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Os produtos nacionais têm a oportunidade de aumentar as exportações para o mercado americano com o apoio da comunidade portuguesa local – refere Francisco Semião, diretor executivo da NOPA. Págs. 14 e 15 EMPREGO Fundo de Compensação agrava custos salariais em 1% Pág. 7 TELECOMUNICAÇÕES Optimus investe 300 milhões em 4G Pág. 32 IMOBILIÁRIO Imóveis de luxo portugueses apresentados a investidores russos Pág. 24 TURISMO Turismo em espaço rural segura preços Págs. 28 e 29 MERCADOS A nossa análise Depósito a 25 meses do Banif remunera a 3,4% Pág. 43 METAL FRANCHISING SUPLEMENTOS NESTA EDIÇÃO www.vidaeconomica.pt Nº 1481 / 22 de fevereiro 2013 / Semanal / Portugal Continental J 2,20 www.vidaeconomica.pt DIRETOR João Peixoto de Sousa Contratação de jovens apoiada com reembolsos na TSU até 3150 euros Pág. 4 PUB 9 720972 000037 01481 PUB PUB FRANCISCO SEMIÃO, DIRECTOR EXECUTIVO DA NOPA, AFIRMA “Há muitos empresários portugueses nos EUA” INCENTIVOS A FUNDO PERDIDO DE 50% PARA INVESTIMENTOS ATÉ 25 MIL EUROS Microempresas do interior apoiadas com 25 milhões do QREN Pág. 5 TCANDIDATURAS AVALIADAS EM 15 DIAS TPRIMEIRA FASE DE CONCURSO TERMINA A 1 DE ABRIL

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Page 1: SUPLEMENTOS INCENTIVOS A FUNDO PERDIDO DE 50% PARA … · 2013-02-21 · ilumina) de Rui Zink e que se chama “A instalação do medo”. Vem na página 124 (1ª ed. outubro 2012):

Os produtos nacionais têm a oportunidade de aumentar as exportações para o mercado americano com o apoio da comunidade portuguesa local – refere Francisco Semião, diretor executivo da NOPA.

Págs. 14 e 15

EMPREGO

Fundode Compensação agrava custos salariais em 1%

Pág. 7

TELECOMUNICAÇÕES

Optimus investe 300 milhões em 4G

Pág. 32

IMOBILIÁRIO

Imóveis de luxo portugueses apresentados a investidores russos

Pág. 24

TURISMO

Turismo em espaço rural segura preços

Págs. 28 e 29

MERCADOSA nossa análiseDepósito a 25 meses do Banif

remunera a 3,4%Pág. 43

METAL

FRANCHISING

SUPLEMENTOS

NESTA EDIÇÃO

www.vidaeconomica.pt

Nº 1481 / 22 de fevereiro 2013 / Semanal / Portugal Continental J 2,20

www.vidaeconomica.pt

DIRETORJoão Peixoto de Sousa

Contratação de jovens apoiada com reembolsos na TSU até 3150 euros

Pág. 4

PUB

9 720972 000037

0 1 4 8 1

PUB

PUBFRANCISCO SEMIÃO, DIRECTOR EXECUTIVO DA NOPA, AFIRMA

“Há muitos empresários portugueses nos EUA”

INCENTIVOS A FUNDO PERDIDO DE 50% PARA INVESTIMENTOS ATÉ 25 MIL EUROS

Microempresas do interior apoiadas com 25 milhões do QREN Pág. 5

CANDIDATURAS AVALIADAS EM 15 DIAS

PRIMEIRA FASE DE CONCURSO TERMINA A 1 DE ABRIL

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2 SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013

ABERTURA

Top da semana

ANTÓNIO MEXIA

Foi vendida a última participação do Estado na EDP e António Mexia revelou-se satisfeito com

o “sucesso obtido”. E tem razão o presidente da elétrica. É que as várias fases de privatização da empresa deram mais benefícios aos cofres do Estado do que aqueles que representam o seu valor atual em bolsa. Ou seja, foi um bom negócio para o Estado e, portanto, para os contribuintes. A sua gestão tem sido cuidadosa e deixa a garantia que o grupo vai continuar comprometido com os clientes nacionais.

PIRES DE LIMA

Quando considera oportuno, António Pires de Lima não faz cerimónias em realizar intervenções de

caráter político. E é uma voz de peso que se levanta a contestar a carga fiscal que incorre sobre o rendimento do trabalho e das empresas. Pires de Lima é líder do conselho nacional do CDS-PP e as suas críticas podem também ser interpretadas como um aviso para o interior do partido. É mais alguém que avisa que se chegou ao pico da austeridade e que é mais do que tempo para se começar a olhar para o crescimento económico. A atividade económica começa a correr sérios riscos, o que acabará por resultar em mais desemprego e, consequentemente, em quebra de receita fiscal.

LES ECHOS

Europa volta a autorizar as farinhas animais

A Comissão Europeia vai voltar a permitir as farinhas animais para alimentação dos peixes em sistema de aquacultura. Bruxelas deverá levantar a interdição – que aconteceu com a crise das “vacas loucas” – a partir do próximo dia 1 de junho. Uma medida que calha em pleno escândalo da carne de cavalo. Os responsáveis comunitários acreditam que os riscos para a saúde serão mínimos e que é importante estas farinhas substituírem aquelas feitas a partir de peixes, já que este é um recurso raro. Bruxelas também quer autorizar, mas não antes de 2014, a utilização das proteínas animais transformadas na alimentação do porco.

EXPANSIÓN

Alemanha já não é a “locomotiva” da Europa

A Alemanha, a maior economia da Zona Euro, já não é o que era. Durante anos foi considerada a locomotiva da Europa, o país que impulsionava o crescimento da região. No entanto, os analistas

coincidem que a economia germânica, obcecada com a austeridade, travou bruscamente e paralisou o resto.O PIB alemão registou uma contração de 0,6%, no último trimestre do ano passado, face aos três meses anteriores, a maior quebra em quase quatro anos. A Alemanha apenas tinha entrado em terreno negativo no último trimestre de 2011, mas foi uma descida residual. Como tal, as últimas estatísticas representam uma má notícia para a Alemanha e para os seus parceiros.

THE WALL STREET

JOURNALEconomia da Zona Euro afunda-se

A economia da Zona Euro recuou no último trimestre do ano passado ao ritmo mais rápido desde o pico da recessão. A situação cada vez mais complicada em Itália, bem como noutros países do Sul, está a afetar as economias alemã e francesa, em particular. A queda de 2,3% no PIB da Zona Euro revela que a crise económica e financeira ainda está longe de ficar resolvida. Os analistas avisam que é necessário refrear o otimismo. De salientar que o Banco Central Europeu chegou a falar de recuperação durante o ano passado, quando afinal a situação económica da região até se agravou.

ImprensaEM REVISTA

Atualidade .............. Pág. 03

Comissão Europeia apoia empreendedorismo

Atualidade .............. Pág. 08

Empresas têm novos incentivos à contratação de jovens desempregados

Negócios e Empresas Pág. 24

Imóveis apresentados a investidores russos

Turismo ................... Pág. 28

Turismo em espaço rural segura preços

Em Foco .................. Pág. 33

Portal de Comércio Internacional da Sonae ganha prémio

Empresas ................ Pág. 36

“Central Station” cria oportunidade para novas empresas

Mercados ................ Pág. 37

Bruxelas prevê arrecadar 35 mil milhões com imposto sobre transações financeiras

ALF .......................... Pág. 42

Factoring de exportação cresce acima da balança comercial

Litocar ..................... Pág. 46

Grupo retalhista automóvel prevê crescer 15% este ano

Nesta edição

26 Negócios e Empresas

“Mais do que uma fórmula milagrosa, o livro é uma receita”

34 Fiscalidade

Imposto sobre as transações financeiras vai recair sobre os investidores

40 Mercados

Bolsa portuguesa volta a distinguir desempenhos no mercado de capitais

Humor económico

EDITOR E PROPRIETÁRIO Vida Económica Editorial, SA DIRETOR João Peixoto de Sousa COORDENADORES EDIÇÃO João Luís de Sousa e Albano Melo REDAÇÃO Virgílio Ferreira (Chefe de Redação), Adérito Bandeira, Ana Santos Gomes, Aquiles Pinto, Fernanda Teixeira, Guilherme Osswald, Marta Araújo, Patrícia Flores, Rute Barreira, Susana Marvão e Teresa Silveira; E-mail [email protected]; PAGINAÇÃO Célia César, Flávia Leitão, José Barbosa e Mário Almeida; PUBLICIDADE PORTO

PUBLICIDADE LISBOA [email protected]; ASSINATURAS IMPRESSÃO Naveprinter, SA - Porto DISTRIBUIÇÃO

TIRAGEM CONTROLADA TIRAGEM DESTA EDIÇÃO

14.300

4000 Município (Porto) TAXA PAGA

R

MEMBRO DA EUROPEAN BUSINESS PRESS

PASSOS COELHO

O primeiro-ministro começou a suavizar o seu discurso e alinhar mais pela

bitola de Paulo Portas. É a realidade que começa a ser demasiado dura para que o primeiro-ministro continue a olhar para o lado. O desemprego está em níveis recordes e as exportações abrandam. Muitos são aqueles que abandonam o país e a recessão continua a agravar-se. Certo é que as previsões do Governo estão a bater todas erradas, infelizmente para muito pior do que se poderia pensar. Passos Coelho está cada vez mais numa encruzilhada e sabe que terá de fazer concessões. O problema é que a margem é também cada vez mais estreita.

Vou reproduzir, com a devida vénia, uns parágrafos de um livro luminoso (que ilumina) de Rui Zink e que se chama “A instalação do medo”. Vem na página 124 (1ª ed. outubro 2012): “Era uma vez um rico cujo amigo pobre passava a vida a sarraziná-lo por causa da sua fortuna, até que um dia o rico se fartou e disse: olha lá, se dividíssemos a minha fortuna entre a população inteira do país, quanto achas que dava a cada um? O amigo pobre não queria responder, só que o rico insistiu. E lá acabou por dizer: sei lá, cinco ou dez patacas.

Então o rico foi ao porta-moedas e tirou dez patacas. “Olha, aqui está a tua parte. Agora não me chateies mais”.”

Neste espírito – estou convencido – vivem muitos neste tempo de austeridade. Uns, resignados, escondem da sociedade as suas dificuldades. Outros, indignados, gritam a sua revolta. Todos estão insatisfeitos.

Nem na pobreza há consensos!Nem na riqueza há lucidez!O tempo presente não tem ideais. Não tem

líderes, nem homens de Estado. Tudo são loucuras vulgares de gente vulgar. Vivemos as nossas vidas como “vidas instantâneas” sem estratégias de futuro. A política é apenas a

“arte de furtar” muito e depressa num tempo de pensamento líquido. Até a vida é furtada à nossa vida.

A “arte da fuga” vai a par com a de furtar. Ninguém é responsável por nada – salvo os que sofrem o castigo da “troika”, esses irresponsáveis que andaram a gastar mais do que podiam. Os políticos, do Governo ou da oposição, não assumem qualquer responsabilidade social passada, presente ou futura. A culpa morre sempre solteira.

Alguém tem de sofrer. Nada melhor, então, do que os que sempre sofreram. Até porque já estão habituados.

A política do medo tornou-se, por isso, numa forma dominante de governar levando ao descomprometimento com quaisquer valores. Quem se move e age mais rapidamente domina e quem não pode mover-se tão rapidamente é escravizado.

As notícias que chegam do futuro deixam-nos arrepiados. Não há túnel, quanto mais uma luz ao fundo do túnel! O mercado – os mercados – parece ter ganho a batalha. Nada mais conta na era em que entrámos. À nossa frente parece haver apenas deserto onde todos os caminhos estão em permanente liquefação.

Não somos donos do presente quando a democracia jaz e apodrece pelo mundo ocidental fora. E não seremos senhores do futuro sem o poder económico e o poder social que já escaparam às mãos dos políticos gasosos que nos capturaram. A inexplicabilidade do presente e a inatingibilidade do futuro é tudo quanto têm para dar à sociedade. Entretanto, dizem governar a bem do interesse nacional e para criar condições futuras de bem-estar.

Alguém tem de sofrer. Terá mesmo? E se esse sofrimento fosse partilhado por todos e, em vez de levar – como está a levar – à implosão da sociedade, visasse a promulgação de uma ordem nova e melhor?

O maior problema da Europa (e de Portugal) é que não tem voz no mundo atual. Está entregue a uma geração que nasceu e sempre viveu sem esforço num mundo dominado pela ficção científica. Deles só há que esperar, um dia destes, que entoem o “de profundis” e regressem aos seus lugares de conforto. Afinal não foi assim que fizeram os seus maiores e sem que, em geral, algo de mal lhes tenha acontecido?

Eu recuso as dez patacas.E vou continuar a chatear.

A verdade é que alguém tem de sofrerAlguém tem de sofrer. Nada melhor, então, do que os que sempre sofreram. Até porque já estão habituados.

Causas do dia-a-diaANTÓNIO VILAR [email protected]

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O empreendedorismo é o mais poderoso motor de crescimento económico e criação de empre-go. Mas, na Europa, que inicia-tiva revela maior criatividade e obtém melhores resultados no apoio à criação de empresas e de novos empregos? Para responder a esta questão, a Comissão Eu-ropeia acaba de lançar a edição de 2013 dos Prémios Europeus de Promoção da Iniciativa Em-presarial (PEIE).

A iniciativa premeia as me-lhores iniciativas públicas e parcerias público-privadas na promoção do desenvolvimento empresarial e do empreendedo-rismo. Este ano, foi acrescentada uma nova categoria que distin-gue projetos de sucesso que con-tribuem para a economia verde.

União Europeia

tem 20,8 milhões

de PME

O potencial das PME em termos de criação de emprego eleva-se a 85% de todos os no-vos postos de trabalho. Cerca de 37 % dos europeus gostariam de trabalhar por conta própria, se pudessem. Os jovens são ainda mais atraídos pelo empreende-dorismo: 45% das pessoas na faixa etária 15-24 consideram--no como uma opção de carrei-ra realista. Caso este potencial pudesse ser explorado, milhões de novas empresas poderiam ser acrescentadas aos atuais 20,8 milhões de pequenas e médias empresas (PME) existentes na UE.

Os Prémios de Iniciativa Em-presarial visam contribuir para desencadear este potencial, ao distinguir iniciativas bem-suce-didas neste domínio.

Concentrar atenções na

criação de novas empresas

“Com estas histórias de su-cesso podemos todos aprender a criar mais empregos e apoiar a recuperação da economia eu-ropeia”, declara Antonio Tajani, vice-presidente da Comissão Europeia e comissário responsá-vel pela Indústria e pelo Empre-endedorismo.

“O milagre económico na

Europa do pós-guerra partiu de atitudes e decisões arrojadas por parte de personalidades empre-endedoras. Para estimular o cres-cimento na Europa é necessário concentrar atenções na criação de novas empresas, para além de apoiar o desenvolvimento das já existentes. Os Prémios de Ini-ciativa Empresarial contribuirão para garantir o pleno aproveita-mento das enormes potenciali-dades em termos de empreende-dorismo”, acrescentou.

Categorias de prémios

São seis as categorias de pré-mios: Apoio ao desenvolvimen-to de mercados verdes e à eficácia dos recursos; Promoção do espí-rito empresarial; Investimento em qualificações; desenvolvi-mento do ambiente empresarial; Apoio à internacionalização das empresas.

Iniciativa empresarial respon-sável e inclusiva. A nova cate-goria de apoio ao crescimento sustentável será aberta a projetos que privilegiem a eficácia dos recursos e o acesso das PME a mercados verdes.

Comissão apoia

iniciativas de

empreendedorismo

Candidatos devem primeiramente concorrer a nível nacionalO concurso inclui duas fases de qualificação: os candidatos devem primeiramente concorrer a nível nacional e ser, então, elegíveis para concorrer à escala europeia. Cada país selecionará, de entre os candidatos ao concurso nacional, dois candidatos a nomear para o concurso europeu até junho de 2013.Uma lista restrita de nomeados será escolhida pelo júri europeu. Todos os nomeados dos concursos nacionais e europeu serão convidados a estar presentes na cerimónia de entrega dos prémios, que reconhece os vencedores pelos respetivos esforços e lhes proporciona a oportunidade de se

darem a conhecer num ambiente pan-europeu. Os prémios serão entregues aos vencedores numa cerimónia realizada no âmbito da Assembleia de PME 2013, em Vilnius, Lituânia, a 25 e 27 de novembro.

Contexto

Desde 2006, os Prémios Europeus de Promoção da Iniciativa Empresarial têm recompensado a excelência na promoção do empreendedorismo e das pequenas empresas a nível nacional, regional e local.

Desde que foi lançada a iniciativa,deram entrada mais de dois mil projetos, que, em conjunto, contribuíram para apoiar a criação de mais de 10 mil novas empresas. Os seus objetivos consistem em identificar e reconhecer as atividades e as iniciativas de sucesso para promover as empresas e o empreendedorismo, pôr em evidência e partilhar exemplos de melhores práticas e políticas de empreendedorismo, criar uma maior consciencialização do papel dos empresários na sociedade e incentivar e inspirar potenciais empresários.

Cerca de 37 %dos europeus gostariam de trabalharpor conta própria

Prémios contribuírampara criar de maisde 10 mil novas empresas

ATUALIDADE

Espanha financia-se a juros mais baixosEspanha financiou-se em quatro mil milhões de euros, através de emissões de curto prazo. Os juros pagos pela emissão a três meses desceram de 0,441% para 0,421%, face à anterior emissão com-parável realizada a 22 de janeiro. Já a emissão a nove meses pagou 1,144%, tendo sido a primeira realizada com esta maturidade.

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 3

“Para estimular o crescimento na Europa é necessário concentrar atenções na criação de novas empresas”, afirmaTajani, vice-presidente da Comissão Europeia e comissário responsável pela Indústria e pelo Empreendedorismo.

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ATUALIDADE

4 SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013

Empresas públicas vão precisar de parecer prévio do IGCPAs empresas públicas não financeiras vão necessitar de um parecer prévio favorável do IGCP, agência que gere a dívida do Estado, para se financiarem por prazos superiores a um ano e para opera-ções de derivados financeiros. A lei que autoriza o Governo a alterar as regras do setor empre-sarial do Estado foi esta semana publicada em Diário da República.

BBVA conta aumentar quota com redução de operadoresO presidente do BBVA, Francisco González, afirma numa entrevista ao diário alemão “Handelsblatt” que o sistema financeiro espanhol, uma vez concluído o actual processo de reestruturação, contará com apenas

seis ou sete entidades bancárias dentro de dois ou três anos. E conta que o BBVA aumente a sua quota atual de 12,5% para cerca de 20%.

TERESA [email protected]

As empresas que contratem jovens entre os 18 e os 30 anos, desempregados ou à procura do primeiro emprego, têm disponí-veis, a partir desta semana, no-vos incentivos, concedidos pelo Governo no âmbito do Regula-mento do Sistema de Incentivos de Apoio Local a Microempresas, publicado a semana passada em Diário da República (Portaria n.º 68/2013, de 15 de fevereiro, do Ministério da Economia).

A dotação orçamental global dirigida a este sistema de incen-tivos é de 25 milhões de euros, sendo 12 milhões afetos ao Pro-grama Operacional (PO) Norte, 7,5 milhões ao PO Centro, 3,5 milhões ao PO Alentejo e dois milhões ao PO Algarve.

Integrante da Política de Crescimento, de Emprego e de Competitividade adotada pelo Governo, no âmbito do progra-ma Valorizar, estes apoios são complementares, em termos de cobertura do território, em in-vestimentos superiores a cinco mil euros à ação “Criação e de-senvolvimento de microempre-sas” financiada pelo PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural).

Incentivo às empresas pode chegar a 1,65 vezes do valor do IAS

Os projetos, cuja duração para efeitos dos incentivos é de 18 me-ses, devem apresentar um valor de investimento elegível inferior a cinco mil euros e devem condu-zir à criação líquida de postos de trabalho, não sendo para tal con-siderados os sócios e gerentes das empresas, bem como trabalhado-res de outras empresas do grupo. E cada promotor apenas poderá ter um único financiamento aprovado por estabelecimento.

Poderão ser financiados até dois postos de trabalho, sendo que o incentivo consiste num montante fixo, por posto de tra-balho, correspondente ao valor do Indexante de Apoios Sociais (IAS – 419,22 euros, a valores de 2013) para o trabalhador sem en-sino secundário completo, mul-tiplicado por 12 vezes. Paralela-mente, para o trabalhador com ensino secundário completo ou ensino pós-secundário completo, o incentivo pode chegar a 1,25 vezes do valor do IAS (524,02 euros). E se o trabalhador tiver licenciatura ou mestrado o incen-tivo pode ir a 1,65 vezes o valor do IAS (691,71 euros), multipli-cado por 12 vezes.

Acresce a isto que os postos de trabalho preenchidos por jovens entre os 18 e os 30 anos, desem-pregados ou à procura do primei-ro emprego inscritos no centro de emprego há pelo menos qua-tro meses, terão uma majoração de 50% aplicada aos valores já referidos.

O pagamento do incentivo ao investimento é feito, a primei-ra parte, em 50%, a título de adiantamento, aquando da cele-bração do contrato de concessão de incentivos. Os restantes 50% serão pagos passados seis meses do pagamento desse adianta-mento.

O Ministério da Economia esclarece ainda, na Portaria aca-bada de publicar, que os apoios concedidos no âmbito deste re-gulamento não são acumuláveis com outros apoios diretos ao em-prego aplicáveis ao mesmo posto de trabalho, nomeadamente com a medida Estímulo 2012, previs-ta na Portaria n.° 45/2012, de 13 de fevereiro, com a medida de Apoio à Contratação via Reem-bolso da TSU prevista na Portaria n.° 229/2012, de 3 de agosto, ou ainda com os apoios à contrata-ção previstos no âmbito dos SI QREN.

PORTARIA DE REGULAMENTAÇÃO JÁ FOI PUBLICADA E ENTROU EM VIGOR ESTA SEMANA

Empresas têm novos incentivos à contratação de jovens desempregados

PUB

O empregador que celebre contrato de trabalho com jovens, entre os 18 e os 30 anos de idade, desempregados há mais de seis meses, poderá beneficiar de um reembolso da TSU que poderá chegar aos 100% do montante mensal pago, durante 18 meses. O período de candidaturas abriu a 18 de fevereiro de 2013. O total do benefício poderá atingir os 3150 euros.

O empregador, quando cele-bre contrato trabalho, a tempo completo ou parcial, com jovens com idade entre os 18 e os 30 anos, inscritos como desempre-gados há pelo menos seis meses consecutivos, poderá usufruir do reembolso, total ou parcial, das contribuições obrigatórias pagas à segurança social.

A medida consta da Portaria n.º 65-A/2013, de 13 de feve-reiro. Este diploma altera o re-gime de apoio à contratação via reembolso da Taxa Social Única para jovens desempregados, de-signadamente, ao nível da elegi-

bilidade de jovens inscritos como desempregados registados há pelo menos seis meses ou daqueles que se encontrem em situação de ina-tividade após conclusão dos estu-dos há pelo menos um ano, bem como através do alargamento do apoio aos contratos de trabalho a tempo parcial.

Os objetivos desta medida, que se dirige tanto a pessoas singulares como coletivas, de di-reito privado, com ou sem fins lucrativos, são “promover o cres-cimento do emprego dos jovens, esbater a segmentação existente no mercado de trabalho e incen-tivar a contratação de jovens de-sempregados de longa duração, através da redução dos encargos financeiros associados a novas contratações”.

As limitações

O reembolso da TSU paga mensalmente poderá ser de 100%, se o contrato de trabalho for sem termo, ou de 75%, se o contrato de trabalho for a ter-mo certo, sendo que, em ambos os casos, não pode exceder 175 euros mensais. Note-se também que o período máximo de du-ração do apoio é de 18 meses. O montante total do benefício poderá atingir assim os 3150 euros.

Cada entidade empregadora não pode contratar mais de 20 trabalhadores ao abrigo da pre-sente medida, exceto se se tratar de projetos considerados de in-teresse estratégico para a econo-mia nacional ou de determinada região.

MEDIDA EM VIGOR DESDE O DIA 18 DE FEVEREIRO

Contratação de jovens com “desconto” na TSU de 3150 euros

O reembolso da TSU paga mensalmente poderá ser de 100%, se o contrato de trabalho for sem termo.

Procedimento para a Obtenção do Apoio

1.º passo - o empregador deve registar a oferta de emprego e a intenção de beneficiar do apoio no Portal do NetEmprego (www.netemprego.gov.pt), podendo identificar o desempregado que pretende contratar.

2.º passo - validação da oferta e das condições de elegibilidade do desempregado a contratar ou apresentação, por parte do centro de emprego, de desempregados que reúnam as condições exigidas pela medida e os requisitos da oferta apresentada;

3.º passo – candidatura no prazo máximo de 5 dias úteis a contar da data de celebração do contrato de trabalho;

4.º passo – notificação da decisão no prazo de 15 dias úteis após apresentação da candidatura.

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TERESA [email protected]

Vida Económica – Entraram em vigor esta semana os novos incentivos a microempresas do interior, no âmbito do Progra-ma “Valorizar”. Estes apoios são dirigidos a que setores de atividade, especificamente?

António Almeida Henriques - Estamos a falar dos primeiros in-centivos empresariais do QREN exclusiva e especificamente diri-gidos a apoiar as microempresas do interior. É uma marca. Os territórios e o interior saem aqui a ganhar. O objetivo é estimu-lar o empreendedorismo local nos concelhos com problemas de interioridade, numa lógica de crescimento, emprego e coe-são. Acreditamos ainda que, por esta via, criamos oportunidades para valorizar economicamente os recursos dos territórios. Se-jam turísticos, agroalimentares, culturais, rurais ou ambientais. Ao nível dos setores de atividade,

estão abrangidos a indústria, o comércio, transportes e logística e serviços.

VE - Que expetativas de ade-são tem para este Programa? As microempresas estão sufi-

cientemente capitalizadas e motivadas para investir neste momento?

AAH - As condições oferecidas são muito favoráveis. Nomeada-mente no apoio à criação de postos de trabalho [ver notícia ao lado] e

na percentagem de incentivo con-cedido a fundo perdido. Por ou-tro lado, orientámos 200 milhõesde euros do Investe QREN para financiar estes e outros projetosempresariais no interior, em exce-lentes condições de crédito.

Podemos encarar este conjunto de medidas como um estímulopositivo ao interior, num contexto económico especialmente adver-so. Por outro lado, insisto: estes apoios destinam-se exclusivamen-te a microempresas e a projetos deempreendedorismo local. Esta-mos a falar, portanto, de montan-tes de investimento sustentáveis. No limite, até 25 mil euros.

VE - A dotação orçamental deste incentivo é de 25 milhõesde euros, sendo 12 milhõesafetos ao PO [Programa Opera-cional] Norte, 7,5 milhões ao PO Centro, 3,5 milhões ao POAlentejo e dois milhões ao POAlgarve. Parece-lhe suficiente,sobretudo a verba afeta ao PONorte, quando se sabe que o grosso do tecido empresarial é constituído por microempresas e que a maioria está, precisa-mente, a Norte?

AAH - Recordo que estes fun-dos serão integralmente aplicados em 2013. Não se trata de um or-çamento de longo prazo ou para vários anos. É para ser injetado na economia no curto prazo, no apoio às microempresas do inte-rior, e até ao final deste ano. Sejacomo for, dependendo da adesão e das disponibilidades do QREN, os fundos poderão ser reforçados.

VE – Referiu há pouco na orientação de 200 milhões de euros, no âmbito da linha de empréstimo Investe QREN,para financiar projetos empre-sariais nos concelhos com pro-blemas de interioridade. Quan-do e em que condições é que essa verba estará disponívelpara as empresas?

AAH - A linha está já opera-cional e disponível nos balcões dos bancos. As empresas pode-rão apresentar já as candidaturas. Trata-se, no fundo, de uma orien-tação do Investe QREN para es-timular investimentos económi-cos nos territórios do Interior.É uma medida de discriminaçãoterritorial positiva, oferecida em condições muito favoráveis demercado.

Fisco já recebeu 12 milhões de faturasA Administração Tributária e Aduaneira já recebeu 12 milhões de faturas, tendo em conta a dedução de parte do IVA no IRS, nos âmbitos da restauração, das oficinas de reparação auto-móvel, dos cabeleireiros e do alojamento. A restauração, por si só, foi responsável pelo envio de 11,6 milhões de euros, apenas no primeiro mês em que teve início o novo regime de fa-turação. Sobre a matéria, Paulo Núncio, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, adiantou que “esta reforma é difícil porque ataca a economia paralela e a subfaturação, desafia interesses instalados e rompe hábitos culturais”.

Bruxelas apela a um maior enfoque nas políticas sociaisA Comissão Europeia pediu aos Estados-membros para darem mais atenção ao investimento so-cial e à modernização do modelo social europeu. O que implicará colocar no terreno estratégias de inclusão mais ativas e consistentes. Por outro lado, Bruxelas quer que os orçamentos sociais sejam utilizados com uma maior eficácia. A intenção passa por reduzir o risco de fratura social, o que, a acontecer, implicará seguramente uma despesa social ainda mais alta no futuro.

ATUALIDADE

MEDIDA DO PROGRAMA VALORIZAR É FINANCIADA COM 200 MILHÕES DA LINHA INVESTE QREN

Governo injeta 25 milhões do QREN nas microempresas do interior

“As condições oferecidas são muito favoráveis, nomeadamente no apoio à criação de postos de trabalho e na percenta-gem de incentivo concedido a fundo perdido”, realçou António Almeida Henriques à “Vida Económica”.

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 5

Cerca de 1250 empresas de 177 concelhos das regiões do Norte, Centro, Alentejo e Algarve com problemas de interioridade têm disponíveis, a partir desta semana e durante este ano, 25 milhões de euros do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013), para apoiar projetos de empreendedorismo local até 25 mil euros.Em entrevista à “Vida Económica”, o secretário de Estado da Economia e do Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques, garante que “as condições são muito favoráveis”, quer no apoio à criação de emprego quer no incentivo a fundo perdido (50%, excluindo emprego) para cada investimento. “Os territórios e o interior saem aqui a ganhar”, diz.

Candidaturas avaliadas em 15 dias

Os novos incentivos do QREN a microempresas do interior no âmbito do programa Valorizar, que arrancaram esta semana, estão limitados a investimentos entre os cinco mil e os 25 mil euros e a sua realização tem um prazo máximo de 18 meses. O incentivo não reembolsável é de 50% do investimento elegível, para além dos apoios à criação de emprego nele previstos.Entre as medidas do programa, está também a orientação de 200 milhões de euros, no âmbito da linha de empréstimo Investe QREN, para financiar estes projetos, que já se encontra “operacional e disponível nos balcões dos bancos”.O Ministério da Economia garante que, “no mínimo, serão beneficiadas 1250 empresas e gerados outros tantos postos de trabalho”, mas que os apoios poderão “vir a abranger cinco mil empresas e criar 10 mil empregos diretos”.A primeira fase destes concursos termina a 1 de abril, sucedendo-se novas fases de forma contínua, em períodos de dois meses, até ao final de 2013. Os projetos de candidatura terão de ser avaliados em apenas 15 dias.

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FERNANDA SILVA [email protected]

Apesar da “dura realidade” que marca a atualidade da economia portuguesa, “com o consumo em queda, com o aumento de impostos, a ineficiência dos tribunais, a au-sência de investimentos e a incerteza sobre a manutenção da paz social, que são uma “dura realidade” do presente, o presidente da direção da FNABA continua a acreditar que vale a pena empreender em Portugal.

“De facto, o período que estamos a viver é de uma enorme instabilidade, mas, ao mesmo tempo, é também propício a no-vas oportunidades. Não digo que seja fácil identificar o que está a mudar e como res-ponder a isso, mas reconheço que os agentes inovadores podem ver neste momento novas oportunidades que os convidam a empreen-der”, afirma Francisco Banha.

Nesse sentido, o docente de empreende-dorismo do ISEG lembra que, “enquanto a economia está a mudar e a sociedade altera os seus padrões de compra, muitas empresas

estão e vão certamente fechar portas, quer seja por inadaptação, por quebra nas ven-das, por dívidas de clientes ou muitos outros motivos” e que outras haverão, existentes ou novas, de “descobrir que devem formatar os

seus produtos e serviços às novas necessida-des e às novas referências de valores, que po-dem usar novos modelos de negócio mais re-sistentes a tempos conturbados e que podem encontrar na ausência dos que definham um novo mercado de oportunidades”.

Reforçando esta convicção, Francisco Ba-nha desafia os jovens empreendedores nacio-nais (ver caixa) a apresentarem aos BA exis-tentes em cada região “projetos devidamente estruturados”, nomeadamente nas áreas da ciência alimentar, da biomedicina e das tec-nologias verdes, e recorda que existem ainda cerca de 32,8 milhões de euros disponíveis para apoiar projetos inovadores. Esta quan-tia encontra-se disponível até junho de 2014 em 54 entidades-veículo, criadas para for-malizar os investimentos, e acresce aos cerca de 9,2 milhões de euros já disponibilizados, ao longo dos últimos dois anos, por mais de duas centenas de investidores, a 69 projetos e que resultaram na criação de “quase seis dezenas” de empresas com “elevado poten-cial de crescimento e valorização”.

Investidores “são muito seletivos nas suas escolhas”

Confrontado com a atual dificuldade na obtenção de financiamento bancário por parte das empresas e dos empreendedores, em particular, o líder da FNABA concede que “com as restrições existentes no acesso ao crédito e à ausência do setor do capital de risco formal nos negócios emergentes”, os BA “têm sobre si cada vez mais responsabi-lidade no financiamento desta tipologia de negócios”.

Todavia, Francisco Banha salienta que os investidores “são muito seletivos nas suas escolhas” e que o seu envolvimento “não é compatível com todos os tipos de negócios”. “Muitos dos projetos que se apresentam às redes de BA, muitos dos quais acabam in-clusivamente por não obter qualquer inves-timento, não se encontram devidamente

FRANCISCO BANHA, PRESIDENTE DA DIREÇÃO DA FNABA, GARANTE

Business Angels têm 32,8 milhões para apoiar empreendedoresExistem cerca de 32,8 milhões de euros para investir, até Junho de 2014, em projetos “semente”, isto é, projetos de negócio criativos e inovadores lançados por empreeendedores. Esse capital financeiro está nas mãos dos investidores conhecidos como “business angels” ou, em português, “anjos de negócio”. Quem o afirma é Francisco Banha, presidente da FNABA - Federação Nacional de Associações de Business Angels, que, à margem de um almoço-debate sobre “Como empreender em Portugal”, falou à “Vida Económica”.

Bens de consumo podem não chegar aos supermercadosA Associação Portuguesa de Operadores Logísticos (APOL) admite que, a 1 de maio, com a entra-da em vigor das alterações ao regime de bens em circulação, pode ficar comprometida a entrega de mercadorias e de bens de consumo aos Portugueses. Uma dessas alterações implica a necessidade de uma comunicação prévia à Autoridade Tributária de qualquer transporte de mercadorias, com a AT depois a emitir um código a figurar no documento de transporte. A APOL refere que é dema-siada burocracia que pode condicionar o desenrolar normal da cadeia de abastecimento.

Colt Resources com concessão de minas em Tabuaço e PenedonoA Colt Resources, representada pelo seu presidente Nikolas Perrault, assinou esta semana com o Governo português os contratos de concessão experimental das minas de tungsténio no Tabuaço e de ouro em Santo António (Penedono). O evento decorreu no Convento de S. Pedro das Águias, em Tabuaço, e contou com a presença do ministro da Economia e Empre-go, Álvaro Santos Pereira.

ATUALIDADE

6 SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013

Francisco Banha lança desafio aos potenciais empreendedores

Aproveitado a oportunidade, o presidente da direção da FNABA lançou um desafio aos potenciais empreendedores leitores da “Vida Económica”.“À medida que a população mundial cresce para nove mil milhões, não estão de acordo que contribuiríamos imenso para as necessidades que essa comunidade vai possuir se identificássemos oportunidades de investimento na ciência alimentar, na biomedicina e/ou nas tecnologias verdes? Se têm projetos devidamente estruturados, nomeadamente nas áreas citadas, de que estão à espera para os apresentar aos Business Angels que se encontram na área geográfica da vossa residência?”Ainda assim, Francisco Banha recomenda aos potenciais empreendedores “que se preparem para reunir com os investidores, apresentando uma atitude otimista, não esperando que estes comecem a encontrar falhas na apresentação. Em vez disso, tomem a liderança e antes que os investidores possam perguntar, digam-lhes que, embora não antecipem problemas se encontram preparados, demonstrando-o de forma objetiva, para lidar com eles… se estes aparecerem!”

Vale a pena empreender em Portugal, assegura Francisco Banha.

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estruturados e são empresas ou projetos que demonstram ser inviáveis”.

Ainda assim, o mesmo responsável lembra que, de uma forma geral, os Business Angels e o Venture Capital investem em pessoas, não em tecnologia ou mesmo geografias”. Nesse sentido, “um empreendedor, bem preparado e totalmente comprometido com o projeto, com um argumento bem funda-mentado sobre como pretende resolver um problema de um determinado mercado, captará certamente a atenção dos investido-res”. “Claro que a ideia é importante, assim como o tamanho do mercado, os rendimen-tos e os custos, mas mais importante que es-ses fatores é o empreendedor e a equipa que a vai implementar”, assegura.

Business Angels são agentes do empreendedorismo

Questionado acerca do papel dos Business Angels na promoção do empreendedorismo em Portugal, Francisco Banha começa por sublinhar que “desenvolver uma cultura e um sistema de empreendedorismo nacional é um fenómeno sistémico” onde se “interli-gam múltiplos fatores e instituições” que vão desde as agências e organismos do governo às incubadoras, aceleradoras, parques tecno-lógicos, universidades, até aos instrumentos de financiamento.

Fazendo parte desse ecossistema, a Comu-nidade Portuguesa de Business Angels “tem vindo a desempenhar, de forma bastante pró-ativa, um papel deveras importante na dinamização de uma nova geração de em-preendedores, através do “apport” da sua ex-periência empresarial, tecnológica e das suas redes de contactos de maneira a assegurar o êxito do projeto no qual investiu inclusiva-mente o seu próprio dinheiro”.

Por tudo isto, a atividade dos BA no Ecos-sistema Empreendedor nacional tem passa-do pelo apoio sobretudo pela procura, iden-tificação, assessoria e preparação de bons projetos de investimento; pela realização de ações de formação para empreendedores e na divulgação ativa do conceito de BA jun-to dos atores locais; e no estabelecimento de mecanismos de “matching” e de encontro, tanto presencial como através de plataformas digitais, da oferta e da procura que tenham em conta os requisitos de tomadas de parti-cipação em novos projetos empresariais.

de euros

O período que estamos a viver é de uma enorme instabilidade, mas, ao mesmo tempo, é também propício a novas oportunidades.

EMPRESAS VÃO PASSAR A DESCONTAR 0,925% + 0,075% DA MASSA SALARIAL MENSAL

Fundo de Compensação do Trabalho agrava custos salariais em 1%TERESA [email protected]

O Fundo de Compensação do Trabalho e o Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho, que o Governo vai criar a partir das contribuições das empresas (0,925% + 0,075% da massa salarial mensal) para assegurar o pagamento de até metade das compensações por despedimento dos novos trabalhadores, vão entrar em vigor ao mes-mo tempo. Em simultâneo passará a vigorar a nova legislação, que também está a ser dis-cutida com os parceiros sociais, sobre a re-dução das indemnizações por despedimento. O ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares, garantiu esta semana que tal deverá ocorrer “num prazo de nove a 12 meses”.

As empresas não vão escapar aos dois novos fundos que o Governo quer criar: o Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) e o Fundo de Garantia de Com-pensação do Trabalho (FGCP). A menos que pretendam subscrever um mecanismo privado equiparado, com uma seguradora, em condições mais favoráveis.

Assim, para lá dos salários mais a respe-tiva taxa social única (23,75% da retribui-ção) que as mesmas habitualmente já têm de suportar, vão ter de passar a descontar 0,925% + 0,075% da massa salarial dos novos trabalhadores todos os meses.

O FCT, cuja criação estava prevista no Compromisso para o Crescimento, Com-petitividade e Emprego assinado a 18 de janeiro de 2012, é de capitalização indi-vidual e servirá para pagar até metade das indemnizações por despedimento dos novos contratos. Já o FGCT é de matriz mutualista e visa ajudar a suportar metade das compensações nos casos de empresas em situação de insolvência e/ou incumpri-mento por outra causa.

FCT e FGCT serão supervisionados pelo Banco de Portugal

Há, porém, uma novidade. Se o traba-lhador vier a sair da empresa por iniciativa própria e sem justa causa (rescisão unilate-ral simples), o valor descontado pela em-presa para o FCT para aquele colaborador é devolvido à entidade patronal.

Não estando ainda completamente fe-chada a negociação sobre a matéria, a reunião desta semana entre o Governo e os parceiros sociais permitiu avançar nas negociações e, depois dos contributos re-colhidos nesta reunião, o Governo com-prometeu-se, pela voz do ministro Pedro Mota Soares, a enviar, “ainda esta semana”, a proposta final do documento que dará origem ao novo diploma.

O governante assegurou ainda, no final da reunião de concertação social, que o FCT e o FGCT deverão funcionar com “transparência” e que irão ter “um meca-nismo de supervisão quer do Banco de Portugal, quer do Instituto de Seguros de Portugal”.

O ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares, garantiu que a nova legislação deverá ocor-rer “num prazo de nove a 12 meses”.

ATUALIDADE

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 7

Renegociação da dívida pode resultar em corte de 15 mil milhõesO BPI admite que uma eventual renegociação do resgate financeiro a Portugal poderá condu-zir a um corte de 15 mil milhões de euros, caso fossem dadas as mesmas condições que foram atribuídas à Grécia. O que implicaria um alargamento do prazo de pagamento do empréstimo de 15 para 30 anos, um período de carência de pagamento de juros de dez anos e uma redução da taxa de juro de 3% para apenas 1,9%.

Portugal colocou mais 1,5 mil milhões em dívidaA colocação de dívida que ocorreu nesta semana correu bem a Portugal, com o país a garantir mais 1,5 mil milhões de euros de curto prazo. O leilão de bilhetes do tesouro a três e 12 meses possibilitou a colocação do valor máximo do montante indicativo. A maioria do montante colocado foi a um ano, 1155 milhões de euros. Foi a primeira vez que Portugal voltou ao mercado, depois de ter emitido dívida de longo prazo desde o pedido de resgate. Os juros cifraram-se em 1,277%, abaixo do último leilão de há cerca de um mês.

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“Aceita submeter-se a um exame para justificar a Licenciatura?”, “não gostamos de si nem do Governo”, “o que é preciso para o Governo se demitir?” foram algu-mas das questões com que Miguel Relvas foi confrontado esta semana num debate no Clube dos Pensadores, em Vila Nova de Gaia.

“A saída do atual Governo será uma op-ção dos portugueses em 2015” – afirmou Miguel Relvas. “Peçam-nos os resultados no fim do mandato”, afirmou o ministro aos convidados do Clube dos Pensadores.

“Não fomos nós que pusemos Portugal na bancarrota”, afirmou Miguel Relvas. E acrescentou que não seria possível em 17

meses corrigir os erros de 10 anos de go-vernação.

Relvas disse que “os problemas do país têm que ser vistos de uma forma global”. “Os portugueses devem “acreditar que em 2015 Portugal estará melhor que aquilo que está hoje”.

Para o ministro adjunto, “a questão não está na refundação, mas na redefinição das funções do Estado”.

Num ambiente adverso, Miguel Relvas respondeu a todas as questões que lhe fo-ram colocadas, mantendo uma atitude se-rena e positiva, mesmo quando era inter-rompido nas suas afirmações.

O debate teve alguns incidentes. Logo

no início, o ministro foi interrompido por protestos de cerca de duas dezenas de pes-soas, que cantaram “Grândola Vila More-na” e pediram a sua demissão.

O ministro ainda tentou dirigir-se aos manifestantes, mas a sua voz foi abafada pelos protestos. “Podemos cantar todos”, disse Miguel Relvas, sempre sorridente, tentando ainda entoar algumas passagens da canção de José Afonso.

Perante o pedido de respeito pelo Clube dos Pensadores e pelos outros convidados formulado por Joaquim Jorge, os partici-pantes “indignados” abandonaram a sala por sua iniciativa e sem incidentes.

“Este debate é o mais difícil que fiz na minha vida”, reconheceu Joaquim Jorge, salientando que o Clube dos Pensado-res tem recebido convidados de todos os quadrantes políticos, de direita, esquerda, sindicalistas, empresários, sendo um espa-ço de liberdade de expressão e participação cívica.

“Não vim aqui para ser julgado, mas minha vida é clara”, afirmou o ministro Adjunto, que acrescentou não ter nada a esconder.

Perante as críticas com que foi confron-tado, Miguel Relvas afirmou que o pior que pode acontecer a um governante é amedrontar-se.

Automóvel de Mota Soares foi comprado por Carlos Zorrinho

Miguel Relvas foi confrontado com o facto de o ministro Mota Soares ter ao seu serviço um automóvel que custou 170 mil euros.

O ministro explicou que o automóvel em causa foi encomendado pelo ex-secre-tário de Estado Carlos Zorrinho no Gover-no anterior. Na impossibilidade de anular a compra desse automóvel decidida pelo Governo de José Sócrates, foi decidido co-locar a viatura ao serviço do Ministério de Mota Soares.

MIGUEL RELVAS NO CLUBE DOS PENSADORES

Portugal vai melhorar até 2015

O BCP vai continuar a pagar a Jorge Jardim Gonçalves uma reforma mensal de 175 mil euros e um conjunto de re-galias que incluem automóvel, motorista, avião particular e segurança particular. O Tribunal da Relação de Lisboa confirmou a decisão do Tribunal de Sintra que se considerara incompetente para julgar este processo.

Para diminuir a reforma paga ao ex-pre-sidente, a administração do BCP terá que propor uma nova ação judicial.

No imediato, Jardim Gonçalves conse-guiu evitar que a ação do BCP fosse julga-da quanto ao fundo, ganhando a questão com argumentos processuais. Ao solicitar que o tribunal determine o ajustamento da

reforma do antigo banqueiro à “remunera-ção fixa mais elevada auferida pelos admi-nistradores em exercício”, o BCP está a re-querer a nulidade de uma decisão social do banco. Ora, este tipo de decisões só pode ser tomada pelo Tribunal do Comércio, re-fere o Tribunal da Relação.

A ação judicial que deu origem à de-cisão da Relação foi apresentada pelo BCP ainda durante o mandato de Car-los Santos Ferreira. Nessa altura, a ad-ministração tentou negociar com todos os antigos administradores um corte das pensões, tendo chegado a acordo com vários ex-gestores, com exceção de Jar-dim Gonçalves.

O BCP fundamentou a ação judicial

no facto de o Código das Sociedades Co-merciais e o Código Civil estipularem “não poder o montante das prestações de refor-ma ultrapassar a remuneração fixa mais elevada auferida pelos administradores em exercício”.

O salário mais elevado pago ao antigo presidente do BCP, Santos Ferreira, era de 620 mil euros anuais, ou seja, de 44 mil euros por mês, tendo em conta 14 presta-ções mensais. Posteriormente, a remunera-ção da administração foi reduzida em 50% com o apoio do Estado à recapitalização do banco.

Jorge jardim Gonçalves está a receber uma reforma de 2,45 milhões de euros por ano.

Tribunal incompetente mantém reforma de 175 mil euros a Jardim Gonçalves

Obviamente, demitiu-se!

Às vezes, é necessário entrar na política

pura e dura. Confesso, nestas alturas, que tenho sempre algum desconforto e embaraço. Sou, basicamente, um homem do terreno e não um homem de gabinete. Gosto de contactar com a realidade das coisas, onde elas acontecem verdadeiramente. Aprecio falar com as pessoas no seu “habitat” natural, trocar experiências, ideias, conhecimentos. Aprendemos sempre mais alguma coisa que não está nos livros nem na internet.

Não desvalorizo as estatísticas, os números, as projeções. Mas uma análise mais burocratizada deve sempre ser acompanhada da sua confirmação no país real, das pessoas, das empresas, dos processos. Confrontado hoje com a notícia da demissão de um secretário de Estado do Ministério da Agricultura (mais Mar Ambiente e Ordenamento do Território), fui procurar saber das razões.

Sigo, como sabem os meus leitores, aqui ou no meu blog ou no facebook ou em muitas outras publicações, generalistas e especializadas, onde publico os meus artigos, com muita atenção tudo o que se passa no mundo rural e no palco da política. Por isso, mantenho-me a par da actividade do Ministério de Assunção Cristas, assim como da empenhada e dedicada atividade da ministra.

Dizia eu que “fui saber das razões” da demissão do tal secretário de Estado. E não podia ficar mais estupefacto, se é que na política portuguesa alguém ainda se dá ao luxo de ficar estupefacto. Segundo os jornais, o secretário de Estado demitiu-se porque o Ministério de Assunção Cristas é “cada vez mais dominado pela área da agricultura”. Lamento dizê-lo, mas ainda bem que esse secretário de Estado se demitiu. É que anda muito distraído com o que se passa no país e no Ministério de que fazia parte.

Então não ouviu o Presidente da República defender que a agricultura era um desígnio nacional? Então não ouviu o Primeiro-Ministro e o Ministro Paulo Portas definirem a agricultura como uma das prioridades da governação?

Então não sabe que em média, cada mês, entram mais de 200 jovens na agricultura; este sector económico tem sido o único a criar emprego líquido em Portugal; as exportações agrícolas estão em alta; os novos projectos agrícolas incorporam grandes investimentos em investigação e desenvolvimento e em inovação; pela primeira vez, que eu tenha memória, o Priministro-Ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros, empenharam-se politicamente no reforço dos apoios à agricultura no seio das negociações sobre o Orçamento Comunitário.

E se tudo isso é assim, o que é que o demissionário secretário de Estado queria que a ministra Assunção Cristas fizesse? É evidente que Assunção Cristas, tutelando um megaministério, está a priorizar o sector que tem uma maior e decisiva importância para a economia nacional. Claramente, a ministra Assunção Cristas não anda distraída.

JOSÉ MARTINOengenheiro agrónomojosemartino.blogspot.com

ATUALIDADE

8 SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013

Governo estuda lançamento de novos produtos de poupançaO Governo está a estudar a possibilidade de lançar novos produtos de poupança para particulares, de acordo com a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP). Os novos produ-tos deverão ser conhecidos dentro de quatro meses, sendo que a intenção é desenvolver produtos de prazo mais alargado para o retalho. “Podem ser produtos com taxas de juro crescentes a taxas de juro fixas, sendo crucial que a informação seja clara e transparente”, segundo aquela agência, que salienta a necessidade de reconstruir a credibilidade do Estado junto dos aforradores.

Gaspar admite revisão das perspetivas de desempregoO ministro das Finanças, Vítor Gaspar, admite que é necessário rever as perspetivas de desem-prego. É que o Governo tinha avançado com uma taxa de 16% para este ano, o que se reve-la impossível, face aos dados mais atuais. No entanto, o governante não se compromete com qualquer número. O ministro considera que um aspeto central na estratégia do Governo é a manutenção do envelope financeiro do programa de ajustamento e que não é necessário um pedido de mais dinheiro.

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ATUALIDADE/Opinião

Associação Comercial do Porto promove ciclo de conferênciasA Associação Comercial do Porto vai promover o IV Ciclo das “Conferências do Palácio”. Os trabalhos vão decorrer no Palácio da Bolsa, sob o tema “A economia sob o olhar dos grandes economistas”. A primeira sessão tem lugar no dia 23 abril e conta com a participação de Da-niel Bessa e José da Silva Lopes. O modelo das conferências sofre alterações, já que as mesmas decorrem em forma de debate, com dois economistas de referência e um moderador da área do jornalismo com ligações à cidade do Porto.

Financiamento da economia em análise na AIP Sérgio Rebelo, professor de finanças internacionais na Kellogg School of Management daNorthwestern University, é o próximo académico português com notoriedade internacio-nal, convidado da Associação Industrial Portuguesa a participar nos “Encontros da Jun-queira”, a realizar no dia 27 de fevereiro, às 17h00, no Centro de Congressos de Lisboa. Belmiro de Azevedo (Sonae), José Bento (Efacec), Vítor Bento (SIBS), Fortunato Frederi-co (Kiaya) e Rodrigo Costa (ZON) integram, entre outros, o painel de 30 personalidades participantes.

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 9

O que fazer para criar uma elevada empatia com o seu potencial cliente? Como interessá-lo pelo seu produto ou serviço?

Quando entra pela porta de seu po-tencial cliente, o que é que diz: “Fale--me um pouco sobre o seu negócio”. O que é que lhe parece? Na minha opinião, MUITO MAL. Não está preparado. Pior seria: “Deixe-me falar-lhe um pou-co sobre o meu negócio”.

