos,

cunhadas, sogra, sogro e, em especial, a meus queridos pais, Aderson e Helena, por

seus esforços desmedidos em favor da minha educação e por sempre estarem ao

meu lado em todas as decisões de minha vida.

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“Navegar é preciso, viver não é preciso.”

(Fernando Pessoa)

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RESUMO

Objetivo: Este texto tem por objetivo descrever como ocorre o processo de humanização da assistência em UTI, na tentativa de alcançar uma melhor qualidade no atendimento à saúde de pacientes em tratamento intensivo. Métodos: Tendo como base artigos, livros e revistas, coletamos informações relacionadas à cultura e à estrutura da UTI, à qualidade no atendimento e à Humanização. Discussão: O surgimento da Unidade de Terapia Intensiva está relacionada a necessidade de oferecer suporte avançado de vida a pacientes agudamente doentes e que possuem chances de sobreviver. Entretanto, mesmo possuindo toda uma estrutura, tecnologia e profissionais treinados, e proporcionando a queda gradativa da mortalidade, este ambiente está longe de fornecer uma esfera agradável e tranquila aos pacientes. Atualmente tem-se vivenciado um grande desenvolvimento tecnológico dos processos de reconhecimento da doença e de terapia, tanto em países de primeiro mundo, como no Brasil, porém, a qualidade na assistência ao paciente encontra-se inadequada. Frente a esta problemática e com vista ao alcance da qualidade no atendimento ao paciente gravemente enfermo, se faz necessária uma reflexão das ações realizadas no cotidiano, e consequentemente, mais preparo dos profissionais, não só sob o aspecto teórico e técnico, mas também, voltada à transformação da assistência numa perspectiva mais humanitária. Conclusão: O resultado desta análise demonstrou que a prática deste projeto humanizador é essencial para que as demandas subjetivas manifestadas pelos pacientes e profissionais da área, no que diz respeito à assistência, sejam atendidas. Palavras-Chave: Estrutura da UTI, Qualidade na assistência ao paciente e Humanização.

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ABSTRACT

Objective: This text aims to describe as the process of humanizing assistance UTI, in an attempt to achieve a better quality health care for patients in intensive care. Methods: On the basis of articles, books and magazines, we collect information related to culture and the structure of UTI, quality care and civilisation. Discussion: The rise of the ICU is related to the need to provide advanced life support to acutely ill patients who have a chance of survival. However, despite having an entire structure, technology and trained professionals, and providing a gradual decrease in mortality, this environment is far from providing a ball nice and quiet for patients. Currently it has experienced a great technological development of procedures for the recognition of the disease and therapy, both in first world countries, like Brazil, but the quality of patient care is inadequate. Faced with this problem and in order to achieve quality patient care in seriously ill, it is necessary a reflection of the actions performed in everyday life, and consequently more staff training, not only from the theoretical and technical aspect, but also focused the conversion of more humanitarian assistance perspective. Conclusions: The result of this review showed that the practice of this project humanizador is essential for subjective demands expressed by patients and professionals, with regard to assistance, are met. Keywords: structure of UTI, quality patient care and more humane.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

PNHAH - Programa Nacional de Assistência Hospitalar UTI - Unidade de Tratamento Intensiva

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 10

2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................ 12

3 DISCUSSÃO.............................................................................................. 14

3.1 ESTRUTURA DA UTI................................................................................. 14

3.2 A QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE EM UTI...................... 18

3.3 HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM UTI............................................ 19

4 CONCLUSÃO ............................................................................................ 24

REFERÊNCIAS.......................................................................................... 25

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10

1 INTRODUÇÃO

Mesmo sendo um ambiente ideal para a assistência aos pacientes em

situação grave, a Unidade de Terapia Intensiva é vista como um dos locais mais

desagradáveis (VILA & ROSSI, 2009), tanto para o paciente quanto para a equipe

médica responsável. É importante ressaltar ainda que, por enfrentar situações

difíceis no ambiente de trabalho e não ser assistido, o profissional acaba

transferindo sua insatisfação no atendimento ao paciente, ou seja, prestando um

atendimento de baixa qualidade. É neste sentido que a humanização tornou-se

necessária, para que melhores condições de trabalho e, por conseguinte, uma

melhor qualidade no atendimento à saúde do usuário, seja alcançada.

