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Suplementos alimentares para prevenção de doenças degenerativas. Controlo dos ingredientes. Adequação da rotulagem. Joana Raquel Gonçalves Botelho Teixeira Porto 2013

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Suplementos alimentares para prevenção de doenças

degenerativas.

Controlo dos ingredientes. Adequação da rotulagem.

Joana Raquel Gonçalves Botelho Teixeira

Porto

2013

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ii

Dissertação do 2º ciclo de estudos apresentada à Faculdade de Farmácia da

Universidade do Porto conducente ao grau de Mestre em Controlo da Qualidade na área

de especialidade Água e Alimentos

Trabalho realizado no Departamento de Ciências Químicas da Faculdade de

Farmácia da Universidade do Porto.

De acordo com a legislação em vigor, não é permitida a reprodução de qualquer

parte desta dissertação.

Realizado sob a orientação de Prof. Doutora Beatriz Oliveira.

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iii

Agradecimentos

Apesar de individual, como imaginam existem agradecimentos que não podem nem

devem deixar de ser feitos, tanto pelo apoio emocional como científico dado, e é por isso

que gostaria de agradecer:

À minha orientadora, Prof. Doutora Beatriz Oliveira pela oportunidade e apoio

científico para desenvolver este projeto.

À Mestre Filipa Pimentel e à Doutora Rita Alves por todo o seu apoio incondicional,

tanto científico como moral, para a execução deste trabalho e que não me deixaram

desistir mesmo em momentos de maior desânimo.

A todos os colegas do Departamento de Ciências Químicas da Faculdade de

Farmácia da Universidade do Porto, pelo apoio científico durante a execução deste

projeto.

À Doutora Matilde Ribeiro, pois sem o seu apoio numa fase difícil da minha vida não

me encontraria aqui para escrever esta dissertação.

À minha mãe e ao meu marido Diogo, por todo o apoio, amor, motivação e

compreensão, pois estiveram sempre presentes nesta fase da minha vida.

E por fim a ti, pai que estás sempre ao meu lado, mesmo não estando junto de nós.

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Resumo

A qualidade de vida e a prevenção da doença são objetivos perseguidos por um cada vez maior número

de consumidores. Simultaneamente está consolidada a ideia que os produtos naturais são menos perigosos

que os sintéticos, ganhando terreno nesta disputa os suplementos alimentares. Para dar resposta a esta

necessidade, a indústria alimentar tem respondido com um número crescente de produtos, destinados a

prevenir o aparecimento ou minimizar os sintomas de variadas patologias.

As doenças neurodegenerativas (DN) são patologias que afligem cada vez mais indivíduos e que afetam,

gradualmente, as funções motoras, fisiológicas e/ou a capacidade cognitiva por destruição progressiva e

irreversível dos neurónios. O tratamento, em alguns casos, recorre a medicamentos que inibem ou retardam a

destruição dos neurónios. Os suplementos alimentares (SA) são géneros alimentícios que têm como função

complementar e/ou suplementar o regime alimentar e que constituem fontes concentradas de determinados

nutrientes que se destinam a ser tomados com posologia adequada. Os SA, quando usados em tratamentos,

têm por objetivo prioritário suprimir a carência de nutrientes que é comum neste tipo de situações.

O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição em aminoácidos (AA) de SA comercializados para a

prevenção de DN. Nestas situações os aminoácidos são ingredientes naturais e especialmente importantes

para prevenir ou impedir o avanço destas patologias.

Avaliaram-se 12 SA mas apresentam-se apenas os resultados obtidos com as formulações sólidas (8

SA). Foram também avaliadas fórmulas líquidas, no entanto a metodologia de HPLC/FLD desenvolvida não se

mostrou adequada para aplicação a este tipo de amostras. Não foram obtidos resultados reprodutíveis, o que

pode ser devido a uma preparação de amostra ineficaz.

Os resultados experimentais foram comparados com os valores expressos na rotulagem. Alguns SA

analisados apresentaram valores superiores ao esperado. É possível que a diferença encontrada se justifique

não só pela margem de segurança colocada pelo fabricante, mas também pela contribuição de outros

ingredientes (proteínas e péptidos).

Nos casos em que os valores obtidos foram inferiores, a origem dos desvios poderá estar relacionada

com a amostragem (n=3) e/ou com a preparação inadequada das amostras.

De um modo geral, conclui-se que os valores obtidos na metodologia implantada parecem estar de

acordo com os valores indicados na rotulagem pelos fabricantes.

Quanto às alegações e rotulagem concluiu-se que sete das oito amostras analisadas estão de acordo com

a legislação, fazendo referência à posologia e quantidade de ingredientes do SA. As alegações encontradas na

rotulagem são escassas e são muito genéricas, remetendo-se para ajudar na fadiga e concentração. Três SA

continham bulas que faziam referência à sua composição e funções, assim como também todas as exigências

feitas pela legislação em vigor.

Convém recordar que na toma de SA se deve respeitar a posologia recomendada. Qualquer produto

utilizado nestes quadros patológicos deve ser do conhecimento da equipa multidisciplinar que acompanha o

paciente.

Palavras-chave: Suplementos Alimentares, Doenças Neurodegenerativas, Aminoácidos, HPLC/FLD.

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v

Abstract

The quality of life and disease prevention are objectives pursued by a growing number of consumers.

The idea of natural products being less dangerous than synthetic is consolidated, gaining ground in this

dispute dietary supplements. In order to satisfy this need, the food industry has responded with an increasing

number of products, designed to prevent or minimize the symptoms of several diseases.

Neurodegenerative diseases (ND) are pathologies that concern more and more patients who are

affected gradually in motor functions and in physiological capacity and/or cognitive by progressive and

irreversible destruction of brain cells. The treatment, in some cases, refers to drugs that inhibit or slow the

destruction of neurons. Dietary supplements (SA) are foodstuffs which function is complement and/or

supplement the diet and are concentrated sources of nutrients that intended to be taken with proper dosing.

The SA when used in treatments aim to suppress the primary nutrient deficiency that is common in this type

of situations.

The aim of this study was to evaluate the composition of amino acids (AA) of dietary supplements

marketed for the prevention of neurodegenerative diseases. In these situations, natural ingredients and amino

acids are especially important to prevent or stop the spread of these diseases.

It was evaluated 12 SA but are shown only the results obtained with solid formulations (8 SA). Liquid

formulations were also evaluated, however the methodology HPLC/FLD developed was not suitable for

application to such samples. No reproducible results were obtained, which could be due to inefficient sample

preparation.

The experimental results were compared with the values expressed in the labeling.

Some SA analyzed showed values higher than expected and it is thought that beyond the safety margin

posted by the manufacturer, some of the other ingredients (proteins and peptides) may have contributed to

change the expected values.

It is possible that the difference found is justified not only by the safety margin placed by the

manufacturer, but also by the contribution of other ingredients (proteins and peptides). In the cases where the

values were below the values obtain by the label, the origin of the deviations may be related to an

unrepresentative sample (n=3) and/or inadequate preparation of the samples.

In general, it is concluded that the values obtained in this methodology seem to be in accordance with

the values given by manufacturers labeling.

As to the allegations and labeling seven of the eight samples analyzed are according to the legislation,

referring to the dosage and amount of ingredients present in SA. The allegations found in the labeling are

sometimes scarce and very general, referring to aid in fatigue and concentration. Three SA contained inserts

that made reference to its composition and functions, as well as all requirements made by legislation.

It is recalled that in taking SA should respect the recommended dosage. Any product used in these

pathologies should be aware of the multidisciplinary team that accompanies the patient.

Keywords: Dietary Supplements, Neurodegenerative diseases, Amino acids, HPLC/FLD.

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vi

Índice

Agradecimentos iii

Resumo iv

Abstract v

Índice vi

Índice de Figuras vii

Índice de Tabelas viii

Abreviaturas ix

Capítulo 1 1

1. Introdução 2

1.1. Suplementos Alimentares (SA) 2

1.2. Doenças Neurodegenerativas (DN) 15

1.2.1. Doença de Alzheimer (DA) 19

1.2.2. Doença de Parkinson (DP) 21

1.2.3. Doença de Huntington (DH) 24

1.3. Influência da dieta na evolução das DN 27

Capítulo 2 29

2. Material e Métodos 30

2.1. Reagentes 30

2.2. Amostras 30

2.3. Determinação do teor em aminoácidos totais por HPLC/FLD 31

2.3.1. Hidrólise ácida para análise dos aminoácidos 32

2.3.2. Derivatização 32

2.3.3. Análise cromatográfica 32

Capítulo 3 34

3.1. Análise do teor de AA nos SA 35

3.2. Análise das alegações e da rotulagem 44

Capítulo 4 45

4. Conclusão 46

Capítulo 5 48

5. Referências bibliográficas 49

Anexos 59

Anexo A 60

Anexo B 70

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vii

Índice de Figuras

Figura 1 - Fontes de informação sobre SA (6). 4 Figura 2 - Local de compra dos SA (6). 4 Figura 3 - Motivo principal para o consumo de SA (6). 5 Figura 4 - Regularidade de consumo de SA (6). 5 Figura 5 - Diagrama esquemático da patogénese comum das DN (adaptado de (44)). 16 Figura 6 - Corte frontal do encéfalo com os principais componentes dos gânglios da base (adaptado

de (84)). 22 Figura 7 - Cromatograma de padrões dos AA. 71 Figura 8 - Cromatograma do SA 1. 71 Figura 9 - Cromatograma do SA 2. 72 Figura 10 - Cromatograma do SA 3. 72 Figura 11 - Cromatograma do SA 4. 73 Figura 12 - Cromatograma do SA 5. 73 Figura 13 - Cromatograma do SA 6. 74 Figura 14 - Cromatograma do SA 7. 74 Figura 15 - Cromatograma do SA 8. 75

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Índice de Tabelas

Tabela 1 - Identificação e preparação dos SA (soluções stock). 31 Tabela 2 - Informação sobre os SA utilizados. 35 Tabela 3 - Retas de calibração utilizadas para a quantificação dos diferentes AA. 40 Tabela 4 - Composição em AA dos diferentes SA – resultados analíticos. 41 Tabela 5 - Teores esperados nos aminoácidos das amostras de SA. 42 Tabela 6 - Composição dos SA analisados. 61

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Abreviaturas

AA Aminoácido

Ác. Asp Ácido Aspártico

Ác. Glut Ácido Glutâmico

ADN Ácido Desoxirribonucleico

AEC Ataxia Espinocerebelar

Ala Alanina

Arg Arginina

ARN Ácido ribonucleico

ASAE Autoridade de Segurança Alimentar e Económica

Asn Asparagina

BSE Encefalopatia Espongiforme Bovina

Ca2+ Cálcio

CAG Citosina- adenina- guanina

CDP-Colina Citidinadifosfocolina

Cl-Dn Cloreto de Dansilo

CoQ10 Coenzima Q10

Cys Cisteína

DA Doença de Alzheimer

DCJ Doença de Creutzfeldt-Jacob

DDR Dose Diária Recomendada

DFT Demência frontotemporal

DH Doença de Huntington

DHA Ácido Docosahexaenóico

DMF Dimetilformamida

DN Doença Neurodegenerativa

DP Doença de Parkinson

EGCG Galhato de 3-epigalocatequina

ELA Esclerose Lateral Amiotrófica

EM Esclerose Múltipla

EPA Acido Eicosapentaenóico

FDA Food and Drug Administration

GABA Ácido γ-aminobutírico

Glut Glutamina

Gly Glicina

GPP Gabinete de Planeamento e Políticas

HCl Ácido clorídrico

His Histidina

5-HTP 5- Hidroxitriptofano

Ile Isoleucina

K2PO4 Fosfato de Potássio

KOH Hidróxido de Potássio

Leu Leucina

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x

Lys Lisina

MAO Monoamina Oxidase

Met Metionina

Na2CO3 Carbonato de Sódio

NADH Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo Reduzida.

NINDS Instituto Nacional de Derrames e Distúrbios Neurológicos

NO Óxido nítrico

Norv Norvalina

Orn Ornitina

Phe Fenilalanina

PI Padrão Interno

PolyQ Poliglutamina

Pro Prolina

PUFA Ácidos Gordos Polinsaturados

RM Ressonância Magnética

SA Suplemento Alimentar

SAMe S- Adenosilmetionina

Ser Serina

SNC Sistema Nervoso Central

SRS Seletivo da Reabsorção da Serotonina

TAC Tomografia Axial Computorizada

TEA Trietilamina

Thr Treonina

Trp Triptofano

Tyr Tirosina

Val Valina

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Suplementos alimentares para prevenção de doenças degenerativas: Controlo dos ingredientes. Adequação da rotulagem.

Joana Botelho Teixeira 1

Capítulo 1

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Suplementos alimentares para prevenção de doenças degenerativas: Controlo dos ingredientes. Adequação da rotulagem.

Joana Botelho Teixeira 2

1. Introdução

A qualidade de vida é um objetivo essencial de cada ser humano e, no campo da

saúde, é fundamental compreender a interação de alguns suplementos na vida dos

consumidores, sejam eles saudáveis ou doentes.

As doenças neurodegenerativas (DN) são doenças onde ocorre a destruição

progressiva e irreversível dos neurónios, células responsáveis pelas funções do Sistema

Nervoso. Quando isso acontece, dependendo da doença, o doente perde gradualmente as

funções motoras, fisiológicas e/ou a capacidade cognitiva. O tratamento em alguns casos

inclui medicamentos que inibem ou retardam a destruição dos neurónios afetados. A

prescrição, pelo médico, de suplementos alimentares (SA) tem por objetivo prioritário

suprimir a carência de nutrientes dos doentes que, nestas doenças, é muito comum.

1.1. Suplementos Alimentares (SA)

Segundo o Decreto-Lei nº 136/2003, de 28 de Junho, e o Decreto-Lei n.º 296/2007,

de 22 de Agosto, um regime alimentar variado e adequado, geralmente, fornece ao ser

humano todos os nutrientes necessários, nas quantidades recomendadas ao seu

desenvolvimento e manutenção do seu estado de saúde (1, 2). Contudo, a ingestão dos

nutrientes pode ser comprometida devido ao estilo de vida da população nos dias de hoje.

O consumo de suplementos alimentares (SA) poderá complementar a lacuna de nutrientes

não ingeridos num regime alimentar normal. E, talvez por esta razão, tem surgido um

grande número de produtos comercializados como géneros alimentícios que são uma fonte

concentrada de nutrientes, os denominados suplementos alimentares.

Algumas das razões para a aquisição de suplementos alimentares apresentadas pelos

consumidores são (3):

� Reforçar a memória;

� Combater a fraqueza dos ossos;

� Aumentar a capacidade de concentração;

� Combater o desgaste físico;

� Complementar a alimentação vegetariana;

� Aumentar a massa muscular;

� Repor o equilíbrio hormonal, …

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Suplementos alimentares para prevenção de doenças degenerativas: Controlo dos ingredientes. Adequação da rotulagem.

Joana Botelho Teixeira 3

Os suplementos alimentares podem ter na sua composição vários nutrientes,

designadamente:

� Vitaminas;

� Minerais;

� Aminoácidos;

� Ácidos gordos essenciais;

� Fibras;

� Plantas;

� Extratos de ervas.

Os Suplementos alimentares podem agrupar-se em quatro categorias,

nomeadamente (4):

� Suplementos que contêm vitaminas e minerais;

� Suplementos com vitaminas, minerais e outros princípios ativos não-botânicos;

� Suplementos com ervas e ingredientes ativos não-botânicos, inclusivamente

vitaminas e minerais;

� Suplementos que contêm só ervas ou extratos vegetais.