O seu cliente não quer saber do seu negócio e, provavelmente, já sabe o su-ficiente para não querer ouvir falar dele novamente.

Não aborde o seu cliente a partir de uma base de TOTAL IGNORÂNCIA.

Prepare-se! Prepare-se! Prepare-se!

Aqui vão algumas dicas que o podem ajudar a preparar-se melhor…

Pesquise informação na internet. O website do seu cliente é uma fonte pri-vilegiada de informação. Esteja atento, porque, normalmente, está desatuali-zado. Procure também nos motores de pesquisa. Introduza o nome da empre-sa dele no Google ou noutros motores de busca. Experimente o dogfile.com e veja o que lhe aparece. Com frequência encontra informação útil. Depois, in-troduza o nome da pessoa com quem se vai reunir.

Analise a concorrência do seu clien-te. Faça o mesmo, pesquise primeiro na internet.

Visite o cliente e procure conhecer o

cliente do seu cliente. É o cliente do seu cliente que lhe pode transmitir a verda-deira posição competitiva da empresa, da sua organização, qualidade de servi-ço, etc. Falar com o cliente do seu clien-te pode dar-lhe uma vantagem muito subtil.

Converse com os colaboradores do seu cliente. Mantenha uma conversa agradá-vel, sempre dentro do seu nível ético.

Se possível, converse com os vendedo-res do seu cliente. É uma das fontes mais preciosas de informação. Conseguirá de-talhes inimagináveis.

Preparar-se significa recolher informa-ção VITAL para a resposta ás perguntas: “Porque é que o cliente deve comprar o seu produto?”e “Porque é que lhe deve

comprar a si e á sua empresa?”A preparação adequada requer tem-

po. Mas posso assegurar-lhe que, cau-sará um impacto forte no seu potencial cliente. O seu cliente aperceber-se-á que você se preparou, e ficará silenciosamen-te impressionado. É uma vantagem que poucas empresas usam… E você pode conseguir ficar um passo à frente da sua concorrência.

CLARO, não se esqueça de também fazer uma pesquisa sobre si: introduza o seu nome e o da sua empresa na internet e veja o que lhe aparece. O seu cliente, se for prudente, irá fazê-lo…

Comece já e coloque a Sua Empresa um passo à frente da sua concorrência!

Prepare-se antes de abordar os seus clientes…

AZUIL BARROSEspecialista no Crescimento de NegóciosPartner&Diretor Geral www.QuantumCrescimentoNegocios.com

O Instituto de Competitivida-de da Universidade de Harvard criou o “Competitiveness Hall of Fame” para certificar o com-promisso de personalidades que se destacam por sua contribuição para a competitividade de seus pa-íses e por suas contribuições para a rede MOC (Microeconomia de Competitividade) - liderado por Harvard - composto por mais de 100 universidades em cinco con-tinentes trabalhando em rede.

Em dezembro passado, na reu-nião anual da rede MOC, foram entregues as primeiras distinções às pessoas que integraram o re-ferido “Competitiveness Hall of Fame”. Com profunda satisfação e orgulho, devo anunciar que a primeira nomeação foi para o meu irmão, Jon Azua, pela sua contri-buição notável para o desenvol-vimento da competitividade do País Basco, o desenvolvimento do Instituto de Competitividade (Orkestra) e pela potenciação da rede MOC no mundo (Harvard dixit).

Como irmão, orgulho-me pela distinção recebida. Creio que é justo reconhecer que Jon tem sido uma referência constante na mi-nha vida, não apenas com base no amor fraternal, mas também pelo compromisso permanente com o desenvolvimento de um projeto

de país competitivo nacional - ge-rador de riqueza e coesão social - para o País Basco, que tem sido amplamente utilizado como uma referência em muitas instâncias internacionais.

Esta distinção, embora com uma alto componente do prémio individual, é o reconhecimento de um esforço coletivo para de-senvolver um país capaz de com-petir internacionalmente, onde têm participado agentes públicos e privados da nossa envolvente.

Não podemos esquecer que as teorias do Professor Porter, que assentam na rede MOC a nível mundial, tiveram a sua primeira experiência prática no País Basco, no início dos anos 90 (aliás, mui-to criticado por alguns agentes so-cioeconómicos que defendiam a transição da nossa economia para os serviços). A partir dessa inicia-tiva, o modelo original foi enri-quecido e gerou uma dinâmica permanente de evolução através da rede de centros associados ao Instituto de Harvard para a Com-petitividade.

Hoje, mais do que nunca, pre-cisamos de concentrar os nossos esforços no reforço do processo de melhoria da competitividade do nosso país. A articulação de me-canismos de geração de riqueza sustentáveis no tempo, o fortale-

cimento da nossa indústria trans-formadora, a aposta no conheci-mento e inovação, o crescimento de nossa presença internacional, o aumento do valor acrescentado dos nossos produtos e serviços, a criação de emprego qualificado, a capacitação das empresas baseadas nas pessoas, a partilha de traba-lho público-privada, a melhoria do nosso sistema de educação, a justiça e coesão social, etc., são al-guns dos eixos do nosso modelo de competitividade.

Façamos nossa a bandeira da melhoria de competitividade do país. O esforço deve ser coletivo. Temos uma enorme vantagem no reconhecimento internacional do caminho percorrido (com todas as lacunas existentes), o que nos permite dialogar ativamente com outras regiões do mundo para promover o nosso progresso.

Não nos esqueçamos que a in-cidência de uma política de com-petitividade se manifesta na vida das pessoas. Temos de ser capazes de gerar riqueza, emprego, meca-nismos de solidariedade que nos permitam enfrentar a situação económica, mas preparando o futuro. Valorizemos o trabalho de todos aqueles que nos precederam no tempo, para gerar um espaço competitivo na envolvente inter-nacional.

Apostemos no reforço da nossa competitividade na envolvente internacional

SABIN AZUA Managing Partner da Estratégia I B +www.bmasi.net

Com o objetivo de apoiar o desenvolvimento das empresas da região do Ribatejo, a NER-SANT está a elaborar gratui-tamente as candidaturas das empresas interessadas no Vale Simplificado, cuja segunda fase de candidaturas termina no dia 15 de março. Certificação do sistema de gestão da qualidade, exploração de novos mercados ou a aquisição de aplicações in-formáticas, como sites, intranet e gestão documental, registo de marcas e patentes e audito-rias energéticas são alguns dos serviços com financiamento de 75 % a fundo perdido que este programa contempla.

Várias empresas da região já beneficiaram deste serviço da NERSANT. A associação já submeteu dezenas de candida-turas ao programa do QREN, que permite apoiar as empre-sas na aquisição de serviços de consultoria e de inovação em diversas áreas, nomeadamente Qualidade, Internacionaliza-ção, Organização e Gestão de Tecnologias de Informação e Comunicação, Propriedade Industrial, Economia Digital e Diversificação e Eficiência Energética.

Este apoio permite às empre-sas candidatarem-se para aceder a financiamento a fundo perdi-do para a obtenção de serviços relacionados com a certificação

da qualidade, com a explora-ção de novos mercados e com a criação de aplicações informáti-cas, como sites, intranet, gestão documental, entre outros, tais como o registo de marcas e pa-tentes e a realização de audito-rias energéticas.

A crescente adesão de em-presas ao Vale Simplificado éjustificada pela atrativa taxa deincentivo de 75 % a fundo per-dido. O projeto permite comolimite máximo de incentivo o valor de 15 mil euros, para umadespesa máxima de 20 mil eu-ros em investimento.

As empresas interessadas em candidatar-se a este apoio de-vem contactar o Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade da NER-SANT, até ao próximo dia 14de março, através do número249 839 500 ou do e-mail [email protected].

PROJETO TEM FINANCIAMENTO DE 75% A FUNDO PERDIDO

NERSANT realiza gratuitamente candidaturas ao Vale Simplificado

A crescente adesão de empresas ao Vale Simplificado é justificada pela atrativa taxa de incentivo de 75 % a fundo perdido

Page 10: SUPLEMENTOS INCENTIVOS A FUNDO PERDIDO DE 50% PARA … · 2013-02-21 · ilumina) de Rui Zink e que se chama “A instalação do medo”. Vem na página 124 (1ª ed. outubro 2012):

Fundos de compensações por despedimento só em 2014Os fundos destinados de compensações por despedimento só esta-rão operacionais dentro de nove e 12 meses, admite o Governo. Da-qui decorre que a terceira fase da redução das compensações por des-pedimento (de 20 para 12 dias) também só deverá ocorrer em 2014.

Bruxelas favorável ao alargamento da correção dos déficesBruxelas poderá dar mais tempo para se corrigirem défices excessivos em países cujas eco-nomias sofram uma degradação inesperada e que tenham cumprido o acordado em termos estruturais, afirmou Olli Rehn, vice-presidente da Comissão Europeia e comissário para os Assuntos Económicos, numa conferência do Comité Económico e Social Europeu (CES).

ATUALIDADE/Opinião

10 SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013

NOVOS ARTIGOS DISPONÍVEIS

NO SITE VIDA ECONÓMICAwww.vidaeconomica.pt

A ADMINISTRAÇÃO DAS EMPRESAS LOCAIS: GESTORES PÚBLICOS PARADOXALMENTE ELEITOS

O novo regime prevê que as empresas locais adoptem obrigatoriamente a forma de sociedades por quotas ou de sociedades anónimas, consagrando a possibilidade legal de estas serem unipessoais, ao mesmo tempo que, no que concerne aos órgãos da sociedade se estabelece a existência obrigatória de uma Assembleia Geral (constituída por membros não remunerados) e de um Fiscal Único (com competências especiais ao Fiscal único que acrescem às decorrentes do código das sociedades comerciais).

CARLA TEIXEIRA DIASAdvogada da Gali Macedo e AssociadosDoutoranda em Direito Público

O PRECIPÍCIO FISCAL

A par com as Eleições Presidenciais de Novembro, os Estados Unidos viveram o final de 2012 sob a égide da ameaça do “precipício fiscal” – a metáfora recuperada pelo líder da Reserva Federal Norte-Americana, Ben Bernanke, para caracterizar as implicações sobre a economia americana de um conjunto de medidas fiscais que entrariam em vigor automaticamente no início do novo ano.Recuando um pouco no tempo, cumpre lembrar que esta situação teve origem no facto de os próprios Estados Unidos (EUA) terem estado na vertigem do colapso financeiro em meados de 2011, por força do crescimento contínuo do seu défice público.

RICARDO [email protected]

http://econominho.blogspot.com

AS PME E A MOBILIDADE DOS RECURSOS HUMANOS

Recentemente, em declarações efetuadas, o comissário europeu para o Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão, Sr. Laszlo Andor, referiu que a diferença de situações (de emprego) nos Estados membros levou-o a defender “a melhoria da mobilidade dos jovens”, uma vez que, exemplificou, “os jovens têm de pensar na Alemanha ou na Dinamarca como local de trabalho”. Consegui encontrar nas palavras de Laszlo Andor o espelho do projeto que a APESPE está a apresentar ao Governo português e à opinião pública.

JOAQUIM ADEGASPresidente da APESPE

As constantes notícias sobre os cortes no sector da saúde, o encerramento de unidades ou a falta de médicos de família preocupam, e com razão, a população portuguesa. O acesso aos cuidados de saúde é um direito adquirido e garantido pela Constituição Portuguesa. De que forma se poderá então gerir a despesa – para que os cortes não sejam cegos – e quais os problemas no setor que impedem a redução de custos e de desperdícios?

A verdade é que o setor da saúde, pelo menos em algumas das unidades que o compõem, sofre de um modelo de governação desajustado que precisa de ser avaliado e reajustado em função dos objectivos. Há muitas entidades envolvidas na regulação, no planeamento e na decisão centralizada e não há alinhamento entre elas, nem estão definidas as responsabilidades e deveres

de cada uma. Chega-se, assim, a um paradigma: demasiado planeamento e pouca execução de políticas e medidas, a que acresce a inexistência de um controlo proactivo que corrija eventuais desvios na acção. E a governação não pode prescindir dos conhecimentos das necessidades locais de que dispõe as Administrações Regionais de Saúde.

A burocracia excessiva é outro dos problemas do nosso Serviço Nacional de Saúde. No caso da consulta externa, por exemplo, existem elevados tempos de espera para a realização das consultas e desperdícios elevados nos processos. Curiosamente, segundo um estudo da OCDE, Portugal tem um dos rácios mais baixos da Europa de despesa pública, relativamente ao total da despesa do Estado. Contudo, o Serviço Nacional de Saúde não funciona como devia funcionar.

Como poderemos então gerir a despesa no setor? Deve haver uma política consistente e transversal ao sistema de saúde, que implica uma formação de profissionais consistente com as necessidades reais do país. Há que apostar na melhoria da eficiência dos prestadores, ligando a contratação e a aquisição de produção ao desempenho dos profissionais. A verdade é que no setor público, na área da saúde, não há reconhecimento das boas práticas e este facto desmotiva todos os que participam nos processos.

É necessário que haja uma visão global das diferentes áreas da saúde, melhorando a eficiência do sistema e promovendo a responsabilização dos agentes do setor a diferentes níveis. O caminho tem que passar por uma melhoria da qualidade, do custo e do serviço prestado.

O que está mal no setor da saúde?MODELO DE GOVERNAÇÃO DESADEQUADO, FALTA DE IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS E EXCESSO DE

BUROCRACIA SÃO ALGUMAS DAS RESPOSTAS.

ANTÓNIO COSTADirector do Kaizen Institute Iberia

“ATUAR CADA VEZ MAIS NA PREVENÇÃO!”

As palavras que uso para dar título a este artigo são do Dr. Raul Mascarenhas, Presidente do Conselho de Administração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, em Novembro passado, nas quais me revejo totalmente. Este é o rumo para uma maior eficiência no setor da Saúde, maximizando os recursos cada vez mais escassos e gerando mais ganhos em Saúde, na salvaguarda da qualidade de vida das populações. Uma visão apaixonada desta temática, por quem tem dedicado a vida à prevenção da doença e à promoção da saúde humana, por vezes, leva-me a questionar e a generalizar de uma forma mais entusiástica (erradamente) o porquê de a maioria dos organismos ligados à Saúde não canalizarem uma boa parte dos seus esforços para a Prevenção perante uma evidência tão clara – cristalina até – como esta, proferida também pelo Dr. Raul Mascarenhas: “A doença é mais barata se for prevenida do que se for curada…”

MIGUEL BARREIROSCEO - AdministradorLife Beat – Centro de Diagnostico Avançado, S.A

Portugal vai acelerar a sua agenda das exportações. Num tempo de crise, a posta nas exportações é central e, mais do que nunca, importa apostar num novo modelo de competitividade e cres-cimento. Esta crise de crescimento que se vive atualmente vem sendo atribuída a um fenómeno externo, conjuntural. Isto não é assim, em grande medida: a não convergência para a média de ren-dimento per capita da UE dura há cerca de uma década e, por isso, em paralelo àquele fenómeno macroeconómico há um problema estrutural em Portugal. Por isso, impõe-se, mais do que nunca, uma nova estratégia económica centra-da num novo modelo competitivo liga-do ao efeito acelerador das exportações.

Portugal não consegue atingir os níveis de produtividade da UE e isto é uma condição “sine qua non” para se atingir os grandes objetivos de prosperi-dade, solidariedade e qualidade de vida. Como é que vamos além dos grandes números (PIB por habitante) e identi-ficamos as variáveis concretas que vão propiciar aquela convergência? Como é que se passa do debate macroeconómi-co para o chão das empresas?

Impõe-se, neste sentido, corrigir o rumo e a posição dos protagonistas do processo de desenvolvimento do País, em ordem a obter um modelo mais assertivo e mais eficaz. As variáveis para esse processo, com base em dados do

Fórum Económico Mundial e para o caso português, são:

- aumentar a percentagem das expor-tações no PIB, mas fazê-lo porque se tra-balha para clientes mais exigentes. Aban-donar a captação de clientes baseada nas vantagens de preço baixo e procurar os clientes mais sofisticados – pagam mais pelo valor acrescentado e ainda nos desa-fiam a modernizar e a aumentar os nos-sos padrões de exigência a vários níveis. Isto reforçará fatores de competitividade baseados em recursos e capacidades úni-cos, flexíveis e valiosas, por oposição aos modelos mecânicos, lineares, baseados na minimização de custos;

- apostar na dinamização de indús-trias de bens transacionáveis de média e alta intensidade tecnológica, procuran-do envolvê-las com os grandes investi-mentos de IDE. Isto reforçará o capital empreendedor, normalmente em micro e médias empresas/projetos, e contri-buirá para a fixação de conhecimento, ganhos económicos e aumentos nos centros de decisão Portugueses;

- apostar na educação superior e na formação. Mas isto não significa elevar o número de diplomados por si. Sig-nifica promover o grau de utilidade da educação/formação para as empresas. Atualmente, assiste-se à emigração de talentos ou ao subemprego de licencia-dos, por falta desta relação entre centros de formação e empresas. A solução não

é um “superplano” que aponte as áreas prioritárias – isto é ineficaz. É, antes, introduzir concorrência e liberdade de opção entre as escolas, universidades e centros de formação, para além dos in-vestimentos em estrutura e nas pessoas dessas instituições. Rapidamente os be-nefícios da internalização de mecanis-mos de mercado serão transpostos para outras áreas de welfare;

- o setor público consome, em despe-sa total, quase 50% do PIB português. É preciso refletir muito seriamente sobre tomar uma de duas opções: ou este nú-mero se reduz para níveis mais eficientes, em torno dos 40%, com a necessária re-visão das funções do Estado; ou o setor público aprende a tornar-se mais produ-tivo e devolve à sociedade, em serviços públicos e em bem-estar, tanto ou mais quanto lhe cobra em impostos.

Em conclusão, é possível atingir os objetivos individuais e coletivos que ambicionamos. O que já não é possível é manter o modelo atual. No entanto, é bom saber que parte da solução está nas mãos dos portugueses e que é possível monitorar os progressos do país olhan-do para alavancas muito simples, iden-tificadas acima. Concerteza que há um debate ideológico implícito mas pode-mos, seguindo Schumpeter, ser pragmá-ticos e reconhecer honesta e desapaixo-nadamente qual o modelo que nos traz, ou não, mais benefícios.

ESTRATÉGIA DA ECONOMIA PORTUGUESA DEVERÁ DAR A PRIORIDADE A MERCADOS COM VALOR

A nova agenda das exportações

FRANCISCO JAIME QUESADOEspecialista em Estratégia, Inovação e Competitividade

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MERCADO INTENSIFICA FUSÕES E AQUISIÇÕES

Crise atinge mercado europeu das motos

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 11

Fusão cria maior companhia aérea do mundoA American Airlines e a US Airways viram aprovada a sua fusão, por parte dos respetivos con-selhos de administração. É assim criada a maior companhia aérea do mundo, ultrapassando a também norte-americana Delta. A capitalização bolsista do novo grupo excederá os dez mil milhões de dólares. Vai contar com 94 mil funcionários, 950 aviões, 6500 voos diários, nove aeroportos centrais e uma faturação próxima dos 39 mil milhões de dólares. De notar que a American Airlines está a passar por um processo de reestruturação, tratando-se este de um negócio importante para a manutenção das suas operações.

Warren Buffett compra HeinzA Berkshire Hathaway, holding do multimilionário Warren Buffett, e a 3G Capital compra-ram a Heinz, numa operação avaliada em cerca de 28 mil milhões de dólares. A aquisição, na ótica de Buffett, faz todo o sentido, na medida em que a Heinz tem um grande potencial de crescimento, com base nos seus elevados níveis de qualidade, inovação contínua, excelente equipa de gestão e produtos com um grande sabor. A sede vai permanecer em Pittsburgh e vai continuar a funcionar como uma empresa independente. O seu produto de referência é o ketchup, que se vende desde 1876.

ATUALIDADE/Internacional

A indústria das motos está em profun-da mutação. O mercado em dificuldades provocou a concentração de fabricantes, o encerramento de fábricas e o ajusta-mento da força de trabalho e das expe-tativas de negócio. No ano passado, as vendas caíram 23%, para 1,35 milhões de unidades. Em cinco anos, a quebra nas vendas chegou aos 50%, no que toca ao mercado europeu.

O consumidor está receoso da crescen-te instabilidade económica nos países do Sul da Europa, o que está a afetar a pro-cura. A Honda foi a mais rápida a reagir ao mercado. A marca japonesa fechou fábricas em Espanha e no Reino Unido. A Yamaha não está melhor e acabou por reduzir os seus efetivos em cerca de 20% na Europa. A Suzuki também perdeu posições na Europa. As marcas japonesas

têm apresentado dificuldades, em resul-tado da valorização do iene e da recessão económica no Velho Continente.

Perante este cenário, não é de estra-nhar o movimento de concentração no mercado das duas rodas. A austríaca KTM comprou o negócio das motas de todo-o-terreno da BMW, ao adquirir a Husqvarna, num negócio pouco rentá-vel para os germânicos. A VW decidiu integrar as duas rodas no seu conglome-rado automóvel e dos camiões. A Audi ficou com a insígnia italiana Ducati. Entretanto, a norte-americana Harley--Davidson não tem apresentado me-lhores resultados no mercado europeu. Os Estados Unidos, a Ásia e a América Latina estão a compensar a descida das vendas na Europa da mítica marca dos Estados Unidos.

Em apenas cinco anos, as quebras nas vendas de motociclos foram de 50%, pelo que as marcas têm de se adaptar a uma nova realidade.

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empresas e enfrentar lóbis”, afirma o pre-sidente da ACIB.

Espanha promove concorrência positiva

O “Informe sobre consulta efetuada por la Secretaría de Estado de Economía y Apoyo a la Empresa sobre el mercado de carburantes de automoción en España” constata que, “desde o início da crise eco-nómica em 2007 até ao ano de 2012, a margem bruta de distribuição em Espa-nha cresceu à volta de uns 20%, tanto em gasolina como em gasóleo”. Registaram-se “níveis inadequados de concorrência efeti-va (…), que representam para a economia espanhola preços relativamente mais ele-vados, com prejuízo para os consumidores e utilizadores, para a competitividade in-

ternacional e para a atividade económica em geral.” Para contrariar este cenário, recomenda-se o controlo sobre a atividade de transporte e armazenamento de com-bustível, a promoção da concorrência na atividade de refinação e novas medidas de fomento da transparência, entre outras iniciativas.

O relatório da autoridade da concor-rência espanhola foi aprovado por “una-nimidade com considerações concretas e sem medos ou receios face aos gigantes que enfrentam”, diz João Albuquerque. O presidente da ACIB manifesta, por isso, na carta remetida aos deputados, “fortes expetativas sobre as posições que podem ser tomadas num futuro pró-ximo se forem considerados os dados reais sobre o atual estado da concor-rência nos combustíveis”, em Portugal.

ACIB exige investigação à falta de concorrência no preço dos combustíveis

O preço dos combustíveis já aumen-tou seis vezes desde o início de 2013. A Associação Comercial e Industrial de Barcelos (ACIB) está preocupada com esta escalada e assegura que tal está a pôr em causa a sobrevivência de muitas em-presas. João Albuquerque, presidente da associação, quer uma investigação à falta de concorrência do setor em Portugal e enviou uma carta aos deputados da As-sembleia da República a solicitar ações concretas.

Em carta enviada a todos os deputados eleitos por Braga e Viana do Castelo e aos deputados que integram a Comissão de Economia e Obras Públicas, o líder da ACIB critica “a total ausência de uma ver-dadeira política de concorrência real, bem como a ausência de uma política estraté-gica que auxilie as empresas a superar este

custo com combustíveis”, em Portugal. Neste sentido, na missiva João Albuquer-que pede a “tomada de ações concretas junto do Governo de Portugal e da Au-toridade da Concorrência (AC) para que, de novo, se debrucem sobre a questão da concorrência nos preços dos combustíveis e se tomem medidas concretas”.

O mesmo responsável dá o exemplo de Espanha, onde, três meses após o pedi-do urgente do Governo, a autoridade de concorrência espanhola (Comissión Na-cional de la Competencia) concluiu que há necessidade de concorrência no seu mercado. Pelo contrário, o último relató-rio da Autoridade da Concorrência por-tuguesa “tinha páginas a mais e nenhuma conclusão concreta. É assustador assistir à diferença de dinâmicas entre Portugal e Espanha quando se trata de defender as

A Associação Empresarial de Baião (AEB) vai ter uma nova sede. O terreno será cedido pela autarquia local, tem cerca de 900 metros quadrados e o município promete apoiar a construção do edifício. Para a associação, este é um primeiro passo para que o apoio aos empresários da região seja mais eficaz.

Paulo Portela, presidente da associação, refere que o protocolo celebrado entre as duas entidades é apenas o “primeiro passo” para a construção das novas instalações. O dirigente agradece a colaboração da autar-quia “na criação de condições para que se possa aprofundar o trabalho e apoiar os empresários concelhios”.

O presidente da Câmara de Baião, José Luís Carneiro, por seu turno, apela aos empresários para que colaborem no pro-

grama de estágios destinado aos jovens li-cenciados. Neste sentido, o autarca assume o compromisso de que o município vai as-sumir os valores dos subsídios de transpor-te, refeição e seguro dos estagiários.

José Luís Carneiro manifesta ainda a possibilidade de a câmara venha a apoiar a construção da nova sede da Associação Empresarial de Baião. “A associação po-derá contar com a autarquia para proje-tos futuros, pois tem havido um diálogo franco e aberto entre as duas entidades”, salientou.

O presidente da câmara recorda, a pro-pósito, que o município, durante sete anos, “canalizou cerca de 12 milhões de euros para a economia local”, através de empreitadas, prestação de serviços e forne-cimentos das empresas locais.

Confederação Internacional dos Empresários Portugueses mostra conselheiros de 16 paísesA Confederação Internacional dos Empresários Portugueses (CIEP) renovou a sua imagem corporativa com um novo logótipo e novo “lettering”. O novo site conta ainda com uma nova funcionalidade: um mapa-mundo onde estão assinaladas as cerca de 30 Câmaras de Comércio Portuguesas, e a Rede de Conselheiros, presentes em 16 países e onde é possível consultar informações sobre cada uma delas, nomes dos responsáveis e respetivos contatos.

Workshop explica incentivos comunitários para a inovação empresarialA Associação Nacional de Empresárias (ANE) vai organizar, no dia 26 de fevereiro, um workshop que abordará os mais recentes incentivos do QREN sobre a temática da inovação. A iniciativa, que conta com a parceria da J. Pereira da Cruz e da Partners4life, pretende apoiar as empresas que querem inovar, proporcionando-lhes uma informação inicial e essencial sobre estes domínios.

ATUALIDADE/Associativismo

12 SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013

Associação Empresarial de Baião tem terreno para nova sede

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Miguel de Sousa Otto é um exemplo para os empreendedores em tempo de crise. Em 2006, adquiriu a Herdade do Vau no Alentejo. Em 2010 lançou um vinho com um nome original - RISO, acrescentou-lhe um conceito de partilha (“friends”) e já negoceia com “players” de vinho europeus. Em 2012 inicia o restauro e reconstrução do Monte, adaptando-o para turismo rural dedicado a temas como o enoturismo, gastronomia e turismo de natureza.

Vida Económica - Qual é a proposta di-ferenciadora do projeto Herdade do Vau?

Miguel Sousa Otto - O primeiro aspeto marcante é o espaço natural onde se insere a propriedade, é um espaço mágico junto ao Guadiana, com uma biodiversidade extraordi-nária que nos permite sintonizar com a Na-tureza.

Depois do espaço, o conceito – Biochic – pretende ligar e cultivar uma atitude responsá-vel de sustentabilidade e equilíbrio ambiental a uma forma de estar despojada, uma simpli-cidade chic, que tão bem caracteriza o Alen-tejo. Este conceito diferenciador materializa-se em três vertentes: a vitivinicultura, em que na vinha já produzimos em modo de protecção integrada, estando em curso a evolução para o modo biológico; no turismo, desde os cuida-dos na reconstrução, restauro e decoração do Monte até às temáticas e atividades propor-cionadas aos visitantes, como o enoturismo, a gastronomia, a observação de aves entre ou-tras; e a cultura, onde estamos a desenvolver um programa de eventos que se realizarão re-gularmente na Herdade do Vau e que têm por base a alegria de viver, o humor, o riso!

VE - Como descreve o “Riso”, os vinhos e o seu “terroir”?

MSO - Quando escolhemos o nome RISO para o vinho, quisemos ir mais longe do que apenas escolher uma marca, quisemos procla-mar uma atitude! Uma forma de estar na vida! Positiva, alegre, inconformista, de partilha e com o sentido do tempo…

Apesar do nome “Riso…” é um projeto muito sério! Começando pela equipa consti-tuída para desenvolver e executar o projeto, que reuniu especialistas de primeiríssima li-nha, como é o caso do Prof. Engº Nuno de Magalhães para a viticultura.

O estilo de vinhos que idealizamos, de que as primeiras colheitas vêm dando sinais extre-mamente animadores, são vinhos que tradu-zam bem o “terroir”, vinhos naturais (com isto estamos a dizer que são vinhos quase sem ma-nipulação), vinhos de “blend”, vinhos elegan-tes, equilibrados, com boa acidez e com poten-

cial de envelhecimento. No final de dezembro e agora no início de janeiro recebemos duas boas notícias que nos animam e reforçam que estamos no rumo certo. Ambas relacionadas com o RISO colheita tinto 2011, uma vinda dos Estados Unidos, que foi a classificação de 87 pontos dada pelo crítico internacio-nalmente reconhecido Mark Squires e outra, o prémio recebido na Alemanha no âmbito da Premium Select Wine Challenge ProWein 2013. Trata-se de um projeto de pequenas quantidades (diria mesmo de raridades!) dedi-cado a vinhos premium. A gama de vinhos é composta por dois Colheitas, um tinto e um branco, e um reserva tinto. Em anos muito especiais haverá um super premium. Estamos a lançar o RISO colheita tinto 2011, do qual só produzimos 5535 garrafas de 0,75 e 120 garrafas Magnum. Este colheita é um blend de quatro castas: TN, Syrah, Alfrocheiro e Sousão.

Lançaremos em março o nosso primeiro Colheita Branco, RISO colheita branco 2012, do qual produzimos 5186 garrafas. É também um “blend” pouco habitual no Alentejo: Al-varinho, Arinto e Antão Vaz. Trata-se de um vinho com uma mineralidade e uma frescura surpreendentes.

Ainda este ano será apresentado o nosso primeiro reserva, que, com base nas provas de “cask samples”, posso dizer que está um vinho fantástico.

VE - Que estratégias de comercialização para os vinhos?

MSO - Queremos trabalhar o mais próxi-mo possível dos consumidores finais, em espe-cial os enófilos com curiosidade por conhecer e provar vinhos diferentes e pouco vulgares. Neste sentido, ao nível da distribuição, esta-mos a estabelecer verdadeiras parcerias com três distribuidores, um para cada região, que fazem um bom trabalho qualitativo e que apreciam a nossa disponibilidade para os

apoiar juntos dos clientes, nomeadamente a restauração e garrafeiras. Para a restauração damos um apoio totalmente personalizado, cada restaurante tem o seu contexto (em ter-mos de gastronomia, de ambiente, etc.), que-remos que o RISO se integre e se harmonize bem em cada um! Um eixo muito importante neste objetivo de proximidade com os consu-midores é o trabalho com os principais clubes de vinhos.

Desde o início que começámos a investir no esforço de exportação, quase metade do RISO colheita 2010 foi exportado. Os nossos merca-dos alvo são: na Europa, a Holanda, Bélgica,

Dinamarca e Reino Unido; na Lusofonia, o Brasil e Moçambique e, finalmente, os EUA.

VE - Já agora fale-nos um pouco maissobre o projeto turístico da Herdade doVau?

MSO - Localizado no centro de um triân-gulo constituído por três burgos históricos, Beja, Serpa e Mértola, o Monte da Herdadedo Vau é sinónimo de uma nova (ou renova-da) arte de viver com simplicidade.

Quando adquirimos a propriedade, o Monte estava em ruínas, abandonado há maisde 20 anos, mas percebemos logo o grande po-tencial que tinha/tem para o turismo.

Decidimos que recuperaríamos o Montepor fases e que aproveitaríamos todo o edifica-do existente para criar uma oferta turística di-versificada, que tanto se ajustasse a um amantedos vinhos raros como às férias de um jovemcasal, com filhos pequenos, à procura de vi-vencias de natureza, ou a um grupo de ami-gos que queiram celebrar um evento especial, ou, ainda, a uma empresa que queira fazer um programa de “team bulding” ou simplesmenteum espaço “secreto” para planear…

Neste momento está concluída a primeirafase e a Herdade do Vau já dispõe de oito quar-tos, várias salas, uma com uma grande lareira, uma pequena biblioteca e “lounge” de caça, uma cozinha equipada para que se possam re-alizar vários programas gastronómicos.

A segunda fase passa pela recuperação do antigo lagar, construindo as “casas do lagar” que serão ponto de partida para uma experiên-cia inovadora… que ainda é cedo para revelar! Estamos a planear a abertura oficial para finais de março de 2013, até lá estamos, como dizemos hoteleiros, em “soft opening”!

Herdade do Vau “entroniza” vinhos, turismo e cultura

WeDo Technologies apresenta novo software em Barcelona A WeDo Technologies, líder em software de garantia de receita e controlo de negócio para o sector das Telecomunicações, prepara o lançamento mundial da sua suite de software, o RAID 7.0, que estabelece uma nova referência mundial. A WeDo Technologies apresentará esta no-vidade no evento internacional Mobile World Congress, que se realiza entre 25 e 28 de feve-reiro em Barcelona.

NEGÓCIOS

E EMPRESAS

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 13

Vinho Tinto

Região: Alentejo - Colheita: 2011. Castas: Touriga Nacional (71%), Syrah, Alfrocheiro e Sousão.Notas e Provas: francês (75%) e americano (25%) durante 8 meses. Aroma de muito boa intensidade, com saliência para os frutos vermelhos bem maduros, notas balsâmicas a caruma, resina, cedro e mentol, especiarias a pimenta e caril, e ligeiramente floral e violeta. A madeira discreta, encontra-se muito bem integrada proporcionando-lhe uma boa complexidade. Na boca apresenta um bom volume e boa estrutura, taninos firmes e de boa qualidade, acidez bem integrada,

frutos vermelhos bem presentes e notas de especiarias a pimenta e caril. O final é longo, com boa harmonia e complexidade.

Vinho Branco

Região: Alentejo - Colheita: 2012.Castas: Alvarinho, Arinto, Antão Vaz. Notas e Provas: Cor brilhante citrina com ligeiras nuances amareladas. Aroma de muito boa intensidade, sobressaindo os aromas a citrinos, ligeiro vegetal a arbustos e espargos, frutos brancos e boa mineralidade. Na boca tem bom volume, acidez muito bem equilibrada, surgem os aromas vegetais a espargos e de fruto branco como a pera, e uma acentuada mineralidade, terminando longo e equilibrado.

RISO de Sousa Otto & Friends

Miguel de Sousa Otto é um exemplo para os empreendedores em tempo de crise.

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JOÃO LUIS DE [email protected]

Vida Económica - Quais são os obje-tivos e âmbito de atividade da NOPA?

Francisco Semião - Representamos a comunidade portuguesa nos Estados Unidos, ainda que alguns de nós possam ter nascido no Brasil, em Moçambique ou em Cabo Verde. A comunidade por-tuguesa é bastante forte e numerosa. Os luso-americanos estão espalhados pelos vários Estados. Além do Estado do Mas-sachusetts, há uma presença forte em Nova Iorque, New Jersey, Florida. No âmbito da nossa atividade, damos apoio aos portugueses que chegam aos Estados Unidos.

Também representamos e promovemos o bom relacionamento entre os dois paí-ses, tendo em conta a incidência do que acontece em Portugal sobre a comunida-de que reside nos Estados Unidos.

VE - A vossa organização dedica es-pecial atenção às trocas comerciais e investimento entre os Estados Unidos e Portugal?

FS - Além da atividade de âmbito social sem fins lucrativos, temos uma estrutura independente - a Lusitania Consulting - orientada para os resultados no apoio que presta às empresas de Portugal e desenvol-ve vários serviços profissionais, ajudando os seus clientes a identificar oportunida-des profissionais em vários sectores.

Prestamos de serviços de primeira qualidade às empresas portuguesas a preços de desconto, não com o único propósito de praticar preços de descon-to, mas sim para apoiar a ação nas em-presas portuguesas nos mercados exter-nos. Ao contrário do que acontece com as grandes empresas de consultoria, não temos executivos com remunerações de vários milhões de dólares, nem custos excessivos com instalações nas zonas mais caras de Nova Iorque ou Washing-ton. Os nossos colaboradores são geral-mente luso-descendentes que têm sen-sibilidade e paixão pelo relacionamento com Portugal.

Através da nossa ação vamos também ajudar as escolas da comunidade portu-guesas, doando uma parte dos resultados que geramos. Muitas vezes as escolas da nossa comunidade têm falta de orçamen-to para comprar livros portugueses.

VE - A comunidade portuguesa dos Estados Unidos tem bastante dinâmi-ca empresarial?

FS - Há estudos que revelam que a co-munidade portuguesa tem imensos em-presários. Nesta zona de Washington há também bastantes empresas dirigidas por luso-descendentes, em particular no se-tor da construção. A comunidade portu-guesa tem visibilidade nos meios empre-sariais. A imagem que existe é de pessoas

ativas e trabalhadoras, com ambição para se tornarem independentes em termos fi-nanceiros.

VE - Portugal teria a ganhar com uma maior aproximação à comunidade

FRANCISCO SEMIÃO, DIRECTOR EXECUTIVO DA NOPA, AFIRMA

“Há muitos empresários portu

“Através da nossa ação vamos também ajudar as escolas da comunidade portuguesas, doando uma parte dos resultados que geramos”, afirma Francisco Semião.

Sotecnisol ganha obra de revestimento da fábrica da EurospumaA Sotecnisol, empresa de revestimentos, foi selecionada para executar a empreitada de revesti-mento exterior do novo edifício da fábrica da Eurospuma, em Espinho. O investimento ascende a cerca de 800 mil euros. A obra foi adjudicada à Sotecnisol pela Silva Azevedo & Filhos, respon-sável pela execução da obra de ampliação das instalações da fábrica da Eurospuma. Quanto à So-tecnisol, é uma empresa nacional que opera nos setores da construção, do ambiente e da energia.

Altran investe em Portugal e cria postos de trabalhoA Altran Portugal anunciou a criação de 120 postos de trabalho no Fundão, num prazo de dois anos. O grupo vai desenvolver um centro de serviços “nearshore”, orientado para projetos de sistemas de informação e telecomunicações. Ainda este ano serão criados entre 40 e 60 postos de trabalho, potenciando o país como plataforma tecnológica de referência. O investimento resulta de um acordo estabelecido com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

NEGÓCIOS E EMPRESAS

14 SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013

Carreira desenvolvida na Saúde

e nas instituições sem fins lucrativos

Francisco Semião é o fundador e principal impulsionador da NOPA – National Organization of Potuguese Americans. Atualmente, é também senior diretor de Relações Institucionais na MedStar Health, uma instituição sem fins lucrativos especializada nos cuidados médicos e hospitalares que emprega mais de 10 mil pessoas. Anteriormente, foi diretor de Desenvolvimento na Universidade George Washington. Entre 2002 e 2004 trabalhou para o Estado como gestor de Programa do Departamento de Saúde de Washington DC.

A comunidade portuguesa tem visibilidade nos meios empresariais

“A comunidade portuguesa nos Estados Unidos é constituída por pessoas ativas, trabalhadoras e com ambição para se tornarem independentes” - disse Francisco Semião. Em entrevista à “Vida Económica”, o diretor executivo da NOPA – National Organization of Potuguese Americans – destaca o potencial de cooperação entre as empresas nacionais e a comunidade portuguesa dos Estados Unidos. Para apoiar as empresas nacionais está a ser feita uma forte aposta através da Lusitania Consulting numa perspetiva de cooperação alargada aos países de língua portuguesa.Tendo em conta a sua especialização na área da Saúde, Francisco Semião refere as oportunidades de aumento de exportação para o mercado americano de produtos e serviços de alta tecnologia para clínicas e hospitais.

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que reside nos Estados Unidos?FS - Há um reduzido fluxo de infor-

mação sobre a comunidade portuguesa. Essa foi uma das razões por que criámos a NOPA. Colocámos a questão à Fundação Luso-Americana sobre o tipo de informa-ção que pretendiam ver disponibilizada. Existe falta de informação não só sobre questões políticas e a emigração, mas também sobre as normas e regulamentos que afetam as pequenas empresas.

Por isso, a NOPA criou um sistema de alertas que informa periodicamente so-bre as alterações legislativas e as ativida-des desenvolvidas pelos clubes e associa-ções no que toca ao relacionamento com Portugal.

VE - Que fatores determinam uma maior atividade dos portugueses ao ní-vel do empreendedorismo, em compa-ração com outras comunidades exis-tentes nos Estados Unidos?

FS - Não podemos esquecer que os portugueses foram no passado navegado-res e descobridores, ou seja, pessoas dis-postas a assumir riscos. Há pessoas que chegaram aos Estados Undos com cinco dólares no bolso e que 15 anos depois es-tão à frente de empresas de sucesso. O espírito empreendedor deve estar ligado ao ADN e a fatores culturais.

Também existe um espírito de entrea-juda entre os membros da comunidade portuguesa que contribui para que os ob-jetivos individuais sejam alcançados.

VE - Portugal também pode servir de elo de ligação entre o mercado euro-peu e o mercado americano?

FS - Sim, é fundamental difundir a informação junto da comunidade por-tuguesa e junto das empresas americanas sobre as oportunidades que existem e as vantagens que Portugal proporciona na aproximação entre os dois mercados.

A trajetória da economia portuguesa faz com que um maior número de em-presas aumente as vendas nos mercados externos. Obviamente os Estados Unidos são um mercado que merce atenção.

VE - Quer mencionar dois ou três exemplos de aspetos positivos que Portugal tem para oferecer?

FS - Um dos aspetos positivos é cer-tamente qualidade da força de trabalho. Portugal também está a desenvolver esfor-ços para atrair comércio e investimento e a criar incentivos ao investimento es-trangeiro. A situação geográfica cria uma posição ideal de porta de acesso a toda a

Europa, pela maior proximidade em rela-ção aos Estados Unidos. A infraestrutura portuária e os projetos de desenvolvimen-to da rede ferroviária tem um papel chave no comércio entre os dois continentes. Este aspeto representa uma das priorida-des no trabalho desenvolvido pela NOPA.

VE - Estão a apostar nos jovens líde-res luso-americanos?

FS - Criámos a YPALS, uma cimei-ra dos jovens líderes luso-americanos que vai ter este ano a a segunda edi-ção. Reunimos um grupo restrito de 15 participantes para análise e reflexão das oportunidades e desafios que se colocam à comunidade portuguesa no relaciona-mento com Portugal.

Pelo facto de eu ter ascendência por-tuguesa e espanhola, soube de um pro-grama que a comunidade espanhola organiza com o objetivo de potenciar o relacionamento com Espanha. Pedi in-formação sobre o programa, por forma

a ser replicado com a comunidade por-tuguesa, tendo sido admitida a possibi-lidade de integrarmos no futuro os doiseventos num programa dedicado ao mer-cado ibérico, envolvendo a comunidade portuguesa e a espanhola.

A comunidade espanhola leva 15 pes-soas dos Estados Unidos a Espanha du-rante três dias, para contactos com o Par-lamento, o Governo, as Universidades,e os decisores das políticas públicas. Ao fim de 10 anos de existência, o programareuniu uma comunidade superior a 150pessoas colocadas em diversos centros de decisão que estão envolvidas de forma ativa na aproximação entre a comunida-de espanhola dos Estados Unidos e o seu país de origem.

O nosso objetivo é termos também em 10 anos um conjunto de 150 decisores in-formados e sensibilizados sobre as políticas governamentais e sobretudo no que toca àaproximação entre a comunidade portu-guesa nos Estados Unidos e Portugal.

IRC a 10% pode fazer a diferença

“Vemos um maior esforço de marketing e uma ação mais agressiva para mostrar o que Portugal tem para oferecer, bem como uma maior aposta nos incentivos ao investimento” – afirma David White à “Vida Económica”. “Se a taxa de IRC for reduzida para 10% - acrescenta - gostariamos de desenvolver uma campanha nos Estados Unidos para informar os meios empresariais, os líderes de opinião e os think tanks para os ajudar a compreender a realidade do país e as vantagens de investir em Portugal”.O programa social Lusitania Consulting LLC foi criado para dar assistência a empresas e gestores de Portugal e de outros países de língua oficial portuguesa na elaboração de planos de marketing e comunicação.O projeto Lusitania tem uma forte componente de consultadoria destinada a apoiar o marketing e serviços a exportação de Portugal para os Estados Unidos, gerando também oportunidades para empresas americanas em Portugal, à procura de formas inovadoras e estratégias de implementação de produtos e serviços. A missão Lusitania abrange a oferta de serviços a países como o Brasil, Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné- Bissau, S. Tomé e Príncipe e outros mercados.Através desta iniciativa a Lusitania Consulting também pretende criar oportunidades para jovens quadros interessados no comércio internacional.“Para lá das t-shirts de baixo custo produzidas na China, há uma série de produtos de consumo corrente que podem ser fornecidos a partir de Portugal. Tem a seu favor o facto de ser um país que respeita os direitos humanos, e fabrica produtos que são uma alternativa válida face aos fabricantes de outras regiões” – afirma o diretor da Lusitania Consulting.

Conselheiro de associações e grandes empresas

David White foi contratado ela NOPA para dirigir a Lusitânia Consulting, O luso-americano conta com 17 anos de vida profissional a trabalhar em Washington, DC, como analista, diretor de campanhas políticas e diretor da empresa de comunicação New Media Strategies e Edelman entre outras atividades.No passado, David White deu aconselhamento a várias associações e indústrias, grandes empresas tendo ainda participado em inúmeras campanhas e apoiado organizaçõessem fins lucrativos na vertente empresarial.As informações sobre a Lusitania Consulting estão disponíveis no site www.lusitaniaconsulting.com, através do telefone (202) 573-9194 ou pelo email [email protected].

David White.

gueses nos Estados Unidos”

A YPALS, uma cimeira dos jovens líderes luso-americanos ai ter este ano a a segunda edição, em Washington.

NEGÓCIOS E EMPRESAS

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 15

PLMJ cria grupo de trabalho para projetos internacioniais

A PLMJ, sociedade de advogados, criou um novo grupo de trabalho de projetos internacionais, vocacionado para a prestação de assessoria jurídica no contexto de contexto “cross border” e de grandes projetos de investimento, envolvendo diversas jurisdições. Consiste num tipo de traba-lho que obriga a uma elevada especialização, como fazem notar os responsáveis da PLMJ, “para dar resposta a contratos de forward funding, aquisições com garantia de rendimento, fundos de investimento e operações com investidores institucionais”.

Encomendas à construção com forte quebra

A crise na construção é cada vez mais profunda. As novas encomendas recebidas pelo setor re-gistaram uma quebra de quase 15% no último trimestre do ano passado. No trimestre anterior, descida foi de 13,6%, pelo que é notória a tendência de quebra. No conjunto do ano de 2012, o índice de novas encomendas na construção revelou uma baixa de 25%, contra uma descida de pouco mais de 17% mo ano precedente. O segmento de construção de edifícios foi o mais afetado pela situação de crise.

A trajetória da economia portuguesa faz com que um maior número de empresas aumente as vendas nos mercados externos

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EMPRESAS FAMILIARES

Raffaele Annecchino é o novo diretor da VIMN para a Europa do Sul, Médio Oriente e ÁfricaA Viacom International Media Networks (VIMN) anunciou que Raffaele Annecchino, vice--presidente sénior e diretor-geral das operações da VIMN na Península Ibérica, Grécia e Tur-quia, foi nomeado diretor-geral da empresa para a Europa do Sul, Médio Oriente e África. Vai substituir Antonio Campo Dall’Orto, que decidiu sair da VIMN para abraçar novas oportu-nidades.

Fábrica da Sovena nos EUA com certificação únicaA Sovena, empresa 100% portuguesa que é uma das principais produtoras mundiais de azeite e dona da marca Oliveira da Serra, viu a sua fábrica dos Estados

Unidos voltar a ser reconhecida pelo Conselho Oleícola Internacional. Trata-se da única em-presa do setor que, pelo segundo ano consecutivo, conta com este certificado nos Estados Unidos.

16 SEXTA-FEIRA, 15 DE FEVEREIRO 2013

A Suíça é o melhor lugar da Europa para se abrir uma empresa familiar. A conclusão é de um estudo do Centro de Pesquisa Económica Europeia. Mas mesmo num país onde a economia é quase perfeita, a questão da sucessão familiar é um verdadeiro desafio. Exemplos disso são duas das mais antigas dinastias familiares da Suíça – Diethelm e Keller – que acabaram por ceder a sua liderança ao grupo multinacional DKSH no mercado de ações.

O estudo mostra que quase nove em cada dez empresas suíças são classificadas como empresas familiares. Ou seja, qua-se todas as pequenas e médias empresas (PME) com menos de 250 funcionários. De salientar que em cada ano, cerca de 20% delas têm de enfrentar a questão da sucessão quando o proprietário atinge a idade a reforma.

Neste cenário, algumas empresas con-seguem manter-se no domínio familiar durante muitas gerações, principalmente no setor da banca, tal como acontece com Pictet, Lombard, Odier e Hentsch. Mas a maioria das empresas suíças ficam nas mãos da família durante uma geração ou duas antes de serem vendidas.

“Na Suíça, há menos famílias acionistas do que nos países vizinhos, como a Alema-nha ou Itália, onde há uma maior tradição dinástica”, explica Marcel Widrig, especia-lista em empresas familiares da Pricewa-terhouseCoopers.

Uma das razões relaciona-se com o ta-manho relativamente pequeno do merca-do doméstico, que limita o tamanho das PME. “A Suíça não tem muitas empresas com faturamento necessário para manter advogados ou consultores fiscais que po-deriam ajudar na transição suave entre as gerações”, refere Widrig.

Mas outro dos grandes motivos tem que ver com o facto de os donos de empresas suíças terem a possibilidade de vender as suas partes sem pagar imposto sobre o ga-nho de capital. Isto faz com que, mais do que noutros países europeus, na Suíça seja mais atrativa a ideia de passar o negócio.

Nascem 10 mil empresas familiares num ano

No entanto, isso não significa que a em-presa familiar esteja a perder terreno na Suíça. A proporção permanece constante porque há sempre novas empresas para ocupar o lugar das que desaparecem. A este propósito, e só no ano passado, houve um aumento líquido de mais de 10.000 empresas, de acordo com uma pesquisa do grupo Dunn & Bradstreet.

Mesmo quando uma empresa altera o seu estatuto de propriedade com a cotação em bolsa, as famílias fundadoras conse-guem reter a sua influência com uma par-ticipação maioritária ou manter funções de gestão.

Empresas familiares são mais fortes em tempo de crise

As famílias Hoffman La Roche e Oeri controlam a gigante farmacêutica Roche, enquanto o presidente da Schindler, Al-fred, faz parte da quarta geração da família que controla a fabricante de elevadores.

Da mesma forma, a sexta geração de uma das famílias fundadoras da famosa marca de chocolate suíço Lindt & Sprün-gli também continua nos negócios, com Rudolf Sprüngli no conselho da empresa.

Uma influência forte da família pode proteger a empresa em tempos voláteis, com um efeito benéfico de estabilização em toda a economia, de acordo com Phili-pp Sieger do Centro para Empresas Fami-liares da Universidade de St Gallen.

“As empresas familiares são considera-das como modelos de negócio altamente sustentáveis”, refere. “Elas geralmente têm altos níveis de reservas de capital, que fun-cionam como um escudo contra a adver-sidade e são muito relutantes em despedir trabalhadores quando as coisas ficam difí-ceis”, acrescenta.

No artigo anterior percepcionou--se a questão do individualismo do empresário familiar, o que, de certa forma, aparece muito ligado ao ca-rácter autoritário que também foi amplamente apontado pelo inqué-rito da Edelman.

Ao tomar decisões e desejar que os resultados sejam os que intima-mente espera num determinado prazo, que na maioria das vezes não são do conhecimento das pessoas diretamente implicadas, é natural que se identifique uma certa dose de autoritarismo - “decidi, está de-cidido, agora toca a fazer”.

Em empresas com uma liderança centralizada numa única pessoa, é mais natural e aceite que tal acon-teça. Contudo, em entidades de

trabalho em equipa, ou em que exista a necessidade colaborativa de outras pessoas, esta posição pode originar situações prejudiciais para todos.

