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RAFAEL MEIRA SENIW TABAGISMO ENTRE ALUNOS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO NA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE Canoas 2008

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RAFAEL MEIRA SENIW

TABAGISMO ENTRE ALUNOS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO NA REGIÃO METROPOLITANA

DE PORTO ALEGRE

Canoas

2008

RAFAEL MEIRA SENIW

TABAGISMO ENTRE ALUNOS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO NA REGIÃO METROPOLITANA

DE PORTO ALEGRE

Trabalho de Conclusão apresentado ao Curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário La Salle – UNILASSALE, como requisito para obtenção do título de Licenciado em Ciências Biológicas.

Orientadora: Profª Drª Alessandra Marqueze

Canoas

2008

TERMO DE APROVAÇÃO

RAFAEL MEIRA SENIW

TABAGISMO ENTRE ALUNOS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO NA REGIÃO METROPOLITANA

DE PORTO ALEGRE

Monografia de Graduação Licenciatura em Ciências Biológicas

Data da aprovação: ____/____/2008.

____________________________________________ Profª Drª Alessandra Marqueze

Orientadora

Canoas

2008

A minha família, principalmente aos meus pais, que batalharam com todas as forças para deixar o maior bem que se pode dar a um filho, a educação. Amo vocês!

Muitas das coisas mais importantes do mundo foram conseguidas por pessoas que continuaram tentando quando parecia não haver mais nenhuma esperança de sucesso (DALE CARNEIGE).

RESUMO

O presente trabalho teve por objetivo fazer um levantamento de dados a respeito do

tabagismo entre adolescentes no ensino médio na região metropolitana de Porto Alegre.

Para isso foi aplicado um questionário direcionado a traçar um perfil familiar, pessoal e

escolar dos estudantes com faixa etária entre 14 e 19 anos, freqüentadores das seguintes

escolas: Escola Estadual 1° de Maio e Escola Estadual de Ensino Médio Affonso Charlier,

localizadas nos municípios de Porto Alegre e Canoas respectivamente. Através dos

resultados obtidos pode-se constatar que 92,3% do total de entrevistados não são

tabagistas.

Palavras chaves: Tabaco – Adolescentes – Saúde – Escola pública – Questionário

ABSTRACT

The present work is objective investigation of the smooching adolescents in the

teach medium of the metropolitan region Porto Alegre. Application of the questions to

obiter information about family, peoples and school of the student with 15 and 19 years

old in the school Escola Estadual 1° de Maio e Escola Estadual de Ensino Médio Affonso

Charlier in Canoas and Porto Alegre city. The results evidence of the 92,3% students don’t

smooching.

Key-words: smooch – adolescents –health- public school- questions

LISTA DE ABREVIATURAS

CR – Centro Respiratório ECG – Eletrocardiograma SNC _ Sistema Nervoso Central SNP _ Sistema Nervoso Periférico DCA_ Doença Arterosclerótica Coronariana

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..................................................................................................................10 1 FISIOLOGIA .......................................................................................................... ........12

1.1 Sistema Circulatório......................................................................................... .......12 1.2 Sistema Respiratório................................................................................................13 1.3 Sistema Nervoso................................................................................................ .......14

2 DOENÇAS RELACIONADAS AO TABACO ...................................................... ......17

2.1 Enfisema............................................................................................................. ......17 2.2 Câncer de Pulmão.............................................................................................. ......18 2.3 Asma..........................................................................................................................20 2.4 Angina................................................................................................................. ......20

3 OBJETIVO ......................................................................................................................22 4 METODOLOGIA .................................................................................................... .......23 5 RESULTADOS & DISCUSSÃO............................................................................ .......24 6 CONCLUSÕES........................................................................................................ .......30 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... ......31 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................32 ANEXO A - Modelo do questionário entregue aos alunos.............................................35

INTRODUÇÃO

Atualmente o tabaco é considerado a droga mais utilizada e disseminada no

mundo, tornando-se um dos mais graves problemas de saúde pública mundial e um dos

principais causadores preveníveis de morte (PINTO & RIBEIRO, 2007). Hortense e cols.

em seu artigo publicado na Revista Brasileira de Enfermagem em 2008, aponta que o

número de fumantes no mundo fica em torno de 1,25 bilhões, correspondendo a cerca de

47% da população masculina e 12% da população feminina. E que no Brasil estes números

ficam em torno de 1,2 milhões de mulheres fumantes e 16,7 milhões para os homens.

