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SUPLEMENTO AO PROSPETO BASE DOS TÍTULOS DE RENDIMENTO FIXO E ESTRUTURADOS DO BANKINTER S.A., 2018 INSCRITO NOS REGISTOS OFICIAIS DA COMISSÃO DO MERCADO DE VALORES MOBILIÁRIOS DE ESPANHA DE 23 DE JANEIRO DE 2018. O presente SUPLEMENTO AO PROSPETO BASE DOS TÍTULOS DE RENDIMENTO FIXO E ESTRUTURADOS DO BANKINTER S.A. elaborado de acordo com o estabelecido no artigo 22.º do Real Decreto 1310/2005, de 4 de novembro, que desenvolve parcialmente o Real Decreto Legislativo 4/2015, de 23 de outubro, que aprova o texto reformulado da Lei do Mercado de Valores, em matéria de admissão à negociação de títulos em mercados oficiais, de ofertas públicas de venda ou de subscrição e do prospeto exigível para esse efeito. Este Suplemento deverá ser lido conjuntamente com o Prospeto Base dos Títulos de Rendimento Fixo e Estruturados do Bankinter, S.A., 2018 («Programa”), inscrito nos registos oficiais da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários de Espanha (doravante, «CNMV»), de 23 de janeiro de 2018 e, se for caso disso, com qualquer outro suplemento ao Prospeto Base que o Bankinter S.A. tenha publicado ou venha a publicar. 1. PESSOAS RESPONSÁVEIS PELO SUPLEMENTO. Ignacio Blanco Esteban, na qualidade de Diretor de Tesouraria, em nome e representação do Bankinter S.A., com sede social em Paseo de la Castellana 29, 28046 Madrid, em virtude dos poderes que lhe foram conferidos pelo Conselho de Administração, de 20 de dezembro de 2017, em que se aprovou a emissão do «Programa de Emissão de Títulos de Rendimento Fixo e Estruturados», assume a responsabilidade das informações contidas no presente Suplemento e declara que, a seu ver, as informações contidas no mesmo documento estão de acordo com os factos e que não existem omissões suscetíveis de alterar o seu alcance. 2. ATUALIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO DO PROSPETO BASE DOS TÍTULOS DE RENDIMENTO FIXO INSCRITO NOS REGISTOS OFICIAIS DA CNMV EM 23 DE JANEIRO DE 2018. Incorporam-se por referência ao mencionado Prospeto as CONTAS ANUAIS AUDITADAS DO EXERCÍCIO 2017, enviadas à CNMV em 22 de fevereiro de 2018, sem quaisquer ressalvas ou itens de ênfase. Podem ser consultados no site do Bankinter e no site da CNMV: - https://webcorporativa.bankinter.com/stf/web_corporativa/accionistas_e_inversores/inf o_financiera/memoria/2017/bankinter_cuentas_completas_e_informe_consolidado_201 7.pdf - http://www.cnmv.es/AUDITA/2017/17333.pdf MEDIDAS ALTERNATIVAS DO RENDIMENTO (MAR) As MAR incluídas no presente suplemento cumprem as Diretrizes relativas às medidas alternativas de rendimento publicadas pela European Securities and Markets Authority, em 30 de junho de 2015 (ESMA/2015/1057). As MAR incluídas no presente Prospeto relativas a dezembro de 2017 são as seguintes:

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SUPLEMENTO AO PROSPETO BASE DOS TÍTULOS DE RENDIMENTO FIXO E

ESTRUTURADOS DO BANKINTER S.A., 2018 INSCRITO NOS REGISTOS OFICIAIS DA

COMISSÃO DO MERCADO DE VALORES MOBILIÁRIOS DE ESPANHA DE 23 DE JANEIRO

DE 2018.

O presente SUPLEMENTO AO PROSPETO BASE DOS TÍTULOS DE RENDIMENTO FIXO E

ESTRUTURADOS DO BANKINTER S.A. elaborado de acordo com o estabelecido no artigo

22.º do Real Decreto 1310/2005, de 4 de novembro, que desenvolve parcialmente o Real

Decreto Legislativo 4/2015, de 23 de outubro, que aprova o texto reformulado da Lei do

Mercado de Valores, em matéria de admissão à negociação de títulos em mercados

oficiais, de ofertas públicas de venda ou de subscrição e do prospeto exigível para esse

efeito.

Este Suplemento deverá ser lido conjuntamente com o Prospeto Base dos Títulos de

Rendimento Fixo e Estruturados do Bankinter, S.A., 2018 («Programa”), inscrito nos

registos oficiais da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários de Espanha (doravante,

«CNMV»), de 23 de janeiro de 2018 e, se for caso disso, com qualquer outro suplemento ao

Prospeto Base que o Bankinter S.A. tenha publicado ou venha a publicar.

1. PESSOAS RESPONSÁVEIS PELO SUPLEMENTO.

Ignacio Blanco Esteban, na qualidade de Diretor de Tesouraria, em nome e representação

do Bankinter S.A., com sede social em Paseo de la Castellana 29, 28046 Madrid, em

virtude dos poderes que lhe foram conferidos pelo Conselho de Administração, de 20 de

dezembro de 2017, em que se aprovou a emissão do «Programa de Emissão de Títulos de

Rendimento Fixo e Estruturados», assume a responsabilidade das informações contidas

no presente Suplemento e declara que, a seu ver, as informações contidas no mesmo

documento estão de acordo com os factos e que não existem omissões suscetíveis de

alterar o seu alcance.

2. ATUALIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO DO PROSPETO BASE DOS TÍTULOS DE RENDIMENTO

FIXO INSCRITO NOS REGISTOS OFICIAIS DA CNMV EM 23 DE JANEIRO DE 2018.

Incorporam-se por referência ao mencionado Prospeto as CONTAS ANUAIS AUDITADAS

DO EXERCÍCIO 2017, enviadas à CNMV em 22 de fevereiro de 2018, sem quaisquer

ressalvas ou itens de ênfase. Podem ser consultados no site do Bankinter e no site da

CNMV:

- https://webcorporativa.bankinter.com/stf/web_corporativa/accionistas_e_inversores/inf

o_financiera/memoria/2017/bankinter_cuentas_completas_e_informe_consolidado_201

7.pdf - http://www.cnmv.es/AUDITA/2017/17333.pdf

MEDIDAS ALTERNATIVAS DO RENDIMENTO (MAR)

As MAR incluídas no presente suplemento cumprem as Diretrizes relativas às medidas alternativas

de rendimento publicadas pela European Securities and Markets Authority, em 30 de junho de 2015

(ESMA/2015/1057).

As MAR incluídas no presente Prospeto relativas a dezembro de 2017 são as seguintes:

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Rácios Fórmula 31/12/2017 31/12/2017

Índice de incumprimento

Risco de cobrança

duvidosa (inclui risco

contingente) (1)/Risco

quantificável (2)

2.029.908 / 58.824.461 3,45%

Índice de cobertura do

incumprimento (%)

Provisões por risco de

crédito (3)/ Risco de

cobrança duvidosa (inclui

risco contingente)(1)

903.865 / 2.029.908 44,53%

Rácio de eficiência

(Gastos de pessoal +

outros gastos gerais de

administração +

amortizações)(4)/marge

m bruta(5).

(498.494+385.032+60.945) /

1.851.316 51,02%

ROE Resultado do período /

fundos próprios médios 495.207 / 3.916.406 12,64%

ROA

Resultado do período /

ativos totais médios à

data.

495.207/69.682.718 0,71%

Gap Comercial Investimento em crédito -

Recursos de clientes 52.944.417 - 46.771.049

6.173.368

Ativos Problemáticos (9)

Risco de cobrança

duvidosa+Ativos

Adjudicados

2.029.908+2.441.463 4.471.371

Índice de ativos problemáticos (10)

Ativos

Problemáticos/Risco

Calculável

2.441.463/58.824.461 4,15%

(1), (2), (3), (4) e (5) Encontram-se na informação financeira consolidada em 31 de dezembro de 2017,

publicada no site empresarial e enviada à CNMV.

(6) ROE: Informação financeira consolidada em 31 de dezembro de 2017, publicada no site empresarial e

enviada à CNMV.

Explicação da fórmula: Considerando no numerador a anualização linear do lucro obtido até à data e

ajustado pelo valor relativo às contribuições para os fundos de garantia e de resolução, exceto no fecho do

ano.

No denominador, os fundos próprios médios são a média móvel ponderada dos fundos próprios existentes

nos últimos doze meses naturais, ou no período correspondente, excluindo o lucro atribuído ao grupo como

parte dos fundos próprios, bem como os dividendos e outros resultados globais acumulados.

(7) ROA: Informação financeira consolidada em 31 de dezembro de 2017, publicada no site empresarial e

enviada à CNMV.

Considerando no numerador a anualização linear do lucro obtido até à data e ajustado pelo valor relativo ao

pagamento para os fundos de garantia e de resolução, exceto no fecho do ano.

No denominador, os ativos totais médios à data são a média móvel ponderada do ativo total existente nos

últimos 12 meses ou no período correspondente.

(8) A informação relativa a este rácio foi obtida a partir de balanços internos. O investimento exceto

titularização inclui o investimento creditício menos os instrumentos de titularização vendidos.

Relativamente ao investimento de crédito, inclui o crédito para os clientes mais o saldo de instrumentos de

fornecedores, mais os títulos representativos da dívida menos a aquisição temporária de ativos.

Os recursos com contas de recuperação são obtidos em: Recursos de clientes (inclui as contas à vista, os

depósitos a prazo, emissões de dívida colocadas e fundo ICO) mais o saldo da conta de recuperação.

(9) Ativos problemáticos: Mede a soma do risco de cobrança duvidosa e dos ativos adjudicados. Permite

medir o conjunto de ativos que apresentam problemas de recuperação ou derivados dos referidos

problemas.

(10) Índice de ativos problemáticos: Representa a percentagem de ativos problemáticos relativamente ao

risco de crédito quantificável. Permite medir a qualidade de crédito do mesmo.

2.1. Alteração ao Resumo.

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O Resumo ao Prospeto é alterado pelo presente Suplemento, a fim de adaptar o mesmo à

informação exigida pelo Regulamento Delegado n.º 486/2012 da Comissão, que modifica o

Regulamento (CE) n.º 809/2004. O Resumo determina o seguinte

I. RESUMO

Os elementos de informação do presente resumo (o “Resumo”) estão divididos em cinco secções (A a E) e

numerados consecutivamente dentro de cada secção, de acordo com a numeração exigida no Apêndice

XXII do Regulamento CE nº 809/2004 da Comissão, de 29 de abril de 2004, relativo à aplicação da

Diretiva 2003/71/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, quanto à informação contida nos prospetos

bem como ao formato, à incorporação por referência, à propaganda dos citados prospetos e à difusão de

publicidade. Os números omitidos neste Resumo referem-se a elementos de informação previstos,

nesse Regulamento, para outros modelos de prospeto. Por outro lado, os elementos de informação

exigidos para este modelo de prospeto, mas não aplicáveis pelas caraterísticas da operação ou do

emitente, são mencionados como “não aceite”.

Secção A – Introdução

A.1 Aviso

- este resumo deve ser lido como introdução ao prospeto;

- qualquer decisão de investir nos títulos deve estar baseada na aceitação, por

parte do investidor, do prospeto no seu conjunto;

- quando for apresentado perante o tribunal um processo sobre a informação

contida no prospeto, o investidor autor da ação poderá, em virtude do Direito

nacional dos Estados-Membros, ter que assumir as despesas da tradução do

prospeto, antes de ser dado início ao procedimento judicial;

- a responsabilidade civil só será exigida às pessoas que tenham apresentado o

resumo, incluindo qualquer tradução do mesmo, e somente quando o resumo for

enganoso, inexato ou incoerente em relação às demais partes do prospeto, ou não

proporcione, lido juntamente com as outras partes do prospeto, informação

fundamental para ajudar os investidores na altura de decidirem se investem ou

não nesses títulos.

A.2 Informação sobre

intermediários

financeiros

Não aceite. A Sociedade não outorgou consentimento a nenhum intermediário

financeiro para a utilização do Prospeto na venda posterior ou colocação final dos

títulos.

Secção B – Emitente

B.1 Nome Legal e

comercial do

Emitente

Bankinter, S.A., (doravante designado “Bankinter“, o “Banco“ ou o “Emitente“).

NIPC: A-28157360.

B.2 Domicílio e forma

jurídica do emitente

Sede social: Paseo de la Castellana, nº 29. Madrid.

Encontra-se inscrito no Registo Comercial de Madrid, no Volume 1857, do Livro 0,

Folha 220, Secção 3ª, página 9643, inscrição 1ª.

B.3 Descrição das

operações do

emitente em curso e

as suas principais

atividades

O Grupo Bankinter está dividido entre Banca Comercial (engloba os segmentos de

Banca Particulares, Banca Pessoal, Banca Privada e Finanças Pessoais), Banca de

Empresas (oferece um serviço especializado procurado pelas grandes empresas,

assim como pelo setor público e pelas pequenas e médias empresas) e

adicionalmente, o Banco é a empresa-mãe de um grupo de instituições

dependentes, que se dedicam a atividades diversas, entre as quais se destaca o

negócio segurador e o financiamento ao consumo, realizado através do Bankinter

Consumer Finance e da Línea Directa Aseguradora (LDA).

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a) Banca Comercial.

Neste setor, no negócio de Banca Privada, especialmente estratégico para o

banco, o património dos clientes deste segmento alcança os 35.000 milhões

de euros a 31 de dezembro de 2017, mais 12% do que a 30 de dezembro de

2016.

No fecho de 2017, a margem bruta da Banca Comercial aumentou 12,24%

em relação ao fecho do exercício de 2016.