Neste sentido, ao desenvolver esta pesquisa, pretendemos demonstrar

como se caracteriza a qualidade na assistência à saúde de pacientes em tratamento

intensivo e como se dá a Humanização do atendimento em UTI enquanto aliada

importante ao conhecimento técnico-científico e ao avanço tecnológico no

tratamento de pacientes graves, de forma a alcançar o melhor desempenho neste

serviço.

Paralelo a isso, o interesse em desenvolver esta temática surgiu no decorrer

do trabalho realizado em Unidades de Terapia Intensiva, no qual observamos o

ambiente, as atitudes, as dificuldades vividas pela equipe de profissionais e

pacientes em termos de atendimento; por outro lado, todo este quadro serviu como

um impulso para analisar e compreender o processo de humanização no momento

em que o paciente está sendo assistido.

Espera-se, portanto, que este artigo possa inspirar outras abordagens sobre

o tema, proporcionando riquezas de detalhes, que confirmem, categoricamente, a

necessidade da prática do processo humanizatório nas UTIs, como alternativa de

elevar o nível de satisfação dos pacientes e da equipe de profissionais em saúde, no

que diz respeito ao processo de atendimento e as condições de trabalho.

O presente trabalho será constituído por revisão de literatura sobre o assunto.

A pesquisa bibliográfica ou de fontes secundárias, abrange consulta a bases de

dados como LILACS, MEDLINE e Science Direct, a manuais do Exército Brasileiro,

aos protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas disponíveis nos sítios de

organizações governamentais internacionais na rede mundial de computadores, bem

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11

como a toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde

publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, pesquisas, monografias, teses,

material cartográfico, etc, até os meios de comunicação orais: rádio, gravação em

fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o

pesquisador em contato com tudo que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado

assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido transcritos por

alguma forma quer publicadas quer gravadas( LAKATOS; MARCONI,2002). Para

contextualizar este artigo, foi utilizado a pesquisa bibliográfica que segundo Cervo

(2006) “a pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências

teóricas publicadas em documentos”. Para se obter um embasamento teórico

adequado à pesquisa, com fundamentos bibliográficos diversos, a coleta de dados

foi realizada através de pesquisas em bibliotecas no Município do Rio de Janeiro,

acervos particulares de profissionais da área, além de buscas de fontes de materiais

on-line como artigos científicos já publicados anteriormente.

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12

2 REFERENCIAL TEÓRICO

O conteúdo do artigo de Vila & Rossi: O significado do cuidado humanizado

em UTI, publicado na Revista Latino Americana de Enfermagem servirá de subsídio

para o entendimento da origem e da estrutura das UTIs.

O artigo A humanização do trabalho para os profissionais de enfermagem de

autoria de Amestoy et all narrará as difíceis situações enfrentadas pelos profissionais

intensivistas em seu ambiente de trabalho.

Domingues & Alliprandim em Avaliação dos determinantes da qualidade em

serviços de instituições hospitalares discorrerão sobre a qualidade da assistência ao

paciente de UTI.

Caetano ET all em Cuidado em terapia intensiva: um estudo reflexivo irá

manifestar a relação do progresso tecnológico com a essência daqueles que fazem

parte deste processo.

Bazon & Campanelli em A importância da humanização profissional no

diagnóstico das deficiências, revela importante fonte de consulta para a

compreensão do processo de humanização da assistência em UTI.

Serra em Programa Nacional da Assistência Hospitalar do Ministério da

Saúde disponível em < HTTP://www.portalhumaniza.org.br >, subsidia dados que

demonstram e ratificam a expansão do processo de humanização da assistência

hospitalar no Brasil.

Deslandes em Análise do discurso oficial sobre a Humanização da

Assistência Hospitalar evidenciará a importância de se conhecer e modificar o perfil

hegemônico da cultura organizacional da Instituição Hospitalar favorecendo o

processo de humanização.