Alguns estudos atuais mostram resultados alarmantes e chegam a comparar o

tabagismo a uma pandemia, infecção contagiosa de grandes proporções, já que cerca de 5

milhões de indivíduos vão a óbito no mundo por doenças relacionadas ao tabaco e destes,

140 mil são somente mortes relacionadas a doenças cardiovasculares (ALMEIDA &

MUSSI, 2006). Segundo Marcopito e cols. (2007), o tabagismo é tido como principal fator

de risco para doença coronariana, hipertensão arterial sistêmica, acidente vascular

encefálico, bronquite, enfisema e câncer; diz também que no Brasil o número de mortes

ocasionadas por estas doenças relacionadas ao tabaco chega a 200 mil por ano.

A respeito dos adolescentes, Pinto & Ribeiro (2007), afirmam que os jovens

consumidores regulares de tabaco possuem sérias tendências a se tornarem adultos

fumantes e que é nesta faze da vida em que se encontra o grupo de maior risco para

iniciação do tabagismo. No entanto, para que seja evitado este consumo por jovens, foram

criadas algumas leis para evitar este consumo indevido de tabaco, ou qualquer outra droga,

por jovens, um exemplo disto é o Estatuto da criança e do Adolescente, artigo 81, inciso

III, diz que “... é proibida a venda a criança ou adolescente de produtos cujos componentes

possam causar dependência física ou psíquica, ainda por utilização indevida.”.

11

Já os Parâmetros Curriculares Nacionais — PCNs — que são referências para os

Ensinos Fundamental e Médio de todo o país e cujo objetivo é garantir a toda criança e

jovem brasileiro, mesmo em locais com condições socioeconômicas desfavoráveis, o

direito de usufruir o conjunto de conhecimentos reconhecidos como necessários para o

exercício da cidadania, afirma que :

“... as doenças cardiovasculares, típicas de países desenvolvidos, vêm ganhando crescente importância entre as causas de morte, associadas principalmente ao estresse, a hábitos alimentares impróprios, ao tabagismo compulsivo, à vida sedentária e à ampliação da expectativa de vida...”

“Em suma, convive no Brasil a antiga necessidade de implantação efetiva de ações básicas para a proteção da saúde coletiva e a exigência crescente de atendimento voltado para as chamadas doenças modernas.”

Conforme descrito pelos PCNs, frente ao aumento progressivo das doenças

modernas, este trabalho justifica-se pela necessidade de se levantar dados a respeito dos

jovens tabagistas com o fim de implantar ou aprimorar projetos de contenção a este vício

pois, pode-se observar que há uma grande desinformação das instituições públicas de

ensino a respeito do tabagismo entre seus próprios alunos e a grande maioria não tem

dados específicos a este respeito. Por não conhecerem o perfil destes jovens a aplicação de

projetos torna-se bastante ineficaz.

Portanto, o presente projeto, que tem como parceria as escolas: Escola Estadual

Normal Primeiro de Maio e Escola Estadual de Ensino Médio Affonso Charlier localizadas

nos municípios de Porto Alegre e Canoas respectivamente e tem como objetivo principal

fazer um levantamento de dados a respeito de jovens tabagistas, ainda em idade escolar,

para averiguar o quanto este hábito é disseminado entre os adolescentes e através destes

dados traçar um perfil pessoal, familiar e escolar destes jovens consumidores de tabaco.

Além disto, estes dados serão fornecidos para as respectivas escolas. Com eles em mãos a

escola, se achar necessário, pode implementar ou até mesmo direcionar os projetos já

existentes para torná-los mais produtivos quanto ao combate deste vício entre os seus

estudantes.

1 FISIOLOGIA

1.1 Sistema Circulatório

O coração está dividido em quatro cavidades: átrio direito, átrio esquerdo,

ventrículo direito e ventrículo esquerdo (TORTORA; CRABOWSKI, 2006).

Segundo Costanzo (2005), os vasos sangüíneos são de três tipos básicos: artérias,

veias e capilares. As artérias são vasos de parede espessa, que saem do coração levando

sangue para os órgãos e tecidos do corpo. A pressão exercida pelo sangue contra a parede

das artérias é o que denominamos pressão arterial. Em um adulto com boa saúde, a pressão

nas artérias durante a sístole ventricular – pressão sistólica ou máxima – é da ordem de 120

mmHg. Durante a diástole, a pressão diminui, ficando em torno de 80 mmHg; essa é a

pressão diastólica ou mínima.