Uma delas, que se vê inúmeras vezes, é que climas como este le-vam as pessoas a executarem ações sem pensar ou sem aspeto crítico, independentemente de vislumbra-rem que poderá ser nocivo, bem como a justificar atitudes ou resul-tados que, no fundo, não eram os pretendidos.

Encontrar um equilíbrio en-tre decisão e ação, execução e responsabilização é uma função relevante e impactante que deve bem ponderada por qualquer em-presário.

O empresário familiar é autoritário

ANTÓNIO NOGUEIRA DA COSTAConsultor Empresas [email protected]

REFLEXÕES SOBRE EMPRESAS FAMILIARES

Especialistas na consultoria a Empresas Familiares e elaboração de Protocolos Familiares Santiago – Porto www.efconsulting.es

Suíça é o melhor país para as empresas familiares

António Champalimaud (1918-2004) foi um grande empresário, industrial e banqueiro.Com a morte de seu pai, aos 19 anos, dedicou-se aos negócios. Contrariou a família, que pretendia vender a empresa de construções tecnicamente falida, assumindo a sua liderança com o objetivo de a reerguer.Alargou as suas áreas de intervenção ao imobiliário e à exportação de vinhos. A herança da Empresa de Cimentos de Leiria levou-o a expandir-se para Moçambique. A exploração exclusiva do ferro e aço, centralizada na Siderurgia Nacional, forma um grande grupo industrial. A sua visão e capacidade rapidamente levam-no a investir na área dos seguros e da banca. A nacionalização pós-25 de abril levou-o ao Brasil, onde, com a sua incrível capacidade e relacionamentos, reergueu o seu património. No início da década de 90 regressa em força, e não só recupera um grande parte do seu grupo como alarga o seu domínio à área financeira, que anos mais tarde venderia ao grupo Santander de Emílio Botín.No seu testamento deixou um legado de 500 milhões de euros para a criação da primeira fundação nacional dedicada à investigação científica na área da biomedicina, batizada com o nome de seus pais.“Sou autoritário. E relativamente afável. Não tenho é tempo.” (www.rtp.pt – Os grandes portugueses)

Anualmente, 20% das empresas familiares suíças enfrentam a problemática da sucessão.

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NEGÓCIOS E EMPRESAS

Deloitte apoia Link Cities A Deloitte junta-se à Link Cities, a primeira plataforma multicanal portuguesa que, com umaestrutura semelhante às tradicionais redes sociais, pretende ligar mais de quatro mil cidades e300 mil profi ssionais do setor da administração local, estimulando o trabalho colaborativo e a interação entre estes e com o cidadão em geral.

Reta lança novo serviço de colisão para pesadosA Reta – Serviços Técnicos e Rent-a-Cargo disponibiliza, desde o início deste mês, um novo serviço de Colisão para pesados (reparação bate-chapa), no Centro de Assistência Técnica do Carregado. Esta nova secção arranca com uma capacidade instalada de 120 horas semanais e com uma equipa de profi ssionais especializados.

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 17

internacional do setor para lan-çarem as novas coleções. No total vão estar presentes 76 em-presas portuguesas na Ambien-te, tratando-se da maior parti-cipação de sempre de empresas portuguesas.

AIMMAP representa industriais do setor

A AIMMAP é uma das mais representativas associações setoriais do país, cujo obje-to principal é servir os seus

associados orientando-os na melhoria da competitividade e modernização, fazendo-o de uma forma continuada e dura-doura.

A missão da AIMMAP é con-tribuir para a promoção e dina-

mização do sector, fornecendo o apoio técnico, tecnológico,de formação profissional e lo-gístico, tendo como objectivo um forte desenvolvimento sus-tentado do sector que represen-ta.

Empresas associadas da AIMMAP em feira internacional

O ESSENCIAL SOBRE O IVA analisado numa perspetiva prática

PROGRAMA: I) Código do IVA: - Aspetos caraterizadores do imposto - Sujeitos passivos de IVA e “reverse charge” - IVA na construção civil e no imobiliário - Regras de localização das transmissões de

bens e das prestações de serviços - Facto gerador e exigibilidade - Operações com as Regiões Autónomas - Obrigações declarativas

- Regimes e enquadramentos em IVA

II) Regime do IVA nas Transações

Intracomunitárias de bens (RITI): - Aspetos genéricos - Aquisições e transmissões

intracomunitárias de bens - Aquisição de meios de transporte - Regime derrogatório das aquisições

intracomunitárias de bens - Bens com instalação ou montagem - Regime das vendas à distância - Operações triangulares - Falsas triangulares - Isenções nas importações de bens

destinados a outros Estados Membros

III) Outros: - Regime de reembolsos de IVA a não

residentes - Declaração recapiulativa de IVA - Actualizações decorrentes do OE/2013;- Novas regras de facturação em vigor após

01 de Janeiro de 2013 (na perspectiva do CIVA).

Formador: Dr. Duarte Travanca:

Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia do Porto (FEP). Pós-graduado em Fiscalidade pelo ISAG. Docente da disciplina de Tópicos Avançados de Fiscalidade em várias edições do Mestrado da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, integrada no Mestrado de Contabilidade e Finanças. É professor convidado da Universidade Católica do Porto,, onde leciona disciplinas / módulos relacionados com a fiscalidade. É formador de IVA do Centro de Formação da Autoridade Tributária para o Distrito de Lisboa. Tem vários artigos publicados nas áreas da Fiscalidade e é autor de vários manuais sobre o IVA. Pertence ao quadro da Inspeção Tributária e exerce a atividade de Inspetor na Unidade dos Grandes Contribuintes - Grandes empresas do setor da construção.

PORTO17 maio

LISBOA31 maio

Preços: Público Geral: G95 + IVAAss. Vida Económica: G75 + IVA

Iniciativa:

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: Vida Económica – Patrícia Flores

E-mail: [email protected]

Participação sem custos para empresas com resultados negativos e desempregados.No âmbito da sua política de responsabilidade social, nas ações de formação a Vida Económica criou uma quota de inscrições gratuitas para os assinantes empresas com resultados negativos ou individuais em situação de desemprego. Para beneficiar desta oferta até ao limite dos lugares disponíveis, deverá enviar uma cópia da última Declaração mod. 22, ou uma cópia do comprovativo da situação de desemprego, emitida pelo IEFP.

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Duas dezenas de empresas por-tuguesas associadas da AIMMAP, Associação dos Industriais Me-talúrgicos, Metalomecânicos e Afi ns de Portugal, participaram esta semana na feira Ambiente, em Frankfurt, a maior feira in-ternacional de decoração de in-teriores.

O setor metalúrgico e meta-lomecânico representa cerca de 32% da estrutura empresarial da indústria transformadora e em-prega cerca de 218 mil trabalha-dores, o que corresponde a 29% da mão-de-obra da indústria transformadora acrescendo que contribui anualmente com 30% das exportações.

No dia da abertura da Am-biente as empresas portuguesas receberam a visita do embaixador de Portugal em Berlim, Luís de Almeida Sampaio, reconhecendo a importância da presença de em-presas portuguesas na Alemanha.

As empresas exportadoras mar-cam presença no maior evento

Empresas

portuguesas

asseguram presença

em Frankfurt

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Com um cariz mais internacional, o Concurso Vinhos de Portugal regressa a Santarém de 13 a 17 de Maio. As inscri-ções estão abertas até ao dia 24 de Abril, mas os produtores interessados em sub-meter os seus vinhos a concurso poderão benefi ciar de um desconto de 10% se efectuarem a inscrição até 12 de Março.

No âmbito da parceria estabelecida en-tre a ViniPortugal, ANDOVI, CNEMA, IVBAM, IVDP e IVV, o Wines of Por-tugal Challenge apresenta um formato moderno, dando continuidade a uma ini-ciativa que sempre constituiu uma impor-tante ferramenta de promoção e valoriza-ção dos vinhos portugueses. Neste novo fi gurino a ViniPortugal espera reforçar a participação dos melhores vinhos portu-gueses.

Para o Presidente da ViniPortugal, “o concurso foi relançado com o objetivo de reforçar e estimular a promoção da pro-dução de vinhos de qualidade, não só no

mercado doméstico, no qual o concurso tinha já um indiscutível impacto, mas sobretudo no mercado internacional, proporcionando que um largo espetro de vinhos portugueses possa ser apreciado por um prestigiado painel de prova inter-nacional”.

Concurso Vinhos de Portugal abre candidaturas

Allianz segura grandes produções de HollywoodEste ano, a Allianz, através da Fireman’s Fund, segura seis dos fi lmes que foram este ano nome-ados para os Óscares de Hollywood na categoria “Melhor Filme”, incluindo os fi lmes “Argo”, “Bestas do Sul Selvagem”, “Django Libertado”, “Os Miseráveis” e “Guia Para um Final Feliz”. A Fireman’s Fund estende a sua atividade às produções cinematográfi cas e televisivas, anúncios publicitários, artistas musicais e concertos de música ao vivo.

COSEC volta a estar presente no SISAB 2013Prestes a começar a 18ª edição do SISAB Portugal, a realizar em Lisboa en-tre os dias 25 e 27 de fevereiro, a COSEC confi rma a sua presença naquele que será o maior evento para as empresas nacionais do sector agroalimen-tar, uma aposta clara da eguradora líder em Portugal nos ramos de crédito e caução, no apoio e gestão das atividades de exportação das empresas do setor.

EMPREGOBom e Já! Lisboa

16 de Março17h30 às 20h30

Porto

22 de Março17h30 às 20h30

Objetivos do workshop

Cansado de não ter respostas das empresas?

Não percebe porque não brilha nas entrevistas?

Deseja encontrar um emprego que o apaixone?

Durante 3 horas iremos abordar as temáticas de procura emprego e sucesso na candidatura ao mercado de trabalho.

Com muita diversão, sentido prático e foco no resultado, iremos perceber como o mundo mudou e como temos de nos adaptar para ter sucesso.

No final do workshop irá:

Ricardo Peixe

família humilde a 24 de Agosto de 1980.

com facilidade por todos os graus de

de Gestão da Faculdade de Economia do

Aos 15 anos teve o seu primeiro emprego

os estudos. Na maioria das empresas

comerciais e/ou atendimento ao publico,

mais de 10 sectores de atividade.

projetos empresariais em areas da

comercio a retalho.

contando com inúmeras horas de

empresas de áreas diversas, bem como

2010 inspirou e contactou com mais de trinta mil pessoas...

Formador

NEGÓCIOS E EMPRESAS

18 SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013

Promoção de vinhos em 11 mercados

A ViniPortugal é a associação interprofi ssional do setor vitivinícola que tem como missão promover a imagem de Portugal, enquanto produtor de vinhos por excelência, valorizando a marca “Vinhos de Portugal” e contribuindo para um crescimento sustentado do volume e do valor dos vinhos portugueses, assim como da sua diversidade. Promove os vinhos tranquilos portugueses em 11 mercados.

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O total de mercadorias movi-mentadas em Janeiro do presente ano é o valor mensal mais alto de sempre registado no porto da Figueira da Foz. O total de mer-cadorias movimentadas foi de 206.108,57 ton, registando assim um crescimento de 28% em rela-ção ao mês homólogo de 2012.

O crescimento mais signifi ca-tivo verifi cou-se na carga con-tentorizada, com um total de

15 604,53 toneladas, equivalen-te a um aumento de 82%, mais 7015,53 toneladas do que em ja-neiro de 2012.

Também a carga geral apresen-tou um crescimento signifi cativo, 52%, que corresponde a um au-mento de 47 648,91 toneladas face a janeiro 2013.

Relativamente ao número de navios que escalaram o porto da Figueira da Foz no primeiro mês

do ano, deram entrada 55 navios, o que corresponde a uma variação de 38% relativamente ao mesmo período do ano anterior, ou seja, mais 15 navios que em Janeiro de 2012.

Recorde-se que o porto da Fi-gueira da Foz já tinha fechado 2012, registando o melhor ano de sempre, com um crescimento de 5,57% na movimentação de mer-cadorias.

Porto da Figueira da Foz com recorde de movimento

Prémio Kaizen Lean avalia mais de 70 candidaturas

A segunda edição do Prémio Kaizen Lean contou com mais de 70 candidaturas de entidades nacionais, de natureza pública e privada e de diferentes setores de atividade. O galardão, promo-vido pelo Kaizen Institute, visa premiar as melhores práticas e a implementação de projetos de melhoria contínua que se tradu-zem, por exemplo, no aumento de produtividade e competitivi-dade das empresas.

O Prémio Kaizen Lean está dividido em quatro categorias: Produtividade, Qualidade, Saú-de e Melhoria Contínua Na primeira edição da iniciativa, a Sonae MC, o INEM, a RARO (unidade do Grupo Amorim & Irmãos) e a Câmara Municipal do Porto foram os grandes ven-cedores.

Atualmente, as candidaturas estão a ser analisadas pelo júri que terá em linha de conta as ações implementadas e os resul-tados alcançados por cada um dos projetos candidatos. A ce-rimónia de entrega de prémios está agendada para o mês de Abril.

Atividade em Portugal desde 1999

O Kaizen Institute – multi-nacional fundada em 1985, na Suíça, por Masaaki Imai e repre-sentada em Portugal desde 1999 – fornece serviços de consultoria para empresas em todo o mundo e está representado em mais de 35 países.

O Kaizen Portugal colabora com empresas sonantes de várias áreas de actividade, como Sonae, Câmara Municipal do Porto, Grupo Amorim, Infarmed, Uni-cer ou Hospital de Santo Antó-nio.

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 19

Acountia divulga normas das empresasO primeiro seminário “Tirar Partido da Lei” decorreu recentemente nas Caldas da Rainha. Organizados pela Acountia, estes eventos têm como objetivo informar e esclarecer dúvidas sobre as novas regras de faturação para 2013, assim como sobre as principais alterações fi scais introduzidas pelo Orçamento do Estado para 2013.

Brother entre as empresas mais inovadoras A Brother foi considerada como uma das 100 empresas mais inovadoras do mundo pela lista da Thomson Reuters referente a 2012. A lista tem em conta o investimento em investigação e desenvolvimento, a proteção das suas inova-ções (patentes) e o empenho de uma empresa em conduzir

o mundo com descobertas e iniciativas inovadoras.

NEGÓCIOS E EMPRESAS

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Solicito o envio de exemplar(es) do livro Direito Tributário 2013, na modalidade abaixo indicada.

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Solicito o envio à cobrança. (Acrescem 4€ para despesas de envio e cobrança).

ASSINATURA

Autor: Joaquim Fernando RicardoConsultor Fiscal (ex-quadro superior da Administração Tributária)

Páginas: 1450

Preço: 47€

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R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c4000-263 PORTO

Inclui anotações, remissões, transcrição da

anterior redação quando relevante, quadros e tabelas síntese.

TODOS OS CÓDIGOS FISCAIS E

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR

Obra revista e actualizada em Janeiro de 2013, que integra as mais recentes alterações aos códigos fiscais e legislação complementar (Lei n.º 66-B/2012, de 31.12 e Decreto-Lei n.º 6/2013, de 17.1).

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NEGÓCIOS E EMPRESAS/PME

20 SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013

Sou promotor imobiliário e, sobre-tudo, para colocação no mercado dos imóveis que construo, estava a pensar criar uma mediadora imobiliária, mas disseram-me que teria que ter estabe-lecimento independente, o que implica despesas acrescidas com instalações e funcionários. Como soube que estão para sair alterações à lei da mediação imobiliária gostaria de saber se tais al-terações já são conhecidas e, em caso afi rmativo, se se mantém a exigência de instalações próprias para a mediadora imobiliária.

A legislação a que o leitor se refere, que veio revogar os diplomas que anteriormente regulamentavam a atividade da mediação imobiliária, foi publicada em 08.02.2013 e entrará em vigor no próximo dia 01.03.2013.

A Lei 15/2013, ora publicada, teve como objetivo conformar a legislação que, em 2010, transpôs para a Ordem Jurídica Interna a Diretiva Comunitária 2006/123/CE, alterando substancialmente o regime legal vigente tendo em vista reduzir custos de contexto através da simplifi cação dos procedimentos administrativos e garantir um acesso mais fácil à atividade de mediação imobiliária de modo a ajustar, em termos de concorrência internacional, as exigências consagradas quanto à prestação de serviços por parte de agentes do setor imobiliário

provenientes de outros Estados Membros.No que respeita à questão colocada

pelo leitor, de poder exercer a atividade de mediação nas instalações de que já dispõe para o exercício da sua atividade de promotor imobiliário, houve, efetivamente, alterações de relevo.

Isto porque, não obstante a abertura já introduzida com legislação que entrou em vigor em 2011 e que, para além da administração de imóveis por conta de outrem que, embora como atividade secundária, sempre foi legalmente permitida, veio permitir o exercício de outras atividades comerciais conjuntamente com a da mediação imobiliária, o certo é que, até agora, a lei continuava a dispor que as mediadoras imobiliárias só poderiam efetuar atendimento do público em instalações autónomas, designadas por estabelecimentos, separadas de quaisquer outros estabelecimentos comerciais ou industriais e de residências. A nova legislação veio suprimir o requisito da autonomia das instalações e apenas proíbe o atendimento público em locais destinados a habitação, salvo em imóveis ou empreendimentos de cuja mediação estejam encarregadas.

Pelo exposto e desde que o faça a partir de 01.03.2013, o atendimento ao público para efeitos de mediação imobiliária poderá fazer-se nas instalações de que o leitor já dispõe neste momento embora se destinem a outra atividade.

Exercício conjunto de outra atividade

ATIVIDADE DE MEDIAÇÃO

IMOBILIÁRIAMARIA DOS ANJOS GUERRA [email protected]

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FERNANDA SILVA [email protected]

Portugal foi o palco escolhido para aco-lher a edição de 2013 do Business Excel-lence Forum da Action Coach. O evento, que decorreu na fi nal da passada semana no Hotel Cascais Miragem, contou com a pre-sença especial de Brad Sugars, “chairman & founder” da Action Coach, e reuniu aqueles que são considerados os pequenos e médios empresários de maior sucesso, num evento de referência dentro do panorama empresa-rial europeu.

Em declarações à “Vida Económica”, Te-resa Botelho, “country manager” da Action Coach em Portugal, explica quais os princi-pais benefícios que podem advir de um pro-cesso de coaching e garante que “o que leva alguém a ter um “coach” baseia-se na mesma razão que leva um atleta a ter um treinador”.

Se os atletas profi ssionais não dispen-sam o acompanhamento de um treinador

especializado porque não podem também os gestores, atletas de alta competição em-presarial, ser aconselhados por alguém que, com uma visão geral e exterior, os auxilie no seu desenvolvimento pessoal e profi ssional para que possam atingir o seu potencial?

É desta forma que Teresa Botelho explica o motivo pelo qual um número crescente de pessoas recorre a um “coach”. Segundo a “country manager” da Action Coach em Portugal, os gestores “recorrem cada vez mais ao coaching” porque “todos nós quere-mos crescer e evoluir como pessoas e como profi ssionais, mas, para isso, necessitamos de alguém que nos guie nesse processo”.

Assim sendo, acrescenta Teresa Botelho, “o papel do coach é o da pessoa que diz as verdades, mesmo que elas sejam difíceis de aceitar, mas que está incondicionalmente à disposição do coachee (formando) para o ajudar a evoluir”. Por essa razão, a relação entre o coach e o seu coachee “tem de ser de

À SEMELHANÇA DOS ATLETAS DE ALTA COMPETIÇÃO

Gestores não devem dispensar o acompanhamento de um treinador

total confi ança” e por isso o coach “tem de ter um nível de coerência muito alto, estar perfeitamente alinhado com os seus valores e estabelecer essa relação de forma absoluta-mente credível”.

Distinguindo o “executive coaching”, o treino de executivos de topo, normalmen-te realizado em grandes multinacionais, do “business coaching”, que é direcionado para empresários de pequenas e médias empresas, a responsável nacional da Action Coach identifi ca como maiores benefícios deste processo a “melhoria na capacidade de liderança, o aumento da motivação e da efi cácia e o aumento do foco e da capaci-dade de atingir os resultados pretendidos”. Adicionalmente, podem ainda ser poten-ciadas uma “maior rapidez na adaptação a

uma nova função, a redução do stress e a ultrapassagem de comportamentos desajus-tados”.

“No coaching o objetivo é ajudar a pessoa a evoluir”, nomeadamente, “para outros pa-tamares de consciência mais elevados”, per-mitindo assim ao coachee “compreender-se melhor a si mesmo e à sua equipa, e tor-nando-se, desta forma, um melhor líder”, resume a responsável.

Questionada acerca da duração média de um processo de coaching, Teresa Botelho salienta que “defi nir claramente o que se pretende é a chave para um processo bem conseguido, sem perdas adicionais de tem-po”. “A pressa limita muitas vezes um bom resultado”, acrescenta a representante máxi-ma a nível nacional da Action Coach.

“O papel do coach é o da pessoa que diz as verdades, mesmo que elas sejam difíceis de aceitar”, afi rma Teresa Botelho.

Qualquer Profissional tem de negociar, mas muito poucos estão preparados para essa Arte. Quando um Profissional, que sabe negociar, enfrenta outro que não sabe, o primeiro fica com a melhor parte do negócio. Qualquer Profis-sional deve dominar a arte de negociar bem. Pouco importa se esse poder de negociação é com Fornecedores, Clientes, Superiores, Cole-gas ou Colaboradores. Tem é que existir e ser eficaz! Há vinte anos, os livros sobre técnicas de vendas apresentavam palavras-chave como ética, serviço, relacionamento, trabalho árduo, persistência e lealdade à empresa. Toda a inves-tigação e prática comercial residiam na ideia da construção de amizade e bom relacionamento com o cliente para a sua fidelização. Na primei-ra década de 2000 outras ideias surgiram. Os técnicos comerciais descobriram que o aumento da sua produtividade podia ser melhorado se usassem palavras específicas e métodos de per-suasão. Tornava-se popular a ideia de focalizar nas necessidades do cliente. E agora? Será que os fundamentos das modernas técnicas de vendas como pensar, falar e agir garantem con-seguir manter a melhor atitude, expressando seu máximo potencial a cada dia? Os processos de técnicas de vendas estão a mudar radicalmente visando vencer nos mais adversos cenários de mercado mais competitivo, dinâmico, complexo e exigente. Com este Seminário pretende-se identificar os fundamentos que visem melhorar nos participantes novas abordagens ao mercado.

Inscrições / Informações: Patrícia Flores

Organização: Parceria: PPREÇO: G 80 (+IVA)(Inclui CD com Textos de Apoio, Certificado de Frequência e Estacionamento gratuito no Hotel para os Formandos)

PPORTO 1 MARÇOHotel Holiday Inn Porto Gaia 18:30 ás 22:30

Formador: Drª. Lurdes Viana Licenciada em Gestão de Recursos Humanos e Psicologia do Trabalho. Pós-graduada em Comporta-mento Organizacional. Ampla experiência com mais de 50.000 horas em formação profissional inter e intra organizacional na área comportamental (desenvolvimento de competências pessoais sociais e técnicas de negociação) desde 1992. Durante 15 anos exerceu actividade comercial numa multinacional francesa na área química industrial. Actualmente colabora a nível continental e Ilhas com as mais prestigi-adas entidades de formação profissional. É doutoranda em Psicologia Social, exercendo investigação sobre o impacto da formação profissional nas PME’s portuguesas.

TECNICAS DE VENDA E NEGOCIAÇÃO - Negociar com Sucesso

Page 21: SUPLEMENTOS INCENTIVOS A FUNDO PERDIDO DE 50% PARA … · 2013-02-21 · ilumina) de Rui Zink e que se chama “A instalação do medo”. Vem na página 124 (1ª ed. outubro 2012):

TERESA [email protected]

A partir de junho de 2013, a compra e venda de leite cru de vaca, entre os produ-tores e a indústria de laticínios, vai passar a ter de ser sujeita à celebração de um con-trato escrito. A legislação que o estabelece foi aprovada a semana passada em reunião de Conselho de Ministros e o modelo de contrato tipo será entretanto publicado por portaria, revelou o Ministério da Agri-cultura em comunicado.

A legislação aprovada permite, de acor-do com o Ministério de Assunção Cristas, “introduzir um novo instrumento de regu-lação para o setor do leite e dos produtos lácteos”, uma “maior transparência no se-tor”, assim como “uma maior responsabi-lização dos diferentes operadores”. Tudo, de modo a permitir “uma melhor capaci-dade de gestão da oferta e de volumes de entregas que contribua para uma melhor estabilidade do mercado e equilíbrio nas relações comerciais entre os vários agentes da cadeia”.

Dos novos contratos devem constar os seguintes elementos obrigatórios: identi-fi cação das partes, preço, quantidade de leite, calendarização do fornecimento, mo-dalidades de entrega ou recolha do leite, prazos, as condições e os procedimentos de pagamento, a duração do contrato e as res-petivas causas de cessação, designadamen-te por denúncia, e as regras aplicáveis em caso de força maior.

Em declarações à comunicação social, o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, explicou que con-sultaram o setor e que este “foi unânime quanto à opção de tornar obrigatórios os contratos escritos de compra e venda de leite cru”.

Ainda assim, explica o governante, ape-sar dessa obrigatoriedade, não há limitação da liberdade contratual das partes. “Ape-nas introduzimos a obrigação de reduzir a escrito as condições de compra e venda e regulamentamos os elementos obrigatórios

que têm de constar nesses contratos”, cla-rifi cou José Diogo Albuquerque, deixando implícito que continuará a haver liberdade negocial para alterar os contratos, ainda que escritos.

Certo é que, a partir de junho, os com-pradores de leite cru são obrigados a de-clarar ao IFAP a informação necessária ao acompanhamento e monitorização dos contratos celebrados, fi cando também es-tabelecido um regime sancionatório espe-cífi co e atribuídas à ASAE as competências de fi scalização.

TERESA [email protected]

A “Vida Económica” apresenta publica-mente, a 28 de fevereiro próximo, pelas 19 horas, na Ordem dos Médicos (secção re-gional do Porto), o livro do professor uni-versitário, formador e ex-administrador do Hospital de S. João, Mário Jorge Carvalho, intitulado “Gestão em Saúde em Portugal - uma década perdida”.

Numa nota introdutória ao livro, Luís Pina Rebelo, da Católica Business School, destaca no autor a “incessante busca pela avaliação justa e verdadeira das diferentes políti cas implementadas na Saúde ao longo duma inteira década”, frisando que Mário

Jorge Car valho faz, nesta obra, “uma expo-sição do quão pouco se acrescentou neste setor, em tan to tempo”.

Acrescenta ainda que os “constantes redi-recionamentos políticos e falta de orientação estratégica, estrutural e de longo prazo”, co-locam “a descoberto a falta de meca nismos de avaliação séria dessas medidas, tomadas sem consubstanciação em qualquer forma de análise ou aprendizagem com o passado”.

Frisando a experiência do autor da obra como administrador hospitalar, Luís Pina Rebelo elogia a “visão exigente” de quem esteve do “lado de lá”, do fi nanciamento da Saúde, “fruto dos seus largos anos de expe-riência em anteriores cargos de direção na banca”, concluindo que esta será “uma das

poucas obras que procura a congregação des-ses dois pontos de vista, tão particularmente pertinentes para Portugal nos dias de hoje”.

Contratos obrigatórios no setor do leite entram em vigor em junho

Vida Económica lança livro “Gestão em Saúde em Portugal”

Rozés distinguida nos vinhos generosos“Melhor Empresa de Vinhos Generosos 2012” foi a distinção atri-buída pela Revista de Vinhos à Rozès, num jantar no Centro de Congressos e Exposições da Alfândega do Porto. Nesta gala, consi-derada os “Óscares dos Vinhos”, foram ainda galardoados o Quin-ta do Grifo Porto Vintage 2009 e o Rozès Porto Vintage 2009, na categoria dos melhores por Região.

Nestlé adere ao Fórum de Empresas para Igualdade de Género

A Nestlé Portugal assinou o Acordo de Adesão ao Fórum de Empresas para a Igualdade de Gé-nero (IGEN), promovido pela Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE). Com a assinatura deste acordo a Nestlé Portugal reforça os seus compromissos na conciliação entre vida profi ssional, pessoal e familiar e proteção na parentalidade.

NEGÓCIOS E EMPRESAS

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 21

Universidades criam projeto ACTIPEP com empresas do setor agroalimentar

TERESA [email protected]

A Faculdade de Medicina da Universi-dade do Porto (FMUP), a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto (ESB-UCP) e a Escola SuperiorAgrária de Coimbra juntaram-se às empre-sas Frulact, Saloio, Unicer e Biostrumentpara o desenvolvimento de novos alimen-tos com melhorias nutricionais. Para tal,utilizaram subprodutos excedentes usadosna indústria alimentar, ricos em proteína, como o soro láteo obtido na produção de queijo e a levedura de cerveja.

Questionadas pela “Vida Económica”à margem do evento, Manuela Pintado, investigadora da ESB-UCP e responsável pelo projeto ACTIPEP, Conceição Ca-lhau, investigadora da FMUP, e Isabel Bra-ga da Cruz, gestora de projetos do Pólo deCompetitividade “Portugal Foods”, realça-ram a importância do trabalho em parceriaentre empresas e universidades.

“Quando as empresas têm necessidadesde inovação e até de internacionalização que tocam na inovação, têm, normalmen-te, uma grande apetência para fazerempontes com o sistema científi co”. E issopermite “desenvolver e conseguir novos produtos mais diferenciadores para atingirmercados internacionais”, disse Isabel Bra-ga da Cruz à “Vida Económica”.

Questionada sobre em que medida a ESB-UCP pode ajudar as empresas a aju-dar a colmatar as necessidades em termosde inovação para o desenvolvimento de novos produtos, Manuela Pintado referiu“o conhecimento e o ‘know-how’ acumu-lado pela ESB ao longo dos últimos anos, nomeadamente na área agro-alimentar”.Realçou, aliás, que “a perspetiva, a postu-ra e a confi ança das empresas no sistemacientífi co mudou radicalmente ao longo dos últimos anos”, sendo que a ESB detém já parcerias com mais de 50 empresas, ha-vendo um “interesse crescente” neste tra-balho em comum.

Por sua vez, Conceição Calhau, docen-te e investigadora da FMUP, explicou que “a Medicina tem tudo a ver com a indús-tria agro-alimentar, pois estamos a falarem consumos, com fatores que são deter-minantes para a saúde e para a doença eque, portanto, faz todo o sentido que estainvestigação de translação aconteça”. Daí do envolvimento da FMUP neste projetoACTIPEP.

Page 22: SUPLEMENTOS INCENTIVOS A FUNDO PERDIDO DE 50% PARA … · 2013-02-21 · ilumina) de Rui Zink e que se chama “A instalação do medo”. Vem na página 124 (1ª ed. outubro 2012):

Sou gerente de uma empresa que se encontra a atravessar um difícil momento. Pelos jornais, apercebi-me que há uma possibilidade de vir a receber subsídio de desemprego, na eventualidade de a empresa fechar. É assim?

Foi publicado em 25 de janeiro o Decreto-Lei n.º 12/2013, que re-gula o novo regime jurídico de proteção no desemprego dos traba-lhadores independentes com atividade empresarial e dos membros dos órgãos estatutários das pessoas coletivas.Para concessão deste subsídio, considera-se desemprego toda a situação de perda de rendimentos decorrente de empresa ou de cessação de atividade profissional de forma involuntária do benefi-ciário, que esteja inscrito no centro de emprego. Conforme explicitado no artigo 6.º do mencionado diploma legal, o encerramento da empresa ou a cessação da atividade profissional considera-se involuntária sempre que for baseada em:a) Redução significativa do volume de negócios que determine o

encerramento da empresa ou a cessação da atividade para efeitos e IVA (ou seja, quando exista uma redução do volume de fatu-ração da atividade igual ou superior a 60% no ano relevante e nos dois imediatamente anteriores e apresentação de resultados negativos);

b) Sentença de declaração de insolvência que determine o encerra-mento total e definitivo da empresa, desde que a atividade dos gerentes e administradores não tenha sido qualificada como cul-posa;

c) Ocorrência de motivos económicos, técnicos, produtivos e or-ganizativos que inviabilizem a continuação da atividade econó-mica ou profissional;

d) Motivos de força maior;e) Perda de licença administrativa quando esta seja exigida para o

exercício da atividade e essa perda não seja tenha sido fruto de uma atuação incorreta por parte do beneficiário (designadamen-te por incumprimentos contratuais).

No que diz respeito ao tipo de prestações a conceder, estabelece o artigo 4.º do Decreto-Lei 12/2013 que se pode atribuir ao benefi-ciário o subsídio por cessação de atividade profissional e o subsídio parcial por cessação de atividade profissional. O montante diário do subsídio por cessação da atividade profissional é de 65% da remuneração de referência.Quanto ao âmbito pessoal, o artigo 3.º do diploma legal em análise preceitua que este regime de proteção abrange os trabalhadores in-dependentes com atividade empresarial e os membros dos órgãos estatutários das pessoas coletivas que exerçam funções de gerência ou administração. O n.º 2 do mesmo artigo esclarece os tipos de trabalhadores independentes que são alvo do regime, como, por exemplo, os empresários em nome individual com rendimentos decorrentes do exercício de qualquer atividade comercial ou indus-trial ou os cônjuges dos trabalhadores independentes que com eles exerçam a atividade.Para requerer esta proteção, o beneficiário terá de preencher os se-guintes requisitos, cumulativos:a) Encerramento da empresa ou cessação da atividade profissional

de forma involuntária;b) Cumprimento do prazo de garantia;c) Situação contributiva regularizada perante a segurança social, do

próprio e da empresa;d) Perda de rendimentos que determine a cessação de atividade;e) Inscrição no centro de emprego da área de residência, para efei-

tos de emprego.Quanto ao prazo de garantia, indica o artigo 9.º do Decreto-Lei que ascende aos 720 dias de exercício de atividade profissional, com o correspondente registo de remunerações num período de 48 meses imediatamente anterior à data da cessação de atividade. O requerimento dos subsídios por cessação da atividade é instruí-do com documentos comprovativos da involuntariedade do encer-ramento da empresa e da data a que este se reporta. Os beneficiá-rios têm o dever de conservar os originais dos meios de prova, pelo prazo de cinco anos, bem como o dever de os apresentar sempre que solicitados pelos serviços competentes.Em suma, se, no caso em apreço, o gerente da empresa reunir to-dos os requisitos previstos no Decreto-Lei n.º 12/2013, de 25 de janeiro, poderá ser beneficiário de um subsídio total ou parcial por cessação de atividade profissional.Este diploma legal vem trazer a possibilidade de os membros dos órgãos estatutários das sociedades virem a ser protegidos na eventu-alidade de cessação da atividade da empresa. Esta é uma novidade no panorama legal nacional, que poderá ter um impacto muito forte.

O Porto atualO Porto, enquanto cidade e enquanto região, tem vindo a registar uma quebra acentuada ao nível do investimento produtivo, da dinâmica sociocultural, das oportunidades de emprego para todos, nomeadamente para os jovens, e tem assistido, em geral, a uma perda de competitivi-dade da região a nível nacional e internacional.Urge então inverter esta situação, que, não é ne-cessariamente uma fatalidade!Para tal, é fundamental acreditar em novas ideias, novos projetos, novas oportunidades, enfim, numa nova forma de fazer e de estar na vida política, quer ao nível local, quer ao nível regional, ou nacional, onde as ideias e contri-butos dos cidadãos terão que se fazer ouvir se-guramente!Esta minha convicção, de há várias décadas, tornou-se uma certeza ainda maior quando a campanha para as autárquicas está prestes a sair à rua e as ideias e projectos começam a sentir-se e a movimentar-se. Esperemos que a campanha decorra com elevação e seja rica em debate de ideias e propostas.Há projetos e ideias simples de implementar e transformar em projectos e causas de sucesso, sem que isso represente necessariamente um custo financeiro acrescido para as gerações fu-turas. Muito pelo contrário! Poderão ter até um efeito de incrementação e de alavancagem da economia e de outros novos projectos e opor-tunidades.O Porto é uma região com excelentes recursos naturais e humanos e com fatores de diferen-ciação que poderão estar na base de um suces-so que pode ser facilmente conseguido, muitas vezes, através de simples parcerias estratégicas com operadores e agentes locais, como acontece com as estruturas portuárias e aeroportuárias, companhias de aviação e interfaces de caminhos de ferro, operadores turísticos que, na região norte, só o Porto tem!O Porto cidade ou região só terá a ganhar em articular-se com outras regiões, permitindo-lhe ganhar escala a nível nacional e internacional, buscando sempre a complementaridade e diver-sidade da oferta e da procura.A Câmara do Porto deveria ela própria liderar essa dinâmica através da criação de uma estru-tura adequada, seja ela qual for, com especiais incumbências na área do “Desenvolvimento Regional Integrado”, que permitisse estudar, avaliar, apoiar e incrementar as oportunidades e potencialidades da região.

Eis algumas ideias e sugestões, que poderiam nortear a implementação desse projeto:

I – Objetivos a alcançar

I.1 - Criar “escala” e dimensão competitiva à cidade e à região Porto ao nível nacional e in-ternacional, tendo como referência as cidades europeias de estrutura idêntica à do Porto;I.2 - Criação de uma maior dinâmica entre re-giões fomentando o desenvolvimento territorial articulado, coeso e integrado entre uma popula-ção mais urbana do litoral e uma população do interior, mais desfavorecida, com ganhos para ambas as partes. Uns ganham porque vendem e escoam os seus produtos e os outros porque compram mais barato e com mais qualidade. Essa estrutura deveria ser criada em forte arti-culação com o Ministério da Economia e com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Re-gional. I.3 - Potenciar a “Marca Porto” a nível, local, regional e internacional, tendo em conta duas

perspectivas: i) A valorização e promoção dos “pontos fortes” e a ii) Deteção e correcção dos “pontos fracos”;I.4 – Promoção do desenvolvimento articulado com o interior, numa lógica de complementari-dade valorizando aspectos tais como:i) Artes, saberes, e ofícios, específicos de cada

região;i) Rentabilização da oferta e potencial turístico,

bem como a beleza natural de cada região, de-vidamente articulado com as estruturas e ca-pacidade instaladas na região Porto (exemplo do aeroporto e dos portos de mar).

São exemplos disso, o Douro vinhateiro, o Ge-rês, o parque natural de Montesinho, o Alvão, as Fisgas de Ermelo, Lamas de Olo… entre ou-tros locais de excelência, e que, internacional-mente não são divulgados ou conhecidos;iii) Valorização da oferta gastronómica e dos

produtos regionais, tais como: as tripas à moda do Porto, as francesinhas, o vinho do Porto e do Douro, o vinho Alvarinho, os en-chidos, os queijos, os chás, as carnes das raças autóctones, o mel, os doces e compotas, os frutos secos, o azeite e derivados, o folar e o pão, etc, etc, etc…..

iv) Fortalecer a lógica de complementaridade entre regiões em vez da competição e divisão.

v) Fortalecer a coesão e inovação social articu-lado políticas entre regiões, nomeadamente, por exemplo, quanto a politicas de habitação, de infra-estruturas, e até de mobilidade de pessoas;

II – Aspetos a evitar

II.1 – Deve evitar-se cair na tentativa de fazer crer que o Porto quer ser capital de um país, ou de uma região mais alargada para além das suas fronteiras físicas, e que, na realidade, não o é nem será de facto! Nem tem interesse em sê-lo.II.2 – Deve evitar-se avançar para propostas concretas nesta área, sem antes ouvir e conciliar posições com os diversos decisores políticos e administrativos, das restantes regiões, de for-ma a procurar consensos e o envolvimento do maior número possível de entidades e regiões.II.3 – Deve evitar-se o desenvolvimento de pro-jetos sem retorno económico e social, evitando--se assim o incremento de investimento (que na realidade não é mais que mera despesa) que não seja virtuoso ou (re)produtivo.

III – Incrementos económicos e sociais

Deve-se pretender atingir objetivos tais como: III.1 – Estudar a possibilidade de exportar bens e serviços, aproveitando os milhares de portu-gueses na diáspora e outros potenciais clientes não residentes;III.2 – Celebração de protocolos com operado-res locais sediados no Porto (ex: companhias de aviação e o porto de Leixões) para privilegiar a exportação de produtos locais e regionais úni-cos e sem concorrência à escala internacional, levando os nossos produtos mais genuínos ao encontro de futuros potenciais consumidores;III.3 – Celebração de protocolos com associa-ções de produtores, de comerciantes, com ou-tros municípios, com associações de turismo, etcIII.4 – Celebração de protocolos com o Insti-tuto de Emprego e Formação Profissional, de forma a não esquecer o emprego jovem, nomea-damente aqueles jovens que possuem formação na área do turismo ou em línguas, e de pessoas de idade mais avançada ou em situação de de-semprego de longa duração.

O subsídio de “desemprego” para gerentes e administradores

Um Porto novo….….. QUE APOSTA NO DESENVOLVIMENTO REGIONAL INTEGRADO

RICARCO MEIRELESadvogadoGabinete de Advogados António Vilar & Associadosricardomeirelesvieira@antoniovilar.ptwww.antoniovilar.pt

DUARTE TRAVANCA [email protected]

NEGÓCIOS E EMPRESAS

22 SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013

Page 23: SUPLEMENTOS INCENTIVOS A FUNDO PERDIDO DE 50% PARA … · 2013-02-21 · ilumina) de Rui Zink e que se chama “A instalação do medo”. Vem na página 124 (1ª ed. outubro 2012):

nidos nos concursos públicos. Por outro lado, considera que é essencial assegurar o cumprimento dos prazos de pagamento, que, não sendo cumpridos, têm um efei-to de bola de neve em todo o setor, sendo muitas vezes a desculpa para que quem até pode pagar não o faça.

Adianta a este propósito: “Quase todo o setor está asfixiado pela falta de liquidez, pelo que as medidas que atuem diretamen-te na tesouraria das empresas são particular-mente importantes. É essencial que se levem efetivamente à prática medidas como o IVA de caixa ou se acelere a libertação de fun-

dos do PAEL, de modo a possibilitar que os municípios cumpram os seus compro-missos. É também importante acompanhar de perto o sistema bancário, assegurando a manutenção da liquidez e controlando a atual escalada dos custos financeiros que absorvemos ganhos de competitividade. O apoio à exportação deve ser fomentado pela simplificação dos processos de candidatura ao QREN, tornando-os mais acessíveis e práticos a todas as empresas.”

Para o empresário, é ainda muito impor-tante que se procure combater o clima de receio instalado, fomentando um ambien-te de confiança entre todos os agentes de mercado e que se procure “reformular um dos pilares mais importantes das econo-mias desenvolvidas, o sistema judicial, de modo a que a Justiça não falhe, nem tar-de”. Finalmente, defende que não se deve procurar moralizar o sistema, mas antes credibilizar o Estado e a política.

A Larus tem encontrado soluções para fazer face à crise, quer através da internacionalização, quer por via da diversificação do produto. Pedro Martins Pereira, fundador da empresa, lamenta que o preço se tenha transformado na palavra de ordem, a par da cópia.

O setor do mobiliário urbano atravessa sérias dificuldades. Os principais clientes nacionais são fornecedores de autarquias ou os próprios municípios, com falta de meios para investimentos no espaço públi-co, facto que tem feito emagrecer o mer-cado.

O que se verifica neste momento é uma concorrência irracional entre as empresas, cujo posicionamento assenta apenas no preço. Entretanto, as dívidas das autarquias anteriores a 2012 permanecem por pagar, aguardando pelos anunciados Planos de Apoio à Economia Local (PAEL), cujos meios financeiros tardam em ser liberta-dos. “Para além da diminuição do investi-mento público, as dificuldades financeiras sentidas pelos clientes tornam o recebi-mento uma tarefa cada vez mais exigente e dispendiosa. O aumento da probabilidade de incumprimento levou a empresa a ado-tar estratégias que lhe permitem partilhar o risco do crédito concedido e profissio-nalizar a sua análise, designadamente pelo recurso ao seguro de crédito.”

Para fazer face a um contexto interno muito difícil, a Larus tem dado especial atenção ao seu processo de internacionali-zação, “tirando partido da sua capacidade de desenvolvimento de novos produtos integrados nos espaços de destino, inter-pretando a cultura local e incorporando o conhecimento e a experiência dos seus se-tores de projeto e técnicos”. A internacio-nalização tem evoluído para os territórios da Europa Central, do Médio Oriente, Sul e Norte de África e América Central. “A Larus tem capacidade para apresentar soluções nos locais mais diversificados, fa-cilitando a tarefa da internacionalização. É percebido o contexto cultural e histórico de diferentes locais para onde se projeta, valorizando a sua identidade.” Tendo em conta a produção de equipamentos para o espaço público, são desenvolvidas diversas linhas de equipamento urbano.

O efeito de bola de neve

Pedro Martins Pereira chama a atenção para a necessidade de assegurar a transpa-rência do investimento público realizado, garantindo o respeito pelos critérios defi-

PEDRO MARTINS PEREIRA, FUNDADOR DA LARUS CONSIDERA

Existe uma concorrência irracional entre as empresas

As medidas que atuem diretamente na tesouraria das empresas são particularmente importantes

“A Larus está a contornar a crise através do processo de internacionalização e de produtos diferenciados”, de acordo com Pedro Martins Pereira.

NEGÓCIOS E EMPRESAS

Portal da APESPE gera 100 oportunidadesde emprego diáriasO Portal de Emprego da Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego (APESPE) fechou o ano de 2012 com o registo de 6339 candidatos inscritos e facultou uma média diária de 100 anúncios de oferta de emprego. A área Vendas/Comercial (22%) foi a que verificou maior oferta de emprego.

Abertas as inscrições para a 5ª edição do GREITJá estão abertas as inscrições para a 5ª edição do GREIT (Group for Research on European and International Taxation) que o IDEFF está a organizar. O curso vai decorrer entre os dias 3 e 7 do próximo mês de junho, em Lisboa e abrange ma-térias ligadas com a “Recente evolução nas diretivas fiscais da UE” e com as relacionadas com os regimes transfronteiriços.

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 23

Galp Energia

com resultado

líquido de 359

milhões de eurosFERNANDA SILVA [email protected]

O resultado ajustado da Galp Energia foi de 359 milhões de euros, mais 108milhões do que em 2011. Este aumentodeveu-se essencialmente ao incrementoda produção de petróleo e de gás na-tural no Brasil, à evolução positiva das margens de refinação e ao aumento dasvendas de GNL no mercado internacio-nal”. A informação é avançada pela Galp Energia, que, em comunicado, refereainda o facto da produção total de petró-leo e gás natural ter aumentado 17% faceao ano anterior.

A produção “net entitlement”, ou seja, aquela a que a Galp Energia tem de factodireito, subiu 49% face a 2011 devido ao aumento de produção no Brasil, que compensou a diminuição da produçãoem Angola.

“O resultado operacional a custo desubstituição no ano de 2012 foi de 245milhões de euros, um aumento de 116milhões de euros face ao ano de 2011, oque se deveu essencialmente ao aumentode 49% da produção net entitlement”,informa a Galp Energia.

O volume de vendas a clientes diretos diminuiu 5%

Em termos de produção, o gasóleo teve um peso de 33%, seguido das gasolinas e do fuelóleo, que contribuíram com 21%e 22% respetivamente.

O volume de vendas a clientes diretos em 2012 diminuiu 5% face a 2011, para10 milhões de toneladas, o que se ficou a dever, segundo a petrolífera, “ao contextoeconómico adverso que continua a afetara procura de produtos petrolíferos na Pe-nínsula Ibérica”.

Já as exportações para fora da Penínsu-la Ibérica situaram-se nos 3,3 milhões de toneladas, mais 24% que em 2011.

No final de 2012, a Galp Energiacontava com 1486 estações de servi-ço na Península Ibérica, menos seisdo que em 2011, “em resultado do esforço de racionalização e aumentoda eficiência da rede”, pode ler-se no comunicado.

No que diz respeito às vendas de gás natural, em 2012 foram de 6,25 bcm (mil milhões de metros cúbicos), um au-mento de 17% em relação a 2011, em resultado, principalmente, do aumento dos volumes de GNL vendidos no seg-mento de trading.

Já as vendas de eletricidade à rede, foram de 1298 GWh, “um aumentode 8% face ao período homólogo de 2011.

Page 24: SUPLEMENTOS INCENTIVOS A FUNDO PERDIDO DE 50% PARA … · 2013-02-21 · ilumina) de Rui Zink e que se chama “A instalação do medo”. Vem na página 124 (1ª ed. outubro 2012):

Alguns dos maiores grupos do setor imo-biliário sediados em Portugal participaram numa ação estratégica de apresentação dos imóveis a investidores russos que decorreu na semana passada na Residência da Em-baixada Portuguesa na Rússia.

A representar a zona sul do país esteve o Lux Tavira, um empreendimento loca-lizado em Luz de Tavira e composto por 48 moradias e 12 apartamentos, que desde 2010, ano da sua conclusão, tem captado o interesse de ingleses, belgas, espanhóis e escandinavos. Prepara-se agora para aderir ao novo regime de alojamento local.

Foi igualmente apresentado o Convento das Bernardas, localizado na cidade de Ta-vira. Este convento da Ordem de Cister foi fundado em 1509 e recentemente reabili-tado para fins habitacionais pelo arquiteto Souto Moura, prémio Pritzker 2011.

Duarte Guerreiro, representante do En-treposto Gestão Imobiliária, explica que a presença no evento tem como objetivo dar a conhecer a compradores produtos dife-renciadores no sector imobiliário que cor-respondem às expectativas deste mercado.

Em destaque esteve também a ACROSS, uma parceria entre a Imogalvão e a Socie-dade de Advogados FCB&A, com a sua oferta de serviços integrados e globais que garantem a satisfação do cliente: “será dis-ponibilizado todo o apoio jurídico, logísti-co e de tradução, uma base de dados com produtos pré-selecionados e aconselha-mento na escolha do produto que satisfaça os requisitos e as necessidades do cliente”, afirma Guilherme D’Orey da Imogalvão.

Esteve também representado o empre-endimento Mais Campo Grande, uma aposta da Habiprede, do grupo Rentipar. É constituído por 144 apartamentos de di-versas tipologias, que se estendem do T1 ao T6, abrangendo um perfil alargado de moradores.

Ana Noya, directora comercial da Ha-biprede, acredita “que a iniciativa foi uma mais-valia para vender Portugal e os seus produtos como apetecíveis para investido-

res e indivíduos com poder de compra.” A iniciativa reuniu um público-alvo dis-

tinto, desde agentes imobiliários, operado-res turísticos, profissionais do sector bancá-rio, particulares estrangeiros e investidores russos com poder de investimento em Por-tugal no sector do imobiliário de luxo.

Primeiro visto gold já foi atribuído

O objetivo é atrair investimento para Por-tugal através da promoção de projetos dife-renciadores do setor do imobiliário de luxo e fomentar a troca de contactos entre enti-dades internacionais, ao mesmo tempo que reforça a necessidade de “vender” Portugal como destino empreendedor e turístico.

O evento surge numa altura em que o ministro de Estado e dos Negócios Estran-geiros, Paulo Portas, entregou o primeiro

visto gold, uma autorização de residência para investidores estrangeiros que invistam em Portugal.

Investimento deve ser superior a 500 mil euros

As recentes alterações ao regime jurídico de entrada e permanência de estrangeiros no território nacional introduziram (entre outros) a criação de um mecanismo que permite a nacionais de países terceiros ob-ter a autorização de residência em Portu-gal, em caso de realização de determinados investimentos em território nacional – os chamados “golden visas”.

A nova lei dos vistos entrou em vigor a 8 de outubro de 2012, foi revista e alterada a 28 de janeiro de 2013. Garante o direito a uma autorização de residência em Portugal

a qualquer pessoa estrangeira que realize uma atividade de investimento que garan-ta a transferência de capitais num montan-te igual ou superior a um milhão de euros, crie pelo menos dez postos de trabalho ou adquira bens imóveis num valor igual ou superior a 500 mil euros.

Esta autorização tem validade de um ano, podendo ser renovável por sucessivos períodos de dois anos, tendo o investimen-to inicial de se manter por um período mí-nimo de cinco anos. Como consequência da autorização de residência em Portugal, os investidores terão possibilidade de cir-cular livremente em qualquer país do es-paço Schengen.

Investimento russo concentra-se no imobiliário

Segundo a AICEP, a maioria do investi-mento bruto da Rússia em Portugal desti-nou-se, em 2011, às atividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas e ao comércio por grosso e a retalho.

O clima de confiança criado pela estabi-lidade política dos últimos anos na Rússia e os bons resultados económicos e finan-ceiros alcançados têm vindo a refletir-se no poder de compra das famílias.

O “Sol e Mar” continua a ser o produto mais procurado pelos russos.

No mercado internacional, a grande aposta dos investidores russos reside na compra para aluguer posterior e nesse sen-tido obter elevadas taxas de rentabilidade. Em Portugal assistimos a um crescimento gradual do investidor russo que compra imóveis com valores entre os dois e os três milhões de euros.