Evolução da margem bruta do segmento de Banca Comercial:

Milhares

de euros 31/12/17 31/12/16 Dif. 12/16-12/17%

Banca

Comercial 510.256 454.597 12,24

A Banca Comercial representa 27,56% do total da margem bruta do Grupo

Bankinter em dezembro de 2017 (27,18% em dezembro de 2016).

b) Banca de Empresas.

A Banca de Empresas continua a realizar o maior contributo para a margem

bruta do banco, com 30%. Conforme tem ocorrido nos últimos anos, o

Bankinter voltou a aumentar o saldo da sua carteira de crédito às empresas,

que ascende a 22.900 milhões de euros, 5,2% mais do que em dezembro de

2016.

Evolução da margem bruta do segmento de Banco de Empresas:

Milhares

de euros 31/12/17 31/12/16 Dif. 12/16-12/17%

Banco

Empresas 555.903 532.020 4,49

A Banca de Empresas representa 30,03% do total da margem bruta do Grupo

Bankinter em dezembro de 2017 (29,62% em dezembro de 2016).

c) Bankinter Consumer Finance.

Dentro do negócio de consumo, operado através da filial Bankinter

Consumer Finance, é de destacar o número de clientes, que, no fecho de

2017, alcançava 1,1 milhões, 28% acima dos existentes há um ano, com um

investimento em torno dos 1.500 milhões de euros em dezembro de 2017

(mais 42% do que em dezembro de 2016).

Evolução da margem bruta do segmento do Bankinter Consumer Finance:

Milhares

de euros 31/12/17 31/12/16 Dif. 12/16-12/17%

Bankinter

Consumer F. 159.704 121.189 31,78

A margem bruta proporcionada por esta filial do Grupo, representa 7,18% da

mesma em dezembro de 2017 (8,330% em dezembro de 2016).

d) LDA (Línea Directa Aseguradora).

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Relativamente a Línea Direta, no fecho de dezembro de 2017, as apólices

totais ascendem a um total de 2,79 milhões e um montante em prémios de

797 milhões de euros, 8% mais que a 31 de dezembro de 2016.

No que diz respeito à margem bruta gerada pela LDA no exercício de 2017,

esta representa um aumento de 9,57% em relação ao mesmo período de

2016.

Evolução da margem bruta da LDA:

Milhares

de euros 31/12/17 31/12/16 Dif. 12/16-12/17%

Línea Directa 393.741 359.358 9,57

O contributo da LDA para a margem bruta do Grupo Bankinter é de 21,26%,

em dezembro de 2017.

O resto da margem bruta é gerado pelo Centro Empresarial e Mercado de Capitais,

que inclui determinados gastos e receitas não atribuídos à Banca Comercial,

Banca de Empresas e LDA, e pelo recente início da atividade em Portugal,

desenvolvida através da sucursal Bankinter Portugal.

Em relação ao Bankinter Portugal, os recursos retalhistas alcançaram, em 31 de

dezembro os 3.600 milhões de euros, um valor similar ao de há um ano. O

investimento de crédito ascende a 4.800 milhões de euros, com 6% de

crescimento no mesmo período. A margem bruta desta filial encerrou o exercício

de 2017 em 133 milhões de euros.

Em seguida, indica-se a evolução da margem bruta do Centro Empresarial,

Mercado de Capitais e Bankinter Portugal:

Milhares de euros 31/12/17 31/12/16 Dif 12/16-12/17 %

Mercado de Capitais 230.794 90.227 47,45

Centro Empresarial -132.074 -80.380 -64,31

BK Portugal 133.037 90.227 47,75

B.4a Tendências recentes

mais significativas

que afetem o

Emitente

O ciclo expansivo manteve-se durante o último trimestre de 2017, no caminho do

fortalecimento, sustentado pela atividade económica e pela criação de emprego

nos países desenvolvidos. Destaque para a área do euro, cujo crescimento

acelerou: o Produto Interno Bruto cresceu 2,8% no fecho do terceiro trimestre de

2017 e o dinamismo do Estados Unidos aumentou, com um avanço de 2,3% no

PIB. O dinamismo da procura interna, o aumento consistente do investimento

empresarial e a redução gradual do desemprego (8,7% em novembro contra 8,9%

em setembro) foram fatores-chave.

Apesar de um contexto político com algumas complicações na Europa, este

elemento não travou a inércia das principais economias. Assim, o crescimento

ganhou tração, como mostra a subida do PIB em Espanha no fecho do terceiro

trimestre (+3,1%), na Alemanha (+2,8%), Itália (+1,7%) e França (+2,3%). Esta

evolução mostra que determinadas variáveis geoestratégicas e incertezas

políticas estão a perder influência. Nos Estados Unidos, Donald Trump conseguiu

a aprovação da reforma fiscal e os indicadores macroeconómicos refletem uma

robustez no consumo, o setor industrial registou uma recuperação após os

furacões de agosto e setembro e o emprego está a melhorar, como demonstra a

taxa de desemprego: em 4,1% em dezembro.

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As economias emergentes beneficiam de uma recuperação das matérias-primas e

uma debilidade do dólar. A China registou um crescimento de 6,8% no terceiro

trimestre de 2017, de acordo com os números publicados. A Índia encaixou

importantes reformas estruturais e fiscais com uma generosa expansão de 6,3%

no terceiro trimestre. O Brasil consolidou taxas de crescimento positivas, com um

aumento do PIB de 1,4%, com a difícil gestão do défice fiscal e da dívida.

Na frente macroeconómica, os resultados empresariais foram bons e o BPA

(Lucro por ação) médio do índice S&P 500 subiu 6,90%, mesmo com o ajuste à

desvalorização das seguradoras face aos furacões. É de notar que a referida

melhoria deverá ser consistente a médio prazo, tendo em conta as estimativas

para o quarto trimestre que apontam para um aumento de 11% nos lucros

empresariais.

Esta conjuntura macro e microeconómica verifica-se num cenário de baixa

inflação (1,4% na área do euro e 2,1% nos EUA) e de baixas taxas de juro. Os

mercados conhecem o roteiro dos bancos centrais para normalizar as políticas

monetárias, sem travar a expansão. A Reserva Federal aumentou as taxas de juro

em dezembro, pela terceira vez no ano (25 pontos base, para 1,25%-1,50%) e

manteve a orientação de continuar a aumentar a taxa diretora gradualmente até

aos 2%, com Jerome Powell nos comandos. O BCE anunciou uma redução no

volume de compra de ativos (APP) até 40 mil milhões de euros mensais (contra

60 mil milhões de euros anteriores) no início de 2018 e um prolongamento

temporal do Estímulo Quantitativo entre seis e nove meses, a partir de dezembro

de 2017.

No mercado de divisas, o euro valorizou face ao dólar, de 1,181 em setembro para

1,200 no fecho do exercício.

A força da moeda única não travou o crescimento na área do euro, mas não deixa

de ser um risco para os próximos meses na perspetiva de perda de

competitividade e recuperação de preços. Por seu lado, a libra – ainda que com

menos oscilações que em trimestres anteriores (0,888/€ em dezembro face a

0,882/€ em setembro) – continua debilitada pelos escassos avanços nas

negociações do Brexit e pela deterioração da atividade económica no Reino

Unido. Definitivamente, o quarto trimestre de 2017 pôs fim a um ano no qual as

bolsas valorizaram (reavaliações acumuladas em 2017: S&P500 +25,1%;

EuroStoxx50 +6,5%; Ibex35 +7,5%; Hang Seng +26%; Sensex +27,9%; Bovespa

+26,9%; Nikkei +19,1% e MSCI World +20,1%) e as obrigações mantêm TIR

reduzidas (0,43% TIR da Bund no fecho de dezembro).

Isto deveu-se a três motivos principais: o ciclo económico confirmou uma clara

expansão; a normalização das políticas monetárias muito permissivas dos bancos

centrais – como referido anteriormente – foi e continuará a ser extremamente

lenta e, como a enorme liquidez que flui no mercado e na economia pressiona

constantemente os preços dos ativos mais seguros (ou menos inseguros) face à

escassez de alternativas de investimento.

B.5 Grupo do Emitente

O Bankinter, S.A. é a principal sociedade de um conjunto de sociedades, todas

relacionadas, em maior ou menor medida, com o setor financeiro.

B.6 Na medida em que o

emitente tenha

conhecimento do

nome de qualquer

pessoa que tenha

interesse declarado

À data da inscrição do presente prospeto, os acionistas significativos com uma

participação superior a 3% da capital social do Bankinter são:

SIGNIFICATIVOS + 3% DIRETAS INDIRETAS

TOTAL %

JAIME BOTÍN SANZ DE SAUTUOLA 10.061 205.603.002 (*) 205.613.063 22,875%

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no capital ou nos

direitos de voto do

emitente.

STANDARD LIFE ABERDEEN PLC 0 44.515.843 44.515.843 4,952%

CORPORACIÓN MASAVEU, S.A.(1) 44.959.730 0 44.959.730 5,002%

BLACKROCK INC. 0 32.795.447 32.795.447 3,649 %

(*) Identifica-se a pessoa singular ou coletiva, titular direto das ações, sempre que os direitos de voto

alcancem ou ultrapassem 3% ou 1% se o titular tiver a sua residência num paraíso fiscal. Entre os

titulares indiretos de Jaime Botín Sanz de Sautuola, que ultrapassa de forma direta 3%, está a sociedade

Cartival, S.A., Vice-Presidente Executivo da Sociedade: 205.596.084 ações (22,873%).

(1) Fernando Masaveu Herrero, foi nomeado a pedido do acionista significativo

Corporación Masaveu, S.A.

(2) Standard Life Investments LTD e Blackrock INC são sociedades gestoras de fundos de investimento.

O Bankinter não tem conhecimento da existência de nenhuma pessoa singular ou

coletiva que exerça ou possa exercer controlo sobre o banco nos termos do artigo 5

do Real Decreto-lei 4/2015, de 23 de outubro, pelo qual se aprova o texto

reformulado da Lei do Mercado de Valores.

B.7 Informação financeira fundamental histórica relativa ao Emitente.

A seguir mostram-se os dados consolidados mais significativos do Grupo Bankinter, S.A. no fecho dos três últimos

exercícios auditados, os quais foram elaborados segundo a Circular 4/2016, de 27 de abril, pela qual se modifica a

Circular 4/2004, de 22 de dezembro, sobre normas de informação financeira pública e reservada, e modelos de

demonstrações financeiras.

Balanço - Circular 4/16(milhares de euros)

Milhares de Euros

31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015

12-17/12-16

(1) (1) (2)

Numerário, saldos de caixa em bancos centrais e outros depósitos à ordem 5.594.779 3.556.750 1.448.882 57,30

Ativos financeiros detidos para negociação 2.734.699 2.676.719 4.473.638 2,17

Derivados 268.303 386.897 356.041 - 30,65

Instrumentos de capital próprio 87.942 62.901 34.764 39,81

Títulos representativos de dívida 888.154 1.042.163 2.264.761 - 14,78

Empréstimos e adiantamentos 1.490.300 1.184.758 1.818.072 25,79

Instituições de crédito 1.480.161 1.031.734 1.009.596 43,46

Clientes 10.139 153.024 808.476 - 93,37

Pró-memória: emprestados ou em garantia 891.024 948.175 1.790.311 - 6,03

Ativos financeiros designados pelo justo valor por via dos resultados 0 0 57.209 0

Instrumentos de capital próprio 0 0 57.209 0

Pró-memória: emprestados ou em garantia 0 0 0 0

Ativos financeiros disponíveis para venda 4.575.214 4.140.057 3.530.153 10,51

Instrumentos de capital próprio 187.102 178.550 153.145 4,79

Títulos representativos de dívida 4.388.112 3.961.507 3.377.008 10,77

Pró-memória: emprestados ou em garantia 464.028 112.207 460.940 313,55

Empréstimos e contas a receber 53.863.211 52.816.104 44.955.793 1,98

Títulos representativos de dívida 357.056 499.004 446.230 - 28,45

Empréstimos e adiantamentos 53.506.155 52.317.100 44.509.563 2,27

Instituições de crédito 355.001 1.132.327 326.930 - 68,65

Clientes 53.151.154 51.184.773 44.182.633 3,84

Pró-memória: emprestados ou em garantia 1.460.212 1.743.051 294.267 - 16,23

Investimentos detidos até à maturidade 2.591.774 2.019.546 2.404.757 28,33

Pró-memória: emprestados ou em garantia 658.144 118.132 0 457,13

Derivados – contabilidade de coberturas 241.074 217.854 160.073 10,66

Alterações no justo valor dos elementos cobertos de uma carteira com cobertura do risco de

taxa de juro -3.563 -1.889 0

88,62

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(1) Demonstrações auditadas

(2) Demonstrações de 2015 não auditadas mas reexpressas nas contas anuais 2016

Milhares de Euros

31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015

12-17/12-16

(1) (1) (2)

Passivos financeiros detidos para negociação 1.993.190 2.195.816 3.769.080 - 9,23

Derivados 321.625 461.494 464.958 - 30,31

Posições curtas 751.508 852.366 1.573.676 - 11,83

Depósitos 920.057 881.956 1.730.446 4,32

Instituições de crédito 65.877 63.687 735.427 3,44

Clientes 854.180 818.269 995.019 4,39

Passivos financeiros designados pelo justo valor por via dos resultados 0 0 0 0

Passivos financeiros a custo amortizado 63.274.666 59.338.635 49.836.994 6,63

Depósitos 53.135.951

48.788.810 37.630.699 8,91

Bancos centrais 6.500.608

4.750.000 3.017.983 36,85

Instituições de crédito 2.120.624

1.472.287 1.792.316 44,04

Clientes 44.514.719

42.566.523 32.820.400 4,58

Títulos representativos de dívida emitidos 8.187.472

8.915.470 11.079.445 - 8,17

Outros passivos financeiros 1.951.243

1.634.355 1.126.850 19,39

Pró-memória: Passivos subordinados 1.163.653

675.913 594.563 72,16

Derivados - contabilidade de coberturas 45.986 109.154 11.489 - 57,87

Alterações no justo valor dos elementos cobertos de uma carteira com cobertura

do risco de taxa de juro -9.736 0 0 0

Passivos garantidos por contratos de seguros 737.571 683.659 630.983 7,89

Provisões 205.771 153.707 95.868 33,87

Pensões e outras obrigações de benefícios definidos pós-emprego 494 13.935 458 - 96,45