As artérias coronárias constituem-se nos primeiros ramos emergentes da aorta e

são responsáveis pela irrigação do músculo cardíaco. A coronária direita se encarrega da

irrigação do átrio e ventrículo direitos, da porção posterior do septo interventricular, dos

nós sinusal e atrioventricular e, ainda, de parte da parede posterior do ventrículo esquerdo.

A coronária esquerda é responsável pela irrigação da parede ântero-lateral do ventrículo

esquerdo, átrio esquerdo e da porção anterior e mais significativa do septo interventricular.

Como a irrigação dos ventrículos é muito mais preponderante do que a dos átrios, quase

sempre a descrição se refere aos ramos ventriculares. As veias são os vasos de paredes

menos espessas que chegam ao coração trazendo o sangue dos órgãos e tecidos. Além

disso, diferentemente das artérias, as veias de maior calibre apresentam válvulas em seu

interior, que impedem o refluxo de sangue e garantem sua circulação em um único sentido

(GUYTON; HALL, 2002).

13

Berne e cols. (2005) citam que os capilares sangüíneos são vasos de pequeno

calibre que ligam as extremidades das arteríolas às extremidades das vênulas. A parede dos

capilares possui uma única camada de células, correspondente ao endotélio das artérias e

veias. Quando o sangue passa pelos capilares, parte do líquido que o constitui atravessa a

parede capilar e espalha-se entre as células próximas, nutrindo-as e oxigenando-as. As

células, por sua vez, eliminam gás carbônico e outras excreções no líquido extravasado,

denominado líquido tissular. A maior parte do líquido tissular é reabsorvida pelos próprios

capilares e reincorporada ao sangue. Apenas 1 a 2% do líquido extravasado na porção

arterial do capilar não retorna à parte venosa, sendo coletado por um sistema paralelo ao

circulatório, o sistema linfático, quando passa a se chamar linfa e move-se lentamente

pelos vasos linfáticos, dotados de válvulas.

O trabalho cardíaco produz sinais elétricos que passam para os tecidos vizinhos e

chegam à pele, através das células condutoras: nodo sinoatrial (marcapasso),

nodoatrioventricular, feixe de His e sistema de Purkinje. Assim, com a colocação de

eletrodos no peito, podemos gravar as variações de ondas elétricas emitidas pelas células

condutoras do coração. O registro dessas ondas pode ser feito numa tira de papel ou num

monitor e é chamado de eletrocardiograma (ECG) (COSTANZO, 2005).

1.2 Sistema Respiratório

O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões, que são dois

órgãos especializados nas trocas gasosas, e uma bomba que ventila os pulmões, composta

pela parede torácica, pelos músculos respiratórios, que aumentam e diminuem o tamanho

da cavidade torácica, e pelos tratos e nervos que ligam o cérebro aos músculos. Em

repouso, o ser humano normal respira 12 a 15 vezes por minuto. Seis a oito litros por

minuto (ou 500 ml de ar por incursão respiratória) são inspirados e expirados. Esse ar

mistura-se com os gases presentes nos alvéolos e, por difusão simples, o O2 entra no

sangue dos capilares pulmonares, ao mesmo tempo em que o CO2 entra nos alvéolos.

Dessa forma, 250 ml de O2 entram no corpo por minuto e 250 ml de CO2 são eliminados.

Quantidades mínimas de outros gases (ex.: metano produzido pelos intestinos) também são

detectadas no ar expirado. Álcool e acetona são expirados quando presentes em

14 quantidades significativas no corpo. Na verdade, já foram identificadas mais de 250

substâncias voláteis diferentes no ar exalado pelos seres humanos (GUYTON; HALL,

2002).

Para Berne e cols. (2005), os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com

aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa

denominada pleura. Nos pulmões, os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem

a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de

bronquíolos é chamado árvore brônquica ou árvore respiratória. A base de cada pulmão

apóia-se no diafragma, órgão músculo-membranoso que separa o tórax do abdômen,

presente apenas em mamíferos, promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os

movimentos respiratórios. Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os

movimentos do diafragma.