Imóveis portugueses apresentados a investidores russos

Terra Nostra lança passatempo promocional no facebookTerra Nostra, o queijo flamengo líder em Portugal, está a desafiar os fãs da sua página de Facebook para participarem num passatempo e ganharem uma viagem aos Açores. Para ganhar a viagem à terra de Origem do Queijo Terra Nostra, a marca incentiva os fãs a trazerem o maior número de ami-gos para a comunidade.

NEGÓCIOS E EMPRESAS

24 SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013

Novos mercados para a AirfreeA Airfree assinala como “muito bons” os resultados obtidos na presença na VDTA / SDTA - Las Vegas Convention 2013, que acaba de decorrer. A produtora dos purificadores de ar entrou num segmento de mercado diferente, o da distribuição de aparelhos aspiradores de pó, chegando desta forma a cerca de quatro mil lojas nos EUA.

O Convento das Bernardas, localizado na cidade de Tavira, foi um dos imóveis apresentado aos investidores russos.

O Harmony PreNatal Test, o novo teste não invasivo, para o despiste das três principais Tris-somias (T21, 18, 13), é efetuado de modo simples e seguro, numa amostra de sangue periférico ma-terno, e permite obter resultados com elevado grau de exatidão.

O Centro de Medicina Labo-ratorial Germano de Sousa, com experiência de mais de 10 anos no Rastreio Pré-Natal, estabele-ceu desde início deste ano uma

parceria com a Ariosa Diagnosti-co, Inc (San Jose CA, USA), res-ponsável pelo desenvolvimento deste exame.

O novo teste vai contribuir para a diminuição da taxa de fal-sos positivos (< 0,1%) e de teste invasivos (atualmente cerca de 50 em cada 1000 grávidas fazem amniocentese ou biópsia das vilosidades como resultado dos testes de rastreio correntes e pas-sarão para menos de 1 em cada

1000 grávidas). As grávidas passam a dispor de

um método 100% seguro, com total ausência de risco para o seu bebé e com taxas de deteção mui-to próximas às dos métodos de diagnóstico convencionais (am-niocentese e biópsia das vilosida-des) de > 99%.

O teste vai ser disponibilizado por 670 euros, para já, mas espe-ra-se o acordo com as principais seguradoras.

Grupo Germano de Sousa disponibiliza novo teste pré-natal

Em Portugal, o investidor russo compra imóveis com valores entre os dois e os três milhões de euros.

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Sistema de incentivos de apoio local

a microempresas

Tive conhecimento de que terá sido criado um programa de apoio a microempresas localizadas no interior do País. Sou sócio-gerente de uma microempresa de comércio tradicional. Poderei candidatar-me?

RESPOSTAFoi criado no passado dia 15 de Fevereiro o Sistema de Incentivos de Apoio Local a Microempresas (SIALM), que se destina a apoiar o investimento e a criação líquida de postos de trabalho por parte de microempresas localizadas em territórios de baixa densidade.São elegíveis os projetos com investimento inferior a 5000 J localizados nas regiões rurais com problemas de interioridade e os projetos com investimento entre 5000 J e 25 000 J localizados em freguesias com problemas de interioridade, não consideradas como freguesias rurais e, como tal, não abrangidas pela Ação 3.1.2 do PRODER.Os projetos devem, ainda, cumprir as seguintes condições:Não estar iniciado à data de apresentação da candidatura; Dispor de fi nanciamento adequado à sua concretização; Apresentar, no pós-projeto, uma autonomia fi nanceira igual ou superior a 0,15; Manter afetos à respetiva atividade os ativos respeitantes ao investimento apoiado, bem como a localização geográfi ca defi nida no projeto, durante o período de vigência do contrato de concessão de incentivos e, no mínimo, durante três anos após a conclusão do projeto;Conduzir à criação líquida de postos de trabalho, não sendo contabilizados para o efeito os sócios, gerentes e trabalhadores de outra empresa do grupo contratados pelo benefi ciário;Ter uma duração máxima de execução de 18 meses.As condições de acesso dos promotores são:Estarem legalmente constituídos e registados; Serem microempresas certifi cadas eletronicamente; Disporem de contabilidade organizada; Terem a sua situação regularizada em matéria de licenciamento; Apresentarem resultados positivos, antes de impostos, no último exercício económico declarado para efeitos fi scais; Terem a situação contributiva regularizada perante o Estado e a Segurança Social. Aplicam-se dois tipos de apoio: incentivo ao investimento e incentivo à contratação. O incentivo ao investimento, a fundo perdido, corresponde a 50% das despesas elegíveis. No caso do incentivo à contratação, temos os seguintes limites:Apenas são apoiados a criação de até 2 postos de trabalho;O apoio consiste num montante fi xo, por posto de tra balho, correspondente a:419,22J (IAS) multiplicado por 12 vezes, para trabalhador sem ensino secundário completo;1,25 vezes o IAS multiplicado por 12 vezes, para trabalhador com ensino secundário completo ou ensino pós-secundário completo;1,65 vezes o IAS multiplicado por 12 vezes, para trabalhador com licenciatura ou mestrado;Os postos de trabalho preenchidos por jovens, entre os 18 e os 30 anos, desempregados ou à procura do primeiro emprego, inscritos no centro de emprego há pelo menos 4 meses, terão uma majoração de 50%.O período de candidaturas encontra-se aberto em regime contínuo até 9 de Dezembro de 2013, terminando a primeira fase em 1 de [email protected] 228 348 500

NEGÓCIOS E EMPRESAS

Os turistas estão a gastar mais du-rante as visitas em lazer ao Porto e Norte de Portugal. Entre os meses de outubro e dezembro – de acordo com estudo trimestral sobre o perfi l dos turistas que visitam a região, desen-volvido pelo IPDT – Instituto de Tu-rismo – o gasto médio situou-se nos 678 euros. Trata-se de um aumento de 15 por cento face ao mesmo pe-ríodo de 2011, durante o qual, em média, os turistas despenderam 591 euros. Os dados obtidos sustentam a tendência de aumento dos gastos, já registada no terceiro trimestre de 2012. Entre os meses de julho e se-tembro, os turistas haviam gasto, em média, 693 euros, durante a visita ao Norte do país, mais 10% do que no período homólogo.

Este dado torna-se tanto mais inte-ressante quanto o estudo dá conta de que o rendimento médio do turista em lazer – fi xado nos 2068 euros – caiu mais de 250 euros face ao período homólogo de 2011, outra tendência que se tem vindo a repercutir. O va-lor gasto no último trimestre de 2012 supera, inclusive, os gastos obtidos em 2010 (655 euros por turista), pelo que, e desde que o estudo é levado a cabo, nunca o gasto dos turistas em lazer du-rante o último trimestre do ano foi tão elevado como em 2012. No segmento de negócios, o gasto médio quedou-se pelos 548 euros, um valor ligeiramen-te inferior ao verifi cado em 2011 (553 euros). Quando comparado com os valores registados em 2010 (662 eu-ros), a quebra nesta vertente ascende a 20%.

Os dados relativos ao último tri-mestre de 2012 mostram que quer a TAP quer a Ryanair continuam a consolidar a posição de liderança no que concerne ao transporte de turistas para o Norte do país nos segmentos de negócios e de lazer, respetivamen-

te. Durante o período em questão, as quotas de mercado da companhia de bandeira nacional e da low-cost irlan-desa fi xaram-se nos 65 (TAP) e nos 67 por cento (Ryanair). A companhia portuguesa foi mesmo aquela que mais viu a quota de mercado disparar face a igual período de 2011, quando esta se situava nos 44,4%.

No último trimestre de 2012, a es-tada média dos visitantes nesta região situou-se nas 7,77 noites, contra as 14,44 registadas no período homólogo de 2011.

O Grupo Rangel, através da Rangel Pharma, decidiu apoiar a iniciativa governamental de apoio ao povo mo-çambicano, com a recolha, armazena-mento e organização da expedição de oito toneladas de medicamentos para Moçambique, que deverão ser envia-dos nos próximos dias.

A operação levada a cabo pelo Mi-nistério da Saúde e pelo Infarmed en-volve equipamentos de “stockagem” e de climatização, para produtos farma-cêuticos.

“Decidimos entrar nesta operação, pois sentimos que podíamos marcar a diferença na gestão de oito tonela-das de produtos farmacêuticos, sem

que haja qualquer alteração das suas composições”, afi rmou no Montijo o presidente do Grupo Rangel, Eduardo Rangel.

O secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, e o Presidente do Infarmed, Eurico Alves, visitaram esta semana a Rangel Pharma, no Montijo, para verifi car o andamento da opera-ção.

“Estamos envolvidos com Moçam-bique, temos lá uma empresa, e senti-mo-nos na obrigação de ajudar o povo moçambicano”, adiantou Eduardo Rangel, assegurando que esta operação é “pro bono”.

A Rangel Pharma, entidade de ca-

pital exclusivamente português, en-trou no mercado em 2009 e desde janeiro de 2012 que ocupa já 9000 m2, promovendo 250 000 entregas por ano para o universo dos seus clientes.

Os primeiros passos do grupo em Moçambique foram marcados pela compra de uma empresa local, no iní-cio de 2012, hoje denominada Rangel Moçambique.

Para 2013, o Grupo Rangel prevê inaugurar uma fi lial em Nacala, bem como arrancar com a construção de um Terminal Logístico em Maputo, representando um investimento de 3 milhões de dólares.

ESTUDO DO IPDT – INSTITUTO DE TURISMO REVELA

Turistas aumentam despesa média no Porto e Norte de Portugal

Grupo Rangel gere medicamentos para Moçambique

PLMJ apoia transações internacionaisA PLMJ, Sociedade de Advogados, acaba de constituir uma equipa especializada no acompanhamento de transações in-ternacionais e grandes projetos de investimento. Coordena-da pelo sócio fundador PLMJ Luís Sáragga Leal, a equipa conta com sete advogados e com a colaboração do Consul-tor PLMJ Emílio Rui Vilar.

Optimus apresenta solução inovadora A Optimus disponibiliza o OneCare-Safe, uma solução inovadora que permite a deteção de situações de risco e a localização e acompanhamento à distância de pessoas com ne-cessidades ou em situações especiais. Esta solução foi desenvolvida em parceria entre a Optimus e a Intellicare, empresa do Grupo ISA dedicada à área da saúde.

CONSULTÓRIO DE FUNDOS COMUNITÁRIOS

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 25

TAP e Ryanair lideram transporte de turistas

Page 26: SUPLEMENTOS INCENTIVOS A FUNDO PERDIDO DE 50% PARA … · 2013-02-21 · ilumina) de Rui Zink e que se chama “A instalação do medo”. Vem na página 124 (1ª ed. outubro 2012):

AQUILES [email protected]

Vida Económica – Como surgiu a ideia fazer este guia prático “Emprego Bom e Já!”?

Ricardo Peixe – O início des-te projeto surgiu há cerca de um ano, quando decidi lançar o pro-jeto Emprego 100% para ajudar pessoas a encontrarem emprego. Com uma premissa bastante ambiciosa, propus-me a ajudar qualquer pessoa a encontrar um emprego que a apaixonasse, ten-do, para isso, que cumprir três requisitos base: ter as competên-cias académicas para o emprego a que se candidatasse, vontade inabalável de encontrar esse em-prego e disposição para seguir os processos. De onde vieram esses processos? Quer enquan-to candidato – já tive quase 20 empregos –, quer enquanto interveniente no recrutamen-to por parte das empresas e de formador de recursos humanos, percebi que há uma série de pro-cessos que, se forem cumpridos pelos candidatos, aumentam o sucesso. Ou seja, se os candi-datos seguirem esses processos, conseguem ter mais sucesso na apresentação da candidatura pe-rante o recrutador. No fundo, o projeto engloba todas essas prá-ticas.

VE – O Emprego 100% teve sucesso?

RP – O projeto foi um suces-so, pois todas as pessoas que o seguiram até ao fi m consegui-ram encontrar emprego. Foram quase 20 pessoas a encontrar emprego e mais de 10 a criarem a sua própria empresa. As apren-dizagens desse projeto resultam neste livro. Além disso, para a realização do livro, fui falar com alguns dos principais recrutado-res do mercado para perceber qual a dinâmica do recrutamen-to. Para saber o que procuram os profi ssionais que todos os dias recrutam recursos humanos. O “Emprego Bom e Já!” conjuga essas duas vertentes, do candida-to e do recrutador.

VE – A taxa de desemprego em Portugal já vai nos 16%, atingindo uns gritantes 40% entre os mais jovens, pelo que o livro pode ser encarado como uma esperança vã. A ideia é

RICARDO PEIXE, AUTOR DO GUIA PRÁTICO “EMPREGO BOM E JÁ!”, EDITADO PELA VIDA ECONÓMICA, CONSIDERA

“Mais do que uma fórmula mi “O projeto [Emprego 100%] foi um sucesso, pois todas as pessoas que o seguiram até ao fi m conseguiram encontrar emprego (…) As aprendizagens desses projetos resultam neste livro.

O grupo editorial Vida Económica lançou o guia prático “Emprego Bom e Já!”. Da autoria de Ricardo Peixe, o livro resulta do projeto Emprego 100% que este o especialista em coaching desenvolveu e tem como objetivo dar as “coordenadas” para uma procura de emprego mais efi ciente para quem está desempregado ou pretende mudar o rumo profi ssional. “Mais do que uma fórmula milagrosa, o livro é uma receita. Se eu quiser fazer um bolo de chocolate, vou à Internet e tenho várias receitas para bolo de chocolate. Umas darão bolos melhores, outras piores. Aqui trata-se de o candidato encontrar qual a receita melhor para si”, explica Ricardo Peixe, para quem o objetivo é quem procura emprego “conseguir comunicar com a empresa de uma forma diferente dos outros 200 candidatos”. O prefácio do livro é assinado pelo jornalista e escritor Júlio Magalhães (ver caixa).

“Entre dois currículos iguais, não se contrata quem está abatido, quer-se contratar a Ricardo Peixe.

ISEG lança bolsa de empregoO Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) acaba de lançar uma nova bolsa de emprego, passando a estar integrado na rede internacional Trabalhan-do. Disponível em careers.iseg.utl.pt, o site permite a alunos e ex-alunos o acesso a uma comunidade de sites presente em 11 países ibero-americanos e que oferece mais de 200 mil oportunidades mensais de trabalho. As empresas podem publicar os seus anúncios nesta plataforma de forma autónoma.

Altran Portugal cria 120 postos de trabalho no FundãoA Altran Portugal vai criar 120 postos de trabalho no concelho do Fundão, entre 2013 e 2015, para o desenvolvimento do centro de serviços Nearshore, destinado a projetos de Sistemas de Informação e Telecomunicações. Estes empregos decor-rem de um acordo entre a empresa e a AICEP. A Altran Portugal tem uma presença “de mais de 15 anos” no Fundão.

NEGÓCIOS E EMPRESAS

26 SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013

AFIRMA JÚLIO MAGALHÃES, AUTOR DO PREFÁCIO

“Livro é uma prova de solidariedade”

Júlio Magalhães, que assina o prefácio do “Emprego Bom e Já!”, considera que o livro de Ricardo Peixe “é uma prova de solidariedade”. O jornalista e escritor refere que “este Este livro é muito mais que um projeto pessoal. É, sobretudo, um manual para a vida de cada um, um redobrado ânimo, uma autoestrada de conhecimento dos outros e, mais importante ainda, um oceano de descoberta do nosso Eu, das potencialidades de cada personalidade, de cada ser”.Júlio Magalhães afi rma que “sabe bem folhear um livro como este, onde em cada palavra, em cada frase e em cada capítulo sentimos que há alguém que se preocupa com a existência de todos, como um conjunto de gente que faz um país”. O diretor do Porto Canal acredita que o livro editado pelo grupo Vida Económica ajudará os leitores a descobrirem as duas verdadeiras potencialidades. “Dizer-lhe que as vai descobrir neste livro pode ser demasiado ilusório ou criar expectativas que o podem desiludir. Dizer-lhe que vai encontrar caminhos, ideias e formas de se conhecer a si próprio e de olhar para a comunidade que o rodeia com outra perspetiva e com uma motivação extra para arregaçar

as mangas, lutar-viver, sobreviver e ser mais feliz, isso posso garantir-lhe”, escreve Júlio Magalhães.

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lagrosa, o livro é uma receita”

criar alguma ciência – passe o exagero – na procura de em-prego?

RP – Não só a parte científica, mas também a parte emocional. Mais do que uma fórmula mila-grosa, o livro é uma receita. Se eu quiser fazer um bolo de chocola-te, vou à Internet e tenho várias receitas para bolo de chocolate. Umas darão bolos melhores, ou-tras piores. Aqui trata-se do can-didato encontrar qual a receita melhor para si. Sem dúvida que o momento económico é mui-to difícil e há mais candidatos do que vagas. Sem dúvida que, atualmente, os recrutadores es-tão mais conscientes a contratar, pois é difícil despedir e querem acertar à primeira. Ainda assim, continua a haver empresas que não conseguem preencher as suas vagas, por um lado, e candidatos que não conseguem encontrar emprego, por outro lado. Portan-

to, tem de haver aqui uma forma de conjugar isso. Por isso, eu te-nho de conseguir comunicar com a empresa de uma forma dife-rente dos outros 200 candidatos. Eu tenho de destacar-me e fazer com que os recrutadores olhem para o meu currículo mais tem-po do que para os outros, para que a empresa me chame para a entrevista e que, depois, na entre-vista, eu consiga mostrar que sou a pessoas certa para aquela vaga. Tudo isto pode ser trabalhado. Não quer dizer que as pessoas tenham emprego no dia seguinte a comprarem o livro. No progra-ma que fiz online, tive casos de pessoas que arranjaram emprego antes do fim, bastou uma peque-na mudança de mentalidade. A pessoa que demorou mais tempo, um homem de 55 anos, esteve no programa quase nove meses até encontrar trabalho. Há cenários diferentes.

VE – A parte psicológica é um dos segredos.

RP – Para um desempregado ter sucesso, tem de cumprir, ba-sicamente, quatro requisitos. Um deles (o segundo) passa por a pes-soa preparar-se para enfrentar o mercado, justamente, em termos psicológicos. Isso significa o quê? Perceber com que atitude é que estou a partir, a candidatar, o que quero transmitir ao recrutador? Essas questões motivacionais são, daquilo que nos dizem os recru-tadores neste livro, o que faz a diferença. Entre dois currículos iguais, não se contrata quem está abatido, quer-se contratar a pes-soa que, apesar das dificuldades, ainda consegue ter uma atitude positiva. E essa pessoa também tem problemas, também está no desemprego, também precisa de dinheiro para pagar as suas con-tas.

VE – A rede social tradicional – não me estou a referir às tec-nológicas ou às cunhas, que também existe – é importante?

RP – Da experiência que tive ao fazer este livro, encontrei 10 formas diferentes para se procu-rar ativamente emprego. Dessas 10 formas, as cinco mais impor-tantes têm a ver com os nossos contactos. Alguns desses são os que já temos do passado – cole-gas, patrões, fornecedores, clien-tes, amigos – e que muito mais facilmente nos conseguem “ven-der” a um possível empregador. Algo também muito importante é o “networking” que podemos fazer, mesmo quando estamos desempregados. Se eu quero tra-balhar em determinado setor, devo questionar-me a que feiras estou a ir, como consigo conhe-cer os empregadores, como pos-so contactar com pessoas que já trabalhem no setor, o que posso fazer nesses eventos para que as

pessoas me queiram conhecer melhor. Mesmo a nível das redes sociais tecnológicas, o Facebook e o Linkedin – este último ainda mais – são ferramentas essenciais para quem está numa busca ati-va de empresa. A maior parte das oportunidades não aparece nos anúncios de jornal ou online.

VE – Muita gente diz que pelos classificados do jornal é difícil arranjar emprego.

RP – Sem dúvida. Não há em Portugal nenhum estudo mui-to concreto, mas há um estudo americano que refere que, quan-do um recrutador chega a pôr um anúncio no jornal, já esgotou todas as outras formas de recruta-mento ao dispor. As primeiras for-mas são, por norma, os contactos. Se eu quiser alguém para fazer um trabalho importante, as primeiras pessoas de que me vou lembrar são as da minha rede de contactos. Depois, sim, vou fazer um recru-tamento interno ou perguntar às pessoas da minha empresa se co-nhecem alguém de confiança para preencher aquela vaga. Depois, provavelmente, procuro agências de recrutamento, que são em-presas com bases de dados para determinadas funções. Só depois é que posso chegar aos classifica-dos. Por isso é que é importante ter rede de contactos. Claro que é importante olhar para os classi-ficados de jornal ou online, mas encontrar emprego não é possível só por abrir o jornal ou consul-tar um site. A mentalidade tem de ir muito além disso, princi-palmente em momentos como o que vivemos. Neste momento, qualquer pessoa que esteja [na procura de emprego] a fazer um pouco mais do que as outras está ganhar pontos que são essenciais na procura de emprego.

VE – Há pessoas que nãoquerem ou não podem emigrarpara trabalhar na sua área pro-fissional e que estão genuina-mente dispostas a aceitar um emprego menos qualificado.Muitas vezes, os empregado-res não querem empregar esse tipo de pessoas, ao contráriodo que acontece em outros pa-íses. Os empregadores portu-gueses também podem mudara mentalidade?

RP – Quer a nível de empre-gados, quer a nível de emprega-dores, estamos longe da situação ideal: em que sentíssemos que, do lado dos empregadores, hou-vesse total focalização para dar as melhores condições e ferramen-tas para os colaboradores se sen-tirem bem a trabalhar e, do lado de quem trabalha, houvesse uma total focalização na necessidade de cada um criar mais valor àempresa do que aquilo que a em-presa lhe paga. Caso contrário, afunção não faz sentido. Há mui-ta gente a pensar já de forma di-ferente, mas ainda estamos longedessa fasquia. Pode haver uma alteração legislativa que facilite despedimentos e contratações. No entanto, focando-me nos candidatos, essa situação pas-sa, também, pela forma como acandidatura está a ser feita. Umacoisa é a pessoa dizer “tenho esta formação, mas o que quero fazer é ser lojista”, por exemplo, outracoisa é a pessoa dizer “estou dis-posto a fazer isto enquanto não me aparecer uma coisa melhor”. Quando a pessoa tem demasia-das qualificações para um cargo, o que empregador pretende per-ceber é se, independentemente do tempo que esse profissionalesteja na empresa, vai dar o má-ximo de si naquele trabalho con-creto.

pessoa que, apesar das dificuldades, ainda consegue ter uma atitude positiva”, avisa

NEGÓCIOS E EMPRESAS

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 27

Portugueses são os mais interessados em utilização conjunta de viaturaA utilização conjunta de viatura desperta o interesse de 43% dos portugueses e já é utilizadapor 6% da população. Esta opção de mobilidade consiste na organização de pessoas que nãopertençam a um mesmo agregado familiar para percorrerem um trajeto conjunto com o ve-ículo de um deles, partilhando as despesas. Estes dados integram o Caderno Automóvel do Observador Cetelem 2013 que foi recentemente apresentado.

Allianz Portugal patrocina Guimarães Cidade Europeia do Desporto 2013A Allianz Portugal é patrocinadora principal da Guimarães Cida-de Europeia do Desporto. Pela primeira vez uma cidade portu-guesa é nomeada na categoria “Cidades entre 100 mil e 250 mil habitantes”, depois das cidades italianas de Cremona, Modena e Reggio e da espanhola Lorca.

“Qualquer pessoa que esteja [na procura de emprego] a fazer um pouco mais do que as outras está ganhar pontos que são essenciais na procura de emprego”

Obra já à venda

O “Emprego Bom e Já!” já está disponível nos canais habituais, com um preço de capa de 11,9 euros. Um desses canais é a livraria online da Vida Económica, disponível no endereço evida-store.com. A obra é mais um caso da dinâmica com que a Vida Económica está em termos de publicação de edições técnicas especializadas. Além disso, o grupo editorial alargou o seu âmbito de atuação, pois juntou ao mercado tradicional (profissionais liberais, TOC, advogados, diretores financeiros ou, entre outros leitores, quadros de empresas) livros orientados ao ensino superior. Também em termos geográficos tem crescido a abrangência, tendo a Vida Económica arrancado com a distribuição de livros em Angola, onde as edições técnicas na área da gestão e contabilidade e finanças estão a ter boa aceitação.

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MARC [email protected]

O turismo em espaço rural tem mantido os seus níveis médios de preços, escapando à tendência geral seguida pela hotelaria por-tuguesa de baixa de preços como forma de reagir às quebras de mer-cado.

Segundo Francisco de Calhei-ros, presidente da Turihab, o segmento manteve os preços “va-lorizando a estada, acrescentando produtos e serviços, tornando-a mais apelativa e criando uma boa relação preço-qualidade, o que re-sultou numa manutenção das ta-xas de ocupação existentes”.

Para as diversas categorias de unidades de turismo em espaço

rural consignadas nas marcas So-lares de Portugal e na recém-cria-da Casas no Campo, os níveis de preços variam entre os 65 euros e os 150 euros em quarto duplo por noite, incluindo o pequeno-almo-ço. As taxas de ocupação variam “entre 19% e 35%”, dependen-do das tipologias: Casas Antigas, Quintas & Herdades, Casas Rús-ticas e Casas no Campo.

De acordo com aquele respon-sável, as expectativas para 2013, “apesar dum ano difícil na con-juntura nacional e internacional”, relacionada com “mercados de proximidade”, a associação crê “num crescimento moderado a avaliar pelos inúmeros contatos e confirmações já em carteira”.

Nesse sentido, a Turihab dispõe de uma central de reservas, desig-nada Center, que “utiliza todos os instrumentos de comunicação ao seu alcance”, sobretudo “a capa-cidade de trabalho em rede que a Turihab proporciona”, resumiu Francisco de Calheiros.

Desafio da promoção

A comemorar 30 anos, a Tu-rihab desenvolveu “um trabalho em rede que resultou numa orga-nização sólida que responde aos desafios do turismo com um pro-duto único, contribuindo enor-memente para a imagem de Por-tugal no estrangeiro e sobretudo para a preservação do património

NÍVEIS MÉDIOS MANTÊM-SE ESTÁVEIS, CONTRARIANDO QUEBRA SENTIDA PELA HOTELARIA NACIONAL

Turismo em espaço rural se Num cenário de quebra geral de preços médios da hotelaria, o turismo em espaço rural tem conseguido manter os níveis de preços praticados na sua oferta. Francisco de Calheiros, presidente da Turihab, disse mesmo à VE que as unidades associadas conseguem valorizar a estada. Para 2013, aquela entidade pretende aumentar a taxa de ocupação em 2%, através da sua central de reservas.

No conjunto das 1635 camas representadas pela entidade liderada por Francisco de Calheiros os mercados internacionais representam 80% da ocupação.

Níveis de preços variam entre os 65 euros e os 150 euros em quarto duplo por noite, incluindo o pequeno-almoço

Profissionais de hotelaria e restauração procurados na AlemanhaJá arrancou a «Welcome to Germany Tour», série de sessões de esclare-cimento e aconselhamento para jovens portugueses desempregados que queiram trabalhar na Alemanha. Esta vai passar por Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Lisboa, Se-túbal, Évora, Faro e Portimão e é promovida pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Hotelaria e restauração contam-se entre os setores em destaque.

TURISMO

28 SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013

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gura preçosarquitetónico e cultural nacional”.

Atualmente, a entidade congre-ga 115 associados em todo o país, totalizando uma oferta de 1635 camas, distribuídas pelas 1225 ca-mas dos Solares de Portugal e 410 camas das Casas no Campo.

Paralelamente, os mercados in-ternacionais representam já “80% da ocupação” global das unidades Turihab, mantendo uma “forte presença nos mercados da Euro-pa” (Holanda, Alemanha, Reino Unido, França, Bélgica, Escandi-návia e Espanha) e “explorando novos mercados emergentes como o Brasil, Austrália, EUA e Canadá, não esquecendo o Leste Europeu

e países como a Rússia, China e o Japão, mercados de grande poten-cial, disse Francisco de Calheiros.

Para o mercado interno, os grandes desafi os que se colocam ao TER passam por “melhorar a qualidade da oferta” e “propor no-vas atividades associadas ao aloja-mento criando valor acrescentado à estada, organizando itinerários quer a nível regional, quer nacio-nal” ou “mesmo europeu, envol-vendo vários países”, explicou o presidente da Turihab.

Para “este produto tão especí-fi co, diferenciador e com identi-dade própria, a promoção repre-senta o maior desafi o”. Segundo

Francisco de Calheiros, esta “deve ser bem orientada e de forma ci-rúrgica, conduzindo a resultados imediatos, aproveitando todas as potencialidades que Portugal pos-sui, por exemplo através das suas delegações no estrangeiro e das suas embaixadas nos diferentes mercados”.

Entre os objetivos da Turihab para 2013, contam-se o aumento do número de associados em 5%; o aumento da taxa de ocupação, através da central de reservas, em 2%; a redução em 5% dos custos de comunicações, através duma gestão integrada dos sistemas in-ternos da Turihab e da Center; o

crescimento do número de reser-vas ‘online’ em 5% e do número de reservas através de operadores digitais em 10%.

Referencial de qualidade otimiza resultados

A introdução de um referen-

cial de qualidade específi co para o TER aplica-se não apenas “à oferta das casas” mas ainda à pró-pria Turihab e a central de reservas Center. Esta introduziu “metodo-logias de controlo e procedimen-tos que rentabilizam os resultados obtidos”, explica Francisco de Calheiros. “Também os clientes

ganharam, benefi ciando de um produto que se afi rma com umalto valor acrescentado”, acredita.

No entanto, trata-se de “umprocesso contínuo com uma mo-nitorização permanente”, frisa. Assim, a Turihab “apresenta-se, ao fi m de trinta anos, como a única organização estruturada neste sec-tor do turismo, com um grau de internacionalização elevado”. Estafaz antever, segundo o presidente da entidade, “a sua expansão, queratravés do número de casas, au-mentando a sua oferta qualifi ca-da, quer na penetração em novos mercados melhorando as taxas de ocupação existentes”.

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PPorquê freqquenntar esstee sseminário??No mundo dos negócios, a competição com os concorrentes é normalmente feroz, sobretudo quando os mercados estão deprimidos ou registam níveis baixos de crescimento.Os gestores e executivos que enfrentam tais situações nas suas empresas são unânimes ao afirmar que sentem dificuldades em lidar com essa realidade e gostariam de poder encontrar melhores alternativas para os seus negócios. Eles sabem, quase que por instinto, que a inovação é o caminho certo para conseguirem libertar-se desse marasmo. Mas nem sempre sabem o que fazer ou por onde começar.Eles sabem, quase que por instinto, que a inovação é o caminho certo para conseguirem libertar-se desse marasmo. Mas nem sempre sabem o que fazer ou por onde começar.Não existem fórmulas mágicas que garantam o sucesso nos negócios. Mas há “regras” que ajudam a definir o que fazer para inovar em qualquer empresa ou por onde se deve começar um processo de inovação na estratégia, que permita a diferenciação da concorrência e a criação de novos espaços de mercado.

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TURISMO

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 29

Lampreia e sável no centroO cartaz “Lampreia e Sável 2013” agrega seis eventos gastronó-micos que se realizam entre os meses de Fevereiro e Abril nos municípios de Figueira da Foz, Penacova, Montemor-o-Velho, Sever do Vouga, e Murtosa. Este fi m de semana decorre o XVI Festival da Lampreia em Penacova, seguido do 11.º Festival do Arroz e da Lampreia, entre 1 a 10 de Março, em Montemor-o-Velho.

IV Mostra do Peixe do Rio no AlandroalO Alandroal voltará a ser o palco da Mostra Gastronómica do Peixe do Rio, que vai na sua quarta edição. Entre os dias 1 e 10 de Março de 2013, em todos os restaurantes, cafés e “tascas” aderentes, vai ser possível saborear o “Peixe Frito” e a “Caldeta de Barbo”, mas também a carpa, o lúcio-perca e o sável, espécies que o Alqueva trouxe para a região.

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SUSANA MARVÃ[email protected]

A IPBrick não tem uma estratégia par-ticular para as redes sociais. Mas Raul Oliveira, CEO deste fabricante e dis-tribuidor especializado em soluções de comunicações e segurança baseados em Linux, não tem qualquer dúvida de que estas mesmas redes sociais fazem parte integrante da forma de comunicar da IPBrick, da sua presença na Internet. “E

sobre esse ponto de vista (presença na Internet), acabam por ser uma coisa tão importante hoje como ter um site no ano 2000 quando nascemos como empresa”. A IPBrick está no Facebook, Twi-ter e Linkedin desde janeiro de 2010. E mais do que estar nas redes sociais como empresa, diz Raul Oliveira que estão nelas individualmente. “E já conseguimos que algumas pessoas da empresa se sintam orgulhosas dessa

PARA RAUL OLIVEIRA, CEO IPBRICK

“Mais do que estar nas redes estamos nelas individualmen Se, por um lado, a mobilidade veio dar-

-nos uma maior liberdade de acesso aos nossos conteúdos, por outro lado também veio potenciar a probabilidade de perder esses mesmos conteúdos. Aliás, de acor-do com um estudo conduzido pela ESET, uma em cada 10 pessoas já ficou sem um dispositivo móvel por roubo ou perda. Para dar resposta a este problema, a ESET lançou algumas dicas que poderão ajudar os utilizadores a estarem mais preparados e protegidos, para estas eventualidades.

Primeiro, há que proteger os dispositivos móveis por palavras-passe. E embora a em-presa admita que esta possa ser uma me-dida aparentemente óbvia, muitos utiliza-dores não colocam uma palavra-passe que impeça o acesso não autorizado aos seus dispositivos, quer se trate de smartphones, computadores ou tablets.

Depois, se tiver um sistema Android, deverá deslocar-se às definições do sis-tema e posteriormente localizar a opção segurança. Aí carregue em bloqueio de ecrã e escolha a opção pin ou palavra--passe, conforme for mais conveniente e introduza-as para ativar. Depois da intro-dução terá de confirmar e dar um clique em avançar. A partir deste momento quem não souber o pin ou a palavra-passe não poderá aceder aos seus contactos, mensa-gens, fotografias, entre outras informações. Já se estiver no iOS, vá a definições, de-pois a geral e localize a opção bloqueio por código. Ative-a introduzindo o código que pretende atribuir ao dispositivo para aceder ao sistema. Confirme-o e, a partir desse momento, passa a ser necessário in-troduzir um pin para utilizar o iPhone ou o iPad. Simples, certo?

Para Raul Oliveira, CEO IPBrick.

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TECNOLOGIAS

30 SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013

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No ritual matinal de saborear um forte café, o tributo de uma empresa às mães portuguesas despertou a minha atenção – “mãe, eu prometo não enviar mais sms quando estou a falar contigo” – leio num pacote de açúcar.

A dinâmica dos sms é algo que me fascina! Tema frequente em conversas de educadores, pais e professores preocupados com a educação e sentido de oportunidade destes “ases das teclas”, é consensual a admiração pela motivação e agilidade com que fazem deslizar os dedos pelo abecedário pouco explícito de qualquer modelo de telemóvel.

Olhando este fenómeno na vertente da relação empresa-cliente, este é um case-study digno de atenção para qualquer organização que ambiciona dinamizar uma relação simples, fácil, intuitiva e útil com os seus clientes. Senão vejamos. O que motivará crianças, adolescentes e alguns

adultos, em cada oportunidade, a escrever um sms partilhando informação, novidades, estados de espírito e outros temas muitas vezes identificadas como de “relevância subjetiva”? Como conseguem atingir uma velocidade de escrita inacessível ao cidadão comum, mesmo quando o equipamento está dissimuladamente perdido num bolso qualquer?

Contextualizando para o mundo empresarial, a primeira evidência é a de que, para se criar relações contínuas e motivações espontâneas e genuínas, a relação deve ir muito além do “objetivamente relevante”. A partilha de emoções, de projetos comuns, de conhecimento, de estados de espírito, de sucessos e fracassos é fundamental. Felizmente, multiplicam-se os sinais desta tendência. Na apresentação das organizações na Web é evidente a preocupação na seleção

Simples como

ANA TERE Responsável

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sociais como empresa, te”

ligação do ‘eu’ como parte da IPbri-ck e do ‘todo’ como empresa”, disse em declarações à “Vida Económica”.A pessoa que se ocupa da gestão da pre-sença nas redes sociais é a mesma que ocupa com a redação de conteúdos em todas as outras formas de comunicar, sejam site, newsletters, press releases e corporate TV. “Esta pessoa tem uma formação em Jornalismo e, portanto, tem as competências certas, em nos-so entender, para escrever coisas que as pessoas possam gostar de ler sobre a IPBrick”. Na opinião de Raul Oli-veira, ser-se jornalista num jornal não é nada diferente de ser-se jornalista numa empresa. ”Temos sempre de en-contrar a melhor forma de cativar as pessoas para lerem o que está disponí-vel nos nossos canais de comunicação”.Mas vai mais longe. O CEO acredita que esta é uma oportunidade nova para o jornalismo, ou para os jornalistas. “E acho que as empresas, sobretudo as tec-nológicas, têm tudo a ganhar se quem comunicar sobre o que a empresa faz, sobre quem usa as coisas que a empresa produz, for uma pessoa que esteja habi-tuada a escrever sobre o que se passa no mundo e na nossa envolvente”.

Raul Oliveira assume que as redes

sociais, e particularmente o Facebook, são um novo conceito de presença na Internet (a anos-luz do site). “Temos parceiros e clientes que raramente vão ao nosso site, mas todos os dias ouvem falar de nós via Facebook. E não só ouvem falar de nós como emitem opi-niões, comentam o que fazemos, onde estamos e onde vamos, e mais do espe-cular ainda partilham das nossas vivên-cias de uma forma sem precedentes na história da comunicação da empresa”.Questionado sobre se procuraram al-gum tipo de consultoria ou aconselha-mento antes de iniciarem a “aventura” nas redes sociais, Raul Oliveira foi pe-rentório: “Claramente que não procu-rámos”. E explicou: “Quando entrámos nas redes sociais ainda não deveria haver consultores para nos aconselhar sobre esta temática. Lembro-me até de estar-mos numa conferência numa feira em Madrid sobre redes sociais em Março de 2011, e a Susana Pinheiro (nossa dire-tora comercial) comentar comigo, ‘puxa estes tipos teriam muito que aprender se falassem connosco’”. Raul Oliveira ex-plana que uma coisa é falar sobre redes sociais e outra bem diferente é definir como uma empresa deve pensar na sua presença nas redes sociais. “Outra coisa é nascer com as redes sociais, fazer parte da rede social, e não poder estar desli-gada dela. E acho que para isso os cola-boradores da empresa têm de estar mo-tivados para isso e colaborar com isso. Isto não é uma tarefa só de uma pessoa numa organização, é mais do que isso, é um espírito novo na forma de estar dos colaboradores em relação à empresa”.

IDC lança aplicação de publicações Com o lançamento desta aplicação móvel, a IDC Portu-gal vai disponibilizar um conjunto de publicações gratuitas relacionadas com a área das Tecnologias de Informação. É gratuita e está disponível para o sistema operativo iOS e Android.

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 31

TECNOLOGIAS

um sms

SA RIBEIROpelas PME da Sage Portugal

de cores, imagens e banners animados, procurando proporcionar uma agradável visita aos seus convidados.

A presença nas redes sociais é outra das faces visíveis desta abertura e orientação. Quer numa posição institucional de partilha, ou numa dinâmica de organização de eventos e debate de temas, é uma outra forma de interagir, mais informal e dinâmica, onde a participação se torna verdadeiramente democrática. E propagam-se as presenças no Facebook, Linked In, Twitter, entre outros.

A segunda evidência é a simplicidade e utilidade como fator essencial à efi ciência e longevidade das relações empresariais. Também aqui se tem vindo a dar passos consistentes. O equilíbrio entre a desmaterialização dos processos negociais, sem perder o “human touch”, é um desafi o presente em muitas organizações. Os portais

personalizados que as empresas dinamizam para e com os seus clientes permitem que a maioria das interações processuais se façam no plano virtual, mais simples e com vantagens explícitas para os intervenientes.

A par dos processos de negócio, também os serviços se vão desenvolvendo nesta dinâmica de agilidade e utilidade: chats online, Grupos de formação virtuais, Fóruns, Apps, Redes Profi ssionais colaborativas e outros que ansiosamente se vislumbram.

A Web assume-se como o palco de suporte das interações, ainda que conscientemente camufl ada. Tal como um adolescente consegue escrever de forma efi ciente um sms no telemóvel encoberto no bolso do casaco, assim as organizações devem simplifi car e inovar para que os seus clientes participem neste útil mundo virtual, sem saírem do seu mundo real.

“Quando entramos nas redes sociais ainda não deveria haver consultores para nos aconselhar sobre esta temática.

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Envio cheque nº sobre o Banco

no valor de , euros.

Solicito o envio à cobrança

NOME

Nº CONTRIB. TELEF.

MORADA

C. POSTAL

ASSINATURA

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do próximo ano.Aquele investimento traduz-

-se, segundo o mesmo respon-sável, numa cobertura de 80% dos particulares e 85% das em-presas com esta tecnologia LTE. A empresa da Sonae garante cobrir todas as capitais de dis-trito de Portugal continental. “Isto contrasta com coberturas espaçadas em algumas zonas de Lisboa e Porto”, referiu João Ricardo Moreira. O responsá-vel pelo planeamento estratégi-co do 4G na empresa garantiu que a conferência de imprensa não era uma resposta à Voda-fone, que apresentou queixa pela campanha da Optimus que referia “4G no iPhone 5 só na Optimus” e que, entretanto, passou para “4G no iPhone 5 já na Optimus”, mas disse ser a reafirmação da campanha. “Apenas nós garantimos uma verdadeira experiência 4G no iPhone 5. Portanto, o que es-tamos aqui a fazer é reafirmar o que a campanha indica”, disse.

Subida no ranking é objetivo

A aposta no 4G terá, acredita João Ricardo Moreira, reflexos no ranking nacional dos opera-dores móveis, em que a Opti-mus é o terceiro operador, atrás de TMN e Vodafone. “O 4G é uma aposta muito forte da Op-timus. Não é uma mera atua-lização tecnológica. A quarta pode ser a nossa geração”, re-feriu o responsável pelo plane-amento estratégico do 4G na Optimus.

Um dos fatores que vão in-fluenciar a adoção do 4G pelo mercado é o preço dos equipa-mentos. Atualmente, os equi-pamentos prontos para opera-rem com a tecnologia LTE têm preços de tabela a rondar os 400 euros, podendo ser mais bai-xos em alguns tarifários, entre os quais os de empresas (valor podem baixar até 100 euros). De acordo com João Ricardo Moreira, aquele valor vai ter de cair, podendo atingir 250 euros ainda no decorrer de 2013.

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NOVIDADEA não perder

Prefácio de Julio Magalhães

Autor: Ricardo Peixe

Págs.: 232

O trabalho existe e há

empresas a contratar.Saiba como conquistar essas vagas!

Guia Prático

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Popular saneou todos os ativos problemáticosO banco Popular anunciou que realizou um esforço para sanear de uma só vez os seus ativos problemáticos, no ano passado. As provisões ascenderam a 9,6 mil milhões de euros, o que se traduziu em perdas contabilísticas de 2461 milhões de euros. O banco terá fi cado com a maior cobertura à expo-sição imobiliária no mercado espanhol, refere em comunicado.

EM FOCO

OPERADOR RECLAMA COBERTURA DE 80% DA POPULAÇÃO COM TECNOLOGIA LTE

Optimus investe 300 milhões em 4GAQUILES [email protected]

A Optimus tem em curso um plano de investimento na quar-ta geração de telecomunica-

ções móveis de 300 milhões de euros. João Ricardo Moreira, responsável pelo planeamen-to estratégico do 4G na Opti-mus, explicou, em conferência

de imprensa, que grande parte daquele valor já foi aplicado no leilão de espetro e no desen-volvimento de rede, devendo o que falta ser aplicado até ao fim

32 SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013

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“A quarta pode ser a nossa geração”, acredita o responsável pelo planeamen-to estratégico do 4G na Optimus, João Ricardo Moreira.

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EM FOCO

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 33

A solução de Pesquisa do Portal de Comércio Internacional da Sonae foi premiada em Copenhaga, na edição de 2013 dos European SharePoint Com-munity Awards. O projeto desenvolvido pela Create It consiste numa solução de fácil navegação capaz de indexar a com-plexa estrutura da base de dados rela-cional do Portal corporativo interno de comércio internacional da Sonae.

O Portal regista os fornecedores po-tenciais da Sonae em todo o mundo, bem como as respetivas propostas de produtos a comercializar nas lojas das diversas insígnias.

Os dados encontram-se organizados numa estrutura que reúne informação de quase 30 000 fornecedores, 13 000 propos-tas e aproximadamente 100 000 produtos. Com um vasto conjunto de funcionali-

d a d e s e de e leva-do de-s e m -p e -n h o , o pro-j e t o trouxe claros b e -ne f í c io s d e rapidez, flexibilidade e simplificação do processo de consulta para os seus mais de 480 utilizadores, ajudando-os a en-contrar informações relevantes, com possibilidade de busca em sinónimos e variações linguísticas. Os European Sha-rePoint Community Awards são atribu-

ídos p e l a comuni-dade de gu- r u s , entusiastas e utilizadores da plataforma SharePoint, comprometidos com a par-tilha de melhores práticas, inovações e mais recentes notícias relativas à tecnolo-

g i a . Na edição do

ano passado, a Create It tinha já sido distinguida com o primeiro lugar na categoria de Melhor Site Europeu com tecnologia Microsoft SharePoint, um claro reconhecimento da qualidade dos projetos desenvolvidos pela Create It em plataformas SharePoint.

Portal de Comércio Internacional da Sonae ganha prémio

Inscrições / Informações: Patrícia Flores email: [email protected] Telef.: 223 399 466

Organização:

Objetivos:

Propor métodos de organização de um sistema de Controlo do Crédito a Clientes

Proporcionar métodos práticos de cobrança

Aumentar a formação das pessoas do departamentos de cobranças, assim como de todos os que integram as áreas comerciais, financeiras e administrativa e que de uma forma direta ou indireta têm uma ligação com o crédito a clientes e com as cobranças.

Mostrar a importância na tesouraria, dos créditos e dos encargos financeiros relativos às vendas de crédito.

Destinatários:

Quadros e pessoal administrativo das áreas: Comercial, Financeira e Administrativa

Programa:

1. Como diminuir o crédito vencido

2. Como organizar um serviço de cobranças

3. Ações a desenvolver no processo de cobranças

4. Os aspetos jurídicos e a cobrança das dívidas dos clientes

5. Os aspetos fiscais

6. Cuidados a ter com os meios de pagamento utilizados pelos clientes

7. O atraso nos pagamentos e a aplicação de Juros Comerciais

8. Como diminuir o risco de crédito

9. Cartas tipo e formulários para o controlo de crédito e cobranças

PPREÇO: AASSINANTES VE: G 80 (+IVA)

PPÚBLICO GERAL: G 100 (+IVA)

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Cultura precisa de novos incentivos

A falta de apoios governamen-tais ao incentivo do consumo das várias expressões culturais leva a que, ao contrário da educação, a cultura ainda não chegue ao gran-de público, concluiu o estudo “A Cultura e os seus Públicos”, de Rute Teixeira, orientado por Isa-bel Vaz de Freitas, realizado no âmbito do Mestrado em Ciências da Educação da Universidade Portucalense (UPT).

“Graças à medida que instau-rou a escolaridade obrigatória, a educação conseguiu derrubar bar-reiras socioeconómicas e chegar a uma grande maioria da popu-lação portuguesa, algo que seria importante que acontecesse com as diversas expressões culturais”, sublinha este estudo.

Tendo como ponto de partida a análise do público que visitou, de 2006 a 2011, o Santuário de Pa-nóias, em Vila Real, os dados mos-tram que os visitantes são, na sua maioria, elementos da classe mé-dia, média-alta, jovens, com graus de estudo ou público escolar.

“Os equipamentos culturais de-senvolvem estratégias pouco diri-gidas aos diversos públicos e não penetram claramente em todas as camadas sociais ou em todos os grupos sociais, não havendo uma estratégia concertada para os equipamentos culturais e pouca valorização do que é o nosso pa-trimónio”, explica Isabel Vaz de Freitas.

E adianta que, quando a crise se instala, o dinheiro falha, em pri-meiro lugar na cultura, erro estra-tégico sobretudo porque a cultura é a primeira a atrair o turista, quer português quer estrangeiro, e sem investimento na valorização dos nossos monumentos o turista não se fi deliza, não volta e a mensa-gem passada nunca é satisfatória.

Dos cerca de 600 visitantes in-quiridos, 156 são do distrito de Lisboa, 147 do distrito do Porto e 129 do distrito de Vila Real.

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O imposto sobre as transações financei-ras (também conhecido por “taxa Tobin), em termos fiscais, sendo um imposto que pretende tributar as operações financei-ras, acabará por ser suportado, em última instância, não pelas entidades bancárias ou financeiras, mas sobre os operadores económicos, isto é, os investidores. Esta a opinião manifestada pelo fiscalista Rogério Fernandes Ferreira, que coloca a questão se a receita fiscal que se espera arrecadar com-pensará a deslocalização das operações de investimento.

Considera que não existem dúvidas que as entidades bancárias ou financeiras vão repercutir o encargo deste imposto nas comissões ou custos que cobram aos seus clientes. “Na prática, o imposto acabará por não ser suportado pelo respetivo sujei-to passivo, como parece resultar dos termos da autorização legislativa que consta da Lei do Orçamento do Estado e que prevê que o diploma a aprovar pelo Governo inclua a definição sobre a qual recairá o encargo do referido imposto.”

Como refere ainda aquela autorização le-gislativa, o diploma a aprovar pelo Execu-tivo alterará o Código do Imposto do Selo, no qual se irá prever a tributação sobre as transações financeiras em causa. “Esta op-ção parecer ser, de facto, a mais acertada, na medida em que o Imposto do Selo re-cai, ele próprio, sobre variadas operações financeiras. Por outro lado, evita-se a pro-liferação de legislação avulsa para tributa-ção de uma mesma realidade – neste caso, as operações financeiras – sistematizando, unificando e simplificando as regras de in-cidência sobre tais operações.”

Quanto ao impacto que este impos-to possa ter no investimento em Portu-gal, Rogério Fernandes Ferreira chama a atenção para o facto de os ministros das Finanças da União Europeia terem aprovado a introdução deste imposto em 11 países, com as previsões a apontarem para uma receita de 35 mil milhões de euros. “Isto porque não houve consen-so para avançar com a introdução deste

imposto em todos os Estados-Membros, o que representa um risco real de fuga de capitais para outros Estados-Membros ou para países terceiros, com regimes fiscais mais favoráveis. Relativamente a Portugal, a introdução deste imposto vem aumentar a dificuldade de captação de investimentos externo e interno, na medida em que representa um acréscimo à tributação em vigor, já de si representa-tiva de carga tributária bastante elevada e superior a de outros países com os quais nos comparamos.”

A nível europeu, importa notar que o

consenso alcançado, para já, vai no sen-tido de isentar as transações com os ban-cos centrais e o Banco Central Europeu, o Mecanismo Europeu de Estabilidade e com a União Europeia. “Importaria, por isso, ter ponderado se a receita fiscal que se estima vir a obter com este novo imposto compensará o risco (ainda maior) de deslo-calização de operações de investimento fi-nanceiro e a consequente perda de (maior) receita fiscal ao nível dos impostos sobre o rendimento. (Mais informação sobre esta matéria pode ser encontrada na página 37 desta edição da Vida Económica).

NA OPINIÃO DO FISCALISTA ROGÉRIO FERNANDES FERREIRA

Imposto sobre as transações financeiras vai recair sobre os investidores

FEVEREIRO

Até ao dia 25

Comunicação, por transmissão eletrónica de dados, dos elementos das faturas emitidas no mês anterior pelas pessoas singulares ou coletivas que tenham sede, estabelecimento, estável ou domicílio fiscal em território portu-guês e que aqui pratiquem operações sujeitas a IVA.

Até ao dia 28

- Entrega da Declaração Modelo 10 (pelos devedores de rendimentos), por transmissão eletrónica de dados, ou em suporte de papel para as pessoas singulares que não exerçam atividades empresariais ou profissionais. - Entrega da Declaração Modelo 25, por transmissão eletrónica de dados, pelas enti-dades beneficiárias de donativos fiscalmente relevantes no âmbito do regime consagrado no Estatuto dos Benefícios Fiscais e do Esta-tuto do Mecenato Científico.- Entrega da Declaração Modelo 37, por trans-missão eletrónica de dados, pelas instituições de crédito, cooperativas de habitação, empre-sas de seguros, empresas gestoras de fundos e outros regimes complementares.

- Entrega do pedido de restituição do IVA pe-los sujeitos passivos cujo imposto suportado, no próprio ano, noutro Estado Membro ou país terceiro, quando o montante a reembolsar for superior a J 400 e respeitante a um período de três meses consecutivos.