Investimentos em empreendimentos conjuntos e associadas 114.586 112.708 39.424 1,67

Instituições associadas 94.993 93.156 38.681 1,97

Instituições multigrupo 19.593 19.552 743 0,21

Ativos garantidos por contratos de seguro e resseguro 6.361 3.124 2.889 103,62

Ativos tangíveis 495.776 503.716 493.114 - 1,58

Imobilizado material- 420.996 428.671 417.280 - 1,79

De utilização própria 387.428 391.509 395.348 - 1,04

Cedido em locação operacional 33.568 37.162 21.932 - 9,67

Investimentos imobiliários 74.780 75.045 75.834 - 0,35

Das quais cedidas em locação operacional 74.780 75.045 75.834 - 0,35

Pró-memória: adquirido em locação financeira 0 0 0 0

Ativo intangível 255.878 245.063 266.693 4,41

Goodwill 164.113 164.113 164.113 -

Outro ativo intangível 91.765 80.950 102.580 13,36

Ativos por impostos 422.450 384.861 348.238 9,77

Ativos por impostos correntes 234.272 219.615 201.391 6,67

Ativos por impostos diferidos 188.178 165.246 146.847 13,88

Outros ativos 214.987 204.833 160.660 4,96

Contratos de seguros de pensões 0 93 343 - 100,00

Outros 214.987 204.740 160.317 5,00

Existências 0 0 0 0

Ativos não correntes e grupos de alienáveis de elementos que tenham sido classificados

como detidos para venda 225.425 303.021 318.287

- 25,61

TOTAL ATIVO 71.332.651 67.182.467 58.659.810 6,18

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Questões processuais e litígios por impostos em dívida 98.228 95.029 83.160 3,37

Compromissos e garantias concedidas 21.511 28.541 8.312 - 24,63

Restantes provisões 85.538 16.202 3.938 427,95

Passivos por impostos 352.009 346.391 314.940 1,62

Passivos por impostos correntes 184.155 169.710 172.949 8,51

Passivos por impostos diferidos 167.854 176.681 141.991 - 5,00

Capital social reembolsável à vista 0 0 0 0!

Outros passivos 376.054 257.729 202.279 45,91

Passivos incluídos em grupos alienáveis de elementos que tenham sido

classificados como detidos para venda 0 0 0 0

TOTAL PASSIVO 66.975.511 63.085.091 54.861.633 6,17

(1) Demonstrações auditadas

(2) Demonstrações de 2015 não auditadas mas reexpressas nas

contas anuais 2016

Milhares de Euros

31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015

12-17/12-16

(1) (2)

FUNDOS PRÓPRIOS 4.249.619 3.987.518 3.689.436 6,57

Capital 269.660 269.660 269.660 -

Prémio de emissão 1.184.265 1.184.265 1.184.268 -

Outros elementos de património líquidos 10.161 6.462 1.339 57,24

Ganhos acumulados 2.445.819 2.158.104 1.964.596 13,33

Reservas de revalorização 15.312 23.198 31.087 - 33,99

Outras reservas -6.815 -5.471 738 24,57

(-) Ações próprias -813 -132 -988 515,91

Resultado atribuível aos proprietários da empresa-mãe 495.207 490.109 375.920 1,04

(-) Dividendos -163.177 -138.677 -137.184 17,67

OUTRO RESULTADO GLOBAL ACUMULADO 107.521 109.858 108.741 - 2,13

Elementos que não devem ser reclassificados nos resultados 30 1.347 1.288 - 97,77

Ganhos ou (-) perdas atuariais em planos de pensões de benefícios definidos 30 1.347 1.288 - 97,77

Elementos que podem ser reclassificados nos resultados 107.491 108.511 107.453 - 0,94

Conversão de divisas 108 590 302 - 81,69

Derivados de cobertura. Coberturas de fluxos de caixa [parte efetiva] 1.320 -636 -3.639 - 307,55

Ativos financeiros disponíveis para venda 101.099 103.864 107.084 - 2,66

Instrumentos de dívida 97.182 96.485 99.548 0,72

Instrumentos de capital próprio 3.917 7.379 7.536 - 46,92

Participação noutras receitas e despesas reconhecidas em investimentos em

empreendimentos conjuntos e associadas 4.964 4.693 3.706

5,77

TOTAL DO PATRIMÓNIO LÍQUIDO 4.357.140 4.097.376 3.798.177 6,34

TOTAL DO PATRIMÓNIO LÍQUIDO E PASSIVO 71.332.651 67.182.467 58.659.810

6,18

(1) Demonstrações auditadas

(2) Demonstrações de 2015 não auditadas mas reexpressas nas contas anuais 2016

Em relação ao balanço da Bankinter, os ativos totais já consolidados (incluindo o negócio de Portugal) ascendem,

no fecho de 2017, a 71.332.651 milhões de euros, o que representa mais 6,18% do que em dezembro de 2016.

Os empréstimos e rubricas a receber situam-se nos 53.863.211 milhões de euros, mais 1,98% do que em

dezembro de 2016.

Em relação aos Depósitos em clientes, ascendiam a uma soma de 44.514.719 milhões de euros, o que representa

mais 4,58% do que em dezembro de 2016.

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Demonstração de resultados do Emitente, resumidas a 31 de dezembro de 2017, 31 de dezembro de 2016 e 31

de dezembro de 2015 (auditadas).

RESULTADOS COMPARATIVOS

31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015

(1) (2)

Milhares de Euros

Receitas por juros 1.288.805 1.271.458 1.283.765

Gastos por juros -226.810 -292.441 -414.311

Margem Financeira 1.061.995 979.017 869.454

Receitas por dividendos 6.993 10.253 6.681

Resultados de instituições avaliadas pelo método da participação 25.186 22.093 18.223

Receitas por comissões 528.768 470.849 437.604

Gastos por comissões -105.278 -91.740 -80.275

Ganhos ou perdas a abater em contas de ativos e passivos financeiros não avaliados pelo justo

valor com alterações em resultados, líquidos 38.111 55.770 57.883

Ganhos ou perdas por ativos e passivos financeiros mantidos para negociar, líquidos 21.439 15.085 12.360

Ganhos ou perdas por ativos e passivos financeiros designados pelo justo valor com alterações

em resultados, líquidos 0 1.357 -3.183

Ganhos ou perdas resultantes da contabilidade de coberturas, líquidos -67 -387 -909

Diferenças de câmbio, líquidas 2.097 -376 5.500

Outras receitas de exploração 40.429 30.478 26.752

Outros gastos de exploração -119.634 -91.510 -88.572

Receitas de ativos ao abrigo de contratos de seguro ou resseguro 776.784 715.976 669.031

Gastos de passivos ao abrigo de contratos de seguro ou resseguro -425.507 -399.476 -361.734

Produto Bancário 1.851.316 1.717.389 1.568.815

Gastos de administração -883.526 -843.353 -699.401

Despesas de pessoal -498.494 -462.693 -393.459

Outros gastos de administração -385.032 -380.660 -305.942

Amortização -60.945 -58.893 -61.653

Provisões ou reversão de provisões -53.215 -38.611 -25.254

Imparidade do valor ou reversão da imparidade do valor de ativos financeiros não avaliados

pelo justo valor com alterações em resultados -148.571 -168.875 -189.301

Ativos financeiros disponíveis para venda -1.394 -16.308 -10.322

Empréstimos e contas a receber -147.177 -152.567 -178.979

Resultado de exploração antes de provisões 705.059 607.657 593.206

Imparidade do valor ou reversão da imparidade do valor de ativos não financeiros 275 -17.489 -442

Ativos tangíveis 929 0 -151

Ativos intangíveis 0 -17.174 0

Outros -654 -315 -290

Ganhos ou perdas a abater em contas de ativos não financeiros e participações, líquidos -1.201 -703 -2.001

Goodwill negativo reconhecido em resultados 0 145.140 0

Ganhos ou perdas procedentes de ativos não correntes e grupos alienáveis de elementos

classificados como mantidos para venda não admissíveis como atividades descontinuadas -27.010 -57.893 -70.433

Ganhos ou Perdas antes de impostos procedentes das atividades continuadas 677.123 676.712 520.330

Gastos ou receitas por impostos sobre os ganhos das atividades continuadas -181.916 -186.603 -144.410

Ganhos ou Perdas depois de impostos procedentes das atividades continuadas 495.207 490.109 375.920

RESULTADO DO PERÍODO 495.207 490.109 375.920

Os dados dos exercícios de 2016 e 2015 apresentam-se para efeitos comparativos.

(1) Demonstrações auditadas

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(2) Demonstrações de 2015 não auditadas mas reexpressas nas contas anuais 2016

Rácios significativos do Emitente em 31 de dezembro de 2017, 31 de dezembro de 2016 e 31 de dezembro de

2015 (auditados):

RÁCIOS SIGNIFICATIVOS

31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015

Rácios

Índice de incumprimento %* 3,45% 4,01% 4,13%

Índice de cobertura do incumprimento (%)* 44,53% 49,23% 41,99%

Rácio de eficiência* 51.02% 52,54% 48,51%

ROE%* 12,64% 13,48% 10,91%

ROA%* 0,71% 0,78% 0,66%

CET 1 % 11,83% 11,77% 11,77%

Rácio de Capital Total 14,28% 12,58% 12,73%

(*) Encontram-se descritos no Anexo - MEDIDAS ALTERNATIVAS DO RENDIMENTO.

A margem de juros fecha o exercício em 1.062 milhões de euros, o que implica mais 8,48% do que há um ano.

A margem bruta ascende a 1.851,32 milhões de euros, o que significa mais 7,8% do que em igual período de

2016, graças, principalmente, ao bom comportamento das comissões, que aumentaram no seu montante líquido

11,71% em relação ao ano passado.

O resultado de exploração antes de provisões conclui o exercício com 705,1 milhões de euros, mais 16,03% do que

há um ano, e é que apesar de assumir alguns maiores custos operacionais do que no mesmo período de 2016, a

diferença entre receitas e gastos continua a subir a favor dos primeiros e é atualmente superior à de há um ano.

Como resultado, o Bankinter obtém a 31 de dezembro de 2017 um lucro líquido de 495 milhões de euros, e um

lucro antes de impostos de 677 milhões.

No balanço do Bankinter, os ativos totais do Grupo fecham o exercício em 71.332,65 milhões de euros, o que

representa mais 6,18% do que em 31 de dezembro de 2016.

Em relação ao total do investimento de crédito a clientes, alcança os 53.151,15 milhões de euros, mais 3,84% do

que há um ano.

No que se refere à qualidade de ativos do banco, o rácio de incumprimento desceu para 3,45%, face aos 4,01% do

ano anterior. E com uma cobertura sobre o incumprimento de 44,53%.

B.8 Informação

financeira

selecionada

pró-forma,

identificada

como tal.

Não aceite

B.9 Estimativa de

Lucros

O Emitente optou por não incluir estimativa de lucros.

B.10 Ressalvas do

relatório de

auditoria

sobre

informação

Os relatórios de auditoria para os períodos 2017, 2016 e 2015 não contêm ressalvas

nem parágrafos de ênfase.

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financeira

histórica

B.17 Notação de

crédito do

Emitente.

Não houve avaliação do risco inerente aos presentes títulos, efetuada por qualquer

instituição classificadora.

O Bankinter tem atribuídos os seguintes ratings para as suas emissões a longo e curto

prazo pelas agências de classificação de riscos de crédito a seguir indicadas:

Agência Data última

revista Longo Prazo

Curto

Prazo Perspetiva

Moody´s Investors

Service España Junho 2015* Baa2 P-2 Estável

Standard & Poor´s Credit

Market Services Europe

Limited

fevereiro 2017 BBB A-2 Positiva

DBRS Rating limited UK Julho 2017 A (low) R-1 (low) Estável

* A última revisão da Moody´s é de 14 de novembro de 2017. Não obstante, mantém-se a data de

junho de 2015 por não se ter modificado o rating desde esta data.

As agências de notação mencionadas anteriormente foram registadas de acordo com o

previsto no regulamento (CE) nº1060/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16

de setembro de 2009, sobre agências de notação de crédito.

Secção C – Títulos

C.1 Tipo e Classes

de títulos

oferecidos.

(manter no

resumo da

emissão

individual

apenas o que

for aplicável)

Títulos da Dívida e Obrigações Simples [Ordinários / Não Preferenciais]: são títulos que

representam uma dívida não subordinada para o seu emitente, geram juros e são

reembolsáveis por amortização antecipada ou no vencimento. Não têm garantias reais

nem de terceiros, estando o capital e os juros dos títulos garantidos pelo património

universal do emitente.

Títulos de Dívida e Obrigações Subordinadas: são títulos que representam uma dívida

para o seu emitente, auferem juros e são reembolsáveis por amortização antecipada ou

no vencimento, podendo negociar-se em mercados nacionais e/ou estrangeiros. As

emissões de Títulos de Dívida e Obrigações subordinadas realizadas pelo BANKINTER

não estarão em nenhum caso garantidas. O BANKINTER responderá com todo o seu

património presente e futuro pelo reembolso do capital e do pagamento dos juros dos

Títulos de Dívida e Obrigações Subordinadas. Ao abrigo do presente Prospeto Base

poderão emitir-se Títulos da Dívida e Obrigações Subordinadas Sénior e Títulos da Dívida

e Obrigações Subordinadas de Nível 2 (“Tier 2”). As emissões de Títulos da Dívida e

Obrigações Subordinadas de Nível 2 (Tier 2) serão realizadas de acordo com os requisitos

previstos no artigo 63 do Regulamento 573/2013 e/ou em quaisquer outras normas

aplicáveis em cada momento para efeitos de quantificação desses títulos como capital de

nível 2 do Emitente e/ou do seu grupo.