A ventilação pulmonar subdivide-se em: inspiração e expiração. A inspiração, que

promove a entrada de ar nos pulmões, dá-se pela contração da musculatura do diafragma e

dos músculos intercostais. A expiração, que promove a saída de ar dos pulmões, dá-se pelo

relaxamento da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais (COSTANZO,

2005).

Segundo Guyton e Hall (2002), a respiração é controlada automaticamente por um

centro nervoso localizado no bulbo. Desse centro partem os nervos responsáveis pela

contração dos músculos respiratórios (diafragma e músculos intercostais). Impulsos

iniciados pela estimulação psíquica ou sensorial do córtex cerebral podem afetar a

respiração. Em condições normais, o centro respiratório (CR) produz, a cada 5 segundos,

um impulso nervoso que estimula a contração da musculatura torácica e do diafragma,

fazendo-nos inspirar. O CR é capaz de aumentar e de diminuir tanto a freqüência como a

amplitude dos movimentos respiratórios, pois possui quimiorreceptores que são bastante

sensíveis ao pH do plasma. Essa capacidade permite que os tecidos recebam a quantidade

de oxigênio que necessitam, além de remover adequadamente o gás carbônico.

1.3 Sistema Nervoso

15

Segundo Guyton & Hall (2002), o sistema nervoso, juntamente com o sistema

endócrino, provê a maior parte das funções de controle do corpo. Em geral ele controla as

atividades rápidas, como as contrações musculares, eventos vicerais que se alteram

rapidamente e mesmo a secreção de algumas glândulas endócrinas. O sistema nervoso é

inigualável dentro da vasta complexidade das ações de controle que pode desempenhar,

pois pode receber literalmente milhões de informações a partir de diferentes órgãos

sensoriais e depois integra todas elas para determinar a resposta a ser dada pelo corpo.

Este sistema é dividido em dois subsistemas principais: (1) o sistema nervoso

central (SNC) e (2) Sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é constituído pelo encéfalo,

um dos maiores órgãos do corpo humano pesando cerca de 1,300g, composto de

aproximadamente 100 bilhões de neurônios e pela medula espinhal que está localizada no

interior do canal vertebral da coluna vertebral cuja parede é essencialmente um anel ósseo

que a protege. Basicamente o SNC integra e correlaciona muitos tipos diferentes de

informação sensitiva, sendo também fonte de pensamentos, emoções e memórias. A

maioria dos impulsos nervosos que estimula a contração muscular e a secreção glandular

se originam nele (TORTORA & GRABOWSKI, 2006).

O SNP, constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal, inclui todo o tecido

nervoso localizado fora do sistema nervoso central. Este tecido nervoso forma uma rede

ramificada de nervos, com tal extensão que, dificilmente, pode haver um único milímetro

cúbico de tecido no corpo que não possua terminações nervosas. Um nervo periférico se

constitui de um grande número de feixes de fibras nervosas que podem ser classificadas em

dois tipos quanto a sua funcionalidade: fibras aferentes, cujo objetivo é transmitir

informações sensoriais para a medula espinhal e para o encéfalo e as eferentes que

transmitem as informações originadas no sistema nervoso central de volta para a periferia,

especialmente para os músculos esqueléticos (GUYTON, 1988).

Portanto, de acordo com Guyton & Hall (1998), pode-se afirmar que o plano geral

do sistema nervoso se constitui de duas partes: a divisão sensorial, onde a maior parte das

atividades do sistema nervoso é iniciada, pois emana dos receptores sensoriais, quer sejam

eles receptores visuais receptores auditivos, receptores táteis ou outros tipos de receptores

e a Divisão Motora que desempenha o papel final mais importante do sistema nervoso que

é o de controlar as verias atividades corporais. Isto é feito controlando a contração dos

16 músculos esqueléticos por todo o corpo, a contração dos músculos lisos dos órgãos

internos e a secreção das glândulas exócrinas e endócrinas em muitas partes do corpo; estas

atividades são chamadas coletivamente de funções motoras do sistema nervoso e os

músculos e as glândulas são chamados de efetores, porque desempenham as funções

ditadas pelos sinais nervosos.

2 DOENÇAS RELACIONADAS AO TABACO

2.1 Enfisema

O enfisema é uma condição do pulmão, onde há uma destruição das paredes

alveolares e em decorrência disto ocorre um aumento acima do normal no tamanho dos

espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal (ANDRÉ e cols. 2004), conforme

demonstrado na figura 1.