Liquidação e pagamento do Imposto Único de Circulação - IUC, relativo aos veículos cujo aniversário da matrícula ocorra no mês de fe-vereiro.

MARÇO

Até ao dia 10

- Entrega da Declaração Mensal de Remu-nerações pelas entidades devedoras de ren-dimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS, bem como os que se encontrem excluí-dos de tributação, para comunicação daque-les rendimentos e respetivas retenções de im-posto, das deduções efetuadas relativamente a contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e subsistemas legais de saúde e a quotizações sindicais, relativas ao mês de fevereiro.

- Periodicidade Mensal – Envio obrigatório via Internet da declaração periódica relativa às operações realizadas no mês de janeiro. Con-juntamente com a declaração periódica deve ser enviado o Anexo Recapitulativo, referente às transmissões intracomunitárias isentas, efectuadas nesse mês.

DULPA TRIBUTAÇÃOConvenção Portugal/Uruguai

Foi publicado na I Série do Diário da Repúbli-ca do dia 18 de fevereiro o Aviso n.º 30/2013, que torna público que foram cumpridas as formalidades constitucionais internas de aprovação da Convenção entre a República Portuguesa e a República Oriental do Uruguai para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento e sobre o Património e respetivo Protocolo assinados no Estoril em 30 de no-vembro de 2009.Esta Convenção, que foi aprovada pelo Decre-to n.º 43/2011, de 5 de abril, publicado no Diário da República, 1.ª série, de 5 de abril de 201, entrou em vigor no dia 13 de setembro de 2012.

AGENDA FISCAL

FISCALIDADEO Governo aprovou legislação no sentido de alargar o âmbito da medida de apoio à contratação via reembolso da Taxa Social Única para jovens desempregados. A portaria nº 65-A/2013, de 13 de feve-reiro, implica alterações, designadamente ao nível da elegibilidade de jovens inscritos como desempre-gados registados há pelo menos seis meses ou daqueles que se encontrem em situação de inatividade após conclusão dos estudos há pelo menos um ano, bem como através do alargamento do apoio aos contratos de trabalho a tempo parcial e do ajustamento do critério de criação líquida de emprego.

34 SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013

O grupo de trabalho que tem em mãos a reforma do IRC vai apresentar muito em breve uma proposta ao Ministério das Finanças e que passa pela dedução à coleta daquele im-posto, de acordo com o lucro que for retido e depois reinves-tido. A comissão liderada pelo fiscalista Lobo Xavier pretende assim contribuir para o investi-

mento empresarial.A medida já existe sob a for-

ma de autorização legislativa no Orçamento do Estado para este ano. Considera aquela co-missão que se trata do compro-misso possível entre a proposta de redução da taxa de IRC para 10% e a necessidade de impul-sionar, no imediato, o investi-mento das empresas. De notar

que o IRC poderá passar por profundas alterações, em ter-mos de conteúdo e de forma. Acontece que a atual situação económica muito débil obri-gou o Governo a formar uma comissão, no sentido de tornar a taxa do imposto mais compe-titiva.

Ainda assim, as conclusões finais terão de ser apresentadas

até ao próximo mês de Junho e, caso as propostas sejam aceites, deverão ser incluídas no próxi-mo Orçamento do Estado. A intenção de reduzir a taxa de IRC para 10% foi apresentada pelo ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, mas é ao ministro das Finanças, Ví-tor Gaspar, que cabe a decisão final.

Comissão do IRC quer incentivar o reinvestimento

Rogério Fernandes Ferreira duvida que a receita fiscal obtida seja superior ao valor da deslocaliza-ção das operações de investimento.

Page 35: SUPLEMENTOS INCENTIVOS A FUNDO PERDIDO DE 50% PARA … · 2013-02-21 · ilumina) de Rui Zink e que se chama “A instalação do medo”. Vem na página 124 (1ª ed. outubro 2012):

O atual Estatuto da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, aprovado pelo DL n.º 452/99, de 5 de novembro, com as altera-ções introduzidas pelo DL n.º 310/2009, de 26 de outubro, não prevê, concretamente, a substitui-ção do técnico oficial de contas quando se constate a impossibili-dade de este profissional cumprir com a entrega das obrigações de-clarativas, isto é, com o envio para as entidades públicas competentes da informação contabilística e fiscal das entidades que possu-am contabilidade regularmente organizada.

Recorde-se que estes profis-sionais podem exercer as suas funções como profissionais in-dependentes ou ao abrigo de um contrato de trabalho.

Neste último caso, perante uma impossibilidade temporária do técnico oficial de contas em exercer as suas funções, caberá à entidade patronal recorrer aos préstimos de um outro profissio-nal, quer seja celebrando um con-trato a termo incerto ou recorren-do a um contrato de prestação de serviços de contabilidade. Certo é que, um outro técnico oficial de contas terá de assumir o cumpri-mento das tarefas que o colega não pôde cumprir, respeitando naturalmente as regras estatutárias

e deontológicas que regem o exer-cício da profissão e, em concreto, a sucessão de técnicos oficiais de contas.

Afigura-se-nos tarefa mais complicada sempre que o impe-dimento ocorra com um técnico oficial de contas que exerce as suas funções como profissional independente. Será com certeza a substituição, caso o impedimento

seja previsível. A ser assim, haverá tempo para concertar com os clientes que um outro colega irá assegurar o cumprimento das tare-fas que lhe estavam confiadas.

Mais difícil se afigura a subs-tituição quando é de todo im-previsível o impedimento, por exemplo, doença súbita. Nestes casos, muito dificilmente poderão ser acautelados os interesses do cliente e da própria Administração Tributária, que consistiria no pro-cessamento contabilístico dentro dos prazos legais e na entrega atempada das declarações fiscais.

Nomeação de suplente

Para se ter uma noção do quanto estes profissionais estão confinados a um rigoroso calen-dário fiscal, há que ter presente que não existe nenhum mês do ano em que não estejam adstritos, directa ou indirectamente, ao envio de declarações fiscais ou ao dever legal de informação junto dos clientes para o pagamento de impostos ou contribuições para a segurança social. Só uma organi-zação muito cuidada permite que tudo corra sem incidentes.

Com a publicação da Lei n.º 2/2013, de 10 de janeiro, e a im-posição de alteração dos estatutos das associações públicas profis-sionais já existentes, por forma a adequar as respectivas normas ao regime vigente nesta lei-quadro, a Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas apresentou uma proposta de alteração estatutária, que esteve em discussão junto dos profis-sionais até ao início deste mês de fevereiro, a qual trouxe uma novidade que se impunha, a figura do suplente.

Isto é, à luz da terminologia ain-da usada, vem propor que, sempre que seja nomeado um técnico oficial de contas, deve igualmente ser nomeado um suplente.

Este intervirá se o impedimento for superior a 30 dias e a pedido do colega.

O que está contemplado nesta proposta é que o suplente apenas deverá intervir nos casos de do-ença ou incapacidade temporária para o exercício da profissão e en-quanto durar a situação de doença ou incapacidade do colega.

Corolário da assunção de responsabilidade por parte do suplente, este será solidariamente responsável pelo pagamento das

coimas que sejam aplicáveis pela falta ou atraso na apresentação de declarações que devessem ter sido apresentadas no período de exercício de funções.

O justo impedimento

Define-se também o que se entende por justo impedimento. E por justo impedimento entende--se a impossibilidade da prática de quaisquer actos que se encon-tre obrigado por lei a executar, perante a Administração Tributá-ria, em virtude de facto que seja imprevisível, irresistível e alheio à sua vontade e cujas consequên-cias não possam ser evitadas pela adoção de uma conduta diligente e cuidadosa.

Neste caso, se o impedimento não exceder 30 dias, a entidade administrativa aceita a prática do ato impedido até ao décimo dia útil seguinte ao termo do impe-dimento e, assim, o ato realizado considera-se praticado no prazo legalmente previsto.

Propõe-se ainda que possa ser invocado o impedimento pessoal para a prática de atos profissio-nais, pelo período máximo de cino dias, contados do evento que lhes dá origem, nos casos de maternidade ou parentalidade ou falecimento de cônjuge não separado judicialmente de pes-soas e bens, ou de pessoa com a qual vivesse há mais de dois anos em condições análogas às dos cônjuges, ou parente ou afim até ao segundo grau da linha recta. Nestes casos, comprovando-se o justo impedimento, o atraso ou a falta de quaisquer declarações que devessem ter sido apresentadas até certa data, não são imputáveis ao profissional.

Alerta-se para o facto de que tratando-se de uma proposta, haverá que aguardar se estas so-luções virão a ser adoptadas pelo legislador.

A substituição temporária do TOC– BREVE ANÁLISE DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA

FILOMENA TIAGOJURISTA DA ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS

Caberá à entidade patronal recorrer aos préstimos de um outro profissional, quer seja celebrando um contrato a termo incerto ou recorrendo a um contrato de prestação de serviços de contabilidade.

Desalfandegamento passa a processo eletrónicoO Ministério das Finanças deu a conhecer o Drecto-Lei nº 21/2013, de 15 de fevereiro, o qual regula o regime de cumprimento das formalidades de desalfandegamento das mercado-rias, bem como das formalidades associadas aos impostos especiais de consumo e imposto so-bre os veículos, através de transmissão eletrónica de dados. Se anteriormente a via informáticaera uma possibilidade, por via deste diploma passa a ser uma obrigação.

Portugueses destinam mais de sete milhões a instituições sociaisAo entregarem as declarações anuais de IRS, os Portugueses consignaram mais de sete milhões de euros a perto de mil instituições sociais. Foram 233 mil os agregados que tomaram esta decisão no ano passado. Considera a AMI, que recebeu 4% do montante total, que tendo em conta que a maioria sente dificuldades para fazer face à crise, a consignação de 0,5% do IRS – uma opção sem qualquer custo adicional para quem o faz – é uma forma eficiente e inteligente de se ser solidário.

FISCALIDADE

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 35

CONTAS & IMPOSTOS

Fatura simplificada

deve conter

apenas número

de identificação fiscal

dos adquirentes

As vendas a dinheiro, sendo documentos equivalentes a faturas, eram emitidas com todos os requisitos obrigatórios previstos no artigo 36.º do CIVA, tal como as faturas. Face à revogação da expressão «documentos equivalentes» a faturas, deixou de ser possível a emissão de vendas a dinheiro.

De acordo com o art.º 40.º, n.º 1, a fatura simplificada não serve como documento de transporte, ou seja, veio substituir a venda a dinheiro e, agora, não funciona como documento de transporte.É necessário emitir recibo para este novo modelo de faturação ou a venda a dinheiro pode ainda ser utilizada?

De acordo com o n.º 2 do artigo 40.º do Código do IVA (CIVA), as faturas simplificadas apenas deverão conter o NIF dos adquirentes, não se incluindo o nome (denominação social) e morada (sede) do destinatário ou adquirente. Por outro lado, os documentos de transporte deverão incluir o nome, firma ou denominação social, domicílio ou sede do destinatário ou adquirente e o NIF (quando forem sujeitos passivos de IVA), conforme disposto no n.º 2 do artigo 4.º do «Regime dos bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA» (anexo ao Decreto-Lei n.º 147/2003). Face a esta diferença dos elementos obrigatórios a incluir nos documentos referidos, não parece possível que a fatura simplificada possa ser utilizada como documento de transporte. Apenas a fatura emitida nos termos do artigo 36.º do CIVA, que contenha os restantes elementos obrigatórios previstos para os documentos de transporte (artigo 4.º do Regime dos Bens em Circulação), poderá ser utilizada como documento de transporte, conforme previsto na alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º desse Regime dos Bens em Circulação. Haverá ainda a referir que as faturas simplificadas não vêm substituir as vendas a dinheiro emitidas até 31 de dezembro de 2012. As vendas a dinheiro, sendo documentos equivalentes a faturas, eram emitidas com todos os requisitos obrigatórios previstos no artigo 36.º do CIVA, tal como as faturas. Face à revogação da expressão «documentos equivalentes» a faturas, deixou de ser possível a emissão de vendas a dinheiro. No caso de o sujeito passivo efetuar uma transmissão de bens ou prestação de serviços com liquidação a pronto pagamento, terá a opção de emitir uma fatura-recibo (ver Ofício-Circulado n.º 30 141/2013, de 4 de janeiro), que será considerado como um documento de faturação nos termos do CIVA e como documento de quitação, ou emitir uma fatura e um recibo de quitação.

Colaboração da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, redigida segundo o Novo Acordo Ortográfico

Sempre que seja nomeado um técnico oficial de contas, deve igualmente ser nomeado um suplente.

Page 36: SUPLEMENTOS INCENTIVOS A FUNDO PERDIDO DE 50% PARA … · 2013-02-21 · ilumina) de Rui Zink e que se chama “A instalação do medo”. Vem na página 124 (1ª ed. outubro 2012):

“Licenciamento de Estabelecimentos Comerciais” é tema de workshopA Ordem dos Arquitetos em parceria com a BPO Advogados, organiza no pró-ximo dia 28 fevereiro, entre as 15h e as 18h, no Auditório da Sede da Ordem dos Arquitetos, em Lisboa, o Workshop “Licenciamento de Estabelecimentos Comerciais”. Esta ação dará a conhecer a nova tramitação simplificada das ati-vidades económicas agora isentas de licenciamento e as exceções contempladas.

Enquadrado no novo concei-to dado à antiga sede dos CTT, em Lisboa, a “Central Station” é o novo espaço de empreende-dorismo e inovação, focado em startups tecnológicas e indústrias criativas, no qual a Beta-i é o parceiro estratégico e projeto ân-cora naquele edifício.

Ainda no decorrer do mês de

fevereiro será ocupado pela Beta--i um piso completo do edifí-cio num total de 2400 m² que estará dividido em quatro áreas distintas: um acelerador de star-tups, um espaço de incubação, um co-work e um espaço para empresas associadas. Entre di-versas iniciativas no espaço, se-rão organizados eventos de ins-

piração, workshops e sessões de “coaching” e “mentoring” para empreendedores.

Lisboa “hub internacional” de empreendedorismo

“A Central Station é uma ini-ciativa que vem complementar a oferta da cidade, posicionando

“Central Station” cria oportunidades para novas empresas

PUB Lisboa como um “hub interna-cional” de empreendedorismo, focada no apoio a startups em fase inicial de alto potencial in-ternacional, através da promoção e organização de diferentes pro-gramas de aceleração e eventos, que facilitam o acesso a recursos e serviços críticos, que permiti-rão a criação de um ecossistema poderoso e único em Portugal”, afirma Pedro Rocha Vieira, Pre-sidente da Beta-i.

“A entrada da Beta-i e empre-sas associadas na Central Sta-tion vem garantir a dinamização inicial deste edifício, dentro do conceito definido e assim per-mitir a abertura do mesmo e o arranque da comercialização dos restantes espaços existentes”, refere Fernando Vasco Costa, Head of Strategic Consultancy da Jones Lang LaSalle.

Jones Lang LaSalle instala primeiro inquilino

A Jones Lang LaSalle, que foi mandatada pela Habitat Vitae, proprietária do imóvel, para definir o novo posicionamento, gerir o projeto de reutilização e comercializar o edifício, instala assim o primeiro inquilino, uma entidade âncora que irá permitir dinamizar este espaço.

De acordo com Luís Cons-tante, administrador da Habitat Vitae, “A ocupação do edifício iniciou-se da melhor forma pos-sível, com uma entidade que irá atrair novas empresas para este espaço e dinamizá-lo com even-tos criativos e inovadores que irão conferir-lhe maior notorie-dade”.

O primeiro evento da Beta--i na “Central Station” foi um debate com empreendedores de sucesso, sobre o seu percurso, conquistas e obstáculos durante a criação dos seus negócios. O Beta-trends, reuniu quatro es-pecialistas que falaram sobre as “novas tendências de espaços de trabalho e coworking”.

A Beta-i é uma Associação sem fins lucrativos criada em 2010 com a missão de inovar o empre-endedorismo.

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Page 37: SUPLEMENTOS INCENTIVOS A FUNDO PERDIDO DE 50% PARA … · 2013-02-21 · ilumina) de Rui Zink e que se chama “A instalação do medo”. Vem na página 124 (1ª ed. outubro 2012):

ESPECIALISTAS TEMEM EFEITO DISSUASOR DA TAXA TOBIN

Comissão Europeia prevê arrecadar 35 mil milhões com imposto sobre transações financeirasA Comissão Europeia adotou a proposta de diretiva do imposto sobre as transações financeiras, que tem 11 Estados-membros aderentes, entre os quais Portugal. A estimativa de Bruxelas é arrecadar cerca de 35 mil milhões de euros anuais com a medida. Os especialistas ouvidos pela “Vida Económica” temem, contudo, que seja um dissuasor ao investimento, sobretudo no mercado português.AQUILES [email protected]

A proposta de diretiva do impos-to sobre as transações financeiras (ITF) mantém a abordagem que preconiza a tributação de todas as transações que tenham uma re-lação manifesta com a zona ITF, bem como a aplicação das taxas de 0,1% às ações e obrigações e 0,01% aos derivados. Uma vez aplicada pelos 11 Estados-mem-bros aderentes, entre os quais Portugal, a Comissão prevê que o ITF gere receitas entre 30 mil milhões a 35 mil milhões de eu-ros por ano.

O imposto, também conhe-cido como Taxa Tobin, tem, se-gundo Bruxelas, três objetivos principais: reforçar o mercado único, garantir que o setor fi-nanceiro dá um contributo para as receitas públicas e incentivar o setor financeiro a realizar ativida-des mais responsáveis, orientadas para a economia real. “Estamos perante um imposto indiscuti-velmente justo e tecnicamente sólido, que reforçará o nosso mercado único e refreará os com-portamentos especulativos irres-ponsáveis”, considera Algirdas Semeta, o comissário responsável pela fiscalidade.

Taxa pode ser dissuasora

Os especialistas em mercados ouvidos pela “Vida Económica”

temem, no entanto, que esta taxa possa ser dissuasora dos investi-mentos e recordam alguns maus exemplos do passado, com des-taque para o caso da Suécia, que implantou uma medida seme-lhante a esta em 1984, mas houve um efeito “boomerang” e as taxas foram retiradas em 1991. Tam-bém o fiscalista Rogério Fernan-des Ferreira avisa que esta taxa vai recair sobre os investidores (ver artigo na página 34).

“Será mais uma taxa a que os investidores estarão sujeitos, numa altura em que o mercado de capitais se torna uma alternati-va importante como forma de fi-nanciamento ao invés do crédito bancário. É importante promover a liquidez e o acesso aos mercados pelos investidores. Ainda mais, o imposto sobre derivados de 0,01% poderá ser muito signifi-cativo, isto porque está associado aos valores nominais de transa-ção, muitas vezes elevadíssimos”, disse-nos Francisco Almeida, da área de investimentos da Orey Financial.

A mesma fonte explica ainda que “os moldes para a implemen-tação da Taxa Tobin ainda estão de alguma forma por esclarecer”, como seja o que fazer aos pro-veitos desses impostos. “Alguns países defendem que devem ser usados para criar fundos de emer-gência para futuras crises ou para apoiar Estados membros em difi-culdades. Outros, como o caso de Portugal, defendem que o resul-tado deveria servir para financiar diretamente o Orçamento de Es-tado”, explica Francisco Almeida.

Também Albino Oliveira, ana-lista da Fincor Corretora, teme os efeitos secundários da medida. “A principal desvantagem usu-almente associada a este tipo de imposto, e normalmente citada pelos seus opositores, está rela-cionada com uma eventual dimi-nuição da liquidez nos mercados financeiros, principalmente se aplicado também aos derivados (como será o caso nestes 11 Es-tados-membros), um aspeto fun-damental para grande parte dos investidores. Para outros, a intro-dução da taxa Tobin prejudica a criação de empregos e diminui o crescimento económico, uma vez que dificulta a capacidade de as

empresas se financiarem em mer-cado”, explica.

Localização de Portugal pode prejudicar ainda mais

A localização geográfica pode prejudicar ainda mais Portugal que os outros países europeus aderen-tes ao ITF, de acordo com Albino Oliveira. “Portugal, como merca-do periférico da União Europeia, apresentando geralmente um nível de liquidez mais reduzido quando comparado com a França, a Ale-manha ou mesmo a Espanha ou a Itália, parece ter mais a perder com a introdução de uma taxa que au-menta os custos de negociação para os investidores. Dependerá da ca-pacidade das empresas cotadas em bolsa e dos nossos dirigentes polí-ticos (através da adoção de apro-priadas políticas económicas) criar um enquadramento atrativo aos investidores internacionais, capaz de mais do que compensar a intro-dução desta taxa Tobin”, refere o analista da Fincor Corretora.

João Queiroz, diretor de nego-ciação da GoBulling, marca de corretagem do Banco Carregosa, também avisa que, em Portugal, e pelo facto de outros mercados,

como o holandês, terem ficado fora deste mecanismo, a taxa “pode resultar na migração de emitentes e num desincentivo a novas empre-sas abrirem o capital e o admitirem à cotação neste mercado”.

O mesmo especialista salienta que “para o mercado português, que já tem uma das mais altas taxas de tributação, um novo imposto vem provocar um aumento de ar-bitragem fiscal quer para os investi-dores, quer para os emitentes”.

Filipe Garcia, da IMF, recorda que, “num contexto de concorrên-

cia global por atração de capital”, a introdução do ITF é uma decisão que “não favorece os países que in-troduzirem a taxa”. Como ponto positivo da medida, o presidente da IMF destaca o facto de, “segundo se sabe”, o imposto não se ir aplicar às atividades financeiras quotidia-nas dos cidadãos e das empresas, às atividades tradicionais dos bancos de investimento no contexto da angariação de capital e às transações financeiras realizadas no âmbito de operações de reestruturação.

Ricardo Arroja defende que, “mesmo que certas atividades (emissões primárias) estejam isen-tas do imposto, ao incidir sobre a atividade de negociação desses mesmos instrumentos em merca-do secundário, afastará investido-res estrangeiros do nosso mercado de capitais e contribuirá também para afastar os poucos investidores domésticos do mercado”. “Mais, dependendo do seu formato fi-nal, é natural que contribua ainda mais para a bancarização do setor financeiro, o que num país como Portugal, já de si excessivamente ‘bancarizado’, não me parece espe-cialmente vantajoso”, avisa o eco-nomista da Pedro Arroja, Gestão de Investimentos.

O comissário responsável pela fiscalidade, Algirdas Semeta, defende a justiça da medida. Os especialistas avisam, no entanto, que pode haver um efeito “boomerang”.

MERCADOS

PSI-20 (20.02) 6164,56

-0,86% Var. Semana

9,01% Var. 2013

Dow Jones 20/Feb ....139999,38

Var Sem ...............................-0,14% Var 2012 ................................6,83%

Nasdaq 20/Feb ............3192,691

Var Sem ................................0,20% Var 2012 ................................ 5,74%

IBEX 35 20/Feb ..............8163,00

Var Sem ...............................-1,72% Var 2012 ...............................-0,06%

DAX 20/Feb .....................7728,9

Var Sem ................................0,22% Var 2012 ................................1,53%

CAC40 20/Feb ...............3709,88

Var Sem ................................0,31% Var 2012 ................................1,89%

COLABORAÇÃO: BANCO POPULAR

6060

6080

6100

6120

6140

6160

6180

14 Fev 15 Fev 18 Fev 19 Fev 20 Fev

Taxa “pode resultar na migração de emitentes e num desincentivo a novas empresas abrirem o capital e o admitirem à cotação neste mercado”

MERCADOS

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 37

Page 38: SUPLEMENTOS INCENTIVOS A FUNDO PERDIDO DE 50% PARA … · 2013-02-21 · ilumina) de Rui Zink e que se chama “A instalação do medo”. Vem na página 124 (1ª ed. outubro 2012):

Portugal nasceu à sombra da Igreja Católica e a sua independência face a Castela foi protegida e garantida pela Igreja. Até ao início do século XVI, as ideias que governavam o espírito humano em toda a Europa Ocidental, e, em parte, para além dela, eram as ideias que emanavam da doutrina católica.

Tudo se modificou a partir do século XVI quando novas ideias acerca do cristianismo surgiram, primeiro na Alemanha, e rapidamente se disseminaram pela Europa. Estas ideias protestantes tiveram pronta aceitação nos países nórdicos, expandiram-se para as Ilhas Britânicas, e só encontraram resistência no Sul da Europa, com a Espanha à cabeça.

A Europa Ocidental ficou dividida em duas culturas, servindo a França como fronteira – a cultura protestante a Norte, a cultura católica a Sul. Dentre os países menos afectados pelas novas ideias protestantes, Portugal é bem capaz de figurar à cabeça, tendo-lhe a Espanha servido como tampão.

Partidos políticos (uma emanação das seitas protestantes), a primazia da Lei ou a ideia do Estado de Direito (uma consequência da ênfase protestante nas Escrituras), democracia política (o método inevitável de decisão para uma comunidade desfeita e dividida em seitas), o liberalismo

(a renúncia à ideia católica de comunidade, precisamente a ideia que está na base da palavra Igreja), etc., são tudo ideias e instituições nascidas do protestantismo e que estão naturalmente mal preparadas para serem recebidas num país que permaneceu culturalmente católico.

De cada vez que estas ideias e instituições fizeram uma tentativa de entrar em Portugal, o resultado foi desastroso. A primeira vez ocorreu com a Revolução Liberal de 1820, à qual, em breve, se seguiu uma guerra civil. Ao longo de todo o século XIX, Portugal viveu permanentemente à beira da falência, só evitada ou resolvida à custa de vários períodos de suspensão das garantias constitucionais – isto é, de ditadura.

A Primeira República, que representou mais uma tentativa, agora reforçada, de invasão das ideias protestantes (a ideia de república, na sua versão moderna, é mais uma criação protestante), viria a ser, desde que há dados económicos, e a grande distância de todos os outros, o período mais empobrecedor da nossa história. Teve de se lhe seguir um período de governação autoritária para restaurar a ordem económica, social e política e pôr o país de novo na senda da prosperidade. O período do Estado Novo representa, de longe, o período de maior prosperidade da História

moderna de Portugal.A renúncia do Papa Bento XVI veio

trazer de novo a Igreja Católica para a ribalta mediática e é grande a atenção que os “media” estão agora a dedicar à eleição do próximo Papa. A eleição do Papa é talvez a mais pública das manifestações de democracia dentro da Igreja Católica, mas não é a única.

Existem, porém, pelo menos três diferenças entre a eleição democrática do Papa, como chefe supremo da Igreja e do Estado do Vaticano, e a eleição democrática de um qualquer outro chefe de Estado, como um Presidente da República.

A primeira é que o sufrágio não é universal. Apenas votam um pouco mais de uma centena de cardeais, a elite da Igreja, os quais, entre si, escolhem um dos seus pares para assumir o papado. A votação não está aberta aos bispos, nem aos padres em geral, e muito menos aos crentes, que são mais de mil milhões em todo o mundo.

Segunda, não há candidatos a Papa, no sentido de um qualquer cardeal avançar com um programa eleitoral e fazer campanha por ele, e contra os outros. A eleição do Papa é um exercício de chamamento, em que a maioria dos cardeais chama um deles para desempenhar o lugar, não um exercício em que a maioria consagra um deles, entre os vários que se

ofereceram ou candidataram ao lugar.Finalmente, o eleito tem poderes

absolutos na governação da Igreja e do Vaticano, presta contas a Deus e não aos homens, não está limitado no exercício do seu mandato por nenhum outro órgão ou lei que lhe limite os poderes, nem mesmo pelo colégio dos cardeais que o elegeu.

A Igreja Católica existe há mais de dois mil anos, passou e viveu todas as tragédias da humanidade, e, ainda assim, sobrevive como a mais antiga, a mais universal e, curiosamente também, a mais rica instituição da nossa civilização. E isto só foi possível pelo concurso de várias razões, algumas que parecem verdadeiros milagres. Uma delas é certamente o seu modelo de governação, que, em parte, acabo de descrever.

É este o modelo de governação próprio dos países que, como Portugal, viveram séculos sob a influência das ideias católicas, uma governação que é feita pela autoridade suprema e absoluta de um só homem. Esse homem pode ser um rei ou, em alternativa, uma figura civil dotada da mesma autoridade.

Caso contrário, Portugal não se governa. Como, mais uma vez, está à vista de todos.

POR INDICAÇÃO DO AUTOR, ESTE ARTIGO NÃO SEGUE AINDA O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

MERCADOS

38 SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013

O modelo de governação

Portugal regressou na quarta-feira (20) aos mercados. Tal como tinha sucedido no dia anterior com Espanha, o nosso país conseguiu colocar toda a dívida proposta, 1500 milhões de euros, no mercado. A per-ceção de que o risco é baixo e o juro é ele-vado fez com que existisse muito interesse no leilão, o que jogou a favor de Portugal, que conseguiu colocar dívida a 12 meses, a 1,277%, para colocar 1155 milhões. O país colocou ainda, com vencimento em maio próximo, 345 milhões de euros a 0,737%, um pouco acima do juro pago em período homólogo. “Pese o facto de ser uma emissão pequena para testar o merca-do, podemos considerar a emissão positiva para o Portugal”, de acordo com Eduardo Silva, account manager da corretora XTB.

“Não esperávamos qualquer problema nesta emissão e tal veio a verificar-se: a dívi-da é de curto prazo, sempre mais facilmen-te absorvida pelo mercado, o montante era baixo e as taxas praticadas pelo mercado nas últimas semanas, que têm estado estáveis, depois da queda das últimas semanas, ga-rantiam o sucesso da emissão”, considera, por seu turno, o diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa, Filipe Silva.

Aquele especialista recorda que “os in-vestidores sabem que, se alguma coisa falhar, o BCE vai estar vigilante para dar assistência e isso diminuiu bastante o risco da dívida portuguesa nos últimos meses. Mesmo assim, apesar da descida de taxas,

a rentabilidade oferecida por estes títulos é superior”. Em relação às taxas do leilão de dívida, Filipe Silva indica que “houve um ligeiro agravamento na dívida a três meses, mas não muito relevante, e os resultados da emissão a um ano foram bastante bons”.

Portugal voltou aos mercados com juros inferiores ao esperado

Allianz Portugal tem novo membro da direção

José Francisco Duarte Neves é o novo membro do comité de direção da Allianz Portugal, como responsável de market management e distribuição bancária. Com 20 anos de experiência em seguros, aquele profissional é licenciado em eco-nomia, bacharel em contabilidade e pós--graduado em gestão de seguros.

Ingressou na atividade seguradora em 1992, na direção financeira da Allianz Portugal.

Em 2007, foi convidado para integrar a direção de operações, tendo sido res-ponsável de gestão de carteira, cobranças e call center. Dois anos depois, foi nome-ado diretor de produto saúde e acidentes de trabalho, função que desempenhou até ao final de 2012. “A Allianz Portugal está a atravessar uma nova fase de expansão. A direção de market management tem um importante papel a desempenhar, para o qual conto implementar um plano de meios em estreito alinhamento com os objetivos da companhia”, referiu José Francisco Neves.

“Esta nova função representa uma res-ponsabilidade acrescida e um desafio pes-soal que abraço com todo o empenho”, acrescentou.

EspeculaçãoPEDRO ARROJAPedro Arroja Gestão de Patrimónios, SA

-0,78% Var. Semana -0,011% Var. Semana -2,38% Var. Semana

1,14% Var. 2013 -0,868% Var. 2013 4,31% Var. 2013

Euro/Libra 20/Feb .....0,8725

Var Sem ........................ -0,91% Var 2013 ........................ -6,87%

Euro/Iene 20/Feb ..124,8550

Var Sem .........................0,75% Var 2013 ........................ -8,42%

Euribor 3M 20/Feb ....0,2210

Var Abs Sem .................. -0,005 Var 2013 ......................... -0,780

Euribor 1Y 20/Feb .....0,5850

Var Abs Sem ................... -0,013 Var 2013 ..........................-0,919

Ouro 20/Feb .........1581,95

Var Sem .....................-1,54% Var 2013 .....................-5,62%

Prata 20/Feb .............28,68

Var Sem .....................-3,78% Var 2013 .....................-5,18%

COLABORAÇÃO: BANCO POPULAR

EURODÓLAR (20.02) 1,3350 EURIBOR 6M (20.02) 0,3560 PETRÓLEO BRENT (20.02) 115,86

1.331

1.332

1.333

1.334

1.335

1.336

1.337

1.338

1.339

1.34

14 Fev 15 Fev 18 Fev 19 Fev 20 Fev

0.35

0.352

0.354

0.356

0.358

0.36

0.362

0.364

0.366

0.368

14 Fev 15 Fev 18 Fev 19 Fev 20 Fev114.5

115

115.5

116

116.5

117

117.5

118

118.5

14 Fev 15 Fev 18 Fev 19 Fev 20 Fev

O nosso país colocou 1500 milhões de dívida.

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O presidente do BCE, Mário Draghi, afirmou esta semana, na comissão dos Assuntos Eco-nómicos e Financeiros do Par-lamento Europeu, que “um país [sob programa de ajustamento] tem sempre a possibilidade de redesenhar o programa dentro do envelope financeiro acorda-do”. Draghi respondia ao eu-rodeputado português Diogo Feio, que o tinha questionado sobre a possibilidade de haver condições e circunstâncias que permitam a modificação dos programas de ajustamento fi-nanceiro, de modo que possam

incluir algumas medidas de curto prazo como a aplicação de uma política fiscal mais fa-vorável para os contribuintes e empresas.

O presidente do BCE afir-mou que houve no último ano um “progresso extraordinário” nos países sujeitos a programas de ajustamento. Mário Draghi deu o exemplo da consolidação orçamental e das reformas es-truturais, entre outras. A mes-ma fonte considera, também, que este progresso é também notório nos países sob pressão, como Espanha e Itália.

Desde o rebentamento da crise financeira em 2007 que um dos temas mais abordados tem sido o da especulação.

A especulação assim como os intervenientes que a levam a cabo, os especuladores, têm sido alvo de escrutínio por parte da opinião pública assim como por parte dos governos, acusando-os como responsáveis da crise financeira, quais bodes expiatórios. A par talvez dos fiscais das finanças, os especuladores têm sido os alvos preferidos de demagogos e não só.

A sua imagem é vista como os vultos que compram barato no mercado e vendendo depois fazendo lucros avultados, sem acrescentarem qualquer tipo de valor no processo. Contudo, tal é uma falácia. Tipicamente, o objectivo de um especulador é o de adquirir bens ou activos que ache que a oferta no futuro será menor que a actual, e portanto lucrar com a expectável subida dos preços no futuro. Este tipo de comportamento, na verdade, retira a incerteza a muitos dos outros intervenientes no mercado. O agricultor que cultiva no início do ano não sabe quais os preços praticados aquando da época da colheita, e, como tal, pode preferir um preço

garantido da sua colheita ao invés de lidar com a incerteza. Alguém que compre a colheita aos preços actuais está a oferecer um preço garantido ao agricultor, sendo que a mesma colheita poderá estar a um preço mais elevado no futuro, mas também a um preço mais reduzido.

É esse o papel do especulador, o de lidar com o risco da incerteza, em detrimento do agricultor, e de lucrar com a situação no caso do seu prognóstico estar correcto. A vida do especulador é a de negociar e estar apto a prognosticar o futuro de forma mais precisa que os outros.

O especulador em troca de possíves lucros futuros mais elevados, dá a segurança e a certeza do preço actual às pessoas que queiram esse serviço. No entanto, a actividade da especulação não é uma certeza, dado que o especulador pode incorrer em perdas avultadas, quando as colheitas ou bens que compram a um determinado momento a um preço garantido acabam por ter uma performance de preço bastante negativa. Ao contrário de muitos agricultores e intervenientes no processo de produção que não querem a incerteza dos

preços dos seus produtos, o especulador pode absorver estas perdas.

A especulação no mercado cambial acaba por ter um comportamento em tudo idêntico, permitindo às empresas minimizarem o seu risco cambial. Numa economia que é tida como cada vez mais global, estas operações são cada vez mais recorrentes – uma empresa exportadora que queira vender o seu produto poderá preferir a certeza de um valor fixo do que assumir o risco da taxa de câmbio no futuro. Um especulador pode providenciar o serviço da eliminação do risco, ao vender a divisa no momento, ao preço que estima que esta venha a ultrapassar no futuro.

Desde que os especuladores, em média, sejam mais certeiros do que aquilo que erram, podem prosperar, e acabam por atenuar a volatilidade do mercado durante esse mesmo processo.

Portanto, ao contrário daquilo que muitos apregoam, os especuladores, na verdade, oferecem serviços de grande valor àqueles que estão interessados, ou seja, assumem o risco no lugar de quem não o quer.

POR INDICAÇÃO DO AUTOR, ESTE ARTIGO SEGUE A ANTIGA ORTOGRAFIA

Os especuladores e o seu valor para os mercados

SALVADOR NOBRE DA VEIGAaccount manager da XTB

Parpública conclui colocação de capital social da EDP A Parpública – Participações Públicas concluiu a colocação de ações representativas de 4,144% do capital social da EDP e da totalidade de ações da EDP detidas pela Par-pública, através de um processo de “accelerated bookbuilding” dirigido ex-clusivamente a investidores institucionais. A receita da oferta ascendeu a cerca de 356,1 milhões de euros. Na operação estiveram ainda envolvidos o Caixa – Banco de Investimento e o Morgan Stanley.

Fusões e reestruturações penalizam banca espanholaAs fusões e aquisições no setor da banca espanhola penalizaram as entidades envolvidas em termos de eficiência. Apenas o Bankinter e o BBVA conseguiram aumentar a sua eficiência no ano passado. Nos restantes casos, os custos iniciais das fusões fizeram-se sentir. As sinergias tardam em chegar. Entretanto, quando acontece uma fusão, os gastos disparam, sobretudo em períodos de crise, quando a atividade abranda e as receitas não sobem em proporção. O San-tander continua a ser o banco mais eficiente da banca espanhola.

Mais-valias de obrigações taxadas em IRS como rendimento de capitais

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 39

MERCADOS

MÁRIO DRAGHI EM RESPOSTA AO EURODEPUTADO DIOGO FEIO

“Um país tem sempre a possibilidade de redesenhar o programa”

As mais-valias das obri-gações são taxadas em IRS como rendimento de capi-tais. Isso mesmo é referido por uma informação vincu-lativa da Autoridade Tribu-tária. Esta nota do fisco data de novembro, mas as dúvidas enviadas à “Vida Económica” por alguns leitores levaram--nos a regressar ao tema.

Assim, aquela informação considera que aqueles ga-nhos devem ser considera-dos rendimentos de capitais (categoria E), como “frutos e demais vantagens econó-micas”. “Incluem-se todos os rendimentos da aplicação direta e indireta de capitais, e, designadamente, os cha-

mados ‘rendimentos implíci-tos’, como sejam a diferença entre o montante mutuado, depositado ou aplicado e oobtido através da alienação, amortização ou reembolso,relativamente a capitais mu-tuados, depositados ou aplica-dos em obrigações, títulos de participação e outros valores mobiliários similares, em queo rendimento está, total ou parcialmente, implícito na-quela diferença. Consequen-temente, o diferencial positivo apurado no momento do re-embolso de obrigações consti-tui, na sua essência, um rendi-mento da aplicação de capitais consubstanciada na aquisição da obrigação”, refere a nota.

Lucros do Santader caíram 59% no ano passado

O grupo Santander teve umresultado líquido de 2,2 mil mi-lhões de euros, o que se traduziunuma quebra de 59%, face aoexercício anterior. A descida nos lucros teve lugar apesar de um crescimento de 2,2% no produto bancário, o qual se cifrou em 43675 milhões de euros.

Os ganhos do maior banco espanhol foram afetados sobre-tudo pelas imparidades ao nível do crédito e pela constituição dasprovisões necessárias. A entidade financeira atingiu já o melhorrácio “core tier one”, no âmbito das regras definidas por Basileia.O Santander aumentou as pro-visões em quase 28%, para con-trariar eventuais incumprimentosem termos de crédito, no valor de perto de 12,7 mil milhões de euros. O produto bancário teve um avanço de 2,2%, para cerca de 43,7 mil milhões de euros, en-quanto a margem líquida cresceu1,6%, para 23,5 mil milhões deeuros.

Mário Draghi, presidente do BCE.

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A NYSE Euronext Lisbon atribuiu 20 prémios na segun-da edição dos NYSE Euronext Lisbon Awards. As distinções reconhecem entidades que se distinguiram em 2012, nomea-damente emitentes, corretoras, bancos de investimento, analis-tas, gestores de fundos, escritó-rios de advogados, académicos, entre outros, “que contribuíram ativamente para o desenvolvi-mento do mercado de capitais português”, de acordo com a Euronext (ver quando com lista de vencedores. Destaque para o facto de a edição de 2013 ter distinguido, pela primeira vez, o melhor artigo publicado sobre mercado de capitais).

O presidente do conselho de administração da NYSE Eu-ronext Lisbon, Luís Laginha de Sousa, referiu que a criação destas distinções em período de crise faz ainda mais sentido. “Lançámos os NYSE Euronext Lisbon Awards, num dos períodos mais difíceis de que há memória no nosso país, pois entendemos que em todos os momentos, e, em particular, nos mais difíceis, devemos procurar valorizar o esforço, dedicação e empenho de todos aqueles que tentam contrariar as adversida-des e contribuir para o desenvol-vimento do mercado. A edição deste ano dos ‘Awards’ reforçou a nossa convicção de que muitos dos fatores que nos permitem aju-dar a ultrapassar os problemas po-dem ser decisiva e positivamente influenciados por todos aqueles

que são parte integrante do ecos-sistema que é o mercado de capi-tais”, referiu.

A mesma fonte acrescentou que, “num contexto em que a tecnologia desempenha um papel cada vez mais importante, con-tribuindo muitas vezes para um afastamento entre os vários inter-venientes no mercado”, os pré-mios são também “um contributo para promover um maior reforço

da dimensão humana que é fun-damental a qualquer atividade”. “Estamos confiantes de que existe um amplo espaço de oportunida-des de desenvolvimento do mer-cado de capitais, não enquanto fim em si mesmo, mas enquanto meio imprescindível ao desenvol-vimento económico de Portugal. Nesse sentido, esperamos que os ‘Awards’ sejam um estímulo para os vencedores e nomeados e,

também, para todos os que, não o tendo sido nesta edição, con-tribuem igualmente para o de-senvolvimento do nosso mercado e, consequentemente, do nosso país”, rematou Luís Laginha de Sousa.

O júri dos NYSE Euronext Lisbon Awards é composto pelos membros do PSI20 Committee, designadamente João da Silva Ferreira, João Duque e Rui Al-

SEGUNDA EDIÇÃO DOS NYSE EURONEXT LISBON AWARDS

Bolsa portuguesa volta a desempenhos no mercado

Barclays confirma adequação da rede de distribuiçãona Europa

O Barclays confirma a ade-quação da rede de distribuição na Europa. Sem avançar dados concretos – as notícias de fontes sindicais apontam para 2000 pos-tos de trabalho em todo o mun-do, 300 dos quais em Portugal (e 100 agências) – o banco britânico anunciou que, na Europa conti-nental, “centrará a sua estratégia no incremento do negócio nos segmentos premier e classe busi-ness (vocacionado para o mercado das PME), ao mesmo tempo que cria e desenvolve soluções digitais que visam melhorar os resultados e a satisfação dos clientes”.

Esta nova estratégia, “em conju-gação com as atuais condições de mercado, levará o banco a rever a sua capacidade de distribuição, com o objetivo de se focar nas no-vas necessidades do negócio e dos clientes, assim como em novos canais para a prestação de serviço aos mesmos”. Nesse sentido, pros-segue o comunicado, o “banco está a contactar os sindicatos do setor para os informar sobre o novo po-sicionamento do Barclays no mer-cado nacional e a estudar formas de causar o menor impacto possível na sua estrutura laboral”.

Crédito Agrícola presente no SISAB

O Grupo Crédito Agrícola vai marcar presença no SISAB – Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas, mostra de empresas, marcas e produtos portugueses para a exportação, que se realiza de segunda-feira a quarta-feira (25 a 27) no Pavilhão Atlântico, em Lisboa. Este evento, que este ano conta com 400 expositores e mais de quatro mil produtos de empresas portuguesas.

O Crédito Agrícola estará presen-te com um stand para apresentação dos produtos e serviços que o grupo disponibiliza às empresas que apos-tam na internacionalização para a expansão do seu negócio, ou que já o fazem. Espera-se a visita de 1400 compradores internacionais, oriun-dos de 100 países. Para além dos 14 setores tradicionais de alimentação e bebidas, como os enchidos, vinho ou azeite, o evento contará com no-vos sectores como a cutelaria, brin-des ou certificação.

Sonae faz acordo para compra de ações da France Telecom na Optimus

A Sonae e a France Telecom concluíram um acordo para a opção de compra e de venda, respetivamente, dos 20% do ca-pital da Sonaecom atualmente detidos pela Orange, subsidiária da France Telecom. Segundo um comunicado do grupo português, “a opção de compra da Sonae po-derá ser exercida nos próximos 18 meses e a opção de venda da FT-Orange nos três meses subse-quentes”.

Ainda de acordo com mesma nota, o preço de exercício de am-bas as opções é de 98,9 milhões de euros, podendo ser elevado para 113,5 milhões de euros no caso de participação da Sonae-com ou da Optimus “em alguma operação material de consolida-ção ou reestruturação do setor das telecomunicações em Portu-gal cujo anúncio tenha lugar nos próximos 24 meses”. Recorde-se que a Optimus está em proces-

so de fusão com o operador de televisão, inter-net e telefone Zon. De resto, o acordo de recompra dos 20% da Oran-ge na Optimus é já um “ar-rumar” da casa para abrir caminho a este negócio.

“Devemos procurar valorizar o esforço, dedicação e empenho de todos aqueles que tentam contrariar as adversidades”, disse Luís Laginha de Sousa.

Decisões e Soluções baixa preços de subagenciamentoA Decisões e Soluções, empresa de consultoria nas áreas de consultoria financeira, mediação de seguros, media-ção de obras e mediação imobiliária, lançou campanha de 50% de desconto para novos subagentes, que estará em vigor até 30 de março (os preços são, agora, de 1500 euros para consultores seniores e 750 euros para consultores juniores).

Taxa de poupança desceu em janeiroO indicador de poupança APFIPP/Universidade Católica desceu de 115,1 em dezembro para 113,3 em janeiro, mantendo-se, no entan-to, acima da média de longo prazo de 1995. O indicador continua a apontar para uma redução gradual da taça de poupança das fa-mílias em percentagem do PIB, desde o pico de 118 de julho de 2012.

MERCADOS

40 SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013

O acordo de recompra dos 20% da Orange na Op-timus é um “arrumar” da casa para abrir caminho à fusão da Optimus com a Zon.

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palhão. O evento contou ainda com uma mesa-redonda dedicada ao tema “Gerir com Humor – Fi-nanciar a Felicidade”, com inter-

venções de Manuel Caldeira Ca-bral, da Universidade do Minho, Paulo Morgado, da Capgemini, e Sérgio Figueiredo, da Fundação

EDP. Carlos Moedas, secretário de Estado adjunto do primeiro--ministro, fez o discurso de encer-ramento da cerimónia.

distinguir de capitais

EDP totalmente privatizada

O Estado vendeu os últimos 4,14% de ações que tinha da EDP. Quinze anos depois de o processo de privatização da elétrica nacional ter arrancado, o processo terminou esta semana.

O presidente da EDP, António Mexia, garan-tiu, na segunda-feira (18), na cerimónia de admissão das ações na NYSE Euronext Lisbon, que nada vai mudar na

empresa. “Nada muda, mas é importante que ao fim de 15 anos tenha-mos a consciência que hoje a EDP passou a ser uma empresa 100% privada, com a saída do Estado”, declarou o executivo. No “closing bell”, foram admitidas 151 milhões de ações da elétrica, correspon-dentes aos já referidos 4,14% do capital desta empresa.

A concorrência europeia e os bancos portugueses

Dia 12 de fevereiro, chegaram a Lisboa os representantes da direção-geral da Concorrência da União Europeia para analisar e impor aos bancos que beneficiaram da ajuda do Estado medidas difíceis de aceitar e até de compreender.Difíceis de aceitar, porque irão implicar a redução das suas operações nacionais e internacionais, e de compreender, porque tornarão os nossos bancos mais pequenos num contexto europeu em que os bancos são cada vez maiores devido às operações de concentração em diversos mercados (vide Espanha com as Cajas) e tolherão assim a sua capacidade futura de crescimento em mercados promissores como a Polónia e Angola.Pior do que isso, tais medidas poderão impedir, inclusive, alguns desses bancos de pagar os empréstimos que receberam do Estado (ou, melhor, dos contribuintes portugueses) e manter o Estado na sua estrutura acionista.Confesso que não consigo compreender esta conceção da direção geral da concorrência europeia, uma vez que as ajudas do Estado foram, em larga medida, necessárias para que os bancos pudessem cumprir as metas estabelecidas pela EBA – entidade bancária europeia – e não foram pacificamente aceites pelos bancos. Foram impostas aos bancos.Na minha opinião, os bancos foram no contexto europeu bastante prudentes, sobretudo quando comparados com os seus congéneres (excetuando casos de polícia como o BPN) e por isso, caso estas medidas sejam o que se antecipa, serão duplamente prejudicados.Não que discorde que os bancos devam ser analisados pela concorrência europeia ou que devam ser protegidos, mas quaisquer medidas a tomar devem ter presente que a diminuição da sua dimensão interna ou externa tornará muito mais difícil o pagamento aos contribuintes dos empréstimos concedidos e/ou poderá mesmo tornar impossível tais pagamentos nos prazos estabelecidos. Pior, prejudicaria os bancos portugueses, mas beneficiaria bancos internacionais já presentes nesses mercados, contribuindo para o fortalecimento das entidades já denominadas “too big to fail”.Não que a União Europeia tenha dois pesos e duas medidas, que tem, mas porque, enquanto país, não podemos aceitar que aquilo que são os nossos interesses no panorama nacional e internacional não sejam protegidos e acautelados.Espero que o Banco de Portugal, que teve falhas enquanto supervisor, e o Governo que errou na regulamentação, se envolvam e trabalhem em conjunto para defender os interesses dos bancos portugueses e do setor financeiro nacional. Não porque tenhamos de proteger os bancos portugueses, mas porque não fazê-lo contribuiria para o enfraquecimento da economia nacional e do financiamento às empresas portuguesas.Seria também importante que se desmistificassem as ajudas do Estado aos Bancos e que se acabasse de vez com a ideia errada que o Estado ajuda os bancos e não as restantes empresas. Ajudar os bancos a fortalecer os seus balanços significa, no médio e longo prazo, maior capacidade de crédito às PME e à economia, e no final o Estado será devidamente compensado pelos empréstimos prestados. No fim de contas, os bancos pagam e pagam bem pela ajuda que recebem.

BRUNO CARNEIROCEO Servdebt

MERCADOS

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 41

Vitória do centro-direita no Chipre aproxima Chipre de resgate internacionalO líder de centro-direita Anastasiades ganhou facilmente a primeira vol-ta das eleições presidenciais no Chipre com 45,4% dos votos, mas não conseguiu evitar a segunda volta. Segundo uma nota da corretora TXB, “esta vitória aproxima o Chipre de um resgate internacional, visto que Anastasiades pretende retomar as negociações sobre o processo”.

Economia alemã vai voltar a crescer no primeiro trimestreA economia alemã vai voltar a crescer no trimestre de 2013, de acordo com o Bundesbank. A previsão do banco central da Alemanha surge depois da contração registado no último trimestre de 2012. A subida da económica germânica vai acontecer, segundo o Bundesbank, por impulso da recuperação da produção industrial.

Lista de vencedoresListed company - Best Performance - Compartment A Portucel

Listed company - Best Performance - Compartments B and C BPI

Market member - Most Active Trading House in Shares BESI

Market member - Most Active Trading House in Shares - Compartments B and C

BCP

Market member - Most Active Trading House in Bonds BPI

Market member - Most Active Trading House in ETF BESI

Market member - Most Active Trading House in Certificates BCP

Market member - Most Active Trading House in Derivatives Market

BBVA (Portugal)

Market member - Most Active Trading House in Warrants Commerzbank

Nº1 Seasoned Equity Offer House Nomura International PLC

Nº1 Corporate Bond House BPI

Most Active Research House BPI

Most Active Law Firm Vieira de Almeida & Associados, Sociedade de Advogados, R.L.