Em 1999 Maughan, agrupou os SA em (5):

� Suplementos que podem influenciar o metabolismo energético (por exemplo

creatina, carnitina);

� Suplementos que aumentam a massa muscular (por exemplo proteínas e

aminoácidos essenciais);

� Suplementos que melhoram a saúde em geral (por exemplo Glutamina (Glut) e

minerais antioxidantes);

� Outros compostos (por exemplo ginseng, alguns minerais e vitaminas).

Os SA são produtos habitualmente adquiridos pelo próprio consumidor, com

alguma regularidade. De acordo com Felício, a principal fonte de informação sobre SA é

veiculada pelo pessoal médico (profissionais de saúde) com cerca de 36%, seguindo-se as

relações pessoais identificadas por colega/amigo/familiar, com cerca de 26%, os media,

com cerca de 21%, e só depois, em quarto lugar, surge o vendedor ou ponto de venda, com

cerca de 10% (Figura 1) (6).

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Suplementos alimentares para prevenção de doenças degenerativas: Controlo dos ingredientes. Adequação da rotulagem.

Joana Botelho Teixeira 4

Figura 1 - Fontes de informação sobre SA (6).

Este estudo também revelou que mais de 60% do total de SA consumidos são

adquiridos em farmácias, seguindo-se, com cerca de 28%, a aquisição em lojas de

produtos naturais e, com cerca de 10%, a aquisição em grandes superfícies e/ou

supermercados (Figura 2) (6).

Figura 2 - Local de compra dos SA (6).

Além disso, também revelou que cerca de 80% dos Portugueses utiliza ou já utilizou

um SA (6).

Os suplementos são disponibilizados em vários locais, tais como supermercados, na

internet, em farmácias, parafarmácias e em ginásios. Esta comercialização torna banal o

seu uso, e por este motivo cada vez mais os profissionais de saúde serão confrontados com

pedidos de aconselhamento acerca da eficácia, segurança e legalidade dos SA.

Profissional de saúde

Colega/ amigo /familiar

Media

Ponto de venda

Outros

Farmácias

Lojas de produtos naturais

Grandes superficies e/ou supermercados

Outros

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Suplementos alimentares para prevenção de doenças degenerativas: ingredientes. Adequação da rotulagem.

Os principais motivos

com cansaço e dificuldades

(24%), saúde (22%), estética

Figura 3 - Motivo principal

Por fim, quanto

consumidores (47%) apenas

embora 29% os consuma

no tempo, mas regularmente

Figura 4 - Regularidade de

Os SA mais utilizados

bastante grande destinada à

conhecimento dos hábitos dos portugueses relativamente a esta matéria, não foi realizado

mais nenhum do género.

SA, mas sim de algumas

alimentares para prevenção de doenças degenerativas: Controlo dos ingredientes. Adequação da rotulagem.

Joana Botelho Teixeira

motivos que levam os consumidores a tomar suplementos

dificuldades de concentração (26%), fortalecimento e

estética (10%), entre outros (17%) (Figura 3).

principal para o consumo de SA (6).

à regularidade do consumo de suplementos,

apenas os consome por períodos irregulares e

consuma durante todo o ano e 24% os consumam por

regularmente (Figura 4).

de consumo de SA (6).

utilizados são os dietéticos (6) mas, também

destinada à prevenção e combate a doenças. Apesar de importante o

conhecimento dos hábitos dos portugueses relativamente a esta matéria, não foi realizado

mais nenhum do género. Além disso, não existem estudos que comprovem

algumas substâncias ativas presentes nestes. Um dos estudos analisados

Cansaço e dificuldade de concentração

Fortalecimento e prevençao

Saúde

Estética

Outros

Períodos limitados sem regularidade

Consumo durante todo o ano

Períodos limitados com regularidade

Controlo dos

Joana Botelho Teixeira 5

suplementos prendem-se

prevenção de doenças

suplementos, a maioria dos

e limitados de tempo,

por períodos limitados

existe uma variedade

Apesar de importante o

conhecimento dos hábitos dos portugueses relativamente a esta matéria, não foi realizado

comprovem a eficácia dos

dos estudos analisados

Cansaço e dificuldade de concentração

Fortalecimento e prevençao

Períodos limitados sem regularidade

Consumo durante todo o ano

Períodos limitados com regularidade

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Suplementos alimentares para prevenção de doenças degenerativas: Controlo dos ingredientes. Adequação da rotulagem.

Joana Botelho Teixeira 6

refere ainda que a rotulagem não influencia a escolha dos SA (7) Convém enfatizar

novamente que muitos destes suplementos não são prescritos e, portanto, podem ser

adquiridos livremente.

1.1.1. Legislação

Os SA, quando introduzidos no mercado, devem ter uma rotulagem adequada assim

como devem ser seguros de modo a proteger os consumidores. A segurança dos

consumidores deve ser garantida por uma utilização normal dos suplementos, de acordo

com as instruções de utilização fornecidas pelo fabricante.

Por isso, quando necessário, devem ser fixados limites máximos de segurança. É o

caso da ingestão excessiva de vitaminas e de minerais que podem ter efeitos adversos.

Segundo o Decreto-Lei nº136/2003, de 28 de Junho, e o Decreto-Lei n.º 296/2007,

de 22 de Agosto, entende-se por (1, 2):

� SA – fontes concentradas de nutrientes que têm como objetivo complementar

e/ou suplementar o regime alimentar e podem-se apresentar em diversas formulações

sólidas ou líquidas como: cápsulas, pastilhas, comprimidos, pílulas, saquetas de pó,

ampolas de líquido, e outras fórmulas líquidas ou pós;

� Substâncias nutrientes ou nutrimentos - as vitaminas e os minerais;

� Autoridade competente – Gabinete de Planeamento e Políticas (GPP) é o

organismo do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas que é

responsável pelas medidas de política relativas à qualidade e segurança alimentar,

nomeadamente pela regulamentação e controlo dos suplementos alimentares e colabora

com a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos.

A Diretiva L183 de 10 de Junho de 2002, do Parlamento Europeu e do Conselho da

União Europeia, revista a 30 de Março de 2006, enumera os ingredientes permitidos, a

rotulagem, a apresentação e a publicidade permitidas para os SA. Em 2004 uma outra

diretiva (2004/24/EC) estabelecia que as várias empresas desta área, que pretendam

atuar no mercado de um país da União Europeia, apenas necessitam da autorização das

entidades nacionais reguladoras desse país (8, 9). Assim, para colocar e/ou importar um

SA para o mercado, ou alterar um já existente, o fabricante/distribuidor tem de notificar

previamente as autoridades competentes. Segundo o Decreto-Lei nº136/2003, de 28 de

Junho, o rótulo do produto a implantar no mercado nacional deverá ser aprovado antes de

colocado à venda.

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Suplementos alimentares para prevenção de doenças degenerativas: Controlo dos ingredientes. Adequação da rotulagem.

Joana Botelho Teixeira 7

Até Agosto de 2007, a inspeção e verificação dos SA era realizada pela Autoridade de

Segurança Alimentar e Económica (ASAE), tendo sido, desde então, transferida para o

GPP do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas (1, 2). Caso

ocorra algum problema de segurança a Food and Drug Administration (FDA) atua (nos

EUA e na Europa) no sentido de comprovar se o produto é perigoso ou não.

Quando se avalia o risco da aquisição e utilização dos SA é necessário garantir a

segurança e a qualidade através do controlo e fiscalização rigorosos, com medidas

regulamentares e educativas (10) impostas pelos órgãos acima mencionados, de modo a

que os fabricantes assegurem a qualidade, a eficácia e a segurança dos SA, assim como

minimizem o nível de contaminações presentes.

A rotulagem deve conter a designação do SA, a posologia recomendada e as

substâncias que o caracterizam ou uma referência específica à sua natureza, sendo a

quantidade de cada ingrediente apresentada sob a forma numérica e sob a forma de

percentagem. Também deve conter uma advertência que não deve ser excedida a

posologia indicada e que devem ser guardados fora do alcance das crianças. Além disso,

deve conter também uma indicação que os SA não devem ser utilizados como substitutos

de um regime alimentar variado, assim como não lhes atribuir propriedades profiláticas,

de tratamento ou curativas de doenças (1, 2).

As doses presentes nos SA devem ser fixadas pelo fabricante, em função da DDR, de

modo a garantir que a quantidade dos nutrientes seja significativa e suficiente (1, 2) e

devem ter em conta os seguintes elementos:

� Limites superiores de segurança estabelecidos para os nutrientes, após uma

avaliação científica dos riscos. Esta é efetuada com base em dados científicos tendo

em conta, quando necessário, os diversos graus de sensibilidade dos diferentes

grupos de consumidores;

� Quantidade de nutrientes ingeridos através de outras fontes alimentares;

� Dose de referência de nutrientes para a população.

Normalmente assume-se que o que é natural não faz mal e, consequentemente,

acredita-se que estas substâncias promovam benefícios sem causar danos ao organismo.

Por isso, um rótulo com a designação de produto natural, nos SA associa-se a um produto

seguro (11). Mas um estudo recente refere que muitos suplementos à base de ervas e

extratos de plantas são frequentemente fonte de metais pesados (arsénio e mercúrio) (12-

14). A FDA também reportou alguns casos de contaminação microbiológica em

suplementos (15). Além disso, registaram-se alguns casos de sobredosagem, que muitas

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Suplementos alimentares para prevenção de doenças degenerativas: Controlo dos ingredientes. Adequação da rotulagem.

Joana Botelho Teixeira 8

vezes são devido ao facto de serem utilizados sem o aconselhamento de um especialista

(11, 16).

Comprovou-se cientificamente que a suplementação alimentar tem influência no

estado nutricional do indivíduo, especialmente em situações que os doentes beneficiam de

suplementação polivitamínica e multimineral. Pode ser utilizada para a prevenção,

tratamento ou controlo de doenças.

1.1.2. Ingredientes

A composição dos SA pode ser muito variada, e pode ser composta por ácidos

gordos, vitaminas, minerais, assim como extratos de plantas e muitos outros

componentes. A maioria dos suplementos são constituídos por uma mistura de vários

compostos que tem como objetivo uma otimização dos resultados para os quais são

concebidos. Apesar disso, ainda há no mercado alguns SA com apenas um ingrediente.

1.1.2.1. Aminoácidos (AA)

O perfil dos aminoácidos (AA) disponibilizados pela dieta é fundamental para a

manutenção da saúde, pois os animais apenas sintetizam proteínas a partir de

aminoácidos, as unidades fundamentais das proteínas (17, 18).

Os AA e as proteínas são fornecidos fundamentalmente por carnes magras, frango,

peixe, leguminosas e ovos, e em menor quantidade pelos alimentos lácteos e cereais. As

proteínas animais têm um perfil mais completo, pois podem conter todos os AA essenciais

necessários na dieta.

Os AA podem ser classificados em (19):

� Aminoácidos essenciais quando não podem ser sintetizados no organismo e, por

isso, têm de ser obtidos da dieta. Os nove AA essenciais são: histidina (His),

isoleucina (Ile), leucina (Leu), lisina (Lys), metionina (Met), fenilalanina (Phe),

treonina (Thr), triptofano (Trp) e valina (Val);

� Aminoácidos não essenciais são AA que o organismo pode sintetizar, mesmo que

não os obtenha da alimentação. Eles incluem: alanina (Ala), asparagina (Asp), ácido

aspártico (Ác. Asp) e ácido glutâmico (Ác. Glut);

� Aminoácidos condicionais são normalmente AA que se podem converter em AA

não essenciais, exceto em momentos de doença e stresse. Eles incluem: arginina

(Arg), cisteína (Cys), glutamina (Glut), tirosina (Tyr), glicina (Gly), ornitina (Orn),

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Suplementos alimentares para prevenção de doenças degenerativas: Controlo dos ingredientes. Adequação da rotulagem.

Joana Botelho Teixeira 9

citrulina (Cit), prolina (Pro) e serina (Ser).

Existem alguns AA menos comuns que são derivados de outros AA (18). Os AA são

compostos orgânicos que contém um grupo ácido carboxílico (COOH) e um grupo amina

(NH2) e, apresentam propriedades anfotéricas, ácidas e básicas ao mesmo tempo(20).

Podem resultar da hidrólise de proteínas, a qual origina AA livres (17, 18). Sabe-se

também que têm elevada importância para a valorização nutricional de dietas, e também

na composição em determinadas situações patológicas em dietas especializadas (21).

Sabe-se também que os AA podem ser classificados de acordo com o grupo R (18):

� Não polares:

Alifáticos;

Aromáticos;

� Polares

Não carregados;

Carregados positivamente (Básicos);

Carregados negativamente (Ácidos).

Os AA aromáticos e os ácidos parecem influenciar o funcionamento cerebral,

quando a sua ingestão altera os níveis destes AA no cérebro. Mas o Trp, a Tyr e a Phe (AA

aromáticos) são os precursores biossintéticos dos neurotransmissores serotonina,

dopamina e norepinefrina. Dependendo do seu teor nas proteínas, as refeições podem

influenciar a absorção rápida destes pelo cérebro e, consequentemente modificar

diretamente a sua conversão em neurotransmissores. Tais alterações na produção de

neurotransmissores podem influenciar a função cerebral.

O Ác. Glut e o Ác. Asp (AA básicos) são neurotransmissores cerebrais. No entanto,

eles não têm acesso fácil da circulação para o cérebro. Como resultado, a ingestão de

proteínas, naturalmente ricas em Ác. Glut e Ác. Asp não tem efeito no nível de

aminoácidos no cérebro. No entanto, os aditivos alimentares glutamato monossódico e

aspartamo são conhecidos por elevar o nível de alguns AA no cérebro, quando ingeridos

em grandes quantidades. Estes aditivos podem modificar a função cerebral, e até mesmo

provocar dano neuronal. Apesar disso, existem publicações que indicam claramente que o

cérebro não é afetado pela ingestão de aspartamo. Portanto, quando consumidos na dieta

normal nenhum destes compostos apresenta risco para a função cerebral (22).

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1.1.2.1.1. Arginina (Arg)

É um AA com inúmeras funções no organismo, nomeadamente ajudar o organismo a

produzir óxido nítrico (NO). Por ser precursor desta molécula (que tem efeito relaxante

dos vasos sanguíneos), Arg é usada para promover a vasodilatação, ajudando em doenças

como aterosclerose e disfunção erétil. Sabe-se que este AA modifica o fluxo do sangue em

muitas áreas no organismo incluindo o cérebro, o coração, os pulmões, e os órgãos

genitais de homens e mulheres e é usado para sintetizar outros compostos.

Sabe-se que a Arg é o precursor imediato do óxido nítrico, ureia, Orn e agmatina. É

necessária para a síntese de creatina e pode ser usada para a síntese de poliaminas, Cit, Ác.

Glut e Pro e pode ser convertida em glicose e glicogénio, se necessário (23-25).

A Arg, em grandes quantidades, estimula a libertação de hormonas, como a

hormona do crescimento e a prolactina.

1.1.2.1.2. Glutamina (Glut)

A Glut é um aminoácido não essencial presente em carnes (26). Além de ser um

nutriente importante para as defesas, estimula a síntese proteica.

A Glut é o mais abundante AA nos mamíferos e o mais importante veículo de

transporte de azoto entre os órgãos. Também é a base de 86 macromoléculas (purinas,

pirimidinas) utilizadas pelas células para os processos de síntese e como fonte de energia.