Figura 1 – Tomografia dos pulmões apresentado aumento dos espaços aéreos distais característicos do enfisema. Fonte: http://www.jornaldepneumologia.com.br/portugues/artigo_detalhes.asp?id=1041

De acordo com Consenso Brasileiro sobre a Terminologia dos Descritores de

Tomografia Computadorizada do Tórax, publicado no ano de 2005 esta doença pode ser

classificada de três maneiras de acordo com sua distribuição anatômica dentro do lóbulo:

18

- Enfisema Acinar Distal, é caracterizado pelo envolvimento predominante dos

ductos e sacos alveolares e acomete as regiões pulmonares subpleurais e adjacentes aos

septos interlobulares periféricos e a vasos;

- Enfisema centrolobular, caracterizado por destruição das paredes alveolares e de

ductos alveolares no parênquima adjacente ao interstício centrolobular. Acomete

preferentemente o terço cranial dos pulmões. É o tipo de enfisema com maior correlação

com o tabagismo;

- Enfisema Panlobular, é o enfisema de maior extensão que compromete não

apenas a porção adjacente ao interstício centrolobular, como também todo o lóbulo

pulmonar secundário. Quando associado à deficiência hereditária de alfa-1-antitripsina, o

acometimento predomina no terço caudal dos pulmões.

Segundo Iron e cols. (2007), a preocupação com o estudo das alterações dos

pulmões acometidos por enfisema é bastante antiga na medicina e atualmente vem

adquirindo ainda mais importância, devido ao grande aumento do tabagismo. Atualmente o

enfisema é a quarta causa de morte nos Estados Unidos, afetando cerca de 14 milhões de

pessoas.

Portanto o tabaco é uma das maiores causas da incidência desta doença no mundo,

pois ele condiciona a oxidação crônica e, como resposta, há uma acumulação de

macrófagos no interstício septo-pulmonar, onde desencadeiam a destruição enfisematosa.

Os macrófagos aderem ao colagénio IV (reticulina) modificado pelo tabaco e liberam

produtos oxidativos e MCP-1 (proteína macrofágica), perpetuando-se a destruição septal.

Esta atividade elastolítica dos macrófagos é aumentada entre os fumantes, além disso,

verifica-se que os fibroblastos têm índice proliferativo menor entre os integrantes deste

mesmo grupo (CARVALHO, 2007).

2.2 Câncer de Pulmão

O câncer caracterizasse por um crescimento anormal, incontrolado, que invade os

tecidos visinhos. Entre os de maior incidência atualmente encontra-se o câncer de pulmão

(Figura 2).

19

Figura 2 – Tumor pulmonar comprometendo o brônquio principal esquerdo. Fonte: Barcellos, 2002, p. 97.

O câncer de pulmão, doença relativamente rara no passado, tornou-se a doença

neoplásica mais comum e mais mortal dos últimos tempos. Essa modificação no padrão de

ocorrência da doença foi observada a partir da década de 20, quando o número de casos

começou a crescer progressivamente até chegar a ser considerada uma verdadeira epidemia

mundial. Nos anos 80 esta doença era responsável por aproximadamente 16% de todos os

novos casos de neoplasia no mundo. Sua morbidade e mortalidade vêm crescendo bastante

nos últimos 15 anos, onde foi observada uma estabilização de mortalidade entre homens e

um acréscimo na mortalidade entre as mulheres. (ZAMBONI, 2002)

Muray & Lopes apud Zamboni (2002), afirmam em um trabalho publicado em 1997,

que o câncer de pulmão era considerado na época a 10ª causa mais comum de morte em

todo o mundo, correspondendo a cerca de um milhão de óbitos por ano, e estimaram que

em 2020 essa doença chegue a 5ª causa mais comum de morte.

Uma das causas, ou fator de risco, para a expansão desta patologia é sem dúvida o

tabagismo. Essa associação foi sugerida pela primeira vez em na Inglaterra no ano de 1927,

onde um estudo provou que a maior prevalência desta doença era entre o público fumante

(ZAMBONI, 2002). Uehara, Santoro & Jamnik (2000) afirmam que mais de 85% dos

casos desta doença é em decorrência ao uso prolongado de tabaco o que o torna um dos

tumores que mais facilmente se pode evitar.