Obrigações Hipotecárias: são títulos que representam uma dívida para o seu emitente,

geram juros e são reembolsáveis por amortização antecipada ou no vencimento, que são

emitidos com a garantia da carteira de empréstimos concedidos com garantia

hipotecária de imóveis pela sociedade emitente que não estejam afetos a emissões de

obrigações e/ou participações hipotecárias, nem fundos de titularização, conforme a

legislação em vigor para o efeito e com a garantia dos ativos de substituição e dos fluxos

económicos gerados pelos instrumentos financeiros derivados associados a cada

emissão, caso os mesmos existam.

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Obrigações Territoriais: são títulos que representam uma dívida para o seu emitente,

geram juros e são reembolsáveis por amortização antecipada ou no vencimento, que são

emitidos com a garantia da carteira de empréstimos e créditos concedidos pela

instituição emitente a) para o Estado, Comunidades Autónomas, Autarquias Locais, bem

como para organismos autónomos e instituições públicas empresariais dependentes dos

mesmos, b) para administrações centrais, administrações regionais, autoridades locais,

bem como para organismos autónomos, instituições públicas empresariais e outras

instituições de natureza idêntica do Espaço Económico Europeu que não pertençam ao

Estado espanhol, sempre que esses empréstimos não estejam associados ao

financiamento de contratos de exportação de bens e serviços nem à internacionalização

de empresas, em conformidade com o previsto na Lei 44/2002, de 22 de novembro, de

Medidas de Reforma do Sistema Financeiro.

Títulos de Dívida e Obrigações Estruturadas: são títulos cuja rentabilidade está associada

à evolução de um ou mais subjacentes (ações, índices, matérias-primas, divisas,

certificados, futuros, Instituições de Investimento Coletivo, etc.). Com base nesta

evolução, os títulos poderão amortizar-se ao par, por um montante superior ou por um

montante inferior e, portanto, poderão dar lugar a rendimentos negativos. Os Títulos de

Dívida e Obrigações Estruturadas integram uma estrutura complexa que, em muitos

casos, implica operar com derivados. Operar com derivados requer conhecimentos

técnicos adequados.

Código ISIN: [ ] (completar conforme as Condições Finais).

Representação dos títulos: através de títulos escriturais.

Fungibilidade: os títulos que forem emitidos poderão ter a consideração de fungíveis

com outra ou outras emissões anteriores de títulos de igual natureza. (completar

conforme as Condições Finais)

C.2 Moeda da

Emissão

A emissão está denominada em [--] (conforme determinado nas Condições Finais).

C.3 Número de

ações emitidas

e

desembolsada

s totalmente,

bem como as

emitidas e não

desembolsada

s na sua

totalidade.

O capital social é de DUZENTOS E SESSENTA E NOVE MILHÕES, SEISCENTOS E

CINQUENTA E NOVE MIL, OITOCENTOS E QUARENTA E SEIS EUROS E VINTE CÊNTIMOS

(269.659.846,20 euros), representado por OITOCENTAS E NOVENTA E OITO MILHÕES,

OITOCENTAS E SESSENTA E SEIS MIL, CENTO E CINQUENTA E QUATRO (898.866.154)

ações, de 0,30 euros de valor nominal cada uma, da mesma classe e série, representadas

por intermédio de títulos escriturais, subscritas e realizadas na sua totalidade.

C.5 Descrição de

qualquer

restrição à livre

transmissão

dos títulos.

Em conformidade com a legalidade em vigor, não há nenhuma restrição à livre

transmissão dos títulos que é previsto emitir, sem prejuízo das limitações que possam

resultar derivadas das regras aplicáveis nos países onde se irá realizar a oferta em cada

caso.

C.7 Descrição da

política de

dividendos.

A data de distribuição de dividendos será afixada pela Assembleia Geral ou, no caso de

dividendos por conta, pelo Conselho de Administração. O Bankinter, S.A. estabeleceu

um sistema de pagamentos trimestrais de dividendos em janeiro, abril, julho e outubro

de cada ano.

O detalhe dos dividendos distribuídos com débito a resultados de 2016, 2015 e 2014 é o

seguinte, excluindo ações próprias em poder do banco:

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milhares de euros 2016 2015 2014

Dividendo pago 200.000 187.960 137.944

Número de ações médio 898.866.154 898.472.181 897.291.214

Dividendo por ação (em €) 0,223 0,209 0,154

Variação DPA 6,38% 36,08% 123,57%

Rentabilidade por Dividendo

(*)

3,02% 3,20% 2,29%

Em 28 de junho de 2017, 27 de setembro de 2017 e 29 de dezembro de 2017, o

Bankinter pagou o primeiro, segundo e terceiro dividendo por conta dos resultados do

exercício de 2017 num montante líquido de 0,04791180 (0,05915037 euros/bruto),

0,04915513 (0,06068535 euros/bruto) e 0,4998994 (0,06171597 euros/bruto) euros,

respetivamente.

*A Rentabilidade por Dividendo é calculada como a percentagem que representa o

dividendo por ação pago sobre o preço da ação no fecho do período. No ano de 2016,

como a cotação de fecho foi 7,36 €/ação, o cálculo foi:

Dividendo por ação (em €) / Cotação da ação no fecho do exercício

0,223 / 7,36 = 3,02%

C.8 Descrição dos

direitos

associados aos

títulos, ordem

de prioridade e

limitações.

Conforme a legislação em vigor, os títulos não terão, para o investidor que os adquira,

qualquer direito de voto presente e/ou futuro sobre o Bankinter.

Os direitos económicos e financeiros, para o investidor associado à aquisição e posse dos

mesmos, serão os derivados das condições da taxa de juro, rendimentos e preços de

amortização com que sejam emitidos e que se resumem no ponto C.9 do presente

Resumo.

Os títulos emitidos sob este prospeto, não têm a cobertura do Fundo de Garantia de

Depósitos. Ordem de Prelação:

Títulos de Dívida e Obrigações Simples Ordinárias (excluindo as não preferenciais),

Títulos de Dívida e Obrigações Estruturadas: constituem obrigações não subordinadas e

não garantidas do Emitente e situam-se, (conforme a Lei de Insolvências, para efeitos de

prelação de créditos em caso de insolvência do Emitente, e desde que os seus detentores

não sejam considerados “pessoas especialmente relacionadas” com o Emitente de acordo

com o artigo 93 da Lei de Insolvências): (a) abaixo dos credores com privilégio, quer

especial ou geral, que à data de pedido de insolvência tenha reconhecido o BANKINTER

conforme a classificação e ordem de prelação de créditos estabelecidos nos artigos 90 e

91 da Lei de Insolvências e no ponto 1 da disposição adicional décima quarta da Lei

11/2015, assim como daqueles créditos contra a massa falida em conformidade com o

artigo 84 da Lei de Insolvências; (b) igual (pari passu) que os restantes créditos

ordinários do BANKINTER; e (c) à frente dos créditos ordinários não preferenciais, dos

créditos subordinados, sejam instrumentos de capital de nível 2 (Tier 2) ou não, de

capital de nível 1 ou de nível 1 adicional (ações, títulos de participação preferenciais,

títulos necessariamente convertíveis em ações ou “CoCos”) e de quaisquer outros

instrumentos cuja prelação de crédito seja inferior à dos créditos ordinários. (Manter apenas no caso de títulos de dívida e obrigações simples ordinários e

estruturados)

Títulos da Dívida e Obrigações Simples Não Preferenciais: constituem obrigações não

subordinadas e não garantidas do Emitente e situam-se em conformidade com a

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Disposição Adicional 14 da Lei 11/2015: (a) atrás dos credores com privilégio, quer seja

especial ou geral, do BANKINTER previstos nos artigos 90 e 91 da Lei espanhola de

Insolvências e do resto dos créditos ordinários do BANKINTER reunidos no artigo 89.3

da Lei espanhola de Insolvências; (b) no mesmo nível que o resto dos créditos ordinários

não preferenciais do BANKINTER que sejam quantificados como tal de acordo com as

normas aplicáveis; e (c) à frente dos créditos subordinados do BANKINTER, sejam

instrumentos de capital de nível 2 (Tier 2) ou não, do capital de nível 1 ou de nível 1

adicional (ações, participações preferenciais, títulos necessariamente convertíveis em

ações ou “CoCos”) e de quaisquer outros instrumentos cuja prelação de crédito seja

inferior à dos créditos ordinários não preferenciais.

(Manter só no caso de títulos da dívida e obrigações simples não preferenciais)

Títulos de Dívida e Obrigações Subordinadas: constituem obrigações subordinadas e

não garantidas do Emitente, conforme a Lei de insolvência e a Disposição Adicional

Décima Quarta da Lei 11/2015, para efeitos de prelação de créditos em caso de

insolvência do Emitente.

a) Os Títulos da Dívida e Obrigações Subordinada (não quantificável como Tier 2),

os detentores de títulos da dívida e obrigações subordinadas situar-se-ão (i)

atrás de todos os credores com privilégio, credores ordinários e credores

ordinários não preferenciais que à data tenha o emitente; (ii) ao mesmo nível

que as obrigações por pagamento de capital das diversas emissões de Títulos da

Dívida e Obrigações Subordinadas do Emitente e daquelas obrigações

contratualmente subordinadas do Emitente que não constituam capital de nível

1 adicional nem capital de nível 2 do Emitente; (iii) à frente das obrigações por

pagamento de capital dos títulos que sejam considerados instrumentos de

capital de nível 2 (o que incluiria os Títulos da Dívida e Obrigações Subordinadas

de Nível 2 ou Tier 2), dos quais sejam considerados de instrumentos de capital

de nível 1 ou de nível 1 adicional (ações, participações preferenciais, títulos

necessariamente convertíveis em ações ou “Cocos”) e de quaisquer outros

créditos subordinados que tenham uma ordem de prelação inferior à dos Títulos

da Dívida e Obrigações Subordinadas.

b) Os Títulos da Dívida e Obrigações Subordinadas de Nível 2 (Tier 2), sempre que

sejam considerados instrumentos de capital de nível 2, estarão situados: (i)

atrás de todos os credores com privilégio, credores ordinários e credores

ordinários não preferenciais detidos à data pelo emissor: das obrigações de

pagamento de capital de créditos subordinados que não sejam instrumentos de

capital adicional de nível 1 ou instrumentos de capital de nível 2 (entre os quais

se incluiriam os Títulos da Dívida e Obrigações Subordinadas), assim como de

quaisquer outros créditos subordinados que por lei e/ou pelos seu próprios

termos, se a lei o permitir, tenham nível superior aos Títulos da Dívida e

Obrigações Subordinadas de Nível 2; (ii) ao mesmo nível que as obrigações de

pagamento por capital de qualquer outro instrumento de capital de nível 2 do

Emitente e com outros títulos subordinados que, por lei e/ou pelos seus próprios

termos, se a lei o permitir, tenham o mesmo nível que os Títulos da Dívida e

Obrigações Subordinadas de Nível 2; e (iii) à frente das obrigações de

pagamento por capital dos instrumentos de capital de nível 1 ou de nível 1

adicional (ações, participações preferenciais, títulos necessariamente

convertíveis em ações ou “Cocos”), e quaisquer outros créditos que por lei e/ou

pelos seus próprios termos, se a lei o permitir, tenham nível inferior aos títulos

da dívida e Obrigações Subordinadas de Nível 2.

(Manter apenas no caso de títulos de dívida subordinados e obrigações subordinadas).

Obrigações Hipotecárias: em conformidade com o artigo 14 da Lei 2/1981, de 25 de

março, do Mercado Hipotecário, conferem aos seus detentores o caráter de credores

singularmente privilegiados, com a preferência que assinala o número 3 do artigo 1923

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do Código Civil, perante quaisquer outros credores, em relação à totalidade dos créditos e

empréstimos com garantia de hipoteca imobiliária inscrita a favor do Bankinter, salvo

os que sirvam de cobertura às obrigações hipotecárias ou participações hipotecárias ou

fundos de titularização e em relação aos ativos de substituição e aos fluxos económicos

gerados pelos instrumentos financeiros derivados associados à emissão, caso os

mesmos existam. No caso de concurso, os titulares de Obrigações Hipotecárias gozarão

de privilégio especial de cobrança sobre os créditos hipotecários do emitente, em

conformidade com o artigo 90.1.1° da Lei de Insolvência e não gozarão de preferência

entre eles, qualquer que seja a sua data de emissão.

(Manter apenas no caso de cédulas hipotecárias)

Obrigações Territoriais: em conformidade com o artigo 13 da Lei 44/2002, de 22 de

novembro, de Medidas de Reforma do Sistema Financeiro, terão direito preferencial

sobre os direitos de crédito do Emitente face a) ao Estado, as Comunidades Autónomas,

as Entidades Locais, assim como aos organismos autónomos e às entidades públicas

empresariais dependentes dos mesmos, b) a administrações centrais, administrações

regionais, autoridades locais, assim como a organismos autónomos, entidades públicas

empresariais e outras entidades de natureza análoga do Espaço Económico Europeu que

não pertençam ao Estado espanhol, sempre que tais empréstimos não estejam

vinculados ao financiamento de contratos de exportação de bens e serviços nem à

internacionalização de empresas, para a cobrança dos direitos derivados do título que

detêm sobre esses títulos, nos termos do artigo 1.922º do Código Civil. O mencionado

título terá caráter executivo nos termos previstos na Lei do Processo Civil. Em caso de

concurso, os detentores de obrigações territoriais gozarão de privilégio especial de

cobrança sobre os direitos de crédito da instituição emitente em relação às instituições

públicas, de acordo com o artigo 90.1. 1º da Lei de Insolvência. (Manter apenas no caso

de obrigações territoriais).

