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Tábua de Sobrevivência Bi-dimensional do Prof. Rio Nogueira Apresentação no IX Congresso Brasileiro e Oan-Americano de Atuária 22 de julho de 2011

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Page 1: Tábua de Sobrevivência Bi-dimensional do Prof. Rio Nogueira Apresentação no IX Congresso Brasileiro e Oan-Americano de Atuária 22 de julho de 2011

Tábua de Sobrevivência Bi-dimensional do Prof. Rio Nogueira

Apresentação no IX Congresso Brasileiro e Oan-Americano de Atuária

22 de julho de 2011

Page 2: Tábua de Sobrevivência Bi-dimensional do Prof. Rio Nogueira Apresentação no IX Congresso Brasileiro e Oan-Americano de Atuária 22 de julho de 2011

Objetivo• Apresentar as bases técnicas para a

construção de tábuas de mortalidade bi-dimensionais dependentes da idade x e da época e.

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Motivação

• “Não é de hoje que os atuários se preocupam com a involução da Taxa de Mortalidade Humana. É natural que, no curso dos anos, as pessoas ganhem mais tempo de vida, protegidas pelo desenvolvimento dos métodos de preservação da saúde.”

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Motivação (cont.)• “Embora auspiciosa, a evolução temporal da

expectativa de vida em cada idade ... hoje se torna a maior preocupação dos técnicos com o custo das aposentadorias e a necessidade urgente de reformulação da própria doutrina atuarial.”

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Motivação (cont.)

• “...qualquer avaliação atuarial fundamentada nos dados observados em períodos vencidos encerra necessariamente a sub-estimação de reservas – no caso das aposentadorias – e o consequente obscurecimento da situação econômica da entidade.”

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Motivação (cont.)

• “... Reconhecida a obsolescência das tábuas clássicas, forçoso é admitir que o seu uso nas avaliações oculta o déficit embrionário agora revelado para várias entidades; e a solução obrigaria a reformular planos de benefícios com a progressiva redução das aposentadorias precoces – que se tornam cada vez mais precoces – aprimorando a linha que inspirou a teoria do fator previdenciário (Lei 9876/99) para protelar a concessão da aposentadoria básica”.

• Prof. Rio Nogueira (2005)

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Motivação (cont.)

• “Os fundos de pensão estão um passo atrás das seguradoras, no que diz respeito à adoção de tábuas de longevidade. Além da maioria utilizar a AT-83, anterior a AT-2000, as entidades fechadas de previdência complementar não adotam o improvement (técnica que visa atualizar a tábua de sobrevivência automaticamente, considerando o aumento esperado da sobrevida).” SEGS(23/3)

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• O prof. Rio Nogueira vinha se debruçando sobre este problema já há bastante tempo, tendo inclusive alertado várias entidades, desde o século passado, da necessidade de incorporar nos cálculos atuariais as melhorias ocorridas na sobrevivência da população assistida.

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• O Professor não conseguiu ultimar a tábua de sobrevivência bi-dimensional, mas deixou o seu legado na forma de notas escritas e um primeiro exercício que foi apresentado a diretoria da Petros em abril de 2005.

• Este primeiro exercício contava com somente 5 anos de histórico de sinistralidade, não o suficiente para a determinação de um parâmetro crucial para descrever a evolução da sobrevivência no tempo, como propunha o Professor: o progresso da vitalidade humana.

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• O que nos propusemos é dar continuidade aos cálculos efetuados pelo Professor com um histórico mais longo 16 anos.

• O que se mostra a seguir é uma replicação dos passos seguidos (e anotados) pelo Professor, mas com este histórico mais alongado.

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Contextualização (teorias para a evolução da mortalidade)

• Compressão• Translação lateral• Translação vertical

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Metodologia

• Pela lei de Makeham:

Consequentemente a probabilidade de sobrevivência entre idades exatas é:

xcxx gksl

xcc

x

xx sg

l

lp )1(1

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Metodologia (cont.)

)ln(**)1()ln()ln( gccsp xx

xx cbap *)ln(

• Tirando-se o logaritmo:

e renomeando algumas variáveis, temos:

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Metodologia (cont.)

• A partir dos dados da entidade é possível estimar esta função px para diferentes períodos. No presente trabalho utilizamos os quinquênios: 2002/2004, 2005/2007 e 2008/2010, centrados nos anos 2003, 2006 e 2009 (que serão considerados os instantes 0, 3 e 6).

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Parâmetros do ajuste2002/2004 2005/2007 2008/2010

a

-0,000133389 -0,000020711 0,000090626b

-0,000016328 -0,000015190 -0,000014050c

1,107870051 1,107868384 1,107868153

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Metodologia (cont.)

x

(x)x

(x)

x +βε

+αΔε(εp

)

A representação da probabilidade de sobrevivência na idade x e na época e, é dada pela função hiperbólica (por hipótese):

Onde n(x) é o parâmetro de progresso da vitalidade humana e D é a assíntota da função sobrevivência evitando atingir-se a unidade.

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Metodologia (cont.)

2ln

033

606

ln

)(

) ()-p (p) (pΔ

) (pΔ) ()-p (p

(x)= xx

x

x

xx

Considerando esta equação para 3 instantes: e=0, 3 e 6, e os valores obtidos dos dados da entidade ajustados ao modelo de Makeham para os 3 triênios, podemos resolver e obter estimadores para todas as quantidades envolvidas , n(x), ax e bx.

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)0()6(

)6(6 )(

xx

xx

x pp

xxx p )0(

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Improvement implícito na tábua

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Evolução da probabilidade de sobrevivência como função do tempo para idades selecionadas

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

tempo

p(.)

20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

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Evolução da probabilidade de sobrevivência como função do tempo para idades selecionadas

0,5

0,6

0,6

0,7

0,7

0,8

0,8

0,9

0,9

1,0

1,0

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

tempo

p(.)

20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

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Evolução da probabilidade de sobrevivência como função do tempo para idades selecionadas

0,75

0,80

0,85

0,90

0,95

1,00

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

tempo

p(.)

20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

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Evolução da probabilidade de sobrevivência como função do tempo para idades selecionadas

0,95

0,96

0,97

0,98

0,99

1,00

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

tempo

p(.)

20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

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Evolução da probabilidade de sobrevivência como função do tempo para idades selecionadas

0,990

0,992

0,994

0,996

0,998

1,000

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

tempo

p(.)

20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

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-

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 80 82 84 86 88 90 92 94 96 98 100

Idade

Impacto na anuidade atuarial ax decorrente da incorporação doprogresso da vitalidade humana nas tábuas - como função da idade

Juros de 6,0%

Juros de 5,5%

Juros de 5,0%

Juros de 4,5%

Juros de 4,0%

Juros de 3,5%

Juros de 3,0%

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Comentários e Conclusões• Existe um impacto significativo, porém não

assustador.• Entidades abertas já estão utilizando cálculos

com improvement (seja com a escala G ou fixando um percentual fixo de queda da mortalidade) para suas reservas.

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• A tábua de sobrevivência bi-dimensional do Professor Rio, está construída em cima de uma experiência nacional, de uma população expressiva (por oposição ao uso da escala G – construída a partir de uma experiência americana), e diferencia os ganhos por idade (diferentemente da suposição de uma taxa uniforme de improvement).

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• Comentários?• Perguntas?

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• Obrigado!

• Cálculos desenvolvidos por Kaizô Iwakami Beltrão e Antônio Carlos Cabral.