20

Em resumo o papel esmagador do tabaco como causador do câncer de pulmão vem

sido exaustivamente mostrado nos últimos 50 anos. Mais de 90% dos tumores podem ser

evitados simplesmente abandonando o hábito de fumar (ZAMOBI, 2002).

2.3 Asma

A asma é uma doença crônica muito comum em crianças, sendo certamente a

principal doença respiratória crônica da criança e adolescente. Sua importância tanto para o

indivíduo quanto para a coletividade, decorre do fato de ser afecção potencialmente grave,

cuja prevalência tem aparentemente aumentado em todo o mundo, com participação

crescente na mortalidade (MAIA e cols. 2004).

No Brasil os dados epidemiológicos sobre a asma são escassos, mas sabe-se que em

uma população de médicos formados no ano de 2000, apenas 30% sabiam diagnosticar

e/ou tratar a asma. Existe um senso comum de que a asma é uma condição clínica para ser

tão somente atendida em pronto-atendimentos e conjuntamente reverter à baixa taxa de

adesão aos tratamentos (COHEN, 2002).

Segundo Silva, Andrade & Tavares-Neto (2002), a pré-disposição genética para essa

doença é o fator de risco mais forte, mas outros estão envolvidos, como fatores ambientais,

hábitos alimentares, industrialização, aumento da poluição do ar nas grandes metrópoles e

o tabagismo.

O tabaco é responsável pela expressão clínica da asma, condicionando a sua

sintomatologia. No entanto, parece definido que filhos de pai ou mãe fumantes têm menor

incidência de rinoconjuntivites, asma alérgica, eczema atópico e alergias alimentares

(CARVALHO, 2007).

2.4 Angina

Mansur e cols. (2004), definem a angina como uma síndrome caracterizada por dor

ou desconforto em qualquer uma das seguintes regiões: tórax, epigástrio, mandíbula,

ombro, dorso ou membros superiores. A angina usualmente acomete portadores de doenças

21 arteroscleróticas coronarianas (DAC) com comprometimento de, pelo menos, uma artéria

epicárdica. Pode ocorrer também em casos de doença cardíaca valvar, cardiomiopatia

hipertrófica e hipertensão não controlada. Pacientes com coronárias normais e isquemia

miocárdica relacionada ao espasmo ou disfunção endotelial também podem apresentar

angina.

No que diz respeito ao tabagismo, segundo Carvalho (2007), o consumo constante de

tabaco está entre um dos principais fatores de risco para o aparecimento desta doença.

3 OBJETIVO

Este trabalho teve como objetivo avaliar a incidência de alunos tabagistas através do

uso de questionário e repassar estes dados às escolas informando-as sobre o perfil de seus

alunos.

4 METODOLOGIA

Foi elaborado um questionário com 14 questões sendo que 11 destas são de respostas

afirmativas ou negativas e três dissertativas. Este questionário compõe-se de perguntas

referentes ao tema Saúde, mais especificamente sobre tabagismo, com linguagem

adequada, a partir das quais se procurou traçar um perfil dos alunos tabagistas

freqüentadores das escolas da rede pública de ensino. Foi usado como modelo o

questionário citado no artigo “Tabagismo em adolescentes da área urbana na Região Sul do

Brasil” publicado por Horta e cols. (2001).

A aplicação deste questionário foi feita entre o período de 1º a 27 de maio de 2008

nas seguintes instituições de ensino: Escola Normal 1º de Maio e Escola Estadual de

Ensino Médio Affonso Charlier. Estas escolas estão situadas nos municípios de Porto

Alegre e Canoas respectivamente.

Foi abordado um total de 296 adolescentes que possuem entre 14 e 19 anos. A estes

foi entregue uma cópia do questionário, que consistia em apenas uma folha, para que o

estudante preenchesse em cerca de 20 minutos (ANEXO A).

Com estes dados em mãos foi possível então quantificar os alunos tabagistas e traçar

um perfil destes com relação ao consumo de tabaco. Para isso foi verificado, através de

perguntas específicas, questões de âmbito familiar, pessoal e escolar de cada adolescente.

A aplicação deste instrumento, portanto consistiu em obter dados sobre o tema

tabagismo do ponto de vista dos alunos para que posteriormente estes dados pudessem ser

analisados e repassados novamente para as escolas, afim de que estas fiquem informadas a

respeito da situação deste vício entre seus estudantes.