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13

O artigo de Valenza intitulado Assistência Médica na UTI, publicado em

janeiro de 2009, apresentará a problemática decorrente da resistência e limitação

imposta a familiares quando do acompanhamento de pacientes em UTI e divulgará a

importância da família como fator acelerador do processo de cura do paciente grave.

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14

3 DISCUSSÃO 3.1 ESTRUTURA DA UTI

O surgimento da Unidade de Terapia Intensiva se deu “(...) a partir da

necessidade de aperfeiçoamento para o atendimento a pacientes graves, em estado

crítico, mas tidos ainda como recuperáveis, e da necessidade de observação

constante, assistência médica e de enfermagem contínua, centralizando os

pacientes em um núcleo especializado" (VILA & ROSSI, 2009, p. 138). Neste

sentido, infere-se desta afirmativa, que sua origem está relacionada a necessidade

de oferecer suporte avançado de vida a pacientes agudamente doentes e que

possuem chances de sobreviver.

No Brasil a implantação da UTI ocorreu nos anos 70 no hospital Sírio

Libanês no Estado de São Paulo (FARIA, 2009) e até hoje "(...) têm sofrido

mudanças tecnológicas, profissionais e estruturais nesses últimos tempos" (SOUZA

& FILHO, 2009, p.334). As melhorias nos procedimentos e técnicas de assistência

obtidas nas últimas décadas, proporcionaram que muitos pacientes em tratamento

intensivo retornassem a vida normal. Trazendo esta perspectiva em números, 8

entre 10 pacientes sobrevivem, isto é, 80% destes que passam pela UTI recebem

alta e deixam os hospitais (VALENZA, 2009). Porém, mesmo possuindo toda uma

estrutura, tecnologia e profissionais treinados, e proporcionando a queda gradativa

da mortalidade, este ambiente está longe de fornecer uma esfera agradável e

tranquila aos pacientes, como relata VILA & ROSSI (2009):

“Embora seja o local ideal para o

atendimento a pacientes agudos graves

recuperáveis, a UTI parece oferecer um

dos ambientes mais agressivos, tensos e

traumatizantes do hospital" (p. 138).

Nesta perspectiva, percebe-se que, mesmo considerando os avanços da

medicina intensiva, a dinâmica e o ambiente da UTI, intitulados como "tensos e

traumatizantes", não atingem apenas os pacientes em tratamento, mas, toda sua

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15

equipe de profissionais que trabalham com esta rotina diariamente. Como ainda

acrescenta as autoras:

"Os fatores agressivos não atingem

apenas os pacientes, mas também a

equipe multiprofissional, principalmente a

enfermagem que convive diariamente

com cenas de pronto-atendimento,

pacientes graves, isolamento, morte,

entre outros" (138).

É importante pontuar também que esta rotina faz com que a maioria dos

profissionais de enfermagem, esqueça ou evite manter uma relação mais próxima

com o paciente (IDEM, 2009). Isso, devido a necessidade de se resguardar e

amenizar o sofrimento sentido no ambiente de trabalho. Diante disso, percebe-se

que estes profissionais estão sendo pouco assistidos, no que tange as condições de

trabalho e habilidades emocionais, favorecendo então uma relação distante entre os

mesmos e o paciente. AMESTOY et all (2009) confirma esta argumentação:

"(...) a maioria dos profissionais enfrenta

situações difíceis em seu ambiente de

trabalho, tais como baixas remunerações,

pouca valorização da profissão e descaso

frente aos problemas identificados pela

equipe (...)" (p.445).

Em virtude disso, a deficiência do diálogo entre pacientes e profissionais se

instala e, por conseqüência, a precariedade no atendimento e as condições de

trabalho tornam-se uma realidade sentida pelos que oferecem e pelos que usufruem

deste serviço. Confirmando assim as suspeitas de DESLANDES (2009):

“O desrespeito a palavra e a falta de troca

de informações, a debilidade da escuta e

do diálogo promoveriam a violência,

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16

comprometeriam a qualidade do

atendimento e manteriam o profissional

de saúde refém das condições

inadequadas que não raro lhe imputam

desgaste e mesmo sofrimento psíquico"

(p.10).