A ingestão de Glut aumenta o aporte de energia e a biossíntese de nucleotídeos.

A Glut é um AA não essencial, e só é sintetizada de modo a suprimir as necessidades

do organismo. Pode fazer parte de proteínas ou pode funcionar como AA livre. Sintetiza-se

a partir do Ác. Glut, Val e Ile, sendo esta reação catalisada pela glutaminase e pela

glutamina sintetase. A síntese de AA ocorre porque a Glut doa o radical amina da sua

cadeia para formar outros AA.

Esta molécula é precursora de dois neurotransmissores, o Ác. Glut e o ácido γ-

aminobutírico (GABA), muito importantes para o SNC, pois são neurotransmissores

excitatórios e inibidores, respetivamente. Consequentemente este AA tem um papel

importante a nível cerebral, sendo capaz de passar pela barreira hematoencefálica. Ao

chegar ao cérebro, a Glut é imediatamente convertida pela glutaminase, em Ác. Glut que

irá aumentar a quantidade de GABA. Posteriormente, o Ác. Glut irá captar uma molécula

de amónia, sintetizando novamente a Glut por ação da glutamina sintetase. A Glut diminui

a toxidade devida à acumulação de amoníaco no organismo (27).

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Este AA é também importante para a gliconeogénese porque participa no ciclo

alanina-glicose, onde o ácido pirúvico recebe o radical amina do Ác. Glut (derivado da

Glut) e forma a alanina que, por sua vez, irá ser transportada para o fígado onde, após a

sua desaminação, produz glicose (28). O cérebro também é produtor de Glut,

essencialmente porque existe a necessidade de eliminar a amónia que se forma neste

órgão.

Conclui-se então que o Ác. Glut e a Glut são AA interconvertíveis, o que significa que

cada um pode ser convertido no outro, de acordo com as necessidades do organismo,

dependendo da energia e enzimas disponíveis (29). Ambos os compostos possuem uma

cadeia de base semelhante, mas a Glut tem um grupo amida, enquanto o Ác. Glut tem um

grupo hidroxilo.

1.1.2.1.3. Ácido aspártico (Ác. Asp)

O aspartato de arginina é um dipéptido composto por dois aminoácidos que

otimizam a produção de energia nas células (Arg e Ác. Asp), em particular a dos tecidos

cerebrais.

O Ác. Asp é um AA não essencial, que funciona como neurotransmissor excitatório

no cérebro, participa na gluconeogénese e no ciclo da ureia (30).

Também é precursor na síntese de purinas e pirimidinas. Na síntese de purinas este

AA é dador do átomo de azoto, proveniente do grupo amina. Na síntese de pirimidinas, o

Ác. Asp tem um papel de maior importância, já que doa o seu esqueleto de carbono como

base de construção do anel (31).

Nas bactérias o Ác. Asp é precursor de Met, Thr e Lys.

Existem referências de que este AA confere resistência à fadiga.

1.1.2.1.4. Ácido glutâmico (Ác. Glut)

O Ác. Glut, também designado como glutamato, pode ser sintetizado no organismo

através de outros AA, tais como Arg e Orn. Este AA é precursor na síntese do ácido γ-

aminobutírico (GABA) (32) e um componente do ácido fólico, Glut e glutationa (33).

É um AA que desempenha um papel importante no metabolismo do SN, na síntese

dos AA e da glicose de proteínas musculares, estimula a função cerebral e a atividade

mental. E é um bloco de construção para os ácidos nucleicos, ARN e ADN e para os

leucócitos, importantes na função imunológica.

Pensa-se que por este motivo, o Ác. Glut esteja envolvido na melhoria das funções

cognitivas, como a aprendizagem e a memória.

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O Ác. Glut é um potente antioxidante e o neurotransmissor mais comum do SN,

armazenado em vesículas nas sinapses. É nas sinapses onde se transfere informação de

um neurónio para outro, que o Ác. Glut exerce a sua função de neurotransmissor. Este AA

liga-se aos átomos de amónia de modo a eliminar o amoníaco.

Em situações onde existam danos ou doenças neurológicas, pode ocorrer

acumulação de Ác. Glut, o que pode levar a danos neuronais e eventualmente morte

celular (apoptose). A excitotoxicidade, que é como este processo é conhecido, é devida à

acumulação de Ác. Glut que ocorre em episódios de isquémia cerebral e apoplexia e está

associada a doenças como Esclerose lateral amiotrófica (ELA) e Doença de Alzheimer

(DA) (34).

O Ác. Glut também contribui para o transporte de potássio através da barreira

hematoencefálica. E também se mostra promissor no tratamento futuro de doenças

neurológicas, tais como a DP, DA e ELA (35).

1.1.2.1.5. Metionina (Met)

A Met é ingerida nos alimentos e é a principal fonte de enxofre necessário para o

metabolismo da insulina.

A S-Adenosilmetionina (SAMe) é uma molécula natural encontrada em todos os

organismos vivos. É de importância vital num variado número de reações bioquímicas.

Atua como um precursor de compostos essenciais, como a Cys, taurina, glutatião e

Coenzima A. É sintetizada pela enzima S-Adenosilmetionina sintetase, a partir da Met e da

adenosina trifosfato (ATP).

A SAMe tem um papel importantíssimo a nível do SN, especialmente na regulação

do humor e ajuda na reparação das bainhas de mielina. Tem uma ação antidepressiva,

pois aumenta a produção de serotonina e melatonina, e é mais rápida que os fármacos

antidepressivos convencionais, tendo uma eficácia comparável. Além disso, não causa

dependência - ausência da síndrome de privação após interrupção brusca do tratamento

(36).

É um excelente anti-inflamatório e analgésico a nível osteoarticular, pois ajuda na

formação de glucosamina e condroitina.

E ainda é importante para a síntese de glutatião, desempenhando uma ação

importante a nível da desintoxicação hepática.

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1.1.2.1.6. Lisina (Lys)

A importância da Lys deve-se ao papel que desempenha no desenvolvimento de

células do cérebro humano e do crescimento. Na verdade, ela está associada ao

desenvolvimento da inteligência, da memória e da aprendizagem (37).

Uma dieta pobre neste AA não permite o crescimento normal das crianças. É um dos

vários AA que o organismo necessita para o crescimento e restauração dos tecidos.

É classificado como um dos nove AA essenciais, pelo que só se pode obter por fontes

externas ao organismo, como alimentos ou suplementos. Como todos os AA, a Lys pode

fazer parte da constituição das proteínas, tendo um papel importante na produção de

várias enzimas, hormonas, e anticorpos que ajudam a melhorar o metabolismo cerebral.

1.1.2.1.7. Fenilalanina (Phe)

É um AA que está presente em todas as proteínas do organismo. Há indivíduos que

têm uma deficiência na metabolização da Phe, pelo não é aconselhada a sua ingestão,

apesar de ser um componente essencial da dieta.

A Phe é frequentemente associado ao SNC pois ajuda a melhorar o humor, combater

o stresse e aumentar o estado de alerta dos indivíduos.

A Phe é um AA essencial que atravessa a barreira hematoencefálica, competindo

com o Trp e a Tyr e através da enzima hidroxilase, que é ativada pela vitamina C e pelo

ácido fólico é transformada em Tyr.

Este AA é convertido nos neurotransmissores adrenalina, noradrenalina, e

dopamina (catecolaminas) que promovem o alerta mental. As catecolaminas são

libertadas pela glândula supra-renal em situações de stresse ou hipoglicemia.

A Phe melhora o humor, diminui as dores, auxilia na memória e na aprendizagem, e

suprime o apetite.

O aspartamo, um adoçante muito utilizado como substituto do açúcar, contém Phe.

Não deve ser usada em doentes portadores da deficiência neste AA mas também em

grávidas e mulheres que estejam a amamentar, ou doentes que estejam a tomar

antidepressivos, que contenham inibidores da monoamina oxidase (MAO) ou inibidores

seletivos da reabsorção da serotonina (SRS) e com o Trp (38).

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1.1.2.1.8. 5-Hidroxitriptofano (5-HTP)

O 5-HTP é sintetizado a partir do Trp, que é um precursor do neurotransmissor

serotonina, proporcionando sensação de bem-estar. A falta de serotonina pode causar no

organismo uma série de problemas tais como: instabilidade emocional, insónia, ansiedade

e vontade exagerada de comer (39).

Existem casos em que o 5-HTP é prescrito com carbidopa para impedir a conversão

de 5-HTP em serotonina até que este alcance o cérebro. Este AA pode ajudar a emagrecer

pois o aumento dos níveis serotonina gerada pela transformação do 5-HTP no cérebro,

reduz a vontade de comer doces e gorduras, mas também ajuda no tratamento da

depressão assim como da ansiedade. Este neurotransmissor é conhecido por proporcionar

uma sensação de calma e bem-estar (40).

Estudos dizem ainda que o 5-HTP pode fazer com que algum do Trp seja

transformado em proteínas e em vitamina B3, que são transportados para o cérebro, onde

são convertidos em serotonina.

1.1.2.1.9. Tirosina (Tyr)

A Tyr é sintetizada no organismo, não sendo necessário obtê-la na dieta, e é por isso,

considerada um AA não essencial. É o precursor dos neurotransmissores noradrenalina,

adrenalina e dopamina no cérebro, e está associada à regulação do humor, bem como à

supressão do apetite.

Embora possam existir várias causas para a apatia e falta de energia, uma delas é a

deficiência nutricional de Tyr, necessária para a produção de catecolaminas que fornecem

energia. Existem três tipos de catecolaminas: dopamina, noradrenalina e adrenalina. A

dopamina origina as outras duas catecolaminas. Quando o cérebro produz catecolaminas

suficientes, os indivíduos estão alerta, e enérgicos. Os indivíduos com baixos teores de

catecolaminas podem sentir-se deprimidos e apáticos. A dificuldade em se concentrar e

prestar atenção também pode ser um problema de níveis alterados de catecolaminas (41-

43). A falta de Tyr pode originar uma deficiência de noradrenalina no cérebro, o que

provoca depressão no indivíduo. A gordura corporal também é minimizada pela Tyr,

assim como o apetite excessivo. Também é utilizada para produzir hormonas da tiróide, e

tem funções importantes na regulação do funcionamento da supra-renal e da glândula

pituitária. Este AA é muito importante para o organismo, pois a produção da melanina

também depende da presença de Tyr e também desempenha um papel no metabolismo da

Phe onde a síntese da Tyr ocorre utilizando a Phe como molécula precursora.

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Também tem um efeito estimulante e aumenta a sensação de bem-estar, uma vez

que é um componente das encefalinas, com efeito semelhante às endorfinas e tem sido

usado com bons resultados, em casos de depressão com apatia e problemas de atenção.

A Tyr tem então um efeito antistresse, antidepressivo e revitalizante.

Suplementos de Tyr podem ser eficazes contra doenças como a narcolepsia e fadiga

crónica. A suplementação este AA é sugerida para aliviar os sintomas da ansiedade a longo

prazo, da depressão clínica, de alergias diversas e de dores de cabeça persistentes. Pode

ainda ajudar a aliviar e retardar os sintomas da doença de Parkinson (DP).

São boas fontes alimentares de Tyr, os vegetais, as nozes e amêndoas, frutas como

abacate e banana, todos os produtos lácteos, aves, carnes, peixes, aveia, feijão, sementes

de abóbora, bem como de gergelim. Deve-se consumir este AA ao deitar, mas também

pode ser consumido juntamente com uma refeição rica em hidratos de carbono, para

garantir que a Tyr não compita com os outros AA, para que ocorra uma rápida absorção e

assimilação.

1.2. Doenças Neurodegenerativas (DN)

Doenças Neurodegenerativas (DN) são doenças onde ocorre a destruição progressiva

de neurónios, as células responsáveis pelas funções do Sistema Nervoso. Dependendo da

doença, é um estado irreversível e, por isso, o indivíduo perde, gradualmente, as suas

funções motoras, fisiológicas e/ou a capacidade cognitiva.

A preocupação com as DN tem sido crescente. O principal motivo é o

envelhecimento da população mundial. Estas doenças ocorrem frequentemente num

grupo populacional onde o envelhecimento é o maior fator de risco. Neste grupo ocorre

stresse oxidativo, assim como mutações no ADN mitocondrial. Além disso, no

envelhecimento ocorre diminuição das funções neuronais e dos processos sináticos,

provocando um declínio no desenvolvimento cerebral e tornando as células do sistema

nervoso central (SNC) mais suscetíveis à degeneração.

Algumas das DN diagnosticadas mais frequentemente são:

� Doença de Alzheimer (DA);

� Demências de causa degenerativa, como a Demência frontotemporal (DFT), a

demência dos corpos de Lewy;

� Demência originada por priões, como a Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) ou a

sua nova variante;

� Distúrbios do movimento como a Doença de Parkinson (DP), a Ataxia

Espinocerebelar (AEC), a Doença de Huntington (DH), a Esclerose Múltipla (EM) e a

Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

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A degeneração em diferentes regiões do SNC é o ponto comum nas doenças citadas,

originando sintomas diferentes consoante a região afetada.

Foram realizadas vários estudos comparativos entre as diferentes DN, tendo-se

verificado que estas doenças têm patologias associadas muito diversas. Muitas das DN têm

como causa mutações genéticas, a maioria das quais localizadas em genes completamente

independentes. A Figura 5 esquematiza a patogénese comum de algumas DN.

Figura 5 - Diagrama esquemático da patogénese comum das DN (adaptado de (44)).

Já se conhecem diversos fatores de risco para desenvolver DN, quer por destruição

das células neuronais, quer por diminuição das sinapses e morte neuronal. De entre esses

fatores citam-se os genéticos, a idade, o género, as condições do organismo, o stresse

oxidativo, o tabagismo, o consumo de álcool e/ou drogas, o cancro, a deficiência de

vitaminas, a exposição química, as doenças autoimunes, entre outros.

Embora algumas formas hereditárias destas doenças tenham sido associadas a

mutações em determinados locci do genoma, na maioria dos casos são idiopáticas, ou seja,

não têm causa conhecida. Os fatores ambientais podem também desempenhar um papel

na sua patogénese. A combinação de fatores ambientais com mutações em alguns genes

faz com que estas doenças sejam consideradas multifatoriais.

O processo de degeneração das células neuronais nas DN é progressivo. Por vezes,

ocorre muito rapidamente, e tem uma tendência generalizada a agravar, podendo levar à

morte.

Inclusão Nuclear

Corpos de Lewy

Placas Novelo neurofibrilar

Proteína β-amilóide Tau Huntingtina α-sinucleína

Mutação genética ou fatores ambientais

Oligómeros Oligómeros Dissociação dos microtúbulos

Fibrilas

DA DFT DH DP

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O desenvolvimento de fármacos e SA capazes de retardar e/ou parar os processos

neurodegenerativos teve por base o conhecimento das funções cerebrais e do

funcionamento das sinapses (onde ocorre a transmissão de sinais entre os neurónios).

Nas DN os neurónios são destruídos ou perdem a sua função. Não se regeneram

nem podem ser substituídos, acabando por morrer. Infelizmente ainda não há cura, pois,

não há forma de reconstituir o tecido nervoso, quando lesado, fazendo com que a parte

afetada do cérebro não retome o seu funcionamento normal, ficando as suas funções

específicas comprometidas. Todas estas razões fazem com que o investimento na

investigação das causas e cura para estas doenças seja cada vez maior.