5 RESULTADOS & DISCUSSÃO

Com base na análise dos questionários realizados podemos observar que houve um

predomínio do sexo feminino (Tabelas I e II). Esse dado está de acordo com Pinto &

Ribeiro (2007) onde em seu estudo observaram uma maior prevalência de adolescentes

deste sexo.

Quanto à faixa etária podemos afirmar que a mais representativa foi de 15 anos entre

os alunos da primeira série do ensino médio com 73 dos 163 entrevistados e de 17 anos

entre os estudantes do 3º ano. Horta e cols. (2001), no entanto observou em seu estudo uma

maior incidência de alunos com idades entre os 12 e 14 anos.

Quanto à escolaridade dos pais, foi constatado que 45% possuem apenas o ensino

fundamental, seguido pelo ensino médio 40% (Fig. 3).

Escolaridade dos Pais

15%

40%45% Ensino Fundamental

Ensino Médio

Ensino Superior

Figura 3 – Percentual da escolaridade dos pais.

25 Tabela I – Resultados obtidos entre os alunos do 1º Ano do Ensino Médio

Masculino Feminino Total 14 anos 11 14 15 anos 32 41 16 anos 23 12

17 anos 16 14 Sexo 82 81 163

E. Fundamental 39 40 Ensino Médio 32 32 1- Escolaridade dos pais. Ensino Superior 11 9

Sim Não Sim Não 2- Seus pais são tabagistas? 26 56 36 45 3- Seus pais conversam com você sobre tabagismo?

48 34 48 33

4- Já repetiu de ano quantas vezes? 53 29 42 39 5- Você Fuma? 3 79 6 75 9- Considera-se um viciado em cigarros? - 3 1 5 10- Acredita que pode parar quando quiser? 3 - 5 1 11- Acredita que o cigarro causa problemas graves de saúde?

2 1 6 -

12- Já fez alguma tentativa para parar de fumar?

2 1 4 2

Masculino Feminino 11 - 1 12 - 1 13 1 3 15 - 1

6- Com quantos anos começou a fumar?

16 2 - Amigos 1 3

Curiosidade - 2 7- O que lhe motivou a começar com esse hábito?

Não sabem 2 1 1 1 - 2 - 2 5 - 2 6 1 - 7 1 1

8- Quantos cigarros você consome diariamente?

10 - 1

26 Tabela II – Resultados obtidos entre os alunos do 3º Ano do Ensino Médio

Masculino Feminino Total 16 anos 16 25 17 anos 13 41 18 anos 9 22

Idade

19 anos 1 6 Sexo 39 94 133

E. Fundamental 16 39 Ensino Médio 18 37 1- Escolaridade dos pais. Ensino Superior 5 18

Sim Não Sim Não 2- Seus pais são tabagistas? 16 24 37 57 3- Seus pais conversam com você sobre tabagismo?

20 19 70 24

4- Já repetiu de ano quantas vezes? 10 29 35 59 5- Você Fuma? 3 36 11 83 9- Considera-se um viciado em cigarros? 2 1 5 6 10- Acredita que pode parar quando quiser? 3 - 8 3 11- Acredita que o cigarro causa problemas graves de saúde?

3 - 11 -

12- Já fez alguma tentativa para parar de fumar?

1 2 9 2

Masculino Feminino 11 1 - 12 - 1 13 1 2 14 - 5 15 - 3

6- Com quantos anos começou a fumar?

16 1 - Amigos 1 1

Curiosidade 1 4 Deixa calma - 1 Brincadeira - 1 Não sabem 1 4

2 - 1 3 1 1 4 - 1 5 1 3 7 1 - 10 - 3 11 - 1

7- O que lhe motivou a começar com esse hábito?

20 - 1

27 No que diz respeito ao hábito de consumo do tabaco, foi constatado que dos 296

estudantes questionados de 92,3% não eram fumantes (Fig. 4). Esse resultado se assemelha

ao de Horta e cols. (2001) no que se refere à ao consumo do tabaco, em seu estudo foi

observado uma taxa de 11% de adolescentes tabagistas.

Figura 4 – Percentual geral de alunos fumantes e não fumantes. Porem analisando de uma maneira mais específica, fazendo uma separação entre os

sexos, pode-se perceber que mesmo a taxa de fumantes sendo menor, entre eles ocorre uma

maior quantidade de adolescentes fumantes do sexo feminino (Fig. 5). Zamboni (2002)

comenta em seu artigo que o hábito de fumar te estagnado e até diminuído entre os homens

ao longo do tempo, enquanto que entre as mulheres este hábito tem aumentado.