C.9 Emissão dos

valores, taxa

de juro,

amortização e

representante

dos valores

emitidos.

• Data de Emissão/Desembolso: (incluir conforme se tenha determinado nas

Condições Finais)

• Disposições relativas à taxa de juro: (incluir os elementos de informação contidos

nas secções 7,8,9, 10 u 11 das Condições Finais, conforme for aplicável à emissão

concreta)

• Opções de amortização antecipada ou liquidação antecipada: (incluir apenas

quando houver opções de amortização antecipada e/ou estruturas de liquidação

antecipada. Nesse caso, incluir os elementos que sejam aplicáveis

contidos na secção 12 das Condições Finais)

• Data de amortização final e sistema de amortização: (incluir elementos que sejam

aplicáveis contidos no ponto 13 das Condições Finais)

• Calendário relevante para o calendário de fluxos estabelecidos na emissão:

• TIR para o tomador dos títulos: [ ] (incluir conforme se tenha determinado nas

Condições Finais)

• Representação dos detentores: constituiu-se o sindicato de

obrigacionistas/titulares de cédulas (eliminar o que não proceda conforme se

determine nas Condições Finais) da presente emissão e nomeou-se Comissário do

mesmo a [ ] (completar conforme se determine nas Condições Finais).

• Não se constituiu sindicato de obrigacionistas/titulares de cédulas da presente

emissão (eliminar se nas Condições Finais estiver prevista a constituição de

Sindicato para a emissão concreta de Cédulas Hipotecárias ou Obrigações

Territoriais).

C.10 Instrumentos

derivados

N/A (Quando o rendimento não estiver associado a um subjacente)

Dado que o rendimento dos títulos está associado ao comportamento de um subjacente,

o mesmo não pode ser determinado previamente; portanto os investidores não poderão

conhecer de antemão a rentabilidade do investimento (apenas aplicável quando o

rendimento estiver associado a subjacentes e não se tratar de títulos estruturados).

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Ver mais detalhe na secção C.9 anterior (apenas aplicável quando o rendimento estiver

vinculado a subjacentes e não se trate de títulos estruturados).

Ver a secção C.15 posterior (apenas aplicável a títulos estruturados).

C.11 Admissão para

cotação

Solicitar-se-á a admissão a negociação dos títulos objeto de emissão no [Mercado AIAF

de Rendimento Fixo, Mercado AIAF de Rendimento fixo dentro da sua Plataforma do

Sistema Eletrónico de Negociação de Dívida (SEND) / outros] (eliminar o que não for

aplicável). O emitente envidará todos os esforços para que os títulos sejam cotados nesse

mercado no prazo máximo de 30 dias a contar da Data de Desembolso.

C.15 Descrição de

como o valor

do seu

investimento é

afetado pelo

valor do/dos

instrumento/s

subjacente/s.

N/A (Quando as Condições Finais não se refiram a títulos estruturados)

Os títulos estruturados são títulos com risco elevado, já que podem integrar estruturas

complexas, sendo que a sua rentabilidade está associada à evolução de um ou vários

instrumentos subjacentes durante a vida da emissão. Com base nesta evolução, os

títulos poderão ser amortizados ao mesmo tempo, por um montante superior ou por um

montante inferior e, portanto, dar lugar à perda total ou parcial do montante investido.

O investidor não poderá conhecer de antemão qual será a rentabilidade do seu

investimento.

A possibilidade de que o preço de amortização na data de amortização, antecipada ou no

vencimento, esteja abaixo do valor nominal dependerá do tipo de subjacente, da

evolução do instrumento subjacente, [da existência de barreiras de capital como

condição para a recuperação da investimento inicial ou com possibilidade de limitar as

perdas sobre o valor inicial (eliminar quando as Condições Finais não incluam barreiras

de capital)], [da existência de barreiras à liquidação antecipada (eliminar quando as

Condições Finais não incluam barreiras à liquidação)], a data de vencimento e a

liquidação final. Por outro lado, o montante dos cupões recebido pelo investidor também

dependerá, fundamentalmente, do tipo de subjacente, da sua evolução [da existência de

barreiras de cupão como condição para a cobrança ou não de cupões ((eliminar quando

as Condições Finais não incluam barreiras de cupão)].

Ver mais detalhes na secção C.9 anterior (apenas aplicável a títulos estruturados)

C.16 Data de

Vencimento ou

expiração dos

títulos

derivados.

N/A (Quando as Condições Finais não se refiram a títulos estruturados)

Ver a secção C.9 anterior (quando as Condições Finais se refiram a títulos estruturados).

C.17 Descrição da

liquidação dos

títulos

derivados.

A liquidação dos títulos será em dinheiro.

Ver a secção C.9 anterior

C.18 Descrição do

pagamento

dos títulos

derivados

Ver a secção C.9 anterior (quando as Condições Finais se refiram a títulos estruturados)

C.19 Preço de

Referência

Final do

instrumento

subjacente

Ver a secção C.9 anterior (quando as Condições Finais se refiram a títulos estruturados)

C.20 Descrição do

tipo de

Instrumento

Subjacente e

lugar no qual

se pode

Ver a secção C.9 anterior (quando as Condições Finais se refiram a títulos estruturados)

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encontrar

informação

sobre o

subjacente.

Secção D – Riscos

D.2 Informação fundamental sobre os principais riscos específicos do emitente

A descrição dos riscos inerentes à atividade do Bankinter encontra-se definida e ponderada no

Documento de Registo do Bankinter verificado e inscrito nos registos oficiais de CNMV de 20 de julho de

2017, os quais, de forma resumida são indicados a seguir, atualizados em setembro de 2017.

1 Risco de crédito: Risco de que os clientes ou contrapartes não respondam ao cumprimento dos seus

compromissos e provoquem uma perda financeira.

No fecho do exercício de 2017, a exposição ao risco computável ascende a 58.824 milhões de euros (mais

2,7% do que no fecho do exercício de 2016). O índice de incumprimento é de 3,45% face aos 4,01% em

dezembro do ano anterior. Este dado é inferior à metade do conjunto do setor (8,08% no fecho de

novembro de 2017, conforme dados do Boletim Estatístico do Banco de Espanha).

A carteira de pessoas singulares em Espanha mantém a sua alta qualidade creditícia, situando-se em

25.570 milhões de euros no fecho de dezembro de 2017, com um rácio de incumprimento de 2,7%. O

risco de crédito no fecho de 2016 era de 25.689 milhões e o índice de incumprimento igualmente de

2,7%.

Dentro do Segmento de Empresas, a Banca Empresarial fechou o exercício de 2017 com um

investimento de 14.588 milhões de euros, 3,1% superior ao exercício anterior, com um índice de

incumprimento de 1,2%. O risco de crédito desta carteira no fecho de 2016 era de 14.094 milhões, com

um índice de incumprimento de 1,8%.

No que respeita às PME, o risco de crédito neste segmento ascende no fecho de dezembro de 2017 a

11.127 milhões de euros, com uma variação positiva de 2,4% face ao ano anterior e um índice de

incumprimento de 6,1%. No fecho de 2016, o risco de crédito deste segmento era de 11.298 milhões e o

índice de incumprimento de 6,5%.

A carteira de refinanciamentos e restruturações de risco de crédito no fecho do exercício ascende a 1.207

milhões de euros, considerando refinanciamento uma qualquer modificação nas condições de risco do

crédito. A maioria dos refinanciamentos têm garantias adicionais. O total da carteira de

refinanciamentos e restruturações representa 2,1% do Risco de Crédito.

O saldo de riscos de cobrança duvidosa passou de 2.297 milhões em dezembro de 2016 a 2.030 milhões

em dezembro de 2017, o qual representa uma redução de 267 milhões de euros.

A carteira de ativos adjudicados do Bankinter é reduzida e está especialmente concentrada em

habitações. O valor bruto da carteira, no fecho de dezembro de 2017, é de 412 milhões de euros (523

milhões, em dezembro de 2016). A cobertura de ativos adjudicados situa-se nos 45,2% face a 42,1% do

ano anterior.

O financiamento destinado à promoção imobiliária (em milhares de euros) e os seus índices de

incumprimento são os seguintes:

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Dados em 31/12/2017

Montante bruto Excesso sobre valor de

garantia*

Imparidade de

valor acumulado

Financiamento à construção e promoção

imobiliária (incluindo terrenos) (negócios em

Espanha)

1.310.407 113.210 25.726

Dos quais: de cobrança duvidosa 78.612 21.766 18.089

% Promotor/Risco de Crédito 2,2%

* É o montante do excesso que implique o montante contabilístico bruto de cada operação sobre o valor dos direitos reais que, se for o

caso, se tenham recebido em garantia, calculados segundo o disposto no anexo IX da Circular 4/2004 do Banco de Espanha.

Dados em 31/12/2016 Montante bruto

Excesso sobre valor

de garantia*

Imparidade de

valor acumulado

Financiamento à construção e promoção

imobiliária (negócios em Espanha) 1.189.289 160.534 80.769

Do qual: De cobrança duvidosa 168.830 56.756 72.299

Do qual: Substandard 0 0 0

% Promotor/Risco de Crédito 2,1%

* É o montante do excesso que implique o montante contabilístico bruto de cada operação sobre o valor dos

direitos reais que, se for o caso, se tenham recebido em garantia, calculados segundo o disposto no anexo IX

da Circular 4/2004 do Banco de Espanha.

O risco de cobrança duvidosa representa em setembro de 2017 5,99% do total do financiamento da

promoção imobiliária. Em 31 de dezembro, situava-se em 14,19%.

Abaixo, inclui-se um quadro com discriminação do risco de crédito do Grupo Bankinter no fecho dos

últimos três exercícios (em milhares de euros):

QUALIDADE DE ATIVOS 31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015 %Var 17/16

Risco quantificável 58.824.461 57.308.266 49.415.783 2,65%

Sujeito a riscos 2.029.908 2.296.743 2.039.239 -11,62%

Provisões por risco de crédito 903.865 1.130.626 856.302 -20,06%

Índice de incumprimento (%) 3,45% 4,01% 4,13% -13,97%

Índice de cobertura do

incumprimento (%) 44,53% 49,23% 41,99% -9,55%

Ativos adjudicados 411.555 523.453 531.348 -21,38%

Provisão por adjudicados 186.130 220.433 213.061 -15,56%

Cobertura de adjudicados (%) 45% 42% 40% 7,69%

Ativos problemáticos 2.441.463 2.820.196 2.570.587 -13,43%

Índice de ativos problemáticos (%) 4,15% 4,92% 5,20% -15,64%

2. RISCO REGULADOR.

2.1. Requisitos de capital:

A atividade bancária encontra-se sujeita a amplas normas em relação às necessidades de capital das

mesmas. Assim, o objetivo do Bankinter é cumprir em todo momento as normas aplicáveis, de acordo

com os riscos inerentes à sua atividade e ao contexto em que trabalha, sendo realizada a supervisão

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prudencial tanto pelo Banco de Espanha como pelo Banco Central Europeu.

A promulgação de novas normas ou novos requisitos de capital poderia afetar de forma importante a

gestão da Instituição, podendo afetar as decisões de investimento da instituição, a análise da viabilidade

de operações, a estratégia de distribuição de resultados por parte das filiais e de emissões por parte da

instituição e do Grupo, etc.

Em 2014 entrou em vigor a regra “Basileia III” que estabelece novos standards globais de capital e

liquidez para as instituições financeiras. No que respeita ao capital, a Basileia III redefine o que se

considera como capital disponível nas instituições financeiras, eleva os mínimos de capital requeridos,

exige que as instituições financeiras funcionem perfeitamente com excessos de capital (buffers de

capital) e acrescenta novos requisitos nos riscos considerados.

Na Europa, a nova regra foi implementada através da Diretiva 2013/36/UE (CRD IV) e do Regulamento

(UE) nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013, sobre os requisitos

prudenciais das instituições de crédito e empresas de investimento (CRR IV) os quais são de aplicação

direta a todos os estados da UE.

Neste sentido, o Regulamento (UE) n.º 575/2013, de 26 de junho, e a Diretiva 2013/36/UE, de 26 de

junho, implicam, como referidos, uma alteração substancial das normas aplicáveis às instituições de

crédito, uma vez que aspetos tais como o regime de supervisão, os requisitos de capital e o regime

sancionador são amplamente modificados e vêm regular os níveis de solvência e composição dos

recursos quantificáveis com os quais devem operar as instituições de crédito.

As normas, que entraram em vigor a 1 de janeiro de 2014, exigem às instituições requisitos de capital

muito mais exigentes do que os exigidos até esse momento e, para evitar que este reforço da solvência

afete excessivamente a economia real, a entrada em vigor de alguns aspetos da mesma ocorre de forma

progressiva (o que se conhece como phase-in) até 2019. Esta fase de implantação transitória afeta

principalmente a definição dos recursos próprios quantificáveis como capital e a constituição de buffers

de capital acima dos níveis regulatórios mínimos.

Não existe garantia de que as autoridades das jurisdições, nas quais opera ou possa operar o Banco,

adotem exigências adicionais em matéria de capital ou provisões. O incumprimento das normas, em

vigor ou futuras, em relação às novas obrigações em matéria de capital ou provisões, poderá ter um

impacto substancial negativo nos negócios, na situação financeira e nos resultados do Bankinter.