O tratamento passa pela prevenção com medicamentos e também procedimentos

como:

� Fisioterapia, que retardam a perda de movimentos decorrentes da doença;

� Terapia da fala, que permite manter, ou mesmo restituir funções como a

coordenação pneumo-fono-articular, deglutição e linguagem, retardando, assim, o

avanço da doença.

A grande variedade e eficácia de novos fármacos sintetizados para o combate e/ou

adiamento dos processos de neurodegeneração são o resultado de muito investimento

feito mundialmente.

Alguns dos SA que são utilizados para diminuir e/ou atrasar os sintomas das DN

usam como ingredientes diversas substâncias e plantas, como se descreverá a seguir:

Fosfatidilserina, essencial para a integridade das estruturas das membranas

neuronais, otimizando o funcionamento dos neurónios, o que melhora o desempenho

cognitivo dos indivíduos com DA.

Gingko Biloba tem propriedades antioxidantes e efeitos benéficos na circulação

sanguínea, o que implica o melhor funcionamento do cérebro e da memória, assim como

uma ação neuroprotetora, aumentando a transmissão sinática. Mas esta planta também

tem como efeito aumentar a produção de energia devido à maior absorção de glicose.

Além disso existem estudos que mostram que este ingrediente parece reduzir a ansiedade

(45, 46).

Ácido caprílico que pode funcionar como uma fonte alternativa de energia para as

células do cérebro.

Coenzima Q10 tem propriedades antioxidantes, que protegem o cérebro e o SN,

potenciais alvos de processos de oxidação. Este ingrediente também protege do declínio

mental e motor dos doentes afetados por DN. Esta comprovado que este ingrediente tem

uma ação importante na DA, DP e DH.

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Huperzine A utilizada em problemas da memória, associados ao envelhecimento, e

também para DA. Este composto é responsável pelo aumento da acetilcolina disponível no

cérebro, neurotransmissor responsável pelo funcionamento cognitivo. A sua ingestão não

cria habituação, sendo absorvida rapidamente e não produz efeitos secundários. A sua

ingestão leva a uma melhoria na memória, concentração e na aprendizagem. No caso de

doentes com DA também diminui a formação de radicais livres, em níveis elevados nestes

doentes. Tem propriedades semelhantes às dos inibidores colinesterásicos, uma classe de

medicamentos aprovados pela FDA para DA.

Omega-3 são ácidos gordos capazes de aumentar a concentração, as capacidades de

aprendizagem, melhorar a capacidade motora e o ânimo. Mas apesar de melhorarem os

efeitos cognitivos não parecem melhorar os sintomas neuropsiquiátricos associados à DA,

como alucinações e agitação sintomática desta doença. Deficiências nestes ácidos gordos

estão relacionadas com sintomas depressivos e comportamento agressivo (47, 48).

Creatina é um ingrediente utilizado para prevenir e/ou atrasar os sintomas da DP e

DH. Alguns estudos revelaram a sua ação na melhoria da memória (49, 50).

SAMe ajuda na depressão e não estão descritos efeitos secundários conhecidos.

Simultaneamente, aumenta os níveis de vários neurotransmissores que estão em déficit

em doentes tratados para a depressão. Sabe-se também que este ingrediente duplica os

níveis de glutationa no cérebro, que é um antioxidante.

Vitaminas trabalham na proteção dos tecidos nervosos do cérebro contra a oxidação

e para o aumento da memória. O organismo requer vitaminas do complexo B para

produzir muitos neurotransmissores. As vitaminas C e E são antioxidantes que combatem

e neutralizam os radicais livres.

EGCG (Galhato de 3-epigalocatequina) é um antioxidante que previne a oxidação do

cérebro, impedindo que ocorram danos neuronais.

Trealose é um dissacarídeo que previne a desativação de proteínas e protege as

células contra o stresse. Impede que se formem altos níveis de toxicidade nas células

neuronais.

Melatonina, uma hormona com excelente poder antioxidante que exerce um papel

importante nas DN.

Selénio é um antioxidante. Verificam-se níveis reduzidos em cérebros de pacientes

com DH, por isso a sua ingestão ajuda a retardar os sintomas por neutralização dos

radicais livres.

Vários aminoácidos podem ter influência nas DN. Por exemplo, a Tirosina (Tyr),

precursor da L-dopa, melhora os sintomas da DP, pois a L-dopa transforma-se no

neurotransmissor dopamina (51). Outro AA é Fenilalanina (Phe), que ajuda nos tremores,

mas também pode interferir no transporte de levodopa para o cérebro (52). Suplementos

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de 5-HTP podem ajudar em sintomas depressivos na DP, quando combinado com

levodopa e carbidopa (53).

Aborda-se resumidamente, a seguir, algumas DN com mais estudos realizados sobre

a influência da ingestão de SA na prevenção e atraso do aparecimento dos sintomas

característicos destas doenças.

1.2.1. Doença de Alzheimer (DA)

A doença de Alzheimer (DA) é uma das mais conhecidas e frequente DN. É uma

doença letal que afeta principalmente idosos, sendo o principal sintoma a perda de

memória (54-60).

A DA tem o nome do médico e professor Alois Alzheimer, que descreveu, em 1907,

na Alemanha, um caso de uma mulher com 56 anos de idade, que apresentava alguns

sintomas da doença (59, 61).

A DA é a forma mais comum das várias demências (55, 59, 60), que é associada ao

comprometimento das funções cerebrais, afetando a memória, a linguagem e outras

capacidades cognitivas (56, 57, 59, 62).

Apesar de frequente em idosos, esta doença é degenerativa e causa a destruição das

células cerebrais, tendo como consequência a perda das capacidades intelectuais (54, 55,

57), que podem interferir no dia-a-dia do doente.

Em Portugal estima-se que existam cerca de 153 000 pessoas com demência e 90

000 com DA diagnosticada (63).

Há muitos fatores de risco que podem estar associados a DA (54-56, 58), sendo os

principais a idade (54, 55, 57, 59) e os fatores genéticos. Vários estudos tentaram detetar

os fatores de risco para o desenvolvimento da doença, não tendo encontrado uma forma

eficaz de retardar a sua evolução. Contudo, estão a ser feitos esforços no sentido da sua

prevenção e tratamento (55, 59).

Apesar de raros, há casos de transmissão autossómica dominante e hereditária da

DA. O historial de DA na família pode, também, ser considerado um fator que predispõe

um indivíduo à doença, sugerindo a transmissão genética da mesma (56).

Quanto ao sexo dos doentes, os estudos demonstram que a DA atinge mais as

mulheres do que os homens, sendo de um modo geral, a expectativa de vida das mulheres

maior que a dos homens e pode ocorrer em qualquer altura da idade adulta.

De acordo com a idade em que os sintomas aparecem, pode ser distinguida em:

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� Forma senil ou tardia - É a mais comum e é assim chamada quando diagnosticada

em pessoas com 65 anos ou mais. Além disso, apresenta uma evolução mais lenta, em que

a perda das capacidades mentais acontece lentamente. Por isso, quando os sintomas têm

início após os 65 anos de idade, a DA pode ser considerada uma doença crónica de

evolução progressiva (64);

� Forma pré-senil ou precoce - É uma forma mais rara da doença. Ocorre em

indivíduos com idade entre os 40 e os 65 anos. Esta forma tem uma evolução mais

agressiva e rápida, fazendo com que o cérebro tenha as suas funções comprometidas num

menor período de tempo (64).

Realizaram-se várias investigações sobre o papel da nutrição, estabelecendo a

influência de determinados nutrientes, nesta doença. Entre eles citam-se o ácido α-

linoleico, ácidos gordos polinsaturados, as vitaminas do grupo B e os antioxidantes. Os

níveis de colesterol e a homocisteína estão associados a um risco acrescido de desenvolver

DA (65-69). Pelo contrário o ácido docosahexaenóico (DHA) e o ácido eicosapentaenóico

(EPA), que aumentam a fluidez membranar, influenciam a neurotransmissão e diminuem

o risco de desenvolver DA (56, 58, 59, 67, 70, 71).

Os danos nas células nervosas ocorrem, geralmente, de maneira progressiva, não

acontecendo, inicialmente, em todo o tecido cerebral, mas provocando uma diminuição da

secreção de neurotransmissores. A acetilcolina (54, 56, 72) é um destes

neurotransmissores com funções cognitivas, por exemplo na memória (73). Fármacos com

inibidores colinesterásicos aumentam os níveis deste neurotransmissor, prevenindo,

durante algum tempo, o avanço dos sintomas na função cognitiva e de outros associados à

DA como a insónia e a depressão (55, 59, 74).

Não deve esquecer-se que o diagnóstico diferencial é essencial, a partir do momento

em que o indivíduo começa a apresentar alterações na memória, pois segue-se um

agravamento crescente do funcionamento cognitivo, motor e das atividades quotidianas

(54, 56, 59, 75).

Como foi dito, a cura para esta doença ainda não foi encontrada, sendo prescritos,

apenas no início da doença, medicamentos que ajudam a estabilizar e minimizar alguns

dos sintomas, apesar de não evitarem a perda progressiva de capacidades do cérebro. A

ingestão de SA não apresenta efeitos secundários significativos e complementa a dieta

para que os doentes tenham uma melhor qualidade de vida e contrariando a progressão da

doença. A toma de SA também se tem revelado benéfica quando aparecem os primeiros

sinais.

Alguns dos componentes dos SA estudados para a DA são:

� Fosfatidilserina;

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� Ginkgo Biloba;

� Vitaminas e minerais;

� Ácido caprílico;

� Coenzima Q10, ou ubiquinona (CoQ10);

� Huperzine A;

� Omega-3.

1.2.2. Doença de Parkinson (DP)

Esta doença foi descrita por James Parkinson em 1817 (76), sendo a segunda doença

neurodegenerativa mais comum, após a DA. Constitui um enorme problema de saúde

pública (77), afetando adultos com mais de 65 anos (78).

É uma doença neurológica crónica progressiva, caracterizada pela deposição

intraneuronal da proteína α-sinucleína e a perda irreversível (morte celular) de neurónios

dopaminérgicos na substância nigra, que são responsáveis pelo controlo dos movimentos

(79, 80). É caracterizada pela associação de quatro distúrbios motores: lentidão dos

movimentos voluntários (bradicinesia), rigidez corporal, instabilidade de postura e tremor

sobretudo em repouso (81, 82). Existem, também, disfunções não motoras: disfunção do

sistema nervoso autónomo, alterações cognitivas e neurocomportamentais, alterações

sensoriais e do sono (83). A progressão é lenta, mas, nas fases mais avançadas pode haver

comprometimento intelectual.

Na DP ou Mal de Parkinson ocorre uma perda progressiva de movimentos, pois os

neurónios perdem as suas funções, principalmente, nos gânglios da base localizados no

encéfalo. O cérebro humano é constituído por 2 hemisférios cerebrais que contêm no seu

interior os gânglios da base (conjuntos de corpos neuronais), cuja função é auxiliar no

controlo motor. Os gânglios da base são divididos em duas regiões: a substância nigra e o

corpo estriado, composto pelo núcleo caudado, putâmen, globo pálido e núcleo

subtalâmico (Figura 6).

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Figura 6 - Corte frontal do encéfalo com os principais componentes dos gânglios da base

(adaptado de (84)).

Quando o movimento é iniciado, os impulsos são transmitidos ao corpo estriado e, a

partir daí, podem seguir dois caminhos: se o movimento é desejado o impulso segue para

neurónios das regiões conhecidas como neurónios talâmicos e córtex cerebral; se o

movimento é indesejado, esse impulso segue para a substância nigra e inibe as células

talâmicas e corticais, dificultando os movimentos. Na DP, quando a substância nigra falha,

apenas o outro caminho fica ativo, o do movimento indesejado. Nesta situação, a área do

cérebro responsável por produzir a dopamina (neurotransmissor, que faz a condução do

impulso nervoso no SNC para o corpo) sofreu degeneração. Se ocorre uma diminuição na

produção de dopamina, verifica-se a perda da coordenação e do controlo dos movimentos,

assim como a manutenção do tónus muscular e da postura.

Na maioria dos casos de Parkinson, a doença não é hereditária, ou seja, não é

transmitida de uma geração para outra. No entanto, pessoas com algum familiar próximo

afetado têm maior suscetibilidade de manifestar a doença, apontando para uma

componente genética. O aparecimento da doença está sujeito à heterogeneidade de genes

envolvidos na sua manifestação e também à escassez de informações sobre os mecanismos

moleculares. A investigação molecular está restrita à procura de marcadores de

suscetibilidade à doença.

Os sintomas aparecem somente quando cerca de 80% destes neurónios já

morreram.

Há, atualmente, quatro hipóteses principais que justificam o aparecimento da DP

(85, 86):

� Ação de toxinas ambientais, substâncias que podem destruir neurónios da

substância negra;

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� Acumulação de radicais livres, produzidos normalmente durante a metabolização

da dopamina, mas que em grande quantidade são nocivos aos neurónios;

� Anormalidades nas mitocôndrias, as estruturas celulares que fornecem energia e

produzem pequenas quantidades de radicais livres;

� Predisposição genética, que pode aumentar o risco de perda de neurónios, por

exemplo, devido, a uma maior sensibilidade a toxinas ambientais.

Diversas situações podem levar ao aparecimento de sintomas semelhantes aos da

DP, tais como acidentes vasculares cerebrais, envenenamento por metais, asfixia por

monóxido de carbono, para além de outras doenças degenerativas causadoras de

distúrbios dos movimentos e deficiências intelectuais. É comum aparecerem sinais de

depressão, associados à falta de apetite, cansaço, alterações do sono e dificuldades na vida

quotidiana. Os sinais ou sintomas podem tornar o individuo incapaz de cuidar de si

próprio.

Muitos doentes com DP, sobretudo nos estágios iniciais, não precisam de

tratamento, pois as manifestações da doença não impedem uma vida normal. Nos casos

em que necessitam, há medicação que diminui os sintomas, tais como a levodopa e os

medicamentos que reproduzem o efeito da dopamina no cérebro (83, 87).

A DP afeta o sistema motor dos indivíduos, não é contagiosa, não tem cura e a sua

progressão depende de cada doente.

A incidência da doença é independente da etnia, sendo ligeiramente mais comum

nos homens do que em mulheres (88). Porém, tem tendência a afetar principalmente

pessoas mais idosas (1% das pessoas acima de 65 anos tem essa doença) (89). Casos em

pessoas mais jovens acontecem, mas são raros. Os sintomas aparecem, geralmente, a

partir dos 55 anos (90).

As manifestações clínicas mais observadas são (83):

� Tremores;

� Rigidez;

� Acinesia (redução dos movimentos) e bradicinesia (lentidão nos movimentos);

� Depressão;

� Distúrbios do sono;

� Distúrbios cognitivos e da fala.

Podem surgir outros sintomas como secreção exagerada de saliva, dificuldades

respiratórias, dificuldades urinárias, tonturas e quebra da pressão arterial e dores.

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O diagnóstico é feito por exclusão, ou seja, não existe nenhum exame específico para

o diagnóstico da DP. O diagnóstico é feito pela história clínica do doente, pelos exames

neurológicos e pela exclusão de outras doenças.

É importante salientar que a DP não tem cura e a resposta ao tratamento varia com

o doente. Consiste principalmente em:

� Medicamentos - o mais importante para amenizar os sintomas é a levodopa (L-

dopa). Esta transforma-se em dopamina no cérebro e suprime parcialmente a

ausência dos neurotransmissores (87, 91);

� Fisioterapia, avaliação nutricional, atividade física e psicoterapia - servem para

aliviar os sintomas, de modo a facilitar a vida dos portadores desta doença e torná-

los independentes, apesar das suas limitações;

� Cirurgia - recomendada em poucos casos. Visa aliviar os sintomas e é somente

recomendada quando benéfica para o doente (91, 92).

