fisiologia médica - trocas gasosas

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TROCAS GASOSAS Prof. M.Sc. Hugo D. Hoffmann Santos Medicina

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Page 1: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

TROCAS GASOSAS

Prof. M.Sc. Hugo D. Hoffmann Santos

Medicina

Page 2: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

• Facilitam a troca de O2 e CO2 entre os tecidos e a atmosfera.

• A captação de O2 é necessária para suportar o metabolismo aeróbico (oxidativo).

• A eliminação de CO2 como subproduto desse metabolismo.

PULMÕES

Page 3: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

AR ATMOSFÉRICO

ALVÉOLOS

SANGUE

INSPIRAÇÃO

DIFUSÃO

Page 4: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

Vasos Sanguíneos Hemácia

Plasma

Endotélio capilar

Interstício

Membrana celular

Page 5: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

• Precisam ficar abertos para participarem da troca gasosa.

• São interconectados com tecido elástico, de maneira que a insuflação de um ajuda a expandir o adjacente (interdependência).

• Secretam uma substância lipoproteica com propriedades tensoativas (reduz a tensão superficial na interface entre o líquido presente na cavidade alveolar e o ar).

ALVÉOLOS

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Page 7: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

• Aumenta a complacência pulmonar (grau de extensão dos pulmões) e consequentemente diminui o esforço respiratório.

• Evita a atelectasia (colapso do parênquima pulmonar) no fim da expiração.

• Facilita o recrutamento do parênquima colapsado.

SURFACTANTE

Page 8: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

• Do grego ἀτελής, "incompleto" + ἔκτασις, "extensão") ou colapso pulmonar é o colapso de um segmento do pulmão alterando a relação ventilação/perfusão.

• Ocorre quando a via respiratória está bloqueada e as áreas não colapsadas costumam tentar compensar aumentando a oxigenação.

ATELECTASIA

Page 9: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

Dirckx, John H. 1997. Stedman’s concise medical dictionary for the health professions. 3rd ed.

Baltimore, USA.

Page 10: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

• ATELECTASIA POR REABSORÇÃO: Causada por obstrução completa da via aérea, provoca reabsorção do oxigênio preso nos alvéolos dependentes, sem comprometimento do fluxo de sangue através das paredes alveolares afetadas.

• ATELECTASIA POR COMPRESSÃO: Causada quando a cavidade pleural é parcialmente ou completamente preenchida por fluido exsudato, tumor, sangue ou ar.

• ATELECTASIA POR CONTRAÇÃO: Ocorre quando há alterações fibróticas locais ou generalizadas no pulmão ou pleura evitando a plena expansão.

REABSORÇÃO COMPRESSÃO

CONTRAÇÃO

Page 11: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

• Uma das causas de atelectasia em pacientes hospitalizados sob necessidade de suporte ventilatório.

• Ocorre quando microrganismos patogênicos atravessam o tubo e chegam aos pulmões.

PAVMPneumonia Associada à Ventilação

MecânicaIncidência: 16,25 casos por 1.000 dias de uso de VM/UTI

Page 12: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

Jordi Valles et al. Continuous Aspiration of Subglottic Secretions in Preventing Ventilator-Associated Pneumonia. Ann Intern Med. 1995;122(3):179-186.

A probabilidade mediana de permanecer sem pneumonia associada a ventilação mecânica ocorreu em tempo maior no

grupo com aspiração subglótica contínua.

Page 13: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

• Ocorre por difusão. Sempre ao longo de um gradiente de concentração (pressão parcial).

• O O2 é menos solúvel que o CO2 fato que explica porque a difusão do primeiro requer gradiente de pressão maior nos pulmões e nos tecidos.

• Em condições normais, a distância entre o ar alveolar e o sangue é pequena, assim o O2 e o CO2 se difundem com pouca dificuldade.

TROCA GASOSA

Page 14: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

• Geralmente existe muito pouco líquido no espaço intersticial entre os alvéolos, nos capilares pulmonares.

• O aumento da pressão venosa pulmonar ou aumento na permeabilidade dos capilares pulmonares podem causar acúmulo de líquido no espaço intersticial.

• Além disso, a pressão elevada do líquido intersticial pode fazer com que o líquido extravase para os alvéolos. Esse edema pulmonar diminui a eficiência das trocas de oxigênio e causar hipóxia arterial.