O Banco Central Europeu requer ao Bankinter que mantenha, para o exercício de 2018, em base

consolidada um rácio Common Equity Tier 1 ou CET 1 de 7,125% (6,5% para 2017) e um rácio Capital

Total de 10,625%, ambos phase-in.

No âmbito da solvência, modificaram-se os limites mínimos exigidos através da introdução de um novo

requisito de capital mínimo em função do capital ordinário nível 1 (CET1) que fica situado em 4,5%, e que

alcançará os 7% quando se aplicar completamente o buffer de conservação de capital. O calendário de

aplicação previsto estabeleceu um buffer de 0,625% em 2016, 1,25% em 2017, 1,875 em 2018, e

alcançará o definitivo 2,5% a partir de janeiro de 2019.

O rácio de capital CET 1 no fecho do exercício de 2017, é de 11,83% e um Rácio de Capital Total 14,28%,

ambos phase-in, os quais cobrem folgadamente com estes requisitos exigidos para 2018 após o processo

de supervisão (CET 1 do 6,5% e Rácio de Capital Total de 10,00%).

A seguir, são apresentados os principais indicadores de solvência e gestão do risco a nível consolidado do

Grupo Bankinter:

31/12/2017 (1) 31/12/2016* 31/12/2015*

Capital 269.660 € 269.660 € 269.660 €

Reservas 3.966.016 € 3.699.871 € 3.353.210 €

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Deduções CET1 - 527.124 € -347.493 € -207.149 €

Excesso de deduções AT1 0 € 0 € -209.001 €

CET 1 3.708.552 € 3.622.038 € 3.206.720 €

CET 1 phase-in (%) 11,83% 11,77% 11,77%

CET 1 Fully Loaded (%) 11,5% 11,2% 11,6%

Instrumentos AT1 199.000 € 200.000 €

Deduções AT1 - 88.177 € -153.504 €

TIER 1 3. 819.375 € 3.668.534 € 3.206.720 €

TIER 1 (%) 12,19% 11,92% 11,77%

Instrumentos Tier 2 697.018 € 273.661 € 340.412 €

Deduções Tier 2 -41.576 € -70.537 € -79.800 €

TIER 2 655.442 € 203.123 € 260.613 €

TIER 2 (%) 2,09 % 0,66% 0,96%

Total de recursos próprios

computáveis 4.474.818 € 3.870.658 € 3.467.333 €

Rácio de Capital Total 14,28% 12,58% 12,73%

Rácio de alavancagem 5,25% 5,40% 5,50%

Rácio de alavancagem fully

loaded 5,2% 5,3% 5,4%

Ativos totais ponderados por

risco 31.341.324 30.763.509 27.238.57 €

dos quais risco de crédito 27.247.666 26.844.113 23.693.86 €

dos quais risco de mercado 260.021 285.876 257.969 €

dos quais risco operacional 2.427.950 2.272.380 1.929.060 €

(1) Fonte: Informação Financeira Anual de 2017

*Fonte: Contas Anuais Consolidadas auditadas do exercício de 2016 e 2015.

Por último, em relação aos requisitos de passivos exigíveis, conhecidos como o requisito mínimo para

passivos exigíveis (“MREL”), a instituição não tem certeza ao dia de hoje da entrada em vigor de MREL e

das consequências de um eventual incumprimento.

2.2. A adoção de eventuais medidas de amortização e recapitalização interna (bail-in) poderia ter um

efeito negativo na instituição e nos seus negócios.

A Diretiva 2014/59/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, pela qual se

estabelece um quadro para a reestruturação e resolução de instituições de crédito e empresas de

investimento (Diretiva relativa ao Resgate e Resolução ou “DRR”), transposta em Espanha através da Lei

11/2015 e o Real Decreto 1012/2015, de 6 de novembro de 2015, pelo qual se desenvolve a Lei 11/2015

(o “Decreto Real 2012/2015”), e pelo Decreto-lei Real 11/2017, de 23 de junho, de medidas urgentes em

matéria financeira, contempla que as autoridades de resolução (o FROB) terão a faculdade de amortizar

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e converter os denominados passivos admissíveis (o que poderia incluir os títulos da dívida e obrigações

subordinados e simples) da entidade objeto de resolução, em ações ou outros instrumentos de capital da

entidade emitente, através da aplicação do instrumento de recapitalização interna ou bail-in.

A faculdade de recapitalização interna ou bail-in consiste em realizar a conversão, transmissão,

modificação ou poder de suspensão existente sob as normas de reposição da DRR incluindo, mas sem

limitação a: (i) A Lei 11/2015 e suas alterações, (ii) o Real Decreto 1012/2015, e suas alterações em cada

momento, (iii) o Regulamento do Mecanismo Único de Supervisão, e suas alterações em cada momento,

e (iv) e qualquer outro instrumento, regra ou normas relativas a (i), (ii) ou (iii), perante os quais qualquer

obrigação de uma instituição pode reduzir-se, anular-se, modificar-se ou converter-se em ações, outros

títulos, ou outras obrigações da mesma instituição, incluindo poderes relativos à absorção de perdas.

Além do processo de bail-in descrito, tanto a Lei 11/2015 como a DRR preveem que, chegado o momento

de não viabilidade, a Autoridade Espanhola de Resolução (o “FROB”) terá a faculdade de reduzir o valor

de forma permanente ou converter em ações os instrumentos de capital existentes. O Ponto de não

viabilidade é o ponto em que a Autoridade Espanhola de Resolução determina que a instituição ou o seu

grupo reúne as condições para a sua resolução ou em que já não sejam viáveis, caso os instrumentos de

capital pertinentes reduzam o seu valor ou se convertam em capital ou seja necessária ajuda pública sem

a qual a instituição já não seria viável. A absorção de perdas pode impor-se antes ou de forma

simultânea a qualquer outro instrumento de resolução.

Os instrumentos de resolução introduzidos através da Lei 11/2015 e o Real Decreto 1012/2015 têm um

impacto sobre a gestão das instituições de crédito e as empresas de serviços de investimento, assim

como sobre os direitos dos credores. De acordo com a Lei 11/2015, os detentores de títulos podem ser

objeto de, entre outras medidas, uma redução das quantias devidas em virtude desses títulos ou de

conversão desses títulos em capital ou outros títulos ou obrigações desde 1 de janeiro de 2016 e, no caso

dos títulos subordinados, podem estar sujeitos à absorção de perdas. O exercício desses poderes pode dar

lugar a que os detentores de títulos possam perder parte ou a totalidade do seu investimento. Por

exemplo, a recapitalização interna pode exercer-se de tal maneira que os detentores de determinados

títulos recebam outros diferentes, cujo valor seja significativamente inferior. De igual forma, o exercício

das faculdades de resolução por parte da Autoridade Espanhola de Resolução relativamente aos títulos

pode depender de uma série de fatores que podem estar fora do controlo do Emitente. Além disso, os

titulares de títulos que pretendam antecipar-se ao potencial exercício de quaisquer poderes de resolução

não poderão em muitos casos alegar critérios de interesse público, dado que a Autoridade Espanhola de

Resolução possui poder discricionário. Devido a esta incerteza inerente, será difícil prever quando possa

ocorrer o exercício de qualquer uma das referidas faculdades pela Autoridade Espanhola de Resolução.

A lei 11/2015 estabeleceu a obrigação de que todos os Bancos efetuem uma contribuição anual para o

Fundo de Resolução Nacional, que vem somar-se à contribuição que deve fazer qualquer instituição de

crédito para o fundo de garantia de depósitos. Este fundo estará dotado com recursos provenientes de

todas as instituições de crédito e deverá alcançar, em 2024, 1% do montante dos depósitos garantidos de

todas as instituições.

Qualquer desses montantes poderá ter impacto sobre o negócio, situação de financiamento e sobre os

resultados das operações do Bankinter.

Além disso, em março de 2014, o Parlamento e o Conselho Europeu chegaram a um acordo para a

criação do Mecanismo Único de Resolução (“MUR”). O principal objetivo do MUR é garantir que as

eventuais falências bancárias que possam acontecer na união bancária, sejam geridas de forma

eficiente, com custos mínimos para o contribuinte e a economia real.

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As normas que regem a união bancária têm por objeto assegurar que sejam, em primeiro lugar, os

bancos e os seus acionistas, que financiem a resolução e, se necessário, também, parcialmente os

credores do banco. Não obstante, estará também disponível outra fonte de financiamento à qual se

poderá recorrer se o anterior não for suficiente. Trata-se do Fundo Único de Resolução (FUR).

O FUR entrou em funcionamento a 1 de janeiro de 2016, implantado pelo Regulamento (UE) nº

806/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho. As instituições de crédito e empresas de investimento

deverão realizar contribuições a partir do exercício de 2016, baseadas no seguinte: a) uma contribuição

fixa (ou contribuição anual base), proporcional aos passivos de cada instituição, com exclusão dos

recursos próprios e depósitos com cobertura, face aos passivos totais, com exclusão dos fundos próprios e

dos depósitos com cobertura de todas as instituições autorizadas no território dos estados membros

participantes; e b) uma contribuição ajustada ao risco, que se baseará nos critérios estabelecidos no art.

103, secção 7 da Diretiva 2014/59/UE, tendo em conta o princípio de proporcionalidade, sem criar

distorções entre estruturas do setor bancário dos estados-membros.

O gasto reconhecido nos exercícios de 2017, 2016 e 2015 pelas contribuições do Bankinter para o FGD e

para o FUR foram as seguintes:

(milhares de

euros)

2017 % BAI ‘17 2016 % BAI ‘16 2015 % BAI ‘15

FUR 20.980 3,10 21.976 3,25 17.484 3,36

FGD 37.798 5,58 27.581 4,08 30.034 5,77

Total 58.778 8,68% 49.557 7,32 47.518 9,13

2.3. Imposto sobre os Depósitos nas instituições de crédito.

A Lei 16/2012, de 27 de dezembro, pela qual são adotadas diversas medidas tributárias dirigidas à

consolidação das finanças públicas e ao impulso da atividade económica, criou com efeito a partir de 1 de

janeiro de 2013 o Imposto sobre os Depósitos nas instituições de crédito, pelo qual se estabelecia um

imposto aos depósitos bancários no conjunto de Espanha, se bem que inicialmente tenha sido fixada

uma taxa de 0% a esse imposto.

Por outro lado, o Real Decreto-lei 8/2014, de 4 de julho, de aprovação de medidas urgentes para o

crescimento, a competitividade e a eficiência, modificou a taxa de tributação estabelecendo em 0,03%,

com efeitos em 1 de janeiro de 2014. O referido imposto é apurado anualmente, é pago por ano vencido

(julho do ano seguinte ao seu apuramento) e o seu montante será distribuído entre as administrações

autonómicas. O pagamento realizado por este imposto para o exercício de 2016, foi de 9.783.150 euros

(1,45% do lucro antes de impostos do exercício de 2016).

2.4. Risco Contabilístico.

Os organismos de normalização contabilística e outras autoridades reguladoras mudam periodicamente

as normas de contabilidade e informação financeira que regem a preparação das demonstrações

financeiras consolidadas do Grupo. Estas alterações podem ter um impacto considerável na forma como

o Grupo contabiliza e apresenta a sua situação financeira e os seus resultados de exploração. Em alguns

casos, dever-se-á aplicar uma norma modificada ou um novo requisito com carácter retractivo, o que

obriga a refazer as demonstrações financeiras de períodos anteriores.

Em relação às Normas Internacionais de Informação Financeira (NIIF) adotadas pelos regulamentos da

União Europeia NIIF 9 sobre instrumento financeiros e sobre receitas ordinárias (NIIF 15), as quais

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foram incorporadas na nova Circular 4/2017 do Banco de Espanha, que substitui a Circular 4/2004.

Relativamente à NIIF 9, o Grupo completou os trabalhos de implementação e encontra-se em processo

de revisão dos resultados alcançados. A seguir é desagregado o impacto quantitativo estimado à data de

entrada em vigor da referida norma, que representa a melhor estimativa para os diferentes impactos da

norma relativa à aplicação da mesma até ao fecho do exercício de 2017:

Milhões de euros

Aumento das provisões: Aplicação do modelo de perdas de crédito esperadas

(208)

Reclassificação da carteira de investimentos: em consequência da revalorização líquida da carteira

199

Impacto líquido no balanço (decréscimo) (9)

do qual, impacto em reservas (decréscimo) (16)

do qual, imposto diferido líquido 7

As reclassificações da carteira de investimentos com vencimento em valor razoável com alterações

noutro resultado global afloraram parte da mais-valia latente com a qual o Grupo contava nesta carteira

ao mantê-la intacta durante toda a crise e ao tratar-se de ativos com cupões elevados e risco baixo.

Portanto, na primeira aplicação, a NIIF 9 tem um impacto negativo reduzido para o património líquido

do banco, não afetando a demonstração de resultados. Em termos de solvabilidade, em função dos

impactos estimados, indicados anteriormente, tem um impacto positivo no rácio CET1 Fully Loaded

entre 40 e 45 pontos base positivos, como consequência tanto da afloração de ajustamentos à

valorização como no seguimento da reclassificação de instrumentos e da redução do défice de provisões.

Relativamente à NIIF 15, relativa aos proveitos ordinários, não se espera um impacto significativo da

aplicação desta alteração à norma.

O Grupo Bankinter está em processo de analisar os impactos da NIIF 16 derivados daqueles contratos de

locação em que é arrendatário. O Grupo conta com uma rede reduzida de sucursais, estando parte dela

em propriedade. Por estes motivos, o Grupo estima que o impacto da NIIF 16 no Grupo seja limitado.