O tratamento nutricional indicado nos casos de DP, embora não cure pode ajudar a

retardar os sintomas. Como referido anteriormente, a alimentação/suplementação

também pode influenciar o desenvolvimento da DP. A seguir apresentam-se alguns

componentes dos SA com possível efeito nesta patologia:

� Creatina;

� Coenzima Q10, ou ubiquinona (CoQ10);

� Vitaminas;

� Citidinadifosfocolina também chamado CDP-colina;

� SAMe;

� Aminoácidos.

1.2.3. Doença de Huntington (DH)

A doença de Huntington (DH) é uma doença cerebral hereditária e degenerativa.

Trata-se de uma doença batizada com o nome do médico George Huntington, de Long

Island, Nova Iorque que a descreveu pela primeira vez em 1872 (93).

É também designada Coreia de Huntington, pois, a coreia é caraterizada por

movimentos involuntários, rápidos e irregulares, dos braços, pernas, rosto e/ou do tronco,

geralmente associados à hipotonia e à diminuição da força muscular (94). A DH é fatal

(95), mas os doentes morrem de complicações oriundas dos sintomas e sequelas

instaladas no decorrer da evolução da doença, tais como sufocação, infeções (por exemplo,

pneumonia), paragem cardíaca ou traumatismos cranianos, em consequência de quedas. A

morte ocorre, em média, cerca de 15 a 20 anos após o aparecimento dos primeiros

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sintomas (94). Porém, assim como a gravidade, também a duração da doença varia de

pessoa para pessoa.

Apesar de ter a mesma probabilidade de se desenvolver em ambos os sexos, é mais

frequente no homem do que na mulher mas a diferença não é notória. Manifesta-se em

princípio por volta dos 30-55 anos. Pode afetar todos os grupos étnicos, mas parece haver

maior frequência do gene em indivíduos de origem caucasiana (95).

Os sintomas da DH variam muito de pessoa para pessoa, mesmo dentro da mesma

família. Para alguns, os movimentos involuntários podem ser proeminentes, mesmo nos

estágios iniciais. Para outros, podem ser menos evidentes e serem mais óbvios os sintomas

emocionais e comportamentais.

A DH provoca vários sintomas que advêm da degeneração das células nervosas, tais

como (93):

� Sintomas emocionais/comportamentais;

� Sintomas cognitivos/intelectuais;

� Sintomas motores.

Embora a forma e a gravidade dos sintomas variem de pessoa para pessoa, a

progressão desta doença pode ser dividida basicamente em três fases (96):

� Etapa Inicial - No início da doença, as manifestações incluem mudanças subtis na

coordenação, talvez alguns movimentos involuntários, dificuldade de concentração e,

frequentemente, humor depressivo ou irritável. Neste estágio, a medicação é

frequentemente eficaz no tratamento da depressão e outros sintomas emocionais;

� Etapa Intermédia - Os movimentos involuntários podem tornar-se mais

pronunciados. A fala e a deglutição começam a ser afetadas. Devem-se procurar

terapeutas físicos e ocupacionais para ajudar a manter o mais alto nível possível de

funcionamento motor e assim melhorar a qualidade de vida. As capacidades de

pensamento e raciocínio lógico também vão diminuindo gradualmente. Devem ser

utilizadas estratégias simples para ajudar a diminuir a frustração, melhorar o

funcionamento e prolongar a independência;

� Etapa Avançada - Torna-se uma grande preocupação a perda de peso e a

frequência com que o doente se engasga quando come. Neste estágio as pessoas com DH

são totalmente dependentes para todos os cuidados, já não andam e não são capazes de

falar. Embora as capacidades cognitivas estejam seriamente prejudicadas, é importante

não esquecer que, em geral, o doente ainda está consciente do seu meio ambiente e

continua capaz de compreender a linguagem.

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Os sintomas desta doença são originados pela perda de células nervosas e causam

movimentos anormais do corpo e falta de coordenação progressiva, além de afetar

algumas capacidades mentais e a personalidade do indivíduo.

Os doentes com esta doença têm os neurónios destruídos, sobretudo numa zona do

cérebro, o núcleo estriado, responsável essencialmente pelo planeamento e controlo dos

movimentos, mas, também participa noutros processos cognitivos, e é o local de produção

do neurotransmissor GABA. A diminuição da libertação de GABA no sistema nervoso

causa o aparecimento dos movimentos involuntários irregulares e a demência mental

progressiva (95). Ou seja, à medida que a doença progride ocorre uma destruição do

córtex cerebral, que contribui para a deterioração da capacidade cognitiva. De um modo

geral, a DH causa atrofia em todo o cérebro.

É uma DN autossómica dominante progressiva (94, 97). Cada par de cromossomas

homólogos, os genes que determinam a mesma característica genética, pode conter

informações diferentes. A maioria das pessoas afetadas pela DH são heterozigóticas, ou

seja, possuem uma cópia normal do gene (herdada do/a pai/mãe não afetado/a) e uma

cópia defeituosa do gene (herdada do/a pai/mãe afetado/a). Para que a DH se manifeste,

basta que um dos cromossomas homólogos contenha o gene defeituoso, por isso, a doença

é dominante. A DH transmite-se através de gerações, ou seja, qualquer pessoa afetada pela

DH pode transmitir a cópia defeituosa do gene à sua descendência (independente do sexo)

com 50% de probabilidade de ocorrer. Se um indivíduo não é portador do gene defeituoso,

não poderá transmiti-lo aos filhos. Esta doença não salta uma geração, pois é uma doença

dominante e pode afetar ambos os sexos igualmente.

Para realizar um diagnóstico conclusivo devem realizar-se um teste genético, um

exame neurológico e psicológico, exames ao liquor, sangue e urina, Rx e um histórico

familiar detalhado (94). Os sintomas desta doença podem coincidir com os de outras

doenças, como outras formas de coreias, ataxias ou DP.

A nutrição exerce um papel importante no tratamento da maioria dos doentes da

DH. Normalmente observa-se uma perda intensa de peso, mesmo seguindo dietas

equilibradas e, por isso, se aconselha o uso de SA para tentar colmatar esta situação. Os

movimentos involuntários graves podem, também, tornar o doente incapaz de se

alimentar sem ajuda. E, por isso, é importante ter em consideração vários fatores, de

modo a promover uma qualidade de vida aumentada.

De acordo com o National Institute of Neurological Disorders and Stroke (NINDS), a

DH é devida à degeneração geneticamente programada de neurónios, em certas partes do

cérebro. Sinais e sintomas comuns da DH incluem movimentos descontrolados, declínio

intelectual e distúrbios emocionais.

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Vários suplementos podem ajudar a retardar a progressão da DH entre eles:

� Creatina;

� Coenzima Q10, ou ubiquinona (CoQ10);

� Trealose;

� EGCG (Galhato de 3-epigalocatequina);

� Melatonina;

� Selénio;

� Vitamina C.

1.3. Influência da dieta na evolução das DN

Além dos SA acima descritos, foram ainda publicados outros estudos onde se

verificou a influência da dieta na prevenção ou atraso dos sintomas nas DN.

No seguimento do estudo da influência dos SA em DN, verificou-se que alguns

antioxidantes, como a vitamina C em associação com o β-caroteno podiam atrasar o

desenvolvimento de demências (98) e que a suplementação multivitamínica, minerais e

antioxidantes e extratos de plantas, podiam influenciar a cognição, pois, melhoravam a

eficácia neuronal, conseguida através da redução dos níveis de homocisteína (99) .

Há estudos que relatam que a ingestão de Bacopa monnieri pode aumentar ou

normalizar os níveis de vários neurotransmissores (serotonina, dopamina) e o seu efeito

anti-inflamatório funciona como um efeito anti-envelhecimento sobre as células

neuronais. Tal ação poderá levar à utilização desta planta nos tratamentos de patologias

relacionadas com o SNC, como a DP, a DA, e outras DN (100-102).

Um outro estudo revelou que o consumo de gorduras saturadas pode também estar

associado com o declínio nas funções cognitivas gerais e memória nas mulheres, enquanto

o consumo de gorduras monoinsaturadas pode estar associada a uma melhor função

cognitiva geral e memória. Este estudo concluiu que mulheres com mais de 65 anos que

consumiram os mais altos níveis de gorduras saturadas tiveram piores funções cognitivas

gerais que aquelas que consumiram teores inferiores (103).

Estudos epidemiológicos indicam que os hábitos alimentares e os antioxidantes da

dieta podem influenciar a incidência de DN, tais como DA e DP. Nos últimos anos, têm

sido avaliados os efeitos neuroprotetores de polifenóis em modelos celulares e animais. No

entanto, a maioria desses estudos concentraram-se apenas nas propriedades antioxidantes

destes compostos e menos sobre o mecanismo de ação. Um trabalho investigou o efeito do

extrato de polifenóis do cacau num modelo humano in vitro com DA. Os resultados

obtidos confirmam as propriedades antioxidantes do cacau e demonstraram que os

polifenóis do cacau são um agente de prevenção para a neurodegeneração (104).

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Um estudo publicado no Journal of Biological Chemistry em 2012, sobre a

curcumina, um composto do açafrão, revela que esta pode ser eficaz na prevenção ou

redução da DP, através do bloqueio da aglutinação da proteína α-sinucleína envolvida na

doença (105). Mas não é só nesta doença que este composto se tem revelado eficaz.

Também na DA se tem verificado alguma influência do seu uso para retardar os efeitos da

doença (106, 107). Pensa-se que outros compostos, como por exemplo a cafeína (108), e os

frutos vermelhos também podem influenciar de algum modo, retardando ou prevenindo,

as DN (109-111).

Foi publicado um estudo muito recente que mostrou que o cinamaldeído e a

epicatequina, dois compostos da canela, parecem dar alguma esperança no combate à DA

(112).

Um estudo publicado no Journal of Neurology Neurosurgery and Psychiatry em

2013 indica que a dieta mediterrânica, com adição de azeite extra-virgem ou nozes parece

melhorar a capacidade cognitiva em pessoas com mais idade, aconselhando-os a seguir

uma dieta de baixo teor de gordura (113).

Por fim um estudo recente com suplementos de nicotina, produzidos a partir da

mesma família botânica do tabaco, incluindo pimentas, tomates e batatas pode reduzir o

risco de incidência da DP (114).

É de salientar, mais uma vez, que todos estes compostos são relativamente isentos

de riscos, quando ingeridos com conta e medida.

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Capítulo 2

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2. Material e Métodos

2.1. Reagentes

Os padrões dos aminoácidos – L-Ala, L-Arg, L-Asn, Ác. L-Asp, Ác. L-Glut, L-Cys, L-

Gly, L-Glut, L-His, L-Ile, L-Leu, L-Lys, L-Met, L-Phe, L-Orn, L-Pro, L-Ser, L-Thr, L-Trp,

L-Tyr, L-Val e L-5-HTP bem como o padrão interno de L-Norvalina (Norv) e o reagente de

derivatização (Cloreto de dansilo) foram obtidos da Sigma-Aldrich (EUA).

A água purificada utilizada na preparação das amostras e reagentes foi obtida a

partir de um sistema de purificação de água Milli-Q (Millipore, EUA).

Utilizou-se Acetonitrilo de grau HPLC e N, N-Dimetilformamida (DMF), da Fluka

(Espanha); Acetona, Hidrogenofosfato de dipotássio (K2HPO4) anidro, Carbonato de sódio

(Na2CO3) anidro, Ácido clorídrico (HCl) 32 % e Ácido ortofosfórico (H3PO4) da Merck

(Alemanha); Trietilamina (TEA) da Alfa Aesar (Alemanha) e Hidróxido de potássio (KOH)

da Prolabo (EUA). Todos os outros reagentes usados eram de grau analítico.

2.2. Amostras

Foram adquiridos doze SA numa farmácia no Porto (Portugal). Nos respetivos

rótulos constavam diferentes alegações de saúde referentes, essencialmente, à estimulação

do sistema nervoso, melhoria da função cognitiva e redução do cansaço e da fadiga.

De acordo com a complexidade das amostras (comprimidos, cápsulas, xaropes e

ampolas) foram usados diferentes tratamentos de preparação das amostras para análise.

Uma vez que todos os AA descritos na rotulagem dos diferentes SA em estudo eram

solúveis em água, optou-se por solubilizar as diferentes amostras em água, recorrendo a

uma hidrólise ácida quando este tipo de preparação não se mostrou eficaz. Na Tabela 1

encontram-se identificados os diferentes SA, bem como os respetivos modos de

preparação. As soluções obtidas, incluindo as referentes às amostras hidrolisadas, foram

consideradas soluções stock, a partir das quais se efetuaram diluições, sempre que se

justificou, de acordo com a Tabela 1.

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Tabela 1 - Identificação e preparação dos SA (soluções stock).

Amostra Formulação farmacêutica Modo de preparação Fator de diluição

SA 1 Comprimido Solubilização em água a)

SA 2 Drageia Solubilização em água a)

SA 3 Cápsula Solubilização em água a)

SA 4 Cápsula Solubilização em água 1:100

SA 5 Cápsula Solubilização em água 1:50

SA 6 Cápsula Hidrólise ácida (HCl 6M 24h; 110º C) 1:100

SA 7 Cápsula Mole Hidrólise ácida (HCl 6M 24h; 110º C) 1:100

SA 8 Cápsula Mole Hidrólise ácida (HCl 6M 24h; 110º C) a)

SA 9 Xarope Hidrólise ácida (HCl 6M 24h; 110º C) 1:100

SA 10 Ampola Hidrólise ácida (HCl 6M 24h; 110º C) a)

SA 11 Ampola Hidrólise ácida (HCl 6M 24h; 110º C) a)

SA 12 Ampola Hidrólise ácida (HCl 6M 24h; 110º C) a)

Legenda: SA – Suplemento Alimentar; a) Utilização direta da solução no ensaio.

2.3. Determinação do teor em aminoácidos totais

por HPLC/FLD

Para a determinação do teor em aminoácidos totais das amostras realizou-se, em

primeiro lugar, a hidrólise completa da matriz inicial, seguida da derivatização com

Cloreto de dansilo e análise cromatográfica por HPLC/FLD.

Para a identificação dos compostos individuais preparou-se solução padrão com

uma mistura de aminoácidos a 0,5 mg/mL. A partir desta, preparam-se diluições com

concentrações decrescentes (0,1 mg/mL; 0,05 mg/mL; 0,001 mg/mL; 0,0005 mg/mL;

0,0001 mg/mL), utilizadas para a construção das retas de calibração de cada aminoácido.

A quantificação dos compostos individuais foi feita através do método do padrão

interno. O método do padrão interno foi realizado para minimizar as incertezas

introduzidas através da injeção da amostra devido às pequenas quantidades injetadas.

Este padrão interno é introduzido em cada amostra, e a razão entre as áreas do pico da

amostra e do padrão interno funcionam como parâmetro analítico. O padrão interno não

deve, reagir com nenhum dos componentes da amostra e ser quimicamente similar ao

analito de interesse. A Norv foi o padrão interno escolhido, uma vez que este aminoácido

não existe normalmente nas proteínas, tem um grau de pureza elevada, é estável à

hidrólise e pode ser cromatograficamente separado dos restantes aminoácidos. Todas as

análises foram efetuadas em triplicado e os resultados expressos de diferentes formas, de

acordo com o pretendido.