Um outro problema vivenciado nas UTIs é o impedimento dos hospitais de

os familiares acompanharem o doente. Logo, de 100 casos 80 não admitem a

presença da mãe ou de algum familiar (VALENZA, 2009). Conforme a mesma

autora, existe uma justificativa para esta problemática: a equipe médica não aprecia

a idéia de ver seu serviço fiscalizado, desconsiderando o fator presença (familiar) na

recuperação do paciente. Desta maneira, infere-se que há um movimento de

manutenção de hierarquias em detrimento da recuperação do doente, de forma que,

a partir desta troca desigual, entre o paciente ou familiar e médico, privilégio

hierárquico fica com este último, que conduzi e interfere no relato do doente e

direciona o processo de tratamento.

Quanto à estrutura, as instituições hospitalares, assim como sua respectivas

UTIs "(...) encontram-se dependentes dos recursos tecnológicos devido ao seu

surpreendente desenvolvimento a nível mundial, porém, o uso de tais recursos pode

levar a um cuidado mais frio e impessoal" (AMESTOY, 2009, p.448). Em outras

palavras, o que o autor quer dizer é que a estrutura de trabalho, devido ao alto nível

de desenvolvimento tecnológico, tem valorizado mais os meios tecnológicos e a

padronização e rotinização da execução de tarefas, e deixando para segundo plano

a singularidade dos pacientes. E isso se desdobra em padrões rígidos e, muitas

vezes, autoritários, adotados pela instituição, os quais submetem profissionais na

rotina diária, com os pacientes. VILA & ROSSI (2009) relata esta problemática:

“A organização do trabalho baseada na

execução da tarefa e o distanciamento da

equipe, pacientes e familiares, justificados

como mecanismos de defesa, em função

do estresse pela sobrecarga de trabalho,

são referidos pelos informantes como o

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17

real, o vivido na UTI. (...). Executar a

técnica, limpar, manter a ordem na

unidade são procedimentos que estão

fortemente enraizados nesse cenário

cultural esquecendo-se muitas vezes dos

sentimentos dos pacientes, família e até

mesmo seus próprios sentimentos

enquanto profissionais que, diariamente,

lidam com estresse" (p.144).

Todavia, essas características, inerentes a Unidade de Terapia Intensiva,

consoante às autoras, "(...) não devem ser relacionadas a problemas burocráticos,

muito menos estruturais e técnicos, mas sim a uma questão que envolve atitudes,

comportamentos, valores e ética moral e profissional" (p.144). Isto é, o que acaba

influenciando este quadro é o próprio comportamento e toda a essência que o

direciona.

Já para DESLANDES (2009) a cultura organizacional é um fator importante

para a manutenção desta esfera institucional, pois essa representa "(...) um conjunto

de referências compartilhadas, que condiciona todo um sistema de regras que vai

orientar as formas de gestão e a lógica de ação dos atores, (...)" (p.12). Em outras

palavras, o autor defende que a cultura por ser um complexo de padrões

comportamentais adquiridos pela instituição, determina como a estrutura

organizacional deve estar estabelecida.

Em vista disso, se a cultura, que direciona a instituição estiver fundada na

racionalidade técnico-científica, toda a estrutura organizacional o relacionamento

entre o profissional da saúde e o paciente, de maneira que este ocorra de forma

estreita, que o paciente seja considerado como um corpo doente, que as tarefas

sejam desenvolvidas seguindo um padrão e uma rotina, que ocorra a manutenção

da hierarquia, que os profissionais sejam manipulados a cumprir somente o seu

trabalho, entre outros.

Não obstante, tendo a cultura como base o modelo, humanizador, teremos

uma estrutura que envolverá o cuidado ao paciente e a todos aqueles envolvidos no

processo de atendimento, como: a família, a equipe multiprofissional e o ambiente

(VILA & ROSSI, 2009). Isto é, serão valorizados, neste processo, de forma

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18

igualitária, o ambiente físico – com seus respectivos recursos materiais e

tecnológicos – e a essência humana.