Figura 5 – Número de fumantes e não fumantes entre os sexos masculino e feminino.

28

A relação entre a escolaridade dos pais e o hábito de fumar, e o diálogo com seus

filhos se mostrou bem favorável já que independente da escolaridade os resultados

apontaram uma quantidade maior de não fumantes entre as três faixas (Fig. 6) e para uma

tendência maior de diálogo entre pais e filhos (Fig. 7).

Figura 6 – Relação entre a escolaridade dos pais e o hábito de fumar.

Figura 7 – Comparação entre a escolaridade e o diálogo a respeito do tabaco.

29 O perfil escolar se mostrou bastante deficiente com relação a este tema, conforme

pode ser observado na tabela abaixo.

Tabela III – Perfil das escolas com relação ao tabagismo

Informações da Escola Sim Não 13- A sua escola algumas vez já apresentou alguma palestra sobre os malefícios do cigarro?

54 242

14- O Professor de biologia já abordou esse tema em sala de aula? 57 239

Segundo os dados obtidos com os alunos constatou-se que as escolas não

proporcionam qualquer tipo de programa de combate a este vício e que os professores,

principalmente os professores de biologia, pouco tem abordado este assunto em suas aulas,

como demonstra a tabela abaixo. Dos 296 estudantes 242 afirmam que a escola nunca

apresentou alguma palestra ou debate a respeito dos malefícios do cigarro e 239 atestam

que seus professores de biologia nunca abordaram o tema em sala de aula, isso demonstra a

pouca preparação, falta de informação ou indiferença frente a este assunto.

6 CONCLUSÕES

Através da análise dos dados podemos concluir que:

- a maioria dos adolescentes questionados nestas escolas não apresenta o hábito de fumar;

- entre os adolescentes que são tabagistas houve uma prevalência do sexo feminino;

- o nível de escolaridade dos pais não está relacionado ao diálogo com seus filhos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para uma melhor análise dos resultados,assim como uma conclusão mais precisa,

será necessária uma coleta mais ampla de dados abrangendo um número mais significativo

de escolas e um número mais representativo de estudantes a serem abordados.

Informações a respeito do tabagismo entre adolescentes são escassas, portanto a

continuidade deste trabalho é de vital importância para que se possa obter informações

mais contundentes e hipóteses mais concretas a respeito da situação do consumo de tabaco

entre adolescentes na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Porém, mesmo com quantidade atual de dados pode-se observar uma evolução dos

adolescentes e de suas famílias no que se refere ao tema.

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ANEXO A - Modelo do questionário entregue aos alunos

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Cidade:

Escola: Série: Idade: Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino Turno: ( ) Diurno ( ) Noturno Rede: ( ) Pública ( ) Privada

INFORMAÇÕES FAMILIARES

1- Qual a escolaridade de seus pais? ( )Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio ( ) Ensino Superior 2- Seus pais são tabagistas? ( ) Não ( ) Sim 3- Seus pais conversam com você a respeito do tabagismo? ( ) Não ( ) Sim

INFORMAÇÕES PESSOAIS

4- Você já repetiu a escola alguma vez? ( ) Não ( ) Sim. Quantas vezes:_____ 5- Você fuma? ( ) Não ( ) Sim Se a resposta da questão 5 foi “sim” responda as qu estões a seguir. 6- Com quantos anos começou a fumar? 7- O que motivou você a começar a fumar? 8- Quantos cigarros você consome diariamente?

9- Considera-se um viciado em cigarros? ( ) Não ( ) Sim

10- Acredita que pode parar a hora que quiser? ( ) Não ( ) Sim 11- Você acredita que o cigarro pode causar várias doenças e complicações na saúde?

( ) Não ( ) Sim 12- Já fez alguma tentativa para parar de fumar? ( ) Não ( ) Sim

INFORMAÇÕES SOBRE A ESCOLA 13- A sua escola alguma vez já apresentou alguma palestra a respeito dos malefícios do

cigarro? ( ) Não ( ) Sim

14- O professor de biologia já falou com a turma a respeito do tabagismo em suas aulas? ( ) Não ( ) Sim