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2.3.1. Hidrólise ácida para análise dos aminoácidos

O método de hidrólise utilizado para a determinação dos aminoácidos foi adaptado

da literatura (115, 116). Desta forma, para as amostras de xarope e ampolas mediu-se

rigorosamente 1 mL de solução stock ao qual se adicionaram 3 mL HCL 6 M. Para as

amostras com outras fórmulas farmacêuticas, nomeadamente, cápsulas adicionaram-se 3

mL HCL 6 M diretamente a cada uma. Utilizou-se um fluxo de azoto para retirar o

oxigénio da amostra. De seguida, as amostras permaneceram na estufa a 110ºC, durante

24h. Uma vez terminada a hidrólise, neutralizou-se o extrato com KOH 12 M, até pH 7.

2.3.2. Derivatização

Os extratos obtidos das hidrólises foram centrifugados (Heraeus Sepatech Labofuge

Ae, Haraeus Instrumments, Alemanha) a 5000 rpm, durante 5 minutos. Retiraram-se

500 µL do sobrenadante para um tubo de vidro, aos quais se adicionaram 500 µL de

Na2CO3 2 M, tendo-se confirmado que a solução estava na gama de pH ideal para o

ensaio (9,5 - 10,5). A esta mistura adicionou-se 60 µL de Norv 200 µL de Cloreto de

dansilo 0,2 % e 1 mL de Acetona. Os frascos foram colocados na estufa onde

permaneceram a 110 ºC, durante 10 minutos. Após arrefecimento à temperatura

ambiente, no escuro, retirou-se 1 mL do extrato derivatizado para eppendorf e

centrifugou-se (Heraeus Sepatech Biofuge Pico, Haraeus Instrumments, Germany) a

13000 rpm, durante 5 minutos. O sobrenadante foi filtrado e transferido para tubos

Supelco® âmbar, para injetor automático, com rolhas perfuráveis, e conservado a -20 ºC

até ser analisado por HPLC/FLD.

2.3.3. Análise cromatográfica

A análise cromatográfica foi efetuada num sistema HPLC integrado da Jasco

(Japão), equipado com injetor automático (AS-950), bomba (PU-980), detetor de

fotodíodos (DAD) de múltiplos comprimentos de onda e um detetor de fluorescência (FP-

920).

A separação cromatográfica foi efetuada numa coluna de fase reversa Luna (5 µm;

150 x 4,60 mm) da Phenomenex (EUA), à temperatura controlada de 40 ºC.

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Utilizou-se um sistema de gradiente com os seguintes eluentes: A) K2HPO4 0,0185

M com 4 % de Dimetilformamida e 0,1 % de Trietilamina (pH final = 2,49), para a

separação dos aminoácidos; B) Acetonitrilo.

O gradiente utilizado (fluxo 1,1 mL/minuto) foi o seguinte: 0’ 17 % B; 26’ 50 % B; 28’

50% B; 40’ 65% B; 43’ 17% B.

A quantificação dos compostos foi efetuada por fluorescência, pelo método do

padrão interno (λexcitação= 335 nm; λemissão= 514 nm). Os dados foram analisados no

software Borwin-PDA Controller (JMBS, França).

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Capítulo 3

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3. Discussão de resultados

3.1. Análise do teor de AA nos SA

Na tabela 2 encontram-se descritos as informações e as alegações que os SA

continham na sua rotulagem.

Tabela 2 - Informação sobre os SA utilizados.

Amostra Fórmula farmacêutica Composição/teor em AA Alegação rótulo

SA 1 Comprimido

L-Arginina Conforme a legislação em vigor.

Contém:

� a designação do SA

� a posologia recomendada

� as substâncias que o caracterizam

� a quantidade de cada ingrediente apresentada sob

a forma numérica e sob a forma de percentagem

� uma advertência que não deve ser excedida a

posologia indicada e que devem ser guardados fora

do alcance das crianças

� uma indicação que os SA não devem ser utilizados

como substitutos de um regime alimentar variado,

assim como não lhes serem atribuídas

propriedades profiláticas, de tratamento ou

curativas

5-Hidroxitriptofano

Glutamina

SA 2 Drageia

Ácido L-Aspártico Conforme a legislação em vigor.

Contém:

� a designação do SA

� a posologia recomendada

� as substâncias que o caracterizam

� a quantidade de cada ingrediente apresentada sob

a forma numérica e sob a forma de percentagem

� uma advertência que não deve ser excedida a

posologia indicada e que devem ser guardados fora

do alcance das crianças

� uma indicação que os SA não devem ser utilizados

como substitutos de um regime alimentar variado,

assim como não lhes serem atribuídas

propriedades profiláticas, de tratamento ou

curativas

L-Arginina

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Joana Botelho Teixeira 36

Tabela 2 - Informação sobre os SA utilizados (continuação).

Amostra Fórmula farmacêutica Composição/teor em AA Alegação rótulo

SA 3 Cápsula 5-Hidroxitriptofano

Conforme a legislação em vigor.

Contém:

� a designação do SA

� a posologia recomendada

� as substâncias que o caracterizam

� a quantidade de cada ingrediente apresentada sob

a forma numérica e sob a forma de percentagem

� uma advertência que não deve ser excedida a

posologia indicada e que devem ser guardados fora

do alcance das crianças

� uma indicação que os SA não devem ser utilizados

como substitutos de um regime alimentar variado,

assim como não lhes serem atribuídas

propriedades profiláticas, de tratamento ou

curativas

SA 4 Cápsula DL-Fenilalanina

Conforme a legislação em vigor.

Contém:

� a designação do SA

� a posologia recomendada

� as substâncias que o caracterizam

� a quantidade de cada ingrediente apresentada sob

a forma numérica e sob a forma de percentagem

� uma advertência que não deve ser excedida a

posologia indicada e que devem ser guardados fora

do alcance das crianças

� uma indicação que os SA não devem ser utilizados

como substitutos de um regime alimentar variado,

assim como não lhes serem atribuídas

propriedades profiláticas, de tratamento ou

curativas

SA 5 Cápsula

L-Fenilalanina Conforme a legislação em vigor.

Contém:

� a designação do SA

� a posologia recomendada

� as substâncias que o caracterizam

� a quantidade de cada ingrediente apresentada sob

a forma numérica e sob a forma de percentagem

� uma advertência que não deve ser excedida a

posologia indicada e que devem ser guardados fora

do alcance das crianças

� uma indicação que os SA não devem ser utilizados

como substitutos de um regime alimentar variado,

assim como não lhes serem atribuídas

propriedades profiláticas, de tratamento ou

curativas

L-Glutamina

L-Tirosina

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Joana Botelho Teixeira 37

Tabela 2 - Informação sobre os SA utilizados (continuação).

Amostra Fórmula farmacêutica Composição/teor em AA Alegação rótulo

SA 6 Cápsula Aspartato de arginina

Conforme a legislação em vigor.

Contém:

� a designação do SA

� a posologia recomendada

� as substâncias que o caracterizam

� a quantidade de cada ingrediente apresentada sob

a forma numérica e sob a forma de percentagem

� uma advertência que não deve ser excedida a

posologia indicada e que devem ser guardados fora

do alcance das crianças

� uma indicação que os SA não devem ser utilizados

como substitutos de um regime alimentar variado,

assim como não lhes serem atribuídas

propriedades profiláticas, de tratamento ou

curativas

SA 7 Cápsula Mole

Ácido L-Aspártico

Não esta conforme a legislação em vigor, pois não

refere a quantidade de cada nutriente sob a forma

numérica e sob a forma de percentagem

Ácido Glutâmico

L-Arginina

Fenilalanina

Lisina

Metionina

SA 8 Cápsula Mole

L-Arginina Conforme a legislação em vigor.

Contém:

� a designação do SA

� a posologia recomendada

� as substâncias que o caracterizam

� a quantidade de cada ingrediente apresentada sob

a forma numérica e sob a forma de percentagem

� uma advertência que não deve ser excedida a

posologia indicada e que devem ser guardados fora

do alcance das crianças

� uma indicação que os SA não devem ser utilizados

como substitutos de um regime alimentar variado,

assim como não lhes serem atribuídas

propriedades profiláticas, de tratamento ou

curativas

L-Glutamina

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Joana Botelho Teixeira 38

Tabela 2 - Informação sobre os SA utilizados (continuação).

Amostra Fórmula farmacêutica Composição/teor em AA Alegação rótulo

SA 9 Xarope Glutamina

Conforme a legislação em vigor.

Contém:

� a designação do SA

� a posologia recomendada

� as substâncias que o caracterizam

� a quantidade de cada ingrediente apresentada sob

a forma numérica e sob a forma de percentagem

� uma advertência que não deve ser excedida a

posologia indicada e que devem ser guardados fora

do alcance das crianças

� uma indicação que os SA não devem ser utilizados

como substitutos de um regime alimentar variado,

assim como não lhes serem atribuídas

propriedades profiláticas, de tratamento ou

curativas

SA 10 Ampola

Ácido Glutâmico Conforme a legislação em vigor.

Contém:

� a designação do SA

� a posologia recomendada

� as substâncias que o caracterizam

� a quantidade de cada ingrediente apresentada sob

a forma numérica e sob a forma de percentagem

� uma advertência que não deve ser excedida a

posologia indicada e que devem ser guardados fora

do alcance das crianças

� uma indicação que os SA não devem ser utilizados

como substitutos de um regime alimentar variado,

assim como não lhes serem atribuídas

propriedades profiláticas, de tratamento ou

curativas

Lisina

SA 11 Ampola

Ácido L-Aspártico Conforme a legislação em vigor.

Contém:

� a designação do SA

� a posologia recomendada

� as substâncias que o caracterizam

� a quantidade de cada ingrediente apresentada sob

a forma numérica e sob a forma de percentagem

� uma advertência que não deve ser excedida a

posologia indicada e que devem ser guardados fora

do alcance das crianças

� uma indicação que os SA não devem ser utilizados

como substitutos de um regime alimentar variado,

assim como não lhes serem atribuídas

propriedades profiláticas, de tratamento ou

curativas

L-Arginina

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Joana Botelho Teixeira 39

Tabela 2 - Informação sobre os SA utilizados (continuação).

Amostra Fórmula farmacêutica Composição/teor em AA Alegação rótulo

SA 12 Ampola

Aspartato de arginina Conforme a legislação em vigor.

Contém:

� a designação do SA

� a posologia recomendada

� as substâncias que o caracterizam

� a quantidade de cada ingrediente apresentada sob

a forma numérica e sob a forma de percentagem

� uma advertência que não deve ser excedida a

posologia indicada e que devem ser guardados fora

do alcance das crianças

� uma indicação que os SA não devem ser utilizados

como substitutos de um regime alimentar variado,

assim como não lhes serem atribuídas

propriedades profiláticas, de tratamento ou

curativas

Ácido Glutâmico

No total foram analisados 12 SA, cuja formulação variou entre xaropes, ampolas,

comprimidos e cápsulas.

Pelos resultados obtidos foi possível verificar que a metodologia implementada ou a

preparação das amostras utilizada não se mostrou adequada, pelo que foi necessário

retirar do estudo as amostras líquidas ou fluidas. Por tal facto o estudo ficou reduzido a 8

amostras.

O método para análise cromatográfica quantitativa envolve a preparação de uma

série de soluções-padrão de composições próximas à concentração do analito na amostra,

com o objetivo de realizar uma calibração externa. Os cromatogramas dos padrões (Figura

7) são então obtidos, e com as áreas dos picos faz-se um gráfico em função da

concentração. A concentração da amostra é obtida a partir da equação da reta obtida a

partir do gráfico (117).

A quantificação dos AA presentes nos diferentes SA em estudo foi efetuada de

acordo com as retas de calibração obtidas para cada padrão, identificadas na Tabela 3.

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Joana Botelho Teixeira 40

Tabela 3 - Retas de calibração utilizadas para a quantificação dos diferentes AA.

Abreviatura Equação reta R²

5-Hidroxitriptofano 5-HTP y=6,3911x+0,0167 0,9948

Ácido Aspártico Ác. Asp y=1,5093x+0,0006 0,9997

Ácido Glutâmico Ác. Glut y=2,0134x+0,0045 0,9996

Alanina Ala y=7,6845x+0,0170 0,9985

Arginina Arg y=1,0853x+0,0095 0,9860

Asparagina Asn y=0,6043x-0,0188 0,9900

Cisteína Cys y=2,1144x+0,0454 0,9815

Fenilalanina Phe y=11,9930x-0,0187 0,9999

Glicina Gly y=8,3721x+0,0136 0,9997

Glutamina Glut y=1,1752x-0,0251 0,9941

Histidina His y=1,0029x+0,0022 0,9993

Isoleucina Ile y=23,6080x-0,0531 0,9999

Leucina Leu y=26,0780x-0,0185 1,0000

Lisina Lys y=37,8750x-0,0179 0,9997

Metionina+Valina Met+Val y=28,6330x-0,0189 1,0000

Ornitina Orn y=25,2510x-0,0193 0,9987

Prolina Pro y=14,1660x-0,1127 0,9983

Serina Ser y=0,7748x+0,0028 0,9979

Tirosina Tyr y=13,3560x-0,0145 0,9998

Treonina Thr y=0,7764x-0,0039 0,9945

Triptofano Trp y=13,1020x-0,1700 0,9882

Na tabela 4 encontram-se descritos os resultados analíticos obtidos para cada um

dos aminoácidos presentes nas 8 amostras, que resultaram da análise dos cromatogramas

dos diferentes SA (Anexo B).

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Tabela 4 - Composição em AA dos diferentes SA – resultados analíticos.

Amostra Aminoácido Concentração do AA em mg/unidade

SA 1

L-Arginina 43,20±15,95

5-Hidroxitriptofano 16,73±1,49

Glutamina 17,92±1,80

SA 2 Ácido L-Aspártico 28,09±3,39

L-Arginina 31,09±2,53

SA 3 5-Hidroxitriptofano 111,59±17,01

SA 4 DL-Fenilalanina 587,53±53,30

SA 5

L-Fenilalanina 224,74±0,88

L-Glutamina 572,78±21,04

L-Tirosina 190,15±25,96

SA 6 Arginina 241,33±67,25

Ácido L-Aspártico 180,88±54,18

SA 7

Ácido L-Aspártico 13,75±4,02

Ácido Glutâmico 94,94±3,63

L-Arginina 15,85±1,74

Fenilalanina 21,76±0,93

Lisina 3,26±0,22

Metionina 8,81±0,30

SA 8 L-Arginina 41,06±4,02

L-Glutamina 67,35±3,18

Na tabela 5 estão resumidos os valores esperados nas amostras de SA.

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Joana Botelho Teixeira 42

Tabela 5 - Teores esperados nos aminoácidos das amostras de SA.

Amostra Aminoácido Esperado

SA 1

L-Arginina 40 mg

5-Hidroxitriptofano 20 mg

Glutamina 10 mg

SA 2 Ácido L-Aspártico 68,8 mg

L-Arginina 91,2 mg

SA 3 5-Hidroxitriptofano 100 mg

SA 4 DL-Fenilalanina 500 mg

SA 5

L-Fenilalanina 167 mg

L-Glutamina 167 mg

L-Tirosina 167 mg

SA 6 Aspartato de Arginina 125 mg

SA 7

Ácido L-Aspártico

Não se encontra descrito

Ácido Glutâmico

L-Arginina

Fenilalanina

Lisina

Metionina

SA 8 L-Arginina 40 mg

L-Glutamina 10 mg

No caso do SA 1 observa-se que os teores de L-Arg e de Glut são ligeiramente

superiores aos descritos no rótulo (43,2 Vs 40 mg e 17,9 Vs 10 mg por comprimido,

respetivamente), sendo que o mesmo não se verificou no caso do AA 5-HTP, cujo teor foi

inferior (16,7 Vs 20 mg por comprimido).