3.2 A QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE EM UTI

Atualmente tem-se vivenciado um grande desenvolvimento tecnológico dos

processos de reconhecimento da doença e de terapia, tanto em países de primeiro

mundo, como no Brasil, entretanto, a qualidade na assistência ao paciente vem

deixando a desejar. Diante disso, a maioria dos usuários deste setor "(...) está

acostumada com serviços de baixa qualidade, prestados pelo setor privado e

principalmente pelo público no caso brasileiro" (DOMINGUES & ALLIPRANDINI,

2009, p.1). Por outro lado, há uma movimentação grande de pessoas exigindo

qualidade no atendimento à saúde, serviço este o qual tem direito. Em virtude disso,

é essencial que alguma atitude seja tomada neste sentido.

Ante esta problemática e com vista ao alcance da qualidade no atendimento

em UTI, "(...) se faz necessária uma reflexão das ações realizadas no cotidiano, e

consequentemente, mais preparo dos profissionais, não só sob o aspecto teórico e

técnico, mas também, voltada à transformação da assistência numa perspectiva

mais humanitária" (CAETANO et all, 2009, p. 325). Além disso, é relevante observar

"(...) até que ponto o progresso tecnológico como se verifica hoje é 'saudável' e

promove o crescimento e a harmonização das pessoas" (IDEM). Ou seja, é preciso

refletir que, embora o avanço tecnológico e o seu preparo sejam necessários para

que o tratamento seja satisfatório, ele não deve esquecer da essência inerente

àqueles que fazem parte deste processo.

Um outro ponto crucial para a excelência no atendimento é que o

profissional valide a importância do cuidado como objetivo final de seu trabalho

(WALDOW, 1988), ou seja, oferecer uma assistência que transmita confiança,

segurança e que no tempo adequado atenda as necessidades do paciente.

Ainda nesta perspectiva, o "(...) calor humano, privacidade e individualidade,

respeito ao pudor das pessoas, preservação do conforto e bem estar físico e mental,

proximidade entre pacientes e familiares, possibilidade de acesso às informações,

de ser ouvido e sentir-se participante do esquema terapêutico proposto (...)"

(CAETANO et all, 2009, p. 328), também são elementos que devem ser

contemplados no momento do acolhimento do doente.

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19

Contudo, na tentativa de qualificar a assistência, toda e qualquer ação

fundamentada na técnica, nos valores pessoais e na compreensão do significado

verdadeiro do cuidado humano, são fundamentais para que a mesma seja

conquistada. Em outras palavras, nesta empreitada o que se destaca é a

importância da relação entre três pontos: a tecnologia, o fator humano e o

relacionamento entre os envolvidos. Estas ações, por sua vez, são conduzidas

atualmente, e de forma satisfatória, por um programa nacional intitulado, pelo

Ministério da Saúde, de Humanização da Assistência Hospitalar, que abordaremos

no capítulo a seguir.

3.3 HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM UTI

O processo de Humanização do atendimento é uma temática que exige

muita reflexão, pois a integralidade da assistência não envolve somente o paciente,

mas a família, a equipe de profissionais e o ambiente onde todas estas ações se

estabelecem.

A Humanização na área de saúde originou-se a partir do momento em que

passou a ser discutida "(...) no 'Movimento da Reforma Sanitária', ocorrido nos anos

70 e 80 do século XX, quando se iniciaram os questionamentos acerca do modelo

assistencial vigente na saúde, centrado no médico, no biologismo e nas práticas

curativas" (BAZON & CAMPANELLI, 2009, p.81). Esse modelo além de caro, era

específico e focava na doença e, conforme RIZOTTO (2002):

"(...) configurava-se como desumano na

forma de assistir, tanto pelo uso

exagerado de tecnologias como pelo

relacionamento que se estabelecia entre

os profissionais de saúde e os usuários

do sistema” (p.197).

Neste sentido, com o movimento humanizatório que passou a atuar no

âmbito da saúde, o foco deixou de ser na doença e passou a englobar maneira de

preservar a qualidade de vida dos participantes do processo. Isto é, de acordo com

BAZON & CAMPANELLI (2009), houve o resgate do:

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20

"(...) respeito à vida humana, levando-se

em conta as circunstâncias sociais, éticas,

educacionais, psíquicas e emocionais

presentes em todo o relacionamento"

(p.89).