3. Risco estrutural de juro, liquidez, mercado e produtos derivados

3.1 Risco estrutural de juros: O risco estrutural de juros define-se como a exposição da Instituição a

variações nas taxas de juro de mercado, derivada da diferente estrutura temporária de vencimentos e

depreciações das rubricas do Balanço Global.

a) Sensibilidade da Margem Financeira

A sensibilidade da margem financeira obtém-se da diferença entre a margem financeira projetada com

as curvas de mercado em cada data de análise e o projetado com as curvas de taxas de juro modificadas

sob distintos cenários, tanto de movimentos paralelos das taxas como de alterações na inclinação da

curva.

A exposição ao risco de taxa de juro da margem financeira do Bankinter perante variações em paralelo

de 200 pontos base nas taxas de juro de mercado é de 0% em dezembro de 2017, segundo as normas

técnicas de junho 2017. Tanto no fecho de 2016 como de 2015 era de 0% para um horizonte de 12 meses

(em ambos os casos o cálculo foi realizado com um “floor” em 0%).

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b) Sensibilidade do Valor Económico.

Trata-se de uma medida complementar à anterior e calcula-se com periodicidade mensal. Permite

quantificar a exposição do valor económico do Banco ao risco de taxa de juro e é obtida pela diferença

entre o valor atual líquido das rubricas sensíveis às taxas de juro calculado com as curvas de juros sob

diferentes cenários e a curva de taxas cotada no mercado em cada data de análise.

O Conselho de Administração estabelece anualmente uma referência em termos de sensibilidade do

Valor Económico perante movimentos paralelos de 200 pontos base nas taxas de juro de mercado.

No fecho de dezembro de 2017 a sensibilidade do Valor Económico do Banco perante movimentos

paralelos de 200 pontos base, obtida mediante o critério das normas técnicas de junho 2017 era de

+0,1% sobre Recursos Próprios (no fecho dos exercícios de 2016 e 2015 situava-se em +7,4% e +6,8%,

respetivamente, aplicando um floor nos 0%).

3.2. Risco de liquidez: O risco estrutural é associado à capacidade para atender as obrigações de

pagamento adquiridas e financiar a sua atividade investidora.

A 31 de dezembro de 2017, o gap comercial era de 4.975 milhões € e o de liquidez de 4.235 milhões €.

Em dezembro de 2016, os títulos eram 5.236 milhões € e 4.985 milhões € respetivamente.

Para enfrentar qualquer eventual problema de liquidez, o Bankinter contava, a 31 de dezembro de 2017,

com uma importante carteira de contingência composta por ativos líquidos de mais de 10.500 milhões

de euros para o LCR. Além disso, nessa data, o Banco tinha uma capacidade de emissão de obrigações

hipotecárias de 6.900 milhões de euros. O LCR no fecho de dezembro situava-se acima dos 100%,

concretamente nos 141,23% e o NSFR nos 116% já acima do objetivo definido para 2017 de 111%, que

foi o valor obtido no fecho de 2016.

A LCR procura assegurar que os bancos tenham suficientes ativos líquidos de alta qualidade (HQLA, na

sigla em inglês) para fazer face às saídas de dinheiro que ocorreriam num cenário de stress agudo que

durasse um mês. Supõe-se que, decorrido esse mês, já se teriam tomado as medidas corretivas

necessárias por parte do banco ou do supervisor.

No que se refere ao Coeficiente de Financiamento Estável Líquido (ou NSFR na sigla em inglês),

promovido pelo Comité de Basileia, exige aos bancos manter um perfil de financiamento estável no

longo prazo. Define-se como o quociente entre a quantia de financiamento estável disponível e a quantia

de financiamento estável requerida. Este quociente deverá ser, no mínimo, de 100% em todo o

momento. O «financiamento estável disponível» define-se como a proporção dos recursos próprios e

alheios que se pode esperar que sejam fiáveis durante o horizonte temporal considerado pelo NSFR, que

é de um ano.

3.3. Risco de mercado: Risco que surge por serem mantidos instrumentos financeiros, cujo valor pode

ser afetado por variações nas condições de mercado.

Para a medição do risco de mercado utiliza-se a metodologia do Valor em Risco (“VaR”) através da

“Simulação Histórica”, que se baseia na análise de alterações potenciais no valor da posição utilizando,

para isso os movimentos históricos dos ativos individuais que o formam. O cálculo de VaR realiza-se com

um nível de confiança de 95% e um horizonte temporal de um dia.

Total VaR 2017 2016 2015

Milhares de euros

VaR Taxa de Juro 14,44 14,22 14,75

VaR Rendimento Variável 0,44 0,34 0,53

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VaR Taxa de Câmbio 0,03 0,04 0,06

VaR Taxa de Volatilidade 0,44 0,24 0,03

VaR de Crédito 0,00 0,00 0,00

Total 14,70 14,22 14,84

VaR Negociação 2017 2016 2015

Milhares de euros

VaR Taxa de Juro 0.57 0,88 0,37

VaR Rendimento Variável 0.44 0,20 0,24

VaR Taxa de Câmbio 0.03 0,04 0,06

VaR Taxa de Volatilidade 0.44 0,24 0,03

VaR de Crédito 0.00 0,00 0,00

Total 0.61 0,91 0,48

VaR Disponível venda 2017 2016 2015

Milhares de euros

VaR Taxa de Juro 14.34 14,31 14,56

VaR Rendimento Variável 0.002 0,39 0,32

VaR Taxa de Câmbio 0.00 0,00 0,00

VaR de Crédito 0.00 0,00 0,00

Total 14.34 14,42 14,63

Ao fim de dezembro 2017, o VaR da carteira de negociação situava-se abaixo dos 0,60 milhões de euros e

o de Disponível para a Venda em 14,35 milhões de euros.

Em dezembro de 2017, o VaR para Bankinter Luxemburgo situava-se em 0,04 milhões de euros (0,05

milhões de euros ao fecho de 2016; 0,01 milhões de euros para 2015). O VaR da carteira de Línea Directa

Aseguradora, sob as mesmas hipóteses, no fecho de dezembro situava-se em 1,01 milhões de euros. No

fecho de dezembro de 2016 era 2,10; 2,39 milhões de euros para 2015.

O Stress Testing ou análise de cenários extremos, é uma prova complementar ao VaR. As estimativas de

Stress Testing quantificam a perda potencial que produziria, sobre o valor da carteira, os movimentos

extremos dos diversos fatores de risco a que está exposta a mesma.

No fecho de dezembro de 2017, a perda estimada resultante da análise de cenários extremos de taxa de

juro nas carteiras de negociação seria de 5,00 milhões de euros. Em dezembro de 2016, era 3,97 milhões

de euros e no fecho de 2015 alcançava os 4,73 milhões de euros.

3.4. Risco de derivados: Risco ocasionado pela evolução dos fatores de risco que influenciam na

avaliação dos produtos derivados.

A atividade em derivados faz parte da gestão de cada fator de risco e inclui-se nos limites em termos de

VaR e complementa-se com medidas de sensibilidade.

A carteira de derivados de negociação obedece na sua maioria, às posições mantidas com clientes e a

estratégia é fechar essas posições com uma contrapartida, pelo que não produz perdas relevantes por

taxa de juro. A composição desta rubrica da carteira de negociação de ativo e passivo do balanço em 31

de dezembro de 2016, 2015 e 2014 é a seguinte:

Milhares de euros

Justo valor

31-12-17 31-12-16 31-12-15

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Ativo Passivo Ativo Passivo Ativo Passivo

Compra e venda de divisas não vencidas: 55.048 27.154 46.851 41.190 23.423 89.639

Compras de divisas contra euros 40.222 1.385 28.718 38.906 12.158 89.193

Compras de divisas contra divisas - - 62 - 12 2

Vendas de divisas contra euros 14.826 25.769 18.071 2.284 11.253 1.443

Vendas de divisas contra divisas - - - - - -

Opções sobre títulos: 7.649 26.263 17.545 18.067 33.809 43.329

Compradas 7.654 - 17.545 - 33.809 12.474

Emitidas (5) 26.263 - 18.067 - 30.855

Opções sobre taxas de juro: 3 1 576 2 244 203

Compradas 3 - 576 - 244 203

Emitidas - 1 2

Opções sobre divisas: 30.291 31.613 37.418 36.454 4.625 4.391

Compradas 30.291 - 37.418 - 4.625 -

Emitidas - 31.613 - 36.454 - 4.391

Outras operações sobre taxas de juro: 174.984 218.934 284.507 347.301 293.941 325.044

Permutas financeiras sobre taxas de juro (IRS) 174.984 218.934 284.507 347.301 293.941 325.044

Total 268.303 321.625 386.897 461.494 356.041 464.958

% sobre total Ativo/Passivo 0,576% 0,687% 0,576% 0,687% 0,607% 0,792%

4. Risco de descida de notação de crédito: É definido como o risco que o rating atribuído ao Bankinter

possa ser reduzido por alguma das agências de notação credenciadas. Uma descida na notação de crédito

aplicada ao emitente pode ter como consequência um aumento do preço no acesso ao financiamento.

Agência Data última

revista Longo Prazo

Curto

Prazo Perspetiva

Moody´s Investors

Service España Junho 2015* Baa2 P-2 Estável

Standard & Poor´s Credit

Market Services Europe

Limited

Fevereiro

2017 BBB A-3 Positiva

DBRS Rating limited UK Julho 2017 A (low) R-1 (low) Estável

* A última revisão da Moody´s é de 14 de novembro de 2017. Não obstante, mantém-se a data de junho de 2015 por

não se ter modificado o rating desde esta data.

5. Risco atuarial e do negócio segurador.

O risco atuarial é o risco associado ao negócio segurador dentro dos ramos e modalidades existentes. A

sua gestão é efetuada de acordo com o estabelecido no ordenamento espanhol de seguros, em particular

segundo o estabelecido no Regulamento de Ordenação e Supervisão dos Seguros Privados (ROSSP) e

outras disposições da Direção Geral de Seguros e Fundos de Pensões (DGSFP). Este risco reflete o risco

derivado da subscrição de contratos vida e não vida, atendendo aos sinistros cobertos e aos processos

seguidos no exercício da atividade, podendo diferenciar-se os riscos de mortalidade, de longevidade, de

incapacidade e de morbidez. Esta gestão estável a longo prazo está refletida nas políticas de gestão

atuarial: a subscrição, a tarifação e a sinistralidade.

O tratamento das prestações bem como a capacidade das provisões são princípios básicos da atividade

seguradora.

O negócio segurador do grupo consolidado do Bankinter é realizado pela Línea Directa Aseguradora, a

qual se localiza integramente em território espanhol, sem que tenha concentração especialmente

relevante em nenhuma zona geográfica.

O contributo da Línea Directa Aseguradora ("LDA") para a margem bruta do Grupo, a 31 de dezembro de

2017, 2016 e 2015, foi o seguinte:

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Milhares de

euros 31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015

Produto Bancário 393.741 359.358 351.308

% sobre total

Grupo 21,26% 20,92% 22,39%

Por outro lado, a LDA centra o seu negócio em ramos não vida principalmente risco automóvel. A seguir,

indica-se a evolução dos prémios emitidos para os exercícios de 2017, 2016 e 2015:

(milhares de euros) 31/12/2017 31/12/2016 31/12/2015

Prémios apurados de seguro

direto 797.422 738.498 679.665

O risco atuarial é o risco associado ao negócio segurador dentro dos ramos e modalidades existentes. A

sua gestão é efetuada de acordo com o estabelecido no ordenamento espanhol de seguros, em particular

segundo o estabelecido no Regulamento de Ordenação e Supervisão dos Seguros Privados (ROSSP) e

outras disposições da Direção Geral de Seguros e Fundos de Pensões (DGSFP). Este risco reflete o risco

derivado da subscrição de contratos vida e não vida, atendendo aos sinistros cobertos e aos processos

seguidos no exercício da atividade, podendo diferenciar-se os riscos de mortalidade, de longevidade, de

incapacidade e de morbidez. Esta gestão estável a longo prazo está refletida nas políticas de gestão

atuarial: a subscrição, a tarifação e a sinistralidade.

O tratamento das prestações bem como a capacidade das provisões são princípios básicos da atividade

seguradora.

A 1 de janeiro de 2016 entrou em vigor Solvência II, norma europeia que estabelece o procedimento para

o cálculo da solvência a partir do risco. Este sistema baseia-se em três pilares essenciais: a medição do

ativo, do passivo e do capital, o controlo e a supervisão do negócio e a transparência na informação

facultada.

Solvência II representou o estabelecimento de controlos mais rigorosos aos riscos de subscrição e

reservas, mercado, operações e contraparte, entre outros. Além disso, implementou a nova metodologia

para determinar a solvência disponível, em que é necessário avaliar os requisitos de capital de cada um

dos riscos a que a empresa está exposta e em que se quantifica a reserva de estabilização e o excesso de

reservas sobre o Best Estimate, ou seja, estimativa mais provável.

Em cumprimento do anterior, a Línea Directa Aseguradora desenvolveu dois modelos internos de

controlo, que estão a ser utilizados na autoavaliação dos riscos de subscrição da empresa. Além disso, foi

autorizada pela Direção Geral de Seguros e Fundos de Pensões espanhola a utilizar parâmetros

específicos na relação ao cálculo do risco do prémio. A Línea Directa também conta com um

departamento específico de Conformidade Normativa, um Comité de Riscos e Função Atuarial, exigido

por Solvência II, cujo objetivo é supervisionar a adequação das provisões técnicas, valorizar a política de

subscrição e de resseguro e contribuir para a gestão dos riscos.

Neste sentido, o rácio de solvência para 2017 situou-se em 227% face a 231% do exercício de 2016

(calculado conforme o parâmetro de Solvência II), existindo um superavit da margem de solvência de

225,8 milhões de euros em dezembro de 2017.

6. RISCO MACROECONÓMICO.

As condições económicas dos países em que o Bankinter opera poderiam ter um efeito adverso

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significativo no negócio, na situação financeira e nos resultados.