Relativamente ao SA 2 verificou-se que os teores de ambos os AA quantificados,

nomeadamente o Ác. Asp e a L-Arg, se encontram aquém daqueles reportados no rótulo

(28,1 Vs 68,8 e 31,1 Vs 92,1 mg por drageia).

O SA 3, por sua vez, apresenta um teor de 5-HTP acima do esperado (116,4 Vs 100

mg por cápsula). O mesmo acontece no caso do SA 4, relativamente aos teores obtidos de

Phe (587,5 Vs 500 mg por cápsula). Os valores que se encontram acima do esperado

podem estar associados a uma margem de segurança associada ao SA. No caso do SA 5, no

que respeita os teores de L-Glut, L-Phe e L-Tyr (572,8 Vs 167 mg; 224,7 Vs 167 mg; e 190,2

Vs 167 mg por cápsula, respetivamente). De acordo com a informação constante do rótulo

deste último, efetivamente, apenas 167 mg dos AA mencionados estão na forma livre, pelo

que a presença dos mesmos em teores superiores poderá estar relacionada com a sua

existência noutros ingredientes deste SA.

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Joana Botelho Teixeira 43

Tendo em conta que os suplementos acima referidos (SA 1 a SA 5) não sofreram

hidrólise, na origem destes desvios poderão estar fatores relacionados com uma

amostragem pouco representativa (n=3) e/ou com uma preparação inadequada das

amostras.

De acordo com a respetiva rotulagem, o SA 6 contém um teor de aspartato de

arginina de 125 mg por cápsula. Para a quantificação dos aminoácidos que constituem este

dipéptido (L-Arg e Ácido L-Aspártico) procedeu-se à hidrólise da amostra. Pela conversão

deste valor em teores equivalentes de L-Arg e de Ác. L-Asp, seria expectável obter-se cerca

de 71 mg do primeiro e 54 mg do último, por cápsula. No entanto, os resultados obtidos

são superiores ao esperado para os referidos AA. De acordo com a literatura, a Arg

constitui cerca de 60% do total dos AA livres presentes na raíz do ginseng (118), cujo

extrato consta da lista de ingredientes deste SA. O efeito da hidrólise na matriz inicial

pode, assim, justificar este marcado aumento no teor de AA obtido.

Quanto ao SA 7, não foi possível efetuar nenhum tipo de comparação quantitativa

dos resultados obtidos com os teores esperados, uma vez que esta informação não

constava da rotulagem. Como tal, apenas foi possível constatar que, efetivamente, os

aminoácidos mencionados no rótulo (Ác. L-Asp. L-Arg, Ác. Glut, Met, Phe e Lys) se

encontravam presentes na amostra, nas quantidades mencionadas na Tabela 3.

À semelhança do que aconteceu com os SA 6, o SA 7 e 8 foram igualmente

submetidos a hidrólise. Os resultados obtidos mostram-se concordantes com os valores

descritos no rótulo para a L-Arg (41,1 Vs 40 mg por cápsula). No entanto, obtiveram-se

teores consideravelmente superiores de L-Glut, face ao esperado (67,3 mg Vs 10 mg por

cápsula). De acordo com a literatura, quando submetida a hidrólise ácida a Glut é

convertida em Ác Glut (118, 119). Como tal, nos cromatogramas desta amostra

consideraram-se as áreas dos picos do Ác. Glut da Glut. O resultado final reflete, desta

forma, a quantidade de Glut determinada pela conversão do teor de Ác. Glut neste AA, à

qual se somou a quantidade de Glut ainda existente. Para além disso, presença de L-

Glutatião na lista de ingredientes leva a crer que, por efeito da hidrólise, este tripéptido

formado por Ác. Glut, Cys e Gly, possa contribuir para o aumento indireto do teor de Glut,

pelos mecanismos já identificados.

Uma das limitações que temos neste trabalho esta relacionada com o fato de ainda

não se terem realizaram os ensaios de recuperação de modo a averiguar a precisão e a

exatidão do método. O ensaio de recuperação é o método mais usado para validar

processos analíticos. A recuperação está relacionada com a exatidão, pois indica a

quantidade de determinado analito recuperado no processo, versus a quantidade real

presente na amostra. A exatidão expressa-se como erro sistemático percentual, inerente ao

processo e o erro sistemático deve-se às perdas da substância devido à baixa recuperação

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Joana Botelho Teixeira 44

da extração, medidas volumétricas imprecisas ou substâncias interferentes na amostra

(120).

3.2. Análise das alegações e da rotulagem

Da análise da rotulagem de todas as amostras consideradas neste estudo, apenas o

SA 7 não cumpria a legislação em vigor, pois não especificava a quantidade dos

ingredientes presentes.

Todas as restantes amostras continham a designação suplemento alimentar e das

substâncias que caracterizam o produto, a posologia recomendada e uma advertência de

que esta não deve ser excedida. Estava também presente na rotulagem a indicação de que

os SA não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado e que

devem ser guardados fora do alcance das crianças. Os rótulos, corretamente, não incluíam

menções que atribuam aos SA propriedades profiláticas ou de tratamento de doenças.

Quanto a alegações, são escassas e por vezes insuficientes, na medida que são muito

genéricas. Somente os SA 1, 2 e 6 tinham bulas que faziam referência á sua composição e

funções, assim como também todas as exigências feitas pela legislação em vigor mas os

únicos que mencionavam a importância da ingestão de alguns AA foram os SA 1 e 2.

O SA 5 faz referência à sua aplicação na prevenção de DN, tais como DA, retardando

os sintomas associados ao humor.

Todos os SA analisados referiam que poderiam ser usados para a fadiga e declínio

cognitivo e concentração não sendo específicos quais os componentes responsáveis por

este efeito.

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Joana Botelho Teixeira 45

Capítulo 4

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Joana Botelho Teixeira 46

4. Conclusão

Existe um número elevado de estudos sobre a influência de SA em DN. Neste

trabalho foram analisados alguns SA com influência nas DN mais relevantes não só pela

sua incidência na população mundial mas também porque são as que se conhece melhor

os seus sintomas.

Quando tomados em doses adequadas existem evidências suficientes, que os SA

podem ajudar a prevenir e melhorar a progressão destas doenças, assim como minimizar

as suas típicas carências nutricionais. Portanto o uso adequado de SA, faz parte de um

acompanhamento com vista a otimizar o estado nutricional do doente que tende a

agravar-se à medida que a doença avança, sendo que a má nutrição constitui uma das

principais causas de morte.

Cabe ao médico, dentro de equipas multidisciplinares, avaliar o estado dos doentes,

determinando medidas que promovam uma nutrição adequada, que combata as

deficiências nutricionais inerentes à doença e que conduzem, por sua vez, à diminuição da

qualidade de vida dos mesmos. Assim deve-se ter em conta que a ingestão de qualquer SA

utilizado nestas doenças deve ser do conhecimento do médico.

Apesar de ser um assunto bastante investigado nos dias de hoje, e apesar dos SA

ajudarem na prevenção e no alívio dos sintomas das DN ainda não se encontrou uma cura

para estas e por isso mais esforços devem ser feitos nesse sentido levando à melhoria da

qualidade de vida e saúde da população.

Este trabalho vem fornecer dados quanto á utilização dos SA para atrasar o défice

cognitivo associado as DN. Esta metodologia considerou a informação da rotulagem

apresentada assim como as alegações que foram feitas em cada suplemento.

Há que considerar, por isso, um conjunto alargado de fatores que podem ter

interferido nos resultados, nomeadamente, a variabilidade da composição que pode ter

interferido na deteção, os próprios métodos de amostragem; o tempo e a temperatura a

que a análise foi realizada provocando diferentes tempos de retenção.

Nos SA em que os valores encontrados foram superiores ao esperado pensa-se que

além da margem de segurança colocada pelo fabricante, alguns dos outros ingredientes

(proteínas e péptidos) possam ter contribuído para alterar os valores esperados. No caso

em que os valores obtidos foram inferiores, na origem destes desvios poderão estar fatores

relacionados com uma amostragem pouco representativa (n=3) e/ou com uma preparação

inadequada das amostras.

Contudo, ao longo deste trabalho evidenciaram-se limitações. Assim, verificou-se

que os valores obtidos nem sempre se aproximaram dos valores de referência, também

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Joana Botelho Teixeira 47

ainda não se realizaram os ensaios de recuperação de modo a averiguar a precisão e a

exatidão do método.

É, por isso, importante dar continuidade a este estudo, de forma a obter mais

informação que permita melhorar e a aperfeiçoar esta metodologia de modo a que se

consiga obter informação mais precisa e fidedigna de modo a que se consiga comprovar a

eficácia da utilização destes SA nas DN.

Quanto as alegações e rotulagem conclui-se que a sete das oito amostras analisadas

estão de acordo com a legislação fazendo referência à posologia e quantidade de

ingredientes presente no SA, assim como falam de todas as medidas preventivas que se

deve ter em relação a este SA. As alegações encontradas na rotulagem são escassas e por

vezes insuficientes. Na medida que são muito genéricas remetendo-se para ajudar na

fadiga e concentração. Os SA 1, SA 2 e SA 6 tinham bulas que faziam referência á sua

composição e funções, assim como também todas as exigências feitas pela legislação em

vigor.

Conclui-se por fim que apesar dos valores obtidos serem na sua maioria próximos

dos esperados, mostrando ter um nível de confiança aceitável nos valores expressos pelos

fabricantes, ainda muito havia por fazer. Por isso recomenda-se prosseguir este estudo de

modo a continuar a aprofundar os resultados obtidos por esta metodologia.

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Joana Botelho Teixeira 48

Capítulo 5

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Joana Botelho Teixeira 49

5. Referências bibliográficas

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de 28 de Junho. Diário da República — 1.ª série - A, N.o147, 3724-8.

2. Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas. Decreto de lei n.º 296/2007,

de 22 de Agosto. Diário da República — 1.ª série, N.º161, 5584-5.

3. Suplementos Alimentares. Disponível em:

http://www.plataformacontraaobesidade.dgs.pt/ResourcesUser/Institucional/Projectos%20AR

S/Madeira/SUPLEMENTOS_ALIMENTARES.pdf [acedido em 2013/5/1].

4. Ottaway PB. Dietary Supplements, Nutraceuticals & Functional Foods in Europe. Disponível em:

http://www.nutraceuticalsworld.com/issues/2002-03/view_features/dietary-supplements-

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8. Jornal Oficial das Comunidades Europeias. Directiva 2002/46/CE de 10 de Junho de 2002.

Parlamento Europeu e do Conselho da União Europeia. L 183, 51-7.

9. Jornal Oficial das Comunidades Europeias. Directiva 2004/24/CE de 31 de Março de 2004.

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11. Saper RB, Eisenberg DM, Phillips RS. Common dietary supplements for weight loss. Am Fam

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Anexos

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Anexo A

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Joana Botelho Teixeira 61

Tabela 6 - Composição dos SA analisados.

Comprimido Rotulagem

SA 1

Composição (por comprimido):

Vitamina D3 25 µg

Vitamina E 36 mg

Vitamina C 80 mg

Vitamina B1 25 mg

Vitamina B2 3 mg

Vitamina B3 32 mg

Vitamina B6 10 mg

Ácido Fólico 400 µg

Vitamina B12 100 µg

Ácido Pantoténico 12 mg

Magnésio 75 mg

Ferro 8 mg

Zinco 15 mg

Manganésio 2 mg

Cobre 1000 µg

Selénio 110 µg

Crómio 40 µg

Iodo 150 µg

Extrato de Ginkgo Biloba 120 mg

5-HTP (Hidroxitriptofano) 20 mg

L-Arginina 40 mg

Glutamina 10 mg

L-Glutationa 5 mg

Coenzima Q10 10 mg

Fosfatidilserina 10 mg

Fosfatidilcolina 10 mg

Carotenóides 2 mg

Ingredientes (por comprimido de 1,109g):

Agentes Espessantes: Celulose Microcristalina, Fosfato de Cálcio Dibásico, Óxido de

Magnésio; Vitamina C; Fosfatidilserina; L-Arginina; Vitamina E; Sulfato de Zinco

Monohidratado; Extrato de Ginkgo Biloba; Vitamina B3; Vitamina B1; Agente Espessante:

Hidroxipropilmetilcelulose; Lubrificante: Ácido Esteárico; Desintegrante: Croscarmelose de

Sódio, Fumarato Ferroso; Vitamina B12; 5-HTP (Hidroxitriptofano); Antiaglomerante:

Dióxido de Silício; Fosfatidilcolina; D- Pantotenato de Cálcio; Vitamina B6; Agentes de

Revestimento: Hidropropilcelulose e Hidroxipropilmetilcelulose; Glutamina; Coenzima Q10;

Carotenóides; Corantes: Dióxido de Titânio, Sulfato Monohidratado de Manganésio; L-

Glutationa; Lubrificante: Estearato de Magnésio; Vitamina B2; Sulfato de Cobre; Corante:

Óxido de Ferro Amarelo; Vitamina D3; Folacina; Selenato de Sódio Anidro; Tricloreto de

Crómio; Iodeto de Potássio.

Toma diária recomendada:

Tomar diariamente 1 comprimido, após o almoço ou jantar, com água e sem mastigar.

Conforme a

legislação em

vigor

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Suplementos alimentares para prevenção de doenças degenerativas: Controlo dos ingredientes. Adequação da rotulagem.

Joana Botelho Teixeira 62

Tabela 6 - Composição dos SA analisados (continuação).

Drageia Rotulagem

SA 2

Composição (por drageia):

L-Arginina 91,2 mg

Ácido L-Aspártico 68,8 mg

Ginseng (Panax ginseng) 40 mg

Cola (Cola acuminata) 32 mg

Levedura de Cerveja 30 mg

Ingredientes:

Ácido L-Aspártico (12,7%); L-Arginina (9,5%); Lactose; Sacarose; Guaraná (6,1%) (Paullinia

cupana); Polivinilpirrolidona; Ginseng (5,5%) (Panax ginseng); Cola (4,4%) (Cola

acuminata); Levedura de Cerveja (4,2%); Agentes de Revestimento: Goma Laca, Carbonato

de Cálcio, Talco, Goma Arábica, Dióxido de Titânio, Sais de Magnésio de Ácidos Gordos,

Amido de Milho, Cera.

Toma diária recomendada:

1 a 2 drageias ao dia, duas vezes ao dia, antes das refeições principais.

Conforme a

legislação em

vigor

Cápsula Rotulagem

SA 3

Composição (por cápsula):

Magnésio 50 mg

5-HTP (Hidroxitriptofano) 100 mg

Extrato de raiz de valeriana em pó (Valeriana Officinalis) 100 mg

Vitamina B6 10 mg

Ingredientes:

Magnésio; Invólucro da cápsula vegetal: hidroxipropilmetilcelulose; 5- HTP (do Extrato de

Semente de Griffonia simplicifolia); Extrato de raiz de valeriana em pó (Valeriana

Officinalis); Agente de volume: celulose microcristalina; Antiaglomerante: Estearato de

Magnésio.