No Brasil, este processo de humanização da assistência hospitalar passou a

ser expandido em toda a rede por meio da elaboração do Programa Nacional da

Assistência Hospitalar (PNHAH) do Ministério da Saúde, que tinha como objetivo

aperfeiçoar o relacionamento entre profissionais, entre pacientes e profissionais e

entre a instituição e a comunidade, tendo por finalidade a melhoria da qualidade e

eficiência na prestação de serviços por estas organizações (SERRA, 2009).

Segundo BAZON & CAMPANELLI (2009), a maneira pela qual, através do PNHAH,

o ideal de humanização pode ser difundido é através da introdução de um perfil

diferente na cultura institucional, baseado no favorecimento da cidadania e da

autonomia, da equipe de saúde e dos pacientes, no respeito e no vínculo recíproco

entre os mesmos.

No entanto, observa-se na análise feita da estrutura da UTI, que o processo

de humanização não está praticado neste ambiente específico e nem na

organização como uma todo, como foi proposto pelo PNHAH. A este respeito,

DESLANDES justifica que hoje "(...) o Programa foi substituído por uma perspectiva

transversal, constituindo uma política de assistência e não mais um programa

específico (provisoriamente intitulada 'Humaniza SUS')" (DESLANDES, 2009, p.8).

Mesmo sendo um debate de grande relevância, não cabe a este artigo questionar

esta problemática.

Tendo em vista a atual estrutura das UTIs - no que diz respeito ao ambiente,

as demandas subjetivas e as atividades realizadas pelos profissionais e as

demandas subjetivas dos pacientes - abordada neste trabalho, percebe-se a

necessidade de que a prática deste processo de humanização seja instituído na

organização para que a excelência no atendimento seja alcançada.

Retomando a afirmação de BAZON & CAMELLI (2009), sobre a mudança na

cultura de atendimento influenciada pelo processo de humanização DESLANDES

(2009) alerta sobre o perfil hegemônico da cultura organizacional da Instituição

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21

Hospitalar - que impõe regras, direciona gestões e a lógica das ações - e traz como

relevante a analise da mesma como etapa primária para que a mudança estrutural a

favor da humanização ocorra:

"(...) a cultura organizacional do hospital é

hegemonicamente baseada numa ordem

médico profissional e discutir suas bases,

limites, abrangência e os elementos

favoráveis às novas práticas nos parece

etapa primordial a uma proposta de

mudança" (p.12).

Nesta perspectiva, para alterar esta ordem organizacional e as idéias que

apóiam esta cultura é necessário que se ultrapassem as barreiras estruturais que

são condicionadas aos profissionais. Somando-se a esta afirmativa, DESLANDES

(2009) acrescenta a importância de "(...) um projeto de gestão que democratize as

estruturas de poder, que fortaleça a comunicação, desenvolva formas de avaliação e

se comprometa com a prestação de contas" (p.13). Em síntese, para que ocorra a

mudança na cultura assistencial da organização é preciso antes de tudo, estudá-la,

e em seguida, dar início ao processo de humanização da mesma, de forma que as

ações, o diálogo e a produção de cuidados em saúde sejam humanizados.

No que diz respeito à equipe de profissionais que atuam no ambiente de

UTI, AMESTOY et all (2009) denuncia que “apesar de muito discutir-se sobre a

humanização hospitalar, o bem-estar dos profissionais da saúde tem sido deixado

em segundo plano" (p.446). O atendimento impessoal e, muitas vezes agressivo,

prestado aos pacientes, confirma a real necessidade de que estes profissionais

sejam assistidos e que se processe um projeto de humanização em seu trabalho.

Ciente disso, o próprio PNHAH considera que para que os mesmos forneçam

atendimento de qualidade ao paciente é imprescindível prestar assistência a estes

profissionais da área de saúde, proporcionando então a formação de equipes de

trabalho saudáveis (SERRA, 2009). Neste sentido, para que o cuidado terapêutico

fornecido ao paciente seja eficiente, é essencial para o profissional que: se tenha

boas condições de trabalho, alta-estima, compreensão da necessidade do

envolvimento com o cliente (comunicação), habilidades emocionais e que o

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22

ambiente e sua estrutura sejam ideais para a eficácia de seu atendimento.