Neste sentido, o Bankinter desenvolve a sua atividade comercial maioritariamente no território

espanhol (representando cerca de 95,4% da margem bruta no fecho do exercício de 2017, 94% em

dezembro de 2016). A margem bruta da sucursal Bankinter Portugal, representou, em dezembro de

2017, 4,63% (em 2016, 5,25% e em 2015 não existia atividade através desta sucursal).

O Luxemburgo representava aproximadamente, em 31 de dezembro de 2017, -0,03% da margem bruta

(0,34% em 2016 e 0,30% em 2015).

À semelhança de outros bancos que operam em Espanha e na Europa, os resultados e liquidez do

Bankinter podem ser afetados pela situação económica existente em Espanha e noutros Estados-

Membros da União Europeia. O Grupo Bankinter enfrenta, entre outros, os seguintes riscos

macroeconómicos:

- Fraco crescimento ou recessão nos países em que opera.

- Deflação nos países da União Europeia.

- Um ambiente de taxas de juro baixas, incluindo períodos prolongados de taxas de juro negativas,

poderia provocar uma diminuição das margens do crédito e uma menor rentabilidade dos ativos.

- Uma evolução desfavorável do mercado imobiliário, especialmente em Espanha.

- Um fraco crescimento do emprego e desafios estruturais que limitem o referido crescimento,

como o experimentado em Espanha, onde o desemprego se manteve em margens relativamente altas, o

que poderia afetar negativamente os níveis de rendimentos dos agregados familiares dos clientes do

Grupo e ter um efeito adverso na capacidade de recuperação dos empréstimos a particulares, derivando

num incremento dos abates por insolvências.

- Os processos eleitorais e a instabilidade política na Comunidade Autónoma de Catalunha

poderiam implicar uma diminuição do investimento e uma estagnação do crescimento económico, o que

poderia afetar negativamente os negócios e clientes do Grupo. Em termos de investimento, a Catalunha

representa cerca de 10% do total do negócio do Bankinter em Espanha.

- A eventual saída de um estado membro da União Monetária Europeia (“UME”), o que poderia ter

efeitos adversos significativos para a economia europeia e mundial, provocar uma redenominação de

instrumentos financeiros ou outras obrigações contratuais atualmente denominados em euros para

outra divisa e alterar de maneira relevante os mercado de capitais, interbancários e outros mercados,

entre outros efeitos.

- O impacto político, económico e normativo da ativação no passado dia 29 de março de 2017 do

processo de saída do Reino Unido da União Europeia.

Dado que a atividade comercial do Bankinter está altamente concentrada em Espanha, as mudanças

desfavoráveis que possam afetar a economia espanhola, por algum dos acontecimentos descritos, ou por

qualquer outro, poderiam ter efeitos adversos significativos na sua situação financeira.

7. RISCO OPERACIONAL:

Define-se como o risco de sofrer perdas devido à inadequação ou falhas dos processos, pessoas ou

sistemas internos; ou por causa de acontecimentos externos, incluindo nesta definição os riscos legais e

excluindo expressamente o risco estratégico e o risco reputacional.

O nosso modelo de gestão do risco operacional inspira-se nas diretrizes do acordo Quadro de Capital

“Basileia”, ajusta-se à Circular do Banco de Espanha 3/2008 sobre determinação e controlo de Recursos

Próprios, assim como ao regulamento 575/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho (junho 2013)

sobre os requisitos prudenciais das instituições de crédito e as empresas de investimento e incorpora as

melhores práticas do setor partilhadas no grupo CERO (Consórcio Espanhol de Risco Operacional) do

qual o Bankinter é membro ativo.

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A gestão é adequada e proporcional aos riscos inerentes da instituição, com base no cumprimento

satisfatório dos requisitos estabelecidos para a aplicação do método standard no cálculo de capital

regulatório por risco operacional, que foi corroborado pelas pertinentes auditorias.

Durante o exercício de 2017, as perdas líquidas por risco operacional foram de 18,2 milhões de euros.

Valores intermédios aos registados nos exercícios de 2016 e 2015, com 24,0 e 14,7 milhões de euros

respetivamente.

As perdas mais significativas durante 2017 deveram-se a indemnizações a clientes através da

comercialização, há alguns anos, de obrigações e coberturas de taxas de juro; representando esta

rubrica 70% das perdas anuais por risco operacional registadas em 2017 para o Grupo Bankinter (sem a

LDA). O caráter não recorrente destas perdas faz prever uma diminuição das mesmas em próximos

exercícios.

O capital regulatório por risco operacional é suficiente para enfrentar situações hipotéticas e pouco

prováveis de perdas inesperadas severas; representando as perdas apenas 9% do capital regulatório por

risco operacional.

O Relatório Anual do Bankinter do ano 2017 contém uma descrição pormenorizada da gestão de risco

efetuada pelo Bankinter. Os interessados podem consultar o Relatório Anual do Bankinter do ano 2017

no site do Bankinter.

8. RISCOS LEGAIS

Em 31 de dezembro do 2016 e 2015, encontravam-se em curso vários processos judiciais e reclamações

contra o Grupo com origem no desenvolvimento habitual das suas atividades.

Tanto os assessores jurídicos do Grupo como os Administradores da Instituição entendem que a

conclusão destes processos e reclamações estará em linha com o incluído como provisão.

A seguir apresenta-se uma tabela com os saldos e movimentos das provisões realizadas por questões

processuais e litígios por impostos durante os exercícios de 2017, 2016 e 2015:

(milhares de euros)

Questões processuais e litígios

por impostos em dívida

Saldo em 31-12-15 83.160

Dotações líquidas do exercício 15.523

Utilização de fundos (4.120)

Inclusão por combinações de

negócio -

Outros movimentos 466

Saldo em 31-12-16 95.029

Dotações líquidas do exercício 25.090

Utilização de fundos (15.672)

Outros movimentos (6.219)

Saldo em 31-12-17 98.228

Fonte: Contas Anuais Consolidadas auditadas para o exercício de 2016.

A sentença de 20 de março de 2013, declarando a nulidade das denominadas “cláusulas solo” nos casos

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em que tenha ocorrido uma falta de transparência na sua contratação, não teve nem tem qualquer

impacto no Bankinter por não ter incluído “cláusulas solo” nos seus créditos hipotecários.

D.3 Informação

fundamental

sobre os

principais

riscos

específicos

dos títulos

Risco de liquidez ou representatividade dos títulos no mercado: É o risco segundo o

qual os operadores do mercado não encontram contrapartida para os títulos. Os títulos

que se emitam ao abrigo do Prospeto de Base serão títulos de nova emissão, cuja

distribuição poderá não ser muito ampla e para os quais não existe atualmente mercado

ativo de negociação. Embora solicitada a admissão a negociação dos títulos emitidos

nalgum mercado secundário oficial, não é possível assegurar que irá suceder uma

negociação ativa nesse mercado.

As emissões dirigidas a investidores retalhistas admitidos a negociação na AIAF serão

negociáveis através da plataforma do Sistema Eletrónico de Negociação de Dívida

(SEND) e contarão com um contrato de liquidez com uma ou várias instituições de

liquidez.

Risco de crédito: entende-se por risco de crédito a possibilidade de sofrer uma perda

económica, como consequência do incumprimento do emitente do pagamento do valor

nominal no vencimento ou de um atraso do mesmo. O emitente responderá pelo

reembolso dos títulos com todo o seu património.

Risco de perda do capital: os títulos estruturados são títulos com risco elevado, que

podem gerar uma rentabilidade positiva, mas também perdas no valor investido. Caso,

na data de amortização, o preço de amortização seja inferior ao preço de emissão, o

investidor perderá parcialmente o montante investido, perda que poderá ser total se o

preço de amortização for igual a zero.

Adicionalmente, a ocorrência de determinados pressupostos de ajustamento do

instrumento subjacente e/ou Pressupostos de Alterações Adicionais, pode antecipar a

amortização dos títulos estruturados, com um efeito potencialmente desfavorável sobre

o valor dos mesmos.

Risco de mercado: É o risco gerado por alterações nas condições gerais do mercado em

relação às condições do investimento. As emissões de rendimento fixo estão sujeitas a

possíveis oscilações dos seus preços no mercado em função, principalmente, da

evolução das taxas de juro, da qualidade creditícia do emissor e da duração do

investimento. Ou seja, uma subida das taxas de juro no mercado poderia fazer diminuir

o preço de mercado das obrigações e outros títulos e originar a cotação abaixo do preço

de subscrição ou compra dos títulos.

Risco de variações na qualidade de crédito: risco de variações na notação de crédito do

Programa por parte das agências de rating provém de que a notação de crédito possa

ser em qualquer momento examinada pela agência de notação na subida ou descida,

suspensão ou inclusivamente retirada (ver notação aplicada ao Bankinter no ponto

B.17).

Risco de taxa de câmbio: Caso um investidor tenha títulos denominados numa moeda

diferente da sua moeda nacional, esse investidor estará exposto a que as oscilações das

taxas de câmbio possam prejudicar o valor da sua carteira.

Risco de subordinação e prioridade dos investidores perante situações de insolvência

do emitente: no caso de suceder uma situação de insolvência do emitente, o risco que

os investidores assumem depende do tipo de valor do qual se trate (ver “Ordem de

prioridade e subordinação” no Elemento C.8 anterior).

Risco de amortização antecipada com anterioridade ao seu vencimento: As Condições

Finais (tal como este termo se define mais à frente) dos Títulos podem estabelecer a

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possibilidade de amortização antecipada por opção do Emitente (incluindo os casos de

Acontecimento Regulatório que tenha como consequência a não quantificação para os

Títulos da Dívida e Obrigações Subordinadas Tier 2, de Acontecimento de Elegibilidade

que resulte na não admissibilidade para a sua quantificação como MREL para os Títulos

da Dívida e Obrigações Simples (quer Ordinárias ou Não Preferenciais, em

conformidade com o indicado no correspondente Apêndice) e para os Títulos da Dívida

e Obrigações Subordinadas não quantificáveis como Tier 2 Sénior, e de Acontecimento

Fiscal para todos os Títulos que se podem emitir sob o presente Prospeto), circunstância

que poderia limitar o valor de mercado dos referidos Títulos e poderia ocasionar que o

investidor não possa reinvestir o montante recebido da amortização antecipada de

forma que possa obter um rendimento efetivo similar. Ver casos no Elemento C.9

anterior.

Risco de que os titulares dos Títulos da Dívida e Obrigações Subordinadas (tanto os

que se quantifiquem como capital de nível 2 como os que não se quantifiquem),

Ordinárias Não preferenciais, Simples e Estruturadas estão sujeitos a instrumentos

de recapitalização interna (bail-in). A Diretiva 2014/59/UE do Parlamento Europeu e

do Conselho, de 15 de maio de 2014, pela qual se estabelece um quadro para a

reestruturação e resolução de instituições de crédito e empresas de investimento

(Diretiva relativa ao Resgate e Resolução ou “DRR”), transposta em Espanha através da

Lei 11/2015 e o Real Decreto 10121012/2015, de 6 de novembro de 2015, pelo qual se

desenvolve a Lei 11/2015 (o “Decreto Real 20121012/2015”), contempla que as

autoridades de resolução (a JUR o FROB) terão a faculdade de amortizar e converter os

denominados passivos admissíveis (o que poderia incluir os títulos da dívida e

obrigações subordinadas, ordinárias, simples e estruturadas) da entidade objeto de

resolução, em ações ou outros instrumentos de capital da entidade emitente, através da

aplicação do instrumento de recapitalização interna ou bail-in.

Risco de conflito de interesses. É o risco potencial que poderá existir ao recair no

emitente a condição de agente de cálculo e de instituição colocadora. Outra instituição

pertencente ao Grupo Bankinter, Bankinter Luxembourg, S.A., poderá ser também

instituição colocadora e/ou seguradora.

Risco pelo comportamento dos ativos subjacentes (incluir apenas para títulos

estruturados). É o risco derivado da evolução dos ativos subjacentes aos títulos

estruturados. Assim, os titulares dos títulos estruturados estarão expostos ao

comportamento desses ativos.

Nem o Emitente, nem o agente de cálculo, no caso de ser diferente daquele, realizaram

análises sobre os ativos subjacentes, com a finalidade de formar uma opinião sobre as

vantagens ou riscos derivados de um investimento vinculado aos ativos subjacentes. Os

potenciais investidores não deverão assumir ou concluir que a oferta de qualquer valor

estruturado emitido ao abrigo do presente Prospeto Base constitui uma recomendação

de investimento efetuado pelo emitente ou pelo agente de cálculo. Além disso, nenhum

dos anteriores realiza manifestação ou representação alguma nem conferem garantias,

expressa ou tacitamente, sobre a seleção dos ativos subjacentes nem sobre o seu

comportamento.

2.2. Alteração ao Modelo de Condições Finais.

Procede-se à alteração da rubrica 15 das Condições Finais, passando a ter a

seguinte redação:

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15. Ocorrência Fiscal: [Não Aplicável][amortização total]

Procede-se à alteração da rubrica 44 das Condições Finais, passando a ter a

seguinte redação:

44. País onde se solicita a admissão à cotação: solicitar-se-á a

admissão a negociação dos títulos objeto de emissão no [Mercado AIAF

de Rendimento Fixo, Mercado AIAF de Rendimento fixo dentro da sua

Plataforma do Sistema Eletrónico de Negociação de Dívida (SEND) /

outros] (eliminar o que não for aplicável).

Desde 23 de janeiro de 2018, data de inscrição do Programa junto da CNMV, até à data do

presente Suplemento, não se verificaram outros factos que afetem significativamente as

demonstrações financeiras consolidadas ou individuais do Bankinter S.A., exceto os factos

relevantes comunicados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Madrid, a 20 de março de 2018

Ignacio Blanco Esteban

Diretor de Tesouraria

BANKINTER S.A.