Investment Fund/Open Pension Fund in Portuguese Stocks Millennium Eurocarteira

Financial Innovation ISA – Intelligent Sensing Anywhere

Best Scientific Research on Portuguese Capital Markets – PhD Thesis and Published Articles

“Abnormal Returns Before Acquisition Announcements: Evidence from Europe”, Maria Rosa Borges e Ricardo Gairifo

Best Scientific Research on Portuguese Capital Markets – Master’s Thesis

“O Modelo de Dupla Auditoria e a Gestão de Resultados: Uma Singularidade Portuguesa”, Cláudio Miguel Soldado Mateus

Best Capital Market Promotion Event – Dedicated to institutional investors

Technology and Innovation Conference – Portugal Telecom

Best Capital Market Promotion Event – Dedicated to retail investors

Global Investment Challenge – organizado pela SDG, em parceria com o Millennium BCP e jornal Expresso

Best Media Article on Capital Markets “Bolsas em fora de jogo” – João Silvestre, jornal Expresso

Fonte: NYSE Euronext Lisbon

No “closing bell” da bolsa houve a admissão de 151,517 milhões de ações da EDP.

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O ano de 2012 ficou marcado pela crise e quebras no investimento e na ati-vidade económica em geral, segundo os dados da Associação Portuguesa de Le-asing, Factoring e Renting (ALF). Por um lado, o encerramento de empresas, diminuição de colaboradores e aumen-to da tributação fiscal resultou em fortes quedas no investimento e em particular na queda na venda de viaturas novas em Portugal, mas por outro lado, a conjun-tura atual criou oportunidades de negó-cio no exterior às empresas portuguesas.

Perante este cenário, tanto o leasing como o renting verificaram diminuições de produção em termos absolutos, em-bora a análise ao longo do ano seja hete-rogénea. Já em relação ao factoring, é de sublinhar o crescimento sustentado do factoring para exportação, que em 2012 aumentou 19,9% em Portugal.

Os créditos tomados em exportação cresceram mesmo a uma taxa bastante superior à registada nas exportações, tendo sido responsável pela gestão de cobranças de uma crescente percenta-gem das trocas comerciais com o exte-rior. Assim, apesar da crise que assola a Europa, os créditos tomados neste seg-mento para exportação subiram para os 2,12 mil milhões de euros, ao invés do factoring nacional, que registou um de-créscimo de 16,7%, correspondendo a um total de créditos tomados de 22,95 mil milhões de euros.

O renting registou, em 2012, uma diminuição de 41,8%, tendo sido no entanto responsável pela aquisição de cerca de 16,7% das viaturas ligeiras novas, vendidas em Portugal. O lea-sing registou um decréscimo de 38,1%, sendo de assinalar que foi responsável por cerca de 62% das viaturas pesadas adquiridas em 2012. Embora se regis-tem estas quebras de produção, o ren-ting e o leasing afiguram-se, segundo o presidente da ALF, como dos “poucos instrumentos disponíveis de apoio às empresas nacionais envolvidas na oferta automóvel”, gozando de grande conhe-cimento e divulgação junto das empre-sas, que cada vez são mais criteriosas nas suas escolhas. “O aumento de eficiência e operacionalidade que o renting permi-te na gestão automóvel e a simplicida-de e baixas taxas de juro que o leasing oferece no investimento mobiliário e imobiliário, permitem, que sejam sem-pre equacionados pelas empresas que, igualmente, sabem que, quer em crise, quer em expansão, contam sempre com o leasing e o renting para as apoiar”, dis-

se José Beja Amaro. “É com agrado que constatamos o impulso e o apoio que o factoring tem vindo a dar às expor-tações nacionais, que cresceram mesmo em tempos de crise e de dificuldades de acesso ao crédito”, acrescentou o presi-dente da ALF.

Desafios para 2013

No que se refere aos objetivos para o novo ano, a ALF critica a burocra-cia. “Para além da conjuntura econó-mica negativa, tem-se verificado um aumento dos entraves burocráticos criados por algumas entidades públicas

que continuam a não entender a im-portância do leasing e do seu potencial contributo para o crescimento do in-vestimento produtivo em bens transa-cionáveis. Também o reduzido conhe-cimento do factoring e do renting por parte destas mesmas entidades obsta a que a sua utilização seja mais intensa por parte do mercado”, refere a entida-de em comunicado.

A entidade refere que vai “continu-ar este ano o trabalho já realizado em 2012 para que, em colaboração com todas as entidades públicas, se tente ultrapassar estas situações, dinami-zando o mercado e intensificando o conhecimento do produto por parte do Estado e das empresas”. Os respon-sáveis pela ALF acreditam que “este crescimento contribuirá, sem dúvida, para que a economia possa crescer de forma mais sustentada e para que as empresas se possam reequipar e assim melhor resistir aos desafios de desen-volvimento tecnológico exigíveis para os próximos anos”.

MERCADOS

DE ACORDO COM OS DADOS DA ALF DE 2012

Factoring de exportação cresce acima da balança comercial portuguesa

“O renting e o leasing afiguram-se, segundo o presidente da ALF, Beja Amaro, como dos “poucos instrumentos disponíveis de apoio às empresas nacionais envolvidas na oferta au-tomóvel”.

42 SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013

EDA realiza aquisição e amortização de obrigaçõesA Eletricidade dos Açores (EDA) procedeu à aquisição e à amortização da totalidade das obriga-ções por si emitidas, relativas à emissão de obrigações no valor de 50 milhões de euros. Também procedeu à emissão de um empréstimo obrigacionista de igual valor, pelo prazo de três anos e organizado pela CGD. “Estas operações permitiram à EDA aumentar a maturidade média da sua dívida e adequar o perfil de amortização à expansão esperada da sua atividade, de acordo com o seu plano estratégico plurianual e orçamento”, refere a empresa em comunicado.

Espanha fica com seis ou sete bancosO número de bancos ainda vai encolher substancialmente em Espanha. A opinião é do pre-sidente do banco BBVA, Francisco González, num prazo de apenas dois a três anos. Com o processo de reforma do setor, a tendência é para uma concentração das entidades financeiras. O BBVA não está de parte numa eventual corrida a um banco no mercado espanhol. Hoje existem 15 bancos, quando há quatro anos se cifravam em cerca de 45. No exterior, o banqueiro acredita sobretudo no potencial de crescimento da América Latina, dos Estados Unidos ou da Turquia.

Santander Totta assina acordo para igualdade de género

O Santander Totta assinou o acordo de Ade-são ao Fórum de Empresas para a Igualdade, um compromisso através do qual as empresas aderen-tes acordam desenvolver ações de promoção de igualdade de género. As empresas passam a in-corporar nas suas estratégias de gestão os princí-pios de igualdade entre homens e mulheres, num compromisso com a promoção da igualdade de oportunidades profissionais.

O Fórum Empresas para a Igualdade é promo-vido pela Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego e por um conjunto de empresas representativas dos mais importantes sectores da economia nacional. As empresas passam a incor-porar nas suas estratégias de gestão os princípios de igualdade entre homens e mulheres, num compromisso com a promoção da igualdade de oportunidades profissionais.

O banco Santander Totta, que afirma ser pio-neiro a implementar ações que visam a promoção da igualdade de género, irá comprometer-se com várias iniciativas. Uma das iniciativas em desta-que é o WEP – Women’s Executive Program, um programa de formação em parceria com a univer-sidade católica, que irá permitir a algumas direc-toras do banco reforçar as suas competências em temas fundamentais como o negócio, a liderança e a gestão pessoal da carreira.

Por outro lado, ao longo do ano, o banco orga-niza almoços mensais do presidente-executivo do Banco, António Vieira Monteiro, com diretoras, no sentido de conhecer melhor a sua realidade pessoal e profissional, bem como recolher ideias e opiniões que possam ajudar a fortalecer o seu papel no banco. Em outubro, terá lugar a oitava edição da Conferência Anual Gestão no Femi-nino, onde cerca de 200 mulheres diretivas do banco irão debater temas de negócio e liderança.

A criação de um Fórum de Empresas para a Igualdade surgiu da vontade comum em assumir uma cultura de reconhecimento da igualdade de género como pilar do desenvolvimento e susten-tabilidade no mundo empresarial. “A participa-ção do Santander Totta nesta iniciativa vem de encontro ao que o banco tem vindo a fazer ao longo dos anos para ser um empregador equili-brado, com um modelo de gestão de recursos hu-manos que se adequa às necessidades de negócio, dos seus clientes e dos seus colaboradores”, refere um comunicado da entidade.

Banco Popular lança campanha PME Power

O Banco Popular tem em curso uma campa-nha de comunicação dedicada a um dos seus mais importantes serviços: o PME Power. Com o mote “A nossa energia é para a sua empresa”, a campanha ilustra, de acordo com o banco, “a crescente preocupação do Banco Popular no apoio ao crescimento e competitividade das em-presas portuguesas”.

Assinada pela Tux&Gill, a criatividade faz uma viagem por casos de empresas e diferentes setores de actividade, com uma tónica de positividade e incentivo ao empreendedorismo. A produção ficou a cargo da Quioto, com realização de Joa-na Faria. A estratégia de meios foi elaborada pela Brand Connection abrangendo televisão, rádio, imprensa, internet e outdoor.

Conjuntura e burocracia diminuem confiança para 2013

Page 43: SUPLEMENTOS INCENTIVOS A FUNDO PERDIDO DE 50% PARA … · 2013-02-21 · ilumina) de Rui Zink e que se chama “A instalação do medo”. Vem na página 124 (1ª ed. outubro 2012):

O Banif lançou um novo depósito a prazo para assinalar o seu 25º aniversário. Chama-se Depósito Banif 25, tem o prazo de 25 meses e pode ser subscrito, no mínimo, a partir de 500 euros, dólares americanos ou dólares canadianos. A TANB média é de 3,40% e o pagamento dos juros acontece de cinco em cinco meses. Não autoriza renovações nem reforços, mas permite a mobilização antecipada.MARTA ARAÚ[email protected]

“Nos 25 anos do Banif faça a sua poupança crescer”

O banco foi recentemente alvo de recapitalização por par-te Estado, no valor de 1100 mi-lhões de euros, e não vive o seu melhor momento no que diz respeito à notoriedade da sua marca. Seja como for, o merca-do não para e nada melhor do que comemorar 25 anos para lançar novas campanhas e con-quistar novos capitais.

O Depósito Banif 25 surge,

precisamente, para a instituição bancária assinalar o seu aniver-sário. O produto consiste num depósito a prazo a 25 meses, que tem como público-alvo clientes particulares residen-tes, emigrantes e não residentes

com mais de 18 anos.O depósito a prazo pode ser

subscrito em três unidades mo-netárias: euros, dólares ameri-canos e dólares canadianos. O valor mínimo para a adesão do depósito é de 500 unidades,

sendo o valor máximo de 50 000 unidades.

De salientar que o mesmo permite a mobilização anteci-pada total ou parcial em dois cenários: se ocorrer no momen-to do pagamento dos juros, não será aplicada qualquer penali-zação; se for em qualquer outro momento, será aplicada pena-lização total sobre os juros do período em curso.

No entanto, só serão permi-tidas mobilizações antecipadas parciais, desde que o saldo re-manescente não seja inferior ao mínimo estabelecido para a constituição, ou seja, 500 uni-dades (euros, dólares america-nos ou dólares canadianos).

Taxa de juro crescente durante 25 meses, com pagamento de juros de 5 em 5 meses

A taxa de remuneração é crescente e aplica-se da seguin-te forma: entre o 1º e 5º mês a TANB é de 2,75%; entre o 6º e 10º mês a TANB é de 3%; en-tre o 11º e o 15º mês a TANB é de 3,25%; entre o 16º e o 20º mês a TANB é de 3,50%; entre o 21º e o 25º mês, a TANB é de 4,50%.

Feitas as contas, a TANB mé-dia é de 3,40%, o que corres-ponde a uma TANL de 2,45%.

O pagamento dos juros é quinquimestral e acontece por crédito em conta de depósito à ordem.

Tenha em linha de conta que o produto financeiro em causa beneficia da garantia de reem-bolso prestada pelo Fundo de Garantia de Depósito, que é aplicado até ao valor máximo de 100.000 euros por deposi-tante.

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 43

ING elimina 2400 postos de trabalhoING, o maior banco holandês de serviços financeiros, fechou o quarto trimestre do ano com um resultado líquido de 1,4 mil milhões de euros, abaixo dos 1,6 mil milhões previstos pelos analistas. Após conhecer estes resultados, o banco anunciou o despedimento de 2400 colaboradores, 1400 na Holanda e os restantes na Bélgica. Com esta medida, o grupo espera poupar mil milhões em custos de operações em apenas um ano. A administração admite que tem de tomar decisões que permitam uma adequação do negócio a um contexto difícil e que obriga a uma maior agilidade.

Capital Group Internacional passa a deter mais de 2% da PTA Capital Group International passou a deter uma participação qualificada superior a 2% dosdireitos de voto correspondentes ao capital social da Portugal Telecom. Esta participação re-sultou da aquisição de ADS (American Depositary Shares) e de ações da empresa nacional.Na sequência desta transação, passou a ser imputável à CGII uma participação qualificadacorrespondente a mais de 21 milhões de ações ordinárias da PT – incluindo 70 mil ADS –representativas de 2,36% do respetivo capital social e dos correspondentes direitos de voto.

Os especialistas não têm dúvidas: a guerra dos câmbios é mais alimentada pelos políticos do que pelos bancos centrais. A sua intensida-de varia claramente de acordo com as zonas em confronto. O conflito é total no Japão e na Suíça.

O conflito é global, mas parece evidente que se trata mais de palavras do que pro-priamente de atos. A guerra tem lugar não

porque as desvalorizações das moedas têm um impacto substancial sobre a atividade, mas porque têm de ser muito importantes para terem um efeito evidente sobre as ex-portações. Pode-se afirmar que, neste mo-mento, a guerra é apenas total no Japão e na Suíça. A Ásia, que contava o maior núme-ro de países manipuladores, tem o conflito centrado na China. Na América Latina, o

câmbio está estabilizado. Os países em de-senvolvimento recorreram à manipulação das moedas de forma a impulsionarem o seu crescimento, após as crises financeiras na Ásia e na América Latina. Quanto ao Japão e à Suíça, apesar de estarem no epi-centro das batalhas cambiais, a realidade é que não raras vezes saem a perder desta con-tenda em termos económicos.

Numa ótica preventiva, os países lutamcontra a tendência de valorização naturalda sua divisa, mais do que procuram a suadesvalorização. Muitas vezes estão sobretudopreocupados em travar a volatilidade das suasmoedas. Outras nações têm uma abordagemmais “pacifista”. Quando a moeda está valo-rizada, não intervêm de imediato, conside-rando que pode ter consequências negativas.

Guerra cambial é de origem política

A NOSSA ANÁLISE

Depósito a 25 meses do Banif com TANB média de 3,40%

CONSELHOS

MERCADOS

Page 44: SUPLEMENTOS INCENTIVOS A FUNDO PERDIDO DE 50% PARA … · 2013-02-21 · ilumina) de Rui Zink e que se chama “A instalação do medo”. Vem na página 124 (1ª ed. outubro 2012):

Fixing20.fev.13

Variação semanal (%)

Variação no mês (%)

Desde 1 jan. (%)

EUR/USD 1.3370 0.32% 0.35% 1.33%

EUR/JPY 125.09 0.56% 4.79% 10.10%

EUR/GBP 0.8733 1.62% 4.09% 7.01%

EUR/CHF 1.2347 0.44% -0.60% 2.28%

EUR/NOK 7.4065 0.62% -0.50% 0.79%

EUR/SEK 8.4297 -0.23% -3.04% -1.77%

EUR/DKK 7.4604 0.00% -0.04% -0.01%

EUR/PLN 4.1569 -0.47% -0.31% 2.03%

EUR/AUD 1.2961 0.64% 2.34% 1.96%

EUR/NZD 1.5972 1.64% 0.30% -0.45%

EUR/CAD 1.3567 1.68% 2.55% 3.27%

EUR/ZAR 11.8659 0.06% 0.33% 6.20%

EUR/BRL 2.6145 -0.29% -3.87% -3.30%

Euro/Gbp em máximos de 16 meses

PSI-20 - ANÁLISE DE LONGO PRAZO

O “duplo fundo” registado entre o segundo e o terceiro trimestres permitiu uma recuperação que anulou a totalidade das perdas observadas no decurso de 2012. O índice nacional negoceia ainda perto do limite superior do canal ascendente de médio prazo, tendo a quebra dos 5778 pontos possibilitado ao PSI-20 registar valores perto dos 6350 pontos. No entanto, a rápida subida observada nas últimas semanas obrigou a uma correção do ritmo. Um recuo para valores perto dos 6000 pontos é possível.

DAX 30 - ANÁLISE DE LONGO PRAZO

O DAX recuou esta semana dos novos máximos de quase 4 anos. No entanto, mantém ainda a forte tendência de alta observada desde finais de 2012, pois apenas valores abaixo dos 6900 pontos poderão pôr em risco a linha de tendência descendente. Uma visita a valores de 2007, junto dos 8100 pontos, é possível para as próximas semanas. Será importante ter em mente o suporte dos 7475 pontos perante os atuais recuos do índice alemão, pois um teste aos 7200 pontos poderá ser despoletado por este evento.

As taxas de referência registaram novo declínio na última semana. Recentemente, Mario Draghi referiu que o BCE deverá avaliar o impacto económico da valorização do euro. A agitação provocada pela evolução da moeda já levou Nowotny, membro do BCE, a referir que esta questão não deverá ser dramatizada, indicando inclusivamente que o euro tem negociado dentro dos intervalos standard. Joerg Asmussen, também membro do BCE, declarou no passado fim de semana que a Zona Euro está em melhor forma do que há um ano atrás, o que foi proporcionado por uma consolidação orçamental positiva por parte dos países-membros da Zona Euro. Além disso, indicou que o pacto fiscal da UE e as acções do BCE foram benéficas a uma recuperação económica, mesmo que os sinais de melhoria ainda sejam débeis. No que diz respeito a indicadores económicos, o sentimento dos investidores alemães em fevereiro subiu até ao valor mais alto de

quase 3 anos, proporcionado pelo otimismo dos investidores e pelas expectativas de que o pior da crise da dívida soberana já passou. O indicador ZEW subiu assim até aos 48,2 pontos, face aos 31,5 pontos reportados em janeiro. Este valor ficou acima dos 35 pontos esperados, em média, pelos analistas. A agitação social que se vive nalguns países periféricos não se tem traduzido em taxas mais altas no financiamento dos Estados através de emissão de bilhetes de tesouro. Esta semana, Portugal colocou bilhetes de tesouro a um prazo de 12 meses pagando uma taxa média de 1,277%, consideravelmente abaixo do que tinha conseguido no último leilão e inclusivamente abaixo do conseguido para o mesmo prazo em Espanha no início deste mês. Há duas razões que continuam a explicar este fenómeno. A primeira é que há cada vez mais a convicção de que, com mais ou menos agitação social, a Zona Euro vai continuar um bloco. A

segunda prende-se com a falta de alternativas interessantes nos investimentos com menos risco nos prazos mais curtos, uma vez que a dívida alemã e francesa a 1 ano paga muito perto de 0%.Esta semana, as obrigações alemãs mantiveram-se suportadas pelas preocupações dos investidores em torno das incertezas políticas em Itália. Os intervenientes de mercado continuam assim a encontrar refúgio nos activos alemães. Entretanto, a revelação do aumento do indicador ZEW poderá limitar um pouco a procura por este produto, uma vez que veio trazer algum otimismo face a uma recuperação económica na Zona Euro.As taxas fixas caíram cerca de 0,05 pontos percentuais na última semana e a nossa opinião no que respeita a fixações mantém-se inalterada. Não vimos qualquer urgência em fazê-lo, uma vez que nos próximos 12 meses a possibilidade de as Euribor subirem acima de 1% é reduzida.

ANÁLISE PRODUZIDA A 20 DE FEVEREIRO DE 2013

Portugal emite BT a taxas mais baixas

MERCADO MONETÁRIOINTERBANCÁRIO

FILIPE [email protected]

YIELD 10 ANOS PORTUGAL

Eur/Usd No médio prazo, o euro man-

tém a tendência de alta iniciada no terceiro trimestre de 2012. No entanto, o comportamento do câmbio desde os máximos de 15 meses observados em inícios de fevereiro tem sido caracteri-zado por máximos relativos mais baixos, sugerindo a possibilida-de de em breve a linha de ten-dência ascendente pode ser tes-tada. Valores abaixo dos 1,3250 dólares poderão pôr em causa a tendência de alta registada desde julho.

Eur/JpyO Eur/Jpy negoceia, no médio

prazo, em forte tendência de alta. Este movimento iniciou-se em meados de julho de 2012, tendo permitido ao câmbio quebrar a tendência de queda iniciada em finais de 2009.

No curto prazo, o câmbio quebrou o intervalo de consoli-dação que vinha caracterizando os seus movimentos nas últimas semanas, tendo a quebra em alta levado o Eur/Jpy para máximos de 34 meses. Atualmente, o cross está limitado pelos 123,15 e 127,8 ienes.

Eur/GbpO Eur/Gbp registou esta sema-

na máximos de 16 meses, anu-lando o forte recuo registado há duas semanas.

Esta performance fortalece o “momentum” ascendente que o câmbio vem registando desde o início do ano, sinalizando a pos-sibilidade de nas próximas sema-nas vermos valores próximos das 0,8830 libras.

Em baixa, o nível mais impor-tante a vigiar-se são as 0,8455 libras.

EVOLUÇÃO EURIBOR (EM BASIS POINTS)20.fevereiro13 31.outubro12 10.outubro12

1M 0.120% 0.121% -0.001 0.112% 0.008

3M 0.221% 0.226% -0.005 0.209% 0.012

1Y 0.585% 0.602% -0.017 0.586% -0.001

TAXAS EURIBOR E REFI BCE

CONDIÇÕES DOS BANCOS CENTRAIS Minium Bid* 0,75%BCE Lending Facility* 1,50% Deposity Facility* 0,00%

*desde 5 de julho 2012

EUA FED Funds 0,25%R.Unido Repo BoE 0,50%Brasil Taxa Selic 7,25%Japão Repo BoJ 0,10%

EUR/USD

CARLOS BALULA [email protected]

FUTUROS EURIBORData 3 Meses Implícita

April 13 100.000%May 13 0.245%June 13 0.295%

September 13 0.350%December 14 0.720%

June 16 1.305%

EURO FRA’SForward Rate Agreements

Tipo* Bid Ask1X4 0.245 0.2553X6 0.276 0.2861X7 0.394 0.4093X9 0.422 0.452

6X12 0.491 0.52112X24 0.920 0.940

*1x4 - Período termina a 4 Meses, com início a 1M

EURO IRSInterestSwapsvs Euribor 6M

Prazo Bid Ask2Y 0.580 0.6003Y 0.739 0.7475Y 1.107 1.1158Y 1.626 1.646

10Y 1.901 1.911

Obrigações 5Y 10Y 4.95 6.26

3.85 5.211.17 2.290.66 1.663.20 4.420.93 2.200.87 2.020.14 0.75

Fontes: Reuters e IMF

MERCADOS

44 SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013

Weekly QEUR=

1,2658

1,205

1,325

1,281

1,348

1,317

1,34

1,3825

Pric e

USD

.1234

1,22

1,24

1,26

1,28

1,3

1,32

1,34

1,36

1,38

1,4

N D J F M A M J J A S O N D J F M

Q4 2011 Q1 2012 Q2 2012 Q3 2012 Q4 2012 Q1 2013

4.420

5.160

5.558

5.788

6.2006.350

Pric e

EUR

4.400

4.800

5.200

5.600

6.000

25 02 09 16 23 30 06 13 20 27 04 11 18 25 01 08 15 22 29 05 12 19 26 04 11 18 25 01 08 15 22 29 06 13 20 27 03 10 17 24 01 08 15 22 29 05 12 19 26 02 09 16 23 30 07 14 21 28 04 11 18 25 02 09 16 23 30 06 13 20 27 03 10 17 24 03 10 17 24

Q4 2011 Q1 2012 Q2 2012 Q3 2012 Q4 2012 Q1 2013

5.900

5.000

7.2007.475

8.115Pric e

EUR

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2 Q3 Q4 Q1 Q2

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Page 45: SUPLEMENTOS INCENTIVOS A FUNDO PERDIDO DE 50% PARA … · 2013-02-21 · ilumina) de Rui Zink e que se chama “A instalação do medo”. Vem na página 124 (1ª ed. outubro 2012):

Os limites da complacência2013 começou sob o signo da complacência, com a generalidade dos

mercados acionistas a registar performances positivas muito signifi cativas. A realocação típica a ativos de maior risco, que normalmente acontece todos os inícios de ano, foi ajudada por uma sensação de alívio – que já vinha do fi nal do ano passado – relativamente a dois temas que assombravam os mercados: o risco de dissolução da zona euro e o denominado “fi scal cliff” nos Estados Unidos.

A atuação do Banco Central Europeu (BCE) foi decisiva durante o ano 2012. Primeiro através dos LTRO – empréstimos colateralizados de longo prazo a taxas de juro historicamente baixas às instituições fi nanceiras da zona euro – e, a partir do verão, com o já famoso discurso de Mario Draghi (presidente do BCE) no qual afi rmou que a moeda única era irreversível e que a instituição a que preside fará o que for necessário para assegurar essa mesma irreversibilidade. Essa vontade seria ainda demonstrada pelo anúncio das OMT (Outright Monetary Transactions) em setembro de 2012, um mecanismo que se propõe comprar montantes ilimitados de dívida soberana de países que reúnam simultaneamente duas condições: estarem sob um programa de ajustamento das instituições internacionais e tenham demonstrado que dispõem de acesso aos mercados fi nanceiros de dívida, através de diversas emissões ao longo das diversas maturidades da curva de taxa de juro.

Estas ações tiveram como resultado o afastar do risco sistémico do continente europeu, permitindo aos investidores voltar a olhar para os ativos fi nanceiros dos países do euro mais pelos seus fundamentais do que pelo medo de alterações estruturais destrutivas.

É impossível, no entanto, não ver as medidas tomadas até agora mais como paliativos – mesmo que sejam potentes – do que como soluções para o problema efetivo da zona euro: as diversas falhas estruturais na forma como foi construída a moeda única, bem demonstradas desde o início da crise fi nanceira global em 2008.

O problema do excesso de utilização de crédito na economia, uma tendência que se veio agravando ao longo das últimas décadas, foi particularmente visível nos setores privados da economia e, em particular, no sistema fi nanceiro. A desalavancagem que qualquer crise fi nanceira pressupõe não pode ser feita sem dor – isto é, sem impactar de maior ou menor forma o nível de atividade económica dos países envolvidos. A dimensão da crise fi nanceira global de 2008, pós-falência da Lehman Brothers, obrigou a maior parte dos estados a níveis de intervenção que poucos se atreveriam a achar possíveis antes da crise. Essa intervenção foi feita através da utilização da política monetária, incluindo medidas não-convencionais, como o “quantitative easing”, mas também através da política orçamental. A generalidade dos países desenvolvidos registaram défi ces orçamentais de dois dígitos em relação aos respetivos PIB, numa tentativa de contrabalançar a súbita desaceleração da atividade económica privada, cuja dimensão ameaçava transformar um cenário recessivo numa depressão económica apenas comparável à sofrida pelos EUA na década de 30 do século passado. O resto da história é conhecido. A crise fi nanceira global acabou por evoluir para uma crise de dívidas soberanas, que atingiu por diferentes razões os países mais vulneráveis da zona euro, a hoje comummente chamada “periferia”.

Infelizmente, a não-existência de um verdadeiro banco central na Europa, que escolheu (e continua a escolher) limitar os objetivos e capacidade de intervenção do BCE ao seu atual estatuto, torna virtualmente impossível a opção dominante de uma rápida consolidação orçamental e diminuição dos níveis de dívida pública dos países atualmente em risco. Existe efetivamente o risco de, ao longo de 2013, os dados económicos continuarem a ser tão negativos como os divulgados recentemente, deitando assim por terra tanto os esforços gigantescos impostos às populações destes países como a injeção de confi ança que foi dada aos mercados fi nanceiros ao longo da segunda metade de 2012.

DIOGO SERRAS LOPESdiretor de investimentos do Banco BEST

DevPag cresceu no ano passadoA empresa de recuperação de créditos DevPag realizou 11 320 processos de cobrança em 2012, contra 8938 efetuados no ano anterior, um aumento de cerca de 23%. O montante referente a esses processos de cobrança atingiu um total de 1,88 milhões de euros, mais 12,7% que em 2011, quando a empresa operou

valores de 1,67 milhões de euros.

MERCADOS

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 45

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APB diz que limite nas comissões agrava juros para clientesA Associação Portuguesa de Bancos está contra a proposta do Partido Socialista que pretendelimitar as comissões cobradas pelos bancos. Considera a associação que uma legislação dessetipo poderá resultar num aumento das taxas de juro cobradas aos clientes. “A imposição derestrições às comissões cobradas pelo bancos revela um pendor intervencionista na formaçãode preços e restringe a autonomia privada, quando a formação de preços deveria resultar dosprincípios da livre concorrência”, considera o presidente da APB, Faria de Oliveira.

PAINEL BANCO POPULARTÍTULOS EURONEXT LISBOA

PAINEL BANCO POPULARTÍTULOS MERCADOS EUROPEUS

Este relatório foi elaborado pelo Centro de Corretagem do Banco Popular, telf 210071800, email: [email protected], com base em informação disponível ao público e considerada fi dedigna, no entanto, a sua exatidão não é totalmente garantida. Este relatório é apenas para informação, não constituindo qualquer proposta de compra ou venda em qualquer dos títulos mencionados.

Título Última Cotação

Variação Semanal

Máximo 52 Sem

Mínimo 52 Sem

EPS Est Act

EPS Est Fut

PER Est Act

PER Est Fut

Div. Yield Ind

Div. Yield Est

Data Atl Hora Atl

B.POPULAR 0.646 -5.00% 1.780 0.528 0.025 0.084 25.840 7.690 -- 2.48% 20-02-2013 16:38:00

INDITEX 100.65 -4.51% 111.800 63.970 3.860 4.358 26.075 23.095 1.59% 2.22% 20-02-2013 16:38:00

REPSOL YPF 15.57 -2.69% 21.085 10.900 1.601 1.677 9.725 9.284 6.54% 5.67% 20-02-2013 16:38:00

TELEFONICA 9.668 -3.90% 12.977 7.900 1.186 1.195 8.152 8.090 -- 1.24% 20-02-2013 16:38:00

FRA. TELECOM 7.56 -2.33% 11.785 7.433 1.113 1.098 6.792 6.885 10.32% 10.44% 20-02-2013 16:38:53

LVMH 132.5 -0.79% 143.400 111.000 7.632 8.539 17.361 15.517 2.19% 2.49% 20-02-2013 16:35:33

BAYER AG O.N. 72.63 2.21% 76.200 47.625 5.419 5.932 13.392 12.234 2.27% 2.50% 20-02-2013 16:35:25

DEUTSCHE BK 36.21 -1.47% 39.510 22.110 4.097 5.164 8.838 7.012 2.07% 2.10% 20-02-2013 16:35:28

DT. TELEKOM 8.136 -4.73% 10.060 7.688 0.639 0.664 12.726 12.247 8.62% 8.59% 20-02-2013 16:35:13

VOLKSWAGEN 170.55 0.24% 175.650 108.500 35.196 23.702 4.841 7.189 1.76% 2.13% 20-02-2013 16:35:04

ING GROEP 6.492 -2.41% 7.905 4.440 0.986 1.090 6.584 5.956 -- 0.34% 20-02-2013 16:38:47

Título Última Cotação

Variação Semanal

Máximo 52 Sem

Mínimo 52 Sem

EPS Est Act

EPS Est Fut

PER Est Act

PER Est Fut

Div. Yield IndDiv. Yield Est Data Atl Hora Atl

ALTRI SGPS 1.848 0.05% 1.944 0.945 0.203 0.195 9.103 9.477 1.08% 0.54% 20-02-2013 16:35:00

B. COM. PORT. 0.111 1.84% 0.120 0.047 -0.020 -0.002 -- -- -- 0.00% 20-02-2013 16:36:50

B.ESP. SANTO 1.005 -3.18% 1.190 0.434 0.041 0.092 24.512 10.924 -- 0.70% 20-02-2013 16:35:00

BANIF-SGPS 0.136 -1.45% 0.170 0.118 -- -- -- -- -- -- 20-02-2013 16:35:00

B. POP. ESP. 0.650 -5.80% 1.777 0.520 0.025 0.084 26.000 7.738 -- 0.00% 20-02-2013 16:28:18

BANCO BPI 1.310 -0.08% 1.380 0.338 0.071 0.097 18.451 13.505 -- 0.23% 20-02-2013 16:35:00

BRISA 2.260 -3.83% 2.785 1.620 0.142 0.118 15.915 19.153 -- 13.54% 20-02-2013 16:35:00

COFINA,SGPS 0.563 0.00% 0.730 0.300 0.060 0.050 9.383 11.260 1.78% 1.78% 20-02-2013 16:36:02

CORT. AMORIM 2.000 -3.85% 2.090 1.194 0.250 0.250 8.000 8.000 3.25% 4.50% 20-02-2013 13:57:13

CIMPOR,SGPS 3.450 0.29% 5.700 2.930 0.370 0.430 9.324 8.023 4.81% 5.80% 20-02-2013 16:35:00

EDP 2.305 -4.83% 2.446 1.628 0.286 0.265 8.059 8.698 8.03% 8.11% 20-02-2013 16:35:00

MOTA ENGIL 2.248 1.77% 2.400 0.951 0.188 0.230 11.957 9.774 4.89% 4.89% 20-02-2013 16:35:00

GALP ENERGIA 11.905 -0.29% 13.775 8.330 0.502 0.574 23.715 20.740 2.69% 2.24% 20-02-2013 16:35:00

IMPRESA,SGPS 0.460 -2.13% 0.560 0.260 0.005 0.015 92.000 30.667 -- 0.00% 20-02-2013 16:35:00

J. MARTINS 16.360 4.01% 16.460 11.071 0.631 0.739 25.927 22.138 1.68% 2.37% 20-02-2013 16:35:00

MARTIFER 0.690 -5.48% 1.090 0.500 -0.450 0.020 -- 34.500 -- -- 20-02-2013 16:35:00

NOVABASE 2.920 -2.67% 3.080 1.660 0.233 0.300 12.532 9.733 1.03% 2.74% 20-02-2013 16:35:00

GLINTT 0.190 5.56% 0.210 0.090 -- -- -- -- -- -- 20-02-2013 16:35:31

P. TELECOM 3.968 -3.22% 4.462 3.003 0.318 0.352 12.478 11.273 21.93% 9.63% 20-02-2013 16:39:12

PORTUCEL 2.849 -1.76% 2.915 1.680 0.260 0.260 10.958 10.958 7.76% 6.25% 20-02-2013 16:35:00

REDES E. NAC. 2.341 0.26% 2.389 1.800 0.256 0.257 9.145 9.109 7.22% 7.22% 20-02-2013 16:35:00

S. COSTA 0.250 -3.85% 0.330 0.120 -0.120 0.030 -- 8.333 -- -- 20-02-2013 16:35:00

SEMAPA 7.129 -0.99% 7.410 4.602 0.970 0.980 7.349 7.274 3.58% 3.62% 20-02-2013 16:35:00

SONAECOM 1.517 1.34% 1.800 1.042 0.175 0.151 8.669 10.046 4.61% 4.02% 20-02-2013 16:36:16

SONAE,SGPS 0.746 0.81% 0.759 0.366 0.045 0.050 16.578 14.920 4.44% 4.02% 20-02-2013 16:35:00

SONAE IND. 0.625 2.80% 0.716 0.384 -0.425 -0.157 -- -- -- 0.00% 20-02-2013 16:35:00

SAG GEST 0.320 6.67% 0.520 0.270 -0.080 -0.050 -- -- -- -- 20-02-2013 16:35:00

TEIX. DUARTE 0.540 3.85% 0.610 0.190 -- 0.020 -- 27.000 -- -- 20-02-2013 16:23:56

Z. MULTIMEDIA 3.495 -1.55% 3.635 1.977 0.146 0.186 23.938 18.790 3.43% 4.49% 20-02-2013 16:35:00

Page 46: SUPLEMENTOS INCENTIVOS A FUNDO PERDIDO DE 50% PARA … · 2013-02-21 · ilumina) de Rui Zink e que se chama “A instalação do medo”. Vem na página 124 (1ª ed. outubro 2012):

O cenário para o retalho automóvel português em 2013 é negro, mas ainda há operadores a investirem. É o caso da Litocar. Este retalhista, que opera nas Beiras Litoral e Interior, investiu ao longo dos últimos meses, na Nissan, na Mitsubishi, na Honda e na Opel (as duas últimas já em 2013). Tendo em conta esta dinâmica, a empresa, que tem como principal marca representada a Renault (é ainda concessionário Dacia), prevê aumentar as vendas de viaturas novas e usadas em cerca de 15% este ano, depois de ter fechado 2012 com cerca de 1500 unidades. “Há seis anos, tomámos uma decisão estratégica que levou ao investimento dos últimos cinco anos, em que investimos no retalho automóvel um valor superior a 15 milhões de euros”, explica, em entrevista à “Vida Económica”, João Cardoso, administrador do grupo Litocar.

AQUILES [email protected]

Vida Económica – A empresa tem investido ao longo dos últimos meses, com investimentos na Nissan, na Mit-subishi e, já em 2013, na Honda. O que esteve na base destas decisões de investimento, em contraciclo ao merca-do?

João Cardoso – Há seis anos, tomámos uma decisão estratégica que levou ao inves-timento dos últimos cinco anos, em que investimos no retalho automóvel um valor superior a 15 milhões de euros. Há pouco mais de um ano os acionistas tomaram a decisão de, independentemente da situ-ação vivida pelo setor, continuar essa po-lítica de investimento. Queremos ser um “player” incontornável do retalho automó-vel aqui na nossa região e, portanto, vamos continuar a investir nos quatro distritos onde operamos [Coimbra, Viseu, Guarda e Castelo Branco] e a olhar oportunidades que possam passar pela expansão para fora

destes quatro distritos. Sempre numa ló-gica de investir por incremento das opera-ções com as marcas com que já operamos, mas também analisamos com bons olhos termos marcas complementares às que te-mos.

VE – Já há alguma novidade que pos-sa ser divulgada?

JC – As duas novidades mais recentes, uma de janeiro e outra já de fevereiro, foram o passarmos a ser o concessioná-rio Honda em Viseu e Opel na Guarda e na Covilhã. Quanto ao futuro, o que lhe posso dizer é que estamos a analisar outras oportunidades de negócio e tudo indica que nos próximos meses possa haver mais novidades.

VE – Com foi 2012 para o grupo Li-tocar em termos de unidades vendidas e como é que isso compara com 2011?

JC – Tivemos uma quebra em linha com o mercado, ou seja, na ordem dos 40%. Entre viaturas novas e usadas, passámos de 2500 unidades em 2011 para 1500 no ano que passou.

GRUPO RETALHISTA DA REGIÃO CENTRO VENDEU 1500 VIATURAS EM 2012

Litocar prevê cres

“Neste momento, ao contrário da tendência do setor,

Valores residuais da Hyundai

na Europa mantêm tendência

de subida

Os modelos Hyundai na Europa regis-taram aumentos nos valores residuais, na ordem dos 7% entre julho de 2010 e julho de 2012. O valor residual médio dos veí-culos Hyundai na Europa atingiu 42,3% em julho de 2012, comparativamente aos 40,2% de julho de 2011 e aos 39,6% de julho de 2010, de acordo com dados inde-pendentes publicados pelo EurotaxGlass e pela Bähr & Fess.

O vice-presidente da Hyundai Motor Europe, Allan Rushforth, afirma que este crescimento é reflexo do trabalho da marca sul-coreana. “O aumento dos valores resi-duais dos nossos modelos na Europa refle-te o aumento da qualidade, da eficiência e do design que temos vindo a introduzir na produção de todos os novos modelos, tornando-os mais apelativos para os con-sumidores europeus. Os nossos modelos construídos na Europa são suportados pelo programa de garantia líder no mercado ‘5 Anos Tripla Confiança’ e pelo premiado programa de viaturas usadas ‘i-Best’, o que tem vindo a aumentar cada vez mais a con-fiança dos nossos clientes”, referiu.

Anunciado em 2010, o programa Hyun-dai “i-Best” disponibiliza para venda via-turas usadas com registos inferiores a seis anos e um máximo de 120 mil km. Todas as viaturas vendidas através do programa “i-Best” passam por uma inspeção que abrange, segundo a marca, a verificação de 100 itens e por um processo de recondi-cionamento mecânico. A garantia de um ano cobre mais de 500 componentes, in-cluindo motor, transmissão, travões, dire-ção e suspensão, e assistência em viagem de um ano como cortesia. Dos 180 con-cessionários aderentes ao programa no fim de 2011, o número atinge agora quase 700 concessionários. “Em setembro de 2012, o primeiro concessionário da Europa exclu-sivo do programa “i-Best” abriu em Espa-

nha, vendendo apenas automóveis usados certificados pelo programa – caso único entre os fabricantes automóveis na região”, explica a marca, em comunicado.

Produção automóvel caiu 20% em janeiroForam produzidos 12 588 automóveis pelas fábricas portuguesas em janeiro. Aquele valor representa um decréscimo de 20% face ao mês homólogo de 2012 e está 7% abaixo da produção média em janeiro dos últimos cinco anos (13 534). Todas as fábricas na-cionais pioraram o desempenho, tendo a maior quebra percentual cabido à Toyota Caetano (-62%, para 97 unidades) e a maior perda absoluta à Volkswagen Autoeuropa (-24,2%, para 7546 veículos).

AUTOMÓVEL

46 SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013

O valor residual médio dos Hyundai na Europa atingiu 42,3% em julho de 2012, contra 39,6% dois anos antes (na foto, a recente i30 Wagon).

AO VOLANTE

Recente i30 Wagon é exemplo da atual

Hyundai

A imagem das marcas coreanas deu um salto de gigante desde que, na década de 1990, entraram os primeiros modelos em território europeu. A recente i30 Wagon é, apenas, mais um exemplo do que afirmamos. Se, em relação à imagem, uma vale mais do que mil palavras, pelo que estamos “conversados”, também na condução o modelo está ao nível das melhores propostas do segmento C. Com efeito, o “pisar” desta Hyundai é já mais europeu do que a maioria dos europeus, facto para o qual contribui o facto de a marca – tal como a Kia, que pertence ao grupo Hyundai – desenvolver parte dos modelos na Europa (na Alemanha).O motor da versão conduzida pela “Vida Económica” era o 1.6 CRDi com 128 cv, o bloco mais potente da gama i30 em Portugal. Com boa disponibilidade logo desde os regimes mais baixos, o propulsor faz jus aos número de cilindrada e potência.Quanto a preços, a versão ensaiada é proposta pela marca por 25 750 euros. Já o mesmo motor, mas com 110 cv, custa 24 250 euros (29 800 euros se associado a caixa automática), enquanto o 1.4 CRDi de 90 cv tem um preço de 23 250 euros. As versões com motor a gasolina (1.4 de 100 cv) tem preços entre 18 750 e 21 290 euros.

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cer 15% este ano

VE – Qual é a marca mais importante em termos de volume para a Lito-car?

JC – A nossa marca mais importante, e que representa 80% das nossas vendas, tem sido a Renault. É uma marca que está connosco há 30 anos, desde que a empresa nasceu, e é o coração das nossas vendas.

VE – Quais os objetivos de vendas da Litocar em 2013, tanto de novos como de usados?

JC – A nossa expectativa para este ano, face aos investimentos que se fizeram, é cres-cermos na ordem dos 15% em termos de vendas, num mercado que estimamos que vá decrescer cerca de 15%. Portanto, queremos aumentar a nossa quota de mercado.

VE – Os grupos retalhistas estão a re-forçar a presença no mercado de usa-dos e aposta no pós-venda, como áreas que poderão sofrer menos com a crise económica. A Litocar segue a mesma estratégia?

JC – Nós já há muitos anos que tra-balhamos essas áreas. Posso dizer-lhe

que já há 14 anos que operamos numa perspetiva multimarca, nomeadamente nos nossos centros de colisão [oficinas de chapa e pintura]. Nas viaturas usadas, a aposta mais visível neste negócio foi a aposta na nossa marca, a Usados 100%, há cerca de seis anos, altura em que de-monstrámos a nossa aposta nesta área de negócio. Quer em termos de marketing, quer em termos de equipas, tentámos marca a diferença na nossa zona de in-fluência. Portanto, aquilo que estamos a fazer é manter uma estratégia que já tínhamos há muitos anos.

VE – O facto de estarem fora dos dois principais populacionais traz mais van-tagens ou desvantagens?

JC – Dois terços do consumo está nos grandes centros. Portanto, obviamente que, não estando em Lisboa ou Porto, o número potencial de clientes é muito mais reduzido, pelo que a facilidade de rentabi-lização dos investimentos é, também, me-nor. Agora, esta zona tem alguns aspetos interessantes, nomeadamente o imobiliário – e no retalho automóvel esse é um fator importante – e os preços na Grande Lisboa e no Grande Porto são bastante superiores aos da região Centro. Outra vantagem que poderemos destacar nesta região, nomea-damente na Beira Interior, é que começou a sentir a crise mais cedo do que o resto do país, desde 2008. Ora, esse processo de sofrimento por antecipação acabou por ser uma vantagem, pois permitiu-nos rea-dequar, em 2009 e 2010, as estruturas do grupo ao momento em que estamos. Aliás, neste momento, ao contrário da tendência do setor, estamos a contratar pessoas e não a despedir. De resto, permita-me acrescen-tar, temos levado muito a sério a questão da qualidade e neste momento somos dos poucos, se não o único, operadores com um sistema integrado de gestão certifica-do. Somos triplamente certificados, pelas normas 9001, 14001 e 18001. Temos le-vado muito a sério esta questão, até para nos diferenciarmos num mercado com demasiados operadores face àquela que é a realidade do mercado.

estamos a contratar pessoas e não a despedir”, indica João Cardoso.

Renault afirma que transferência da produção não terá impacto em CACIAA Renault afirma que a transferência a transferência para Cléon de uma parte da produção de caixas de velocidades do tipo J, atualmente assegurada pela fábrica portuguesa Renault CACIA não terá impacto. Segundo a marca, aquela transferência diz apenas respeito a volumes adicio-nais que excedem a capacidade instalada em CACIA. “Assim, esta transferência não terá qual-quer impacto na atividade normal da fábrica nem terá consequências sobre o nível de emprego”, remata o construtor.

AUTOMÓVEL

SEXTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2013 47

DGS, Fundação MAPFRE, DOREL Portugal, APSI e PSP promovem Segurança RodoviáriaO Projeto “Bebés, Crianças e Jovens em Segurança” da Direção-Geral de Saú-de, Fundação MAPFRE, APSI e Dorel Portugal, marcaram presença na “Expo PSP – Uma Polícia Dinâmica Junto de Si”, que decorreu, nos dias 16 e 17 de fevereiro, no Dolce Vita Tejo, na Amadora. Através de um banco simulador foram realizadas ações práticas para promover uma efetiva segurança rodovi-ária infantil.

Cartrack fornece três empresas de assistência em viagem

A Cartrack equipa as frotas dos fornecedo-res da Cares, da Europ Assistance e da Inter-partner Assistance, que passam a estar inte-gradas numa plataforma de gestão conjunta.Equipadas com a solução Cartrack Towing, a partir de agora, sempre que recebem um pedido de assistência, a Cares, a Europ Assis-tance e a Interpartner Assistance podem con-sultar o status de todos os reboques da rede,em tempo real. Em poucos segundos, verifi-cam que veículo está mais próximo e qual asua disponibilidade para realizar a assistência.A tarefa é enviada diretamente para o PDAdo condutor, que a aceita através do mesmo dispositivo. O equipamento serve ainda para a atualização do status da tarefa e para o envio de mensagens para a plataforma Cartrack.

“Empenhamo-nos diariamente na apli-cação da nossa tecnologia ao maior número de realidades e por isso estamos francamente satisfeitos com este protocolo”, refere JoãoBarros, CEO da Cartrack Portugal. “Gos-tamos de desafios e este não foi exceção. Oresultado está à vista e ao privilégio de traba-lharmos com algumas das maiores referênciasno mercado, juntamos agora o privilégio da gestão da frota das três maiores empresas de assistência no nosso país”, explica.

IMA Ibérica certifica qualidade

A empresa de assistência em viagemIMA Ibérica recebeu a certificação de qua-lidade ISO 9001:2008. “A consecução dacertificação supõe entrar numa dinâmicade melhoria contínua da nossa organizaçãoe uma aposta da filial espanhola do GrupoIMA por uma gestão eficaz, sistemática e vi-sível de todos os processos”, de acordo comDavid Pino, diretor-geral da empresa, que tem a certificação enquadrada no seu planoEstratégico 2014 e que reconhece o esforço e a implicação da organização com a qualidade dos processos e a prestação do serviço.

Para David Pino, a dedicação de “todos os membros da organização” foi o que per-mitiu a obtenção da certificação. O mesmo responsável destacou ainda que a IMA Ibéricaé “uma organização empenhada na máxima qualidade e satisfação do cliente”.

Cares, Europ Assistance e Interpartner Assis-tance usam o Cartrack Towing.

“A nossa marca mais importante, e que representa 80% das nossas vendas, tem sido a Renault. É uma marca que está connosco há 30 anos, desde que a empresa nasceu, e é o coração das nossas vendas”

“Quanto ao futuro [investimento em outras regiões], o que lhe posso dizer é que estamos a analisar outras oportunidades de negócio e tudo indica que nos próximos meses possa haver mais novidades”

Page 48: SUPLEMENTOS INCENTIVOS A FUNDO PERDIDO DE 50% PARA … · 2013-02-21 · ilumina) de Rui Zink e que se chama “A instalação do medo”. Vem na página 124 (1ª ed. outubro 2012):

Vide artigos e gráficosblog: http://economiadasemana.blogspot.pt twitter: https://twitter.com/VasconcelloseSa

Qualquer livro de gestão, está cheio de frases sobre a importância dos recursos humanos. Que são o maior activo de uma empresa, blá blá blá, etc e que tal.Infelizmente, na generalidade das empresas, há muitos deles no lado do passivo e não do activo.Porque por erro do profi ssional e desgraça de quem paga, nas empresas, dá-se importância no contratar, realocar e promover, precisamente ao menos importante. É preciso azar…À cabeça vem a experiência, que nada garante quanto ao desempenho futuro se os factores críticos de sucesso na nova função (o que Ram Charan chama de non negotiable criteria) forem diferentes: capacidade de organização no lugar de iniciativa; culto do detalhe em vez de rapidez; raciocínio dedutivo em substituição da empatia (capacidade de se colocar nos pés dos outros), etc.Dentro das minudências vem depois o intelecto, seja lá o que for (?) que se entende por isso: raciocínio indutivo ou imaginação ou profundidade de análise ou memória ou criatividade ou… É que a maior parte das funções nas empresas permite um intelecto de segunda mas requer um temperamento de primeira. Isto é, que se ajuste “como uma luva” à função.Aliás, é precisamente este o papel da gestão nas organizações: levar pessoas comuns a fazerem coisas incomuns.Dentro ainda do menos importante estão os conhecimentos, algo que pode ser adquirido dentro da empresa muito mais facilmente que por exemplo, as skills: como conduzir uma reunião; saber falar com as pessoas; saber ouvir (algo em que Jack Welch era exímio à frente da General Electrics); como fazer um relatório; ou uma apresentação oral.Finalmente vêm três coisas que são absolutamente essenciais, começando pelo carácter, sem o qual se destrói as

pessoas e as organizações, salvo se estas estiverem protegidas pelo isolamento. De todo o tipo de concorrência.Segue-se o temperamento. Um vendedor p.e. precisa de estabilidade emocional (um analista de gostar de trabalhar só), de saber falar (e não tanto de escrever), empatia (em vez de rigor), inteligência indutiva (em vez de dedutiva), rapidez (e não profundidade) no pensar.E last, not least, a mentalidade, a atitude, essa pequena coisa que Churchill dizia fazer uma grande diferença.A responsabilidade (o preço de se ser grande – Churchill); focar nas soluções e não em levantar problemas (um profi ssional procura soluções, não desculpas – R. Branson); a iniciativa (uma única poupa o trabalho de infi nitas experiências – J. Maritain); o pensamento positivo (o bom só acontece àqueles que agem enquanto os outros esperam – T. Edison); a versatilidade (difi culdades vencidas são oportunidades ganhas – D. Carnegie).Donde: “I do not care how much you know, until I know how much you care”.Em síntese: Primeiro, não há pessoas incompetentes, há pessoas fora do sítio certo.Segundo, os gestores são empresários de recursos humanos cujo papel é transferir os recursos de onde rendem menos, para onde geram mais.E terceiro, não admira que muitas empresas tenham defesas esquerdos, a jogar como extremos direitos (e vice-versa), porque quando não se sabe o que se procura só por acaso é que se encontra.Ou dito de outro modo: quando se procura o secundário (experiência, intelecto, conhecimentos), só por acaso se acerta no importante (skills, carácter, temperamento e atitude).