Elementos estes defendidos e fundamentados neste Programa.

Em seguida, temos o paciente de UTI simbolicamente violentado

(FOUCALT, 1977) pelo cuidado técnico e despersonalizado, e pelo ambiente

desagradável da UTI, como um dos pontos a serem influenciados pelo processo

humanizatório impulsionado pelo PNHAH. Diante desta problemática BAZON &

CAMPANELLI (2009) sugerem que:

"O estabelecimento do vínculo entre o

profissional - paciente/familiares

pressupõe a aproximação para a

compreensão da pessoa enferma e uma

empatia mínima entre as partes

envolvidas; dessa forma, o paciente

passa da situação de 'caso' para o de

pessoa. Isso é possível pela disposição

do profissional em relacionar-se de forma

mais personalizada, características do

profissional aberto para a exploração dos

relacionamentos humanos e menos

defendido pelos conhecimentos

científicos" (p.92).

Paralelo a isso, é importante salientar ainda a importância da presença da

família, que, para Douglas Ferrari, presidente da SOBRATI (Sociedade Brasileira de

Terapia Intensiva), é um fator que acelera o processo de cura do paciente

(VALENZA, 2009). Por outro lado, dada à relevância da presença da família no

tratamento, e tendo em vista que esta não pode ter suporte emocional para

acompanhar o tratamento intensivo de seu ente, é essencial, segundo o perfil

humanizador, que a mesma seja orientada acerca dos procedimentos e normas da

UTI. Em outras palavras, o diálogo aberto entre os profissionais e a família, e o

estabelecimento de uma relação de confiança entre estes atuantes, é essencial

também para o tratamento eficaz do paciente.

O ambiente - como elemento influenciador do bem-estar dos que cuidam e

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23

dos que são cuidados - também deve ser influenciado pelo processo de

humanização, de maneira a tornar-se "(...) agradável e mais próximo da realidade

(...)" (VILA & ROSSI, 2009, p.140). Desta maneira, o ambiente físico, por sua vez,

deve ser gradativamente ou logo (dependendo das necessidades da equipe e dos

pacientes) adequado a este projeto humanizador da assistência á saúde.

A cerca da Tecnologia, o documento do PNHAH declara ser fundamental o

fator humano e o relacionamento entre profissionais e usuários para que a qualidade

do funcionamento da tecnologia empregada na instituição ocorra de maneira

satisfatória (SERRA, 2009). Isto é, o que este Programa institui é que "(...) é

essencial agregar a eficiência técnica e científica a uma ética que considere e

respeite a singularidade das necessidades do usuário e do profissional (...)"

(BRASIL/PNH, 2001, p.5), Sendo assim, percebe-se a importância de ter na prática,

a tecnologia e o fator humano correlacionados para que não caiam no erro do

cientificismo.

Assim, em síntese, a proposta da Humanização é tornar o atendimento um

serviço de qualidade, articulando avanços tecnológicos, com o bom relacionamento

e um ambiente agradável.

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4 CONCLUSÃO

Diante do que foi exposto neste artigo, pode-se afirmar que para obtermos

um atendimento de qualidade nas UTIs, a formação técnico-científica e o avanço

tecnológico não são suficientes. Estes devem estar aliados a um processo de

humanização, baseado no Programa de Humanização da Assistência Hospitalar,

que envolve: o ambiente, as condições de trabalho da equipe multiprofissional, o

cuidado e o relacionamento com o paciente-família. Lembrando que é importante

que se tenha uma gestão que contemple este perfil humanizador, para que este

projeto ganhe força, transforme a estrutura organizacional e obtenha como resultado

a qualidade no acolhimento aos pacientes.

Entretanto, a concretização desta humanização da assistência a saúde exige

a participação e colaboração de todos que nela participam, gestores, equipe de

profissionais, pacientes e familiares.