EDEMA PULMONAR

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Page 16: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

PRESSÃO PARCIAL DOS GASES

760 mmHg

PRESSÃO

TOTAL AR INSPIRADO

597 mmHg

Nitrogênio(79%)

159 mmHg

Oxigênio(21%)

4 mmHg Vapor d’água(0,5%)

0,3 mmHg

Dióxido de Carbono(0,04%)

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• O ar que entra na traqueia é umidificado, aumentando a pressão parcial do vapor d’água, mas sem alterar a pressão atmosférica total.

• Com esse aumento parcial sem gerar aumento total, a pressão parcial dos demais gases é reduzida. Do O2 cai para 150 mmHg.

TROCA GASOSA

Page 20: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

• Ao entrar nos alvéolos, o ar umidificado inspirado se mistura com o ar umidificado rico em CO2 de modo que a pressão parcial dos outros gases é ainda mais diluída.

• A PO2 cai para 104 mmHg e a PCO2 passa a ser 40 mmHg. A pressão parcial do vapor d’água permanece em 47 mmHg.

TROCA GASOSA

Page 21: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

• CO2:• 70% - HCO3-

• 23% - Hemoglobina

• 07% - Dissolvido

• O2:• 98% - Hemoglobina

• 02% - Dissolvido

TRANSPORTE

Page 22: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

• O ar expirado é a mistura do ar do espaço morto e do ar alveolar.

• O ar do espaço morto sai primeiro, de forma que suas pressões representam as praticamente as mesmas de quando entraram.

• Por isso, as amostras de ar corrente, colhidas ao final da expiração, exprimem mais fielmente os valores do ar alveolar e utilizada quando se estima os níveis de CO2 da composição do sangue venoso.

TROCA GASOSA

Page 23: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

Carroll RG. Fisiologia. Elsevier, p. 119, 2007.

Durante a expiração, o primeiro gás a deixar o corpo reflete o espaço

morto que não participou nas trocas

gasosas e, consequentemente,

não tem CO2.

VD = volume espaço mortoVT = volume correntePECO2 = pressão média de CO2 do gás expirado

Page 24: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

• A área da superfície da troca alveolocapilar é grande, facilitando a difusão.

• A troca gasosa se dá nos trechos terminais do espaço de ar pulmonar, no bronquíolo respiratório, nos ductos alveolares e nos alvéolos.

• Os gases alveolares devem se difundir através de uma série de barreiras.

TROCA GASOSA

Page 25: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

Carroll RG. Fisiologia. Elsevier, p. 120, 2007.

Page 26: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

• Anormalidades da troca gasosa álveolo-sangue estão ligadas aos componentes da equação da difusão.

• Distância (edema) e troca gasosa são inversamente proporcionais.

• Área disponível (enfisema) e troca gasosa são diretamente proporcionais.

TROCA GASOSA

Page 27: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

• Usada para avaliar a oxigenação e o equilíbrio ácidobase. É pedida quando há um desequilíbrio ácido-base ou quando há problemas respiratórios.

• Em pessoas recebendo oxigenioterapia, a gasometria é usada para monitorar a eficácia do tratamento.

• Resultados anormais da gasometria podem indicar que o paciente não está recebendo oxigênio suficiente, não está eliminando dióxido de carbono em quantidade adequada, há um problema na função renal ou há um problema metabólico.

GASOMETRIA ARTERIAL

Page 28: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

EQUILÍBRIO ACIDOBASE

Page 29: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

EQUILÍBRIO ACIDOBASE

http://www.uff.br/fisio6/aulas/aula_22/gaso.jpg

Page 30: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

Paciente do sexo feminino, 22 anos, mãe de 4 filhos, solteira, desempregada, tentativa de suicídio por intoxicação de tricíclicos (anti-depressivo), apresenta gasometria: pH=7,1; pCO2=61mmHg, HCO3=24mEq/L.

• Qual o distúrbio apresentado?

• Qual o tratamento indicado?

CASO CLÍNICO

Acidose respiratória devido (alto valor da pCO2). Os tricíclicos são depressores respiratórios.

Hiperventilação

Page 31: Fisiologia Médica - Trocas Gasosas

1.Por que a PCO2 é maior no alvéolo que no ar atmosférico?

2.Quais são as implicações fisiológicas da menor solubilidade do O2 frente ao CO2 na troca gasosa?

REFLEXÃO