Nº 1481 / 22 de fevereiro 2013 Semanal J 2,20 Portugal Continental

As tonterias dos recursos humanos

NOTA DE FECHO

JORGE A. VASCONCELLOS E SÁ Mestre Drucker School PhD Columbia UniversityProfessor CatedráticoE-mail: [email protected] In: http://www.linkedin.com/in/vasconcellosesa

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09:00 – 13:00

Monitor: Prof. Doutor Albino Reis

tendo sido nesta Professor

A CIP – Confederação Empresarial de Portugal pretende uma revisão do memo-rando de assistência fi nanceira a Portugal, considerando que um corte de quatro mil milhões de euros “é incompatível com a saída de um ciclo vicioso de austeridade e recessão”.

Para a CIP, é fundamental redefi nir o papel do Estado e de toda a administra-ção pública. O que só é possível se houver tempo para preparar e depois implementar. Adianta a CIP a este propósito: “O ritmo

de consolidação orçamental, mesmo pela via mais saudável da redução de despesa, deverá ser compatível com um alívio das pressões na procura interna.” A confedera-ção defende que é necessário rever as con-dições que integram o programa de ajusta-mento, juntando “novas medidas efi cientes e fomentadoras de retoma da economia e criação de emprego”. A CIP lembra ainda que o agravamento da austeridade resultou numa forte contração da procura interna, maior do que se previa.

CIP quer revisão do memorando de assistência fi nanceira

O Governo português considera que dever ser dada prioridade à atribuição de apoios reembolsáveis, contra a transferên-cia de subsídios a fundo perdido. A opi-nião foi manifestada por Pedro Passos Co-elho, no âmbito do orçamento plurianual da União Europeia.

O primeiro-ministro é de opinião que quando os fundos são atribuídos a fun-do perdido “há a sensação de não-custo do fi nanciamento e, como tudo o que é demasiado barato, acessível ou gratuito, muitas vezes não obedece a um critério de exigência quanto ao impacto que esses fun-

dos podem vir a ter na economia nacional”. Acontece que para o Estado é mais di-fícil a avaliação dos melhores projetos, tendo em conta que “exige uma ca-pacidade em termos de competência de recursos h u m a n o s muito vas-ta”.

Governo defende menos subsídios a fundo perdido

São 12 os países que vão per-der um eurodeputado a partir de 2014, entre os quais está Por-tugal. Já a Alemanha vai perder três. Foi a solução encontrada pelo Parlamento Europeu para receber os eurodeputados da Croácia, país que vai aderir à União Europeia no ano que vem.

Esta alteração decorre ainda do Tratado de Lisboa, em que é imposto que, após as eleições europeias de 2014, o Parlamento passe a contar com 751 mem-bros, menos 15 lugares do que atualmente. Esta decisão ainda terá de receber a apro-vação do Conselho da União Europeia e do plenário do Parlamento. Perante este

cenário, Portugal passará a fi car represen-tado por 21 eurodeputados. A repartição das cadeiras foi votada favoravelmente pela Comissão de Assuntos Constitucionais do Parlamento Europeu.

Portugal vai perder um eurodeputado

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Este suplemento faz parte integrante da Vida Económica nº 1481, de 22 de fevereiro 2013,

e não pode ser vendido separadamente

Colaborações:

MicrofranchisingConheça várias

oportunidades

de investimento

até 5000 euros

OnebizProcesso de

internacionalização

alargado à Galiza

e a Marrocos

Portugal VenturesEstão disponíveis 600 milhões de

euros de ‘venture capital’ e vários

fundos de Private Equity para

apoiar projetos empreendedores

CRÉDITO AO FRANCHISING

Page 50: SUPLEMENTOS INCENTIVOS A FUNDO PERDIDO DE 50% PARA … · 2013-02-21 · ilumina) de Rui Zink e que se chama “A instalação do medo”. Vem na página 124 (1ª ed. outubro 2012):

sexta-feira, 22 de fevereiro 2013 FRANCHISINGII

e custos fixos controlados. A Vida Econó-mica apresenta várias das oportunidades que podem afigurar-se como mais inte-ressantes na lógica do microfranchisig em vários segmentos de mercado

Blist – Administração de condomínios/mediação de obras/

mediação imobiliária

Início da atividade: 2009

Início da expansão: 2011Nº de unidades: 3País de origem: Portugal

Investimento inicial:

Agente: € 2.109 + IVA Agência: € 35 000 a € 75 000 + IVA

Direito de entrada:Incluido no investimento inicial

Royalties: 6%Taxa de

publicidade:

3% 1% Fundo de Solidariedade

Duração do

contrato:

5 anos renovação automática (sem custos)

DZ CountCompras coletivas online

País de Origem PortugalInício Negócio 2011Unidades 27Package de Franquia € 5000 + IVADuração Contrato 5 anos

Royalties€ 100/mês (mínimo 1.º ano)

Taxa de Publicidade

- FNP€100/mês

Instalações tipo N.D.

Zonas PrioritáriasPrincipais capitais de distrito

ExchangeServiços Financeiros –

Investimentos, Seguros e Crédito

País de Origem PortugalInício Negócio 2002Unidades 50Package de Franquia a partir de € 5000

+ IVADuração Contrato 5 AnosRoyalties 7%Taxa de Publicidade - FNP 3%Instalações tipo S.O.H.OZonas Prioritárias Todo o país

Jani-King-Serviços limpeza

Início da atividade: 2005 (Portugal)Início da expansão: 2006 (Portugal)Nº de unidades: 26Presença fora de

Portugal:12 140

País de origem:Estados Unidos da América

Investimento inicial: € 3000Direito de entrada: A partir de € 900Royalties: 10%Taxa de publicidade: 1%Superfície mínima: N.T. (em casa)Duração do contrato: 10 anos

MyCenter - consultoria

Início da atividade: 2010

Início da expansão: 2011

Nº de unidades: 18País de origem: EspanhaInvestimento inicial: € 9900 + IVA

Direito de entrada:Incluido no investimento inicial

Royalties: 5%Taxa de publicidade: € 130/mês

Superfície mínima: N.T.

Duração do contrato: 5 anos

OuroBizCompra e venda de ouro

Início da atividade: 2011Início da expansão: 2012Nº de unidades: 5País de origem: PortugalInvestimento inicial: € 3000 + IVA

Direito de entrada:Incluido no investimento inicial

Royalties: N.T.Taxa de publicidade: N.T.Superfície mínima: 15 m2Duração do contrato: 3 anos

PampelidoComércio Charcutaria Tradicional

País de Origem PortugalInício Negócio 2012Unidades 1Zonas Prioritárias TodasInvestimento inicial 5000 euros

MARC [email protected]

As oportunidades de inves-timento em franchising de baixo custo ou no chamado modelo de microfranchising tendem a crescer no nosso

país. Seja por dificuldades de financia-mento dos empreendedores, seja pela ne-cessidade de prosseguirem o seu percurso profissional, o microfranchising tende a ser uma solução cada vez mais procurada.

Com efeito, segundo dados do 17º Censo do Franchising do IIF, 39% do mercado apresenta opções com investi-mento até 25 mil euros e 66% do mer-cado disponibiliza oportunidades com investimento até 50 mil euros. Porém, no primeiro segmento referido, as opor-tunidades de investimento até cinco mil euros estão em franco desenvolvimento, em vários setores de atividade.

Ainda de acordo com o mesmo docu-mento, os serviços representam 55,9% do mercado nacional do franchising, agru-pando mais de 3100 unidades. “O seu

maior potencial de crescimento deve-se essencialmente a três razões: existe atual-mente no mercado um perfil de empreen-dedor, quadro médio-superior, mais voca-cionado para este tipo de negócios; existe uma procura cada vez maior de serviços es-pecializados; é aqui onde se concentram o maior número de oportunidades de baixo investimento e sem necessidade de espaços comerciais com localização privilegiada”, refere o mesmo estudo.

Paralelamente, o facto de estas opor-tunidades de baixo investimento serem acessíveis a desempregados que possam beneficiar do Programa de Apoio ao Em-preendedorismo e à Criação do Próprio Emprego (PAECPE) ou do acesso ao mi-crocrédito torna-se bastante interessantes para os empreendedores.

Este é um segmento que poderá ainda ser explorado por todos aqueles que, vi-sando a sua liberdade profissional, numa ótica de empreendedorismo de oportuni-dade, querem criar o seu próprio negócio, já que o microfranchising é acessível com reduzidos valores de investimento inicial

Microfranchising proporciona múltiplas oportunidades de investimento

G 25 000 a G 50 000

Até G 25 000

ESCALÃO DE INVESTIMENTO

12%

27%

39%

20%

2%

G 50 000 a G 100 000

G 100 000 a G 250 000

Mais deG 250 000

Fonte: 17º censo “O Franchising em Portugal” do IIF - Instituto de Informação em Franchising (dados de dezembro de 2011)

Representam 66% do mercado

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IIIFRANCHISING sexta-feira, 22 de fevereiro 2013

Manuais técnicosSão documentos elaborados a partir da experiência adquirida pelo franchisador, onde se descrevem de forma padronizada os elementos necessários à prática uniforme relativa aos logotipos e outros elementos de identificação da marca, funcionamento dos equipamentos, formas de atendimento, sistema uniforme de procedimento de queixas e reclamações, sistemas de faturação, gestão de stocks, etc. Equipamentos

Por vezes, a própria marca desenvolve e produz os equipamentos de forma exclusiva. A marca pode indicar fornecedores obrigatórios e indicar os serviços de assistência técnica permanente ao nível da manutenção e reparação.

O reforço da internacionalização das marcas do grupo Onebiz passará pelo mercado es-panhol, devido à proximidade geográfica e à rentabilidade dos negócios em Espanha. Neste sentido, o grupo estará presente este

fim-de-semana na FranquiAtlántico, que decorrerá nos dias 23 e 24 de Fevereiro, no Auditorio Palacio de Con-gresos Mar de Vigo (http://www.franquiatlantico.com). A entrada é gratuita e decorrerá entre as 10h30 e as 20h00 de Sábado, e as 10h30 e as 19h00 de Domingo.

Para a Onebiz, a Galiza é um mercado com clara margem para a expansão das suas marcas. De acordo com Pedro Santos, administrador do grupo, “a Galiza está junto ao Norte de Portugal e é a quinta região es-panhola quando se fala em ranking de implementação de franquias. Estamos, por isso, seguros de que ter fran-chisados em Vigo ou na Corunha é um passo natural no desenvolvimento nacional da rede em Portugal”, referiu.

Presentes neste evento estarão todas as marcas One-biz, com especial relevância para aquelas que elegeram o mercado espanhol como prioritário: Bioqual (quali-dade, higiene e segurança alimentar), EZ Trade Center (redução de custos), Marketsales (vendas e outsourcing comercial) e Esinow (consultoria em tecnologias de in-formação).

Morangos avança para MarrocosAinda na senda da internacionalização está a Mo-

rangos, marca da Onebiz que atua na área da educação e serviços para crianças. Depois da expansão no Brasil, desta feita é o mercado de Marrocos na mira dos seus responsáveis, com a abertura de um Master naquele país do Magrebe. Esta unidade será localizada em Rabat, e tem como responsáveis Alexandra Oliveira e Sérgio Tei-xeira, dois portugueses já estabelecidos em Marrocos há vários anos.

Após um processo de formação em Portugal, os no-vos parceiros vão agora dar início a todo o processo de obras e licenciamento da unidade piloto, bem como à adaptação de eventuais metodologias a utilizar neste mercado africano.

A “Morangos Maroc” será brevemente apresentada aos meios de comunicação marroquinos, sendo o ponto de partida para a abertura de muitas unidades franchisa-das, num mercado considera de grande potencial e em avançada expansão. Sérgio Teixeira refere que, “apesar de esta não ser a nossa área de experiência aqui em Marro-cos, sabemos que os serviços Morangos têm um enorme potencial neste mercado”, e esse foi o motivo pelo qual abraçaram “o desafio de levar para Marrocos uma marca como a Morangos”.

A estratégia do processo de internacionalização do grupo Onebiz terá assim continuidade, depois de 2012 ter fechado com cerca de 500 franchisados em todo o mundo. A Onebiz aumentou a presença não só em mer-cados onde já atuava, como os PALOP, como em novos mercados (Norte de África, nomeadamente Marrocos)

Onebiz aposta na eurorregião Galiza e Norte de Portugal

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A rede mundial Onebiz movimentou em 2012 cerca de 40 milhões de euros, dos quais 20% com origem nos mercados externos

FranquiAtlántico decorre este fim-de-semana no Auditorio Palacio de Congresos Mar de Vigo.

O que proporciona o franchising (Parte IV)

JOSÉ VIEIRA LOPES Managing Director Teamvision Franchise [email protected]

 Zona exclusivaO franchisado obtém a garantia de que em determinada zona geográfica não irão surgir concorrentes da mesma rede, sejam outros franchisados, sejam unidades próprias da empresa franchisadora, salvaguardando assim, expectativas criadas quanto ao potencial de determinado mercado e investimentos a realizar pelo franchisado. Duração do contrato

No contrato é fixada a duração da relação a estabelecer entre o franchisador e o franchisado. É o período durante o qual irão vigorar os respetivos direitos e obrigações, bem como durante o qual irá ter oportunidade para obter o retorno do investimento, pelo que será muito importante que a sua duração permita efetivamente alcançar o patamar da rentabilidade desejada ou esperada pelo franchisado

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sexta-feira, 22 de fevereiro 2013 FRANCHISINGIV

a dois anos, só metade das empresas sobrevive” (48,74%), disse. Ou seja, “um em cada dois ne-gócios independentes sobrevive”. Bruno Santos apresentou “os números bastante mais positivos” do franchising, com uma taxa de sobrevivência de 91,5%, sendo que a taxa de produtividade no franchising é de 74 810 euros, contra 31 592 euros dos negócios independentes, ressalvou.

O vice-presidente da ANF deu a conhecer a integração daquela entidade em dois grupos de trabalho do Ministério da Economia. São eles o Programa Estratégico para Empreendedorismo e Inovação e o grupo de trabalho Portugal Sou Eu, neste caso com “o objetivo de alargar ao setor dos serviços e, nomeadamente, do franchising”, esta certificação de marca.

Banca não dá a melhor resposta aos desempregados

O financiamento para a criação do próprio posto de trabalho é uma das principais preocu-pações de empreendedores e operadores. O res-ponsável do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), Octávio Oliveira, destacou as preocupações com duas camadas de desem-pregados: os jovens e os desempregados com mais de 40/45 anos.

Estes resultam sobretudo de “processos de

Seminário nacional da Associação Nacional de Franchising deu a conhecer ten

Novo regime de IRC pode benque internacionalizam concA revisão dos escalões de IRC prometida pelo Governo poderá incluir incentivos fiscais para empresas exportadoras. Entre estas poderão estar incluídos os operadores de franchising que atuam no exterior. Esta foi uma possibilidade deixada no primeiro seminário nacional da Associação Nacional de Franchising, onde foram debatidas questões como o financiamento ao empreendedorismo e as tendências futuras do setor.

MARC [email protected]

A proposta de revisão da taxa de IRC, que, de acordo com o primeiro-mi-nistro Pedro Passos Coelho, come-çará a “a ser discutida dentro de al-gumas semanas”, poderá beneficiar

as redes de franchising que apostam na presença além-fronteiras.

O responsável do Governo frisou, no pri-meiro seminário da Associação Nacional de Franchising, que o debate terá como base “uma nova proposta para a política fiscal em sede de IRC que seja consentânea com os princípios co-munitários e, em simultâneo, fator de atração de capital externo”.

Esta proposta deverá assim passar por uma descida da taxa geral de IRC, mas poderá incluir benefícios fiscais para empresas exportadores, numa perspetiva de discriminação positiva, não sendo de excluir as redes de franchising que ob-tenham parte dos seus lucros no exterior.

No mesmo seminário, Passos Coelho enal-teceu o papel que o franchising poderá ter na recuperação da economia portuguesa, destacan-do o empreendedorismo de quem investe em novos negócios. Foi, aliás, o primeiro chefe de Governo a ter uma atenção particular ao fran-chising, como destacou o presidente da ANF, José António Ribeiro. Também por isso, Passos Coelho deu a conhecer no seminário da ANF a intenção do Governo de criar uma entidade financeira gestora dos fundos do próximo qua-dro comunitário cuja atividade será direcionada preferencialmente para as PME.

Porém, no que concerne à política fiscal, as preocupações dos empresários do setor do fran-chising vão mais além. Pedro Santos, adminis-trador da Onebiz, havia já notado que “a tesou-raria dos franchisadores será condicionada” com as recentes alterações em sede de retenção na fonte, “passando os royalties a terem uma base de incidência de 25%”.

O primeiro-ministro destacou ainda o “bom exemplo” do franchising na “criação de negócios e na capacidade de empreender”, podendo ser

uma arma contra o “desemprego estrutural”, que considera “dever ser absorvido em momen-tos de retoma”. Segundo Passos Coelho, a “eco-nomia não se decreta; são os empreendedores quem tem que tomar a iniciativa, arriscar e criar novos modelos de negócio”, disse na sua inter-venção no referido seminário.

Maiores ganhos de produtividade em franchising

As redes de baixo investimento predominam o panorama atual do franchising português. Se-gundo a análise de Isa Amaral, diretora da revis-ta “Negócios & Franchising”, as oportunidades de negócio até 25 mil euros têm ganho espaço; as redes que proporcionam investimentos até 50 mil euros, no seu conjunto, correspondem a 66% das oportunidades disponíveis. O setor dos serviços domina o franchising nacional, sen-do que, curiosamente, “as redes de restauração não são muito fortes no conjunto dos serviços”, disse.

O “aumento dos conceitos ‘low cost’” e o crescimento dos “conceitos voltados para o auto-emprego”, numa “lógica de micro-franchising”, dominarão as tendências futuras do franchising, considera Isa Amaral. Por outro lado, verificar--se-á o “reforço do setor dos serviços” e “a con-versão dos conceitos face à realidade atual ou à maturidade do conceito”, com várias operações debaixo da mesma marca.

A internacionalização das redes de franchi-sing é igualmente incontornável, sublinha. “As redes têm de crescer, ganhar dimensão, para conseguirem notoriedade e quota de mercado. Mas o momento de Portugal não é adequado, pelo que a internacionalização ganha preponde-rância”.

Na mesma tónica, Bruno Santos, vice-pre-sidente da ANF, frisou que são “cada vez mais as marcas portuguesas presentes no exterior”. Hoje, o franchising de origem nacional está pre-sente em 30 países, “com mais de 50 marcas in-ternacionalizadas e mais de 500 unidades”.

No sentido de apoiar esse movimento, Bru-no Santos anunciou que a ANF realizará três missões empresariais a Espanha em 2013, com visitas programadas à FranquiAtlántico, em Vigo, à ExpoFranquicia, em Madrid, e à Franki-Norte de Bilbao. Em 2014, a associação pre-tende estender estas missões ao Brasil e Angola, para além de Espanha.

Na perspetiva de Bruno Santos, “para que o franchising ganhe maior destaque na economia nacional, é essencial assegurar vantagens para todas as partes interessadas”. Aquele responsá-vel recordou que, em Portugal, verifica-se uma tendência de descida da natalidade das empresas entre 2008 a 2010, passando de 14,35% para 11,84%. Aquele operador estima que, até 2012, esta taxa “será certamente mais pronunciada”. Na mesma linha, a taxa de mortalidade “é a inversa”, passando de 14,83% em 2008 para 17,71% em 2009.

Também a taxa de sobrevivência das empre-sas ao fim do primeiro ano de atividade decaiu de 76,35% em 2007 para 69,59% em 2010. “Mas

Linhas de crédito MicroInveste e Investe+ para criação do próprio emprego com taxas de juro mínimas de 1,5% e máximas de 3,5%

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VFRANCHISING sexta-feira, 22 de fevereiro 2013

reestruturação das empresas”, tratando-se de “pessoas com carreiras profissionais de mérito mas que veem o seu percurso am-putado e o seu regresso à carreira de traba-lhador por conta de outrem dificultado”.

As questões relacionadas com o em-preendedorismo nestas duas franjas de desempregados são assim “fundamen-tais”. Octávio Oliveira associou a criação de negócios a dois fatores chave: a “liga-ção familiar ou pessoal com outros em-preendedores”, ou seja, pessoas imersas na chamada cultura empreendedora, e “a necessidade”. Neste sentido, o franchi-sing revela-se “um aliado e facilitador do empreendedorismo e criação de próprio emprego”.

As medidas do IEFP disponíveis para a criação do próprio emprego foram elencadas, destacando-se desde logo as Iniciativas Locais de Emprego, a possibi-lidade de “recebimento antecipado e na totalidade”, do subsídio de desemprego para criação de um novo negócio e ini-ciar uma atividade.

Juntamente com este recebimento antecipado, “é possível juntar o apoio à criação do próprio emprego”, disse o responsável do IEFP. Neste caso concre-to, verifica-se a possibilidade de aceder a

duas linhas de crédito contratualizadas com 10 bancos: são elas a linha Micro Investe, para negócios até 20 mil euros, e Investe+, para negócios entre 20 e 100 mil euros.

Trata-se de operações feitas através da banca, sendo que ao IEFP cabe “a dotação de garantias e contragarantias e bonificações de juros”. As taxas de juro praticadas são a Euribor a 1 mês + 0,25%, com mínimo de 1,5% e máximo de 3,5%.

O responsável do IEFP reconheceu porém que “estas linhas têm tido algu-ma dificuldade de financiamento, pois os bancos não estão a dar a melhor resposta aos desempregados”. Octávio Oliveira ressaltou ainda “a ligação com associa-ções empresariais para apoiar projetos já em desenvolvimento”.

Em cima da mesa está a possibilidade de recurso a dois novos tipos de apoio: “a criação de cooperativas por parte de jo-vens ligados à economia social, destinado a jovens com idades entre 18 e 30 anos, com pelo menos cinco e até nove opera-dores”. Por outro lado, o Plano Nacional de Microcrédito, com apoio à realização de projetos, contratualizado junto da banca

ndências e desafios do setor

neficiar redes ceitos

Passos Coelho deu a conhecer no seminário da ANF a intenção do Governo em criar uma entidade financeira gestora dos fundos do próximo quadro comunitário cuja atividade será direcionada preferencialmente para as PME.

Níveis de produtividade no franchising ascendem a 74 810 euros, contra 31 592 euros dos negócios independentes

Crédito ao franchising deve crescer

O crédito ao franchising e ao empreendedorismo deverá conhecer “um crescimento exponencial” nos próximos tempos, surgindo “novos modelos de crédito ligados ao franchising”. A convicção é de Miguel Moreira, diretor da Decisões e Soluções, para quem “muitas pessoas com grande experiência e competência estão a ser empurradas para o desemprego”, pelo que “é preciso criar ferramentas para que possam voltar ao mercado de trabalho”.

Aliás, prosseguiu, “a própria banca está a repensar os seus modelos de funcionamento”. As perspetivas futuras para o crédito podem passar pela “constituição de cooperativas creditícias, bancos sociais especializados em microcrédito”, disse.

A entrada em Portugal da banca asiática “é já uma realidade” que, na sua opinião, deverá aprofundar-se, dando os exemplos do Bank of China e Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), que “vão despertar a banca portuguesa para o crédito empreendedor”.

Para Miguel Moreira, “há oportunidades de crédito e ferramentas de crédito disponíveis, mas é importante saber procurar os investidores certos”. Desde logo, é “preciso demonstrar que o projeto tem viabilidade”.

Os dados apresentados por aquele operador mostram uma quebra de 7,2% do crédito total concedido entre dezembro de 2011 e dezembro de 2012; por outro lado, verifica-se o aumento do crédito a exportadores e a grandes empresas, mas menos crédito concedido às PME. Por isso, considera, “há que sensibilizar as entidades bancárias para alterarem esse comportamento”.

Entre as soluções de crédito bancário disponíveis, para além do já referido microcrédito, Miguel Moreira destaca o crédito pessoal, “destinado a projetos pessoais mas que pode ser interessante para pessoas que não têm empresa constituída, têm um projeto e precisam de um crédito a curto prazo”.

Também “os incentivos QREN, prolongados até 2020, oferecem soluções interessantes” para o comércio, inovação produtiva (por exemplo novos serviços e internacionalização do franchising) e internacionalização de PME. Outros, como a Bolsa de Passaporte para o Empreendedorismo, podem igualmente ser aplicáveis

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sexta-feira, 22 de fevereiro 2013 FRANCHISINGVI

Gestão comercial e vendas em destaque no Olympic Challenges for Business

MARC [email protected]

Tem hoje lugar a segunda edição do “Squadra Marketing & Sales Forum”, no Porto. Trata-se de uma conferên-cia de marketing e vendas que preten-de inspirar os participantes com ideias

inovadoras. O grande objetivo deste fórum é apre-sentar e partilhar boas práticas, novos conceitos e desafios para a gestão comercial (estratégia, marke-ting e vendas), que sejam um contributo claro para a modernização das empresas em Portugal e para o tão desejado crescimento económico.

Para os participantes, a presença neste “Fó-rum” permitirá o desenvolvimento ou atualiza-ção de competências, através das apresentações e do acesso aos melhores casos práticos de sucesso “made in Portugal”.

O tema para a edição de 2013, que decorre a partir das 9h30 no auditório da anf, na zona in-dustrial do Porto, é “Olympic Challenges for Bu-siness”, ou seja, durante o evento terá lugar uma abordagem às áreas mais importantes da gestão co-mercial, através da apresentação de casos práticos; o objetivo é conhecer o papel real de cada “discipli-na” na gestão empresarial, a integração entre elas, bem como a importância do estilos de liderança, para alcançar o tão desejado sucesso no mercado.

Os pontos principais a serem debatidos no encontro serão a estratégia, como forma de de-senvolver e alimentar uma cultura de pensamento estratégico, de forma a definir uma proposta de valor atrativa e com utilidade; manter uma marca na liderança do mercado de forma consolidada, utilizando a inovação como ferramenta de fide-lização; desenvolver um processo de vendas para uma marca de serviços, integrar a tecnologia, pro-curando garantir uma experiência relevante e con-sistente ao cliente final; liderança, assumindo que as pessoas são o melhor ativo de uma organização, como organizar, liderar e motivar uma equipa para o alto desempenho e; gestão comercial, integrando as principais disciplinas do marketing com as de vendas para alcançar o sucesso nas operações co-merciais

Primeira Feira do Empreendedor em Angola

Luanda será o palco da 1ª Feira de Em-preendedorismo e Inovação que decor-rerá em Angola, mais concretamente no Estádio dos Coqueiros, entre 21 e 24 de Março.

A Feira “Ser Empreendedor”, que conta com o alto patrocínio do Ministério da Economia de Angola, pretende fomentar a prática do empreen-dedorismo como um dos motores económicos de um país, senão o mais importante.

Este evento integrará 5 salões diferentes: Salão das oportunidades e do Franchising; Salão da Cria-ção e Gestão de Empresas; Salão das TIC; Salão do financiamento e; Salão da Formação e Recursos Humanos.

Paralelamente, existirá um conjunto de con-ferências de diferentes temáticas às quais todos os visitantes da Feira terão também oportunidade de assistir, como por exemplo. “A Mulher Empreen-dedora de elevado potencial”, ou “Como fazer um Plano de Negócio”, entre outros.

O grupo Onebiz associou-se ao evento, preten-dendo cativar empresas ou negócios com potencial de exportação no mercado angolano e cuja ativi-dade se insira num dos salões temáticos referidos, para tomar parte no certame como expositor

No passado dia 30 de Outubro de 2012, a meio do último trimestre de 2012, portanto, foram os franchisadores em geral surpreendidos por um

inesperado furacão tributário que passou a devastar a tesouraria destas empresas com a subida impetuosa da taxa de retenção na fonte sobre os “royalties” de 16,5% para 25%, com a entrada em vigor do artigo 2º da Lei 55-A/2012, publicada precisamente no dia anterior.

Esta norma alterou, assim, o artigo 94º, nº 4, do CIRC, que passou a ter a seguinte redacção: “As retenções na fonte de IRC são efetuadas à taxa de 25%, aplicando-se aos rendimentos referidos na alínea d) do n.º 1 a taxa de 21,5%”.

Ora, nos termos do disposto no artigo 94º nº 1 alínea a) do CIRC, “O IRC é objeto de retenção na fonte relativamente aos seguintes rendimentos obtidos em território português:

a) Rendimentos provenientes da propriedade intelectual ou industrial e bem assim da prestação de informações respeitantes a uma experiência adquirida no sector industrial, comercial ou científico”.

Assim, tendo em conta que entre os vários agentes económicos envolvidos no franchising predomina a ideia (muitas vezes expressa no respectivo clausulado contratual) de que o conceito de direito de entrada tem inerente a ele o pagamento da transmissão do saber-fazer e prestação da formação inicial, ou seja, a transmissão de direitos temporários de propriedade intelectual e que, no que aos “royalties” diz respeito, é entendimento de alguns que eles pressupõem o pagamento não só dos direitos de utilização da propriedade industrial (marca) mas também a assistência técnica e outros serviços prestados pelo franchisador à sua rede e franchisados, é bom que os franchisadores repensem a formulação do respetivo clausulado contratual no que tange à definição do que está compreendido quer no direito de entrada quer nos “royalties”.

Com efeito, a assunção destes conceitos nos termos atrás referidos e assim plasmados no contrato de franchising tem agora, mais do que nunca, sérias consequências no planeamento fiscal e de tesouraria dos franchisadores, em especial para os que são master franchisados, para além de acalentarem as expectativas que os franchisados nutrem sobre direitos adquiridos quanto a serviços a receber dos franchisadores.

Relativamente aos “royalties”, segundo o direito interno português, vertido no artigo 12º das várias Convenções de Dupla Tributação (CDT) celebradas por Portugal, em consonância com o artigo 12º da Convenção Modelo, são considerados royalties “as retribuições de qualquer natureza recebidas pelo uso ou pela concessão do uso de (…) uma patente, de uma marca de fabrico ou de comércio, de um desenho ou de um modelo, de um plano, de uma fórmula ou de um processo secretos, bem como pelo uso ou pela concessão do uso de um equipamento industrial, comercial ou científico ou por informações respeitantes a uma experiência adquirida no sector industrial, comercial ou científico.”

Ou seja, aquém do que muitos pensam e dizem, os “royalties” designam, unicamente,

a remuneração da propriedade industrial e intelectual do franchisador, maxime a remuneração pela licença concedida ao franchisado para este utilizar a marca do franchisador e o know-how por este transmitido. Não estão, assim, concetualmente, os “royalties” destinados a pagar a assistência técnica que o franchisador contratualmente se deverá obrigar a prestar (uma das inerências do conceito de franchising). Se a remuneração da assistência técnica não estiver expressamente prevista no contrato, por um lado, o franchisado não a tem que a pagar, mas o franchisador terá sempre que a prestar, por outro lado, ainda que o franchisador falhe no cumprimento da sua obrigação de prestação de assistência técnica ao franchisado, este, só por esse motivo, não se pode eximir do pagamento de “royalties”. Ou seja, se um franchisado está obrigado, simplesmente, ao pagamento de “royalties”, sem que o contrato defina ou interprete este conceito, não pode, no meu entender, exigir de tal contrapartida mais do que o pleno usufruto da marca e do “know-how”, nos termos contratualmente estabelecidos.

Tal não significa, porém, que o franchisado não possa exigir do franchisador o cumprimento das suas obrigações enquanto tal, nomeadamente assistência técnica contínua, especialmente quando o contrato estiver inserido no âmbito de contratos de transferência de tecnologia, gestão de empresas, produção ou comercialização de bens e serviços.

Sendo esta a realidade da maioria das redes de franchising em Portugal, ponderados os riscos e vicissitudes próprias da respetiva rede, é de avaliar se não está na hora de redefinir conceitos contratualmente definidos, dissecando, imputando e repartindo os custos na respectiva proporção de utilização ou prestação de serviços ao invés de tudo isto estar sob o chapéu dos “royalties”. Não se caia na tentação simplista de pura e simplesmente mudar o nome aos bois, suprimindo o termo “royalties” e substituindo-o por uma designação qualquer. O fisco, certamente, não vai cair nessa e a verdade é que sempre haverá necessariamente uma utilização de uma marca e transmissão de saber-fazer.

A proceder a uma alteração desta envergadura, de modo a reduzir o impacto da retenção na fonte na tesouraria, é bom e prudente que se desenvolva um dossier fiscal demonstrativo das respectivas imputações e como justificação da alteração do valor cobrado aos franchisados a título de “royalties”. Só que, sendo uma alteração contratual, sempre será de todo conveniente obter o devido acordo do outro parceiro de negócio – o franchisado.

Está, assim, bem de ver, as implicações a nível de tesouraria e de planeamento fiscal para as empresas franchisadoras que esta nova taxa de 25% de retenção na fonte acarreta, em especial para os master franchisados, que por força das respetivas contingências contratuais têm de transferir parte dos “royalties” para o seu franchisador, pelo que se impõe um planeamento cuidado das remunerações a tributar à rede e respectiva qualificação fiscal e jurídica

A nova taxa de retenção na fonte sobre os “royalties” e direito de entrada

Aquém do que muitos pensam e dizem, os royalties designam, unicamente, a remuneração da propriedade industrial e intelectual do franchisador, maxime a remuneração pela licença concedida ao franchisado para este utilizar a marca do franchisador e o know-how por este transmitido

CAVALEIRO MACHADOAdvogadoCMDG & AssociadosAssessor Jurídico da [email protected]

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VIIFRANCHISING sexta-feira, 22 de fevereiro 2013

Master Franchise

Nesta solução, o franchisador concede a um sub-franchisador, denominado Master Franchise, o direito exclusivo sobre a marca de franchise num determinado país e a responsabilidade de a expandir diretamente nesse mercado celebrando contratos de franchise com terceiros (franchisados).

Neste caso, é comum os franchisadores exigirem previamente a abertura de pelo menos uma unidade própria antes do arranque da expansão e da procura de franchisados. Aqui, o master franchise assume-se como o verdadeiro franchisador no seu próprio país, pois cabe-lhe normalmente a responsabilidade de suporte e controlo da rede que são típicas da ação do franchisador.

Este é o método mais adequado para desenvolver um sistema de franchise internacional, dado que apenas com um parceiro local a marca terá o pleno conhecimento das diversas exigências do desempenho da atividade no seu país, podendo adaptar mais eficazmente as ferramentas e metodologias à sua realidade e organizar a rede da melhor forma, controlá-la e prestar-lhe o suporte necessário.

Neste caso, existe uma partilha de risco do

negócio entre ambas as partes; se, por um lado o master franchise tem que investir na marca, por outro, o franchisador fica dependente do desempenho de terceiros no que respeita à criação e suporte à rede, e mais importante que isso, do uso da sua própria marca.

Estes fatores levam algumas vezes o franchisador a preferir como master franchise uma filial ou uma sociedade na qual tenha participação, designadamente uma joint-venture. Esta última solução tem as suas vantagens, na medida em que o franchisador aufere maiores rendimentos do que se o master franchise for totalmente independente, pois controla de forma mais eficaz o funcionamento do sistema e aproveita os conhecimentos do seu parceiro no mercado em questão. Claro está que esta hipótese exige do franchisador um maior nível de investimento.

Area Developer

Nesta terceira hipótese, o franchisador concede a um único franchisado o direito exclusivo de desenvolver a rede e abrir um certo número de estabelecimentos em determinado país ou território, de acordo com um plano preestabelecido. O “area developer” é uma

empresa que compra os direitos de um país ou região que, ao contrário do master franchise, não vai subfranchisar, ou seja, todas as unidades são da própria empresa. Algumas empresas são “area developers” por obrigação contratual, ou seja, mesmo que quisessem, não poderiam subfranquear. Noutros casos, existe uma clara opção estratégia dos master franchise em serem a única entidade a expandir a marca nesse país, atuando como “area developer”.

Nesta forma de expansão, a gestão do sistema é facilitada pela existência de um único franchisado, que garante à partida o pagamento integral do direito de ingresso para todo o território. A maior desvantagem decorre do risco de haver um único franquiado que, em caso de litígio, coloca em causa a marca do franchisador.

Em suma, independentemente da forma e da sua estruturação, o sistema de franchise é uma excelente oportunidade de crescimento de empresas cujo modelo de negócio assente na inovação ou em competências organizacionais, ou seja, ‘know-how’ e metodologias que possam ser replicadas e geradoras de vantagens competitivas noutros mercados. Para as empresas portuguesas que cumpram estes requisitos, e existem muitas, Portugal não basta!

O franchise como estratégia de internacionalização (Parte II )

MARC [email protected]

A Portugal Ventures tem dispo-níveis 600 milhões de euros de ‘venture capital’ e vários fundos de Private Equity para apoiar projetos empreende-

dores nas diversas fases e em múltiplos setores.

No encontro de fim de tarde promovi-do pela NET – Novas Empresas e Tecno-logias (BIC Porto) dedicado ao tema: “Is Your Project Investment Ready? Portugal Ventures´ Call For Entrepreneurship”, o diretor de capital de risco da Portugal Ventures, João Pereira, abordou as prin-cipais valências deste instrumento e deu a conhecer os contornos do programa “Call for Entrepreneurship”, do qual decorrem as candidaturas à sua segunda edição.

Esta é uma iniciativa que visa possibi-litar o acesso a investimento de capital de risco de projetos inovadores de base cien-tífica e tecnológica, na fase de semente. As candidaturas à segunda “Call for Entre-preneurship” decorrem até 28 de feverei-ro e os projetos selecionados pela Portugal Ventures beneficiarão de um investimen-to até 750 mil euros, num máximo de 85% do orçamento do mesmo.

Através da rede de parceiros do Pro-grama de Ignição (Ignition Partners Ne-twork) da Portugal Ventures, da qual a NET – Novas Empresas e Tecnologias (BIC Porto) faz parte, os empreendedo-res poderão beneficiar do apoio e orien-tação de uma das entidades dessa rede na preparação e qualificação do seu projeto,

contribuindo para que o mesmo esteja pronto para investimento.

A Portugal Ventures abrange um por-tfólio composto por cerca de 180 em-presas de diferentes indústrias. Entre as verbas disponibilizadas estão os fundos de ‘seed capital’, para projetos em fase se-mente, com uma aplicação orientada. O valor máximo de investimento é de 200 mil euros por empresa.

Entre as empresas-alvo contam-se PME na sua fase inicial de desenvolvi-mento de setores como a energia, in-dústria, recursos, turismo, transporte/logística e serviços. São elegíveis projetos que promovam a geração e exploração de ativos baseados em marcas, patentes e outras formas de propriedade intelectual resultantes de pesquisa científica e tecno-lógica I & D Centros, como laboratórios e universidades nacionais.

Os fundos ‘start-up’ destinam-se à criação e desenvolvimento inicial de empresas de base tecnológica. Trata-se de PME na fase inicial do seu ciclo de vida, com produtos ou modelos de negócio di-ferenciados e inovadores e, de preferência, sindicados por capital de risco ou outros investidores, como business angels. Neste caso, o valor máximo de investimento é de até 2, 5 milhões de euros por empresa.

A Portugal Ventures dispõe ainda de fundos setoriais e regionais, que ope-ram em indústrias específicas, tais como as ciências da vida, eficiência energética e energia, indústrias criativas e outros fundos que só podem ser investidos em determinadas regiões (Açores, Norte de Portugal e Galiza)

ANTÓNIO GODINHOAdministrador grupo Onebiz

Segunda “Call for Entrepreneurship” decorre até 28 de Fevereiro

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sexta-feira, 22 de fevereiro 2013 FRANCHISINGVIII

rede de projetistas de âmbito nacional já está a responder às necessidades de anteprojeto, pro-jeto, licenciamento e fiscalização de obra, dos portugueses. Este é mais um serviço que vai permitir uma maior rentabilização dos recursos, ao mesmo tempo que proporciona um serviço profissional e de qualidade.

Franchising abarca várias tipologias de investimento

VE - Em que assenta o conceito Melom e de que forma esta se diferencia das restan-tes marcas de mediação de obras?

JC - A Melom assenta num modelo de ne-gócio para profissionais do setor das obras e da construção. Somos uma rede de executantes unidos em torno de uma marca e pretendemos que esta seja a referência do setor em Portugal quando se pensa em obras, remodelação domés-tica ou em construção. O que nos distancia dos outros atores que atuam neste mercado é o pro-fissionalismo, o rigor e o serviço a cliente.

VE - Quais as condições de acesso ao

franchising Melom e a que tipo de empreen-dedores se destina?

JC - O franchising tem três formas distin-tas: a modalidade Full Melom, dirigido a pro-fissionais do setor das obras e das remodelações que podem trabalhar todas as especialidades de construção civil; a modalidade Fatia Melom, di-rigida a profissionais que pretendem representar a marca apenas numa especialidade, por exem-plo carpintaria, pinturas ou pequenos arranjos.

Em relação ao investimento, no primeiro caso, cifra-se nos 20 mil euros e, no segundo caso, é de nove mil euros. A terceira opção é a Melom Projetos, que é aplicada a gabinetes de arquitetos e engenheiros. Neste caso, o investi-mento inicial mantém-se nos nove mil euros

Considera João Carvalho, diretor-geral da Melom

A sobrevivência do setor da construção passa pela aposta na reabilitaçãoA Melom pretende abrir cerca de 20 novas unidades em 2013 e contratar 100 agentes comerciais. Segundo João Carvalho, diretor-geral da Melom, as dificuldades que o setor da construção atravessa podem ser amenizados pela reabilitação urbana. “Em tempos de crise é necessário encontrar soluções sustentáveis”, disse em entrevista à VE.

MARC [email protected]

VE - Que balanço faz do franchising Melom e quais as razões para este cresci-mento contraciclo numa conjuntura em que o setor da construção atravessa uma fase difícil?

JC - O balanço é extremamente positivo. Em 2012, apesar de todos os constrangimentos económicos que o país atravessa, conseguimos quase triplicar a nossa faturação, já que atingi-mos 3,3 milhões de euros e mil obras adjudica-das, enquanto em 2011 tínhamos faturado 1,2 milhões de euros e conseguido a adjudicação de 323 obras.

Sentimos que estes resultados são fruto de um trabalho árduo mas gratificante e que o setor da construção civil reconhece em nós uma saída profissional com valor acrescentado. Fechámos o ano com 59 franchisados, que nos ajudam a implementar uma política de rigor e profissio-nalismo que, no dia-a-dia, marcam a forma de trabalhar da Melom.

VE - Que expectativas têm para 2013

em termos de abertura de novas unidades/franchisados e crescimento do número de obras realizadas?

JC - O ano de 2013 é o ano de afirmação da marca para as obras de remodelação das casas dos portugueses. Este ano, no que diz respeito à expansão da marca através de franchising, a nossa meta será crescer em cerca de 20 novas unidades e, consequentemente, aumentar o vo-lume de obras.

VE - De que forma se pode associar o

conceito à  reabilitação urbana? Acredita que o segmento tem margem de progressão em Portugal?

JC - A sobrevivência do setor da construção passa pela aposta na reabilitação. Em tempos de crise é necessário encontrar soluções sustentá-veis para que, com os recursos existentes, seja possível obter resultados.

Foi a pensar neste paradigma que a Melom lançou, no fim de 2012, a Melom Projetos. Esta

Lançamento da Melom Projetos no final de 2012 permitirá “responder às necessidades de anteprojeto, projeto, licenciamento e fiscalização de obra, dos portugueses”, considera João Carvalho, responsável da marca.

Investimento vai desde os nove aos 20 mil euros

Melom cresce no Grande Porto

A marca pretende contratar 100 agentes comerciais nos próximos meses e, até ao final do ano transato, havia já aberto cinco novas unidades, duas delas no Porto (Eyes e Engenho). No Grande Porto existem 14 unidades, sendo que a Melom Douro, no Porto, a Melom Eyes, em Gondomar, e a Melom Engenho, em Vila Nova de Gaia, são as mais recentes

PORTO

MELOM FixMELOM ActiveMELOM InvictaMELOM TopMELOM CarpiMELOM DouroMELOM ItraçoMELOM Voltage

PÓVOA DO VARZIM/VILA DO CONDE

MELOM Mais

STA MARIA DA FEIRA MELOM Faz

GONDOMAR MELOM Eyes

GUIMARÃESMELOM Naturance

VILA NOVA DE GAIAMELOM QTMELOM Engenho

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Duas medidas positivas

O atual Governo concretizou no passado mês de janeiro duas medidas que merecem o nosso aplauso – ambas no domínio do acesso ao subsídio de desemprego.

No interior desta edição, é dedicada alguma atenção a cada uma dessas duas iniciativas. Mas, independentemente disso, da mesma forma que não nos coibimos de censurar aquilo que é mal feito, temos todo o gosto em enfatizar o que é feito de positivo.Nesse sentido, começo por aplaudir o facto de nalmente ter sido consagrada legalmente a possibilidade de ser atribuído o subsídio de desemprego a empresários e membros dos órgãos sociais das pessoas coletivas.Estes eram os únicos cidadãos a quem o Estado recusava pagar o subsídio de desemprego. Nunca nos conformámos com essa verdadeira iniquidade e sempre lutámos no sentido de a eliminar. oi agora nalmente feita justiça. rgul amo nos por ter contribuído com o nosso esforço para a obtenção deste resultado. E faço questão de saudar muito particularmente António Saraiva, o qual, enquanto Presidente da CIP, foi o principal responsável pela implementação desta medida. Com a sua determinação e empen o no processo negocial que precedeu a aprovação desta medida em sede de concertação social, a CIP onrou uma vez o mais o seu compromisso de contribuir para a digni cação dos empresários portugueses. E em consequência disso, pelo menos neste domínio, os empresários deixarão de ser tratados pelo Estado como portugueses de segunda.

Ministro lvaro Santos Pereira é igualmente merecedor de recon ecimento. Não obstante esta matéria tivesse sido acordada em concertação social durante a anterior legislatura, a verdade é que foi no mandato do atual Ministro da Economia e do Emprego que nalmente se desbloqueou o assunto. Ainda que seja certo que, aparentemente, a medida aqui em causa apenas será suscetível de produzir efeitos práticos daqui a dois anos.A segunda medida positiva a que agora me quero reportar tem a c ancela de protagonistas semel antes. ambém aqui o Ministro lvaro Santos Pereira e os parceiros sociais em geral tiveram um papel da maior importância.

e ro me concretamente criação da gura, para efeitos de caracterização de desemprego voluntário, do acordo de cessação de contrato de trabal o subordinado ao objetivo de reforço da quali cação e capacidade técnica das empresas.Nos termos dessa nova gura, o trabal ador cujo contrato cesse por acordo terá direito a receber subsídio de desemprego desde que a entidade empregadora admita, até ao nal do mês subsequente, um novo trabal ador para posto de trabal o a que corresponda o exercício de atividade de complexidade técnica, elevado grau de responsabilidade ou que pressupon a uma especial quali cação.A condição indispensável para tal efeito é a de que o novo trabal ador seja admitido através de contrato sem termo e a tempo completo.Mas, em contrapartida, veri ca se que o acesso ao subsídio de desemprego, por parte de trabal adores abrangidos por cessaç es de contrato de trabal o efetuadas ao abrigo desta gura, não estará condicionado por quotas ou limites.Este novo regime tem todas as condições para se transformar num instrumento de grande utilidade para empresas que pretendam modernizar se e reforçar a respetiva capacitação.E não á quaisquer dúvidas de que a criação desta medida é o resultado de uma excelente negociação em que todos os envolvidos cam a gan ar.

o lado das empresas, potencia se a sua modernização.No que concerne aos trabal adores, não só se facilita o acesso dos menos motivados ao subsídio de desemprego como se contribui para uma mais rápida inserção no mercado de trabal o de outros mais quali cados.E quanto ao Estado, tem todas as condições para reduzir os encargos em prestações sociais ao mesmo tempo que ajuda a injetar sangue novo na economia.Como sempre, a concertação social funcionou. Só é pena que por vezes alguns responsáveis governamentais esqueçam isso.

EDITORIAL

Nº 2 / fevereiro 2013 Boletim Informativo da Indústria

Metalúrgica e Metalomecânica

ANÍBAL CAMPOSPresidente da Direção da AIMMAP

Suplemento do Jornal

FERESPE recebeu AIMMAP e IAPMEI nas suas magnífi cas instalações

PAG. 4

Luís Filipe Costa, Presidente do IAPMEI, foi responsável

por notável Conferência

na sede da AIMMAP

AIMMAP esteve presente em sessão com o Ministro da Economia e Emprego

DESTAQUE PAG.5

ASSOCIADOSAIMMAP e IAPMEI visitaram EDAETECH – Engenharia e Tecnologia, S.A.

PAG. 2

AIMMAPSCHMIDT LIGHT METAL, LDA. recebeu prémio para melhor PME da indústria automóvel

PAG. 3

INTERNACIONALIZAÇÃO2012 FOI O MELHOR ANO DE SEMPREdas Exportações do setor metalúrgico e metalomecânico

PAG. 8

AIMMAP PAG.6

ASSOCIADOS PAG.4

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2 sexta-feira, 22 de fevereiro 2013 Boletim Informativo da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica

No passado dia 7 de feverei-ro, no âmbito de um dia de trabalho totalmente dedi-

cado ao setor metalúrgico e metalo-mecânico, o presidente do IAPMEI, Luís Filipe Costa, visitou a empresa associada da AIMMAP EDAETECH – Engenharia e Tecnologia, S.A., na qual foi recebido pelos responsáveis da empresa, Ventura Belinho e Abílio Couto.

Na sua visita Luís Filipe Costa foi acompanhado por diversos responsá-veis da AIMMAP, entre os quais o pre-sidente da direção Aníbal Campos.

A EDAETECH, que pela sua noto-riedade e qualidade foi já objeto de um outro trabalho em anterior edição do Metal, é uma empresa que presta serviços de engenharia, quer na cria-ção de produtos quer no desenvol-vimento de novas soluções e novos processos de fabricação.

Localizada em Fão, no concelho de Esposende, a EDAETECH foi consti-tuída em 2002 e está a trabalhar des-de 2003, atuando no desenvolvimen-to, ensaio e fabricação de protótipos e produção de pequenas séries de componentes metálicos, incorpora-dos essencialmente nos veículos au-tomóveis e seus motores, mas tam-bém, de forma crescente, na indústria aeroespacial.

Para além do exposto, a empresa tem também em profunda expansão um importante projeto que visa o de-

senvolv imento pioneiro

de um equipamento de corte laser 3D assistido por um sistema integrado de visão arti cial e utilizando tecnologia de bra ótica, com vista a alcançar um processo produtivo mais preciso, e ciente e exível que contribua para a redução do número de peças não conformes – uma situação crítica so-bretudo em peças de alto valor acres-centado.

Este projeto da EDAETECH tem relevância e impacto a nível mundial, correspondendo a um grande passo no domínio da engenharia mais avan-çada.

O crescimento da empresa tem sido uma realidade aos mais diversos níveis, sendo de destacar nesse âm-

bito a notável evolução do seu volume de negócios,

o qual cres-

UMA REFERÊNCIA NA METALOMECÂNICA PORTUGUESA

AIMMAP e IAPMEI visitaram EDAETECH – Engenharia e Tecnologia, S.A.

ceu de 2,9 milhões de euros em 2011 para cerca de 4,2 milhões de euros em 2012.

Este incremento tão relevante das vendas tem um signi cado ainda mais profundo quando se tem presente que a EDAETECH vende essencialmente soluções de engenharia. Donde de-corre que o seu volume de faturação corresponde no essencial à produção de valor acrescentado.

É ainda de sublinhar a circunstân-

cia de a maior parte da atividade da empresa se destinar aos mercados de exportação. Efetivamente, as ven-das da empresa para o exterior – que correspondiam em 2008 a cerca de 40% do respetivo volume de negócios –, representaram em 2012 mais de 70% do total faturado.

Todos estes importantes índices re-sultam claramente da implementação de uma estratégia muito bem conce-

bida e delineada, a qual assenta em grande parte numa aposta inteligente em fatores de diferenciação.

Na verdade, a EDAETECH, para além de ter certi cado o seu sistema de gestão e de investir seriamente na formação e quali cação dos seus colaboradores, apresenta números invejáveis em domínios como a pro-priedade industrial, a investigação e desenvolvimento ou a responsabilida-de ambiental.

Muitíssimo bem organizada nas mais variadas vertentes, esta empre-sa associada da AIMMAP possui atu-almente um quadro de cerca de 70 trabalhadores, sendo ainda de enfati-zar que tem procedido recentemente à admissão de novos colaboradores. De igual modo, é de relevar o facto de mais de 40% do quadro de pessoal possuir formação superior. Esse é, ali-ás, um dado que ajuda a compreender o grande sucesso da EDAETECH.

Os presidentes da AIMMAP e do IA-PMEI bem como toda a comitiva que os acompanhou puderam constatar a excelência da EDAETECH, para o que contribuiu o facto de terem podido visitar a fábrica em plena produção.