Portanto, humanizar na UTI é, antes de tudo, voltarmos a refletir sobre o ser

humano, iniciando pela sua própria vida, e em seguida, a dos parceiros da equipe e,

consequentemente, a dos pacientes. Ou seja, só é possível concretizar este

processo humanizador dos serviços mediante a nossa própria humanização. E,

usufruindo desta postura, o reconhecimento da dignidade da pessoa humana é

reforçado, buscando então a humanização do cuidado e, por conseguinte, um

atendimento de qualidade.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMESTOY, S. C.; SCHWARTZ, E.;THOFEHRN, M. B. A Humanização do trabalho para os profissionais de enfermagem. Acta Paulista de Enfermagem. São Paulo, vol.19, no.4, p.444-449, Oct./Dec. 2006. Disponível em < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010321002006000400013&script=sci_arttext&tlng=e> Acesso em: abril de 2010. BAZON, F. V. M, CAMPANELLI, E. A; ASSIS, S. M. B. A importância da humanização profissional no diagnóstico das deficiências. Psicologia, Teoria e Prática. São Paulo, v.6, n.2, dez., 2004. Disponível em < http://scielo.bvs-psi.org.br/scielo.php?pid=S1516-36872004000200008&script=sci_arttext> Acesso em: março de 2010. BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria - Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Humaniza SUS Política Nacional de Humanização. (versão preliminar). Brasília - DF, 2001. CAETANO, J. A; SOARES, E; ANDRADE, L. M; PONTE, R. M. Cuidado em terapia intensiva: um estudo reflexivo. Escola Anna Nery. Revista de Enfermagem, v. 11, p. 325-330, 2007. Disponível em < http://www.portalbvsenf.eerp > abril de 2010. DESLANDES, S. F. Análise do discurso oficial sobre a Humanização da Assistência Hospitalar. Ciência & Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, vol.9, no.1, p.89-99, 2004. Disponível em <http://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S1413-81232004000100002&script=sci_arttext&tlng=> Acesso em: março de 2010. DOMINGUES, M. E. M; ALLIPRANDINI, D.H. Avaliação dos determinantes da qualidade em serviços de instituições hospitalares. Disponível em <http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP1998_ART123.pdf> abril de 2010. FARIA, C. Unidade de Terapia intensiva. Disponível em <http://www.infoescola.com/medicina/unidade-de-terapia-intensiva-uti/> Acesso em: abril de 2010. FOUCAUT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979. RIVERA, F. J. U. Cultura e Liderança Comunicativa. In: Francisco Javier Uribe Rivera. (Org.). Análise Estratégica em Saúde e Gestão pela Escuta. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003, p. 185-218.

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TERMO DE CESSÃO DE DIREITOS SOBRE O TRABALHO MONOGR ÁFICO

Eu, Gilson Aderson de Sousa, regularmente matriculado no Curso de

Formação de oficiais, da especialidade Médico sem Especialidade na Escola

de Saúde do Exército, autor do Trabalho de Conclusão de Curso intitulado de

Humanização da Assistência em UTI: Uma Alternativa para a Melhoria na

Qualidade do Atendimento ao Paciente em Tratamento Intensivo no Exército

Brasileiro, autorizo a EsSEx a utilizar meu trabalho para uso específico no

aperfeiçoamento e evolução da Força Terrestre, bem como a divulgá-lo por

publicação em revista técnica ou outro veículo de comunicação.

A EsSEx poderá fornecer cópia do trabalho mediante ressarcimento das

despesas de postagem e reprodução. Caso seja de natureza sigilosa, a cópia

somente será fornecida se o pedido for encaminhado por meio de uma

organização militar, fazendo-se a necessária anotação do destino no Livro de

Registro existente na Biblioteca.

É permitida a transcrição parcial de trechos dos trabalhos para comentários e

citações desde que sejam transcritos os dados bibliográficos dos mesmos, de

acordo com a legislação sobre direitos autorais.

A divulgação do trabalho, por qualquer meio, somente pode ser feita com a

autorização do autor e da Diretoria de Ensino da EsSEx.

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1º Tem Al GILSON ADERSON DE SOUSA