Toma diária recomendada:

Adultos: tomar 1 cápsula por dia, de preferência junto com uma refeição.

Conforme a

legislação em

vigor

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Tabela 6 - Composição dos SA analisados (continuação).

Cápsula Rotulagem

SA 4

Composição (por cápsula):

D-Fenilalanina 250 mg

L-Fenilalanina 250 mg

Ingredientes:

Celulose Vegetal; Vegetais; Antiaglomerante: Estearato de Magnésio, Dióxido de Silicio;

Água; Pode Conter Glicerina Vegetal; Agente de Volume: Hidroxipropilcelulose; Cápsula:

Hidroxipropilmetilcelulose.

Toma diária recomendada:

Adultos: tomar 1 a 2 cápsulas por dia com sumo ou água, entre as refeições.

Conforme a

legislação em

vigor

SA 5

Composição (por cápsula):

L-Fenilalanina (forma livre) 167 mg;

L-Tirosina (forma livre) 167 mg;

L-Glutamina (forma livre) 167 mg;

Vitamina C (como L-ascorbato de cálcio) 100 mg;

Colina (como bitartrato) 41 mg;

Lecitina de Soja 33 mg (Fornecendo 5,94 mg [18%] de Fosfatidilcolina);

Extrato Estandardizado de Folha de Ginkgo biloba em pó 7 mg (contendo mínimo 1,68 mg

[24%] de Ginkgoflavoglicósidos);

Tiamina (Vitamina B1, como Mononitrato de Tiamina) 5 mg;

Niacina (Vitamina B3, Nicotinamida) 5 mg;

Riboflavina (Vitamina B2) 5 mg;

Piridoxal-5-Fosfato (Coenzima da Vitamina B6) 2,5 mg

Outros Ingredientes Naturais:

Antiaglomerante: Estearato de Magnésio Vegetal; Cápsula Vegetal:

Hidroxipropilmetilcelulose

Toma diária recomendada:

Adultos: tomar 1 a 2 cápsulas vegetais por dia, de preferência à refeição, ou segundo

prescrição médica ou do seu técnico de saúde.

Conforme a

legislação em

vigor

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Tabela 6 - Composição dos SA analisados (continuação).

Cápsula Rotulagem

SA 6

Composição (por cápsula):

Extrato de Ginseng Americano MF (Contendo Pelo Menos 10% de Ginsenósidos) 100 mg

Fosfatidilserina MF 75 mg

Aspartato de Arginina 125 mg

Vitamina B1 1,1 mg

Vitamina B2 1,4 mg

Vitamina B6 1,4 mg

Vitamina B12 2,5 µg

Ácido Fólico 200 µg

Ácido Pantoténico 6 mg

Biotina 50 µg

Nicotinamida 16 mg

Vitamina C 80 mg

Ingredientes (por cápsula de 0,65g):

Aspartato de Arginina; Gelatina; Diluente: Celulose Microcristalina; Panax quinquefolius L.

(Ginseng Americano MF - Extrato Seco da Raiz Contendo Pelo Menos 10% de Ginsenósidos);

Ácido L-Ascórbico; Fosfatidilserina MF 20% (Lecitina de Soja); Nicotinamida; Lubrificante:

Estearato de Magnésio; D-Pantotenato de Cálcio; Antiaglomerante: Dióxido de Silício;

Cloridrato de Piridoxina; Riboflavina; Cloridrato de Tiamina; Ácido Pteroilmonoglutâmico;

D-Biotina; Cianocobalamina (0,1%).

Toma diária recomendada:

Tomar 1 cápsula por dia, de preferência antes do pequeno-almoço. Se necessário poderá

tomar até 2 cápsulas por dia.

Conforme a

legislação em

vigor

Cápsula Mole Rotulagem

SA 7

Ingredientes:

Fosfatidilcolina; Ácido L-Aspártico; L-Arginina; ADN de Peixe; Fosfato de Cálcio; Ácido

Glutâmico; Metionina; Fenilalanina; Lisina; Gluconato de Cálcio; Gluconato de Magnésio;

Gluconato de Zinco; Levedura; Vitamina B1; Vitamina B2; Vitamina B6; Lecitina de Soja;

Cera de Abelhas; Óleo de Soja; Cápsula: Gelatina.

Toma diária recomendada:

Tomar 1 cápsula antes do almoço ou antes do jantar.

Não está

conforme a

legislação em

vigor, pois não

refere a

quantidade de

cada nutriente

sob a forma

numérica e

sob a forma de

percentagem

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Joana Botelho Teixeira 65

Tabela 6 - Composição dos SA analisados (continuação).

Cápsula Mole Rotulagem

SA 8

Composição (por cápsula):

Óleo Peixe com (EPA 10%, DHA 50%) 100 mg

L-Arginina 40 mg

Vitamina C 30 mg

Vitamina B3 18 mg

Lecitina de Soja 17 mg

Zinco 15 mg

Fosfatidilserina 10 mg

L-Glutamina 10 mg

Vitamina E 10 mg

Ferro 7 mg

Coenzima Q10 6 mg

Vitamina B5 6 mg

L-Glutatião 5 mg

Manganês 4 mg

β-Caroteno 2 mg

Vitamina B6 2 mg

Vitamina B2 1,6 mg

Cobre 1,5 mg

Vitamina B1 1,4 mg

Ácido Fólico 200 µg

Selénio 200 µg

Crómio 50 µg

Vitamina D3 5 µg

Vitamina B12 1 µg

Ingredientes:

Óleo de Peixe 17,3%; Cápsula: Gelatina, Glicerol; Selenito de Sódio 7%; Fosfatidilserina

6,5%; Sulfato de Zinco 5,4%; L-Arginina 5,3%; Ácido L-Ascórbico 4,3%; Cloreto de Crómio

3,5%; Fumarato Ferroso 3%; Espessante: Cera Abelha; Nicotinamida 2,6%; Lecitina Soja

2,3%; D-Alfa-Tocoferol 2%; Sulfato de Manganês 1,6%; D-Pantotenato de Cálcio 1,5%; L-

Glutamina 1,3%; β-Caroteno 1%; Coenzima Q10 0,8%; L-Glutatião 0,7%; Aroma: Laranja;

Sulfato Cúprico 0,5%; Cloridrato de Piridoxina 0,3%; Mononitrato de Tiamina 0,3%;

Hidroxicobalamina 0,23%; Riboflavina 0,23%; Ácido Pteroilmonoglutâmico 0,04%;

Colecalciferol 0,03%.

Toma diária recomendada:

Tomar 1 cápsula por dia, durante a refeição.

Conforme a

legislação em

vigor

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Tabela 6 - Composição dos SA analisados (continuação).

Xarope Rotulagem

SA 9

Composição (por 2 colheres de sopa - 30ml):

Lecitina de Soja Pura 1000 mg

Fosfatidilcolina 200 mg

Fosfatidilinositol 150 mg

Ácido Fosfático 50 mg

L-Glutamina 100 mg

Vitamina PP – Niacina 18 mg

Vitamina B6 2 mg

Vitamina B2 1,6 mg

Vitamina B1 1,4 mg

Folato-Ácido Fólico 200 µg

Vitamina B12 1 µg

Ingredientes:

Água; Edulcorante: Sorbitol; Glicerina; Concentrado de Glycina Max; Lecitina de soja (Teor

Mínimo de Fosfatidilcolina 20%, Fosfatidilinositol 15%, Ácido Fosfático (5%)) 3,34%; L-

Glutamina 0,33%; Aroma; Acidificante: Ácido Cítrico; Vitamina PP–Niacina 0,06%;

Conservante: Sorbato de Potássio; Vitamina B6 <0,01%; Vitamina B2 <0,01%; Vitamina B1

<0,01%, Folato-Ácido Fólico <0,01%; Vitamina B12 <0,01%.

Toma diária recomendada:

Crianças dos 6 aos 12 anos: tomar 1 colher de chá (5ml) 2 vezes ao dia.

Adultos e crianças a partir dos 12 anos: tomar 1 colher de sopa (15ml) 2 vezes ao dia.

Conforme a

legislação em

vigor

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Joana Botelho Teixeira 67

Tabela 6 - Composição dos SA analisados (continuação).

Ampola Rotulagem

SA 10

Composição (por ampola):

Panax ginseng, Ginseng Coreano 1200 mg

Glycina max, Lecitina de Soja 1000 mg

Paullinia cupana, Guaraná 600 mg

Trigonella foenum-graecum, Alforva 500 mg

Ginkgo biloba 1,0 ml

Extrato de Bacopa monnieri 500 mg

Bacósidos 70 mg

Cola acuminata, Noz de Cola 0,5 ml

Cereais (aveia, trigo, milho, centeio) 0,5 ml

Leguminosas (ervilha, alfafa) 0,5 ml

Ácido L-Glutâmico 200 mg

Fósforo Orgânico 50 mg

L-Lisina 15 mg

Vitamina B2 (Riboflavina -5´-fosfato) 0,7 mg

Vitamina B6 (Piridoxina-5´-fosfato) 0,7 mg

Vitamina B1 (Cloridrato de Tiamina) 0,55 mg

Ingredientes:

Água; Açucar; Panax ginseng, Ginseng Coreano (Raiz) 12%; Glycina max, Lecitina de soja

Pura 10%; Extrato aquoso Ginkgo biloba (Folhas) 10%; Paullinia cupana, Guaraná

(Sementes) 6%; Trigonella foenum-graecum, Alforva (Sementes) 5%; Extrato Concentrado

Seco Bacopa monnieri (Teor Mínimo 14% de Bacósidos) 5%; Extrato Aquoso de Cola

acuminata, Noz de Cola (Sementes) 5%; Extratos Germinados de Cereais (Aveia, Trigo,

Milho, Centeio) 5%; Extratos Germinados de Leguminosas (Ervilha, Alfafa) 5%; Ácido L-

Glutâmico 2%; Fósforo Orgânico 0,5%; L-Lisina 0,3%; Vitamina B2 (Riboflavina -5´-Fosfato)

0,007%; Vitamina B6 (Piridoxina-5´-Fosfato) 0,007%; Vitamina B1 (Cloridrato de Tiamina)

0,006%; Conservante: Sorbato de Potássio, Benzoato de Sódio.

Toma diária recomendada:

Nos primeiros 10 dias tomar 1 ampola ao pequeno-almoço e 1 ampola ao almoço. Nos dias

seguintes tomar apenas 1 ampola por dia, de preferência ao pequeno almoço, podendo ser

diluída em meio copo de água ou sumo.

Conforme a

legislação em

vigor

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Joana Botelho Teixeira 68

Tabela 6 - Composição dos SA analisados (continuação).

Ampola Rotulagem

SA 11

Composição (por ampola – 10ml):

Ginkgo biloba 550 mg

L-Arginina 313,5 mg

Ácido L-Aspártico 236,5 mg

Cola 110 mg

Lecitina de Soja 95 mg

Guaraná 21 mg

Ginseng 12 mg

Vitamina E 0,750 mg

Vitamina B6 0,150 mg

Vitamina B2 0,120 mg

Vitamina B1 0,105 mg

Ingredientes:

Agentes de Transporte: Água Purificada, Sorbitol; Ginkgo biloba 5,5%; Ácido L-Aspártico

2,4%; L-Arginina 3,1%; Corante: Caramelo; Cola 1,1%; Solvente: Polietilenoglicol; Lecitina

de Soja 0,95%; Solvente: Etanol; Guaraná 0,21%; Estabilizador: Monolaurato de

Polioxietileno Sorbitano; Ginseng 0,12%; Conservante: p-Hidroxibenzoato de Metilo;

Essência de Framboesa; Acetato D-Alfa-Tocoferol 0,075%; Cloridrato de Piridoxina

0,015%; Riboflavina-5' - Fosfato de Sódio 0,012%; Cloridrato de Tiamina 0,0105%.

Toma diária recomendada:

Tomar 1 ampola diluída num copo de água, 1 ou 2 vezes ao dia, no início das principais

refeições.

Conforme a

legislação em

vigor

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Joana Botelho Teixeira 69

Tabela 6 - Composição dos SA analisados (continuação).

Ampola Rotulagem

SA 12

Composição (por ampola e por cápsula):

AMPOLAS

Eleutherococcus senticosus, Ginseng Siberiano 100 mg

Aspartato de Arginina 100 mg

Vitamina C 80 mg

Ginkgo biloba 75 mg

Extrato Seco Concentrado Rhodiola rosea 50 mg

Rosavina 1,5 mg

Proantocianidinas 50 mg

Glicerofosfato de Magnésio 50 mg

Ác. L-Glutâmico 20 mg

Vitamina B3-Niacina 16 mg

Fósforo 7,97 mg

Magnésio 6,24 mg

Vitamina B5 6 mg

Vitamina B6 1,4 mg

Vitamina B2 1,4 mg

Vitamina B1 1,1mg

CÁPSULAS

DHA 250 mg

Ingredientes:

AMPOLAS

Água Purificada; Edulcorante: Sorbitol; Solvente: Glicerina; Extrato Hidrofílico de

Eleutherococcus senticosus, Ginseng Siberiano (Raiz) 1,00%; Aspartato de Arginina

1,00%; Aroma; Vitamina C 0,80 %; Extrato Hidrofílico de Ginkgo biloba (Folhas) 0,75%;

Extrato Seco Concentrado Rhodiola rosea (Raiz - Teor Mínimo 3% Rosavina) 0,50%;

Proantocianidinas 0,50%; Glicerofosfato de Magnésio 0,50%; Ác. L-Glutâmico 0,20%;

Vitamina B3-Niacina 0,16%; Conservante: Sorbato de Potássio, Benzoato de Sódio;

Vitamina B5 0,06%; Corante: E150a; Conservante: Galhato de propilo; Edulcorante:

Ciclamato de Sódio; Vitamina B6 0,014%; Vitamina B2 0,014%; Vitamina B1 0,011%;

Edulcorante: Sacarina Sódica.

CÁPSULAS

Óleo de Peixe Concentrado (Teor Mínimo de 70% de DHA e 10% de EPA) 68,36%; Veiculo:

Óleo de Soja; Gelatina; Emulsionante: Polissorbato 80; Antioxidante: Mistura de

Tocoferóis de Origem Natural; Corante: Silicato de Potássio e Alumínio, Azul Indigotina,

Dióxido de Titânio.

Toma diária recomendada:

Adultos e crianças a partir dos 15 anos: Tomar 1 FUSIONPACK por dia (1 ampola de 10ml e

uma cápsula, simultaneamente), durante o pequeno-almoço ou almoço.

Conforme a

legislação em

vigor

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Anexo B

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Joana Botelho Teixeira 71

Neste anexo são apresentados alguns exemplos dos cromatogramas obtidos.

Figura 7 - Cromatograma de padrões dos AA.

Figura 8 - Cromatograma do SA 1.

Ala

Ác. Asp eÁc. Glut

Gly

Ser

GlutHis

Arg

Asn

Leu

Cys

Lys

Orn

Tyr

Val eMet

Trp

PI

Pro

Ile

Phe

Thr

5-HTP

Padrões dos AA

1

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Joana Botelho Teixeira 72

Figura 9 - Cromatograma do SA 2.

Figura 10 - Cromatograma do SA 3.

2

3

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Joana Botelho Teixeira 73

Figura 11 - Cromatograma do SA 4.

Figura 12 - Cromatograma do SA 5.

4

5

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Joana Botelho Teixeira 74

Figura 13 - Cromatograma do SA 6.

Figura 14 - Cromatograma do SA 7.

6

7

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Figura 15 - Cromatograma do SA 8.

8