A AIMMAP regista o seu apreço pelo trabalho que a EDAETECH tem vindo a efetuar, agradecendo ainda a forma tão cordial com que os seus responsáveis receberam a delegação da AIMMAP e do IAPMEI no âmbito da visita aqui noticiada.

ASSOCIADOS

O crescimento da empresa tem sido uma realidade aos mais diversos níveis, sendo de destacar nesse âmbito a notável evolução do seu volume de negócios, o qual cresceu de 2,9 milhões de euros em 2011 para cerca de 4,2 milhões de euros em 2012

MAGOS IRRIGATION SYSTEMS, S.A.NOVA DENOMINAÇÃO

A empresa associada da AIM-MAP acima identi cada, anterior-mente designada Hubel – Irriga-tion Systems, S.A., alterou em dezembro passado a sua deno-minação social para MAGOS IR-RIGATION SYSTEMS, S.A.

A morada e os restantes ele-mentos de contacto da empresa são os seguintes: Estrada Nacio-nal 118, 2120-066 Salvaterra de Magos, telefone: 263 500 090, te-lefax: 263 500 099 e página web: www.magos.pt

A atualidade do setor

metalúrgico

e metalomecânico

www.twitter.com/aimmap

www.tecnometal-revista.blogspot.com

www.aimmap.blogspot.com

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Boletim Informativo da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica sexta-feira, 22 de fevereiro 2013 3

ção de excelência. O chão de fábri-ca impecavelmente organizado, um lay-out desenvolvido de acordo com a maior e ciência e produtividade,

todos os colabo-radores munidos dos seus equipa-mentos individuais de segurança, as células de trabalho perfeitamente es-truturadas e bem cuidadas, tudo isto complementado com máquinas--ferramenta de vanguarda em conjunto com ou-tras desenvolvidas e aperfeiçoadas internamente que garantem a maior produtividade nos processos produti-vos que lhes estão indexados.

Em plena labo-ração não se vê

nenhum resíduo no chão e todos os materiais e ferramentas, à exceção das que estão a ser utilizadas, en-contram-se totalmente acomodadas e arrumadas.

A esta realidade não será alheio o processo de certi cação do sistema de qualidade pela norma ISO9001, o qual foi completado em 2005 e con-substanciou um passo da maior im-portância tanto na consolidação do modelo de gestão como na cultura

da empresa subjacente à atuação de todos os seus colaboradores, e como ainda na imagem projetada junto dos clientes.

E isto só é possível, na perspetiva dos sócios-gerentes, porque todos os colaboradores são envolvidos nos projetos para que são desa ados, dão a sua opinião e comprometem-se com a concretização dos objetivos de nidos. Para além de que o seu desenvolvimento pessoal e pro s-sional é uma preocupação constante da equipa dirigente que ao longo dos anos vem formando os seus traba-lhadores tanto internamente como em parceria com os seus principais clientes.

Por isso tem um quadro de pessoal com a maior estabilidade, focalizado no cumprimento dos prazos que tem de nidos, capaz de garantir a exce-lência na qualidade dos produtos por si desenvolvidos e que é ele próprio o garante da con ança depositada na empresa por parte dos seus clientes.

Representada nesta visita por João Girão, Assessor da Direção, a AIMMAP congratula-se por mais este exemplo de excelência e boas práticas que emana do Setor Meta-lúrgico e Metalomecânico e que é a prova de que as empresas do setor são as mais capazes de ultrapassar a grave crise económica que o país atravessa.

No passado dia 13 de feve-reiro a AIMMAP teve o grato prazer de visitar a empresa

associada Fernando Jesus Mourão & Cª Lda., tendo sido superiormente recebida pelos seus sócios gerentes, Carlos Mourão e Maria da Conceição Mourão.

Situada em Fânzeres, no conce-lho de Gondomar, a Fernando Jesus Mourão & C.ª Lda. foi constituída há mais de 30 anos pelo sócio fundador Fernando Jesus Mourão e dedica-se atualmente ao fabrico de componen-tes metálicos para diversos setores de atividade, nomeadamente as in-dústrias de Autocarros, Transforma-dores e Gruas.

É composta atualmente por 22 co-laboradores altamente quali cados e tem a generalidade da sua produção orientada para a exportação, por-quanto fornece empresas de grande envergadura com intervenção nos quatro cantos do mundo.

O rigor do modelo de gestão, a fo-calização na excelência dos seus pro-dutos e o envolvimento dos colabo-radores em todos os projetos fazem parte da cultura organizacional desta empresa e são a sua marca diferen-ciadora.

Com efeito, quem entra nas insta-lações da Fernando Jesus Mourão & Cª Lda. tem a perceção imediata de que está a entrar numa organiza-

Fernando Jesus Mourão & Cª Lda.: Um modelo de Gestão exemplar

ASSOCIADOS

Todos os colaboradores são envolvidos nos projetos para que são desafiados, dão a sua opinião e comprometem-se com a concretização dos objetivos definidos

exclusivo das peças que produz para grandes construtores de automóveis, como são os casos da Volkswagen, Audi, Skoda, Seat, Porsche ou Opel. O mesmo sucede no que concerne a grandes construtores de sistemas

para a indústria automóvel, como se-jam a Visteon, ebasto, Mahle, GPM, Magna e Faurecia.

O fornecimento para um leque de clientes tão prestigiado como os aci-ma descritos só é possível em conse-quência do elevado grau de qualidade e abilidade que o mercado reconhe-ce na SLM, resultando igualmente de uma aposta muito consequente da empresa na Inovação e em I+D.

A SLM exporta mais de 90% da sua produção, com uma incidência esmagadora no espaço da União Europeia. Na re-partição de ven-das por países, a Alemanha repre-senta 62% da fa-turação da SLM, seguida da Hun-gria, com 14%, da Áustria, com 11%, de Portu-gal, com 8% e da Eslováquia com 3%.

A SLM tem procurado mo-

dernizar-se de forma consistente, o que permitiu que no período de 2008 a 2012 tivesse ocorrido um aumento bruto do imobilizado na ordem dos 16,5 milhões. Especifi-camente no que se refere ao ano de 2012, o investimento rondou os 4,2 milhões.

Tem atualmente em curso um im-portante projeto no âmbito do qual visa produzir novos produtos como a fabricação de peças para caixas re-dutoras para a transmissão e bombas de água para diversas motorizações, com destaque para o Grupo VW.

Registe-se ainda que a SLM tem conseguido fazer crescer o respetivo volume de negócios, não obstante as di culdades sentidas pela economia portuguesa.

Nesse sentido, depois de um cres-cimento da faturação de 8,4% em 2012, a empresa estima um novo au-mento de cerca de 10% para o exer-cício de 2013.

Como é evidente, a AIMMAP saú-da com grande entusiasmo os sócios, gestores e colaboradores desta em-presa sua associada pela importante e honrosa distinção que agora lhe foi conferida pela revista “Exame”.

A empresa associada da AIM-MAP, “Schmidt Light Metal – Fundição Injetada, Lda”, foi

eleita pela revista “Exame”, no ranking das 1000 PME que resultou da análise a 23 setores de atividade, como a me-lhor empresa do ano 2011 no domínio da indústria automóvel. A iniciativa da “Exame” tem a associação da Informa D&B, líder mundial de informações co-merciais e responsável pela recolha de dados, bem como da Deloitte, a qual auditou os referidos dados.

A Schmidt Light Metal, Fundição Injetada, Lda. (SLM) localiza-se na Zona Industrial de Santiago de Riba--Ul, em Oliveira de Azeméis, e de-senvolve a sua atividade para o se-tor automóvel, como fornecedora de componentes em ligas de alumínio moldadas sob pressão. Fundada em 1989, iniciou a sua atividade em mar-ço de 1990 com duas máquinas de injeção de alta pressão, e tornou-se, através de crescimento constante e de melhorias contínuas, num mun-dialmente reconhecido fornecedor da indústria automóvel e num dos maiores produtores em Portugal de componentes desse tipo. A SLM é em, muitos casos, fornecedora em

SCHMIDT LIGHT METAL, LDA. recebeu prémio para melhor PME da indústria automóvel

ASSOCIADOS

A SLM exporta mais de 90% da sua produção, com uma incidência esmagadora no espaço da União Europeia

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4 sexta-feira, 22 de fevereiro 2013 Boletim Informativo da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica

e médias séries numa vasta quantida-de de ligas ferrosas, com capacidade para oferecer aos clientes as peças em estado de maquinado.

As peças por si fabricadas destinam--se a vários tipos de clientes, com des-taque para a indústria ferroviária, cons-trução urbana e indústria automóvel pesada entre vários outros setores de atividade.

Sendo uma empresa dotada de uma organização de excelência, a FERES-PE tem vindo a projetar o seu cresci-

mento sustentado com base numa aposta muito inteligente em fatores de diferenciação.

Nesse âmbito, há a destacar no-meadamente o forte investimento re-alizado pela empresa no domínio da certi cação.

Tem desde logo o seu sistema de gestão de qualidade certi cado pela APCER de acordo com a NP EN ISO 9001:2000. Para além disso está cer-ti cada pela DB para a produção de peças para a indústria ferroviária, pela TUV, de acordo com AD-MER BLATT Wo TRD 100, e pela DET NORS E VERITAS como produtora aprovada para a produção de peças em aço su-jeitas a trabalho de pressão de acordo com a classi cação PT.2 CH2.

Destaca-se igualmente pelo esforço desenvolvido na área da investigação e desenvolvimento, sendo uma empresa

altamente inovadora, numa proporção que chega a ser surpreendente tendo em conta a sua dimensão.

Uma outra marca muito evidente da empresa é o desenvolvimento de inú-meras iniciativas no domínio da respon-sabilidade social, traduzidas num apoio constante aos mais variados níveis às instituições da comunidade em que se insere, a entidades cientí cas ou a uni-versidades.

Em coerência com esse espírito, apoia igualmente de forma muito pró-xima todos os seus trabalhadores, bem como as respetivas famílias, sendo ali-ás um verdadeiro exemplo nesse domí-nio. O que acresce à forma ímpar com que remunera os seus trabalhadores, os quais, invariavelmente, veem por si distribuída uma parte substancial dos resultados da empresa.

Não pode deixar de se recordar que a FERESPE foi fundada em 1981 por Jorge Macedo Casais, uma personali-dade de referência no setor metalúrgico e metalomecânico em Portugal e que, para além de muitos outros cargos, ponti cou durante vários anos como Vi-ce-Presidente da Direção da AIMMAP e Presidente do Conselho de Adminis-tração do CATIM.

Manifestamente, a forma competen-te e solidária com que a FERESPE tem vindo a ser gerida pelos seus atuais responsáveis honra de forma magní ca o extraordinário legado do seu funda-dor, um dos mais notáveis empresários e dirigentes associativos do setor meta-lúrgico e metalomecânico ao longo das últimas décadas.

No passado dia 6 de fevereiro, o Embaixador António Gami-to, que irá assumir as funções

de Embaixador de Portugal na Argélia a partir do próximo mês de março, teve a iniciativa de reunir com representan-tes de associações e empresas portu-guesas, com o intuito de se dar a co-nhecer a todos aqueles que possuam ou queiram vir a possuir interesses no importante mercado argelino.

A reunião teve lugar no Palácio da Bolsa, no Porto, e contou com as presenças interessadas de algumas dezenas de empresários e dirigentes associativos, entre os quais os prin-cipais representantes executivos da AIMMAP, Rafael Campos Pereira e Mafalda Gramaxo.

A presença da AIMMAP na reunião teve como pressuposto o facto de o mercado argelino merecer desde há muito o interesse das empresas suas associadas, sendo aliás certo que o mesmo tem estado frequentemente entre os principais dez destinos das exportações do setor metalúrgico e

metalomecânico português.Recorda-se, aliás, que, indepen-

dentemente dos negócios realizados diretamente pelas empresas do setor, a AIMMAP tem ela própria desenvol-vido algumas iniciativas relevantes no sentido de potenciar ainda mais o co-mércio exterior do setor com o merca-do em causa.

Nesse sentido, depois de no nal de 2011 ter levado a efeito uma primeira missão empresarial à Argélia, está a AIMMAP atualmente a preparar a re-alização de uma segunda missão a tal país. E, para além disso, está igual-mente esta associação a procurar criar uma empresa que tenha como escopo o apoio às empresas associadas que veem o mercado argelino como uma prioridade.

Na sua intervenção no decurso da reunião, Rafael Campos Pereira co-meçou por chamar a atenção para o facto de o setor metalúrgico e metalo-mecânico ser aquele que mais exporta em Portugal, sublinhando que o res-petivo volume de exportações foi em

UMA FUNDIÇÃO DE EXCELÊNCIA

FERESPE recebeu AIMMAP e IAPMEI nas suas magníficas instalações

ASSOCIADOS

Sendo uma empresa dotada de uma organização de excelência, a FERESPE tem vindo a projetar o seu crescimento sustentado com base numa aposta muito inteligente em fatores de diferenciação

O passado dia 7 de fevereiro foi objeto de um conjunto de ini-ciativas da maior relevância,

promovidas em conjunto pela AIMMAP e pelo IAPMEI e todas elas ilustrado-ras do melhor que existe em Portugal no domínio da indústria metalúrgica e metalomecânica.

Nesse âmbito, para além da presen-ça numa conferência na sede da AIM-MAP e da visita a uma outra notável empresa do setor, os presidentes da AIMMAP e do IAPMEI, respetivamen-te Aníbal Campos e Luís Filipe Costa, acompanhados por diversos outros responsáveis desta associação, tive-ram a oportunidade de visitar a FE-RESPE – Fundição de Ferro e Aço, Lda., uma das melhores empresas de fundição em Portugal. Na ocasião, a delegação da AIMMAP e do IAPMEI foi magni camente acolhida pelo sócio--gerente Jorge Alberto Moreira Casais e ainda por Joaquim Santos.

Localizada em Ribeirão, no concelho de Vila Nova de Famalicão, a FERES-PE conta atualmente com 74 trabalha-dores e é reconhecidamente uma das mais evoluídas empresas de fundição em Portugal.

Com um volume de negócios em 2012 superior 6,5 milhões de euros, a FERESPE exporta a quase totalidade da sua produção para os mais exigen-tes mercados europeus. Para tal efeito, está dotada de uma equipa altamente pro ssional e motivada, capaz de res-ponder prontamente às necessidades dos respetivos clientes.

Produz peças fundidas em pequenas

AIMMAP ESTEVE PRESENTE

Futuro Embaixador de Portugal na Argélia reuniu com representantes de empresas

AIMMAP

2012 de praticamente 13 mil milhões de euros.

Enfatizou ainda a circunstância de a Argélia ser claramente uma econo-mia sólida e emergente, com grande apetência por produtos portugueses. E não deixou de recordar que, em ter-mos de ligações aéreas, Argel é uma das 4 capitais mais próximas de Lis-boa.

Segundo disse ainda o vice-presi-dente executivo da AIMMAP, o poten-cial da economia argelina associada à proximidade daquele país a Portugal justi cam que as empresas apostem de forma consistente no mercado em causa.

E nesse contexto, anunciou ao Em-baixador António Gamito as iniciativas

que a AIMMAP tem projetadas para a Argélia nos próximos tempos.

António Gamito manifestou total dis-ponibilidade para receber e apoiar a AIMMAP e as empresas do setor no sentido de as ajudar a singrar num tão importante mercado.

Para além disso, foi tomando nota durante a reunião de inúmeras ques-tões levantadas pelas muitas empre-sas presentes, comprometendo-se a desbloquear problemas e a ajudar a ultrapassar alguns dos obstáculos com que aquelas se confrontam.

A disponibilidade evidenciada pelo Embaixador António Gamito merece o maior aplauso por parte da AIMMAP, a qual está convicta de que iniciativas como esta assumem a maior relevân-cia para as empresas e são um bom exemplo de como a diplomacia econó-mica deve ser preparada e trabalhada.

Para além de António Gamito, tam-bém a AICEP merece ser congratula-da por esta iniciativa, a qual deve ser replicada com cada vez maior frequên-cia.

O mercado argelino tem estado frequentemente entre os principais destinos das exportações do setor metalúrgico e metalomecânico português

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Boletim Informativo da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica sexta-feira, 22 de fevereiro 2013 5

Alerta-se todos os associa-dos da AIMMAP para o facto de esta ter tomado conheci-

mento de que um pretenso agente de um Comercializador neste país, que não pertence ao lote dos 5 maiores, está a lançar uma campanha de in-formação desprovida de qualquer ve-racidade e que pode induzir as em-presas a tomarem decisões que lhes poderão causar sérios prejuízos.

O assunto prende-se com a se-guinte a rmação enviada por esse agente: “Tendo já os clientes optado por um contrato a preços xos pode-rão sempre declinar o contratualiza-do em virtude de terem encontrado uma situação mais vantajosa, ao abrigo das novas regras para mu-dança de comercializador decreta-das pela entidade reguladora ERSE, bastando para tal e unicamente r-mar novos contratos com o comer-cializador escolhido, e este por sua

vez, dar conhecimento dos mesmos à referida entidade reguladora.”

Ora tal a rmação é completamen-te falsa e deverá ser totalmente des-considerada pelas empresas. Aliás, a conduta sugerida pelo agente em causa consubstanciaria claramente, por parte de qualquer empresa que a seguisse, a violação e o incumpri-mento de um contrato rmado volun-tariamente entre as partes e onde está inclusivamente estipulada uma cláusula que prevê penalizações para eventual rescisão antes do pra-zo xado para termo do referido con-trato. Acresce que tais penalizações estão de nidas o cialmente e são aplicadas por todos os Comercializa-dores.

Independentemente de estar con-victa de que a sua analise ao assun-to está absolutamente correta, no sentido de reforçar essa posição a AIMMAP solicitou à CIP que a con-

No passado dia 7 de feverei-ro, depois de ter visitado ao longo do mesmo dia duas

excelentes empresas associadas da AIMMAP – e das quais se dá nota em outros trabalhos publicados nes-ta mesma edição do Metal -, o Pre-sidente do IAPMEI, Luís Filipe Costa, brindou cerca de 40 representantes de empresas integradas nesta asso-ciação com uma notável Conferência subordinada ao tema “Financiamento e Capitalização Empresarial”.

A sessão teve lugar na Sala Jorge Macedo Casais, na sede da AIMMAP, no Porto, e esteve enquadrada no âmbito do Ciclo de Conferências “À Descoberta do Futuro”.

Conforme todos tiveram oportuni-dade de reconhecer, a apresentação efetuada por Luís Filipe Costa foi ver-dadeiramente brilhante. Para além da riqueza da informação transmitida, o orador convidado pela AIMMAP con-seguiu comunicar de forma muito uí-da e altamente esclarecedora. E teve o mérito de conferir um enorme sen-tido prático às palavras que proferiu, tendo obtido inequívoco sucesso no seu objetivo assumido de contribuir para o esclarecimento da audiência no domínio do acesso a instrumentos de nanciamento e de capitalização das empresas.

Na primeira fase da respetiva inter-venção, depois de ter sido introduzi-do à assembleia pelo Presidente da Direção da AIMMAP, Aníbal Campos, o orador começou por sublinhar a re-levância do setor metalúrgico e meta-

Luís Filipe Costa, Presidente do IAPMEI, foi responsável por notável Conferência na sede da AIMMAP

AIMMAP

lomecânico no contexto da economia portuguesa. Conforme referiu, o setor representado em Portugal pela AIM-MAP é, sem quaisquer dúvidas, o que mais contribui para as exportações portuguesas. Tal como disse, apenas um setor altamente capaz e compe-tente teria condições para exportar num ano mais de 12 mil milhões de

euros, exatamente o que a indústria metalúrgica e metalomecânica logrou fazer em 2011.

Posto isso, passando ao essen-cial da sua apresentação, Luís Filipe Costa começou por relembrar as ra-zões principais que têm restringido o acesso ao crédito bancário por parte das empresas. Mas, como tratou de enfatizar, o nanciamento às empre-sas não se esgota no crédito bancá-rio. Pelo contrário, este corresponde apenas a uma das múltiplas verten-tes em que o nanciamento pode consubstanciar-se. E as empresas devem consciencializar-se de tal as-serção para poderem mais facilmen-te encontrar os instrumentos de que necessitam para poder sobreviver no

contexto de crise em que são obriga-das a competir.

Por outro lado, o Presidente do IA-PMEI recordou que a autonomia -nanceira das empresas portuguesas apresenta índices médios relativa-mente baixos e claramente inferiores aos revelados pela média das empre-sas europeias. Pelo que é verdadei-ramente fundamental que procurem potenciar a sua capitalização.

Nesse sentido, enunciou alguns instrumentos a que as empresas portuguesas podem e devem aceder para reforçar os respetivos capitaispróprios e dessa forma alavancar oseu nanciamento.

Em tal âmbito, Luís Filipe Costa teve o cuidado de detalhar pormenores e acrescentar valor a todos os que oquiseram ouvir. Desvendou soluções e transmitiu informações práticas da maior utilidade para as empresas, o que, aliás, foi expressamente reconhe-cido pelos presentes na Conferência.

Para além do exposto, o Presidente do IAPMEI manifestou a sua total dis-ponibilidade para continuar a interagir fortemente com as empresas do setor bem como com a AIMMAP e as res-tantes entidades de suporte à indús-tria metalúrgica e metalomecânica.

Por seu turno, o Presidente da AIM-MAP fez questão de sublinhar o reco-nhecimento da associação a que presi-de ao excelente trabalho que Luís Filipe Costa tem efetuado em prol das PME portuguesas no exercício das suas im-portantes funções enquanto Presidente do IAPMEI.

AVISO A TODOS OS ASSOCIADOS

ENERGIA ELÉTRICA – Agente passa notícias falsas que importa desmentir

AIMMAP

“No caso dos contratos de fornecimento com período de duração pré-fixado e cláusulas de penalização por rescisão unilateral de contrato, a apresentação de um preço mais baixo por parte doutro comercializador não é válida para rescisão sem qualquer penalização”

rmasse junto da ERSE. A resposta veiculada por esta entidade o cial foi muito clara, tendo vindo totalmente ao encontro da posição da AIMMAP. Para que não haja dúvidas, passa a reproduzir-se o entendimento que a ERSE expressou a esse respeito:

“Tal como seria de esperar, no caso de contratos de fornecimento com período de duração pré- xado e cláusulas de penalização por res-cisão unilateral de contrato, a apre-

sentação de um preço mais baixo por parte doutro comercializador não é razão válida para rescisão sem qualquer penalização.”

No entendimento inequívoco da ERSE, os contratos que preveem prazo de validade pressupõem--se negociados livremente entre as partes e foram objeto de condições su cientemente vantajosas no início para justi carem a necessidade de tempo de recuperação de proveitos por parte do fornecedor.

No caso dos contratos de forneci-mento de eletricidade em BTN 20,6 kVA essas condições vantajosas te-rão de ser públicas e são monitoriza-das pela entidade reguladora.

Fica aqui pois o alerta, desde já se solicitando que nenhum associa-do se deixe enganar por este tipo de habilidades. Na dúvida, deverão os associados consultar a AIMMAP antes de tomarem qualquer decisão.

O Presidente do IAPMEI recordou que a autonomia financeira das empresas portuguesas apresenta índices médios relativamente baixos e claramente inferiores aos revelados pela média das empresas europeias

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6 sexta-feira, 22 de fevereiro 2013 Boletim Informativo da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica

PROPRIEDADE AIMMAP: Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e A ns de PortugalRua dos Plátanos, 197 4100-414 PORTO Tel. 351-226 166 860 Fax: 351-226 107 473Diretor: Aníbal CamposSubdiretor: Rafael Campos Pereira

oorde o r : Cristina VeigaPaginação: Célia César; Flávia LeitãoPeriodi idade: Mensal

Propriedade, Edição, Produção e Administração: AIMMAP - Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e A ns de Portugal, em colaboração com o Jornal Vida E on mi aDistribuição gratuita aos asso iados da AIMMAP - Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e A ns de PortugalApoios:

SECRETÁRIO-GERAL DA ORGALIME VISITOU A AIMMAP

No passado dia 17 de fevereiro a AIMMAP foi vi-sitada pelo Secretário-Geral da ORGALIME, Adrian Harris.

Sublinha-se que a ORGALIME representa na Eu-ropa as indústrias metalúrgica, metalomecânica e eletrónica, contando com a AIMMAP entre os seus associados.

Esta visita de trabalho visou potenciar a articulação entre a AIMMAP e a ORGALIME tendo em vista no-meadamente uma defesa mais e caz dos interesses da indústria metalúrgica e metalomecânica portugue-sa junto das instituições da União Europeia.

Na sua visita à AIMMAP, Adrian Harris teve opor-tunidade de conversar diretamente com responsáveis da AIMMAP e do CATIM, como Rafael Campos Pe-reira, Mafalda Gramaxo e Hildebrando Vasconcelos.

BREVES

FICHA TÉCNICA

AIMMAP

Realizou-se no passado dia 25 de janeiro a primeira reunião de 2013 da direção da AIM-

MAP, tendo estados presentes o pre-sidente Aníbal Campos, os vice-presi-dentes Rui Ferreira Marques, Susana Pombo, Cristina Boia, Elísio Paulo de Azevedo, Fernando Sousa e António

ará, e ainda o vice-presidente executi-vo Rafael Campos Pereira e a diretora--geral Mafalda Gramaxo.

No que concerne às contas da AIM-MAP a direção constatou que a situa-ção está equilibrada e que tudo aponta para que o ano scal de 2012 venha a ser encerrado de acordo com a previ-são orçamental.

Por outro lado, debatendo a situação económica e política do país, a direção lamentou a forma apressada e imper-feita com que o Governo decidiu imple-mentar os termos a que as empresas deverão obedecer no pagamento dos subsídios de férias e de Natal em duo-décimos aos respetivos trabalhadores no ano civil de 2013. Conforme foi su-blinhado, não faz qualquer sentido que a obrigação vigore apenas durante um ano, obrigando as empresas a fazerem sucessivas alterações aos seus sis-temas de processamento de salários. Para além disso, a direção considerou absurdo que, à última hora, tenha sido prevista a possibilidade de os trabalha-

dores se oporem a que a medida lhes seja aplicada, o que vai obrigar a que as empresas se confrontem com a ine-vitabilidade de manterem dois sistemas diferentes em simultâneo. Finalmente, lamentou a direção que o executivo não haja tido o cuidado de diligenciar no sentido de a obrigação legal ser exe-quível a partir do mês de janeiro.

Ainda no domínio da análise à situa-ção do país, foi manifestada preocupa-ção pelo facto de a administração scal estar a atrasar novamente a devolução do IVA às empresas exportadoras, o que será suscetível de agravar as di -culdades de liquidez das referidas em-presas.

Num outro plano, a direção da AIM-MAP re etiu sobre a viabilidade de implementação de duas iniciativas de apoio à internacionalização do setor na Argélia e na Col mbia. Foi decidido por outro lado outorgar com a empre-sa EDP Comercial um protocolo de entendimento para apoio às empresas

associadas no domínio da e ciência energética. No que se refere à análise da atividade das entidades em que a AIMMAP se encontra envolvida, mere-ceram especial preocupação os cons-trangimentos criados pelo poder políti-co à atividade corrente do CENFIM, o qual está a ver prejudicada gravemente a prossecução das suas iniciativas em virtude de, por razões absurdas e sem qualquer fundamento, estar a ser impe-dido pelo Estado de admitir os trabalha-dores de que necessita.

Relativamente à contratação coletiva foi deliberado requerer a publicação de uma portaria de extensão ao contrato coletivo de trabalho celebrado com o SINDEL.

Para além do exposto, a direção teve ainda oportunidade de abordar algu-mas questões internas concernentes ao funcionamento da própria associa-ção, bem como algumas das iniciativas que tem projetadas para os próximos tempos.

Reunião de janeiro da direção da AIMMAP

O Ministro Álvaro Santos Perei-ra tem liderado um trabalho muito relevante tendo em

vista a concretização de um objetivo fundamental para a economia portu-guesa, consubstanciado na reindus-trialização do país.

Em conjunto com os seus secretá-rios de Estado e todo o gabinete do Ministério, Álvaro Santos Pereira está a realizar de forma séria e empenha-da um trabalho que por enquanto é necessariamente pouco visível, mas que, se vier a ser verdadeiramen-te agarrado pelo governo em geral e pelos agentes económicos, pode vir a dar importantes frutos.

Naturalmente, é fundamental em tal âmbito identi car de forma muito clara quais as prioridades em que todos em conjunto deverão fazer incidir os seus esforços no sentido de ajudar a con-cretizar esse objetivo fulcral da eco-nomia portuguesa. Há que identi car muito especialmente quais poderão ser as principais ferramentas e alavan-cas do processo de reindustrialização de Portugal bem como quais os obstá-culos que serão suscetíveis de o cons-tranger.

A formação e quali cação dos cola-boradores das empresas, a aposta em fatores de diferenciação, as soluções logísticas, a scalidade e o apoio à ino-vação são seguramente, entre muitos outros, instrumentos decisivos em tal

INICIATIVAS DE PROMOÇÃO DA REINDUSTRIALIZAÇÃO

AIMMAP esteve presente em sessão com o Ministro da Economia e do Emprego

AIMMAP

âmbito. De igual modo, o excesso de burocracia é sem quaisquer dúvidas um dos principais constrangimentos à concretização do objetivo.

No sentido de melhor identi car não só os instrumentos como também os obstáculos, o Ministério da Economia tem evidenciado o bom senso de aus-cultar representantes de empresas e de associações empresariais, estando para o efeito a levar a cabo diversas reuniões com aqueles representantes no intuito de lhes dar oportunidade de contribuírem com sugestões e propos-tas.

No passado dia 5 de fevereiro foi realizada, nas instalações do Ministé-rio da Economia e do Emprego, mais uma reunião em tal âmbito, na qual estiveram presentes o ministro Álva-

ro Santos Pereira e os secretários de Estado António Almeida Henriques e Franquelim Alves.

Do lado dos representantes empre-sariais, zeram-se representar 6 em-presas e 7 entidades de suporte, num total de 13 organizações.

A AIMMAP esteve representada pelo seu vice-presidente executivo, Rafael Campos Pereira. Estiveram igualmente presentes 3 empresas do setor metalúrgico e metalomecânico, todas elas associadas da AIMMAP: a CEI, a ADIRA e a BOSCH. Destaca-se igualmente a presença de instituições em que a AIMMAP está diretamen-te envolvida, como são os casos da PRODUTECH e do CATIM.

Na sua intervenção, o representan-te da AIMMAP evidenciou o facto de o setor metalúrgico e metalomecânico ter atingido em 2012 um volume de negócios de 27 mil milhões de euros, com um total de exportações de pra-ticamente 13 mil milhões de euros. Referiu igualmente a importância de entidades de suporte ao setor como as associações, o CATIM, o CENFIM, a PRODUTECH, a CERTIF, o INEGI ou o INESC Porto.

Sublinhou ainda que as empresas do setor há muito que deixaram de procurar competir nos mercados glo-bais com base em políticas de preços baixos, tendo apostado em fatores de diferenciação como a propriedade in-

dustrial, a inovação, a certi cação ou a formação. Apontou por outro lado a im-portância de se apostar cada vez mais no transporte ferroviário para ajudar a incrementar as exportações para a Eu-ropa, fugindo dessa forma aos cons-trangimentos causados pela inúmeras vicissitudes que afetam o transporte rodoviário.

Relativamente ao IRC, sublinhou que a AIMMAP apoiaria seguramente uma redução da taxa aplicável, desde que a mesma fosse dirigida universal-mente a todas as empresas e não se cingisse apenas a novos projetos. Pre-cisou aliás que uma medida dirigida exclusivamente a projetos novos me-receria a discordância da AIMMAP em virtude dos problemas que geraria no domínio da concorrência. Com efeito, nessa eventualidade, as empresas já instaladas seriam claramente prejudi-cadas.

Num outro contexto, alertou para a necessidade de ajudar as empresas a aceder de forma mais ágil aos incenti-vos previstos para a Inovação.

Finalmente, fez questão de enfatizar o facto de ser verdadeiramente decisi-vo que se aposte em primeira instân-cia nas tecnologias de produção e na produção de máquinas. Conforme re-feriu, apenas apostando naquela que é a indústria das indústrias se poderá verdadeiramente potenciar a reindus-trialização do país.

As empresas do setor há muito que deixaram de procurar competir nos mercados globais com base em políticas de preços baixos, tendo apostado em fatores de diferenciação como a propriedade industrial, a inovação, a certificação ou a formação

Foi manifestada preocupação pelo facto de a administração fiscal estar a atrasar novamente a devolução do IVA às empresas exportadoras, o que será suscetível de agravar as dificuldades de liquidez das referidas empresas

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Boletim Informativo da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica sexta-feira, 22 de fevereiro 2013 7

Caso se observem e cumpram todos os requisitos atrás enunciados, o trabalhador cujo contrato tenha cessado terá o direito a receber o subsídio de desemprego

F oi recentemente publicado o Decreto-Lei n.º 12/2013, de 25 de janeiro, que veio estabelecer o regime jurídico de proteção social na even-

tualidade de desemprego dos trabalhadores indepen-dentes com atividade empresarial e dos membros dos órgãos estatutários das pessoas coletivas.

Esta medida de elementar justiça pecou apenas por tardia. Em todo o caso, saúda-se que nalmente o Es-tado português se tenha disponibilizado a garantir este direito aos únicos portugueses a quem o mesmo não era reconhecido.

O diploma legal aqui em causa entrou em vigor no passado dia 1 de fevereiro. Não obstante, começa já a correr a interpretação de que o acesso efetivo dos empresários ao subsídio apenas poderá ocorrer em ter-mos práticos depois de os mesmos fazerem descontos para a segurança social durante 720 dias durante um período de 48 meses após a entrada em vigor da lei. Se essa interpretação restritiva vier a prevalecer, só daqui a uma série de anos veremos o primeiro empresário por-tuguês a receber o subsídio em causa.

Ainda assim, a AIMMAP entenderá que terá valido a pena ter lutado durante anos pela concretização deste objetivo. Mesmo que muito tarde, neste caso a justiça não há de faltar. Tendo em conta a enorme importância desta matéria, transcreve-se nas linhas subsequentes, para melhor informação dos associados da AIMMAP, o entendimento veiculado pela CIP a este respeito

1. Caracterização da eventualidade: É conside-rado desemprego toda a situação de perda de rendi-mentos decorrente de encerramento de empresa ou de cessação de atividade pro ssional de forma involuntária do bene ciário com capacidade e disponibilidade para o trabalho e inscrito para emprego no centro de emprego.

2. Âmbito pessoal:- Os trabalhadores independentes com atividade

empresarial: i) Empresários em nome individual com rendimentos decorrentes do exercício de qualquer ati-vidade comercial ou industrial, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 3.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares; ii) Titulares de Estabelecimentos Individuais de Responsabilidade Li-mitada; iii) Cônjuges dos trabalhadores independentes referidos nas alíneas anteriores que com eles exercem efetiva atividade pro ssional com caráter de regularida-de e permanência.

- Os membros dos órgãos estatutários das pessoas coletivas que exerçam funções de gerência ou de ad-ministração.

3. Âmbito material: Atribuição do subsídio por ces-sação de atividade pro ssional e do subsídio parcial por cessação de atividade pro ssional, que visam compen-sar a perda de rendimentos dos trabalhadores inde-pendentes com atividade empresarial, bem como dos gerentes e dos administradores das pessoas coletivas, em consequência da cessação de atividade pro ssional por motivos justi cados que determinam o encerramen-to da empresa.

4. Encerramento da empresa ou cessação da atividade pro ssional de orma involunt ria, ue decorra de:

- Redução signi cativa do volume de negócios que determine o encerramento da empresa ou a cessa-ção da atividade para efeitos de Imposto sobre o Valor Acrescentado. Entende-se que existe redução signi ca-tiva do volume de negócios quando se veri que:

- Redução do volume de faturação da atividade igual ou superior a 60% no ano relevante e nos dois anos imediatamente anteriores;

- Apresentação de resultados negativos contabilísti-cos e scais no ano relevante e no ano imediatamente anterior.

- Sentença de declaração da insolvência nas situa-ções em que seja determinada a cessação da atividade dos gerentes ou administradores ou em que o proces-so de insolvência culmine com o encerramento total e de nitivo da empresa e desde que a insolvência não tenha sido quali cada como culposa em consequência de atuação dolosa ou com culpa grave dos gerentes ou administradores.

- Ocorrência de motivos económicos, técnicos, pro-dutivos e organizativos que inviabilizem a continuação da atividade económica ou pro ssional, nas situações de impossibilidade superveniente, prática ou legal, de

continuação da atividade, que não sejam subsumíveis nas restantes marcas.

- Motivos de força maior determinante da cessação da atividade económica ou pro ssional. Neste caso, exige-se o encerramento do estabelecimento aberto ao público enquanto os bene ciários se encontrem a rece-ber a prestação.

- Perda de licença administrativa sempre que esta seja exigida para o exercício da atividade e desde que essa perda não seja motivada por incumprimentos con-tratuais ou pela prática de infração administrativa ou delito imputável ao próprio.

5. Data da cessação de atividade: Considera-se o dia imediatamente subsequente àquele em que se ve-ri cou o encerramento da empresa ou a cessação da atividade pro ssional de forma involuntária.

6. O reconhecimento do direito aos subsídios por

cessação de atividade pro ssional depende do pre-enchimento cumulativo das seguintes condições:

- Encerramento da empresa ou cessação da ativida-de pro ssional de forma involuntária;

- Cumprimento do prazo de garantia; - Situação contributiva regularizada perante a segu-

rança social, do próprio e da empresa;- Perda de rendimentos que determine a cessação

de atividade; - Inscrição no centro de emprego da área de residên-

cia, para efeitos de emprego. 7. O prazo de garantia para atribuição dos sub-

sídios por cessação de atividade pro ssional de 72 dias de e ercício de atividade pro ssional, com o correspondente registo de remunerações num período de 48 meses imediatamente anterior à data da cessação de atividade, veri cado da seguinte orma:

- Os períodos de registo de remunerações corres-pondentes a situações de equivalência decorrentes da concessão do subsídio por cessação da atividade pro-ssional não são relevantes para efeitos de veri cação

do prazo de garantia.- Os períodos de registo de remunerações relevan-

tes para o preenchimento de um prazo de garantia com atribuição do subsídio por cessação da atividade pro s-sional não são considerados para efeitos de prazo de garantia em nova situação de cessação de atividade pro ssional.

- Os períodos de registo de remunerações decorren-tes de coexistência de subsídio parcial por cessação de atividade pro ssional e exercício de atividade pro ssio-nal por conta de outrem ou independente, nos termos previstos no diploma em referência, não relevam para efeitos de prazo de garantia.

8. Montante di rio do subsídio: 65% da remune-ração de referência e calculado na base de 30 dias por mês, sendo que a remuneração de referência corres-ponde à remuneração média diária de nida por R/360, em que R representa o total das remunerações regista-das nos 12 meses civis que precedem o 2.º mês ante-rior ao da data da cessação de atividade pro ssional.

. Re uerimento para atribuição dos subsídios:

Deve ser apresentado, modelo próprio, no centro de em-prego da área da residência do bene ciário ou no sítio da segurança social na Internet, no prazo de 90 dias conse-cutivos a contar da data do encerramento da empresa ou da cessação da atividade pro ssional e ser precedido de inscrição para emprego no centro de emprego.

10. Exclusões relevantes:- Não é reconhecido o direito aos subsídios aos be-

ne ciários que à data do encerramento da empresa ou cessação da atividade pro ssional de forma involuntá-ria tenham idade legal de acesso à pensão de velhice, desde que se encontre cumprido o respetivo prazo de garantia.

- O regime de exibilização da idade de acesso à pensão por velhice previsto no regime jurídico de pro-teção no desemprego dos trabalhadores por conta de outrem não se aplica aos trabalhadores independentes com atividade empresarial e aos membros dos órgãos estatutários referidos no âmbito pessoal do presente diploma.

11. Entrada em vigor: 1 de fevereiro de 2013.

Será finalmente assegurado o subsídio de desemprego para empresários e membros dos órgãos estatutários das pessoas coletivas

O Decreto-Lei n.º 13/2013, de 25 de janeiro, veio introduzir uma importante alteração ao regime ju-rídico de proteção social em situação de desem-

prego, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 220/2006, de 3 de novembro, com as alterações subsequentes, tendo pro-cedido ao aditamento ao diploma em causa de um novo artigo 10º-A com a epígrafe “Cessação por acordo para re-forço da quali cação e capacidade técnica das empresas”.

Esta alteração corresponde à criação de um instrumento que pode ser útil para a modernização de algumas empre-sas. Pelo que justi ca alguns esclarecimentos.

Ora, conforme é sabido, até ao momento, apenas seria possível o acesso ao subsídio de desemprego de trabalha-dores cujo contrato de trabalho tivesse cessado por acordo entre as partes no caso de esse acordo se fundamentar em motivos que justi cariam o recurso aos regimes da extinção de posto de trabalho e/ou do despedimento coletivo.

Para além disso, o número de trabalhadores que em cada empresa podem aceder ao subsídio em causa está sujeito a limites máximos em cada triénio.

Signi ca o exposto que, até ao momento, o acesso ao sub-sídio por parte de um trabalhador cujo contrato cessasse por acordo restringia claramente a admissão de novos trabalha-dores para posto de trabalho com alguma conexão com o que havia sido extinto.

Na sequência da alteração legal agora publicada, passou a considerar-se também como desemprego involuntário as situações de cessação de contrato de trabalho por acordo que visem o reforço da quali cação e da capacidade técnica das empresas e não determinem a diminuição do nível de emprego.

Para tal efeito, a manutenção do nível de emprego tem de veri car-se até ao nal do mês seguinte ao da cessação do contrato de trabalho em causa.

A referida manutenção considerar-se-á assegurada atra-vés da contratação pela empresa de um novo trabalhador mediante contrato de trabalho sem termo a tempo completo, para posto de trabalho a que corresponda o exercício de ati-vidade de complexidade técnica, elevado grau de responsa-bilidade ou que pressuponha uma especial de quali cação.

Caso se observem e cumpram todos os requisitos atrás enunciados, o trabalhador cujo contrato tenha cessado terá o direito a receber o subsídio de desem-prego.

E acresce que às cessações de con-trato efetuadas ao abrigo deste novo regime não serão aplicáveis, para efei-tos de acesso ao subsídio de desem-prego, os limites previstos no art.º 9º do Decreto-Lei n.º 220/2006.

Decorre do que ca exposto que, ao contrário do que estava e continua a estar previsto no que concerne às res-tantes situações de acordos de cessa-ção do contrato de trabalho com direito a subsídio de desemprego, neste caso, a entidade empregadora não só pode, como inclusivamente deve, proceder à admissão ulterior de novos trabalhado-res. A condição é a de que esses novos trabalhadores sejam admitidos por tempo indeterminado e a tempo completo e te-nham mais quali cações do que aquele cujo contrato tenha cessado.

Essa circunstância, associada ao facto de não haver aqui sujeição aos limites do número de trabalhadores que em cada triénio podem aceder ao subsídio de desemprego, con-duzirá a que seja mais fácil proceder à reestruturação e ao reforço da capacitação das empresas.

Com efeito ca facilitada a cessação de contratos de tra-balho com colaboradores que eventualmente não se sintam em condições para corresponder a novos desa os de maior complexidade e responsabilidade, os quais poderão ser subs-tituídos por novos trabalhadores com quali cação superior.

Trata-se claramente de uma medida que merece o aplauso das empresas, sendo aliás certo que, na sua génese, contou com o apoio e o empenho da CIP.

Os interessados em conhecer mais detalhes da aplicação prática deste novo regime poderão e deverão contactar nes-se sentido os serviços da AIMMAP.

ACESSO AO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO

CESSAÇÃO POR ACORDO PARA REFORÇO DA QUALIFICAÇÃO E CAPACIDADE TÉCNICA DAS EMPRESAS

SEGURANÇA SOCIAL

Page 64: SUPLEMENTOS INCENTIVOS A FUNDO PERDIDO DE 50% PARA … · 2013-02-21 · ilumina) de Rui Zink e que se chama “A instalação do medo”. Vem na página 124 (1ª ed. outubro 2012):

8 sexta-feira, 22 de fevereiro 2013 Boletim Informativo da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica

Protocolo “Caixa Capitalização com Garantia Mútua”

No passado dia 1 de fe-vereiro foi assinado, perante uma plateia de

empresários em Leiria, um impor-tante Protocolo entre o IAPMEI, a Caixa Geral de Depósitos, o Sis-tema Nacional de Garantia Mútua e a PME Investimentos, no valor de 350 milhões de euros, desti-nado a promover a capitalização das PME portuguesas, nomea-damente através de instrumentos de “quase capital“ (obrigações subordinadas, obrigações partici-pantes, ações preferenciais remí-veis ou mútuos com pagamento “bullet” no nal do empréstimo), os quais permitirão reforçar os capitais permanentes das empre-sas, sem obrigarem a mudanças nas estruturas acionistas das mesmas. Este instrumento, que corresponde a uma necessida-de há muito sentida pelas PME, visa contribuir para a melhoria do per l de risco das empresas, no-meadamente as dos setores tran-sacionáveis da Economia, possi-bilitando assim o reforço da sua capacidade de investimento e de expansão da atividade, nomea-

damente a nível internacional.Este Protocolo do IAPMEI com

a CGD, com o indispensável apoio da Garantia Mútua (ao ní-vel da partilha de risco) e da PME Investimentos (enquanto entida-de gestora da Linha), segue-se a duas importantes Medidas, já concretizadas no mês de janeiro de 2013, e entretanto também anunciadas pela AIMMAP aos seus associados, que são as se-guintes:

1) Nova Linha de Crédito “PME Crescimento 2013“, no valor de 2.000 milhões de euros, com a abertura, pela primeira vez, ao setor primário (agricultura e pes-cas).

2) Nova extensão do “Alarga-mento de Prazo das Linhas PME Investe“ por um período adicional de 1 ano, de modo a dar mais tempo às empresas para proce-derem ao reembolso de capital das Linhas PME Investe, con-tribuindo, assim, para aliviar a tesouraria e o fundo de maneio das PME, na atual conjuntura de grande escassez de crédito.

O IAPMEI, juntamente com a

Garantia Mútua e a PME Inves-timentos, rea rma e comprova, assim, o seu papel fundamental no apoio ao tecido empresarial nacional, nomeadamente o seu insubstituível contributo no apoio ao nanciamento das PME, sen-do que este aspeto do acesso ao nanciamento é hoje unani-memente reconhecido como o principal problema da Economia nacional, que terá necessaria-mente de ser ultrapassado caso se pretenda aspirar a que as ex-portações portuguesas venham a ter um peso no PIB superior a 50 % (face aos atuais 35 %), úni-ca forma de se voltar a colocar a Economia portuguesa numa rota de crescimento sustentado.

FINANCIAMENTO

Os atrasos na devolução do IVA às empresas exportadoras

Tem havido notícias preocupantes de atrasos crescentes na devolução do IVA às empresas exportadoras.

Confesso que os dados são relativamente contraditórios. Aparentemente, há situações díspares. E no caso concreto do setor metalúrgico e metalomecânico, depois de a AIMMAP ter procurado saber o que se passava neste âmbito com os respetivos associados, veri cou que tanto há situações em que as empresas a rmam que o cumprimento do Estado tem sido irrepreensível como, por outro lado, há casos de empresas que se queixam de atrasos que lhes estão a causar enormes transtornos.A minha esperança é a de que os atrasos sejam episódicos e tenham uma qualquer explicação objetiva. E faço votos para que as anomalias veri cadas sejam rapidamente corrigidas.Conforme é sabido, num passado relativamente recente, muitas empresas sofreram fortemente com atrasos neste âmbito que lhes causaram enormes problemas de tesouraria.Mas estávamos agora todos absolutamente convencidos de que o Estado português não voltaria a incorrer na irresponsabilidade de se atrasar no pagamento daquilo que deve às empresas.E no momento presente essa seria a última coisa que poderíamos esperar.As exportações são atualmente o único pilar em que a nossa economia pode assentar para evitar o colapso.Pelo que é inconcebível que se ouse sequer beliscar o equilíbrio das empresas exportadoras.Ora, como se sabe, a principal debilidade com que as empresas portuguesas em geral se confrontam está consubstanciada precisamente nas suas di culdades de tesouraria. As empresas têm problemas de liquidez, nanciamento e capitalização. Pelo que não estão em condições de resistir a mais abanões.Os atrasos na restituição do dinheiro do IVA podem afetar inclusivamente algumas das nossas melhores empresas.Pelo que é fundamental que o Ministério das Finanças se capacite de que neste âmbito não existe margem para experiências ou manifestações de incompetência. A sua prioridade tem de ser a de apoiar a economia. E a sua obrigação terá de passar por tudo fazer no sentido de o Estado português se comportar como pessoa de bem e honrar os respetivos compromissos.O setor metalúrgico e metalomecânico português, enquanto principal setor exportador deste país, é particularmente sensível a esta questão. Pelo que, antes que a situação se agrave, com consequências imprevisíveis para toda a economia nacional, faz questão de, através da AIMMAP, apelar à responsabilidade e ao sentido de Estado de quem nos governa. Corrija-se de imediato o que estiver a causar estes atrasos que aparentemente ainda são pontuais. Mas não se pode dormir sobre o assunto.

RAFAEL CAMPOS PEREIRA

Vice-Presidente Executivo da AIMMAP

NOTA DE FECHO

A AIMMAP acaba de con-cluir a realização do seu último estudo sobre o

comércio internacional no setor metalúrgico e metalomecânico relativamente ao ano de 2012.

Este último estudo reportou-se já a todo o ano de 2012 e con- rmou em de nitivo a excelente dinâmica exportadora do setor no ano ndo.

Efetivamente, feito um balanço ao ano em causa, veri ca-se que as exportações do setor regista-ram, em 2012, um crescimento de 5,5% face ao ano de 2011, tendo o volume total ascendido a 12.702 milhões de euros.

Ao mesmo tempo, as importa-ções de produtos e equipamentos do setor ascenderam no mesmo ano a um total de 13.100 milhões de euros, o que representou uma redução de 14,3% face ao ano imediatamente anterior.

Ao contrário do que se chegou a prever com algum otimismo, não foi possível atingir a meta simbólica de 13.000 milhões de euros de exportações. De igual modo, não foi ainda em 2012 que a balança comercial do setor se revelou superavitária.

Não obstante, os números evi-denciados por este estudo são claramente positivos. Em primei-ro lugar, porque, apesar de tudo, o dé ce registado acabou por ser praticamente residual. Por outro lado, mais signi cativo ainda,

porque os números nais repre-sentam o melhor ano de sempre das exportações do setor.

O estudo aqui em causa con- rmou um outro dado importante que vinha já a ser enunciado de forma clara nos trabalhos idênti-cos realizados anteriormente, o qual se reporta ao notável cres-cimento das vendas para fora da União Europeia.

Com efeito, o incremento das exportações do setor para o es-paço exterior à UE foi superior a 50%, permitindo almejar uma for-te expectativa de que a indústria metalúrgica e metalomecânica exportadora venha a ser cada vez menos dependentes dos mercados tradicionais das em-presas portuguesas – Espanha, Alemanha e França –, alguns dos quais a atravessar presentemen-te crescentes di culdades.

É portanto bastante interes-sante que as empresas do setor consigam penetrar com maior consistência em mercados alter-nativos e que, para além disso assumem uma importância cada maior no contexto do comércio mundial.

Esse esforço de diversi cação das empresas parece estar a dar frutos, porquanto se veri ca que as exportações para fora de União Europeia representam já 32% do total, quando em 2012 essa percentagem foi apenas de 19%.

Relativamente a previsões quanto ao desempenho das ex-portações do setor em 2013, mantém-se a convicção de que venha a ser possível manter esta trajetória de crescimento, fun-damentalmente em mercados emergentes como alguns países do Norte de África, do Médio Oriente ou da América do Sul.

Não obstante, há que contar com algumas di culdades que podem comprometer as previ-sões mais otimistas. Um dado que irá assumir nesse âmbito a maior importância será segura-mente a evolução da cotação do euro face ao dólar. Como é sabi-do, os acima referidos mercados de maior crescimento potencial estão fortemente dolarizados. Pelo que, caso o euro continue a valorizar relativamente ao dólar, será certamente inevitável que as empresas nacionais percam competitividade face a muitos dos seus concorrentes princi-pais nesses mercados. O que, evidentemente, poderá não só comprometer esse crescimento como inclusivamente gerar algu-ma contração nas vendas.

MELHOR ANO DE SEMPRE

Exportações do setor metalúrgico e metalomecânico fecharam ano 2012 com crescimento de 5,5% relativamente ao ano anterior

INTERNACIONALIZAÇÃO

O incremento das exportações do setor para o espaço exterior à UE foi superior a 50%

Este instrumento, que corresponde a uma necessidade há muito sentida pelas PME, visa contribuir para a melhoria do perfi l de risco das empresas